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ESTRELAS DO ESPORTE NA EUROPA VISITAM A REGIÃO.

Leo Lasan

Duas atletas que atuam na Europa, estão na região. Anna Clara Fjellheim está com familiares em PARAIBANO e Vitória Almeida veio ao interior de Colinas visitar a avó.

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A paraibanense Anna Clara Fjellheim que atua no Handebol Norueguês e da Seleção Brasileira de Handebol, e a roraimense Vitória Almeida, centroavante do Braga de Portugal, onde foi artilheira pelo Famalicão, time que a revelou no Campeonato Feminino Português na temporada 2020/2021, estão desfrutando as férias na região do médio sertão maranhense.

A jogadora Vitória Almeida, veio visitar a avó, Dona Vitória, no povoado Belo Monte, município de ColinasMA.

A atacante do Braga, Vitória Almeida, recebeu da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) a comenda Orgulho de Roraima, entregue na segunda-feira (26) de junho de 2023.

“Com esse título, aumentam as minhas responsabilidades, meus deveres, e os meus cumprimentos de levar, o mais alto possível, o Estado de Roraima. Estou muito feliz, é indescritível. Quero dizer que, se você tem um sonho, desde que você tenha foco, objetivo, e trabalhe para realizar, com certeza o resultado virá”, declarou a jogadora de 23 anos, ao site da Assembléia Legislativa de Roraima.

QUEM É VITÓRIA ALMEIDA?

Vitória Almeida nasceu em Alto Alegre (RR) em 26 de agosto de 1999. Iniciou sua carreira no futsal, ao jogar pelo Atlético Valência, tendo sido vice-artilheira no título roraimense da equipe em 2015. Depois, migrou para o futebol de campo ao vestir a camisa do Atlético Roraima.

No futebol, se tornou a primeira roraimense convocada pela seleção brasileira Sub-20, após participar de uma seletiva que reuniu centenas de jogadoras em Manaus, em 2016.

Vitória também teve passagens por São Raimundo (RR), 3B (AM), Vicsale Okinawa (Japão) e o Famalicão, por onde se destacou como artilheira do Campeonato Português com 23 gols na temporada 2020/2021.

Seu desempenho chamou a atenção do Braga, um dos maiores clubes de Portugal, que a contratou. Pelo time, elafoicampeãdaTaçadaLigaFemininaefoi,pelo segundoanoseguido,artilheirado CampeonatoPortuguês.

Neste fim de semana, no município de Colinas, a atacante do Braga de Portugal, recebeu a visita da fã Juliana, goleira da Elite Futebol Clube, time feminino do bairro Subestação em Paraibano e do marido, o fotógrafo Elicarlos.

Nesta segunda-feira, 03/07, Vitória estava com agenda para viajar à São Luis, onde pegará o avião de volta. ****" https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1010852443694902&id=100043104671236&mibextid=Nif5oz

Sobre a jogadora paraibanense Anna Clara Fjellheim que atua no Handebol Norueguês, você encontra reportagem sobre a mesma, aqui na página Paraibanonews.

EsportesESPORTE

EQUIPE DE ITAPECURU MIRIM FAZ BONITO NO NORTE NORDESTE DE JIU JITSU NO FINAL DE SEMANA

Competição aconteceu em São Luís e itapecuruenses levaram 9 medalhas

17/07/2023 às 06h19Atualizada em 17/07/2023 às 08h09

Por: Alberto JúniorFonte: Da Redação

Foto: Divulgação

Aconteceu no último final de semana o Circuito Norte Nordeste de Jiu Jitsu, etapa Maranhão, e os itapecuruenses voltaram a ser destaque. A competição foi realizada no ginásio Costa Rodrigues, na capital maranhense, com participação de atletas experientes e iniciantes. A equipe Itapecuru Brazilian Jiu Jitsu/Casca Grossa Team inscreveu sete competidores em diferentes categorias e trouxe pra casa nove medalhas entre ouro, prata e bronze. Abaixo é possível ver o atleta da Ita BJJ/CGT Érico Hermano (ouro) e Raimundo Walison (bronze) no pódio, categoria absoluto.

"Gostaria de dedicar estas vitórias ao nosso saudoso amigo Júnior Cristo Rei que foi quem iniciou junto comigo a nossa trajetória no jiu jitsu maranhense e foi uma das vítimas da covid-19", Érico Hermano.

Também ganharam medalhas e se destacaram na etapada Paulo Fênix (prata e bronze na categoria Master 02), Anderson Pãozinho (prata na categoria Super Pesada), Elyda Azevedo (prata, categoria Leve), Rogério Vieira (Bronze, categoria Super Pesada) e Laís Ventura (4° lugar, categoria Pluma).

Nesta semana, em que se inicia a Copa do Mundo de Futebol Feminino, o Arquivo Nacional e o Ministério do Esporte se unem para contar uma história que demonstra a resiliência de mulheres no esporte que é paixão no país.

A imagem mostra jogadoras do Araguari Atlético Clube, de Minas Gerais, perfiladas momentos antes de uma partida realizada em 10 de maio de 1959, no estádio Independência, em Belo Horizonte (MG). A partida aconteceu contra a vontade do Conselho Nacional de Desportos (CND), que tentava impedir a realização de jogos de futebol feminino. A CND agia baseada no artigo 54 do Decreto-Lei nº 3.199, de 1941, que proibia as mulheres de praticarem “desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”.

O presidente da CND chegou a ligar para a Federação Mineira de Futebol com ameaças de que poderia pedir auxílio policial para evitar a realização do jogo. Mesmo diante das tentativas de intimidação, a partida foi realizada. As jogadoras do Araguari se dividiram em duas equipes, que vestiram uniformes do Atlético e do América. Segundo o jornal Correio da Manhã, as jogadoras apresentaram um alto nível técnico e foram aplaudidas pelo público diante dos bons lances. O jogo terminou com a vitória de 2 a 1 para o “Atlético”. Graças à coragem dessas jogadoras e de tantas outras atletas, a prática do esporte se consolidou entre meninas e mulheres no Brasil. Hoje, a nossa seleção de futebol feminino está entre as melhores do mundo e entra em campo a partir da próxima segunda em busca do sonhado título mundial.

Estamos na torcida para que elas brilhem nos gramados da Austrália e da Nova Zelândia!

Na imagem, jogadoras de futebol do Araguari Atlético Clube, estádio Independência, Belo Horizonte (MG), 10 de maio de 1959. Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã.

As mulheres e o Futebol1

Para Bruna Soares Pires, Cristianne Almeida Carvalho (2019)2, mesmo diante do Decreto-Lei nº. 3199, de 1941, do Conselho Nacional de Desportos, que proibia a participação feminina, por defender a feminilidade, a fragilidade, a beleza e os papéis da mulher como mãe, esposa e cuidadora segundo Knijnik & Vasconcelos (2003; Astarita, 20093; Goellner, 2005, 2006, 20084; Capitanio, 20105), essa restrição não foi suficiente para impedir ou conter a presença feminina na modalidade, visto que já era uma realidade. Segundo Magalhães (2008)6, na década de 20 as mulheres já se organizavam em times e, inclusive, organizavam campeonatos.

As primeiras referências de partidas de futebol disputadas por mulheres surgiram nos anos 20. Os registros de jornais mostram a prática, ainda de forma muito tímida, no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte.7

1 VAZ, L. G. D. (2006). Futebol no Maranhão, 1905 – 1917. In: Da Costa, L. P. (Org). ATLAS DO ESPORTE NO BRASIL. WWW.ATLASESPORTEBRASIL.ORG.BR, 2006

História do Futebol no Maranhão - Parte 1 (campeoesdofutebol.com.br). Fontes: DA COSTA, Lamartine (Org.) - Atlas do Esporte no Brasil - Rio de Janeiro - CONFEF, 2006; Citações de notícias de jornais (1905 – 1917) adotadas no texto, seguidas das respectivas referências; MARTINS, Djard Ramos. Mergulho no Tempo. São Luís: Sioge, 1989. Pesquisas de Leopoldo Gil Dulcio Vaz - professor de educaçao fisica, pesquisador-associado do Atlas do Esporte e socio do IHGM. Bruna Soares P..pdf (ufma.br)

2 PIRES, Bruna Soares, CARVALHO, Cristianne Almeida. CRAQUES DA RESISTÊNCIA: O FUTEBOL FEMININO EM SÃO LUÍS, MARANHÃO . IN Revista Brasileira de Psicologia do Esporte, Brasília, v.9, n° 2, julho 2019

3 ASTARITA, P. E. (2009). Incentivos e Dificuldades Vivenciados por Atletas do Futsal Feminino Universitário. 32 f. Monografia, Licenciatura em Educação Física. Escola de Educação Física. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre

4 GOELLNER, S. V. (2003). Bela, Maternal e Feminina: imagens da mulher na revista educação physica. Ijuí, RS: Ed. Unijuí (2005). Mulheres e Futebol no Brasil: entre sombras e visibilidades. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 143- 151, abr./jun. . (2006) Mulher e Esporte no Brasil: entre incentivos e interdições elas fazem história. Pensar a Prática, v. 8, n. 1, p. 85-100. . (2008) “As Mulheres Fortes São Aquelas Que Fazem Uma Raça Forte”: esporte, eugenia e nacionalismo no Brasil no início do século XX. Recorde Revista de História do Esporte, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, jun

5 CAPITANIO, A. M. (2010) Autopercepções de Desigualdades de Atletas Mulheres. Revista Polêmica, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 70 – 83, abr./jun.

6 Magalhães, S. L. F. (2008). Memória, Futebol e Mulher: anonimato, oficialização e seus reflexos na capital paraense. Revista de História de Esporte, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 1-39.

7 História do Futebol Feminino | ge.globo

Pode parecer piada, mas o circo traz algumas das primeiras referências do uso das palavras "futebol feminino". Era tratado como uma performance, um show. Não uma partida.

A criação do primeiro time de futebol feminino do Brasil, em Belém, capital do Pará, em 1924, é um exemplo de que as mulheres não se intimidaram diante da norma. Segundo Knijnik e Vasconcelos (2003)8, Mourão e Morel (2005)9 e Guedes (2006)10, na década de 1930, movidas pelos ares de novidade e de mudança as mulheres começaram a procurar ainda mais pelo futebol.

Estado do Pará : (PA) – 1921 - Ano 1920\Edição 03177 (2)

Estado do Pará : Propriedade de uma Associação Anonyma (PA) - 1921 - DocReader Web (bn.br)

A prática desta modalidade popularizou-se, sendo estendida a todo o território nacional. No entanto, devido à pouca intimidade da maioria das jogadoras com o esporte e a comparação com o modo de jogar masculino, o futebol feminino tinha uma conotação de comédia para os espectadores. Era considerado, acima de tudo, uma caricatura da modalidade masculina, pois considerava-se o modelo masculino como referência para jogar futebol.

Bruhns (2000)11, em seu livro "Futebol, Carnaval e Capoeira - Entre as gingas do corpo brasileiro, enquanto os homens da elite brasileira começaram a praticá-lo no final do século XIX no Rio de Janeiro e em São Paulo, o grupofeminino que aderiuàprática dofutebol erapertencenteàs classes menosfavorecidas. Porcontadisso, as mulheres que jogavam futebol eram consideradas "grosseiras, sem classe e malcheirosas". Às mulheres da elite cabia o papel de torcedoras. "As partidas de futebol masculinas eram um evento da alta sociedade e as mulheres se arrumavam para ir assistir aos jogos", afirma o livro.

No Brasil, existem registros de partidas mistas, com homens e mulheres juntos, em 1908 e 190912. Durante muito tempo um evento beneficente ocorrido em 1913 foi considerado a primeira partida de futebol feminino no Brasil, mas anos depois foi descoberto que, na verdade, o time “feminino” era formado por jogadores do Sport Club Americano, campeão paulista daquele ano, vestidos de mulher, misturados a “senhoritas da sociedade”. Sendo assim, então, oficialmente a primeira partida de futebol feminino no Brasil ocorreu em 1921, entre senhoritas dos bairros Tremembé e Cantareira (que hoje seria Santana), na zona norte de São Paulo. Essa partida foi noticiada pelo jornal A Gazeta como uma atração “curiosa”, quando não “cômica”, em meio às festas juninas. Isso porque, naquele tempo, as mulheres tinham um papel secundário no esporte,

8 Knijnik, J. D., & Vasconcelos, E. G. (2003). Mulheres na área no país do futebol: perigo de gol. In: Mulher e Esporte: mitos e verdades. Simões, A. C. (org). Barueri: Manole. p. 165-175.

9 MOURÃO, L., & MOREL, M. (2005). As Narrativas sobre o Futebol Feminino: o discurso da mídia impressa em campo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 26, n. 2, p. 73-86.

10 Guedes, C. (2006). A Presença Feminina no Futebol Brasileiro. In: Silva, F. C. T. da, & Santos, R. P. dos. (Orgs.). Memória Social dos Esportes: Futebol e política, a construção de uma identidade nacional. Rio de Janeiro: Mauad Editora: FAPERJ, p.281-284.

11 BRUHNS, Heloísa. Futebol, carnaval e capoeira: entre as gingas do corpo brasileiro. Campinas: Papirus, 2000. 158p. ISBN 8530805860

12 OLIVEIRA, Sérgio. Futebol Feminino no Brasil – A História. In Futebol Feminino no Brasil – A História | Última Divisão (ultimadivisao.com.br) particularmenteno futebol. Em geral, limitavam-seàtorcidaeaconcursosdemadrinhasdeclubes.Emcampo, no máximo, davam o pontapé inicial ou disputavam tiros livres13 .

Na realidade, apesar dos avanços, havia muita resistência de setores mais conservadores da sociedade contra o futebol feminino. Basta observar que até mesmo Coelho Neto, apesar de ser um grande defensor do futebol (como vimos em nosso artigo “Contra o football”)14, escreveu o seguinte, na imprensa, em 1926: “Certamente ninguém exigirá da mulher que jogue o football ou o rugby, que esmuerre antagonistas com o guante de boxe, que arremesse barras de ferro, que se engalfinhe em luta romana. Há exercícios que lhe não são próprios e que lhe seriam prejudiciais, não só à beleza como à saúde e até a sujeitariam ao ridículo”15

Em 14 de Abril de 1941, durante a presidência de Getúlio Vargas, foi-se criado o Decreto-Lei 3199,16 proibindo a “prática de esportes incompatíveis com a natureza feminina”, entre eles o futebol. Este decretolei só seria revogado em 1979.

No Maranhão, encontramos uma primeira referência sobre o futebol feminino no ano de 1943, publicada em O Combate, edição de 26 de maio, mas não se refere ao futebol maranhense:

Em A Pacotilha, de 18 de fevereiro de 1954, era anunciado a realização de uma partida de “Futebol Feminino na Fabril”; porém trata-se de uma partida amistosa, entre as equipes do Girassol e do Sultão, dois clubes carnavalescos, que seria disputada entre os membros da diretoria e alguns simpatizantes torcedores, em que os “brotinhos” deveriam participar vestidos com trajes femininos, sendo proibido retirar as máscaras... não se tratava, evidentemente, de um jogo entre mulheres...

13 OLIVEIRA, Sérgio. Futebol Feminino no Brasil – A História. In Futebol Feminino no Brasil – A História | Última Divisão (ultimadivisao.com.br)

14 BECKER, Laércio. Contra o “foot-ball” - por Laércio Becker (campeoesdofutebol.com.br)

15 COELHO NETO, Henrique Maximiano. O esporte e a beleza. In: MACHADO, Ubiratan (org.). Melhores crônicas Coelho Neto. São Paulo: Global, 2009. p. 103.

16 Decreto-Lei Federal do Brasil 3199 de 1941 – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

A 02 de junho de 1959, em A Pacotilha, reportagem sobre uma esportista carioca, Marly Gomes, do Fluminense, onde jogava vôlei e basquete, de que gostaria de participar de um time de futebol feminino. Em entrevista, perguntada se era contra ou a favor da participação da mulher no futebol, respondeu que “tinha pena de quem pretenda liderar a participação da mulher no futebol”.17 Em seguida, disse ser favorável, desde queprofissionalizado,lembrandodasrestriçõesàparticipaçãodamulhernoBasquete,ehojeéumdosesportes favoritos do público, com ampla aceitação.

No dia 28 de outubro de 1959 é anunciado o primeiro jogo de futebol feminino no estado do Maranhão, iniciativa de Rangel Cavalcanti e Pedro Santos, em benefício da Casa do Estudante do Maranhão. Vinham insistindo na realização desse jogo, até que finalmente foram atendidos, e autorizados. Os dois promotores do evento ficaram de apresentar as atletas na quinta-feira seguinte, recebendo total apoio da Federação Maranhense de Desportos; as equipes do América – presidida por Nagib Feres – e do Sampaio Correa presidida por Ronald Carvalho – foram procuradas para emprestar suas cores, e tiveram ampla recepção. O chefe de polícia garantiu total apoio e garantia de realização do evento.

Em 02 de maio de 1960, reportagem sobre a realização de uma partida de futebol feminino entre o Esporte Clube Anilense e o Esporte Clube Aurora, no estádio São Geraldo, no Anil. A vitória, por 3x0, foi do E.C.A., orientado por Delgado, e os gols assinalados por Paula Cota e Norma. Em setembro de 1960, nova partida entre os dois clubes anilenses. A 16 de dezembro, novo confronto. Pacotilha : O Globo (MA) - 1949 a 1962DocReader Web (bn.br)

O futebol feminino começou, no Maranhão, no bairro do Anil, com o surgimento de duas equipes, o Anilense e o Aurora. Os confrontos registrados pela imprensa, nos anos seguintes, se referiam apenas à essas duas equipes. Quando outras equipes começaram a surgir, como a do América, foram formadas por jogadoras daquele bairro.

SegundoMourãoeMorel (2005)18,apartirdemeadosdadécadade70,quandohouvearevogaçãodoDecretoLei nº 3.199, o futebol feminino começou a ter destaque na mídia e, por conta disso, aumentou significativamente o número de adeptas: as moças de classe média de Copacabana, por exemplo, se reuniam na praia para jogar, e levavam consigo seus namorados e as suas empregadas domésticas. No jogo não havia empregadas e empregadoras; havia várias mulheres que se reuniam para jogar futebol

Lea Campos (Asaléa de Campos Fornero Medina) posando para foto produzida antes do jogo entre as equipes Maranhão e Motoclube, realizado na cidade de São Luis do Maranhão em novembro de 1971. A fotografia integra o livro "Lea Campos: rules can be broken" escrito por Luiz Eduardo Medina Romero. Léa Campos –Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

17 Pacotilha : O Globo (MA) - 1949 a 1962 - DocReader Web (bn.br)

18 Mourão, L., & Morel, M. (2005). As Narrativas sobre o Futebol Feminino: o discurso da mídia impressa em campo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 26, n. 2, p. 73-86.

Apenas em 1983 a modalidade foi regulamentada. Com isso, foi permitido que se pudesse competir, criar calendários, utilizar estádios, ensinar nas escolas. Clubes como o Radar e Saad surgem como pioneiros no profissionalismo. Eram alguns dos times competitivos da época.

Em 1988, a Fifa realizou, na China, um Mundial de caráter experimental. Em inglês, foi chamado de Women's Invitational Tournament. A seleção montada para a competição tinha como bases o Radar, do Rio, e o Juventus (SP) - que tinha talvez o time mais forte feminino do país naquele momento. Não houve nenhuma confecção especial de roupas para as jogadoras. Viajaram para o Mundial com as sobras das roupas dos homens. Os Jogos deAtlanta– 1991 - marcaram a estreiadofutebol feminino em Olimpíadas.Aseleção brasileira, repleta de veteranas da geração anterior, terminou na quarta colocação, ficando muito perto do pódio. Com Meg, Marisa, Fanta, Suzy, Sissi, Pretinha, Roseli e outras, a equipe deixou a medalha escapar na disputa pelo bronze diante da Noruega. Perderam por 2 a 0.

O Campeonato Maranhense de Futebol Feminino é uma competição de futebol realizada pela Federação MaranhensedeFutebol(FMF),quecontacomaparticipaçãodetimesamadoresdefutebol femininodoEstado do Maranhão. A competição abre vaga para o campeão participar do Campeonato Brasileiro Feminino – Série A31 .

O IAPE conquistou pela primeira vez o título do Campeonato Maranhense Feminino em 2022. Com o título, o Canário da Ilha garantiu vaga no Brasileiro Feminino Série A3 de 20232

AjogadoranaturaldeSãoLuísmarcouTRESgolsdoBrasilnaestreiadaCopadoMundoFeminina

AryBorges,23anos,primeiraCopa,TRESGOLSnaestreia.Éaprimeiravezqueumaestreanteda #SeleçãoBrasileira marcaemseuprimeirojogonoMundialdesdeMARTA,em2003.

Blog do Ilder Costa

A estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina foi marcada por um talento em destaque: Ary Borges, a jovem jogadora natural de São Luís, no Maranhão, brilhou ao marcar três gols na partida. Com apenas 23 anos, Ary tem se destacado como uma das principais jogadoras da equipe nacional.

Aryadina Alves Borges, conhecida carinhosamente como Ary Borges, teve seu início no futebol de forma diferente de muitas jogadoras. Desde cedo, ela contou com o apoio da família para seguir sua paixão pelo esporte. Jogando com seus primos homens e com o incentivo de um tio apaixonado por futebol, Ary aprendeu a amar o esporte em sua própria casa.

Aos 10 anos, Ary se mudou para São Paulo, onde teve a oportunidade de conhecer seus pais. Criada pela avó na infância, a mudança para a capital paulista foi motivada pelo desejo de uma vida melhor. Seu pai, também envolvido com o futebol, incentivou Ary a se dedicar ainda mais ao esporte que tanto amava.

Em São Paulo, Ary fez testes no Santos e, inicialmente, iria jogar com os meninos, mas logo surgiu uma equipe feminina, o Centro Olímpico, onde ela iniciou sua carreira nas categorias de base e posteriormente no profissional.

A trajetória de Ary no futebol foi marcada por passagens por clubes importantes, como o Sport, onde conquistou o campeonato pernambucano em 2017 e 2018. Mais tarde, atuando pelo São Paulo, Ary foi capitã da equipe tricolor e ergueu o título do Brasileirão Série A2.

A jogadora também teve passagens pelo Palmeiras, onde foi campeã da Copa Paulista e vice-campeã do Brasileirão. Em 2022, Ary conquistou a Libertadores marcando um gol na final da competição.

Atualmente,Ary Borges defende as cores doRacingLouisville,clubedos EstadosUnidos, ondefoi contratada em dezembro de 2022.

Atrajetória de Ary não foi isentadedesafios,oprimeirodeles aconteceulogonoinício desua carreira,quando aos 10 anos teve que sair da casa de sua avó e se adaptar a um novo ambiente com seus pais.

Ary Borges é uma peça fundamental nos planos da treinadora da Seleção, Pia Sundhage, que busca renovar a equipebrasileiracomumacombinaçãodeexperiênciaejuventude.NestaCopadoMundo, Aryestámostrando todo o seu talento e habilidade, e sua presença em campo é vista como uma aposta certeira para o futuro do futebol feminino no Brasil. (Do blog Domingos Costa)