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AS FUTURAS GERAÇÕES E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS!

As novas gerações enfrentarão problemas enormes se não houver mudanças no relacionamento que temos com o planeta

Você deve estar acompanhando as notícias divulgadas recentemente e se perguntando o que está acontecendo com o planeta. O Uruguai vive a maior crise hídrica dos últimos 70 anos, com os reservatórios secando e o maior deles, que abastece Montevidéu, chegando a 3% de sua capacidade, com o governo decretando estado de emergência, pois a água captada do Rio da Prata está chegando às casas dos uruguaios com teores químicos alterados e pode prejudicar a saúde de seus consumidores.

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Na Califórnia as temperaturas disparam, chegando a 56º Celsius no Vale da Morte e, são aguardadas marcas acima de 58º Celsius; na Itália, a ilha de Sardenha, pode atingir a temperatura de 48º. O Japão também sofre as consequências das altas temperaturas e na Coreia do Sul o número de mortos já ultrapassa 40 pessoas em função das fortes chuvas que se abateram sobre o país.

Na Rússia está ocorrendo um fenômeno que não é divulgado pela imprensa de forma massiva. As geleiras estão descongelando na Sibéria causando desmoronamentos monstros no meio da tundra do país russo, provocado pelo colapso do solo. A cientista Sue Natali, em 2012, ao analisar o fenômeno chocou-se com o que viu; Na medida em que o solo se rompia apareciam restos de animais característicos do pleistoceno, entre os ossos identificados estavam os de mamutes.

O problema maior ocorre quando ao acontecer o descongelamento há a liberação de metano, carbono, mercúrio, outros gases e vírus causadores de doenças antigas e que passam a ser um perigo potencial para a humanidade. Tudo está acontecendo em função do aumento da temperatura no Ártico. Há anos os alertas vêm sendo feitos por cientistas e instituições ligadas ao meio ambiente. O que vemos e sentimos é o resultado do processo de acumulo de gases nocivos ao clima que se acentua e encurta os prazos e as consequências já se fazem sentir.

O pacto pelo clima assinado por países que se comprometiam a reduzir a emissão de gases tóxicos para conviver com o crescimento médio da temperatura em 1,5% até o final do século foi alterado para 3,5% com todas as consequências previsíveis. Os estudos indicam elevação do nível dos oceanos, secas prolongadas, tempestades arrasadoras, movimentação de populações inteiras de áreas críticas gerando os refugiados pelo clima e por aí vai à previsão.

As pequenas ilhas no Oceano Índico, ao redor da Austrália, já sofrem as consequências do aumento de nível do oceano e suas populações estão sendo recolhidas pelo país australiano. São os primeiros refugiados do clima! Semana passada o Secretário de Mudanças Climáticas da cidade de São Paulo, Antônio Fernando Pinheiro Pedro, exonerou-se do cargo após afirmar que “o planeta se salva sozinho das alterações climáticas.” Só é possível concordar com esta afirmação a partir do momento em que cessem as agressões contra o planeta. Afinal, somos nós, seus habitantes, os causadores do problema. As novas gerações enfrentarão problemas enormes se não houver mudanças substanciais no relacionamento que temos, hoje, com o planeta. Este é um problema mundial que só será solucionado com ações globais e consistentes. Fora disso é conviver com o problema até onde for possível. O que não impede cada um de fazer a sua parte!