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ACONTECENDO

MANO: A MORTE DO FILHO DO ESCRITOR MARANHENSE COELHO NETTO

Diogo Gagliardo Neves

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Hoje esquecido, um dos maiores escritores da literatura brasileira de todos os tempos, Coelho Neto (Henrique Maximiano Coelho Neto), nasceu em Caxias, Maranhão, em 21 de fevereiro de 1864, e faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 1934.

Seus filhos “Mano” e “Preguinho” eram jogadores de futebol pelo Fluminense.

“Mano”, ou Emmanuel Coelho Netto, foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante. Nasceu no Rio de Janeiro em 28 de julho de 1898 e nessa cidade faleceu a 30 de setembro de 1922.

Ele sofreu um traumatismo no confronto contra o São Cristóvão no qual o Fluminense venceu por 2 a 1. Mesmo sentindo fortes dores no abdômen, que lhe causou infecção generalizada, não abandonou a equipe. Seu passamento se deu na véspera de confronto entre a Seleção Brasileira e a Seleção Uruguaia pelo Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1922, quando a Seleção Brasileira jogou com braçadeiras negras em sua homenagem. Tinha apenas 24 anos.

Sua família morava em frente ao campo do Fluminense desde 1904, único clube que defendeu em sua exitosa carreira.

Coelho Netto ficou profundamente abalado com a morte precoce de seu filho, e lhe dedicou um livro cujo título é o apelido carinhoso pelo qual era conhecido.

Emmanuel Coelho Netto - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Emmanuel Coelho Netto ou simplesmente Mano, foi um futebolista brasileiro que atuou como atacante (Rio de Janeiro, 28 de julho de 1898 – Rio de Janeiro, 30 de setembro de 1922). Filho do escritor Coelho Netto e irmão mais velho do também futebolista João Coelho Netto, o Preguinho, Mano veio falecer depois de um traumatismo ocorrido em confronto contra o São Cristóvão no qual o Fluminense venceu por 2 a 1, mesmo sentindo fortes dores no abdômen, que lhe causou infecção generalizada, vindo a falecer na véspera de confronto entre a Seleção Brasileira e a Seleção Uruguaia pelo Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1922, quando a Seleção Brasileira jogou com braçadeiras negras em sua homenagem, aos 24 anos.

Sua família morava em frente ao campo do Fluminense desde 1904, único clube que defendeu em sua exitosa carreira, vendo o clube ali recém instalado, crescer. A partir de 1915, Mano e Georges, os dois filhos mais velhos, competiram pelo Fluminense nos segundo e terceiro quadros. Com a criação do time infantil em 1916, Paulo e João Coelho Netto (que ganharia o apelido de Preguinho) também passaram a defender o Tricolor, sagrando-se campeões cariocas do primeiro campeonato infantil do Rio de Janeiro, aumentando ainda mais os vínculos da família Coelho Netto com o Fluminense.

Carreira - Pelo Flu, Mano disputou 67 partidas oficiais (48 vitórias, 12 empates e 7 derrotas), marcando 9 gols, entre 1917 e 1922. Títulos: Fluminense- Campeonato Carioca: 1917, 1918 e 1919

Bibliografia

Livro Mano, por Coelho Netto - 1924 (livro disponível para download)

Referências

↑ Livro Fluminense, 110 jogos inesquecíveis - Guerreiros desde 1902, páginas 27, por COHEN, Dhaniel; SANTORO, Carlos; D'ALINCOURT, Heitor e BOLTHAUSER, João (2012)

↑ Ir para:a b «"Mano", o livro da saudade.». Site Literatura na arquibancada. 6 de maio de 2012. Consultado em 13 de agosto de 2015

↑ DE FREITAS LIMA, Ricardo. «Estatísticas Fluminense >> Especiais >> Jogadores >> M >> Mano» Fluzão.info. Consultado em 13 de agosto de 2015

Preguinho – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) - João Coelho Netto, mais conhecido como Preguinho (Rio de Janeiro, 8 de fevereiro de 1905 Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1979), foi um multi-esportista brasileiro. Filho do escritor Coelho Netto, e da professora de música Maria Gabriela Brandão Coelho Netto, Preguinho era sócio do Fluminense antes mesmo de nascer, ingressando nas equipes infantis do clube carioca em 1916, com 11 anos.

Primeiro capitão e autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo.

Carreira

Sua estreia como futebolista do tricolor carioca ocorreu em 19 de abril de 1925: naquela tarde, Preguinho havia conquistado o tricampeonato estadual de natação, na categoria de 600 metros. Ainda com a medalha no peito, pegou um táxi até o Estádio das Laranjeiras para ajudar o Fluminense a conquistar o Torneio Início do Rio de Janeiro

A sua estreia em partidas exceto no Torneio Início citado, foi no empate em 1 a 1 contra o Bangu, em 26 de abril de 1925, partida disputada em Laranjeiras e válida pela primeira rodada do Campeonato Carioca. Antes dessa partida o Bangu ofereceu a Preguinho um retrato de seu irmão, Mano, que falecera em 1922 após hemorragia interna decorrente de pancada no estômago acontecida enquanto jogava pelo time tricolor contra o São Cristóvão. O time no qual Preguinho mais fez gols acabaria sendo justamente o Bangu, tendo ele marcado dezessete gols contra esse adversário.

Passou praticamente toda sua carreira no Fluminense, atuando por curto período entre 1922 e 1925 como nadador e praticante de remo pelo CR Guanabara. Como futebolista, foi o primeiro capitão, artilheiro e autor do primeiro gol da Seleção Brasileira de Futebol em Copas do Mundo (Uruguai - 1930). Além do futebol, Preguinho praticou outras nove modalidades: natação, remo, polo aquático, saltos ornamentais, atletismo, basquete, vôlei, hóquei sobre patins e tênis de mesa, detendo 387 medalhas e 55 títulos nessas modalidades.

Após a profissionalização do futebol, em 1933, Preguinho continuou a atuar de forma amadora, recusando-se a receber dinheiro do Fluminense, aposentando-se em 1939. Fora seu desempenho dentro das quatro linhas, é também um dos maiores pontuadores da história do basquete tricolor, com 711 pontos anotados.

No Campeonato Carioca Amador de 1933, fez 21 gols em 10 jogos, e no de 1938, 21 gols em 12 jogos, sagrando-se campeão pelo Fluminense nas duas ocasiões.

Em 22 de janeiro de 1952, Preguinho recebeu o título de "Grande Benemérito-Atleta" do Fluminense. Na ocasião, ele disse: "Eu nem sabia falar direito e o Fluminense já estava em minha alma, em meu coração e em meu corpo."

Preguinho morreu em 1979, aos 74 anos, devido a problemas pulmonares.

Multi atleta

João Coelho Netto foi um atleta completo. Disputou dez modalidades esportivas, sendo campeão em oito delas: Futebol Natação Remo Pólo aquático Saltos ornamentais Atletismo Basquete Vôlei. Sem título apenas nos seguintes esportes: Hóquei sobre patins Tênis de mesa

Futebol

Copa do Mundo de 1930: Preguinho (agachado, segundo da direita para a esquerda).

Preguinho entrou como jogador de futebol para a galeria dos grandes ídolos do Fluminense e do Brasil. Foi autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, em jogo contra a Iugoslávia, na Copa do Mundo de 1930, em época em que seu apelido era Prego, sem o diminutivo. Ainda no Século XXI é um dos maiores artilheiros do Fluminense, oficialmente com 153 gols marcados, maior artilheiro do Fluminense no Estádio de Laranjeiras com 79 gols e o segundo maior cestinha de basquete do clube.

Foi o artilheiro do Fluminense nos campeonatos cariocas de 1928, 1929, 1930, 1931 e 1932, sendo que em 1930 e 1932 foi o artilheiro do Campeonato Carioca.

Autor do primeiro gol brasileiro em uma Copa do Mundo

Ele sempre se recusou a receber dinheiro do clube, permanecendo como amador mesmo após a profissionalização do futebol. Jogou pelo Flu de 1925 a 1939. Em 1925, depois de nadar a prova dos 600 metros e ajudar o Fluminense a ser tricampeão estadual de natação, foi de táxi às Laranjeiras a tempo de jogar contra o São Cristóvão e ganhar o título do Torneio Início.

TrouxeparaoFluminense387medalhase55títulosnasoitomodalidadesquepraticava.Taisfaçanhasfizeram dele o mais festejado herói tricolor e, em 1952, o clube concedeu a ele o primeiro título de Grande Benemérito Atleta, o que muito o orgulhou, até a sua morte, em 1979. Um busto na sede do clube e o nome do ginásio são merecidas homenagens.[20]

Era filho do escritor Coelho Netto e irmão de Paulo Coelho Netto, autor do livro sobre o primeiro cinquentenário da História do Fluminense, historiador e dirigente deste clube. Há um depoimento seu sobre sua participação na Copa do Mundo de 1930, no filme Futebol Total, dirigido por Carlos Leonam e Oswaldo Caldeira e produzido por Carlos Niemeyer e pelo Canal 100, e vários outros dados ao jornalista Waldir Barbosa, que serviram de importante material para sua biografia, escrita por Waldir Barbosa Jr., com colaboração de Waléria Barbosa.[7]

Até o final de sua vida Preguinho participou ativamente na política interna do Fluminense Football Club, sendo figura muito importante, atuando como diretor de futebol e conselheiro.

Livro

Em julho de 2013 , Preguinho recebeu a primeira homenagem em livro: "Preguinho - Confissões de um Gigante[ligação inativa]" (SportLivro / Edição do autor), de Waldir Barbosa Jr., com colaboração de Waléria Barbosa, foi publicado, contando as histórias de infância, os fatos inusitados de sua trajetória e as estatísticas de seus gols e jogos pelo Fluminense.

Preguinho - Confissões de um Gigante, por Waldir Barbosa Jr., colaboração de Waléria Barbosa (2013). Frase de Coelho Netto

“ Já escrevi mais de 100 livros e ainda sou apontado na rua como o pai do Preguinho. ”

Referências

↑ Ir para:a b c d e f g «Biografias - Preguinho». UOL Esporte. Consultado em 14 de agosto de 2011

↑ «Todos os brasileiros 1930». Folha de S. Paulo. 9 de dezembro de 2015. Consultado em 15 de setembro de 2018

↑ Ir para:a b c d e f g h «Preguinho, o atleta mais completo do século» Revista Placar. 21 de julho de 2010. Consultado em 14 de agosto de 2011. Arquivado do original em 24 de julho de 2010

↑ Ir para:a b c d e Marcelo Rozenberg. «Que Fim Levou? - Preguinho». terceirotempo.ig.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2011[ligação inativa]

↑ Ir para:a b c d e f g h i j PC Filho (24 de setembro de 2009). «Craque - Preguinho». jornalheiros.blogspot.com. Consultado em 14 de agosto de 2011

↑ Ir para:a b c d e f g «Preguinho». flumania.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2011. Arquivado do original em 3 de março de 2016

↑ Ir para:a b Barbosa Jr., Waldir (2013). Preguinho Confissões de um Gigante 1a ed. Rio de Janeiro: Sport Livro

↑ Ir para:a b Confederação Brasileira de Desportos, Equipe do site (14 de julho de 2020). «Há 90 anos, Preguinho marcava o 1º gol da Seleção Brasileira em Copas do Mundo». Confederação Brasileira de Desportos. Consultado em 18 de dezembro de 2020

↑ Livro Preguinho: Confissões de um Gigante, página 165, por Waldir Barbosa Jr.

↑ Livro Mano, editado em 1924, por Henrique Coelho Netto, disponível on line em 23 de dezembro de 2016.

↑ O Paiz (RJ), 1922-07-25, p. 7

↑ «Copa do Mundo 1930 Uruguai». quadrodemedalhas.com. Consultado em 14 de agosto de 2011

↑ A Placar cita 357 medalhas.

↑ Barbosa Jr., Waldir (2013). Preguinho Confissões de um Gigante 1a ed. Rio de Janeiro: Sport Livro

↑ Livro Preguinho - Confissões de um Gigante, página 132.

↑ "Atleta múltiplo", Max Gehringer, Especial Placar: A Saga da Jules Rimet fascículo 1 - 1930 Uruguai, setembro de 2005, Editora Abril, pág. 47

↑ Barbosa Jr., Waldir (2013). Preguinho Confissões de um Gigante 1ª ed. Rio de Janeiro: Sport Livro

↑ LIMA, Ricardo de Freitas - Estatísticas do Fluminense, Site - Especiais - Estádio - Maior artilheiro em estádio - Laranjeiras, página disponível em 11 de maio de 2017.

↑ LIMA, Ricardo de Freitas - Estatísticas do Fluminense, Site - Especiais - Jogadores, página disponível em 11 de maio de 2017.

↑ «Blog FLUSÓCIO: Preguinho, um mito tricolor». Consultado em 3 de setembro de 2010. Arquivado do original em 20 de junho de 2010