9 minute read

PEDRO LUCAS LUTARÁ PELO FUTSAL NOS JOGOS DA JUVENTUDE

Nesta semana, de maneira absurda e inesperada, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou oficialmente a retirada da modalidade de futsal dos Jogos da Juventude, que é uma competição nacional escolar.

Diante dessa situação inusitada, o deputado federal Pedro Lucas (União Brasil) reagiu e prometeu brigar pela continuidade da modalidade no evento que é o mais esperado pelo alunos/atletas anualmente.

Advertisement

“O Comitê Olímpico do Brasil retirou o futsal como modalidade dos Jogos da Juventude, competição que reúne atletas nacionais de até 17 anos. Vamos acompanhar o caso, com um requerimento junto ao Ministério do Esporte, para que o comitê possa revisar a decisão”, disse Pedro Lucas.

O parlamentar justificou sua preocupação lembrando que o futsal é uma das modalidades mais praticadas nas escolas no Brasil.

“O futsal é um dos esportes mais praticados nas escolas e no país inteiro. É muito importante para a educação e descoberta de novos atletas, e não pode ficar de fora de competições nacionais de grande destaque como os Jogos da Juventude”, finalizou.

Agora éaguardare conferir,parasabersea atitude acertada dePedroLucas possageraruma reaçãoem cadeia, não apenas da Bancada Federal do Maranhão, mas de todos os políticos que tenham um mínima preocupação com o esporte escolar.

Acidade históricadeViana,quartacidademais antigadoMaranhão, na épocadaminha infância,e até meados da década de 1980, era uma cidade bem pacata. Sua sede era do Areal passando pelo bairro da Barreirinha, até o Caminho Grande, muitos vianenses que saíram antes dessa época não conhecem e não acompanharam as mudanças em Viana e só conheceram a Viana antiga, ou seja, do centro histórico até a Barreirinha.

A cidade começava no caminho grande, passando pelos poços do Pará e Moropoia, pela Barreirinha, pela Praça de São Benedito, Canto do Galo, Rua Grande, Praça da Prefeitura, Canto Grande com a Pharmácia Brazil de Ozimo de Carvalho, Rua Honório Belo com a Rampa do Comércio e Praça da Matriz, onde na descida ficava o velho tamarindeiro até o Areal.

O eixo comercial de Viana, em décadas anteriores e até a década de 1980, era na extensão da Rua Grande com as tradicionais Phrmácia Brazil e Farmácia Serejo e demais comércios da Rua Grande especialmente no canto grande, Cônego Hemetério como a fábrica Santa Maria próximo ao Porto, também na praça da Matriz e entorno, além da Rua Coronel Campelo, da Rua Dr. Castro Maia no Centro histórico onde ficavam alguns comércios, a partir de quando a cidade passou a ser servida por via rodoviária com a construção da estrada asfaltada epontesdeconcreto, MA-014nadécada de1980, mais precisamenteem 1988,nogovernoCafeteira, com a expansão da cidade, o centro comercial se transferiu para o Bairro Citel, onde está inserida a feira da Barra do Sol e adjacências. A partir do canto onde morava o saudoso professor Juarez, onde atualmente está localizada a Drogaria Pague Menos, na Rua Antônio Serafim da Costa, se iniciava o matagal, logo após existia o antigo campo de treino do time de futebol do Babaçu na Barreirinha.

Nesse período, precisamente no mês de dezembro, existia em Viana o festival esportivo de inverno que se iniciava no campo de futebol próximo ao areal e com o início do período das chuvas, o campo começava a encher e o festival sempre terminava no campo das palmeiras também chamado campo do cuta, próximo onde hoje é a feira da Barra do Sol, nessa época era um sonho a MA-014. Nesse período, conhecia-se quase todos os moradores de Viana, a cidade ainda conservava bem intacto o seu patrimônio arquitetônico e colonial, com seus belos casarões doCanto Grande,dosobradoAmarelo edemais casarões coloniais todos bem preservados. A partir do bairro da Barreirinha se iniciava os povoados, como a Baixa do Capim que se localizada logo após a Barreirinha, depois vinha a Subestação, Piçarreira, Enseada de Belo, Vinagre e demais povoados próximos à cidade.

Na primeira administração do prefeito Walber Duailibe, 1973/1977, foi adquirido o terreno onde hoje se encontra instalada a feira da Barra do Sol. A aquisição foi para a construção da sede do módulo esportivo; já na segunda administração do citado prefeito, 1982/1988, houve a prorrogação dos mandatos dos prefeitos para seis anos e foi construída a tão sonhada praça de esportes com dois campos de futebol e uma quadra de futsal.

Próximo a essa praça de esportes foi edificada uma churrascaria, o autor da ideia da fundação e construção da churrascaria foi o Figueiredo que logo chamou Zé Mário de Lica e o mesmo prontamente acatou a ideia e falou sobre o Antônio Augusto. Então o Figueiredo disse para chamarem o Antônio Augusto que também aceitou a ideia. Portanto esses três grandes amigos, o Figueiredo que nasceu na cidade de Pedreiras – MA e chegou à Viana em 23 de maio de 1977. Pedreirense de nascimento e vianense de coração, que é irmão da professora Graça bastante conhecida na cidade de Viana; Zé Mário de Lica e Antônio Augusto (já falecido) que era irmão do Nonato “Rasgada” e vale ressaltar que o Figueiredo também foi o fundador e primeiro presidente da Escola de Samba Ritos & Mitos que junto com a AJEBV (Associação Jovem e Beneficente Vianense) da qual faziam parte um grupo de jovens, que marcaram época na cidade de Viana. Esses jovens se destacaram em vários cenários na sociedade vianense, inclusive no cenário cultural. O local onde foi construída a churrascaria foi uma doação do prefeito Walber Duailibe, na época o gestor municipal tinha 51 anos de idade. Para a construção da Churrascaria, o Figueiredo entrou com o capital, Zé Mario ficou como administrador, e Antônio Augusto entrou com a mão de obra, pois era pedreiro e mestre de obras , uma das pessoas que mais entendia de obras em Viana e foi ele quem projetou a churrascaria. A partir de então os três amigos ficaram sócios, a matéria prima para a construção da churrascaria foi uma doação da propriedade do Sr. Tomaz Alves da Silva, mais conhecido como “Bizica do Jussaral” e sua esposa dona Assunção, as madeiras e as palhas foram retiradas na zona rural de Viana, todo o material foi transportado do Jussaral do Bizica para a sede do município em um caminhão da CERMA (Cervejaria Maranhense) cedido gentilmente por Riba Lobato que era representante da cervejaria na cidade de Viana. O Zezico irmão do Riba Lobato era o motorista do caminhão. Era período de inverno e os três amigos saíram com destino ao Jussaral do Bizica pela manhã e retornaram no final da tarde. Durante o percurso houve uma forte chuva e o veículo acabou atolando na estrada vicinal e com o adiantar da hora, pois já eram 18h00, os ocupantes do veiculo tiveram que dormir na estrada e no período noturno tinham muitas muriçocas e como no local não existiam casas próximas, chegaram a passar fome e cede, ou seja, um sacrifício devido às condições da estrada vicinal e do local onde passaram a noite. Somente no dia seguinte houve o reboque para tirar o caminhão do atoleiro e seguir a viagem até Viana com o material para o início da construção da churrascaria. Nessa época o Figueiredo sofreu muitas críticas e bairrismo de algumas pessoas preconceituosas que diziam que o local não era apropriado para tal construção.

Para a construção da churrascaria também houve o patrocínio da CERMA através de seu representante Riba Lobato e após a construção das paredes faltava o telhado, os três amigos tiveram dificuldades para encontrar um carpinteiro especialista em cobertura chegaram a entrar em contato com alguns carpinteiros da cidade, estes não sabiam da técnica para fechar a cúpula da cobertura, até que eles encontraram um carpinteiro o senhor Belo que com toda sua técnica construiu a cobertura em forma de carrossel.

Apósaconstruçãodachurrascaria,antesdesuainauguraçãoficoudeserdecididoqualseriaonomedamesma, a sugestão do nome da churrascaria, foi num dialogo ampliado entre os três amigos e alguns jovens numa reunião ocorrida na churrascaria Vianense de propriedade de Antônio Serra, que ficava localizada na Rua Dr. Castro Maia, por trás do Cinelândia, bem próximo ao comércio de Senhor Penha, nessa reunião regada de tira gosto de galinha assada e cervejas e sempre com o excelente atendimento de Antônio Serra aos seus clientes, os três amigos e os componentes da AJEBV (Associada Jovem e Beneficente Vianense) remanescente da época em que houve a fundação a Escola de Samba Ritos & Mitos, após uma votação em que cada participante sugeriu e apresentou um nome para ser decidido no voto, foi aprovado o nome Barra do Sol o qual foi o nome mais votado e esse nome foi o apresentado pelo jovem Hamilton Matos Garcia e sua colega Maria do Carmo conhecida como “Du Carmo”. Hamilton Garcia explicou aos presentes que o local onde estava edificada a churrascaria era muito bonito e ficava num nível alto de frente para o poente e ao entardecer se avistava um lindo por do sol e no lado oposto da churrascaria se avistava o sol nascer e que dava vontade de amanhecer e avistar o sol nascer e vê a Barra do Sol, somente após essa escolha foi que a churrascaria iniciou o seu funcionamento.

Após a construção da Churrascaria já com o nome escolhido de Barra do Sol, houve a inauguração e varias festas foram realizadas, entre elas festa da fita no período carnavalesco, festa da miss Barra do Sol e a jovem Kátia filha de Daniel foi eleita miss barra do sol.

Com a churrascaria já em funcionamento e várias festas realizadas, o então gestor municipal, vale ressaltar que toda essa história narrada foi durante a gestão do prefeito Walber Duailibe, o chefe do poder executivo chegou a protestar e houve discussões com os três amigos e disse que tinha um projeto do governo do estado para ampliação do complexo esportivo e que ia mandar demolir a churrascaria, após vários acirramentos sobre o assunto, que foi levado ao plenário da Câmara Municipal de Viana e felizmente não aconteceu à demolição e a churrascaria mais tarde se transformaria numa feira.

Foi nesse cenário a construção e funcionamento da churrascaria que após a saída de Figueiredo para a cidade de São Paulo, onde residiu por seis anos e depois passou mais quatro anos em São Luís, porém todo ano o mesmo retornava a Viana para visitar a cidade e rever os parentes e amigos, nesse período a estrutura foi deixada no local, nessa época houve um problema na estrutura do matadouro público municipal da cidade e após uma reunião na sede do poder executivo municipal houve uma decisão de ocupar a estrutura da churrascaria Barra do Sol para os açougueiros comercializarem carne no local, o açougueiro Aderson Feitosa, foiumdosprimeirosacomercializarcarnesnachurrascariaetambémnesseperíodoosvendedoresambulantes de pescados e mariscos comercializavam seus produtos no bairro do moquiço, no canto de Zé Mendes e também os atravessadores que comercializavam na praia tinham que ser deslocados para a estrutura da Churrascaria.

Ainda por decisão tomada, na citada reunião, acontecida na prefeitura, muita celeuma sobre o deslocamento dos vendedores de peixe para a churrascaria, o poder público através do Dr. Edivaldo, que era o fiscal público, cumprindo uma decisão tomada pela gestão Walber Duailibe, precisou usar da força policial, inclusive o senhor Vicente Catipuru que vendia peixes na rua chegou a ser levado com o seu côfo de peixes na viatura policial, pois os vendedores ambulantes se recusavam a ir para a churrascaria achavam muito longe e que ninguém ia comprar peixes naquele local. Após muita resistência, inclusive outros vendedores chegaram a serem levados em viaturas policiais para o novo local determinado pela prefeitura, a resolução do problema finalmente terminou e começou-se a fazer uso da churrascaria para comercialização de peixes e mariscos.

O Centro Comercial da Barra do Sol, fica localizado no bairro Citel, a Feira da Barra do Sol e o seu entorno é o coração comercial da cidade de Viana, o mercado que fica dentro da feira, e demais comércios no centro comercial com várias lojas de franquias e vendas em atacado e a varejo de diversos produtos, dispondo de vários depósitos de bebidas e também predominam no local armazéns de gêneros alimentícios, que formam um dos maiores eixos comerciais da baixada maranhense.

A partir de então surgiu o Bairro Citel cujo nome foi devido à uma construtora que realizou a obra de urbanização do bairro em Viana. Segundo informações o terreno onde é hoje o referido bairro era uma solta para pasto de gado, após a aquisição da área o prefeito Walber Duailibe loteou para as famílias carentes. Depois desse período, a cidade de Viana iniciou o desenvolvimento e o crescimento da densidade populacional, porém cresceu de forma desordenada sem planejamento, sem a mínima infraestrutura, um dos exemplos dessa falta de planejamento é o transito desordenado na área comercial da Barra do Sol. A partir da expansão da cidade o patrimônio histórico iniciou a entrar em ruinas e poucas casas coloniais no centro histórico permaneceram conservadas. Nessa época começa a surgir novos bairros, ou seja, a parte nova de Viana o primeiro deles a Citel, com a área comercial da Barra do Sol, Campo Novo, Nova Viana, Mutirão, Vila Zizi, Piçarreira entre outros, cujos bairros atualmente fazem parte da zona urbana da cidade. Atualmente a Barra do Sol é o principal centro comercial de Viana onde existe o Centro de abastecimento "Daniel do Nascimento Gomes" construído na administração do prefeito Daniel do Nascimento Gomes Filho o "Danielzinho", que homenageou o comerciante vianense e seu pai, um mercado de vendas de vários produtos. Na gestão do prefeito Messias Costa Neto foi construído no Bairro Citel o Hospital Municipal Dom Hélio Campos, que depois passou-se a chamar Hospital Municipal Bonifácio Pacífico Serra, ilustre vianense com relevantes serviços prestados à população de Viana na área da saúde, mudança feita através de projeto de lei do vereadorZéSantos,aprovadona CâmaraMunicipal de Viana esancionadoque viroulei. Depois o então prefeito Rilva Luís organizou a estrutura no local construindo o galpão onde são comercializados peixes e mariscos, além da construção de vários Box.

Uma linda história cheia de detalhes três amigos e uma feira, que surgiu graças a brilhante ideia do Figueiredo compartilhada com seus dois amigos e a Barra do Sol assim como seus idealizadores Figueiredo, Zé Mario e Antônio Augusto entraram para a história da cidade de Viana.

Texto escrito a partir das informações de Antônio Gomes Figueiredo o “Figueiredo”