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RUBENS FILETI
RUBENS FILETI
Empresário e presidente da Acieg e da Faciest-GO
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O PAPEL DA ACIEG
A economia e a política se cruzam diariamente. Muitas vezes por dia, aliás. Fazer parte de um ecossistema como o brasileiro, é, para o empresariado, um grande desafio. A começar pelo fato de que o que deveria ser seu maior aliado, o setor público, é, na prática, um torto adversário. Explico: Em um país pobre, o dinheiro é curto. Todos precisam e o querem com algum objetivo. E o Brasil é um País pobre no sentido em que tem muita demanda, potenciais naturais e oportunidades abertas, mas não tem recursos de sobra para desenvolvê-las.
Ao mesmo tempo, tem contas públicas improdutivas (custeio) que levam todo arrecadado. O quadro é complexo, temos um lado produtivo formado e profissional, precisando de crescer, empreendedor, e, na contramão, um setor público pesado, cheio de gargalos e burocrático.
Mas podemos dizer que o setor público brasileiro também é profissional, pois foi capaz de criar uma teia de leis, regras e sistema de pressão que faz com que seu maior ativo, quando se fala em geração e motor de riquezas, no caso, as empresas, trabalhe diuturnamente não para alimentar e distribuir a riqueza gerada com a sociedade, mas para manter a base de privilégios do setor público em todos os seus três poderes. No Brasil, o privilégio estatal vem antes do social e do econômico.
A conta uma hora não fecha, mas aí é tema para outro artigo. Mas essa realidade não se aplica igualmente em todos os lugares. Alguns são mais, outros piores, mas todos são ruins. O papel da Acieg neste jogo político é o de articular para que, dentro do seu ambiente, a narrativa do setor privado prevaleça, que o modelo desfavorável que alguns burocratas desenham para prefeitos, governador ou presidente da República, sejam revisados com equilíbrio mínimo e evite que, vez ou outra, as medíocres mentes que pensam as leis, regras e normas não enganem a galinha dos ovos de ouro pela eterna fome de arrecadar. Felizmente, parlamentares, prefeitos e o nosso governador nos ouve. Essa é a virtude da Acieg: tem voz e é respeitada. Os bons sabem que antes do tributo, vem uma empresa, vem o emprego. Do salário do emprego, o consumo, o imposto. Dizer isso todo dia não é cansativo. É necessário para que alguns néscios ou micro-pensadores da nossa burocracia pública, em suas pastas empresariais, não estraguem o já combalido sistema de produção de riquezas que sustentamos.
Sem nosso suor, do trabalhador ou empresário, o prato fica mais magro e o vinho, mais miúdo. Temos um papel fundamental nessa história. Alimentar nossas famílias, a dos nossos empregados e, pasmem, as do setor público, mesmo que estes nos vejam como adversários. Se é ruim com a gente reclamando, muito pior seria se não estivéssemos aqui.
A Acieg promove diariamente esse diálogo. Sabe ouvir e dizer. Somos hoje muito respeitados por respeitar as dificuldades do setor público e, quando nos posicionamos contra, é porque sabemos que depois da curva, a arrecadação fácil ou a ideia fantástica pode se tornar um novo tormento fiscal, com falências e desemprego. A Acieg honra sua história de defesa das empresas, mas admira o gestor público que assume sua função sabendo o tamanho do caos que irá administrar. Nessa hora de sanidade, se não formos parte da solução, preferimos não levar mais problemas. Somos parceiros ao mesmo tempo que cobramos, pois prestamos contas apenas para nossos empresários. A Acieg trabalha pelo melhor desenvolvimento da economia goiana, todos os dias do ano.