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PORTUGUÊS
Cuidado com a língua!
MARIA ELISABETE BARROSA
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A “caça ao erro” continua e eles estão por todo o lado!
Esta rubrica pretende alertar para a necessidade de saber escrever e pronunciar bem a nossa língua - a língua portuguesa .
Junta-te aos “Caçadores de Erros”! Para isso, tens de estar atento ao que lês e, quando apanhares” um erro, envia-o para descobriumerro@sapo.pt !
Aqui vão mais alguns “apanhados”!
Vamos lá pensar: quando eu esqueço, esqueço alguma coisa… Logo, o correto seria “foi uma lição de vida que / a qual nunca vou esquecer”!

E se tratássemos do extermínio destes erros ortográficos?

“Ler”, assim como crer, ou como ser, ter, ver, e seus derivados (reler, descrer, reter, rever) não se acentuam com acento circunflexo!

ATENÇÃO: as palavras “proibido” e “economia” não são acentuadas graficamente!...

Poesia com verbos
AURORA ANTÃO
Os alunos do 2.º B da escola de Miranda do Douro, no âmbito da aprendizagem dos verbos, escreveram as seguintes poesias intituladas:








Uma boa e inesperada surpresa
FILIPA GONÇALVES
A Viagem do Elefante é um livro da autoria de José Saramago, um importante escritor português, que ao longo da vida escreveu mais de quarenta obras.
Este é um romance histórico, baseado em factos reais, que conta com um pequeno prefácio que explica a origem da história. Com uma escrita muito própria, o autor leva-nos a viajar pela Europa. Uma viagem que começa em Portugal e acaba na Áustria.
Ler este livro não era algo que estivesse nos meus planos de leitura. Não posso dizer que José Saramago seja dos meus escritores prediletos ou que os livros dele me suscitem uma grande curiosidade. Provavelmente, se visse esta obra, numa livraria, nem lia a sinopse. Todavia, penso que, depois de lida uma segunda obra do autor, consegui entender melhor o que ele queria transmitir com a sua escrita e a forma como o fazia. Não sou a sua maior fã, mas tenho certeza de que este não vai ser o último livro de Saramago que vou ler.
A minha motivação inicial foi participar num concurso de leitura. De início, fiquei um pouco reticente… Então, decidi fazer uma pesquisa para entender a razão de ter sido este o livro escolhido. No meio de vários artigos, deparei-me com um que dizia que A Viagem do Elefante era uma metáfora da vida humana e comecei a ficar intrigada. Agora, terminada a leitura, posso dizer que concordo com a afirmação: o elefante Salomão nasceu, viajou, esteve parado, viveu uma grande aventura e até mudou de nome para Solimão. Continuou a viajar, teve momentos felizes e momentos assustadores e, no final, … bem, … para conhecer o final, há que ler
a obra! Não é uma leitura fácil, no entanto, depois de estarmos mergulhados na ação, começamos a preocupar-nos com Salomão e com o seu conarca, Subhro, a quem o rei de Portugal quis mudar o nome e o arquiduque Maximiliano realmente mudou, assim como ao pobre do elefante. Tenho de confessar que gostei mais da primeira metade do livro: a viagem de Lisboa a Valladolid. Foi uma viagem mais tranquila. Conseguimos ver tanto conarca como elefante a relacionarem-se com os soldados e o comandante. Gostei especialmente da ironia deste último, cada vez que Subhro aparecia para lhe sugerir algo novo. Nessa parte da viagem, um dos meus episódios favoritos aconteceu quando eles pararam numa aldeia e alguns aldeões acharam que o elefante era Deus. Esses aldeões foram acordar o padre a meio da noite e, no dia seguinte, de manhãzinha, foi a aldeia toda vê-lo a executar um exorcismo ou algo parecido. Foi um dos capítulos mais engraçados de toda a obra. "Sempre chegamos ao sí - Durante a segunda parte, não houve um momento do qual gostio aonde nos esperam." tasse especialmente, mas houve vários em que me questionei como é que todas aquelas pessoas, pertencentes a várias classes sociais, acharam que era boa ideia levar um elefante para um país frio. Só queria destacar um episódio, nesta segunda parte da viagem, que aconteceu quase no final da ação, através do qual podemos ver a imaginação de Fritz ou Subhro. Este imagina-se a salvar a arquiduquesa de um acidente de carruagem. Foi algo que não aconteceu, o conarca não salvou a arquiduquesa, mas, como o imaginou, poderia tê-lo feito. Não é uma cena que passe uma grande mensagem, mas mostra como todos criamos e vivemos emocionantes histórias na nossa imaginação. Ler A Viagem do Elefante foi uma aventura, assim como a de Salomão, mas não gostei do final.

Achei que seria um final aberto, uma história para o leitor imaginar o futuro, como seria a vida de Solimão agora na Áustria, porém enganei-me redondamente. O final foi realmente triste. Pobre animal! Gostaria de ter sabido o que aconteceu ao conarca depois de tudo… espero que ele tenha conseguido voltar para Lisboa e reunir-se com todos aqueles com quem compartilhou uma grande e divertida viagem.
Concluindo, não seria uma obra que eu agarraria se a visse numa livraria, mas estou contente por a ter lido, pois acabou por me ensinar várias coisas, inclusive a gostar da forma de narrar de Saramago, cheia de ironia e comentários sobre o futuro. Isso foi algo que tornou a obra muito melhor. Custa a entrar na história e há diversos momentos em que só desejamos que o elefante chegue de uma vez por todas ao seu destino, mas vale a pena e deixa qualquer um satisfeito quando termina. Mostrou-me que vale a pena sair da nossa zona de conforto e que, quando o fazemos, podemos acabar por ser surpreendidos porque, para mim, foi isso que esta leitura me trouxe: uma boa e inesperada surpresa.
As Nossas Leituras

AURORA ANTÃO
Na Educação Literária, explorámos o livro O Elefante Cor-de-rosa, de Luísa Dacosta. É uma história muito bonita, que se passa num mundo pequenino, onde tudo é leve calmo e divertido.
Experimentámos essa ideia, construindo o “nosso” elefante com um balão cor-de-rosa. Tal como o da história, era leve e “gracioso"…
Durante todo o ano letivo, a turma do 1º ano de Sendim (AS) desenvolveu o projeto “A Arte de ler Pela Arte”, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, cujo produto final foi a produção e apresentação de um vídeo em Stopmotion sobre o conto “A ovelhinha preta”, de Elizabeth Shaw.
A ideia surgiu devido à própria temática do livro/conto que se desenrola em volta de valores cívicos, como a necessidade de não discriminação da diferença, interpretada no conto pela personagem da ovelhinha preta, discriminada pelo cão pastor nas várias fases da história e contrariada pelo pastor que encarna na história os valores da amizade e compreensão pela diferença. Durante o 1.º e 2.º períodos foram construídas as várias personagens da história e as várias maquetas, com recurso a reutilização de materiais, estando a educação ambiental sempre presente no desenrolar do projeto.
No 3º período, os alunos procederam à leitura/ dramatização da história e gravação de voz com recurso a meios audiovisuais. De referir que também aqui se pretendeu dar resposta ao projeto “Escola a Ler”, no qual o agrupamento se encontra inserido.
Na última fase do projeto, os alunos fotografaram os vários “frames” da história que, depois de terminada, foi apresentada aos Encarregados de Educação na Biblioteca da escola e publicada no Sapo Campus do Agrupamento e no blog da turma (https://turma-1as.blogspot.com).
Foi uma grande aventura.

OS CONTOS DE MIGUEL TORGA
ANTÓNIO SANTOS

Foi lançada este ano uma coleção de banda desenhada que pretende ser uma nova abordagem aos contos de Miguel Torga. Trata-se da adaptação de «Um roubo», publicado em 1941 em Contos da Montanha, e de «Natal», publicado em 1944 em Novos Contos da Montanha.
O autor, Jorge Marinho, artista plástico de formação, que se inicia nas lides da banda desenhada com esta obra, soube encarnar bem o espírito dos contos de Torga realizando vigorosas vinhetas a preto e branco, de página inteira, remetendo-nos para a imensidão agreste das paisagens transmontanas retratadas nestes dois contos. Este formato permite-lhe ainda realçar pormenores importantes para a narrativa, tanto ao nível dos traços fisiológicos das personagens como dos próprios cenários onde decorre a ação.
Interessante é também atentar no processo criativo utilizado pelo autor, residente ele próprio em Trás-os-Montes, já que utiliza personagens reais que caracteriza e coloca nos cenários descritos nos contos, encenando a própria narrativa e garantindo assim um grande realismo à sua obra. Nas palavras de A. M. Pires Cabral, outro ilustre Transmontano que prefacia a obra, «O traço seguro de Jorge Marinho desenha as personagens com o mesmo pormenor (vejam-se aqueles fios de barba!) e a mesma agudeza psicológica com que a mestria literária de Miguel Torga as descreve. Para dizer de outra forma: o desenhador faz justiça ao escritor…». Produzida em edição de autor, muito ao jeito de Torga, este álbum conta com um excelente design de Umberto Nelson, com capa dura e papel de grande qualidade. Aguardamos ansiosamente o próximo número desta coleção onde, ao que apurámos, o autor fará a adaptação dos contos «A vindima» e «O vinho», publicados em 1944 em Contos da Montanha. Trata-se de uma obra essencial para o acervo de qualquer biblioteca, especialmente das bibliotecas escolares, já que poderá contribuir decisivamente para a iniciação dos mais jovens no universo literário desse grande vulto da nossa literatura que é Miguel Torga.

Jantares de finalistas
No dia 3 de junho, os alunos do 9.º ano da Escola Básica de Sendim foram presenteados com um jantar de finalistas. Estiveram presentes o Sr. Diretor, professores, funcionários, membros da Autarquia e Junta de Freguesia e da Associação de Pais.
Aos nossos queridos alunos desejamos muito sucesso e uma vida feliz!

No dia 4 de junho, os alunos finalistas da EBS de Miranda do Douro reuniram-se para um jantar de gala. Muito sucesso a todos!



