Revista Varejo & Oportunidades nº 35

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Ano 5  Número 35  Out/Nov 2015  ISSN 2175-4926  R$ 12,00 www.varejoeoportunidades.com.br  Impresso  Web  Smartphones  Tablets

Editora:

OUTUBRO ROSA Na luta contra o câncer de mama

Parceria:

Auditada

BEACONS E ATÉ KINECT? Ferramentas tecnológicas ajudam varejistas a mapear o gosto dos clientes A UNIÃO FAZ A FORÇA Principais entidades do varejo debatem competividade em Fórum Permanente NA ROTA DOS NEGÓCIOS Cresce a oferta de espaços nos terminais dos aeroportos da Infraero

Impressa e digital

Silvio Laban, vice-presidente de pesquisas do Popai Brasil

GIGANTE DO VAREJO Walmart Brasil aposta em lojas de descontos para crescer no Nordeste

É HORA DE REVISAR

PROCESSOS

O vice-presidente de pesquisas do Popai Brasil e professor do Insper, Silvio Laban, avisa: o varejo precisa fazer a lição de casa e buscar eficiência


INFORMA


OUTUBRO ROSA Na luta contra o câncer de mama

Editora:

Auditada Ano 5  Número 35  Out/Nov 2015  ISSN 2175-4926  R$ 12,00  www.varejoeoportunidades.com.br  Impresso  Web  Smartphones  Tablets

Impressa e digital

Parceria:

Os games interativos invadiram o setor com a promessa de elevar a produtividade das empresas com processos mais eficientes de seleção e de treinamento de pessoal

NA ROTA DOS NEGÓCIOS Cresce a oferta de espaços nos terminais dos aeroportos da Infraero

A UNIÃO FAZ A FORÇA Principais entidades do varejo debatem competividade em Fórum Permanente

BEACONS E ATÉ KINECT? Ferramentas tecnológicas ajudam varejistas a mapear o gosto dos clientes


EU COMPRAR DO PEQUENO NEGÓCIO TODOS OS DIAS

O Movimento Compre do Pequeno Negócio, que aconteceu no dia 5 de outubro, não acaba agora. Afinal, todo dia é dia de comprar do pequeno. Assim como todo dia é dia de cuidar da gestão, inovar e receber os clientes com carinho e dedicação. Fortalecer e incentivar as pequenas empresas, esse negócio também é seu. #compredopequeno



Confira algumas de nossas lojas, aproveite e venha nos conhecer:


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[ SUMÁRIO ]

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editora responsÁveL

CAPA

Descubra os games interativos e saiba como fazer uso dessa estratégia lúdica de treinamento

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ENTREVISTA

O vice-presidente de pesquisas do Popai Brasil, Silvio Laban, fala sobre as tendências do varejo

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ESPECIAL

Conheça as principais bandeiras do Fórum Permanente de Competitividade do Varejo

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EM CENA

Para atrair público, vale (quase) tudo. Inclusive criar um espaço temático em homenagem à série Star Wars...

RANKING DO VAREJO

Confira a galeria de fotos do lançamento do ranking “As 250 maiores empresas do varejo brasileiro”, da SBVC

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MERCADO

Veja as iniciativas da Infraero para estimular os negócios nos terminais de passageiros dos aeroportos

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Guilherme Loureiro, presidente do Grupo Walmart Brasil

TECNOLOGIA

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Ferramentas como beacons e até o Kinect podem mapear os gostos do cliente. Confira!

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Acompanhe a estratégia do Walmart Brasil para garantir o crescimento da rede

ARTIGO

George Homer, presidente do Retail Design Institute (RDI), fala sobre a importância do design

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MARCAS FAMOSAS

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Publisher: José Lamônica lamonica@editoralamonica.com.br Consultoria Estratégica de Gestão: Militelli Business Consulting Direção de Produção: Andréa Cordioli (MTb: 31.865) andrea@editoralamonica.com.br Repórteres: Paulo Gratão - paulo@editoralamonica.com.br Wilian Miron - wilian@editoralamonica.com.br Direção de Criação e Arte: Marcelo Amaral - marcelo@editoralamonica.com.br Silvério Bertelli - silverio@editoralamonica.com.br COMERCIAL PROJETOS E VENDAS DE PUBLICIDADE Sede 55 (11) 3256-4696 - 3214-5938 Gerente Comercial Fábio Braga - 55 (11) 99800-8632 fabio@editoralamonica.com.br Gerentes de Contas Alessandra Alexandre - 55 (11) 99442-6544 alessandra@editoralamonica.com.br Gesner Castro - 55 (11) 99815-3063 gesner@editoralamonica.com.br Luzia Rodrigues - 55 (11) 97014-2726 luzia@editoralamonica.com.br Thais Andrade - 55 (11) 99115-3339 thais@editoralamonica.com.br RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO Representante de Publicidade - Rio de Janeiro Triunvirato Empresarial Milla de Souza - (21) 2611-7996 / (21) 98144-0706 milla@editoralamonica.com.br/ milla@triunvirato.com.br REGIÃO SUL Mariana Drummond Fontes - 55 (48) 9907-0048 marianafontes@editoralamonica.com.br Logística e Mercado Thais Guardacioni thaisg@editoralamonica.com.br Mônica Cavalcante monica@editoralamonica.com.br Marketing: Carol Nunes - carol@editoralamonica.com.br Mailing: Tatiane Brito - tatiane@editoralamonica.com.br Administração e Financeiro: Silvia Medeiros silvia@editoralamonica.com.br Assistente Financeiro: Viviane Naia Keunecke contasareceber@editoralamonica.com.br Assinaturas: (11) 3256-4696 - 3214-5938 Distribuição: DINAP - Grupo Abril Plataforma digital: MavenFlip Publicações Digitais Produção Gráfica: Leograf

Auditagem

Tiragem Física = 1.700 exemplares (edição nº 35) Digital = 16.641 page views (Referente a todas as edições da Revista no período de agosto a setembro de 2015)

Confira a publicação digital



[NA MIRA DO VAREJO] SINAL VERDE PARA AS VENDAS DIRETAS O mercado de vendas diretas atingiu R$ 19,5 bilhões em volume de negócios no primeiro semestre deste ano, informa a Associação Brasileira de Vendas Diretas (Abevd). A cifra corresponde a um crescimento de 0,7% em relação ao mesmo período de 2014. Ainda segundo a entidade, o número de revendedores diretos – profissionais autônomos atuantes – segue estável com, aproximadamente, 4,5 milhões de pessoas. De acordo com dados da Associação, quando comparado o desenvolvimento do segundo trimestre de 2015 com o mesmo período do ano anterior, é possível identificar um crescimento de 2,4% – maior que no primeiro trimestre do ano.

LIVRARIA CULTURA À VENDA PELO CELULAR A Livraria Cultura desenvolveu uma versão do seu comércio eletrônico voltada para o acesso em dispositivos móveis. O novo canal de vendas da empresa ficou pronto em 30 dias e já aumentou em 40% as vendas de livros por meio de dispositivos móveis. A responsável pelo projeto dessa plataforma de vendas é a Mobify, empresa especializada em mobile shopping.

PRIMEIRO CARTÃO DE CRÉDITO DE SHOPPING CHEGA AO MERCADO

NETSHOES TEM NOVO CD EM MINAS GERAIS A Netshoes agora conta com um novo Centro de Distribuição em Extrema, Minas Gerais. A estrutura logística no estado será responsável pelo envio de produtos de pequeno e grande volumes da loja virtual de artigos esportivos e também da Zattini, focada em moda e lifestyle. No total, os dois e-commerces oferecem mais de 70 mil produtos aos consumidores. O início da operação está previsto para o terceiro trimestre de 2015.

Seguindo prática adotada pelos lojistas há alguns anos, o Itapecerica Shopping acaba de lançar o primeiro cartão de crédito de shopping do País. Segundo o estabelecimento, a iniciativa tem por objetivo alavancar as vendas, conquistar novos consumidores e fidelizar os atuais frequentadores do shopping, que possui um potencial de consumo superior a R$ 40 milhões mensais. O cartão Itapecerica Shopping terá a bandeira Credz, empresa administradora de cartões de crédito, e será aceito nos mais de 1 milhão de estabelecimentos atendidos pela Cielo.

CENTAURO FARÁ VENDAS POR APLICATIVO Quem também resolveu investir em vendas em dispositivos móveis é a rede Centauro, especializada em artigos esportivos. Recentemente, a empresa lançou aplicativo, por meio do qual disponibiliza 15 mil produtos como opção a seus clientes. O canal mobile da loja está disponível para tablets e smartphones equipados com sistemas operacionais iOS e Android. De acordo com a empresa, o objetivo é continuar oferecendo a melhor experiência de compra ao cliente em todas as plataformas.

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[NA MIRA DO VAREJO] NET ENTRA NO E-COMMERCE

C&A INAUGURA 11 LOJAS EM DIVERSAS REGIÕES DO PAÍS Gigante no varejo de vestuário, a rede C&A inaugurou 11 unidades em pouco mais de sete meses. Em junho, a empresa abriu sua primeira unidade em Palmas, Tocantins, e passou a ter lojas físicas em todos os Estados do País, ampliando seu conhecimento sobre a mulher brasileira. Além disso, a companhia inaugurou recentemente um novo projeto de loja no Leblon, no Rio de Janeiro. Com cerca de 600 metros quadrados, a loja é 100% dedicada às mulheres, com coleções de roupas, calçados e acessórios e design diferenciado.

CONSUMIDOR VÊ SEGURANÇA NA COMPRA PELA INTERNET Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) sobre o consumo virtual indica que o hábito de comprar pela internet é considerado cada vez mais seguro pelos consumidores brasileiros. Cerca de oito em cada dez internautas (82%) atribuíram notas altas, numa escala de um a cinco, ao serem questionados sobre o grau de segurança no comércio online – porcentual que aumenta para 93% entre os consumidores com maior frequência de compras virtuais.

A NET criou, em parceria com o Submarino, a Loja dos Nets by Submarino. No espaço de compras, os clientes poderão adquirir artigos de telefonia, informática, eletrônicos e acessórios, que aprimoram a experiência dos serviços oferecidos pela NET. São mais de dez mil itens entre smartphones, notebooks, tablets e televisores, de marcas conceituadas no mercado. Além disso, os NETs poderão aproveitar lançamentos e promoções especiais com a melhor experiência de compra online.

MERCADOLIVRE REGISTRA RECEITA LÍQUIDA DE US$ 154,3 MILHÕES O MercadoLivre obteve receita líquida de US$ 154,3 milhões no segundo trimestre deste ano. A plataforma de e-commerce contabilizou 30,2 milhões de itens vendidos no período, um crescimento de 27,8%. O volume transacionado na plataforma (GMV - gross merchandise volume) foi de U$ 1,65 bilhão, crescimento de 84,6% em moeda constante e queda de 8,4% em dólares – resultado das variações cambiais ocorridas na região no período de um ano.

OUTBACK STEAKHOUSE CHEGA À AVENIDA PAULISTA O restaurante Outback Steakhouse chegou à Avenida Paulista e abriu uma unidade no Shopping Cidade São Paulo. Este é o primeiro estabelecimento da rede que trabalhará com horário diferenciado para atender à necessidade do principal cartão-postal da capital paulista. O restaurante funciona de segunda a sábado das 11h30 às 23 horas e, aos domingos e feriados, o serviço é das 11h30 às 22 horas.

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[NA MIRA DO VAREJO] UM EM CADA QUATRO BRASILEIROS DESCONHECE QUE PAGA IMPOSTOS Um quarto da população brasileira não tem consciência de que paga impostos. É o que mostra pesquisa realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos com 1200 pessoas em 72 municípios do País. Perguntados se pagam algum tributo, 25% dos entrevistados responderam negativamente, mesmo porcentual registrado em 2014. Entre os 73% dos brasileiros que afirmaram pagar algum imposto, 69% indicaram o pagamento de tributos municipais, como IPTU e taxas municipais em geral (iluminação e lixo). Já 54% citaram os impostos indiretos, sobre produtos e serviços; 39% citaram os estaduais, como IPVA, e 17%, os federais, como Imposto de Renda. Esses últimos registraram alta de cinco pontos porcentuais em relação ao ano passado.

MUNDO VERDE INAUGURA LOJA EM FRANCA A rede de produtos naturais Mundo Verde acaba de chegar a Franca, no interior do estado de São Paulo. Conhecida como a “Terra do Calçado”, a cidade, que conta com uma população de mais de 335 mil habitantes, é a maior produtora de calçados do Brasil e da América Latina, possuindo mais de 1.000 indústrias de grande e médio porte neste setor.

INADIMPLÊNCIA CRESCE 4,47% EM JULHO, MOSTRA SPC BRASIL Pesquisa feita pelo SPC Brasil revela que o número de consumidores com contas atrasadas, registrados nos cadastros de inadimplência, voltou a subir no segundo trimestre deste ano. Os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram um aumento de 4,47% em julho em relação com o mesmo mês do ano passado. Já o número de dívidas em atraso teve uma variação positiva de 4,99%, também na comparação anual. A estimativa da entidade é que ao menos 57 milhões de consumidores estejam inadimplentes no País.

VENDAS DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO CRESCEM 4% EM AGOSTO NAS LOJAS GRANDES As vendas de material de construção cresceram 4% em agosto nos grandes estabelecimentos do setor espalhados pelo País, segundo a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Já as lojas pequenas e médias tiveram queda de 6% e 2% no período, respectivamente. O desempenho de algumas categorias como cimento, que cresceu 7% em agosto, e tintas, que ficou 3% acima do índice apresentado no mês passado, indica que o brasileiro está voltando a reformar e a investir em pequenas obras.

CONSUMO DAS FAMÍLIAS CAI 7,5% NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 A empresa de painéis de consumo Kantar Worldpanel acaba de lançar um estudo que aponta uma queda de 7,5% no consumo das famílias brasileiras e aumento de 8,5% no preço médio dos principais produtos no primeiro semestre de 2015, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o estudo, com a atual situação econômica do País, no primeiro semestre deste ano os consumidores fizeram duas visitas a menos ao PDV.

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[NA MIRA DO VAREJO] CONSUMIDORES PESQUISAM NA INTERNET ANTES DE COMPRAR NA LOJA FÍSICA Levantamento feito pelo Google entre junho e agosto de 2015 revelou que os consumidores brasileiros pesquisam os produtos na internet enquanto estão decidindo o que comprar numa loja física. De acordo com a organização, dos 1.200 entrevistados que tem smartphone e idade entre 14 e 54 anos das classes A, B e C, 74% assumiram efetuar a pesquisa. Os dados reforçam a tendência no varejo, o “Omni-Channel”, que integra lojas físicas e virtuais. Esse conceito mostra que o consumidor está cada vez mais multicanal e digital.

MERCADOPAGO LANÇA APLICATIVO PARA WINDOWS PHONE

MAIORIA DOS UNIVERSITÁRIOS QUER O PRÓPRIO NEGÓCIO Pesquisa realizada pelo Banco Confia com 304 universitários brasileiros mostra que a maior parte deste grupo (93%) deseja ter seu próprio negócio. E mais de 91% consideram importante e acreditam ter a capacidade de construir um futuro melhor e mais promissor com seu próprio trabalho. Ao serem questionados se o preparo para exigir qualidade era importante para um empreendedor, apenas 64% acreditam nisso e 31%, apesar de acharem importante, acreditavam não a possuir. Com respeito a sonhar, mais de 90% acreditam que é importante para se obter bons resultados. Sobre o feeling para ser empreendedor, 67% afirmaram ser importante e acreditavam possuí-lo.

Após lançar aplicativo para dispositivos móveis equipados com sistemas operacionais iOS e Android, o MercadoPago, empresa do grupo MercadoLivre, chega aos aparelhos com sistema Windows Phone. Ao baixar o aplicativo do MercadoPago, o usuário se cadastra e insere os dados de seus cartões de crédito apenas uma vez. O celular passa a funcionar como uma “carteira digital” e, nas próximas compras, o usuário terá que incluir apenas o código de segurança do cartão. Com alguns toques na tela do celular é possível pagar contas, transferir dinheiro e emitir boleto com segurança.

NIELSEN: MARCAS LÍDERES SOFREM QUEDA NAS VENDAS Outro efeito do momento econômico do Brasil: as marcas líderes de mercado já começam a perder espaço na lista de compras do consumidor para suas concorrentes de menor expressão. É o que mostra pesquisa feita pela Nielsen. De acordo com estudo Tendências Bimestrais, todas as Cestas Nielsen, que agregam mais de 132 categorias de produtos entre Bebidas (Alcoólicas e Não Alcoólicas), Alimentos Perecíveis, Limpeza, Higiene e Beleza, apresentaram uma desaceleração de abril de 2014 a abril de 2015. Além disso, mais da metade das marcas retraíram 3% ou mais nas vendas em volume. Das 127 marcas líderes, 29% tiveram diminuição no volume de vendas. No entanto, há oportunidades no mercado. Mesmo com cenário negativo, 40% das marcas líderes conseguiram crescer com estratégias em distribuição, ofertas e novos produtos (sabores e variantes).

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[NA MIRA DO VAREJO] QUATRO DOS CINCO APPS DE M-COMMERCE MAIS USADOS NO BRASIL SÃO MARKETPLACES A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box: M-commerce no Brasil, feita pela Opinion Box, revela que ao menos quatro dos cinco aplicativos mais usados pelos internautas brasileiros para compras através de dispositivos móveis adotam o modelo de negócios marketplace. Ou seja, atuam oferecendo uma plataforma para que terceiros comercializem seus produtos. Entre eles estão: MercadoLivre, Aliexpress, OLX e iFood. A exceção entre os cinco primeiros é o app da Americanas.com, que é baseado na venda dos produtos da própria loja. Estes resultados foram apresentados durante o Forum Mobile+, em São Paulo.

ROLDÃO INAUGURA LOJA EM CIDADE TIRADENTES O Atacadista Roldão inaugurou, em setembro, uma loja no bairro Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Esta é a 21ª unidade da empresa no Estado e vai gerar 160 empregos diretos e 120 indiretos, e será mais uma opção de compra para os transformadores e consumidores finais da região, uma das mais populosas da capital paulista.

DZARM. ABRE PRIMEIRA LOJA EM SÃO PAULO A Hering abriu, em setembro, a primeira loja da marca DZARM. O local escolhido é o Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. Voltada para o público feminino, a marca trabalha com o conceito de total look, no qual a cliente encontra o look completo para qualquer ocasião, do trabalho à balada, do dia-a-dia aos momentos mais especiais. Outro grande diferencial da marca está na forma como será trabalhada a curadoria de estilo, que se propõe a ajudar mulheres a escolher o estilo perfeito para seu corpo ou para marcar presença em qualquer ocasião.

CIELO APOIA MOVIMENTO COMPRE DO PEQUENO NEGÓCIO A Cielo é a mais nova parceira do Movimento Compre do Pequeno Negócio, lançado pelo Sebrae para estimular as vendas e valorizar os produtos e serviços oferecidos pelas micro e pequenas empresas. Os empreendedores que aderirem ao Movimento – hoje já são mais de 65 mil cadastrados – terão como um dos principais incentivos a aceitação do cartão como meio de pagamento, o que garante facilidade e conveniência para os consumidores com a utilização das máquinas de débito e crédito, além de maior segurança ao lojista, que tem a garantia de que receberá o valor pela compra de seus produtos e serviços. O acordo de intenções entre Cielo e Sebrae para o Movimento Compre do Pequeno Negócio tem o objetivo de massificar a aceitação de cartão e, com isso, fomentar a inclusão sociofinanceira.

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[NA MIRA DO VAREJO]

Eventos

EXPOVENDING & OCS REGISTRA R$ 55 MILHÕES EM NEGÓCIOS A XIII Expovending & OCS, feira que reúne toda a cadeia de vending machine, office coffee service, e food service, movimentou cerca de R$ 55 milhões em negócios, recebeu 40% a mais de público do que o ano passado e teve uma ampliação na área comercializada de 18%. O evento contou com aproximadamente cem marcas e aumentou seu faturamento em 12%.

ESTUDO INÉDITO DA ABF IDENTIFICA PAPEL DA MULHER NO FRANCHISING BRASILEIRO Durante a 3ª edição do Simpósio Mulheres do Franchising, a ABF divulgou um estudo inédito sobre a atuação da mulher no sistema de franquias. De acordo com a pesquisa, 46% das franqueadoras não têm uma mulher em cargos executivos, entretanto, 12% afirmam ter apenas mulheres no comando da rede. Metade das unidades franqueadas é dirigida por mulheres. Confira a cobertura completa da pesquisa no ABF News: www.abfnews.com.br

MOVIMAT: FRETE É O MAIOR CUSTO DO E-COMMERCE ESTRATÉGIAS PARA O VAREJO MÓVEL SÃO DEBATIDAS NO FÓRUM MOBILE+ A união entre varejo físico, virtual e mobile foi tema de debate no Forum Mobile+, realizado pela Converge Comunicações, em São Paulo. No evento, participaram Felipe Fioravante, CEO do iFood. Na visão dele, as empresas podem estimular seus clientes a experimentarem a compra online com ações de redução de preços e mantendo boa reputação no atendimento online. Já Alípio Camanzano, diretor do Decolar.com, disse que tenta negociar com os seus clientes (hotéis e empresas ligadas ao turismo), para oferecer uma experiência de consumo diferente ao usuário final.

A Movimat (Salão Internacional da Logística Integrada 2015), aconteceu em meados de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. E, durante o evento, foi apresentada uma pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que revelou que o frente ainda é o maior responsável pelos custos logísticos do e-commerce, representando 62% do valor total. Segundo o levantamento, a participação do custo com logística aumentou em relação a 2013, quando era de 58%. Os demais custos da operação são com armazenagem (19%), que era 23% em 2013 e 17,5% com manuseio (era 19% em 2013).

TECNOLOGIA É DESTAQUE NA LATAM RETAIL SHOW O destaque da edição 2015 da Latam Retail Show ficou por conta das novas tecnologias demonstradas durante a feira, e principalmente na “Loja do Futuro”, espaço criado para demonstrar como a tecnologia pode melhorar a operação dos varejistas no ponto de vendas. E uma das principais fornecedoras de soluções para o ponto de vendas tecnológico foi a Cegid, empresa focada no desenvolvimento de softwares verticais para grandes empresas. E entre as tecnologias demonstradas pela empresa no evento estão: o Omnicommerce, que visa o desenvolvimento de estratégias para o negócio, permitindo que todas as informações sobre o cliente sejam centralizadas em todos os canais, e o Mobile Clienteling. Além destes, teve também a cesta digital, que realiza o cálculo do valor de compra do cliente, e permite que ele reserve produtos da loja física através da loja virtual.

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Foto: Divulgação

[ ENTREVISTA ]

Hora de fazer a

LIÇÃO DE CASA Uso de ferramentas que melhoram a experiência do consumidor e ajudam o varejista a ter mais eficiência pode ser um ponto de inflexão em momentos de enfraquecimento econômico

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omentos de contração econômica são oportunidades para que os gestores das empresas revisem processos em busca de eficiência no negócio e manutenção da lucratividade. Na maioria dos casos, este processo envolve o corte de custos e, em outros, investimentos para melhorar o desempenho da empresa e diferenciála da concorrência. Segundo levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Se-

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O importante é a empresa descobrir qual será o seu diferencial, mas nesse momento o fator preço se torna muito prevalente Silvio Laban, vice-presidente de pesquisas do Popai Brasil e coordenador dos programas de MBA do Insper

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Como está o mercado de varejo no Brasil hoje? Acho que é um mercado bastante competitivo, mas ainda em evolução. Estamos nessa transição há algum tempo e vamos continuar, pois é um mercado grande. Ele está passando por um processo de profissionalização, com a consolidação em alguns segmentos e formação de grupos de empresas, mas ainda é fragmentado em muitos setores. Quem não profissionalizar e atingir escala, terá que adotar uma postura diferenciada para atender os desafios impostos pelo mercado. Esse movimento é de uma transição de empresas menos organizadas, menos estruturadas, menos profissionais e menos antenadas com o consumidor, para organizações mais antenadas, que usam mais informações e melhoram a experiência no ponto de vendas. E quanto à profissionalização do varejo? É preciso investir em melhoria dos processos, informação e tecnologia, que precisa possibilitar ao

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varejista ter acesso a informações que o tornarão mais eficaz e vão melhorar a experiência para o consumidor. Em relação à adoção de tecnologia, o que as empresas devem fazer? Adotar tecnologia não quer dizer ter sucesso. Para isso, é preciso adotar a tecnologia que faça sentido para o seu negócio. É preciso avaliar o nicho de atuação e a maturidade de empresa em relação aos concorrentes. O varejista deve tirar maior proveito da tecnologia que já implantou e dos dados que já tem. E, uma vez que eles estejam nessa posição, podem adotar outras tecnologias disponíveis. Hoje, muitos varejistas no Brasil fazem pouco uso das informações que têm. Seja dos produtos ou dos clientes há um enorme espaço a ser explorado ainda. Foto: Divulgação

faz), o faturamento do varejo caiu 1,8% no primeiro semestre deste ano em relação a igual período do ano passado, o que representou uma retração de R$ 1,5 bilhão. Estes números mostram que não dá para perder tempo, ainda mais no varejo, pois nesse segmento qualquer decisão errada pode afastar o cliente da loja e, consequentemente, derrubar as vendas. Nesta edição, a Revista Varejo & Oportunidades conversou com o vice-presidente de pesquisas do Popai Brasil e coordenador dos programas de MBA do Insper, Silvio Laban, sobre o momento atual do setor no País e sobre o que os varejistas podem fazer para driblar a desconfiança do consumidor e melhorar suas operações, mantendo-se competitivos e lucrativos em um ano no qual a economia brasileira dá sinais de encolhimento. A seguir, os principais trechos da conversa:

Produtividade sempre foi um aspecto importante. É lição de casa do varejo. Antes, o foco era na expansão, agora é momento de revisar processos

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O que os varejistas brasileiros estão fazendo para se diferenciarem entre si e conquistarem a preferência do cliente? Buscar efetivamente entender o consumidor de maneira distinta dos concorrentes. Algumas empresas estão investindo em produtividade, outras em experiência. O importante é a empresa descobrir qual será o seu diferencial, mas nesse momento o fator preço se torna muito prevalente. Algumas empresas conseguem driblar isso com experiência. O varejista não pode perder de vista experiência e produtividade. Quais são as principais tendências do varejo para os próximos anos? A principal tendência deste ano é sobreviver. Os sinais da economia são complexos a médio e longo prazos. O uso da tecnologia na experiência de compra é algo que veio para ficar, mas saber tirar proveito dos canais digitais e da mobilidade dos dispositivos que o cliente já tem é importante para agora e para o futuro.

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[ ENTREVISTA ]

Quais, por exemplo? É importante ter um ponto de vendas diferenciado, como local de aprendizagem e entretenimento. É possível vender banana ensinando para o cliente a propriedade da banana ou a cor ideal para ela ser consumida. Para fazer o cliente sair de casa e ir ao PDV tem que oferecer algo mais do que apenas um lugar onde ele vai para comprar. É preciso ter eficiência nos processos para garantir suporte a tudo isso. É mais importante investir no ponto de vendas (layout/ design) ou em tecnologia? Dependendo da tecnologia, pode ser importante. Mas o fundamental é encontrar o equilíbrio. Ter um ponto de vendas aconchegante e bem ajustado, em alguns casos, pode ser melhor do que outro cheio de telas. Em certas situações, o PDV tem que ser focado em tecnologia. O melhor é investir direito.

Foto: Divulgação

Produtividade sempre foi um aspecto importante. É lição de casa do varejo. Antes, o foco era na expansão, agora é momento de revisar processos.

É importante ter um ponto de vendas diferenciado, como local de aprendizagem e entretenimento. É possível vender banana ensinando para o cliente a propriedade da banana ou a cor ideal para ela ser consumida

Como dimensionar os investimentos? A resposta está no consumidor. Quem é ele, o que ele valoriza e o que é mais importante? O que tenho na minha empresa que o consumidor gostaria de ver mais? Os varejistas estão cada vez mais ligados ao consumidor, mas ainda temos muito espaço para avançar nessa direção. Eles ainda usam pouca informação. O processo de lidar com o consumidor ainda é um embrionário.

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Há espaço para cortar custos sem prejudicar a qualidade do atendimento e a experiência do cliente? Sempre há. É questão de você saber procurar onde cortar custos, sem impactar a qualidade do produto/serviço. Tem que procurar outros lugares antes de cortar custos. Supermercado: se mexer nas pessoas à frente do caixa, mexe com o cliente. Mas talvez existam outras áreas que podem ser objeto de análise antes de chegar ao cliente, como olhar para perdas e desperdícios. Existe potencial para reduzir essas perdas antes de mexer com o fator humano. A conta de luz e de água subiram e as empresas começaram a se mexer para economizar. Pergunto: por que não fizeram isso antes? É que antes não era um fator de preocupação. Que outras áreas dentro da organização eventualmente escondem esse potencial?

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[ EM CENA ]

O LADO LUMINOSO DA

FORÇA Por Wilian Miron

E

Fotos: Divulgação

m um mercado competitivo como o varejo alimentar, as empresas cada vez mais buscam a segmentação como diferencial para atrair e reter clientes. É o caso do Jedi’s Burger, lanchonete inaugurada há quatro meses na Chácara Santo Antônio, Zona Sul de São Paulo. O estabelecimento tem como principal característica seu mobiliário, que remete ao interior de uma nave espacial da série Star Wars. E quem escolhe fazer suas refeições no Jedi’s poderá encontrar o garçom Darth Vader ou cruzar com um soldado Stormtrooper no meio do caminho.

Por seu perfil inusitado, a lanchonete já chegou a atender até quatro mil pessoas em um só dia, após as fotos do local serem publicadas no Facebook. E o lanche mais pedido é o Pic Darth Vader, inspirado no vilão da saga. O lanche é composto por hambúrguer de picanha, queijo, alface, cebola, molho especial em um pão preto. No pico de vendas, foram comercializadas mais de duas mil unidades deste sanduíche.

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[ TECNOLOGIA ]

POSSO

AJUDÁ-LO? A Entenda por que os beacons são importantes para o desenvolvimento do varejo

competição entre os varejistas pela preferência do consumidor final ganha um novo capítulo com a chegada ao mercado dos beacons (farol, em inglês). Os pequenos aparelhos – de aproximadamente cinco centímetros – funcionam como detectores de desejos dos clientes no ponto de vendas, e justamente por isto prometem fazer a diferença na hora de chamar o consumidor à loja e efetuar uma venda.

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A lógica é simples: ao detectar que uma pessoa parou em frente à vitrine de uma loja para observar algum produto, o beacon instalado naquele mostruário vai se comunicar com o celular ou outro dispositivo móvel do possível cliente, e começará a se comunicar com ele por meio de mensagens e alertas de promoções. No interior do ponto de vendas, mais abordagens. “Você já viu aquela roupa da promoção?” ou “na seção de eletrônicos temos os últimos lançamentos de televisores”.

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Através desse sistema, os varevo Belezuca recebem mensagens jistas podem reforçar para o cliente sobre promoções, quizes, entre quais são as novidades e promoções outras interações com a varejista, que poderiam passar despercebidas com o objetivo de fazê-lo enconsem o alerta do aparelho. trar produtos de seu interesse e, Mas os beacons têm também dessa maneira, elevar o tíquete médio da compra. outras funções que podem ajudar Outras empresas brasileiras o varejo a alavancar suas vendas. que experimentam a ferramenta Ao passar pelos corredores onde são a rede de acessórios femininos estes dispositivos estão instalados, Soulier, a vinícola Cavist e o Botaeles captam informações do cliente, fogo Praia Shopping. O objetivo como o tempo que ele ficou parado desses testes é conhecer melhor em frente a uma vitrine, se ele escao perfil e o comportamento de neou o código de barras de algum seus clientes no ponto de vendas produto e por quais áreas da loja o e, desse modo, aumentar a lucraconsumidor circulou. tividade das lojas. Deste modo, o lojista terá mais Fábio Freitas, presidente Enquanto isso, grandes grupos informações sobre as preferências de da Brandzapp varejistas como o Magazine Luiza seus clientes e poderá, assim, organizar estudam colocar beacons em suas lojas para detectar seu mix de produtos no interior do ponto de vendas, realizar promoções e outras ações que visem o aumento os interesses do consumidor quando ele entra no pondo tíquete médio de cada venda em suas lojas ou, ainda, to de vendas ou simplesmente para em frente à vitrine. ter mais precisão na hora de dimensionar os estoques, Segundo Fábio Freitas, presidente da Brandzapp, levando em conta informações cada vez mais precisas start-up de tecnologia responsável pela implantação sobre os hábitos de consumo da região onde ele está instalado. Essa ferramenta está em uso nos principais varejistas do mundo, sobretudo nos Estados Unidos, Ao entrar na unidade Ipanema da Lojas Americanas, na Rua desde 2013. A Macy’s, por exemplo, Visconde de Pirajá, as caixinhas instaladas na loja logo começam implantou o sistema em suas lojas a se comunicar com o cliente. Claro, se ele estivar munido com um em Nova Iorque e San Francisco, e a smartphone compatível com sistema operacional iOS ou Android, American Eagle conta com esta feratravés do software da Brandzapp. ramenta para aumentar as vendas, Mesmo que não abra o aplicativo, a varejista saberá que o cliente esteve na loja. Ocorre que, ao passar pela porta, uma após identificar que muitas pessoas das “caixinhas” com sensores emite um som inaudível aos seres entravam na loja, mas a maioria humanos, e este detecta se entrou um cliente e se o mesmo tem o dessas visitas não se convertia em aplicativo instalado. vendas. A partir de então, “a loja” estabelece um primeiro contato com o No Brasil, estima-se que mais consumidor, através de mensagens que vão estimulá-lo a abrir o de cinco mil pontos de vendas de aplicativo e interagir com o varejista. Contudo, segundo Fábio Freitas, da Brandzapp, empresa diversas marcas já tenham alguma responsável pelos testes, o software só impactará o consumidor se experiência com os beacons. Na a loja tiver algo interessante para falar com ele. “Se não trabalhar Lojas Americanas, por exemplo, a de forma inteligente essa dinâmica, não funciona. Se o app ferramenta está em teste desde o incomodar, a pessoa vai desinstalar”, explica. início deste ano em 11 unidades da A partir de então, se o cliente estiver disposto a interagir com o varejista, ele passará a receber informações sobre produtos, rede no Rio de Janeiro. Procurada serviços ou promoções que estão disponíveis dentro da loja. E, pela reportagem, a empresa disse desse modo, será possível detectar padrões de comportamento que não comentaria o assunto. daquele cliente. “Podemos saber se ele escaneou o código de Nessas lojas, os clientes que barras de algum produto, ou se respondeu a algum quiz”. têm instalado no celular o aplicati-

Como funcionam os beacons da Lasa

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[ TECNOLOGIA ]

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de beacons na Lojas Americanas, a estratégia dos lojistas ao implantarem essa tecnologia é fazer os consumidores conhecerem novos produtos, e, assim, elevarem o consumo em cada visita à loja. Atualmente, a empresa tem aproximadamente 50 aparelhos desse tipo instalados em empresas brasileiras, e eles funcionam em conjunto com sensores de detecção de presença desenvolvidos pela Brandzapp. “O objetivo desse sistema é estimular interação do consumidor com o ambiente físico da loja e com suas marcas de preferência”, diz. O professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Alexandre Marquesi, afirma que o uso dessas tecnologias no ponto de vendas cumpre duas funções: conhecer melhor o cliente e integrar a loja física à virtual. “Tecnologias são para superar as expectativas e trocar dados. Com o tempo, isso vai se transformar em ação benéfica para o cliente: atendimento personalizado e oferta de produtos específicos para o consumidor”. Ele dos pontos de vendas. É o caso cita como exemplo o trabalho dedo sensor de movimentos Kinect, sempenhado pela Lojas Renner para da Microsoft, que tem sido usado medir o humor dos clientes enquanto nas lojas próprias da marca para aguardam nas filas do caixa. interagir com os clientes. Quando O caso mais conhecido de uso alguém pegar algum produto em de beacons por uma varejista brasiexposição, na mesma hora, vídeos sobre o item serão exibidos em uma leira é o da Dafiti, comércio eletrônico tela de televisão instalada próxima de moda e calçados. Em 2014, a ema prateleira. presa instalou 900 aparelhos desse O Kinect também irá mapear o gênero em pontos diferentes da calor e o movimento da loja, mocidade de São Paulo. O objetivo era nitorando a circulação dos clientes mapear e entender melhor o perfil de dentro dela, através do aplicativo seu consumidor fora do espaço virHeartMapping, como mais uma tual da loja. A reportagem da Revista ferramenta para os lojistas comVarejo & Oportunidades procurou Alexandre Marquesi, professor preenderem o comportamento do a empresa e a mesma informou, por da Escola Superior de Propaganda e consumidor. meio de sua assessoria de imprensa, Marketing (ESPM) O uso de tecnologia e gerenque o programa de uso de beacons ciamento de dados no ponto de vendas já é uma estava suspenso temporariamente e não deu maiores realidade em algumas marcas brasileiras, como é o detalhes sobre os resultados obtidos com os testes. caso da marca mineira Depyl Action. Em função dessas inciativas de buscar compreender o consumidor, a Ferramentas rede cresceu 15% em 2014, mesmo com os sinais de Outras ferramentas também se mostram eficiendesaceleração da economia. tes para quem deseja colocar a tecnologia a serviço

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Foto: ElderthTheza

Segundo a sócia-diretora da rede, Danielle Van Straten, há pouco mais de um ano a empresa começou a mapear as unidades com alto desempenho em faturamento para compreender melhor seu relacionamento com os consumidores e, assim, replicar as práticas dessas unidades para o restante da rede. Para tanto, usa ferramentas de análise de dados, que ajudam a entender o perfil do consumidor, tanto de quem navega pelo site, redes sociais e blogs, quanto de quem vai a uma unidade franqueada da Depyl Action. Segundo Danielle, a rede procura medir a satisfação do cliente no PDV em relação à qualidade do atendimento. “Temos procurado entender o consumidor, pois isto é um dever do franqueador para gerar retorno no ponto de vendas”.

A loja futurista Durante o Latam Retail Show 2015, promovido pelo GrupoGS&, foi montado um protótipo de loja do futuro, com diversos itens tecnológicos. No interior do ponto de vendas fictício era possível interagir com algumas das principais tecnologias que devem impactar o varejo nos próximos anos. Na entrada, o visitante já era impactado pela eficiência que os beacons apresentavam na comunicação loja-cliente, com a troca de mensagens e informações sobre os produtos dispostos nas prateleiras. Danielle Van Straten, sócia-diretora Destaque também para o espelho da rede Depyl Action interativo, que possibilita ao comprador “provar” as diversas cores de uma peça de vestuário, por exemplo, sem necessariamente trocar várias vezes de roupa. Além disso, o equipamento, quando acionado, fornece informações sobre aquele produto, mostra preços e oferta ao cliente outros modelos semelhantes e até promoções. Merece destaque, ainda, o sistema de uso de sensores para mapear zonas de calor no interior da loja. Ou seja, um software faz a leitura dos pontos onde os consumidores mais circularam e, assim, os varejistas podem saber quais os itens mais buscados, traçando estratégias para aumentar as vendas. Outra inovação encontrada ali, e que despontará no varejo ao longo dos próximos anos são os totens, por meio dos quais será possível ao cliente acessar o comércio eletrônico da loja e consultar o catálogo, ver preços e promoções exclusivas desse canal. Em alguns casos, será possível inclusive fazer encomendas pela loja virtual de produtos que não constam nas prateleiras, para depois retirá-los na loja. Por fim, merece destaque o self checkout, por meio qual o cliente poderá pagar suas compras com mais facilidade, e com os produtos escolhidos na loja escaneados por meio de tecnologias como Near Field Communication (NFC).

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[ CAPA ]

GAMES

NO VAREJO

Foto: Divulgação

Jogos têm ajudado as empresas na hora da seleção e do treinamento dos funcionários, e o resultado, na prática, é o ganho de eficiência Por Wilian Miron

A

tecnologia chegou ao departamento pessoal, e promete ajudar os gestores de mão-de-obra a melhorarem os processos de seleção e treinamento dos funcionários. E, com isto, as empresas devem ter ganhos de produtividade. E a grande novidade nesta área é o uso de assessment games. Ou seja, jogos de avaliação, que ajudam as empresas a compreenderem, por exemplo, onde estão os principais pontos de dificuldade de uma equipe na hora de realizar uma venda. Segundo o diretor da Eguru, startup focada na criação de tecnologia para o desenvolvimento de capital humano, Felipe Veiralves Azevedo, os jogos de avaliação têm a capacidade de capturar informações sobre o perfil do funcionário e da equipe e, desta forma, dar subsídios para que seja aplicado um treinamento específico para a necessidade daquele grupo, com foco no desenvolvimento de habilidades específicas para a execução de uma determinada função. “Ao longo do tempo, vimos que os games têm papel que vai além da capacitação”, diz.

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Felipe Veiralves Azevedo, diretor da Eguru, startup de tecnologia para o desenvolvimento de capital humano Entre as empresas que já usam jogos de avaliação, desenvolvidos pela Eguru para operações de varejo, está a Vivo. Azevedo conta que a operadora de telecomunicações queria implantar um novo modelo de atendimento em suas lojas, e, para isto, foi desenvolvido um jogo de treinamento que direcionaria os funcionários ao padrão de atendimento que a empresa necessitava.

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Game no franchising O Sebrae e a Associação Brasileira de Franchising (ABF) lançaram recentemente o Game Franquias Brasil, que pode ser acessado por smartphones, computador e tablet. “Para o franchising, isto é de fato um grande avanço, pois podemos atingir um volume de público sem precedentes e com qualidade”, afirma a presidente da ABF, Cristina Franco. O game é composto por seis jogos virtuais: 1) Preços, Vendas e Custos; 2) Gestão de Pessoas; 3) Atendimento a Clientes; 4) Marketing e Merchandising; 5) Gestão Financeira e 6) Indicadores de Desempenho. Os temas foram identificados pelo Sebrae como pontos fundamentais na administração de uma franquia. “Trata-se de uma ação inovadora, de vanguarda da educação à distância, em um formato de jogo on-line dinâmico, interativo e com mais eficácia para transmissão de conteúdos, em que o usuário será virtualmente dono de um negócio e poderá se divertir e aprender de forma lúdica”, afirma a diretora de educação da ABF, Angela Manzoni. O game faz parte do projeto Franquias Brasil, que pretende capacitar mais de dez mil pessoas até o fim de 2016.

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Jogos do desenvolvimento Os voluntários dos Jogos Olímpicos de 2016, que acontecem no Rio de Janeiro, passam por um game que mede a aderência deles aos “valores olímpicos e paralímpicos”. O objetivo desta ação foi fazer um pré-diagnóstico e visualizar o valor comportamental.

Em geral, os jogos expõem os funcionários a situações de negócios e, assim, é possível saber onde está a dificuldade dele na hora de fechar uma venda. Além disso, a empresa

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consegue cruzar as informações obtidas por meio dos jogos com seus dados de Business Intelligence (inteligência de negócios), e identificar o que faz a diferença para vender ou não. “Ao mesmo tempo, a ferramenta vai olhar o resultado de vendas desse consultor e identifica perfis”. Já o funcionário ganha com o autoconhecimento. Outra empresa que usa deste tipo de tecnologia para melhorar o atendimento aos clientes é o banco espanhol Santander. Alguns dos projetos de destaque do banco estão nas áreas de canais e cartões, além da plataforma de call center. “Temos para estes casos uma ferramenta que monitora o resultado de vendas dos operadores em comparação com a trilha de desenvolvimento dos funcionários”, explica Vieiralves. Neste caso, o jogo mede a efetividade das ações dos funcionários da instituição financeira, de modo subsidiar ações para o desenvolvimento dos colaboradores e melhorar a performance das equipes. “Buscamos saber, por exemplo, se quem está certificado vende mais, e qual é o perfil dos melhores vendedores da empresa”.

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[ ESPECIAL ]

POR UM VAREJO

MAIS FORTE MDIC cria arena para discussão de propostas que possam elevar a competitividade do varejo brasileiro

C

ompetitividade é palavra-chave para empresas de qualquer segmento. Mas seu significado tem valor ainda maior para quem atua no varejo, onde o empresário trabalha, muitas vezes, com margens de lucro apertadas e sob pressão do consumidor por preços mais baixos e melhores experiências de compra. Pensando nisto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) desenvolveu o Fórum Permanente de Competitividade do Varejo, e elegeu-o como uma de suas prioridades para estar mais próximo do setor e tratar de uma agenda que possibilite o desenvolvimento das empresas que nele atuam. Em atividade desde maio, o Fórum é composto por entidades representativas do varejo, que se reúnem periodicamente com representantes do MDIC para debater os principais desafios do seg-

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mento. Ao menos 15 entidades fazem parte dessa arena de discussões, entre elas a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do SBVC, Hélio Biagi, a proposta do Ministério, no Fórum, é criar uma pauta conjunta com as associa-

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Foto: Divulgação

Hélio Biagi, presidente do Conselho Deliberativo da SBVC

ções e negociar com outras áreas do governo em favor do varejo. “A ideia é que, após debatidos os principais temas, o MDIC se incumbe de bater na porta dos outros ministérios e tentar dialogar em favor dos pontos que foram levantados e possam beneficiar o crescimento do varejo”. Já a presidente da ABF, Cristina Franco, afirma que a entidade apoia diversas iniciativas de articulação do mercado junto ao governo, e destaca que algumas das pautas debatidas no F ó r u m c h e g a ra m a s e r inclusive encaminhadas ao vice-presidente Michel Temer

Algumas propostas para melhoria no ambiente de negócios Entidade

Demanda

ABF

- Marcas e patentes: diminuir o prazo de registro de marcas e patentes no INPI - Unificação Sped Fiscal + Sped Contribuições - Validação do envio do Sped Fiscal por contribuinte e não CNPJ

IDV

- Abolir o envio de informações pelo Sintegra e GIA - Maior prazo para adequação aos layouts novos

ANAMACO

Órgãos de interlocução com o MDIC • • • • • • • • • •

Ministério da Educação – MEC Ministério da Fazenda – MF Ministério das Comunicações – MiniCom Ministério das Relações Exteriores – MRE Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG Ministério do Trabalho e Emprego – MTE Secretaria da Micro e Pequena Empresa – SMPE Banco Central do Brasil – Bacen Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

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- A burocracia da Portaria CAT 17/2004 (Confaz) dificulta a comercialização entre estados devido às diversas políticas de substituição tributária - Prorrogação do prazo de adaptação das empresas ao DIPJ Digital (Declaração de Informações da Pessoa Jurídica) em vigor a partir de novembro - Unificação dos dados cadastrais - Criação de Portal que atenda as demandas por abertura e fechamento de negócios - Simplificação dos procedimentos para obtenção de alvarás e certidões

CNC

- Simplificação de normas - Utilização do e-social de maneira diferenciada para as MPE de forma a ser de fácil compreensão e preenchimento da documentação pelo empresário - Simplificar os processos de importação e de exportação

CNDL

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[ ESPECIAL ] e a outros órgãos do governo, como a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e o Ministério do Trabalho e Emprego. “A união do varejo e a articulação política são fundamentais para a melhoria do ambiente de negócios no Brasil, abrindo caminho assim para ganhos de competitividade mais robustos e de longo prazo”.

uma agenda de desenvolvimento deste segmento empresarial até 2020. Neste Fórum, o objetivo é, por intermédio de um conjunto de ações de sensibilização e mobilização, promover o debate entre governo, empresariado, academia e sociedade civil. Essa janela, para debater as necessidades do varejo e a possibilidade de o governo ajudar a eliminar eventuais travas burocráticas que impedem

Como começou? A ideia de criar o Fórum veio da necessidade de se desenvolver um meio dinâmico para trabalhar ações em favor do setor varejista sem que sejam necessárias novas legislações. Deste modo, a cooperação entre órgãos púbicos e a iniciativa privada em torno de um plano de ação pode conduzir as ações de interesse do varejo e, desse modo, possibilitar o crescimento do setor e da economia. O projeto é semelhante ao Fórum Permanente das Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte, que trabalha desde 2011 na formação de

Agenda de competitividade do varejo

Algumas propostas para modernizar as relações trabalhistas Entidade

Demanda

ABF

- Flexibilizar as negociações para definição das relações trabalhistas em shopping centers

ABRAS

- Regulamentação da jornada de trabalho intermitente

Algumas propostas para fortalecer o comércio eletrônico Entidade

Demanda

Câmara E-Net/ IDV

- Fomento ao e-commerce - Solicitação de um Código de Atividade Econômica para o comércio eletrônico (CNAE E-Commerce) - Criar uma agenda de competitividade, em cooperação (como USA e UK) para promoção do setor e estudos sobre impacto do croos border, com o objetivo de aproveitar e estimular as melhores experiências da internacionalização - Desenvolvimento de uma regra mínima nacional relacionada à entrega/ logística nas cidades - Regulamentação da Lei da Entrega Agendada, a fim de aumentar a competitividade do e-commerce por meio de um processo logístico mais adequado para todas as partes envolvidas

Propostas mais frequentes do Fórum: • Medidas que facilitem o cumprimento das obrigações das empresas junto ao Estado (nos três níveis da Federação) • Criação de sistemas que unifiquem informações, padronizem formulários e agilizem a rotina das empresas • Facilitação para abertura e encerramento de empresas • Questões tributárias (desoneração, isenção e simplificação de procedimentos) • Capacitação e qualificação da mão-deobra, especificamente o atendimento dos cursos existentes voltados às especificidades dos setores (Pronatec). • Fortalecimento do comércio eletrônico • Otimização dos serviços de logística • Promoção do uso de etiquetas inteligentes • Adequação/criação de linhas de crédito/ financiamento específicas para o setor

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um crescimento maior do setor, veio a partir da nomeação de Marcelo Maia para a Secretaria Nacional de Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior do MDIC. Maia é oriundo de uma família de comercian-

tes do Nordeste e já teve assento no Instituto do Desenvolvimento do Varejo (IDV). À frente da secretaria, sua missão é aproximar a estrutura estatal do empresariado que atua nos mercados de comércio e serviços.

Algumas propostas para otimizar os serviços de logística e promover o uso de etiquetas inteligentes Entidade

Demanda

ABRAS/ CNDL

- Adoção de etiquetas inteligentes (RFID) - Elaborar estudos sobre a melhor forma da tecnologia colaborar em cada segmento do setor varejista e como implementá-la - Campanha para que o logista conheça sobre o uso da tecbologia apresentando os impactos positivos Algumas propostas para desenvolver o Programa de Qualificação e Capacitação de Mão de Obra

Entidade

Demanda

ABF/ CNC/ CNDL

- Permitir que as entidades representativas de classes/setores possam qualificar e capacitar a sua mão de obra para a ação em parceria com órgãos governamentais - Parceria entre o programa Pronatec e entidade para que cursos ofertados estejam também voltados para o comércio - Desenvolver um programa de qualificação e capacitação e mão de obra com foco em logística - Estímulos às entidades de qualificação profissional para cursos adequados à realidade do mercado Algumas propostas para promoção de políticas de crédito/financiamento

Entidade

ABF/ ABRAS/ CNC/ CNDL

Demanda - Política de crédito e financiamento para empresas do varejo - BNDES FINEM - BNDES Automático - Criação de linhas de créditos e financiamentos estruturadas com a realidade do setor e com a atual conjuntura econômica - Redimensionar a oferta de crédito considerando as necessidades do varejo - Ampliação da lista de equipamentos estacionários - Criação de mais alternativas de seguro de garantia de crédito

TABELA 7: Algumas propostas para promover os meios de pagamento e fomentar o uso de novas tecnologias Entidade

Demanda

ABRAS

- Regulamentação dos vouchers e adequação de taxas para a utilização em supermercados - Taxas e prazos de recebimento de cartão de crédito de acordo com as práticas e padrões vigentes nos outros países - Diminuição de custos de transação com cartão de débito (valor fixo sobre a venda)

CNDL

- Criar linhas de financiamento adequadas à adoção de inovação tecnológica (difusão de inovação), nos mesmo parâmetros da inovação tecnológica

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[ MERCADO ]

COM DESTINO

ÀS VENDAS

N

Com aumento no fluxo de passageiros, saguão dos aeroportos transformou-se em espaço ainda mais valorizado para a abertura de lojas

o primeiro semestre deste ano, os aeroportos brasileiros receberam 107,7 milhões de embarques e desembarques, segundo dados da Secretaria de Aviação Civil, ligada ao governo federal. Segundo o órgão, o avião é o meio de transporte preferido para 57% dos brasileiros na hora de viajar. Tais números reforçam o interesse de empresas que buscam nos terminais aeroportuários uma oportunidade de expansão de seus negócios. Este é o caso da Liga Retrô, rede de franquias especializada na venda de produtos esportivos e modelos antigos de camisetas de equipes esportivas. Interessada na vitrine que os saguões dos terminais se tornariam com a Copa do Mundo, a empresa

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instalou, no início de 2014, uma unidade no aeroporto de Congonhas, em Guarulhos (SP). A empreitada deu certo e se transformou numa das lojas que mais vendem dentre as mais de 30 franquias da rede, conta o sócio Liga Retrô, Marcelo Roisman. “Funciona mais horas do que num shopping convencional (das 6 horas às 23 horas). E, além disso, nos aeroportos temos um fluxo contínuo e independente de fatores como o clima, por exemplo”, explica. O sucesso da loja em Congonhas motivou a abertura de outra unidade em aeroporto. Desta vez, a praça escolhida foi Belém (PA), onde a Liga Retrô atua há quatro meses. E Roisman não quer parar por aí: está em negociação para inaugurar quiosques de sua marca em outros dois terminais entre o final deste

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ano e o início de 2016, já pensando nas vendas de artigos voltados para os Jogos Olímpicos que acontecem no Rio de Janeiro, no próximo ano. Interessada em desenvolver um modelo de lojas físicas, a Guiuliana Flores abriu um quiosque no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, durante o período que abrangeu o Dia dos Namorados e o Dia das Mães, datas nas quais as flores têm forte apelo como presente. A marca que já tem presença de peso no e-commerce ficou por 90 dias com a loja em operação e agora estuda repetir o experimento em outro aeroporto, como forma de medir a aceitação do público em diversas situações e regiões para o novo formato. “A loja foi bem, se pagou e deu lucro, mas estávamos num grande aeroporto. Agora queremos saber se essa situação se mantém em um aeroporto menor”, diz o presidente da empresa, Clóvis Souza.

Unidade da Liga Retrô no aeroporto de Congonhas, em Guarulhos (SP)

que ou em outras áreas dos mais de 60 terminais administrados pela Infraero. De acordo com a administradora destes aeroportos, as principais oportunidades de negócios estão voltadas Oportunidades especialmente para as áreas de coCom as reformas e ampliações feimércio, alimentação, e publicidade em tas entre 2013 e 2014 em parte dos aeáreas externas. roportos, novos espaços foram abertos Segundo a superintendente de para quem deseja instalar sua empresa Marcelo Roisman, negócios em varejo aeroportuário da em terminais de embarque, desembaro sócio da Liga Retrô Infraero, Rubiana da Silva Martins, o mix comercial dos terminais é definido de acordo com o perfil de cada região, e as regras específicas para a ocupação de cada aeroporto são definidas em edital, quando há uma licitação para o aluguel de pontos comerciais. Segundo a Infraero, existem duas Na visão dela, embora o modelo de operação das possibilidades de aproveitamento das lojas em terminais seja atraente para quem deseja oportunidades de negócios nos aeroportos de montar uma franquia, não há imposição de quais tipos sua rede: de lojas devem funcionar dentro dos aeroportos, e “a Caso a empresa tenha interesse em fazer Infraero também está aberta a sugestões de novos uma experimentação, poderá ser negociada negócios que se enquadrem no perfil dos terminais”. uma ação promocional/eventual, limitada até Os preços estimados nas licitações são baseados 120 dias, para testar o mercado; na média praticada em aeroportos de perfil semelhante. “Porém, nas licitações, pode haver uma disputa que Para contratação por período superior a 120 eleva o valor final. O vencedor assina, então, contrato dias, as empresas interessadas participarão de um processo licitatório, em geral por meio de com a Infraero”. Pregão Presencial – como empresa pública. A Dessa maneira, o valor base do aluguel, estipulado Infraero segue as diretrizes da Lei nº 8.666/93 pela Infraero em edital, é regulado pelo mercado, mas (Lei de Licitações) para a concessão de pode sofrer alteração pela própria concorrência e ináreas comerciais. teresse das empresas que participam do processo.

Como fazer negócios nos aeroportos 1)

2)

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[ MARCAS FAMOSAS ]

WALMART

Objetivo do grupo é inaugurar lojas da bandeira Hiper Todo Dia na região Nordeste para garantir o crescimento da rede

Guilherme Loureiro, presidente do Grupo Walmart Brasil

A

pós diminuir o ritmo de abertura de lojas no País, o Walmart Brasil, gigante do varejo mundial, planeja inaugurar entre quatro e cinco lojas neste ano. E o alvo da varejista é a região Nordeste, onde ainda se concentram oportunidades de crescimento. De acordo com o presidente da operação brasileira do Grupo, Guilherme Loureiro, as novas lojas serão todas no modelo “soft

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APOSTA EM LOJA DE DESCONTOS discount”, da bandeira Hiper Todo Dia, que tem como atrativo preços mais baixos do que os encontrados nas lojas convencionais da empresa. A escolha por este modelo de negócios para puxar a expansão do Walmart Brasil deve-se ao crescimento que as lojas que o adotaram têm apresentado, superior ao de outros formatos. “É nossa prioridade, ainda mais neste momento em que o consumidor está buscando preços mais baixos”, diz. Embora a empresa esteja num momento de retomada das inaugurações, elas serão feitas em um ritmo mais lento para permitir a integração das lojas do grupo. “A crise não mudou nossos planos, temos muitas oportunidades e podemos melhorar a produtividade, algo que só depende de nós”, afirmou durante o Latam Retail Show, promovido pela GS&MD, em São Paulo. De acordo com ele, a decisão por frear os projetos de inauguração de lojas deveu-se à necessidade de integrar as diversas marcas pertencentes ao grupo. As lojas e os centros de distribuição da região Sul já estão integrados, e no Nordeste a integração de sistemas deve ocorrer até o final de 2016.

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250 MAIORES VAREJISTAS DO BRASIL Mais de 400 pessoas participam do lançamento do ranking “As 250 maiores empresas do varejo brasileiro”, em São Paulo

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Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) lançou no dia 26 de agosto o ranking “As 250 maiores empresas do varejo brasileiro”. A publicação, que conta com o apoio técnico da KPMG, da Varese Retail e da BTR Educação e Consultoria, traça um perfil das principais empresas varejistas com atuação nacional. O evento de divulgação do ranking aconteceu na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, e contou com a presença de grandes nomes do setor. Confira, a seguir, alguns depoimentos e a galeria de fotos de quem esteve no coquetel de lançamento. O estudo completo você pode acessar através do QR Code ao lado.

“Estamos muito satisfeitos por estamos presentes e nas cabeceiras do ranking. Acredito que, com a evolução das empresas, ter essas informações e comparações nos ajuda a conhecermos melhor o mercado.” Marcelo Silva, diretorsuperintendente do Magazine Luiza

“Esse é o ranking mais representativo, pois conseguiu reunir não apenas os principais varejistas, mas a maior parte das empresas que atuam neste mercado. E a informação contida nele tem servido para várias iniciativas, inclusive para o pilar de educação.”

“É um estudo extremamente profundo e rico. Todo e qualquer levantamento que fomente o setor com informações que vão resultar no reconhecimento das marcas traz para o mercado alguns benchmarks de aprimoramento.”

Felipe Vieiralves Azevedo, sócio-diretor da Eguru

Ana Vecchi, diretora da Vecchi Ancona


Terra Germán Quiroga (Cnova), Eduardo o) e desc (SBVC), Hynde Fonseca Neto (Bra Express) Humberto Signorelli (American

Grupo Tyco

José A. P. Domingues

Hugo Bethlem (A10 Private Equity)

José Gonçalves Júnior (Portobello Shopping), Sérgio Barbi (Dexi) ), Eduardo Terra Ronald Nossig (SBVC (Varese) e José o ntin rre Se o ert (SBVC), Alb onica) Lamônica (Editora Lam

Lucio Leite, Caio Camargo (Virtual Gate) e Ricardo Guinâncio (O Negócio do Varejo)

José Octávio V. Corral (Best Center)

Gustavo Rolim (Banco Safra)

José Augusto Moura (BRSA)

João Teixeira

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[ RANKING DO VAREJO ]

Alcir Carvalho Gomes Leite (DM9DDB)

Adenilson Franco

Alexandre A. Penteado

Altino Cristofoletti Jr. (Casa do Construtor)

Alberto Kohn bucanas) (Casas Pernamho e Andrea Sanc

Alexandre Az ev Franklin Sim edo (Ebdi Corp), õe André Queiró s (Ebdi Corp), z (Experian/Se rasa)

Alexandre Moshe André Friedheim (ABF), Arno Krug Jr. (Person Brazil), Maurício Galhardo (Praxis Business), Carla Chimeri (Praxis Business) e Marcos Versteeg (Masima)

“Fico feliz com o lançamento oficial do ranking as “250 Maiores Empresas do Varejo” da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). E também com o sucesso do lançamento, que contou com mais de 400 pessoas que prestigiaram a publicação do estudo.” Eduardo Terra, presidente do SBVC

Ronaldo Varela (Stelo)

Eduardo Terra (SBVC) Ronaldo Lima (Prime Informatica)

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Artur Freitas e Carlos Freitas (Pague Menos)

Andréa Cordioli (Editora Lamonica) e Ronald Nossig (SBVC) Bruno Rodrigues

Odair Matos (Grupo Assa)

Mauricio de Paula (Teradata) e Romildo Dias

Arno Krug (Pearson Brazil)

Carlos Ely (Walmart)

Stephen P. Knode (Cônsul dos EUA)

Ricardo Blancas (Zebra)

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Camila Nunes Gouvea (Dia supermercados) e Filipe Pagotto (Dia supermercados)

Antônio Gestera Souza (Gestera) e Ronald Nossig (SBVC)


[ RANKING DO VAREJO ]

ue David Henriq s ia D S. n) (NS Preventio

Dennys Caesar de Andrade (Carrefour)

Douglas Resende

Cristiane Oss o On-life), Luiz (Enox G César Tsukud oes (GSMD), a (Ikesaki)

Denise Barbosa (Trade)

Patrícia Prado (PWC)

Edson Brito (Instituto Ayrton Senna)

Conselheiros da SBVC

Celso Hey (Mega Mídia) e Celso Furtado (Coop)

César Sassoon (FH Consulting)

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Eduardo Aguiar

Ubirajara Pasquoto (Cybelar), Hugo Frederico Cattoni (Vertex Affinity)

Woley Araújo Froes Emilia Veloso (The Walt Disney Company)

Elinton Bobrik (Net Points)

Eliano Augusto Camara (Totvs)

Eduardo Terr a (SBVC) e Sérg (Livraria Cultu io Herz ra) Daniel Freitas

Ricardo Villela de Souza (Sebrae Nacional)

do SBVC Conselheiros

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[ RANKING DO VAREJO ]

Fabio Lopez (Datalogic) Fatima Whasth

Fernanda de Goes e Oton Gero

Felipe Dellacqua

Fernando Terra (CBRE) Fabio Marques (Zebra)

riana Flosi do Rocha, Ad PMG), Fernan Ceschin (Net Points) (K s re Pi s lo pa Car P) e Renata Pa (ACIC/FACES

Felipe Ozelin (Ana Couto Branding), Gustavo G. Carvalho (Ana Couto Branding) e Isabella Salibe (ABRE)

Fabio T. Ashcar (Life at Campus), Felippe Anaute (Alelo) e Helio Biagi (SBVC)

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Helder Cavalcante e Frederico Dias (Altitude) Gabriela Feffer (Dotz) e Divania Oliveira (Tec Total)

Flávio Rocha de Avó (D’avó Supermercados) Cristina Franco (ABF), Alberto Serrentino (Varese), Eduardo Terra (SBVC) e Ricardo Bomeny (BFFC)

Guilherme Cavalcante e Felipe G. Galan

Odair Matos (Grupo Assa)

Nicolau Haddad (Total IP)

Frederico Stelzer

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[ RANKING DO VAREJO ]

Marcos e Milton Fontoura (GEU)

Marcio Costa (Profixenergy) e Roberto Medeiros

a José Lamônic (Editora Lamonica)

João Baptista (Rei do Mate)

Humberto J. Signorelli (American Express)

Rene Silva (Marisa) e Paulo Rogério Ferezin (KPMG) Hilgo Gonçalves

João Carlos Altieri (Multicoisas)

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João Batista Marques (ANEPS)

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Marco Path e Karin Bonisc e h Luiz Pellegrini (Zelum)

Juarez Leรฃo (ABF)

Lucio Leite

o Silvano Fara Lais Bisordi

Waleska Medeiros Feitosa, Cristiane Moretti Porto e Simoni Nishiyama Rosa (Equipe Multiplus)

Marcelo Leoncini (Prime Informatica) Simone Garbeloto S. Pereira (Boa Vista Serviรงos) Paulo Campos Filho (Euro Invest) e Paul Houy (Prime Informรกtica)

Ronaldo Lima (Prime Informatica), Diogo Tamura (APP Dynamics) e Alexandre Sรก (Boa Vista Serviรงos)

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[ RANKING DO VAREJO ]

Virgilio Tonolli (Tonolli Colchões) Ricardo Fioravanti (Samsung)

Rogério Gregov (The Walt Disney Company)

Tomislav Kuljis

Júlio Brito (Alelo)

Rafael Galea (Leone Equipamentos)

Paulo Melo

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Wilson Melo

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Rafael Fernandes Fanchini (Zelum)

Rafael Campos

Ubirajara Pasquotto (Cybelar) e Ronaldo Von Zimmermann

o Renata Ronc ) og al at (D

Ronald Nossig (SBVC), Jaqueline Machado (Hapvida) e Sergio Zimmerman

Pauliane Claro e Ana Caroline Nonato Vanessa Macedo, Elaine Kiyota e Michelle Aquino (Equipe: Tyco/Semsormatic)

Vitor Fasenella, Braulio Bachi (Artefacto) e Cesar Garcia Filho

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Rubens Cardoso (Best Center)

Pedro Tortorello, AntĂ´nio Monteiro (JBSFoods) e Eduardo Gouveia (Alelo)

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A importância do design no ponto de vendas

George Homer, presidente da Retail Design Institute (RDI)

D

esde que ingressei no varejo, observo e estudo o que acontece dentro de um ponto de vendas. Passei por vários setores da loja e do escritório central, o que me permitiu ter uma visão bastante ampla do funcionamento de um ponto de venda e a interdependência e dedicação de tantos profissionais para interagir com os clientes dando a eles o que buscam naquele momento. O que os clientes querem e o que vou oferecer a eles? Esta é a pergunta chave para dar início ao processo do design de um ponto de venda, pois é nele que vamos saber como respondemos a tal pergunta. No ponto de venda, sabemos que a relação dos clientes com o ambiente da loja é definida por um equilíbrio de fatores racional e emocional. Por isso, o espaço deve resolver questões práticas e envolver os consumidores de tal forma que a experiência de compra promova continuamente o seu retorno. Alguns itens são fundamentais para o design de loja: • Circulação: a forma pela qual o cliente trafega pela loja; • Campo de visão: o controle sobre o que os clientes devem ver para ter uma mensagem forte e consistente; • Proporção: a quantidade e tamanho de expositores, produtos e comunicação para oferecer um conteúdo relevante e suficiente para atender as necessidades e desejos dos clientes estabelecendo um nível de credibilidade adequado; e • Linguagem: um diálogo que traduza os valores da marca estimulando os lados racionais e emocionais dos consumidores. Para o designer, existem questões que devem ser respondidas para dar início ao projeto: • Público: perfil demográfico e psicográfico dos consumidores target;

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Foto: Divulgação

[ ARTIGO ]

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• Mix de produtos: quantidade e variedade do sortimento e nível de preço adequado à proposta da marca; • Formato operacional: modelo de atendimento e operação da loja; • Área: espaço tridimensional disponível para a área de venda e retaguarda; e • Estilo de vida: proposta da marca ao mercado. A experiência do cliente começa pela aproximação na loja, entrada no ponto de venda, contato com os produtos, finalização da compra e saída da loja. Este processo também é válido para cada área específica de uma loja. Portanto, o designer deve elaborar soluções que permitam uma conexão visual respeitado esta sequência, de forma a permitir o melhor aproveitamento da circulação dos clientes dentro da loja. O equilíbrio na utilização dos elementos de arquitetura, comunicação visual, uso de cores, iluminação, atendimento, serviços, embalagens e visual merchandising permite ao cliente olhar, decidir e agir de maneira a produzir mais satisfação e maiores resultado e produtividade para a loja. A tecnologia disponível hoje deve ser considerada para mensurar os resultados e oferecer ao lojista maior tomada de decisões com mais velocidade e eficácia. Por fim, o designer deve levar em consideração a flexibilidade necessária para acomodar o fluxo de produtos, promoções, inovações, clientes, atualizações arquitetônicas e flutuações de sazonalidade para ir ao encontro do investimento, estratégia da marca e performance do ponto de venda. O objetivo do design no ponto de venda será sempre de produzir o ponto de encontro mais relevante e completo para o relacionamento entre marca, produtos e clientes, e nele os clientes terão sempre a oportunidade de vivenciar todos os valores e promessas da marca.

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