Revista ViaG 66 - Turismo e Diversidade

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Patrícia de Campos

NEntre letras e fronteiras

esta edição, em comportamento, a ViaG traz a reflexão sobre o movimento que tem provocado intensos debates no cenário global das identidades e sexualidades — e que, inevitavelmente, chega também ao universo das viagens. Trata-se da proposta de separar o “LGB” do restante do acrônimo “LGBTQ+”, sob o argumento de que lésbicas, gays e bissexuais compartilham pautas distintas das pessoas trans, queer e demais identidades de gênero.

A ideia, defendida por grupos como a britânica LGB Alliance, sustenta que o foco do “LGB” é a orientação sexual — a atração entre pessoas do mesmo ou de ambos os sexos — enquanto o “TQ+” trataria de questões de identidade de gênero. Para seus adeptos, juntar essas vivências sob um mesmo guarda-chuva diluiria as pautas específicas de cada grupo. Assim, nasceria a proposta de “comunidades aliadas, porém separadas”.

Mas o que essa cisão representa para o turismo LGBT — setor que há décadas se estrutura sobre os pilares da inclusão, da segurança e da diversidade? Afinal, quando uma comunidade se reorganiza, isso reverbera em toda a cadeia de valor: dos destinos e hotéis às campanhas publicitárias e políticas de acolhimento.

Destinos que se promovem como “LGBTQ+ friendly” podem ser pressionados a repensar suas narrativas. Hotéis, cruzeiros e operadoras especializadas talvez sintam a necessidade de segmentar ainda mais suas ofertas, correndo o risco de transformar a pluralidade em fragmentação. Ou não... Enfim, aguardemos como isso se desdobrará no futuro.

Seja lá como for, nós da ViaG seguimos acreditando que viajar é atravessar fronteiras, conhecer o outro e, ao mesmo tempo, revisitar a si mesmo. É celebrar a liberdade e também refletir sobre ela.

E nesta edição, exploramos um dos destinos mais inclusivo no mundo, Malta. O país é exemplo de respeito e acolhimento ao mesmo tempo que se orgulha e preserva suas riquezas históricas e culturais. Tudo sob o lindo mar azul do Mediterrâneo.

No Brasil, Bonito segue sendo o paraíso do ecoturismo e contemplação da natureza somados a uma gastronomia ímpar e hospitalidade.

Também trouxemos o médico gerontólogo Milton Crenitte que aborda temas importantes para refletirmos sobre envelhecimento e sexualidade para além de todas as letras (LGBTQIAPN+).

Tenham todos uma boa leitura e esperamos que este novembro inspire novas rotas, novos olhares e, sobretudo, novas formas de convivência sob o mesmo arco-íris.

Plataforma digital exclusiva para a população LGBT+

OClube Parada, lançado pela APOLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) é a primeira plataforma digital de experiências e vantagens criada exclusivamente para a comunidade. O projeto nasce como ecossistema de pertencimento e conexão, unindo consumidores, marcas aliadas e criadores em ações ao longo de todo o ano.

Entre as propostas do Clube estão descontos exclusivos, campanhas promocionais, sorteios e, em breve, a PinkMoney – moeda digital de engajamento que poderá ser trocada por produtos e apoio a causas LGBT+. Voltada também para marcas e empreendedores, a plataforma oferece visibilidade, curadoria com propósito, campanhas personalizadas e métricas de impacto social. Construído com responsabilidade e representatividade, o projeto representa um passo concreto na direção da autonomia da população LGBT+ e da sustentabilidade do movimento.

IRoxy é a grande atração carioca

naugurado no final do ano passado, no espaço onde funcionou o icônico cinema Art Déco de Copacabana, totalmente restaurado, o Roxy se transformou em um grandioso palco de entretenimento. Seu espetáculo imersivo, “Aquele Abraço”, celebra a riqueza cultural das cinco regiões do Brasil em uma experiência de quatro horas de música, dança e gastronomia. Nos bastidores, a engrenagem gastronômica é conduzida pelo chef executivo Caio Silva, que comanda uma equipe de 30 profissionais em operação das 8h às 5h da manhã seguinte. O cardápio leva a assinatura do renomado chef Danilo Parah, mas é Caio quem assegura que cada prato seja uma extensão do espetáculo.

Novas regras sobre bagagem de mão

NaLATAM, foi oficialmente alterada a nomenclatura e os limites de peso/dimensão para bagagem de cabine (por exemplo, “item pessoal” e “mala pequena”). A GOL anunciou nova categoria de tarifa denominada “Basic” para voos internacionais.

Já a Azul afirmou que não cobrará pela bagagem de mão em voos internacionais, segundo

LATAM

• O “item pessoal” (bolsa/mochila que vai sob o assento) passou a ter limite de até 10 kg. Dimensão até 45 cm × 35 cm × 20 cm.

• A “mala pequena” (antiga bagagem de mão no compartimento superior) para tarifa com esse benefício tem dimensão: 55 cm × 35 cm × 25 cm e peso de 12 kg para classe econômica. Na classe Premium Economy ou Premium Business, o limite sobe para 16 kg.

• Voos internacionais com tarifa “Basic”, em alguns destinos internacionais: Limitado ao item pessoal e não tem direito à mala de mão.

GOL

• Voos domésticos: bagagem de mão de até 10 kg, independentemente da tarifa.

• Voos internacionais com tarifa “Basic”: um item pessoal de até 10 kg (bolsa ou mochila).

informe da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A Anac e órgãos de defesa do consumidor questionam a visibilidade e clareza das tarifas que restringem bagagem de mão, e há movimentação legislativa para reverter as novas regras. Até o fechamento desta edição, cada companhia, seguem da seguinte forma:

• A mala de mão no compartimento superior não está incluída nessa modalidade. Medidas: cerca de 43 cm × 32 cm × 22 cm.

• Mala pequena, quando incluída, até 12 kg para tarifa que inclua bagagem de cabine.

AZUL (NÃO MUDOU AS REGRAS)

• Voos nacionais: bagagem de mão permitida é uma peça de até 10 kg, com dimensão máxima de 55 cm × 35 cm × 25 cm. Um item pessoal adicional é permitido.

• Voos internacionais: não cobrará pela bagagem de mão e que não adota tarifa que exclua essa bagagem de cabine.

Embratur adere a programa

nacional e reforça inclusão no turismo

Durante o Salão do Turismo realizado em agosto passado, em São Paulo, a Embratur oficializou sua adesão à Estratégia Nacional de Trabalho Digno, Educação e Geração de Renda para Pessoas LGBTQIA+, iniciativa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). A assinatura do termo ocorreu com a presença de, Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

A estratégia prevê a criação de políticas públicas voltadas para elevar a escolaridade, ampliar vagas de emprego formal e combater a discriminação nos ambientes profissionais.

Washington: destino a ser descoberto

Washington é uma das cidades americanas que mais promove a diversidade e a inclusão, e este ano comemorou os 50 anos da Capital Pride, uma das maiores celebrações do orgulho LGBTQIA+. Para promover o destino e falar sobre suas novidades, o Destination DC, órgão oficial de promoção turística de Washington, DC, realizou um evento para a imprensa brasileira na cidade de São Paulo.

Elliott L. Ferguson II, CEO e Presidente do Destination DC destacou as oportunidades de promoção do destino em 2026, quando os Estados Unidos celebram os 250 anos da sua independência. Além disso, o país vai receber a Copa do Mundo de futebol masculino – ao lado de México e Canadá – e, embora Washington não

Amazônia pelas águas de seus rios

OGrand Amazon Expedition, navio assinado pela Iberoestar, oferece o único cruzeiro imersivo pelo Amazonas brasileiro com tudo incluído. Durante a expedição, é possível conhecer as maravilhas do rio e se envolver com a cultura indígena. São três itinerários para escolher, de 3, 4 ou 7 noites, com navegação pelos Rios Solimões e Negro.

Upgrade gratuito

ACosta

Cruzeiros oferece uma condição especial para o viajante que deseja embarcar em férias pelo Caribe e Mediterrâneo entre novembro deste ano, e maio de 2026.

A companhia garante o upgrade gratuito de cabine ao hóspede, disponibilizando a com varanda pelo preço da externa em saídas selecionadas pelo Caribe a bordo dos navios Costa Pacífica e Costa Fascinosa; e pelo Mediterrâneo a bordo do Costa Toscana e do Costa Smeralda.

O upgrade de cabine também abrange os cruzeiros de 7 noites pelo Caribe, com embarques entre dezembro de 2025 e março de 2026. O hós-

seja uma das sedes do torneio, é uma opção de passeio para os turistas.

Também participaram do evento Letizia Sirtori, Vice-Presidente de Turismo e Desenvolvimento Global; Patrícia Najar, Gerente Sênior de Desenvolvimento Global para a América Latina; e Kyle Deckelbaum, Gerente Sênior de Relações com a Mídia Doméstica.

Cabine com varanda para o upgrade

pede brasileiro tem a oportunidade de fazer uma imersão pelos cenários paradisíacos das ilhas do Caribe sem a necessidade de visto americano.

Elliott L. Ferguson, CEO e presidente do Destination DC entre Ana Maria Donato e Majori Schroeder da Imaginadora marketing turístico e eventos

A sucessão do papa e os LGBTs+

AIgreja Católica viveu um processo de notável renovação com o pontificado de Francisco (2013-2025), especialmente em relação aos LGBT+. Convém recordar alguns de seus pontos principais. Desde o início, repercutiu fortemente a sua declaração: “se uma pessoa é gay, busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgar”?. Ele teve diversos encontros com pessoas gays e trans, alguns até incluindo seus respectivos companheiros, sempre com palavras de acolhida, apoio e encorajamento.

Em 2022, o papa respondeu a um questionário que tinha esta pergunta: “qual é a coisa mais importante que as pessoas LGBT+ precisam saber sobre Deus”? A resposta foi: “Deus é Pai e não renega nenhum de seus filhos. E o estilo de Deus

é proximidade, misericórdia e ternura. Ao longo deste caminho vocês encontrarão Deus”. No mesmo ano, Francisco recebeu no Vaticano seis mulheres transgênero. Uma delas, Alessia Nobile, presenteou o papa com um livro sobre sua própria vida e transição de gênero, intitulado A Menina Invisível. O papa o aceitou e disse: “ótimo, você fez muito bem em escrever sua história”! Depois recomendou a Alessia ser sempre ela mesma e não se deixar envolver pelo preconceito contra a Igreja.

Numa entrevista autobiográfica, Francisco afirmou que, assim como Jesus ia ao encontro das pessoas que viviam à margem, nas periferias existenciais, é isto que a Igreja deve fazer hoje com as pessoas da comunidade LGBT+, muitas vezes marginalizadas dentro da própria Igreja: fazer com que se sintam em casa, especialmente as que são batizadas, pois são parte do povo de Deus. O papa autorizou a bênção conjunta de pessoas em uniões do mesmo sexo, aos que “vivem o dom do amor”, conforme sua própria expressão. Ele também autorizou o batismo de seus filhos e de pessoas transexuais.

Com relação à doutrina, Francisco deu passos em direção à mudança, reinterpretando textos bíblicos até então utilizados para condenar a prática da homossexualidade. No entanto, nem tudo são flores ou abertura na Igreja Católica. Há resistências à bênção em muitos lugares. Há discursos LGBTfóbicos tóxi-

LUÍS CORRÊA LIMA

Padre jesuíta, professor da PUC-Rio e autor do livro “Teologia e os LGBT+”.

cos e até orações intituladas de cura e libertação, visando mudar a orientação sexual ou a identidade de gênero. São tentativas sutis de cura gay. Vale dizer que entre cristãos evangélicos é comum a mesma hostilidade e até exorcismos.

A sucessão do papa Francisco trouxe inquietação e temores. Como Leão XIV vai tratar os LGBT+? O que sabemos até agora é que seu estilo é discreto e conciliador. Ele afirmou que seguirá as grandes linhas de seu antecessor e que a bênção a casais do mesmo sexo não será revogada. Parece que não haverá retrocesso. Sobre possíveis avanços, não é fácil prever.

Nesse cenário, cabe aos cristãos LGBT+ buscarem ambientes seguros. Há na Igreja Católica a Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT (@redecatolicoslgbt). São pessoas que se reúnem para partilhar suas histórias de vida, apoiar-se mutuamente e conciliar sua fé com a própria orientação sexual e identidade de gênero. Formam grupos que fazem uma grande diferença na vida de seus membros e de suas famílias.

No Brasil são dezenas de grupos. Outros países também têm instituições similares.

Uma das iniciativas públicas da Rede é a peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida. No ano passado ocorreram duas, em que as pessoas foram bem recebidas e participaram da missa. Neste ano, haverá uma peregrinação mundial a Roma para o Jubileu 2025. Em setembro aconteceram três eventos destinados a cristãos LGBT: uma vigília na Igreja do Gesù, dos jesuítas, uma missa no mesmo local e uma

procissão até a Porta Santa da Basílica de São Pedro. Os eventos já estavam programados pelo Vaticano deste o ano passado e o novo papa nada alterou. Assim se delineia uma nova face da Igreja. Guardando no coração as palavras do papa Francisco, podemos ajudar pessoas LGBT+ a se sentirem como filhas amadas de Deus, experimentando o jugo leve e o fardo suave oferecidos por Jesus. mundo

O Padre Luís Correa é autor do livro Teologia e os LGBT+: perspectivas históricas e desafios contemporâneos

Rússia amplia censura digital em conteúdos da oposição e LGBTQIA+

Oparlamento da Rússia aprovou recentemente uma lei para multar usuários que acessarem conteúdos online classificados como “extremistas”. A medida visa principalmente sites ligados à oposição ou postagens sobre temática LGBTQIA+.

A proposta é vista como mais um passo na repressão por meio do endurecimento do controle estatal sobre o ambiente digital.

A nova lei prevê multas em valores de até 360 reais para quem for flagrado acessando deliberadamente na internet algum material contestado pelo Kremlin. O uso de VPNs será considerado uma circunstância agravante.

Embora o governo alegue que a medida visa combater fraudes e crimes digitais, críticos apontam que a definição de “conteúdo extremista” é arbitrária e serve para silenciar opositores.

Entre os alvos já classificados como extremistas estão o Fundo Anticorrupção do opositor Ale-

xei Navalny — morto em 2024 — e o movimento LGBTQIA+. Plataformas da Meta também estão no radar, e o WhatsApp pode ser banido do país.

Nos últimos anos, o governo russo tem adotado uma série de medidas para restringir o acesso à informação. Plataformas como YouTube, Facebook e Twitter foram bloqueadas ou severamente limitadas, sob a justificativa de proteger a segurança nacional e combater a influência estrangeira.

Além disso, diversos veícu-

los de imprensa independentes, mas também associações e organizações não-governamentais, foram rotulados como “agentes estrangeiros”, o que impôs restrições legais e financeiras severas, levando muitos a encerrar suas atividades ou operar no exílio.

Organizações ligadas à oposição, como o Fundo Anticorrupção de Alexei Navalny, foram banidas e classificadas como extremistas, dificultando ainda mais o acesso da população a fontes alternativas de informação.

Roberto Rodrigues

@robertoassessor

robertorodrigues.ok@gmail.com

ALL INCLUSIVE

A jornalista Dani Stolai prepara a estreia de seu programa "All Inclusive" que será apresentado na Record News. Entrevistas com famosos, backstage de shows, gastronomia e turismo serão os temas principais do programa. Recentemente gravou em Los Angeles, Las Vegas e Grand Canyon e apresentará matérias interessantes de Hollywood.

DE VOLTA

IRRECONHECÍVEL

O ator Charlie Hunnam está irreconhecível na série "Monsters" da Netflix, onde interpreta o desajustado e cruel Ed Gein, assassino em série que inspirou filmes como "Psicose". O trabalho do ator que se tornou mundialmente conhecido por ter desistido de ser o Christian Grey em "50 tons de Cinza" fez um trabalho irretocável em "Monsters" e merece todos os louros por sua atuação.

CRESCENDO

Depois de viver uma situação conturbada em sua vida pessoal, Lucas Guimarães tem se dedicado ao máximo no seu programa "Eitah Lucas" que tem ganhado espaço na programação do SBT. Com muita esforço e carisma, aos poucos, Lucas está se preparando para ser uma das grandes atrações do canal e conquistar novos espaços na emissora.

NOVO ÁLBUM

Aos 67 anos de idade e sete anos sem lançar novidades, Madonna prepara disco novo, repleto de hits dançantes para o começo do ano que vem.

O trabalho marca a volta da rainha do pop para a sua antiga gravadora, a Warner.

Os Pet Shop Boys anunciaram o lançamento de "Disco 5", novo álbum da dupla, marcado para o dia 21 de novembro pela Parlophone Records. O disco traz remixes reunindo grandes nomes da cultura pop como Noel Gallagher’s High Flying Birds, Primal Scream, Paul Weller, Tina Turner, Claptone, Wolfgang Tillmans e outros artistas convidados.

MARCANDO PRESENÇA

O influencer alagoano Álvaro Xaro é um dos destaques de "Dança dos Famosos" no Domingão Huck. Com muito bom humor, leveza e ousadia, tem arrancado risos da audiência do programa, de uma forma leve e natural. Diferente de alguns que tem forçado demais e gerando situações que parecem terem sido criadas em um script, numa busca desesperadora em aparecer.

Vidro e chamas: experiência e arte nos Cristais de Gramado

Inspirada em Murano, a charmosa ilha de Veneza, a Cristais de Gramado é um dos destinos mais encantadores da Serra Gaúcha. O espaço une tradição artesanal, beleza artística e experiências inesquecíveis, conquistando quem visita e se tornando um dos lugares mais especiais do País para conhecer.

Única no Brasil, a proposta é manter viva a arte milenar dos mestres vidreiros. Cada peça de cristal criada nasce do encontro entre técnica refinada e criatividade artística, resultando em verdadeiras obras-primas que brilham pela originalidade.

O que torna a Cristais de Gramado ainda mais fascinante é a explosão de cores que ganham vida no fogo e se transformam em peças únicas. É, sem dúvida, um dos lugares mais vibrantes e coloridos da Serra Gaúcha, capaz de encher os olhos de quem passa por lá.

Os visitantes têm a chance de acompanhar de perto os mestres moldando o cristal incandescente. O espetáculo impressiona: o brilho intenso do forno, o som do vidro em transformação e a destreza dos artesãos criam uma atmosfera mágica, difícil de esquecer.

Mas a experiência vai além de observar! Em uma atividade exclusiva, o público pode colocar a mão na massa e criar seu próprio vaso de cristal, guiado pelos mestres. Viva essa experiência e mostre todas as suas cores antes de deixar Gramado. É um momento emocionante, em que cada visitante dá forma à sua própria arte e leva para casa uma lembrança única, cheia de cor e significado pessoal.

Para completar, a atração “A Voz do Cristal” encanta ao unir música e arte. Nela, dezenas de taças de cristal produzem notas que, juntas, formam uma sinfonia surpreendente, apresentada diariamente. Mais do que turismo, é uma vivência sensorial e inesquecível.

E se você também é fã da série Vidrados, da Netflix, vai se sentir dentro do espetáculo ao visitar a Cristais de Gramado.

Dan Hay é formado em Hotelaria na Suíça, design de interiores formado na Escola Panamericana de Arte e Design em São Paulo e no Istituto Europeo di Design e hoje é executivo comercial do Espaço LGBT+ do FESTURIS (Feira Internacional de Turismo de Gramado), uma das mais importantes feiras de turismo da América Latina.

Dan Hay @danhaybr

Gozo no inverno: santuário para o bem-estar da alma

Osussurro de inverno em Gozo: um santuário de bem-estar, Ioga e bom viver. À medida que o sol do Mediterrâneo se suaviza e as multidões se retiram, Gozo se transforma num refúgio tranquilo. No inverno, a ilha não hiberna — é tempo de autocuidado e renovação. A poucos minutos de ferry de Malta, Gozo oferece um ritmo de vida mais lento, ideal para quem busca bem-estar, ioga e uma amostra do bom viver durante os meses mais verdes.

FUGA DE INVERNO DIFERENTE

Esqueça as pistas de esqui! O inverno em Gozo é ameno, iluminado por uma luz dourada. Colinas ondulantes, penhascos dramáticos e enseadas tranquilas convidam à reconexão com a natureza e consigo mesmo. Um estilo de vida baseado em simplicidade, equilíbrio e a rica cultura mediterrânea. Quer você seja um iogue experiente, entusiasta do bem-estar ou apenas busque uma pausa revigorante, Gozo oferece uma mistura única de beleza natural e experiências que a tornam um destino ideal — de hotéis com spa a retiros em vilas ou casas de fazenda com personal trainer, ou mesmo uma visita de um dia.

BEM-ESTAR EM CADA RESPIRAÇÃO

A cena de bem-estar de Gozo cresce de forma discreta. De retiros boutique a centros de terapia holística, a ilha abriga uma comunidade dedicada a práticas como reiki, cura sonora, massagens terapêuticas, meditação e retiros espirituais. Muitas experiências ocorrem em casas de fazenda restauradas ou espaços sustentáveis integrados ao charme rústico local.

Imagine começar o dia com uma meditação ao nascer do sol frente ao mar, seguida de um café da manhã orgânico, uma trilha com piquenique e encerrar com uma massagem terapêutica e jantar romântico com pratos de alto nível, alguns com estrelas Michelin. O mergulho livre, prática crescente, também é oferecido no inverno.

IOGA COM VISTA

Ioga em Gozo é conexão: com o corpo, a terra e o mar. Estúdios e retiros oferecem aulas o ano inteiro, em locais impressionantes — terraços com vistas, jardins serenos e espaços internos aquecidos pelo sol de inverno. Muitos programas combinam mindfulness e breathwork, ideais tanto para escapadas rápidas quanto imersões mais longas.

BOM VIVER À MODA DE GOZO

Aqui, o bom viver é sobre autenticidade: chás com ervas locais, caminhadas pelos mercados, refeições íntimas entre amigos e a alegria da simplicidade. A gastronomia celebra ingredientes sazonais com sopas, frutos do mar e pratos locais, além de opções à base de plantas com ingredientes silvestres. Nas hospedagens, o charme de Gozo brilha. Casas de fazenda centenárias, eco-lodges e hotéis que priorizam sustentabilidade e conforto oferecem experiências únicas. Muitos incluem pacotes de bem-estar com ioga, spa, trilhas, caiaque, stand-up paddle, ou aluguel de bicicletas elétricas.

NATUREZA COMO CURADORA

Entre dezembro e março, a natureza se transforma num cenário tera-

pêutico. Trilhas passam por colinas de argila azul, campos em terraços e penhascos esculpidos pelo tempo. Aldeias pacatas convidam à contemplação, e o ar fresco é revigorante. O mergulho autônomo também é popular no inverno, com cursos do básico ao técnico.

Caminhe pelos penhascos de Ta’ Ċenċ ou explore trilhas em Dwejra e Gharb. Visite Ġgantija, sítio megalítico milenar e Patrimônio da UNESCO, cuja energia ancestral ecoa em cada passo.

UMA COMUNIDADE DE CALMA

Gozo também oferece um presente raro: uma comunidade acolhedora. Moradores locais são calorosos e gostam de compartilhar histórias. Muitos centros de bem-estar são liderados por expats apaixonados que adotaram Gozo como lar. Os visitantes acabam se conectando, criando laços em uma rede de apoio entre almas afins.

PLANEJE SUA ESCAPADA

Chegar a Gozo é simples, com ferries regulares partindo de Malta — o Fast Ferry (somente passageiros) ou o Ro-Ro Ferry com veículos. Uma vez na ilha, tudo é acessível. Há transporte público confiável, além de opções de aluguel de carro.

Seja uma viagem solo, escapada romântica ou retiro em grupo, o inverno é ideal para visitar. As tarifas são mais baixas e o turismo mais tranquilo, revelando o charme autêntico da ilha.

UMA ESTAÇÃO DE RENOVAÇÃO

Gozo convida você a respirar, se alongar, refletir. O inverno aqui não é sobre fugir do frio — é sobre aquecer-se de outra forma: com conexão, bem-estar e vida consciente. Seja pela ioga, cura holística ou busca por equilíbrio, no inverno é um santuário para a alma.

Venha pela paz. Fique pela transformação.

FRANCESCA VINCENTI

sexualidade na velhice

Libra com ascendente em valentia, Milton fez escolhas pouco comuns para um jovem médico, principalmente se levarmos em conta que o Brasil tem um déficit de cerca de 28 mil geriatras. Pois ele não só escolheu tratar da saúde da pessoa idosa como também aprofundar seus estudos em sexualidade e voltar atenção especial às pessoas trans

Aos 37 anos, ele atua como médico geriatra, Diretor Técnico do Centro Internacional de Longevidade Brasil, o ILC, Consultor em Longevidade da Unesco, palestrante e professor na Universidade de São Caetano do Sul, onde supervisiona o internato de clínica médica. Coordena também o ambula-tório de promoção à saúde de pessoas trans 40+.

Conforme aprendeu com a avó Denise Oppenheim, sua grande influenciadora da vida real, quan-

ViaG: Sobre a Denise Openheimer, de quem você fala no seu TEDx. Nos conte um pouco da sua avó e no que ela influenciou?

Milton Crenitte: Minha avó é uma mulher maravilhosa. Temos uma relação muito próxima, desde os meus dois anos de idade, são muitas lembranças afetivas dessa relação de avó e neto.

Talvez um pouco ou grande parte de quem eu seja hoje, devo a ela, uma mulher forte, à frente do seu tempo, que enfrentou muitos desafios. Imagine que ela engravidou da minha mãe aos 16 anos. O que mostra algumas coisas que a gente vivenciou junto, como meu gosto por cinema e conversar com pessoas idosas. Meus pais trabalhavam bastante, e em viagens ou férias, eu ficava com ela. Acabei tendo muito contato com as pessoas idosas, amigos da minha avó. Ali foi um lugar em que me encontrei, gostei muito dessa relação. E pode ser que um pouco do que sou hoje, de gostar de conversar, viajar, de arte, cinema, tenha sido por influência da Denise.

VG: Ser geriatra, especializar-se em sexualidade (outro tabu) e voltar seus olhos para pessoas trans. Como surgiu este caminho de atuação?

MC: Eu acredito que ao longo da minha vida, seja na minha descoberta da sexualidade - também como um homem gay - e porque fico muito incomodado com injus-

do não está trabalhando, Milton gosta de conversar, assistir filmes e séries, e ler um bom livro. Isso tudo sempre ao lado do companheiro Gui Castro e da cachorrinha Tina.

Como voluntário, dedica-se à ONG EternamenteSOU, uma organização que apoia o público LGBTQIA+ com mais de 50 anos.

Entre uma consulta e outra, Milton conversou com a ViaG e os melhores trechos da nossa conversa, você lê a seguir.

tiças sociais e com a desigualdade, venha daí esse olhar, essa sensibilidade e muito do querer escutar. Da vontade de transformar o mundo, deixar um legado, modificar a nossa realidade de hoje. E foi pensando nisso, de que sexualidade, geriatria, todas as questões que são tabus, eu possa contribuir na desconstrução.

Então, ao longo dos anos, fui trabalhando, me capacitando para compreender como eu posso unir todos esses olhares e conseguir ir além, entendendo que as injustiças são males desnecessários. Olhar para a realidade acabou sendo uma escolha da sensibilidade para uma sociedade melhor.

VG: Carregar a bandeira da diversidade sexual já te fechou alguma porta?

MC: Eu tinha muito receio no começo, quando comecei a me expor mais nas redes sociais, falar sobre esse tema, tive essa dúvida. “Vou falar de diversidade sexual abertamente no meu Facebook, no meu Instagram, será que isso vai afastar pacientes, por exemplo?”. Depois entendi que pode ter afastado algumas pessoas, que quando veem o meu Instagram, ou quando vão no meu consultório e veem a bandeira LGBT, os livros que falam de sexualidade, ou as falas abertamente progressistas, nas redes sociais... pode ser que alguém não se identifique comigo e não passe pela consulta, mas ao mesmo tempo que fecha

uma porta, abre outras possibilidade de diálogo e de escuta para quem procura um médico humano, acolhedor, que entenda para além da doença.

VG: Sexualidade é tanta coisa. Você fala sempre disso nos seus artigos e entrevistas. Como você a definiria?

MC: Primeiro que sexo é muito mais do que penetração e sexualidade é muito mais do que sexo. A sexualidade está envolvida com diversas formas de se expressar, seja na intimidade, no toque, nas carícias, a nossa orientação sexual, na identidade de gênero, a forma como a gente se expressa sexualmente, as vestimentas que estão nessa questão, gostos, preferências, pessoas que estão ao nosso redor, os contatos, as intimidades, tudo isso é sexualidade. Quando a gente entende que é essa questão ampla, muito maior que o sexo, entendemos que a sexualidade nos atravessa do nascer ao morrer. E saber que quebrar esse tabu é garantir a vivência plena na nossa integralidade e a nossa singularidade.

VG: Fala-se muito em “longevidade”, mas pouco nas velhices, no plural. O que significa envelhecer de forma diversa?

MC: Velhices são únicas, são heterogêneas, cada pessoa idosa têm sua singularidade e diversidade. É importante entender que a velhice é plural e à luz das desigualdades

e injustiças sociais. Envelhecer no Brasil, ainda não é um direito para muitas pessoas. A gente sabe que as desigualdades relacionadas à renda, à cor da pele e também à diversidade sexual impedem que muitas cheguem à velhice. Para garantir equidade, eliminar desigualdades é preciso investir nas pessoas que são mais vulnerabilizadas. É preciso ir além desses padrões que oprimem, que violentam pessoas idosas, ocultam o desejo e expulsam para a margem da vergonha, do esquecimento para que seu desejo não possa ser expresso.

Vou fazer uma comparação com o termo “bicha” ou a palavra “travesti”. O movimento das velhices plurais tem muito a aprender com o movimento LGBT+. Porque o que a gente fez na história? Chamavam a gente de bicha, e ao longo do tempo, pegou o xingamento e transformou numa identidade com orgulho. Velhice, em alguns locais, em alguns momentos, era um termo pejorativo, mas é uma identidade. E é isso que a gente quer, garantir esse significado e garantir essa existência.

VG: Sabendo que o envelhecimento não é apenas biológico, mas também social e cultural. Quais os impactos disso para quem é LGBTQIA+ e chega à velhice?

MC: Então, falar de quem é LGBTQIAPN+ idosa, tem que entender algumas dinâmicas. Primeiro, que as possibilidades para chegar no envelhecimento foram diferentes. O controle das doenças crônicas, a escolaridade, lazer, moradia, ao trabalho, tudo diferente. Então, há que se entender que as possibilidades, inclusive de existência na velhice, vão ser impactadas pelo fato dessas pessoas serem LGBTQIAPN+. E, além disso, outras duas coisas. Uma é a solidão e o

impacto que o isolamento social fazem na vida e na saúde física e mental de cada um. Esse impacto aumenta a taxa de depressão, de suicídio, do abuso de substâncias psicoativas, piora de doenças crônicas, controle de diabetes, pressão alta, menor realização de exames preventivos, como mamografia, por exemplo. E tudo isso, junto e misturado, mais a piora no acesso à saúde, o estresse de pertencer a um grupo minorizado, vai trazer impactos físicos e mental, podendo piorar a expressão do envelhecimento.

O que os dados mostram é que uma pessoa idosa LGBTQIAPN+ tem mais risco de não ter a quem chamar em caso de emergência, por não ter filhos e não ser casada. Algumas pessoas, num momento de maior vulnerabilidade, maior fragilidade precisam de um suporte social, que vai ajudar, seja numa alimentação, como numa transferência - digo, entrar e sair da cama - no controle dos remédios e alimentação. É preciso ter um suporte social e capital social. E isso é muito mais vulnerável em quem é LGBT+, porque muitos romperam com as suas famílias biológicas por conta da discriminação, não têm a quem chamar em caso de emergência. É um fe-

nômeno, uma questão de saúde pública.

VG: Ainda existe quem acredite que o desejo morre com o tempo. Por que o prazer em corpos maduros ainda é pouco falado ou estampado?

MC: Vamos começar antes, por que a velhice ainda incomoda? Talvez seja um tabu ainda, porque pode ser que depare com a nossa finitude, com as nossas fragilidades, uma possível perda de autonomia. É algo que a gente não quer, que trabalhamos para que não aconteça. Então, vivemos, envelhecemos, criamos laços ao longo da vida, meio que numa relação muito ingênua com o envelhecimento e com a velhice. Pessoas jovens fecham os olhos para o envelhecimento.

Enxergar duas pessoas idosas gozando, desejando, felizes com o próprio corpo, incomoda porque isso vai trazer luz para o fato de que ela não está tão preocupada com esses preconceitos, com essa pressão estética. As pessoas jovens, cada vez mais, fazem procedimentos estéticos aos 20, 30 anos, com tanto medo de mostrar um sinal do envelhecimento.

Então, o corpo mais velho, gozando, sem medo de ser feliz, incomoda muito, porque ele vai aí nessa linha de que uma pessoa segue um dogma, de que tem que viver daquela forma, e aquela pessoa está sendo feliz.

Eu falo para todas as pessoas: “quem somos nós para além do trabalho, além da nossa profissão, o que a gente deseja”.

E a partir do momento em que descobrirmos mais, entender nossos preconceitos, vamos parar de ser preconceituoso com os outros.

VG: Há diferenças entre homens, mulheres e pessoas LGBTQIA+ na forma de viver a sexualidade depois dos 60?

MC: Existem algumas diferenças, sim, e cabe a nós entender e ajudar as pessoas para melhor viver essas percepções da sexualidade. Então, os homens, pela nossa cultura machista, ainda estão muito ligados ao genital e à perda da ereção, e procuram o médico para soluções da falta de ereção. Essa é a principal queixa de sexualidade em homens idosos, e aí uma grande questão, conversar com esses homens é falar da segurança, indicar um remédio para a ereção, se pudermos. Também caminhar com eles para ajudar a se desco-

brir, explorar as novas formas de dar prazer para a sua parceria, porque homens também são vítimas de machismo, claro, num impacto menor do que as mulheres. Imagina um homem idoso que tem uma ereção meia bomba ou está broxando, e como ele se vê como homem, com essa questão da masculinidade que está ancorada no falo, no pênis ereto, e que aos 60, se tiver algum outro problema, pode estar prejudicado. Precisamos acompanha-los nisso.

Muitas mulheres não se sentem autorizadas para falar do tema sexo e sexualidade, e aí nossa função é, claro, com privacidade, falar abertamente, de uma maneira natural, mas convidá-las a se descobrir. Saber onde ela quer dar e receber prazer, descobrir o próprio corpo, entender que muitas mulheres idosas nunca se masturbaram, ou nunca nem mesmo tiveram um orgasmo. Essa autodescoberta é fundamental.

Já algumas pessoas LGBTQIAPN+, sim, existem algumas formas de viver a sexualidade, alguma diferença depois dos 60, mas principalmente naquelas que já romperam com paradigmas. Estas, talvez tenham um momento de maior liberdade, mas aí eu volto na questão da solidão. Então engajar

numa nova parceria às vezes pode ser mais difícil por conta da solidão e por conta do isolamento social.

VG: No consultório, os pacientes falam sobre sexo espontaneamente, ou ainda é um tabu que o médico precisa quebrar?

MC: A maior dificuldade que as pessoas idosas têm quando o assunto é sexualidade é o preconceito. O medo de ser taxado de tarado ou de assanhada que vai fazer com que as pessoas não falem com seus médicos ativamente. Cabe ao profissional de saúde trazer ativamente esse tema. temos que falar primeiro. De novo, tem que ter privacidade, ter um vínculo, e existem formas de perguntar sobre isso. Eu sempre começo a fala perguntando assim: “Existe alguma questão sobre sexualidade ou vida sexual que você gostaria de discutir?” E nesse momento, eu abro o canal de diálogo. Se a pessoa não quiser falar, dirá: “Tá tudo bem.” Mas se ela quiser falar sobre isso, foi aberto o diálogo, e aí a gente se aprofunda nas queixas.

VG: Que papel têm os hormônios, os medicamentos e a autoestima na manutenção da vida sexual na maturidade?

MC: Fundamental. Quando chega uma pessoa com queixa de inibição de libido, será essa a primeira questão que vamos olhar. Se tem alguma alteração hormonal, na tiroide, ou alguma outra questão endocrinológica, até diabetes, por exemplo. Fazemos um rastreio dos hormônios e remédios. Muitos medicamentos podem impactar a libido, o desejo e a excitação. Os campeões são os antidepressivos. E, ao mesmo tempo que depressão também impacta a libido. Tanto a depressão impacta a vida sexual, quanto 90% dos remédios que a gente usa para a depressão também impactam. É possível trocar por algum medicamento que interfiram menos a vida sexual. Mas aí também entra a questão da autoestima. E, por isso, reforço a mensagem: Tenha autoestima para se sentir desejado, desejante, e consiga engajar numa parceria. Ou até mesmo num autoerotismo, numa masturbação.

VG: O amor envelhece ou apenas se transforma?

MC: O amor envelhece e se transforma. E eu costumo fazer essa brincadeira, muitas vezes a gente vê cartazes por aí falando ‘sonhos não envelhecem” ou o ‘amor não envelhece”, mas envelhece sim. E nessa ideologia de enxergar como algo ruim, usa-se essas metáforas para colocar o envelhecimento embaixo do tapete.

Temos que entender como esse amor pode envelhecer. Como uma parceria, ou duas pessoas, ou mesmo sozinho podem envelhecer amando, mas primeiro amando a si mesmo. Mas se tiver ódio a si, ao nosso corpo, que está envelhecendo, vai gerar uma baixa autoestima, piorando a questão de descoberta do corpo. Então, sim, o amor deve envelhecer com a gente e devemos resgatar

novas formas de amar, transformar o nosso amor, a maneira como se relacionar com os outros e que isso seja bom, prazeroso.

VG: Qual o seu grande sonho para a causa LGBTQIA+?

MC: Um mundo melhor, quando a gente fala em pauta LGBT, muitas vezes as pessoas vão falar, isso é pauta de costumes, isso é para poucas pessoas, mas não. Temos

que entender que quando uma população está para trás, ninguém está seguro na sociedade.

Meu grande sonho é esse, em que mulheres, pessoas negras, LGBTs, pessoas de todas as classes sociais possam sonhar, possam ter o direito à felicidade ao sonho, a felicidade, ao envelhecimento, que é uma grande existência para todos nós.

HISTÓRIA,

No coração do Mediterrâneo, Malta desponta como um dos destinos mais acolhedores para o público LGBT+. O pequeno arquipélago, formado pelas ilhas Malta, Gozo e Comino, combina história milenar, paisagens de tirar o fôlego e uma agenda cultural que exalta a inclusão e a diversidade. Nos últimos anos, o país não apenas se consolidou como referência em políticas de igualdade, mas também se tornou palco de uma das celebrações mais animadas do calendário europeu: a Malta Pride.

O país foi um dos pioneiros na inclusão da opção de gênero não-binário em documentos oficiais. Desde 2017, o casamento homoafetivo é legal, e a legislação antidiscriminação garante proteção ampla para orientação sexual e identidade de gênero.

Essas conquistas, aliadas ao trabalho de organizações transformaram a ilha em um dos destinos mais seguros e inclusivos do continente, com turistas LGBT+ encontrando acolhimento tanto em seus atrativos culturais quanto em sua vida noturna.

Durante a semana da Pride, Valletta se transforma ainda mais: ganha cores, música e um clima festivo que envolve turistas e moradores.

Além disso, a capital (Valletta) é um verdadeiro museu a céu aberto. Fundada no século XVI, foi reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO e encanta com suas ruas estreitas, palácios e igrejas barrocas.

Por ser um país pequeno, tudo é muito próximo e de fácil acesso.

Upper Barrakka
Catedral St. John´s

A Catedral de St. John’s, em Valletta é um dos maiores tesouros de Malta e um dos templos barrocos mais impressionantes da Europa. Construída no século XVI pela Ordem dos Cavaleiros de São João, apresenta uma fachada sóbria que contrasta com o esplendor do seu interior. Ricamente decorada com mármores coloridos, esculturas e afrescos de tirar o fôlego, abriga ainda obras-primas, como a famosa pintura “A Decapitação de São João Batista”, de Caravaggio, considerada um dos maiores ícones artísticos do país. Além do valor religioso, a catedral é também um museu de arte e história, sendo visita obrigatória para quem deseja compreender a herança cultural e espiritual de Malta.

Upper Barrakka

Situado no ponto mais alto da capital, o jardim oferece uma das vistas mais espetaculares do Mediterrâneo: o famoso Grand

Harbour e as Três Cidades que guardam séculos de história. Caminhar por seus arcos e terraços é um convite a viajar no tempo, cercado por canhões, esculturas e o charme dos jardins floridos. Ao meio-dia, o tradicional disparo de canhões da Saluting Battery dá ainda mais emoção à experiência, conectando passado e presente em um espetáculo que encanta turistas do mundo todo. Um lugar perfeito para fotos inesquecíveis e momentos de contemplação.

Inquistor´s Palace

Partindo do Upper Barrakka é possível pegar um dos barquinhos malteses de madeira muito charmosos, chamados dgħajjes. Eles funcionam tanto como táxis aquáticos de travessia entre costas ou bairros do porto, quanto para passeios turísticos mais longos. O preço varia em média de 2 a 60 euros, dependendo da finalidade e número de pessoas.

E é com este transfer aquático que se chega a cidade de Vittoriosa (Birgu), onde fica uma das

construções históricas mais emblemáticas, o Inquisitor´s Palace. Erguido no século XVI, foi sede da Inquisição em Malta durante mais de 200 anos, funcionando como residência dos inquisidores, tribunal e prisão.

Catedral St. John´s
Mdina cercada por imponentes muralhas.
Ao lado, a Catedral de São Paulo
Objetos medievais do Inquisitor´s Palace

Hoje, o palácio é um museu aberto à visitação, oferece uma imersão na história da inquisição e da vida religiosa na ilha. Seu interior preserva salas de audiência, capela, celas e aposentos originais, além de exposições que abordam o contexto social e político da época. É uma oportunidade de explorar um dos poucos palácios da Inquisição ainda existentes na Europa, ao mesmo tempo em que se conhece mais sobre o papel de Malta no período da Ordem dos Cavaleiros de São João.

MDINA

Mdina é a antiga capital de Malta, conhecida como a “Cidade Silenciosa”. Cercada por imponentes muralhas medievais e cheia de ruas estreitas e de pedra, oferece aos visitantes uma viagem no tempo. Fundada pelos fenícios e mais tarde fortificada pelos árabes e normandos, preserva o charme histórico digno de cartões postais.

Entre os destaques estão a Catedral de São Paulo, com sua arquitetura barroca impressionante, os palácios nobres que hoje abrigam museus e as vistas panorâmicas de toda a ilha a partir das muralhas.

GOLDEN BAY

É uma das praias mais famosas e encanta visitantes com sua ampla faixa de areia dourada e águas cristalinas. Localizada na costa noroeste da ilha, é cercada por colinas verdes que criam um cenário natural deslumbrante e acolhedor. Muito procurada tanto por turistas quanto por locais, Golden Bay é ideal para quem deseja relaxar sob o sol, mergu-

lhar no mar calmo ou aproveitar atividades como caiaque e passeios de barco. Ao entardecer, o pôr do sol visto da praia é um espetáculo à parte.

PARQUE ARQUEOLÓGICO

Imagine-se caminhando sobre falésias com vista para o Mediterrâneo e, de repente, encontrar templos mais antigos que as pirâmides do Egito. Esse é o cenário encantador de Ħaġar Qim e Mnajdra, dois dos maiores tesouros arqueológicos de Malta e Patrimônio Mundial da UNESCO.

Em Ħaġar Qim, as enormes pedras erguidas há mais de cinco mil anos impressionam pelo mistério e pela grandiosidade. Já em Mnajdra, a magia acontece quando o sol se alinha perfeitamente às suas entradas durante solstícios e equinócios, criando um espetáculo de luz. Além da carga histórica, a experiência é acompanhada por uma paisagem deslumbrante: o mar azul intenso de um lado e a energia milenar dos templos do ouro. Uma verdadeira viagem no tempo que conecta o visitante às origens

Ruas da Mdina

da humanidade, em um cenário que mistura espiritualidade, natureza e emoção.

BLUE GROTTO

Falésias imponentes, mar azul-turquesa cintilando sob o sol e pequenas embarcações deslizando rumo a cavernas secretas, esta é a combinação para um cenário de tirar o fôlego. Assim é a região de Wied iż-Żurrieq

onde fica a famosa Blue Grotto. Localizado na costa sudoeste da ilha, Wied iż-Żurrieq é um pequeno vilarejo costeiro que encanta logo à primeira vista. De lá, partem os tradicionais barquinhos que levam os visitantes a um espetáculo da natureza: a Blue Grotto, um conjunto de grutas marinhas conhecidas pelo jogo mágico de luz e cor que acontece quando os raios solares penetram na água cristalina.

Golden Bay
Complexo Arqueológico Hagar Qim e Mnajdra Museu arqueológico

O reflexo transforma o interior das cavernas em um espetáculo azul cintilante, criando uma atmosfera quase surreal.

GOZO

Gozo é a segunda maior ilha do arquipélago de Malta, localizada a noroeste da ilha principal (onde fica Valletta). É um destino conhecido por suas paisagens mais tranquilas, vilarejos charmosos, sítios arqueológicos e praias cristalinas.

Partindo do porto de Cirkewwa, em Valletta, pega-se o ferry boat numa travessia com duração de apenas 25 minutos até Gozo. As saídas acontecem a cada 30 minutos variando de 4,65 para passageiros a pé, até 15 euros em carro, ambos ida e volta.

A capital de Gozo é Victoria, também conhecida pelos locais como ‘Rabat’ e fica no coração da ilha. O charme fica por conta de suas estreitas ruas sinuosas, muitas delas com imagens de santos cristãos em nichos nos

cantos das esquinas.

A maioria dos visitantes se sente irresistivelmente atraída pela antiga cidade fortificada, a Cidadela. Percorra as muralhas da cidade para desfrutar das vistas esplêndidas e, em seguida,

Travessia de ferry boat
Blue Grotto

visite alguns dos vários museus, incluindo as antigas prisões. Esta cidade é apropriadamente chamada de Coroa de Gozo, conhecendo suas origens como centro de atividade da ilha desde os tempos neolíticos, e que começou a ser fortificada durante a Idade do Bronze (1500-700 a.C.). 3.000 anos depois, os habitantes de Gozo eram obrigados por lei a passar a noite dentro da cidade murada para se protegerem de invasores e depois começaram a se instalar ao redor da cidade até sua forma atual.

Restos arqueológicos fornecem evidências de que a antiga cidade foi colonizada pelos fenícios e cartagineses, pelos romanos, bizantinos, árabes, normandos, suábios, angevinos e aragoneses. Mais tarde foi dominada pelos Cavaleiros da Ordem de São João, Napoleão e finalmente pelos britânicos, que deram à cidade o nome de Victoria, embora os habitantes de Gozo a refiram pelo seu antigo nome, Rabat, dado pelos árabes.

A ilha também participa das celebrações da diversidade. Um exemplo é o Gozo Pride After Party, realizado em locais icônicos como a discoteca La Grotta, reunindo turistas e moradores em noites de música e integração.

Muralhas da Cidadela. No interior, há espaços com exposições artísticas e culturais, inclusive sobre a história do movimento LGBT+ da região
Charmosas ruas de Gozo

Durante as comemorações da Pride de Malta, a associação LGBT+ de Gozo organizou a exposição “ Entre Amor e Luta “ no Centro Cultural Cittadella, Hall 3 onde conta a história da comunidade LGBT+ local.

Entre as visitas, uma parada obrigatória é o Ġgantija Archaeological Park, um dos sítios pré-históricos mais impressionantes do mundo. Classificado como Patrimônio Mundial da UNESCO, abriga templos megalíticos construídos há mais de 5.500 anos, considerados mais antigos que as pirâmides do Egito e Stonehenge.

O parque deve seu nome à palavra maltesa “Ġgantija”, que significa “torre dos gigantes”, refletindo a lenda de que apenas seres gigantes poderiam ter erguido as enormes pedras que chegam a pesar várias toneladas. Caminhar entre suas estruturas é como voltar no tempo: as paredes monumentais, os altares e os corredores em pedra revelam a engenhosidade e a espiritualidade das primeiras comunidades maltesas e compreender por que Gozo é cha-

Parque arquelógico Ġgantija

mada de “ilha das lendas”.

A TRADIÇÃO VIVA DO SAL

Na costa norte da ilha de Gozo, os Xwejni Salt Pans oferecem uma experiência que une paisagem natural e tradição ancestral. Esculpidas na rocha calcária há mais de 350 anos, estas salinas ainda hoje são utilizadas por famílias locais para a produção artesanal de sal marinho, perpetuando uma prática transmitida de geração em geração.

Uma vasta rede de quadrados geométricos se enchem com a água do mar, refletindo o céu em diferentes tonalidades. A lojinha cravada na gruta disponibiliza o sal artesanal para venda.

COMINO

Situada entre as ilhas principais de Malta e Gozo. É a menor das três ilhas habitadas do país (Malta, Gozo e Comino) e é famosa pela Lagoa Azul, uma

As placas do Xwejni Salt Pans e, em frente, a pequena gruta onde vende o sal

enseada de águas azul-turquesa cristalinas que atrai turistas do mundo todo.

Com apenas 3,5 quilômetros quadrados de superfície, a ilha virgem praticamente despovoada é lugar perfeito para praticar esportes aquáticos, como mergulho ou snorkel, ou para se perder nas suas trilhas. Um cenário de falésias e lindas grutas esculpidas na rocha.

Entre as curiosidades esta o seu nome, que tem como ori-

gem devido a quantidade de plantas de cominho em todo o seu território. Além disso a ilha foi palco de grandes produções cinematográficas como Troia e O Conde de Monte Cristo.

A maneira mais cômoda de chegar de transporte público é usando o ferry. Do porto de Cirkewwa, em Valletta, ou do porto de Mgarr, em Gozo, saem os barcos para Comino com uma frequência aproximada de 45 minutos.

Você também pode reservar um passeio privado para a ilha de Comino com comida a bordo e bebidas ilimitadas.

MALTA PRIDE

O que começou em 2004 como uma pequena marcha de cerca de 50 pessoas, hoje é um dos maiores eventos de orgulho LGBTQ+ do Mediterrâneo.

A semana do Pride, geralmente acontece em setembro e

Os passeios de lancha, em Comino podem ser feitos em grupo e fica bem mais divertido
Barcos fazem pausa para o banho na Lagoa Azul
Penhasco de Dingli com vista espetacular do Mediterrâneo

a programação inclui festas em barcos, pool parties, shows de artistas internacionais, exposições culturais e os famosos eventos noturnos como a Lollipop Party, já considerada um ícone da cena queer maltesa.

Este ano as festividades aconteceram entre 5 e 14 de setembro, reunindo cerca de 40 mil pessoas. A concentração inicial é na praça da Fonte Triton da capital onde o trajeto segue com os trios elétricos pelas ruas da cidade.

Durante o mês de setembro, Valletta, St. Julian’s e outras áreas costeiras se transformam: palcos ao ar livre, shows, festas em barcos, debates e oficinas fazem parte do cardápio festivo. Um dos eventos mais divertido é o Drag bingo que acontece na praça de St. Julian’s com shows de drags, cantores Eurovsion e claro, um bingo divertidíssimo!

Imaginar o desfile em Valeta é imaginar mil cores dançando entre muralhas barrocas, imponentes fachadas e becos elegantes.

A Malta pride contou com a participação do prefeito e o Primeiro Ministro do país
Drag bingo e Eurovison
Pool party
A parada percorre as ruas num percurso de duas horas

RECEPTIVO LGBT+

Agora imagine uma agência e receptivo em Malta para a comunidade LGBTQIA+? Sim! Tudo fica ainda mais interessante e prazeroso com a QTravel Malta, única empresa de turismo que atende diretamente clientes LGBTQIA+ em Malta e proporciona experiências de viagem inesquecíveis e autênticas.

A QTravel Malta conecta histórias e fatos da região com a cena LGBT+ que nem todos os guias turísticos convencionais conhecem. Curiosidades sobre personagens locais, points emblemáticos e tesouros escondidos fazem parte do roteiro elaborado pelo guia especialista em desvendar o universo LGBT+ pelas ruas de Malta. Uma jornada com foco nas contribuições da comunidade que ajudaram a moldar a identidade local, ao mesmo tempo que se visita os pontos turísticos.

O guia mostra desde narrativas queer ocultas no Palácio do Inquisidor até a história do bar Tico-Tico inspirado em Carmem

Miranda e frequentado pela comunidade.

www.queertoursmalta.com

O influenciador francês Jerome Rouveron na Malta Pride. O trajeto foi acompanhado por mais de 40 mil pessoas
Durante o tour, o guia Artúr Lengyel da QTravel conta as curiosidades ligadas a comunidade LGBT+ nos pontos turísticos e emplemáticos de Malta

Serviço:

Hotel: Reserve com antecedência - hotéis e acomodações na capital esgotam rápido npara a ocasião da Pride. Vocco e Intercontinental do Grupo IHG são ótimas opções friendly. Além disso abrigam deliciosos restaurantes e bares no rooftop, como o Lumi.www.ihg.com/voco

Restaurantes

Cargo Bar & Dine: www.cargo.com.mt Lumi: www.lumimalta.com

Nenu The Artisian Baker: nenuthebaker.com

Country Terrace: www.country-terrace.com

Passeio de barco: www.cominoferryservice.com

Receptivo (traslados): Zarb Chauffeur: www.zarbcoaches.com

Frank´s Garage: gozofrankstravel.com

Guias:

Artúr Lengyel (QTravel): artur@qtravelmalta.com

Audrey Marie: audreymarie783@gmail.com

Rooftop do Lumi com música ao vivo
Poke com frango teriaki do Lumi
Pizza maltesa do Nenu
Delícias do Country Terrace com vista para o mar Cargo Bar & Dine

A importância da promoção do turismo LGBT+ brasileiro fora do País

OBrasil teve promoção turística para o nicho LGBT+ há mais de 10 anos atrás. Esta retomada aconteceu em junho de 2018 quando a Câmara de Comércio e Turismo LGBT+ do Brasil assinou um acordo com a Embratur e o Ministério do Turismo. O Acordo previa o fomento do turismo LGBT+ brasileiro internacionalmente com a Embratur e nacionalmente com o Ministério do Turismo. Ato contínuo à assinatura do acordo um plano de trabalho foi estabelecido tendo início naquele mesmo semestre. Com a anuência do Ministro do Turismo e Presidenta da Embratur à época, Vinicius Lummertz e Tetê Bezerra respectivamente, iniciamos ações nacionais e internacionais em 2018. Na Argentina no Evento Gnetwork 360 apresentamos o turismo LGBT+ do Brasil e as metas que tínhamos para os anos seguintes. Tivemos também um coquetel na residência do Embaixador do Brasil na Argentina para mostrar a pujança do nosso turismo diverso para 120 convidados. Entre eles jornalistas, agências, operadoras e líderes do turismo LGBT+ da Argentina e do mundo que estavam em Buenos Aires para o evento. No âmbito nacional naquele semestre promovemos com o Ministério um treinamento/ letramento para o trade de turismo de Minas Gerais, em Belo Horizonte. E para 2019 tínhamos uma programação extensa para treinar e capacitar destinos bra-

sileiros e seus trades para atender de forma mais adequada, eficiente e respeitosa o turista LGBT+, no entanto, chegaram as eleições o vencedor da corrida presidencial é um verdadeiro perseguidor da diversidade. Por esse motivo o acordo nunca foi cumprido naquela gestão e o plano de trabalho esquecido. Mesmo sem o apoio financeiro, estrutural e logístico do governo federal, a Câmara LGBT seguiu fazendo o trabalho de promoção dentro e fora do País com apoio de alguns destinos nacionais e empresas, além de seguir apresentando o Brasil LGBT+ em eventos na Argentina, Uruguai, Colômbia, México e Estados Unidos com recursos próprios.

Aquela gestão foi tão prejudicial para o turismo LGBT+ brasileiro que aquele presidente, no primeiro ano do seu governo, declarou: “Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro”. Um escárnio se dito por qualquer pessoa e quando pronunciado pelo mandatário da nação, provocou efeitos desastrosos para o turismo LGBT nacional. Para exemplificar podemos citar uma declaração do site gaycities.com que o Brasil era um dos países mais inseguros para os turistas LGBTs por conta do seu governo e de suas declarações.

Enfim, precisamos retomar a promoção do turismo LGBT bra-

Ricardo Gomes

@rricardoczuszgomes atendimento@camaralgbt.com.br

Ricardo Gomes é presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, membro do conselho Nacional do Turismo do Mtur, do Conselho Municipal de Turismo de São Paulo e do Conselho Estadual do Turismo de São Paulo, além de eleito em 2019 e 2022 pela Revista Panrotas como uma das 100 pessoas que impulsionam o Turismo no Brasil.

sileiro dentro e fora do País. Hoje temos assento no Conselho Nacional do Turismo do Mtur, acordo de cooperação com a Embratur e grupo de trabalho com o Mtur. Em setembro passado promovemos, como ação paralela da Conferência Internacional da Diversidade uma press trip LGBT+ internacional com oito jornalistas, vindos da Alemanha, Colômbia, Espanha, França, México, Portugal e Uruguai.

Precisamos nos unir para mostrar que o Brasil está pronto para receber os turistas LGBTs e uma das metas, dentre tantas, é termos um slogan para esta promoção a exemplo de outros destinos como Madri e Argentina.

Scribe Paris Opéra:

a nova era do luxo inclusivo
O luxo está presente desde o lobby de entrada

Imagine chegar a Paris, a cidade onde cada esquina parece cuidadosamente coreografada. Passe pela majestosa Opéra Garnier, sinta o aroma de um café recém-preparado e, ao virar a esquina, se deparae com a fachada clássica do Sofitel Scribe Paris Opéra — discreta, refinada, absolutamente parisiense. Ao atravessar suas portas, não é apenas em um hotel cinco estrelas, mas um espaço que traduz a releitura contemporânea do luxo tradicional francês, agora orientado por princípios de inclusão e autenticidade.

É essa experiência — simultaneamente sofisticada e sensível — que o Scribe oferece. Um luxo atemporal, que dialoga com o presente sem perder suas raízes. Ele se revela nos detalhes: no atendimento preciso e respeitoso da equipe, nas recomendações do concierge pensadas para públicos diversos, ambientes que combinam conforto clássico com design pensado para a pluralidade de corpos, histórias e identidades.

Ser reconhecido pela IGLTA (International LGBTQ+ Travel Association) em 2025 foi, para o Scribe, mais do que uma conquista institucional. Foi uma reafirmação de sua vocação: reinterpretar a hospitalidade de luxo sob uma ótica contemporânea, onde o respeito à diversidade se integra à estética e ao serviço de excelência. Do uso sutil das cores do or-

gulho LGBTQIA+ em áreas comuns aos banheiros e spas com design neutro em gênero, tudo foi concebido para acolher com elegância — e sem artifícios.

Nada destoa da sofisticação histórica do lugar. Pelo contrário: o compromisso com a diversidade valoriza o conceito de “inclusive luxury” como extensão natural do art de vivre à francesa.

Esse novo paradigma do luxo também se expressa nas ações sociais do hotel. Em parceria com a organização francesa Le Refuge, o Scribe apoia jovens LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade e, em 2025, convidou um artista queer para criar uma obra exclusiva que será exibida em seus salões. Uma forma de transformar a estética em manifestação de valores — com a mesma leveza e apuro que caracterizam o hotel.

Ao unir herança, estética e compromisso social, o hotel confirma que o luxo do século XXI deve ser, antes de tudo, relevante. Elegante, sim — mas também aberto, atento e genuinamente humano.

Na capital da moda, da arte e da elegância, o Scribe se estabelece como um novo clássico: um ícone do luxo inclusivo à la parisienne.

www.sofitel.accor.com

O hotel é muito procurado pela comunidade LGBTQIA+ em Paris

Entre montanhas

Golden Tulip Canela oferece conforto e silêncio em meio as paisagens da Serra Gaúcha

Gramado é um dos destinos mais românticos e procurados tanto no inverno, como no final do ano, onde a decoração e os festejos como a parada de Natal – Natal Luz de Gramado tranformam as ruas da cidade.

A apenas nove quilômetros – 15 minutos de carro – está a cidade de Canela, outra pérola da Serra Gaúcha, que hoje praticamente se unem em um só destino, cercadas de montanhas e pinheiros, que pelas manhãs são cobertos por uma charmosa neblina, que da janela do quarto, mais parece um quadro.

Para aproveitar todas as atrações que as duas cidades oferecem, uma excelente opção é hospedar-se no Golden Tulip Canela, com localização

estratégica e em meio um bosque encantador, que garante a tranquilidade e silencio para boas noites de sono.

São 189 apartamentos, com destaque para as suítes, com 25m² e uma confortável cama de casal e todos os demais itens para se ter uma hospedagem memorável.

Entre um passeio e outro, aproveite a piscina aquecida, a academia - Oficial Reebok – e o destaque fica para as banheiras de hidromassagem em um espaço sofisticado, perfeito para aliviar as tensões e relaxar profundamente.

O hotel conta com o restaurante Vivenza, aberto tanto para almoço como para o jantar, com clima aconchegante.

Fachada Golden Tulip Canela

www.livahoteis.com.br/hotel/golden-tulip-canela

Piscina aquecida
Banheiras de hidromassagem
Piscina coberta
Área de convivência
Suíte
Quarto

onde a beleza brota da terra

Considerada a capital do Ecoturismo do Brasil, o município de Bonito (MS) é um lugar tranquilo e repleto de maravilhas naturais para serem vivenciadas a dois, com uma turma animada ou para conhecer gente que ama a natureza. Além disso é um destino de braços abertos aos viajantes LGBTs. Tire ao menos cinco dias para aproveitar o destino. São muitas opções de passeios, chegando a quase sessenta atrações locais. Programe com antecedência, pois muitos passeios só aceitam visitas pré-agendadas, e os ingressos são vendidos nas agências locais, como na Acqua Viagens, com a vantagem de serem valores tabelados.

Alugar um carro vale á pena, porque os atrativos são distantes do centro, ou compre pacotes com transfer.

Uma dica importante é em relação a água. Leve sempre sua garrafa, nunca tome água das torneiras ou mesmo do rio, as águas naturais locais são ricas em calcário, que resultam em forte desinteria.

PATRÍCIA DE CAMPOS

AS ÁGUAS DE BONITO

Bonito tem uma das águas mais cristalinas do mundo, tanto que o Rio Sucuri já foi considerado várias vezes a terceira água mais cristalina do planeta.

Um dos passeios obrigatórios para é a flutuação, onde se vive a experiência de poder nadar com peixes coloridos, passando por jardins subaquáticos.

A Nascente Azul é um dos lugares para essa vivência inesquecível. Com uma infraestrutura impecável e monitores com vasto conhecimento, passarelas acessíveis levam ao ponto de partida para o início da flutuação. Durante o trajeto pássaros e animais silvestres são vistos em seu habitat natural, e até mesmo macacos prego surgem fazendo balburdia, mas sem qualquer contato com os humanos, preservando assim a integridade dos animais.

No ponto de “equipagem” está também a tirolesa e o pêndulo humano, para os mais radicais.

Só se entra no rio com equipamento de segurança (snorkel e colete), tendo também à disposição roupas de neoprene.

Quem nunca fez flutuação, se prepare, é uma sensação de liberdade deixando a correnteza levar o corpo flutuando, enquanto peixes de vários tamanhos cruzam no caminho podendo até serem tocados. De repente pequenas bolhas saem do meio de tufos de plantas de cor verde grama.

Flutuação na Nascente Azul

Aproveite esse momento numa água totalmente transparente.

A Nascente Azul tem ainda piscina, uma pequena praia de areia branca, mega infláveis aquáticos e um restaurante self service com diversidade de pratos.

Uma outra opção para conhecer os rios transparentes de Bonito é navegá-lo em um pequeno barco, vendo os cardumes acompanhando o passeio (que também pode ser feito em flutuação) na Praia da Figueira; um lugar ideal para passar o dia inteiro, com quiosques dentro de um lago onde se pode nadar e passar o dia se refrescando, com o apoio de bar que oferece petiscos deliciosos. Logo na entrada, uma figueira centenária, cobre o redário que convida para relaxar.

Parque das Cachoeiras
Praia da Figueira
Foto: Reprodução
Foto:

Para os povos indígenas, cachoeiras são lugares sagrados, que criam uma conexão com o mundo espiritual _e responsáveis pela purificação das energias do corpo. Para purificar, conectar ou apenas contemplar, o Parque das Cachoeiras oferece sete quedas d’água, cada qual com sua especificidade, podendo apenas fazer lindas fotos ou para um banho nas águas que vem cortando a rocha.

Uma trilha leve, com caminho fácil sobre estrutura de metal, o passeio monitorado traz paisagens impossíveis de não serem registradas, além de momentos de descontração. A última delas, a Cachoeira do Amor, é o cenário ideal para juras de amor eterno. No Parque das Cachoeiras o restaurante funciona no regime de self service, com receitas bem caseiras, servidas no fogão a lenha ou petiscos para acompanhar uma cerveja gelada a beira da piscina ou na área do balneário, que tem espreguiçadeiras, mesas e redário.

AQUA E EMOÇÃO

Quem gosta de se aventurar, tem que colocar no roteiro o Eko Park Porto da Ilha e fazer um rafting no Rio Formoso, embora tenha apenas duas pequenas quedas de água,

no Rio Formoso
Gruta do lago Azul
Foto: Divulgação/portalbonito.com.br
Caiaque no Eco Park Porto da Ilha
Foto:
André Patroni/ Divulgação Fundtur MS

a diversão é garantida. A descida é feita em bote inflável para doze pessoas, saindo para o passeio cinco grupos, que geralmente disputam as melhores remadas.

Durante nossa descida avistamos duas sucuris, uma delas com cerca de seis metros de comprimento tomava banho de sol no barranco, a outra menor, descansava enrolada no galho de uma árvore sobre o rio.

O Eko Park Porto da Ilha tem excelente estrutura de vestiários, mesas espalhadas por toda área e oferece várias outras atividades

aquáticas como Stand up paddle (SUP), Duck, Bike Boat, Boia Cross e Banho nas cachoeiras

MUNDO SUBTERRÂNEO

Tão importante quantos a águas, Bonito guarda um mundo subterrâneo de beleza impactante.

A cidade está em meio a um dos vales de planalto da Bodoquena, cuja rocha predominante é o calcário, resultado do endurecimento de conchas e algas, há provavelmente 500 milhões de anos, depois de muitos terremotos

e movimentações de placas tectônicas, quando do choque de dois antigos continentes, se deu o fechamento do provável mar que ali existia (Mar de Corumbá)

A Gruta da Catedral (Gruta de São Matheus) é um desses locais que nos levam para um lugar inimaginável. A apenas quatro quilômetros do centro de Bonito, é bem diferente e fascinante, porém não indicado para pessoas com problemas de mobilidade.

Uma passarela suspensa leva a uma trilha leve, de aproximadamente 300 metros até a entrada da gruta. Durante a visitação é obrigatório o uso de capacete e luvas. Dividida em salões bordados de estalactites, estalagmites, colunas, que são acessados por degraus na pedra, o passeio chega a atingir 60 metros abaixo da superfície. A iluminação especial cria um clima ainda maior de mistério. O percurso leva em média uma hora e meia.

O espaço da recepção do passeio parece um grande celeiro antigo, divido em três andares. No térreo um pequeno museu (Museu Kadiwéu) com antigos objetos como espingardas pica-pau, ferramentas, máquinas

Antiga pick-up no museu Kadiwéu
Gruta Catedral

de escrever, entre outros, com destaque para a antiga pick-up americana. No segundo andar animais da região empalhados e no terceiro uma ponte pênsil que dá início ao passeio.

A Gruta do Lago Azul é um presente para os olhos. Após uma descida de trezentos degraus, onde pouco a pouco a caverna nos vai envolvendo, vai surgindo ao fundo um espelho de água em um tom azul escuro que não existe em nenhuma paleta de cor. Maravilhoso! O local é apenas para contemplação, sendo totalmente proibido tocar na lagoa. O tempo de passeio é também de uma hora e meia.

GASTRONOMIA

Bonito traz em suas raízes fortes influências europeias devido a Guerra do Paraguai (1874 -1870), paraguaia, indígena e pantaneira, resultando em pratos com sabores únicos e exóticos.

Juanita Batillilani, de uma simpatia transbordante, é fundadora do restaurante Juanita e traz para o cardápio, receitas autorais e de família, um misto da cultura italiana e paraguaia. Com a casa está sempre lotada (é necessário fazer reserva). O “carro chefe” é a carne de jacaré e o serviço a la carte.

Chefe Juanita
Chefe Silvio (restautante Bacuri)
Chipa Guaçu
Costela Bovina
Cupim de Colher
Lingua de Jacaré
Piraputanga Corumbaense
Sinfonia Pantaneira

É importante fazer aqui um adendo, para explicar que o jacaré é um animal protegido, e sua carne só pode ser comprada de criadouros legalizados, havendo apenas dois no Brasil – um no Mato Grosso do Sul e outro no estado do Mato Grosso.

A entrada mais pedida é a língua de jacaré e entre os pratos principais a Sinfonia Pantaneira – moqueca com base de mandioca, com pedaços de Jacaré, Pintado e Pacu), o Pacu na Brasa e a Costela de Boi.

Outro restaurante que tem que estar na programação é o Bacuri, sob a direção do paulistano Silvio Trujillo, um gigante na cozinha e na pesquisa gastronômica, traz para mesa a culinária ancestral do Mato Grosso do Sul, incluindo os povos originários Guatós.

Com serviço a la carte também, é possível saborear uma Mogica (caldo indígena engrossado), pastel de milho com pequi, chipa Guaçu, uma Piraputanga Corumbaense ou um Cupim de Colher, entre outras tantas delícias.

As sobremesas são também regionais, com assinatura de arte, variando conforme a estação.

Quem prefere lanches rápidos, a dica é o MS Burguer, que serve entre seus hamburgueres, um feito com carne de jacaré. Na cidade há também lojas especializadas em Chipas recheadas, tanto salgadas como doces e são deliciosas.

BICHOS A SOLTA

Entre uma trilha e outra sempre é possível avistar um animal silvestre, basta estar atento.

A fauna local é rica, e a preservação do meio ambiente faz com que estejam nos mais diversos pontos. Os macacos pregos – sempre em bandos – são os que mais se aproximam dos humanos, lembrando que é extremamente proibido alimentar qualquer tipo de animal.

Durante as caminhadas é possível avistar o cateto, cotia, mini tamanduá com filhote, jacaré, sucuri e pássaros diversos – entre eles tucanos e muitas seriemas.

ONDE FICAR

Para acrescentar uma certa sofisticação a viagem, nada melhor do que uma pousada que mescla o charme de uma pou-

sada de praia, com atendimento de nível internacional e um “quê” da tranquilidade e acolhimento regional.

A pousada Arte da Natureza, traz as águas de Bonito em suas diversas piscinas – sendo algumas aquecidas – ponto de encontro para quem viaja entre amigos para um curtir um bom papo e um drink. Já quem viaja “a dois”, há apartamentos com piscinas individuais, com água na temperatura ideal, para viver momentos inesquecíveis sob um céu digno de uma pintura.

O café da manhã – incluso na diária – oferece vários salgados e bolos com base na cultura local e

Siriema
Araras
Tucano
Macaco Prego

uma grande fartura de opções. Os apartamentos são amplos e bem decorados e para quem gosta de jogos e brincadeiras eletrônicas, há o espaço

Games & Lazer.

COMO CHEGAR

Há voos diretos saindo do aeroporto de Congonhas (SP)exceto as segundas e sextas feiras – pelas companhias aéreas

Azul, Latam e Gol, com tempo de voo de aproximadamente uma hora e meia.

Restaurante Bacuri

Rua 24 de fevereiro, 2268

Fone: (67) 98473.8342

Fecha as 3ª feiras. Abre para o almoço somente aos domingos, demais dias para o jantar.

Restaurante Juanita

Rua Nsa. Senhora da Penha, 854

Fone: (67) 99643.5093

Abre todos os dias para almoço e jantar – exceto 4ª feiras só para almoço.

MS Burguer e Chopp

Rua Pilad Rebua, 1831

Fone: (67) 99116.9580

Fecha as quartas feiras.

Pousada Arte da Natureza

Rua Santana do Paraíso, 1027 –Alvorada, Bonito/MS.

WhatsApp: (67) 2106-8454

Acqua Viagens – passeios e transporte

R. 29 de maio, 891

Fone: (67) 98202.0015

Aberto todos os dias.

Apartamentos amplos e confortáveis

O hotel tem várias piscinas, algumas inclusive climatizadas
Piscinas individuais nas varandas dos apartamentos

Sabor capixaba em São Paulo

Comandado pela chef e proprietária Angelita Gonzaga, o restaurante Celeiro Arimbá proporciona uma experiência gastronômica de receitas “raiz” do Espírito Santo, com pratos que incorporam a farinha de milho de monjolo, milho crioulo, fubá de moinho d’agua, o feijão manteiga, peixes e frutos do mar, entre outros ingredientes, trazidos diretamente de Vitória (ES), para garantir o sabor genuíno dos pratos.

Chefe Angelita Gonzaga

Entre as muitas delícias, vale conhecer os diferenciados pastéis de angu, com massa fina e crocante sugeridos com vários tipos de recheio, como o "Pérola Negra" – de farinha de milho com carvão ativado, queijo montanhês, tomate e um toque de azeite e o "Vermelhinho" – feito com fubá de moinho de pedra com beterraba, recheado de linguiça artesanal e queijo.

Já os pratos principais, além da típica moqueca capixaba, estão entre os mais pedidos a galinha caipira ao molho, couve, milho, quiabo e polenta, acom-

panhada de arroz e o "espeto de rojão" – uma iguaria muito saborosa preparada com lombo e pernil suíno - assado lentamente na brasa, acompanhado de farofa, vinagrete e molho de alho.

E em datas especiais anunciadas com antecedência, acontece o Happy do Caranguejo, um dia em que é oferecido - sob reserva - um cardápio especial de frutos do mar e caranguejo, servido em porção de três unidades preparados em molho de moqueca capixaba e acompanhado de pirão de caranguejo e vinagrete.

O restaurante Arimbá, foi

inaugurado em São Paulo, em 2015 no bairro das Perdizes; em 2022 mudou para a Vila Romana, passando a ser conhecido como Celeiro Arimbá.

A decoração é despojada, onde o cliente se sente a vontade como se estivesse no quintal de casa, sensação que é reforçada com a cozinha aberta em meio ao salão principal.

Celeiro Arimbá

R. Caio Graco, 226ª – São Paulo WhatsApp: (11) 93454-9337

Caranguejo
Decoração despojada e aconchegante
Espeto de rojão
Galinha Caipira
Moqueca Capixaba
Pastel de angu

Divisão no movimento

Aliança LGB ganha força e reacende discussão sobre inclusão de pautas de gênero

Omovimento denominado LGB, não é nenhuma novidade.

Foi criado no Reino Unido em 19 de setembro de 2019, com o nome de LGB Internacional. A iniciativa marcou um posicionamento claro contra a inclusão de pautas ligadas a identidade de gênero, como as demandas de pessoas trans, travestis e não-binárias, concentrando o foco apenas em questões de orientação sexual e já atua em 18 países, defendendo o que considera uma agenda baseada em “sexo biológico e atração sexual”, excluindo qualquer

política relacionada à autodeclaração de gênero.

O movimento se opõe a ideia de que uma pessoa possa se identificar com um gênero diferente do sexo biológico e não aceita qualquer tipo de intervenção médica para transição de gênero, especialmente em crianças, restrições ao uso de banheiros e a participação esportiva conforme a identidade de gênero. Rejeita, também, a autodeterminação de gênero defendendo que o reconhecimento de pessoas trans prejudicaria as mulheres; contrapondo o grupo LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bis-

sexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais, sendo que o símbolo “+” abarca as demais orientações sexuais e de gênero, representando pluralidade), que teve início nos Estados Unidos e que, através do reconhecimento, foi possível, historicamente, garantir direitos. No Brasil, o movimento pelos direitos LGBT+ teve início na década de 1970, com o surgimento da primeira associação de gays do País, chamada Grupo Gay da Bahia.

Segundo Frederick Schminke, presidente do LGB Internacional, a expansão da sigla LGBTQ+ desvia a atenção das questões

históricas e urgentes, como a criminalização da homossexualidade em diversos países e a falta de conhecimento legal para casais do mesmo sexo.

QUANTOS SÃO LGBT+

Os dados que se tem sobre a população LGBTQIA+ no Brasil, foram coletados pelo IBGE em 2019, quando 2,9 milhões de pessoas se declararam lésbicas, gays ou bissexuais, representando 1,8% da população adulta.

Entre as pessoas de 18 anos ou mais, 94,8% se declararam heterossexuais; 1,2% homossexuais; 0,7% bissexuais; 1,1% não sabiam sua orientação sexual; 2,3% não quiseram responder; e 0,1% declararam outra orientação sexual.

Outros 3,6 milhões de pessoas não quiseram responder, número maior que o total das que se declararam homossexuais e bissexuais (2,9 milhões).

A população de homossexuais ou bissexuais é maior entre os que têm nível superior e maior renda. Entre os grupos de idade, os jovens de 18 a 29 anos (4,8%) tiveram maior percentual de pessoas que se declararam homossexuais e bissexuais. Também foi o maior grupo que não sabia sua orientação sexual (2,1%) ou não quis responder (3,2%).

Já 2,1% se declararam homossexual ou bissexual no Sudeste, e 1,5% no Nordeste.

A orientação sexual foi coletada pela primeira vez pelo IBGE. Resultados foram divulgados em caráter experimental e acompanham experiências internacionais semelhantes. Não foram coletados dados sobre identidade de gênero, mas o IBGE estuda metodologia para incluir esse

tema em suas pesquisas. Segundo a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), os números são subjugados. O medo, a vergonha e a falta de conhecimento levam muitos a não se declararem publicamente, o que subestima a população LGBTQIA+ real. A ABGLT estima-se que essa parcela da população brasileira seja composta por pessoas LGBTQIA+, representando cerca de 20 milhões de brasileiros, sendo de 10 a 12% da população. Já levantamento realizado pelo IBDFAM e a Agência Brasil aponta que 12% da população adulta se declara LGBTQIA+.

HOMOFOBIA EM NÚMEROS

Ainda segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2023, o Brasil registrou 257 homicídios e suicídios de pessoas LGBTQIAPN+, um número que não manteve a linha de crescimento observada em anos anteriores O aumento de 34 mortes violentas em 2024, em comparação com 2023, reflete o desafio persistente para a segurança e direitos das pessoas LGBTQIAPN+ no País.

O MOVIMENTO

LGB SE AMPLIA

Atualmente, a Aliança LGB está presente em 18 países, formando uma rede internacional de cooperação que compartilha o mesmo princípio: defender direitos com base na orientação sexual e no sexo biológico, preservando a integridade das categorias que definem lésbicas, gays e bissexuais.

do movimento LGB

OUVINDO OS DOIS LADOS

Uma das representantes da nova sigla Aliança LGB Brasil, Mariele Vitória Regia, explica que a entidade foi criada no Reino Unido em 2019 por ativistas dos direitos civis, acadêmicos e profissionais de diversas áreas.

“A ideia nasceu da necessidade de resgatar a centralidade das pautas lésbicas, gays e bissexuais, que vinham sendo gradualmente diluídas em agendas mais amplas e, muitas vezes, desconectadas das realidades específicas dessas populações”, afirma. No Brasil, a entidade tem representantes nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, segundo disse, e cresce de forma orgânica com a adesão de profissionais e ativistas preocupados com a coerência das políticas públicas e dos direitos sexuais baseados na realidade biológica e na orientação sexual.

Mariele destaca que a luta dos homossexuais ainda é longa. “Em muitos países africanos e asiáticos a homossexualidade ainda é punida com prisões, trabalhos forçados, castigos físicos e execuções. Mesmo na Europa e na América, os direitos civis homossexuais não são um con-

Símbolo

senso”.

Ela reconhece que no Brasil, apesar de decisões e resoluções que equiparam relações homossexuais à união estável heterossexual (STF, ADI 4.277 de 2011 ), e obrigam cartórios a realizarem o casamento civil de homossexuais (CNJ, Res. 175 de 2013), no nosso Código Civil (art. 1.723) a entidade família ainda é caracterizada pela união estável heterossexual.

E vai além: "A essa insegurança jurídica acrescenta-se que o apoio ao casamento homossexual (que já foi ligeiramente maior que a rejeição) vem caindo, como aponta pesquisa Ipsos-Ipec. Nossa proposta não é negar o que foi construído, mas reafirmar o sentido e a especificidade das experiências lésbicas, gays e bissexuais dentro do campo dos direitos humanos”.

O contraponto ao discurso LLBTQIA+ é notório. A Aliança LGB, segundo Mariele, discorda da militância barulhenta, que manda no governo e é financia-

Mariele Vitoria é pós graduada em neuropsicologia, análise do comportamento aplicada e terapia cognitiva comportamental. Também atua como coordenadora do núcleo de psicologia da Sense - Centro de Desenvolvimento Infantil

da por ONGs e fundações. “Suas ações têm trazido riscos aos direitos baseados no sexo, os quais incluem os direitos homossexuais. As leis de diversos países e do nosso, assim como as instituições, têm forçado a substituição do sexo pelo gênero, uma ideia cada vez mais descolada da materialidade”.

A consequência dessa abordagem é o fato de que o sexo deixa de importar e a orientação sexual (que diz respeito ao sexo do parceiro pretendido) perde validade e deixa de ser defendida. “Circulam acusações de que lésbicas e gays são transfóbicos e “genitalistas” e até discussões sobre a necessidade de aceitarmos como parceiros pessoas do sexo oposto. Pessoas do sexo masculino estão cada vez mais presentes nos raros espaços lésbicos, que deixam de ser lugares onde mulheres estão seguras e à vontade entre si. Essas coisas beiram as terapias de conversão e os estupros corretivos. É um escândalo”.

E acrescenta: “Além disso, a militância, da qual até pouco tempo fazíamos parte, tem manchado a reputação de lésbicas, gays, bissexuais e até de transsexuais com sua falta de decoro em ambientes como universidades e eventos dos órgãos go-

vernamentais, promovendo uma imagem pornográfica a respeito de todos que estão nomeados na sigla LGBTQIA+”.

“Como se isso não bastasse, ideias retrógradas e estereotipadas sobre o que são meninos e meninas são difundidas, estimulando a transição social e médica de crianças e adolescentes que poderiam vir a ser homossexuais e bissexuais no futuro, mas agora, identificados como “trans”, tendem a encaixar-se numa heterossexualidade palatável para a sociedade e que gera lucros indecentes para a indústria médico-farmacêutica. É uma cura gay com glitter, aplicada preventivamente, antes da sexualidade desenvolver-se em sua plenitude”. ressalta Mariele.

Por causa desses pontos a Aliança decidiu sair da sigla. “Esse movimento não fala por nós. Também não falamos em nome de todos os LGBs, mas acreditamos que nossa objeção aos rumos atuais da militância pode ajudar a fortalecer a consciência a respeito das questões que levantamos e redirecionar as pautas para o combate à homofobia e a ampliação dos direitos civis homossexuais onde eles ainda não existem”.

“A homossexualidade, enquanto forma legítima de vínculo afetivo e social, não precisa ser traduzida em estereótipos ou representações caricatas. Vivemos um momento de amadurecimento, em que lésbicas, gays e bissexuais buscam ser reconhecidos como pessoas comuns, com vidas, famílias e histórias diversas, sem a necessidade de símbolos que reduzam ou simplifiquem essa realidade. A Aliança LGB defende uma visibilidade autêntica, que reflita a realidade comportamento

e o respeito à condição humana sem artifícios ou distorções” sentencia.

Segundo ela, o movimento de retomada das pautas LGB está em expansão global. Além da LGB Alliance original no Reino Unido, há grupos ativos na França, Alemanha, Canadá, Austrália, Estados Unidos e em diversos outros países. Atualmente, a Aliança LGB está presente em 18 países, formando uma rede internacional de cooperação que compartilha o mesmo princípio: defender direitos com base na orientação sexual e no sexo biológico, preservando a integridade das categorias que definem lésbicas, gays e bissexuais.

A ViaG ouviu também o posicionamento de Clóvis Cassemiro, que é coordenador no Brasil da IGLTA (Instituto Latino-Americano de Turismo LGBT+)

“Há mais de 25 anos trabalho com turismo LGBT+, e ao longo desse tempo aprendi uma lição simples e poderosa: nossa força está na união.

É por isso que considero absurda — e até perigosa — essa tentativa recente de separar o “LGB” do “T”.

Não existe movimento LGBT+ sem as pessoas Trans e Travestis. Elas sempre estiveram conosco desde o início, nas ruas, nas lutas, nas conquistas.

Basta olhar para a história: em Stonewall, em Nova York, foram as travestis e as pessoas trans as primeiras a reagir contra a opressão policial, dando origem a um movimento mundial.

Aqui em São Paulo não foi diferente. É conhecer nossa história: lembro da minha amiga Kaká Di Polí, que literalmente deitou na Avenida Paulista para impe-

dir que a nossa grande Parada fosse barrada. Foi um gesto de coragem, de resistência, de amor. É isso que o movimento sempre representou.

Hoje, em várias partes do mundo, vemos movimentos radicais tentando silenciar nossas vozes, proibindo Paradas do Orgulho e criminalizando nossa existência. Em alguns países, ainda somos mortos apenas por nascer LGBT+.

a lado, defendendo cada letra dessa sigla, cada pessoa que carrega com orgulho sua identidade.

E é nesse contexto tão delicado que surge essa ideia de dividir o movimento? De excluir o “T”? Sinceramente, eu não sei quem são essas cabeças retrógradas que pensam assim. Mas sei que não representam a essência da nossa luta.

O movimento LGBTQIA+ não chegou até aqui por acaso. São mais de 50 anos de resistência, desde Nova York até os maiores centros do mundo. Somos uma comunidade global, diversa e forte — e é justamente a diversidade que nos torna invencíveis.

Separar o “LGB” do “T” é apagar parte da nossa própria história. E eu não vou compactuar com isso! Porque o que sempre nos fez avançar — nas ruas, nas políticas públicas, no turismo, na cultura — foi estarmos juntos, lado

E é assim que pretendo continuar: unido, solidário e orgulhoso de ser parte de um movimento que não exclui ninguém.

E queremos ter um Turismo cada vez mais inclusivo, seguro e com experiências lindas para cada um de nós.

O que vemos hoje é que os movimentos tenderão, como na política – sendo eles ou não políticos – a polarização, o que sabemos não ser o caminho ideal para nada.

Na defesa generalizada está o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que desenvolvem políticas públicas para enfrentar o preconceito e discriminação, promovendo os direitos das pessoas LGBTQIA+, e coordenando ações de relações institucionais a fim de garantir e defender esses direitos”, finaliza Clovis.

Desafios globais da diversidade em debate

A9ª Conferência Internacional da Diversidade mostrou que, mesmo em tempos de retração nas políticas de inclusão, o turismo LGBT+ continua sendo um setor estratégico para o Brasil e para a economia global da diversidade.

Entre os dias 9 e 12 de setembro passado, o Centro de Eventos São Luís, em São Paulo, recebeu a 9ª edição da Conferência Internacional da Diversidade, promovida pela Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil. Diferente dos anos anteriores, esta edição teve um formato mais enxuto, reflexo de um cenário internacional em que empresas vêm reduzindo ou até extinguindo departamentos de diversidade e inclusão.

Apesar desse contexto, a conferência manteve relevância ao reunir representantes do setor turístico, autoridades públicas, entidades internacionais, jornalistas estrangeiros e mídia espe-

cializada. “Mesmo diante de um contexto global mais restritivo, conseguimos realizar uma edição relevante, fortalecida pelo apoio de empresas e instituições parceiras. A Conferência segue como espaço fundamental para a promoção da inclusão e da geração de oportunidades para a comunidade LGBT+”, afirmou o presidente da entidade, Ricardo Gomes, na abertura.

DEBATES ESTRATÉGICOS

Ao longo de quatro dias, o encontro promoveu painéis e debates sobre negócios, turismo e inclusão social. Um dos momentos mais marcantes ocorreu na abertura, quando Ricardo Gomes fez duras críticas a empresas que praticam pinkwashing — adotando discursos de apoio à diversidade sem efetivamente investir em políticas de inclusão.

A programação contou com a presença da Embratur e do Ministério do Turismo, que refor-

çaram o protagonismo do Brasil na promoção do turismo LGBT+ em escala internacional. No dia dedicado ao tema, especialistas ressaltaram que a diversidade deve ser entendida não apenas como inclusão, mas também como motor de desenvolvimento econômico sustentável. Rodrigo Moreles Canez, da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério do Turismoapresentou a palestra “Cores do Brasil: Ações do Ministério do Turismo para a Diversidade”.

Durante sua fala, Canez detalhou avanços institucionais e políticas em favor de um turismo mais inclusivo, entre eles a criação do Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão, o lançamento do novo Plano Nacional de Turismo, estruturado em três eixos estratégicos, a ampliação do Calendário Nacional de Eventos para abarcar paradas e festivais LGBT+ e a publicação de cartilhas de boas práticas voltadas ao atendimento inclusivo.

A 9ª Conferência Internacional da Diversidade contou com representantes de diferentes países e instituições, reforçando o papel do turismo e das políticas inclusivas

BAHIA EM DESTAQUE COMO DESTINO LGBT+ FRIENDLY

Um dos pontos altos foi a forte presença da Bahia, que se consolidou como destino LGBTI+ friendly e referência em hospitalidade inclusiva. Durante a conferência, o estado apresentou ações para atrair turistas LGBT+ e fortalecer sua imagem no cenário internacional, em parceria com a Setur-BA.

Na cerimônia de abertura do evento em um vídeo, Marcelo Freixo, Presidente da Embratur declarou: “A presença da Embratur neste evento destaca o compromisso do Brasil em promover sua diversidade cultural e natural, consolidando-se como um protagonista no turismo inclusivo. O turismo é uma alavanca de desenvolvimento econômico, mas também civilizatório. O Brasil precisa reafirmar cada vez mais essa agenda. No mundo que a gente quer viver não cabe a LGBTI+ fobia”, destacou Freixo.

Já na plenária Daniel Noble, Supervisor de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur, apresentou as estratégias da agência para a promoção do Turismo LGBT+, além de exibir o curta “Entre Sinais e Marés”, uma ficção sobre um romance na Ilha do Mel (PR) que teve o protagonismo surdo em sua história e foi um dos projetos selecionados pelo Edital “Brasil com S” da Embratur para promover o turismo brasileiro.

A próxima edição já está confirmada: a 10ª Conferência Internacional da Diversidade será realizada entre os dias 4 e 8 de maio de 2026, em São Paulo, com expectativa de ampliar a participação internacional e reforçar a representatividade em um cenário de desafios e transformações.

Ed Salvato estreia no Festuris 2025

OFesturis

– Feira Internacional de Turismo de Gramado, chega à sua 37ª edição consolidando-se como uma das mais importantes plataformas de negócios e tendências do setor no Brasil e na América Latina. Neste ano, o palco LGBT+ Diversidade recebe pela primeira vez uma das vozes mais respeitadas do turismo queer no mundo: Ed Salvato.

Com mais de 25 anos de atuação, foi editor-chefe de publicações icônicas como OUT Traveler, ManAboutWorld e do pioneiro Out & About, se destaca por seu compromisso com a segurança, o pertencimento e a visibilidade de viajantes LGBTQ+ em uma indústria que, historicamente, nem sempre acolheu a diversidade.

Professor no Tisch Center of Hospitality da Universidade de Nova York (NYU), Salvato ministra o primeiro curso da instituição focado em inclusão e pertencimento no setor de viagens. Além disso, é coautor do influente The Handbook of LGBT Tourism & Hospitality, obra considerada essencial para profissionais e marcas que desejam criar experiências verdadeiramente acolhedoras para o público queer.

Sua trajetória também inclui seis anos no conselho da International LGBTQ+ Travel Association (IGLTA) – e um extenso trabalho como consultor de destinos, hotéis e operadores que buscam transformar boas intenções em práticas reais de inclusão.

“Com a presença de Ed Salvato, o Festuris 2025 reforça seu compromisso com a inovação e com um turismo mais humano, acessível e inclusivo — onde cada viajante, independentemente de sua identidade, possa ser bem-vindo em qualquer lugar e ser exatamente como é com tranquilidade, segurança e respeito”, destaca a CEO do Festuris, Marta Rossi.

Daniel Noble - Supervisor de Afroturismo, Diversidade e Povos Indígenas da Embratur
Ed Salvato

Clayton Azevedo

Bartender do Bar

Desembargador, em São Paulo, desde a sua inauguração há 16 anos

AMOR LIVRE

Um drink frutado, cítrico e vibrante que celebra um brinde à liberdade de ser quem você é, como o amor em todas as suas formas.

Ingredientes:

• 50 ml gim de pera

• 25 ml licor de pêssego

• 20 ml suco de laranja

• 10 ml suco de limão

Modo de preparo: (batido)

Em uma coqueteleira adicionar os ingredientes com gelo, mexer e depois coar em uma taça coupé. Decore com uma pequena flor ou um rest de laranja na borda do copo.

O Bar Desembargador, localizado no bairro de Perdizes em São Paulo, com decoração retrô e mesas ao ar livre dispostas na calçada. O bar possui um cardápio com petiscos, pratos à la carte e uma concorrida feijoada aos sábados das 12 às 17 horas.

Com muita técnica e paixão pelo que faz, o especialista ensina que cada drinque é uma história líquida e a coquetelaria, para além do copo, é uma forma de conexão e experiência única. Confira a dica da receita chamada "Amor livre".

Bar Desembargador

R. Desembargador do Vale, 253 - Perdizes - SP

Tel: (11) 3672-3676

Whatsapp: (11) 989997652

Para a estação mais romântica do ano: a primavera

Eu pessoalmente considero a estação mais gostosa e romântica do ano: a primavera; onde a temperatura é amena, as flores estão visíveis por todos os lados, mesmo para quem mora nos grandes centros, e os passarinhos que nos acordam cedo com seu cantar.

Para acompanhar tão linda estação, nada melhor do que escolher vinhos com aromas frutados e bom frescor. Os vinhos mais indicados para essa época do ano são os rosé, os brancos, os tintos leves e, obviamente, os espumantes. Mas por que indicamos esses vinhos? Escolher pode ser angustiante, mas existem regras básicas que nos ajudam no dia a dia, como “vinho branco com peixe e vinho tinto com carne”. Eu, no meu dia a dia, aprendi a ir mais além. Para escolher um bom vinho, minha sugestão é

que você converse com a sua alma, com o seu interior.

Os aromas das flores, a limpidez do céu, as cores e as flores nos vestidos, a cor branca da manhã, o amarelo claro do sol e a cor púrpura do anoitecer te levam a pensar em quais aromas? Quais sabores? Quais cores? Se você seguir essa linha de pensamento, vai chegar nos tipos de vinho que eu indiquei acima.

Agora, a explicação técnica: Vinhos Rosés: Com coloração rosa, são muito versáteis, com acidez equilibrada, aromas frutados e bom frescor. A sua leveza complementam os dias mais quentes da primavera, acompanhando bem pratos de saladas e frutos do mar.

Vinhos Brancos: Buscam-se os brancos jovens e com menor passagem em madeira, que preservam uma maior acidez. Os meus preferidos são os da uva Sauvignon Blanc. Proporcionam uma experiência refrescante e rica em aromas de frutas tropicais e florais, sendo excelentes com saladas, peixes e frutos do mar.

Espumantes: Podem ser mais secos ou doces, com frescor e boas notas frutadas. Ótimos para os dias ensolarados da primavera, sendo ideais para happy hours, jantares com amigos e piqueniques.

Formada em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Gestão Empresarial pela FATEC São Paulo. Fundadora da São Paulo Wine Trade Fair e de outras feiras do segmento, como a Wine Weekend Festival e a Expovinis. É criadora da Cachaça Trade Fair e Editora da Revista Vinho magazine

Vinhos tintos leves: Com sabores sutis e taninos mais baixos, são perfeitos para acompanhar pratos leves da primavera, como massas e carnes brancas. Esses são os meus favoritos para a primavera.

SUGESTÕES

Rosé: Château d’Esclans Whispering Angel (França)

Branco: Kim Crawford Sauvignon Blanc (Nova Zelândia)

Espumante: Veuve Clicquot Yellow Label Brut Champagne (França)

Tinto Leve: Villa Antinori Chianti Classico (Itália) Espero que essas sugestões tenham ajudado!

A primavera é uma época perfeita para descobrir novos vinhos e saborear os clássicos. Então, vamos brindar à estação mais romântica do ano.

Experimente e descubra o seu.

Exposição apresenta fotografias históricas do centro paulistano

OMuseu da Energia de São Paulo, instituição da Fundação Energia e Saneamento (FES), recebe a exposição “Eletromemória: a Light revela São Paulo”, até 8 de novembro de 2025, apresentando, por meio de fotografias históricas, as transformações do centro da capital paulista entre 1899 e 1920. A mostra é gratuita e aberta ao público. A mostra é gratuita e aberta ao público.

Serviço:

Eletromemória: a Light revela São Paulo - Até 08/11/2025

Museu da Energia de São Paulo - Al. Cleveland, 601, Campos Elíseos – São Paulo/SP

Quinta a sábado, 10h às 17h (bilheteria até as 16h)

Entrada Gratuita

Exposição Titanic: uma viagem imersiva

Com

mais de 150 artefatos originais, reconstruções imersivas dos ambientes do navio e instalações 3D de última geração, a exposição coloca os visitantes no centro da narrativa do Titanic, revelando seus segredos por meio de uma experiência única e envolvente.

A exposição apresenta instalações ultra tecnológicas que transportam o público para o universo do lendário navio. Entre os destaques estão projeções 3D que combinam telas digitais com cenários realistas, animações em vídeo e recursos de última geração que permitem acompanhar cada etapa da grandiosa construção do Titanic, explorar os luxuosos salões internos e encarar de perto o iceberg responsável pelo trágico acidente. Além disso, a experiência oferece um inédito tour em Realidade Virtual pelos destroços do navio, a mais de 4 km de profundidade no fundo do mar (atividade opcional e com ingresso à parte).

Serviço: Shopping Eldorado - Av. Rebouças, 3970 Pinheiros, São Paulo/SP www.expo-titanic.com/sao-paulo

Orquestra - Fotografias de Xirumba

Fotógrafo olindense com mais de cinco décadas de atuação, Arlindo de Souza Amorim, o Xirumba, construiu uma obra que transcende o registro documental. Em “Orquestra”, sua fotografia é apresentada como composição coletiva: cada rosto, cada gesto e cada corpo em movimento compõem uma cadência maior. Para Xirumba, a rua é partitura essencial: é nela que a fotografia encontra o batuque coletivo e se torna extensão da memória popular.

Serviço: Marquise do Parque Ibirapuera –São Paulo/SP - Até: 27/12/2025

Visitação: todos os dias Entrada gratuita

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Diulgação
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Desejos Ocultos

Quando amar se torna o maior ato de coragem Camila sempre acreditou que o maior risco da vida era ser descoberta. Laura por sua vez, que o maior risco era nunca se permitir sentir. Entre olhares proibidos e segredos guardados a sete chaves, nasce um amor que desafia preconceitos, famílias e uma sociedade disposta a silenciá-las; mas quando a paixão ultrapassa os limites do que é considerado “aceitável”, elas descobrem que amar pode ser tão perigoso quanto libertador. Desejos Ocultos é um romance intenso, cheio de suspense e entrega, onde cada escolha carrega um preço — e onde o amor, em sua forma mais verdadeira, torna-se o maior ato de coragem. Até onde você iria para proteger quem ama?

Meu policial

Uma trágica história sobre como a fúria do desejo humano leva a uma realidade frustrada, inspirada nos acontecimentos da vida de E. M. Forster. Anos 1950. Marion avista Tom pela primeira vez. A partir de então, ela soube: seu amor seria suficiente pelos dois, perdurando até alguns anos mais tarde, quando o rapaz volta do exército e a ensina a nadar na sombra do píer. Patrick, experiente curador do Museu de Brighton, conhece Tom e mostra a ele um novo mundo, glamoroso e liberal. Patrick também se apaixona por Tom. Nessa época, é mais seguro para todos que Tom, um jovem policial, se case com Marion. Os dois amantes terão, então, de compartilhá-lo – até que um deles se rebela e três vidas começam a ser destruídas.

Autor:  Bethan Roberts

Editora: Melhoramentos

Disponível na Amazon

Tormenta

Em Tormenta, Liz e Amanda estão aproveitando o último dia de piscina antes do inverno, quando uma tempestade repentina as isola dentro da casa de Liz. Sozinhas e sem comunicação com o exterior por uma noite inteira, as duas são obrigadas a confrontar a tempestade que estava se formando dentro delas.

Autora: Giulia Santana Disponível na Amazon

OPerigo no emagrecimento a qualquer custo

processo de emagrecimento vai muito além da balança: ele está diretamente ligado à saúde mental. A nutricionista Andrezza Botelho explica que a relação entre corpo e mente é bidirecional. “A obesidade pode gerar quadros de depressão, ansiedade e baixa autoestima, ao mesmo tempo em que o estresse e a ansiedade dificultam o emagrecimento saudável, levando a episódios de compulsão alimentar e escolhas menos nutritivas”, afirma.

Segundo a especialista, a busca incessante por um corpo ideal e o estigma social ainda pesam muito na vida de quem deseja perder peso. Dietas restritivas, quando não acompanhadas por profissionais, podem contribuir para o desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar.

SAÚDE MENTAL

Transtornos alimentares: a pressão estética pode desencadear quadros como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar.

Depressão e ansiedade: a frustração diante de resultados lentos, somada à insatisfação crônica com o próprio corpo, aumenta o risco de adoecimento emocional.

Distorção da imagem corporal: redes sociais e comparações constantes geram culpa e baixa autoestima.

Efeito sanfona: oscilações frequentes de peso costumam estar associadas a desequilíbrios emocionais.

PROCESSO DE EMAGRECIMENTO

Ansiedade e estresse: aumentam a liberação de cortisol, hormônio que favorece o acúmulo de gordura abdominal e estimulam o consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar. Tristeza e frustração: podem levar a episódios de compulsão, transformando a comida em válvula de escape.

Comportamentos automáticos: emoções não gerenciadas prejudicam a mudança de hábitos e a manutenção do peso saudável.

O QUE FAZER?

De acordo com Andrezza, o caminho para um emagrecimento eficaz e sustentável está no equilíbrio:

Buscar bem-estar além da balança: alinhar corpo e mente, priorizando autoestima e qualidade de vida; Cuidar da saúde mental: compreender que ignorar o aspecto psicológico é um dos principais erros de quem busca resultados duradouros; Adotar mudanças sustentáveis: investir em alimentação equilibrada, sono adequado e

atividade física prazerosa, que impactam positivamente na regulação hormonal, na disposição e na saúde mental.

“Quando entendemos que emagrecer não é apenas sobre estética, mas sobre saúde integral, conseguimos criar hábitos que realmente transformam a vida. O corpo agradece, mas a mente também”, finaliza a nutricionista.

Cautela no uso da IA

Com o avanço da inteligência artificial, cresce o número de pessoas que recorrem a essas ferramentas como forma de apoio emocional, chegando até mesmo a substituir o contato com psicólogos. No entanto, esse tipo de utilização não deve ser confundido com um processo psicoterapêutico.

Segundo o psicólogo Filipe Colombini, não há evidências científicas de que a IA seja capaz de realizar psicoterapia. “A inteligência artificial não foi programada para isso. A preocupação é que usuários confundam respostas automáticas com atendimento clínico, o que pode gerar diagnósticos equivocados ou atrasar a busca por um psicólogo de verdade”, alerta.

Pesquisas recentes mostram que ferramentas digitais podem até trazer um alívio momentâneo, mas não substituem a escuta qualificada de um profissional. Além disso, respostas simplistas (ou até mesmo incorretas) podem agravar quadros já existentes. Colombini explica que a IA não deve ser confundida com tratamento. “No máximo, a tecnologia consegue oferecer um aconselhamento. Já a psicoterapia envolve um plano de ação estruturado, com acompanhamento semanal, revisita temas sensíveis e a construção de um vínculo humano tem papel crucial e isto é algo que uma máquina não consegue replicar”, explica. Mesmo assim, o psicólogo não enxerga a tecnologia como uma ameaça. “Não vejo a IA como concorrência, mas como uma ferramenta que pode caminhar junto

conosco. Assim como o Google trouxe uma revolução no acesso à informação, a IA pode ser utilizada de forma estratégica, seja na organização de dados, em processos avaliativos ou como apoio ao terapeuta. A questão é compreendê-la antes de julgá-la”, afirma.

Outro ponto de atenção levantado pelo psicólogo diz respeito à privacidade dos pacientes. “Informações pessoais e confidenciais podem ser expostas ou acessadas por terceiros sem autorização, caso a plataforma sofra invasões ou apresente falhas de proteção. Ainda que as empresas assegurem que os diálogos são anônimos ou eliminados, existe a possibilidade de que sejam armazenados de forma temporária para aprimorar o sistema, o que pode abrir brechas de vulnerabilidade”, pondera.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) também já se manifestou oficialmente sobre o uso da inteligência artificial no contexto da prática psicológica. Recentemente, o CFP destacou que não se trata de rejeitar o avanço tecnológico, mas de garantir que sua aplicação

respeite os princípios que regem a Psicologia, sempre com ética, responsabilidade e supervisão crítica de profissionais habilitados. O Conselho ressalta ainda que aplicações mais complexas, como diagnósticos e intervenções, devem ocorrer apenas com a participação ativa de psicólogos, e reforça que a centralidade da escuta humana, da singularidade do sujeito e do sigilo profissional não pode ser substituída por algoritmos.

Para Filipe, o grande desafio está nos limites do uso. “A IA deve ter caráter informativo e complementar, nunca substituir a relação terapêutica. Ainda precisamos de evidências científicas sólidas que comprovem sua eficácia em saúde mental. Enquanto isso, a interação humana, a sensibilidade e a conexão entre terapeuta e paciente continuam sendo fundamentais no processo psicoterapêutico”, conclui o especialista.

Filipe Colombini: psicólogo, especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).

Mais calmo e educado

Ensinar um cão a ser mais calmo é um desafio que pode ser superado com muita paciência, dedicação e algumas técnicas simples. A rotina é um dos pontos mais importantes nesse processo, já que os cães se sentem mais seguros quando sabem o que esperar do dia. Horários definidos para alimentação, passeios e brincadeiras ajudam a reduzir a ansiedade e a agitação, tornando o animal mais equilibrado.

Outro fator fundamental é o gasto de energia física e mental. Fazer caminhadas regulares, promover brincadeiras interativas e atividades como esconder petiscos em brinquedos ou propor desafios de raciocínio, contribuem para que o cão não acumule tensão e consiga relaxar com mais facilidade. Vale lembrar que cães de diferentes portes e raças têm níveis de energia distintos: enquanto algumas raças precisam de longas caminhadas e exercícios intensos, outras se satisfazem com atividades mais leves e curtas. Conhecer o perfil do seu animal é essencial para evitar tanto a falta quanto o excesso de estímulo.

Muitos tutores, sem perceber, reforçam a agitação oferecendo atenção nos momentos errados. Para fazer o animal ficar mais calmo é ideal recompensá-lo quando estiver tranquilo, incentivando comportamentos mais equilibrados. Isso pode ser feito com petiscos, palavras de carinho ou simples afagos. Já, em momentos de agitação, o ideal é não reforçar o comportamento — ignorar ou redirecionar o cão para outra atividade ajuda a en-

sinar a ele que calma traz recompensas, e não o contrário.

Existem também técnicas complementares que podem contribuir para o relaxamento do cão. Fazer massagens, oferecer brinquedos de mastigação e até colocar músicas relaxantes ajudam a reduzir o estresse dos bichinhos. Atualmente, existem playlists criadas especialmente para animais com sons que simulam batimentos cardíacos ou melodias suaves que transmitem segurança. Além disso, a socialização controlada com outros cães, pessoas e ambientes diferentes também contribui para que o animal lide melhor com novos estímulos, diminuindo a ansiedade em situações inesperadas.

Vale destacar ainda a importância de um ambiente adequado em casa. Criar um espaço de descanso confortável, silencioso e longe de excessos de estímulos — como barulhos altos ou movimentação intensa — ajuda o cão a se sentir seguro. Tapetes macios, caminhas e até a presença de roupas do tutor podem transmitir tranquilidade.

Nesse é preciso muita dedicação e paciência, pois os resultados não aparecem rapidamente. Repetir as mesmas orientações diariamente e manter a calma diante de desafios é o que fará o cão aprender. Em alguns casos, contar com o apoio de um adestrador profissional pode acelerar o processo e trazer técnicas personalizadas para o perfil do animal.

Com disciplina, carinho e estímulos adequados, é possível ensinar o cão a ser mais calmo. Esse aprendizado não só melhora a convivência no dia a dia, mas também fortalece o vínculo entre tutor e animal, promovendo bem-estar e harmonia para toda a família.

Fonte: www.weasy.com.br

Banheiros sustentáveis: praticidade e economia

Manter limpo o espaço onde nossos pets fazem xixi e cocô é um desafio diário. Trocar tapetes higiênicos, passar pano e ter que lavar o local, leva tempo e acaba comprometendo o tempo de convivência com os nossos bichinhos.

Para oferecer uma solução para esse problema a Weasy desenvolveu banheiros inteligentes que combinam funcionalidade e higiene e proporcionam mais conforto e qualidade de vida, tanto para os cachorros, quanto para os seus donos.

Feito com polímero reciclado de alta resistência, o Weasy Cão têm uma base coberta com tapete que mantém as patas do cachorro sequinhas enquanto ele usa o local. Nos casos onde há um ralo próximo, o xixi que

passa pelo tapete é direcionado automaticamente para o ralo por meio de uma mangueira de escoamento.

Quando não há um ralo por perto, a pessoa pode adquirir o Weasy Bag, um reservatório com capacidade 2 litros que fica acoplado sob a base do banheiro e armazena a urina para ser descartada posteriormente, sem contato com o ar, evitando sua degradação e mal cheiro. Depois, é só esvaziar a Weasy Bag e despejar um pouco de água ou abrir a torneira para manter o banheiro limpo e com o mínimo esforço, eliminando o contato manual com os resíduos e mantendo o ambiente livre de jornais ou tapetes sujos.

Disponível nos tamanhos grande, médio e pequeno, o

Weasy Cão pode vir ainda com a Parede Hidrante, ideal para os peludinhos que levantam a patinha ao urinar.

Além dos banheiros, a Weasy oferece bebedouros, arranhadores, produtos de limpeza, balm, acessórios e a linha Weasy Food de comida de verdade, feita com cortes frescos, legumes e cereais para cães e gatos .

Os produtos da Weasy podem ser encontrados no varejo, em redes especializadas ou no e-commerce

www.weasy.com.br

Dr. Belarmino

Advogado formado pela Universidade São Judas Tadeu, com pósgraduação em Direito Penal e Processual Penal pela EBRADI. Pós-graduando em Compliance pela PUC-RS. Membro permanente da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da OAB Itapecerica da Serra, com atuação voltada à promoção da equidade, dos direitos humanos e da inclusão. Atua com foco em Direito Penal, integridade corporativa e responsabilidade social.

Direitos conquistados

Apesar de o Brasil ter diversos problemas sociais, é incontestável que nosso país teve avanços essenciais no reconhecimento de direitos para a população LGBTQIAPN+, mesmo que tenham sido reconhecidos pelo Poder Judiciário e não pelo Legislativo, este o responsável por elaborar as leis.

O Supremo Tribunal Federal tem desempenhado um papel fundamental nesta luta, já que foi por meio de diversos julgamentos que direitos foram assegurados à minoria LGBTQIAPN+, como por exemplo: a ADPF 134 julgada em 2011 pelo Tribunal. Nesta, reconheceu a união estável por pessoas do mesmo sexo, que foi crucial para a possibilidade do casamento dada pela resolução 175 de 2013 do Conselho Nacional de Justiça, inclusive, não só reconhece o casamento homoafetivo, como proíbe qualquer juiz de se negar a celebrá-lo por motivos pessoais ou ideológicos.

Para as pessoas transgênero, a ADI 4275, julgada em 2018 pelo STF, trouxe um avanço histórico ao garantir a mudança do nome nos registros civis sem a necessidade de cirurgias, laudos médicos e decisões judiciais. Essa decisão assegura uma das maiores expressões da dignidade humana: o direito ao próprio nome, proibindo qualquer menção em documentos públicos que identifique de que se trata de uma pessoa trans, para que não se tenha distinção na sociedade.

O Poder Legislativo tem se mostrado omisso em relação a essa pauta. No entanto, temos um Poder Judiciário atuante, especialmente a nossa Suprema Corte, cujo principal objetivo é proteger a Constituição da República de 1988. Os Ministros do STF têm o dever de zelar pelo artigo 5°, que afirma: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza […]”, portanto, somente este trecho prova de que o STF não cria leis, mas cumpre com maestria o seu papel de guardião da Constituição.

À população LGBTQIAPN+ deixo a mensagem de esperança: apenas 17% dos países, segundo o ILGA, reconhecem o casamento homoafetivo e o Brasil faz parte deste seleto grupo, ou seja, apesar de parecer que tudo está perdido, não está, já que nosso País, mesmo que lentamente, caminha para dar dignidade para nós que fazemos parte da sigla. Por isso, não hesite em denunciar qualquer desrespeito aos direitos reconhecidos e sempre que possível, procure um advogado para auxiliar.

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