Unidade Didática 03

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3 Literatura é uma linguagem

Foletto/Agência O Globo

Angeles tornou-se

Rota 66, c.1998, a lendária estrada norte-americana que ligaChicagoa Los símbolo de aventura e liberdade.

OBjETIVOs

Ao final do estudo deste capítulo, você deverá ser capaz de:

1. Entender o que é a plurissignificação e como ela se manifesta no texto literário.

2. Explicar como diferentes recursos linguísticos participam da construção do sentido do texto literário.

Unidade Didática
Márcia
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Inventar mundos, despertar nossas lembranças, desencadear sensações, compartilhar emoções, provocar nossa reflexão sobre os mais diferentes aspectos da existência: como a linguagem literária, nos sentidos que produz, adquire esse poder? É para refletir sobre isso que convidamos você a entrar neste capítulo.

Leitura da imagem

1. Observe a fotografia.

⯈ Faça uma breve descrição dos elementos presentes na imagem.

2. A posição em que a foto foi tirada chama a nossa atenção para o quê?. Que efeito o fotógrafo pode ter pretendido desencadear no espectador ao optar por essa tomada?

3. Leia uma declaração do fotógrafo suíço Robert Frank.

Quando as pessoas olham as minhas fotos,euqueroqueelassesintamcomoquando desejam reler um verso de um poema.

⯈ Observe mais uma vez a foto da abertura. Se ela fosse vista como um “versodeumpoema”,sobreoquefalariaesseverso?

Da imagem para o texto

4. Vamos ver como a literatura explora possibilidades da linguagem. Leia dois trechos de Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus.

Trecho1

Eu dirigi para a rua Asdrubal Nascimento. Eu não sei andar a noite. A fusão das luzes desviam-me do roteiro. Preciso ir perguntando. Eu gosto da noite só para contemplar as estrelas sintilantes, ler e escrever.Durante a noite há mais silencio. Cheguei na rua Asdrubal Nascimento, o guarda mandou-me esperar. Eu contemplava as crianças. O José Carlos estava chorando. Quando ouviu a minha voz ficou alegre. Percebi o seu contentamento. Olhou-me. E foi o olhar mais terno que eu já recebi até hoje. ...As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos excrementos que mescla com o barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo [...]”

A fotografia como linguagem

Comoemoutraslinguagens, diferentes sentidos podem serconstruídospor meiodafotografia.Eladispõe deelementos(cor,luz,foco, ângulo,etc.)cujaexploraçãoé responsávelpelosefeitosque provocaránoespectador.

Trecho 2

[...] “Quem deve dirigir é quem tem capacidade. Quem tem dó e amisade ao povo. Quem governa o nosso país é quem tem dinheiro, quem não sabe o que é fome, a dor, e a aflição do pobre. Se a maioria revoltar-se, o que pode fazer a minoria? Eu estou ao lado do pobre, que é o braço.Braço desnutrido. Precisamos livrar o paiz dos políticos açambarcadores.

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JESUS, Carolina Maria de. Quarto de Despejo: diário de uma favelada (Fragmento).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Pureza éumamulher preta que vence obstáculos para salvar o própriofilhodasgarrasde uma organização criminosa. Repleto de cenas poéticas e emocionantes, o fime retrata uma história baseada em fatos reais, tal como faz Carolina. Que outros paralelos você destaca entre a história de vida de PurezaedeCarolina?

a) Que elementos, presentes no trecho 1, asseguram ao leitor que Carolinaestavaem localdiferentedoprópioambiente?

b) No texto, quais as passagens que revelam o desprezo de Carolina pelolugarondevive?

5. No trecho a seguir, explique de que maneira a pontuação contribui para dar ao leitor a visão dos acontecimentos narrados.

“Cheguei narua Asdrubal Nascimento, o guardamandou-me esperar. Eu contemplava as crianças.O JoséCarlos estavachorando.Percebi o seu contentamento [...] ...As oito emeia da noite da estava nafavela [...]”

6. Logo no ínicio do trecho 2, Carolina fala sobre os governantes da época dela. O que ela argumenta?

7. Identifique, no trecho 2, uma passagem que permite associar a força do do pobre na sociedade .

⯈ Explique qualarevoltadeCarolina

8. Como Carolina resume sua visão sobre as causas da fome?

A linguagem da literatura

Aessênciadaarteliteráriaestánapalavra.Usadaporescritoresepoetas em todo o seu potencial significativo e sonoro, a palavra estabelece uma interessante relação entre um autor e seus leitores/ouvintes. “Tenho a impressão que sou um objeto fora de uso”, afirma Carolina Para compreender a imagem criada pela personagem, nós precisamos entender as comparações que a construíram. Sabemos que Carolina e os filhosmoramnafavela, diferente dos centros urbanos mais prestigiados.Com essas informações, procuramos reconstruir o sentido da comparação implícita que está na base da imagem criada: viver na favela é como estar num quarto de despejo, de restos.

Em seguida, Carolina diz estar ao lado do pobre, “ que é o braço” do país Reconstituídaacomparaçãooriginal,podemosinterpretarqueo povo pobre e trabalhador vive na miséria

No texto de Carolina, palavras como quarto de despejo e braço desnutrido foram usadas em sentido conotativo.

O trabalho com o sentido conotativo ou figurado é uma característica essencial da linguagem literária. Quando a literatura explora a conotação, como no texto de Carolina, estabelece-se uma interessante relação entre leitor e texto. Ao ler um romance ou um poema ou ao ouvir uma história, o leitor/ouvinte precisa reconhecer o significado das palavras e reconnstruir os mundos ficcionais que elas descrevem. O leitor/ouvinte desempenha, portanto, um papel ativo, já que também cria, em sua imaginação, mundos ficcionais correspondentes àqueles propostos nos textos ou vive, na fantasia, experiências semelhantes às descritas

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proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução
De olho no filme

Quandoaspalavrasassumemnotextoliteráriodiferentessignificados, dizemosqueocorreumprocessode plurissignificação

O poder de explorar sentidos

Como vimos, o uso literário das palavras promove a multiplicação dos sentidos e, assim, permite que o texto sofra diferentes leituras e interpretações. O uso conotativo da linguagem faz com que as palavras, ao aparecerem em contextos inesperados ou imprevisíveis, ganhem novos significados e produzam interessantes efeitos de sentido.

Observe este trecho do poema “Profundamente”, de Manuel Bandeira.

O Bicho

Vi ontem um bicho

Na imundície do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Deolhona imagem

Além do objeto

A foto mostra uma escadaemcaracol,masvai alémdarepresentaçãoobjetivade um objeto: que ideias e sensações a imagem sugere?. Você diria que esta foto é um texto denotativo ou conotativo?

Escada em espiral em abadiaem Melk, Áustria.

Eu lírico: a voz do poema

Eu lírico, ou eu poético, é a voz que fala em um poema, não se confundindocomavozdoautor.Um autorpodeserhomem,porexemplo,e escrever com a voz de uma mulher. O eu lírico pode, no entanto, aproximarse por vezes da voz do autor, ao revelar certas confissões e experiências pessoais, entre outras possibilidades

BANDEIRA, Manuel. AnŁologia poéŁica Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p. 81. (Fragmento).

© dos textos de Manuel Bandeira, do Condomínio dos proprietários dos direitos intelectuais de Manuel Bandeira. (In: AnŁologia poéŁica publicado pela Ed. Nova Fronteira). Direitos cedidos por Solombra Agência Literária. (solombra@solombra.org).

9. Na apresentação da cena inicial, o eu-lírico se debruça sobre o cotidiano e o utiliza cenasdodiaadiacomomaterialpoético

a. Que acontecimento está sendo registrado?_______________________________________________

b. A segunda estrofe não aborda mais propriamente o bicho, mas a sua atitude naquela situação específica. Qual o comportamento do bicho e que palavras do texto reforçam esse sentido?

c. No último terceto, o eu-lirico tenta adivinhar o bicho mencionado. È possível afirmar que os animais citados foram representados figurativamente?

4 Tome
nota
....................................................

PICASSO, P. Vaso com flores. s.d. Guache sobre papel. Nesta obra, a beleza se revela em um objeto bastante cotidiano, representado com economia de cores e traços. É uma prova de que o belo pode mesmo estar nas coisas mais simples.

verbo

Recursos da linguagem literária: o poder das imagens

Opoderdesugestãoeevocaçãodotextoliteráriodependedacapacidade deoescritorescolheraspalavrascapazesde“desenhar”,paraseusleitores, uma série de imagens. Por meio do reconhecimento e da reelaboração dessas imagens, o leitor constrói, na sua imaginação, uma representação dos mundos ficcionais apresentados nos textos.

d. No caso do poema O bicho, que imagem intrigante é criada no último verso do texto?

e. Qual a relação dessa imagem construída com que Carolina MariadeJesusnarraemseu diário?

21 e 23 de maio

Não tinha gordura. Puis a carne no fogo com uns tomates que eu cateilã na Fabrica Peixe. Puis o cará e a batata. E agua. Assim que ferveu eu puis macarrão que os meninos cataram no lixo. Os favelados aos poucos estão convencendo-se que para viver precisam imitar os corvos. Eu não vejo eficiência no Serviço Social cm relação ao favelado. [..] Amanhã não vou ter pão. Vou cozinhar a batata doce. Antigamente era a macarronada o prato mais caro. Agora é o arroz efeijão que suplanta a macarronada. São os novos ricos. Passou para o lado dos fidalgos. Até vocês, feijão e arroz, nos abandona! Vocês que eram os amigos dos marginais, dos favelados, dos indigentes. Vejam só. Até o feijão nos esqueceu. Não está ao alcance dos infelizes que estão no quarto de despejo. Quem não nos despresou foi o fubá. Mas as crianças não gostam de fubá.

Jesus, Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo: diário de uma favela (Fragmento).

11 No texto, as cenas descritas por Carolina “alimentam” nossa imaginação e nos transportam para dentro do mundo ficcional construído pelo texto.

a. Que acontecimentos são registrados? Identifique os verbos que expressam as atividades concretas mencionadas no texto.

b. Além dos acontecimentos narrados, o diário pessoal também permite tecer comentários. Identifique alguns comentarios e explique qual a função deles no texto.

c. Que verbos são utilizados para construir a percepção de Carolina?

Metáforas:associação de coisas inusitadas

As metáforas são um importante recurso do texto literário. Em grego, o termo meŁaphorá significa mudança, transposição. Na origem das metáforas, portanto, existe um processo de substituição: aproximam-se dois elementos que, em um contexto específico, guardam alguma relação de semelhança, transferindo-se,paraumdeles,caracte-rísticasdooutro.

A fala de Carolina abaixo ilustra como o poder da linguagem de promover aproximações e explicitar semelhanças torna possível expressar os sentimentos mais complexos.

“Eu classifico São Paulo assim: O Palacio, é a sala de visita. A Prefeitura é a sala de jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o onde jogam os lixos”

Madrigal

Meuamorésimples,Dora,

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doro s

12. No fragmento lido, Carolina faz diferentes associações inusitadas.

a. Que vocábulos têm seus sentidos aproximados e o que essa metáfora revela sobre a do lugar onde Carolina vive?

b. Qual a função dessa forma de dizer metáforica empregada tanto por Carolina quanto peloe eu lírico do poema O Bicho ?

O efeito das comparações na construção do sentido do poema é claro. Sãoelasquenosajudamae.

• Metonímia: empréstimos de significados

Um outro recurso linguístico que explora as possibilidades criativas da linguagem são as metonímias.

Em grego, o termo metoníma significa mudança de nome. Na base, é utilizada para substituir um termo por outro, “emprestando” o seu sentido. Por isso, a substituição normalmente é feita entre termos que compartilham características e que estejam relacionados de alguma forma, de modo que o sentido entre eles fique claro"

Dito assim, parece complicado, mas não é. Observe os seguintes recorte do livro de Carolina:

Novembro

Comecei sentirfome. E quem estácom fome não dorme. Quando Jesus dissepara as mulheres de Jerusalem: “Não Chores por mim. Chorae por vós” suas palavras profetisava o inverno do Senhor Juscelino. Penado de agruras para o povo brasileiro. Penado que o pobre há decomer o que encontrar no lixo ou então dormir com fome.

Jesus, Carolina Maria Quarto de Despejo: diário de uma favelada: fragmentos

13 No texto acima, a narradora substitui algumas palavras por outro de modo que o termo substituído apresenta uma relação de vizinhança, seja do ponto de vista do conceito, seja da matéria, seja do sentido. Indiqueosignificadoexpressopelaspalavras:

a. inverno:

b povo brasileiro

c. palavras

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As questões de 1 a 4 referem-se ao texto 1.

Fome ainda atinge 8,6 milhões no Brasil. Patamar recua em 5 anos, mas é maior do que há uma década

No trecho a seguir, extraído do de O Globo, lemos a dibulgação dos dados acerca de uma pesquisa sobre a fome.

A fome recuou em cinco anos, mas ainda está acima do patamar de 2013, dez anos antes. A insegurança alimentar era realidade em 27,6% dos lares no país em 2023, onde 64 milhões de brasileiros não tinham pleno acesso a alimentos para suprir suas necessidades. Em 4,1% desses domicílios, cerca de 8,6 milhões de pessoas (incluindo crianças), essa privação era grave - ou seja, são famílias que convivem com ofantasma dafome.

O percentual de lares sob insegurança alimentar é menor do que o observado em 2017 e 2018 (36,7%), quando o país sentiu os efeitos da recessão, mas é maior que há umadécada (22,6%).

É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE, cujos dados sobre segurança alimentar no país foram divulgados nestaquinta-feira.

O percentual de lares sob algum grau de insegurança alimentar caiu para 27,6% em 2023 após alcançar 36,7%, maior patamar já registrado, em 2017 e 2018. Ainda assim, os números revelam que o país retrocedeu no horizonte de dez anos. Há mais lares sem quantidade e qualidade adequada de alimentos do quesevia em 2013 (22,6%).

Cerca de 5,3% dos lares, onde residiam 11,9 milhões de brasileiros, enfrentava insegurança alimentar moderada em 2023 - um recuo frente 2017-2018 (8,1%), mas ainda acimade 2013 (4,6%).

O acesso à comida era ainda pior para os 8,6 milhões de brasileiros que moravam, no ano passado, em lares (4,1%) cuja a insegurança alimentar era grave - ou seja, que enfrentava redução de quantidade e qualidade dos alimentos entre todos moradores, incluindo as crianças.

Significa dizer que estas famílias podem ter passado por episódios de fome, como ficar um dia inteiro sem comer, dentro de um período de três meses de pesquisa.

As regiões Norte e Nordeste registraram os maiores percentuais de lares com redução de quantidade e qualidade de alimentos ou risco de fome: 7,7% e 6,2%, respectivamente. No Centro-Oeste e Sudeste, percentuais foram de 3,6% 2,9%, em ordem. Na outra ponta, apenas 2% dos lares na região Sul estavam sob insegurança alimentar moderada ou grave no ano passado.

A pesquisa foi elaborada com base na metodologia adotada na Pnad de 2004, 2009 e 2013 e na Pesquisa de Orçamentos Familiares dos anos de 2017-2018. O levantamento classifica as unidades domiciliares segundo os graus atribuídos pela Escala de InsegurançaAlimentar brasileira.

Expansão dos programas sociais ajudou a reduzir a fome

A expansão de programas sociais, incluindo Bolsa Família, é um dos fatores que pode ter ajudado a reduzir o nível de insegurança alimentar no país em 2023, frente os níveis de 2017 e 2018, explica André Martins, analista do IBGE.

Tivemos investimentos em programas sociais e programas de alimentação, e isso se reflete nos números. Estes instrumentos respondem bem a este tipo de intervenção. (...) A recuperação da renda e do trabalho também se refletem na segurança alimentar.

A queda nos preços dos alimentos em 2023 também pode ter concedido algum alívio às famílias naquele ano, já que o custo associado à renda disponível influencia diretamente no acesso a alimentos. Ainda assim, os produtos alimentícios continuam mais caros do que em 2018.

Nalin, Carolina. O Globo. Rio de Janeiro, Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/04/25/fome-ainda-atinge86-milhoes-no-brasil-patamar-recua-em-5-anos-mas-e-maior-do-que-hauma-decada.ghtml Acesso em 28 abr. 20234.

texto para análise
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Texto 1

1. Todos os textos explorados nesta Unidade Didática textos lidos fazem referência à fome. Identifique as informações referentes a esse problema social abordados no texto 2.

⯈ De que maneira são apresentadas tais informações?Explique.

2. Com base na leitura do texto 1, porque o livro Quarto de Despejo: diário de uma favelada se mostraatemporal?

3. Elabore um quadro comparando os texto 1 com as obras Quarto de Despejo e o poema O Bicho. Para tanto, utilize os seguintes critérios como base:

• Perspectiva: objetiva, subjetiva.

• Função: estética, utilitária.

• Linguagem: predominantemente denotativa, predominantemente conotativa.

⯈ Com base na comparação que você fez, classifique cada texto em literário ou não literário. Nomomentodeanalisarostextos,considereo contexto de produção e de circulação de cada umdeles.

POEMA

Neste capítulo, você viu como a fotografia é uma linguagem que, além de registrar elementos da realidade, expressa emoções, sugere sentimentos, leva quem a observa a explorar outros sentidos daquilo queelaregistra.Viutambémquealinguagemliteráriafazusodeoutros recursos para alcançar objetivos semelhantes.

Nesta unidade, você vai produzir um poema a partir de uma fotografia inspiradora tirada da sua própria cidade. O aspecto fundamental dessa atividade é porpor a escrita de um texto que aborde uma questão social que você gostaria de explorar poeticamente

Popularmente existe uma crença limitada de que o poema envolve obrigatoriamente rimas e expressões complicadas de entender. A intenção não é essa, mas apenas que voce pratique a escrita literária. Podem seguir esas orientações a seguir:

⯈ não há uma forma obrigatória para o seu poema: você pode utilizarrimas,versoseestrofesregularesou podeoptarporumaforma totalmentlivre;

⯈ Aextensãodopoematambémnãoédeterminada. Seémais longooumaiscurto,ficaaseucritério. Oimportanteéqueele transmitaoquevocêdesejatransmitir

➢ Caso opte por rimas, eviteclichês, como coração/paixão; amor/ dor.Tenteexploraralinguagemdemodoinusutado.

➢ Seu poema não precisa ter tom solene ou linguagemrebuscada. Se preferir, ele pode uma linguagem mais descontraída e expressõesdalinguageminformal.

➢ Recorraàsfigurasdelinguagem naelaboraçãodopoema.

Nós na prática
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2 • Literatura é uma linguagem Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Capítulo

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