Wieglaf 2

Page 1



<Wieglaf> -- Milady me traz grande honra. Não há palavras que possam expressar minha gratidão... *Dizia em tom surpreso e singelo e então erguia suas mãos em direção á vestimenta, sentia seu tecido, era mesmo um artefato bastante valioso e belo, podia ver só pelo toque, áspero, frágil e ainda assim resistente, mas o mais importante: flexível, aquela armadura não iria atrapalhar sua dança, estava feliz por Aileen ter antecipado isso tudo. Ele sorria para a mesma com grande satisfação, sem saber o que falar ou fazer em seguida. Ele olhou então para o garoto e com uma piscadela sussurrou:* - Bom trabalho. <Narradora>Wieglaf recebeu o corselete de couro de enguia, entregue apenas aqueles que honram e protegem os dogmas e os juramentos dos Massey. Após a celebração, todos voltaram aos seus postos e na tarde do mesmo dia houve o julgamento de Ryan Massey, tio de Aileen e o veredicto foi o já esperado. Condenado por usurpar a herança das terras, visto que a dinastia do redemoinho não difere entre descendentes homens ou mulheres, sob as antigas leis de Rhoyne. Acusado de tentativa de assassinato, traição as leis antigas, usurpar o poder da área costeira real e por traição da aliança entre as famílias de Ândalos, Ryan Massey foi morto por decaptação, na praça do redemoinho, frente a fortaleza. Sua esposa, Mareia de Myr, foi considerada livre de toda a pena imposta por seu marido, mas os cargos de seus filhos foram retirados e todos foram exilados para as terras de Essos, dado a eles uma embarcação própria, marinheiros e criados suficiente para que pudessem se instalar em uma cidade, bem como ouro pertencente a sua Tia. Aileen agora era soberana da Costa Real, sob vigilância de Stannis Baratheon e Lord Monford Velaryon e durante um mês inteiro, Wieglaf treinou para entender o funcionamento militar daquela região. A marinha, agora sob supervisão do filho de Lord Toras Lanrien, Loss Lanrien, exigia a presença de Wieglaf Maelstrom, já com seu novo nome aceito, apenas aguardando a confecção de seu novo brasão.Um aprendizado das extensões territoriais e da repetição que teve antes com o Lord que lhe fez guardião. Wieglaf foi conquistando aos poucos o respeito dos homens, embora fosse muito mais jovem. Alguns já cogitavam a ideia de Stannis o convocar para a guarda pessoal, embora soubessem que Aileen detia seus votos e isso valia mais do que a coroa sobre a cabeça de Robert. Os espiões Baratheon acabaram permanecendo em Sharp Point, com posições simples de soldados e Meistre. Embora isso incomodasse Wieglaf, Aileen tentava manter o tratado de forma a ganhar tempo para novas estratégias. Ao final do Mês, seria a vez de Wieglaf retornar a Stonedance, para resolver a situação da guarda na fortaleza. Aileen estava preocupada pela instabilidade do local, visto que agora outras famílias se achavam no direito de tomar posse da cidade. Para antecipar maiores conflitos, Wieglaf iria rumar ao lado de Loss Lanrien, o mais depressa possível. Então, durante o entardecer, antes da partida, havia tempo para ele falar com sua senhora, a filha do redemoinho, algumas palavras antes de partir. Ali, no salão do redemoinho, a luz fraca das velas e do sol poente, Aileen estava sentada no trono e esperava que Wieglaf tivesse mais confiança como líder, diferente de algum tempo atrás...


<Wieglaf> *Aquele mês foi bastante rápido, e bastante trabalhoso. Tudo aconteceu muito rápido, numa manhã estavam celebrando e á tarde Wieglaf presenciava o julgamento de Ryan Massey, o homem que havia tentado assassinar Leen, seu tio. Era uma cena triste, o garoto se perguntava se teria a coragem de fazer aquilo com alguém de sua própria família, seu próprio sangue... Se bem que não havia mais ninguém, não que ele conhecesse pessoalmente, não que soubesse que ele existia. Aquela era sua família agora. Pelo menos ela foi bastante generosa com sua tia e seus primos, se perguntava se eles não poderiam tentar uma vingança posteriormente, mas era sua função protegê-la, mesmo que fosse de suas decisões erradas. Por alguns instantes ele teve vontade de embarcar naquele navio para Essos, fugir de Stannis, fugir de Aileen, fugir dos Baratheon e dos Clegane, fugir do passado. Talvez procurar seu pai no mar verde... Mas ele sabia que aquilo era apenas uma loucura, ele tinha uma coisa boa ali, pessoas que se importavam com ele e com as quais se importava, títulos, inimigos visíveis... O próximo mês iria passar tentando aprender o máximo que podia e que precisava sobre o funcionamento militar - algo que não gostava muito - mas que fez com diligência e dever. A verdade é que quando o assunto era a marinha Wieglaf era mais confidente do que parecia, seus tempos como pescador o permitiram se familiarizar com toda a região, e não havia muitos mares a melhorar e aprofundar-se. O que ele mais odiava naquilo tudo era a sombra de Stannis sobre ele: Rumores sobre ser recrutado para a guarda do mesmo, a presença constante dos espiões e de Alendar. Obviamente ele sabia manter as aparências, até o convidava para jogar Crevasse nos fins de semana e beber alguma coisa, conhecer seu inimigo era o primeiro passo... Mas também era o que o consumia pouco-a-pouco as entranhas. Quando soube que voltaria para Stonedance, isso foi de certa forma um alívio para o mesmo, iria rever seus amigos, se tivesse sorte, e iria sair daquele ambiente opressor. Ele não sabia exatamente como iriam resolver os conflitos que se geravam lá, mas tentava demonstrar-se confidente para Aileen, e, ajoelhado perante a mesma, dizia:* -- Sor Wieglaf Maelstrom se apresentando. Partiremos em breve, milady, Stonedance voltará ao seu abraço, seja ao custo de lábia ou ao preço do sangue e ferro. *Dizia sempre educadamente, e sem olhar no rosto da mesma, embora com um tom incisivo e confidente* ** NPC: <Aileen Massey> -- Que seja uma viagem diplomática, Sor Wieglaf Maelstrom. Não deve haver motivos para a discórdia em Stonedance. Ela se levantou para se aproximar mais dele. -- Você está com Loss Lanrien e ele será um grande aliado para ajudá-lo a se manter firme. Por favor, confie nele. Ela assentiu com a cabeça, dando sinal de que ele poderia partir. -- Cuide bem de minha casa, Sor Wieglaf. <Wieglaf> "Assim você me mata de tédio, milady..." *Pensava com a expressão ainda neutra e singela no rosto, e então dizia:* -- Assim será feito, milady... Mas se me permite a pergunta, como pretende assegurar o controle de Stonedance? Não há mais ninguém carregando o nome Massey em vossa família, eu não vejo como a situação irá se manter assim que sairmos de lá mesmo que esta seja corrigida. *Dizia de modo levemente apreensivo, hesitante por já ter sido dispensado e ainda assim estar lá* "E lá se vai toda a sensação de segurança que você quis passar..." *Pensava tristemente*


** NPC: <Aileen Massey> -- Não posso mais confiar em meus primos e só temos eu e meu irmão bastardo em Stonedance, que também tem o sangue de meu pai. Ela diz, com convicção, ao passo que também carrega certo pesar na voz. -- Ele servirá a meus propósitos, pois é muito leal a mim e nossa doutrina, mas me preocupa a situação de lá, mais do que aqui. Os Errol (família) de Haystack Hall, agora com nossa aliança com Stannis, vão querer reivindicar o posto, visto que são mais numerosos e possuem uma aliança mais antiga. Caso conflitos sejam prováveis, avalie a melhor estratégia. Você terá pessoas capazes para ajudá-lo. Quando a Stannis Baratheon, eu mesma vou me entender com ele, não se preocupe. <Wieglaf> "Irmão bastardo? Isso é novidade... Por que ela não fala o nome dele? Oh bem... É melhor eu simplesmente confiar nela" *Pensava silenciosamente enquanto finalmente se levantava, e dizia:* -- Será feito... Mas não me peça para não me preocupar, milady, eu sempre irei me preocupar com vossa retaguarda, sempre estarei de prontidão. Sou o turbilhão que a protege, por favor não se esqueça disso. *Dito isso ele dava uma discreta piscadela para a mesma e então começava a se retirar, na direção de seu destino, na direção de Stonedance* "Nossa, que saudades de Nana, Jimmy, Alfred e Lea... Espero que tenha a oportunidade de revê-los..." *Pensava serenamente e de modo nostálgico, avançando* <Narradora>Wieglaf, então, tomou rumo para o cais, depois de se despedir de Lady Aileen, soberana do Redemoinho e logo Escudo náutico do Rei. Títulos eram comuns para encobrir acordos que pareciam beneficiar ambas as partas, mas na verdade eram espelhos que não refletiam o que deveriam, parecendo ser mais ferramentas para distorcer a realidade diante do povo das cidades, que pouco instruídos acreditavam que a prosperidades estava na quantidade de ostentações vindas de atos nobres. Após seguir a cavalo, acompanhado por Loss Lanrien, Wieglaf chegou no cais pouco tempo depois, e lá 3 navios o aguardavam. O Meistre responsável por entender do clima, sob o período do ano e estudos do mar, havia dado o aval para seguirem, não prevendo nenhuma complicação climática ou de carácter repentino de oscilação do mar. Confiantes, os homens foram tomando suas posições e dando início a viagem em Stonedance. Wieglaf iria ficar numa cabina nobre, mas logo que entrou não sentiu-se tão bem, pois ali estava Mirhor, com seu jeito furtivo entre os homens, sempre a espreita. Alendar havia ficado para possíveis acordos com o Lorde Baratheon e logo o destino iria revelar o peso das decisões tomadas em cada etapa da viagem à Driftmark. Ainda em devaneios, Wieglaf foi interrompido por Loss Lanrien, que questionara se estava tudo bem com ele. ** NPC: <Loss Lanrien> -- Não me parece bem, senhor... precisa de algo? Ele disse, preocupado com o jovem.


<Wieglaf> *O quarto que passava as noites era frio e rústico, aconchegante e cheio de livros e palavras e mapas e rotas marítimas... Mas mesmo há mais de três semanas aquele lugar não parecia sua casa, não conseguia se sentir confortável ali, seguro. Provavelmente nunca mais conseguiria, não enquanto a sombra de Stannis Baratheon monitorasse. Havia depositado suas esperanças de que se sentiria a vontade naquela embarcação, navios lhe eram familiares, acessíveis, agradáveis, havia aprendido a se acostumar com suas idas e voltas e com sua dança no mar... Essas esperanças foram rapidamente destruídas com a presença de Mirhor, e tudo que lhe restou foi um sabor amargo na boca, aquele não era o homem esperto, não iria ajudá-los em nada, era apenas olhos e ouvidos de Stannis. Ao ouvir as palavras de Loos Lanrien, o mesmo dizia, com um sorriso agradável:* -- Não é nada, apenas não estou acostumado com essas regalias ainda... Ás vezes sinto falta de um singelo barco de pesca e ter apenas a lua refletida no mar em todo o horizonte. *Ele então sorria, coçava a cabeça e dizia:* -- Mas por favor não me chame de senhor... Agora eu me sinto tão velho quanto a muralha. Você não parece mais velho que eu também... *Ele ria de modo discreto, pensando bem não conhecia Loss tanto quanto desejava, havia se focado tanto no inimigo que se esquecia de fortalecer as amizades* ** NPC: <Loss Lanrien> Ele sorri e diz, em seguida: -- Certo, Wieglaf... me desacostumei a ser mais velho que um dos Lordes... você fez muito mais por Aileen do que a maioria de nós... acabo me sentindo no direito de te considerar alguém de posto mais elevado. Ele olhou para a escotilha por um tempo e depois prosseguiu com a conversa. -- Nossa estadia será demorada em Stonedance, Wieglaf... E ele quase disse senhor, sorriu e continuou. -- Teremos de lidar com Alestar Massey, o irmão bastardo de Aileen. Apesar dele ser leal a ela, acho pouco provável que ele seja um bom regente. Sinto criar intrigas, mas... não confio nada em Mirhor... sinto muito... <Wieglaf> -- O que eu fiz por Aileen eu faria por qualquer amigo... Eu também precisava provar uma coisa para mim mesmo... *Dizia com um sorriso e um pouco de tristeza nos olhos, Rhaenys ainda era uma memória frequente no mesmo, e dolorosa. Preferia ter Aileen como uma amiga do que com uma senhora. Juramentos eram importantes, sim, mas não eram mais importantes que o laço* -- Não há por que pedir desculpas, você está certo em semear esse tipo de sentimento, senhor Loss... Esse é o jogo de tronos, não deve confiar totalmente em ninguém, nem em si mesmo... Mesmo quem age por boas intenções pode cometer erros e pode ser desatento na hora mais importante. Mas também é por isso que temos amigos, para nos complementar nesses momentos... E ainda assim eu estou lhe dizendo para não confiar totalmente neles... Confuso, não? *Dessa vez ele coçava a barba rala no queixo e dizia, agora em um tom bem mais baixo:* - Receio que sua confiança em Mirhor seja maior que a minha para com ele. Mas por enquanto é o que temos que fazer. Ás vezes é melhor manter os amigos próximos e os inimigos ainda mais próximos... *Dito isso, ele sorria de modo amarelo*


<Narradora>Depois de um simples "Compreendo Wieglaf", Loss se despediu, deixando o jovem com seus pensamentos. Não havia muito o que se fazer além de vistoriar as alas do barco, os remos, se o capitão conduzia bem e se os homens se mantinham ocupados seguindo suas ordens, caso fosse necessário. O depósito da embarcação estava conferido, com os suprimentos necessários para não deixar nenhuma defasagem quando chegassem à Stonedance e próximos, os outros navios seguiam o mesmo curso, sem sequer uma oscilação de distanciamento. Tudo estava calmo, como nos dias mais tranquilos de Wieglaf a beira mar. A chegada em quase um dia de navegação se deu bem rápida e logo que chegaram no cais, Wieglaf sentiu uma saudade avassaladora daquele casal simples que o acolheu como um filho. Lembrou-se também do jeito peculiar de Jimmy e, claro, de Nana e seus cabelos negros. Quando a prancha foi posta, o carregamento foi sendo descido pouco a pouco sendo conduzido ordenadamente na direção da fortaleza. Havia uma pequena comitiva posta na enseada e Loss apontou o homem, que não deveria ter mais de 18 anos, assim como ele, dizendo que aquele era o irmão de Aileen e que Wieglaf deveria se apresentar, imediatamente, a ele. Loss também estaria com o jovem no percurso, também para assegurar legitimidade as suas palavras. O sol ainda não havia se posto e a tarde alaranjada cobria a costa de Stonedance... <Wieglaf> *Pisar naquelas areias novamente fazia o coração de Wieglaf acelerar... Aquele lugar se parecia muito mais com sua casa do que de onde havia vindo, e ainda assim sabia que havia deixado aquela vida para trás... Mas que custo teria revê-los outra vez? O garoto estava com pensamentos conflitantes naquele aspecto. Ele respirava fundo e decidia pensar isso calmamente quando soubesse a situação exata de Stonedance, ou suas memórias boas poderiam ser usadas contra ele. Por hora se limitava a suas tarefas e atribuições. Seguia de modo simplório e levemente elegante até Alestar Massey, um nome que pressentia que lhe traria problemas, e fazia uma reverência digna do status deste* -- Boa tarde, Lorde Massey, sou Wieglaf... *Ele parecia se esquecer de alguma coisa e só depois de um olhar estranho de Loss, coçava a cabeça e dizia:* -- Sor Wieglaf Maelstrom. <Narradora>Lorde Alestar Massey pouco se curvou para Wieglaf e Loss, demonstrando um ar de superioridade ali, sobre seu cavalo. Imediatamente, ele ordenou que seus homens lhe entregassem dois animais para cavalgarem para a fortaleza, mas Loss recusou, diplomaticamente, dizendo que haviam trazido os próprios. Wieglaf conseguiu notar, muito vagamente um crispar de lábios do irmão bastardo de Aileen e quando ele tentou imaginar o porque notou a direção dos olhares em seu raro corselete. Estava começando a entender as palavras da filha do redemoinho. Assim que as apresentações terminaram, Alestar Massey partiu com a comitiva para a fortaleza, dizendo esperar pela chegada das tropas o quanto antes. Loss não disse nada na volta até o barco, mas Wieglaf entendeu que se quisesse dizer algo ou saber de algo, aquele era o momento.


<Wieglaf> *Notava a oportunidade de interagir com o cavaleiro que sabia que poderia confiar e o fazia, sempre de modo discreto:* - Você viu nos olhos dele? *Dizia em um tom baixo para Loss, garantindo-se de que haveria apenas um ouvinte* -Eu consigo entender o porque... Bastardos sempre estão tentando provar o seu valor e falhando nisso, mas Alestar conseguiu o que muitos bastardos jamais sonhariam conseguir... Ser legitimado por um rei. Talvez ele ache que estamos aqui para roubar sua glória ou algo assim... *Dizia e então abanava os ombros e esperava a resposta de Loss* ** NPC: <Loss Lanrien> Analisou as palavras de Wieglaf por um momento e então respondeu, no mesmo tom do jovem: - Isso é verdade. Mas Alestar sempre foi repudiado pelos primos de Aileen e não me admira ele ter repulsa da família. Porém, nós somos guardiões da filha do redemoinho e pouco importa o que ele acha ou deixa de achar de nós. Vamos cumprir com nosso dever e levar os exércitos para a fortaleza, bem como os suprimentos. Espero que não haja nenhuma implicância, ou a descendência dos Massey acabará diminuída mais ainda. Loss não costumava a ser tão sério, mas dessa vez parecia bem decidido e intolerante, demonstrando claramente o desgosto de ser tão mal recepcionado na enseada. <Wieglaf> - Não deveria se preocupar tanto, sor Loss Lanrien... Existem leis de hospitalidade em Westeros, uma tradição milenar... Assim como lendas sobre o que acontece com quem as quebra. *Ele sorria* -- Sim, vamos fazer nosso dever... Que infelizmente não incluem ferro nem sangue. *Dizia em um tom singelo, e voltava a seus afazeres* <Narradora>O trabalho foi sendo executado conforme o designado por Aileen e depois de seguir a trilha da enseada até a fortaleza, os homens foram recepcionados pela guarda da fortaleza e Wieglaf pareceu voltar no tempo ao ver novamente aqueles estandartes, lembrando-se do dia em que fez o juramento. Era um sentimento único, que não seria erradicado nem que ele fosse morto naquele momento e estar ao lado de Loss Lanrien reviveu ainda mais aquelas lembranças. Já era noite quando chegaram e muitas tochas estavam acesas na ala baixa da fortificação sobre o despenhadeiro. Aquele lugar era quase sagrado para a família de Aileen e agora estava prestes a ser palco de jogos políticos de posses por hegemonia de sangue. Guardas estavam perfilados para recebê-los e o capitão da guarda de Stonedance, nomeado após a morte de Sor Toras, passou a flâmula de três cores para Wieglaf, fazendo breve reverência aos dois guardiões. Sor Ivan Waters era um exímio esgrimista, pelo que Loss contou no caminho até a fortaleza e sempre fora leal a seu pai. Esperava que as antigas alianças não estivessem sido rompidas durante o tempo em que ficaram em Sharp Point... Depois da recepção, Lord Alestar Massey saudou os guardiões com um banquete nos salões da ala alta, estando somente os três e mais uma mulher, que os dois julgaram ser a esposa do bastardo. Karlianna de Myr se apresentou aos dois, sendo uma jovem de 17 anos de voz doce e plácida, de corpo modesto mas com rosto bem afeiçoado. Sem grandes marcas expressivas, típicas de Essos. Além deles e do imenso hall com oito colunas e teto abobadado, com um enorme estandarte dos Massey sobre a mesa, a luz de velas e a distância de pelo menos 10 metros do guarda mais próximo, Alestar pediu para que eles se servissem do que havia de bom e do melhor ali na grande mesa, onde as principais opções, como de costume, eram frutos do mar e saladas, com sucos e vinho. Durante a refeição, Alestar rompeu o silêncio e começou a conversa.


** NPC: <Alestar Massey> -- Me digam, guardiões... E ele fez um breve reverência com sua taça de vinho. -- O que tanto minha irmã teme em Stonedance? Seria possível que me respondessem? E ele bebe um pouco do vinho, olhando de um para outro. <Wieglaf> *Wieglaf seguia o caminho de prontidão e de modo analítico. Sentia que havia inimigos em todos os lados, tanto nas suas fileiras quanto nas fileiras daqueles que serviam ao bastardo, era um sentimento opressor e amargo, mas também o deixava mais alerta. Por sorte aquele lugar tinha o cheiro e o aspecto de sua casa, mesmo que tivesse passado apenas algumas semanas ali, com Sor Toras e com Leen, foi tempo suficiente para permitir aquele sentimento. Se perguntava por que só agora conhecia o bastardo, mas sentia que Aileen tinha suas razões, as diria quando quisesse. Ele recebia a flâmula com grande respeito nos olhos em relação ao espadachim, sentia o mesmo devia estar decepcionado em entregá-la para dois garotos, mas ele não tinha outra opção além de entregá-la e Wieglaf não tinha outra opção além de recebê-la... Eram aqueles pequenos gestos de demonstração de superioridade que Wieglaf menos gostava sobre ser um nobre. O banquete á sua frente trouxe péssimas lembranças de um banquete extremamente desagradável que havia tido não há mais de um mês. Ainda assim ele mantinha as aparências, e se arriscava a comer um fruto do mar ou dois, e uma taça de vinho... Não tinha fome, ao olhar pra um assento vazio ele via Stannis, ameaçando matá-lo se falasse mais uma palavra... Nunca havia tido tanto ódio e um medo do qual tanto se envergonhava como havia tido naquela refeição... Era um passado que não o abandonava, assim como Rhaenys, a única lamentação era o fato de que Stannis não era apenas um fantasma. Mas ele tentava dissipá-los ainda assim, e ficar alerta para não cometer os mesmos erros do passado. Quando ouvia a voz de Alestar Massey, fitava Loss e notava que ele não parecia querer tomar a voz, dizia então:* -- Vossa irmã teme por seu amado irmão, meu Lorde. Depois das últimas mudanças, ela ainda não tem certeza sobre a lealdade daqueles que a servem. *Ele então notava que havia sido ambíguo desnecessariamente, e complementava:* -- Ela quer garantir vossa estabilidade, meu Lorde. ** NPC: <Loss Lanrien> -- Lorde Wieglaf Maelstrom colocou muito bem as palavras, meu Lorde. Lady Aileen, filha do redemoinho só está se precavendo contra qualquer mal que possa vir a assolar as terras de sua família. Wieglaf não precisou se esforçar muito para ver que as palavras "Terras" e "Família" não causavam um impacto bom aos olhos de Alestar e o jantar prosseguiu com um breve silêncio, até que a jovem, esposa do lorde da cidade, falou aos dois: ** NPC: <Karlianna de Myr> -- Lady Aileen sempre foi muito generosa para com sua família... mas me parece que houveram grandes desentendimentos depois da partida para Driftmark. E ela deixou as palavras escoarem nas taças de cristais finos da mesa para então prosseguir. -- Sangue da família foi derramado em Sharp Point e, caso não tire o apetite dos senhores, meu Lorde e eu gostaríamos de saber o motivo da morte de Ryan Massey e do exílio de sua família para Pentos... meus lordes. E ela fez reverência para eles, demonstrando mais educação do que Alestar.


<Wieglaf> "Ótimo, Loss, deixe todos os pepinos para Wieglaf, ele tem origens humildes, serve para essas coisas..." *Pensava se perguntando o que Loss realmente sabia sobre ele e o que apenas especulava. Ao notar que os olhos novamente voltavam para ele, e o quanto odiava aquilo, ele dizia, tentando esconder o seu desgosto:* -- É um assunto desagradável, minha senhora... *Dizia em tom de respeito* -- Mas eu acredito que não possamos adicionar muito nesse assunto. O acordo que Stannis Baratheon impôs sobre milady Aileen era severo... Severo demais para Lorde Ryan Massey. Ele escolheu o caminho mais fácil, escolheu sacrificar o seu sangue. Os sete não gostaram disso, esse foi o resultado de seu julgamento... *Ele falava aquelas coisas da boca para fora... No fundo ele só sabia que existia apenas um deus... A morte. Ryan Massey havia falhado em rir para ela e em dizer para ela "hoje não". Ele também queria estudar a reação de Karlianna, talvez ela fosse uma sacerdotisa vermelha ou devota de outro deus, era do seu interesse descobrir* ** NPC: <Alestar Massey> Após analisar friamente as palavras de Wieglaf, ele ponderou por um momento, tocando a mão de sua esposa, que fez uma reverência em tom sentimental, demonstrando o pesar por aquilo ter acontecido. Depois da troca de afeto entre os dois, Alestar falou: -- Estão sobre a proteção dos Massey nessa fortaleza e serão mantidas todas as honrarias a vós atribuídas. Quero que minha irmã seja comunicada de que estão em segurança e mantendo o desígnio por ela indicado. Gostaria apenas de ser avisado, de antemão, caso necessite me precaver contra qualquer batalha iminente. E ele fez uma pausa, mantendo a expressão mais rígida possível, para prosseguir em seguida. -- Minha irmã sempre tratou desses assuntos militares e diplomáticos depois da morte de nosso pai. Portanto essa privação de informações pode prejudicar minhas ordens, podendo estar serem tardias. Espero contar com a vossa dedicação para essas questões. E ele ergueu a taça novamente, acompanhado de Karlianna. <Wieglaf> -- Sim, meu lorde, vamos trabalhar em conjunto, e garantir o legado de vossa família. *Dizia em um tom educado e politizado enquanto erguia também a taça, notando que a circunstância demandava isso... Se perguntava que tipos de armadilhas aquele jantar possuía, e em quantas havia caído. Provavelmente ficaria traumatizado por um bom tempo, pois os "fantasmas" de Rhaenys e Stannis também erguiam suas taças na sua mente...* -- Meu lorde... *Dizia depois do brinde* -- Poderia saciar minha curiosidade em um assunto levemente pessoal? *Ele continuaria apenas em uma resposta satisfatória* -- Como conheceu uma senhora tão... Especial? *Fitava então Karlianna, queria agradá-los e conhecê-los um pouco, Aileen havia dito que este era bastante leal, mas queria ter certeza disso...*


** NPC: <Alestar Massey> Ele olhou para Karlianna que sorriu para o seu lorde e depois para Wieglaf, com uma breve mesura indicando que estava agradecida pelo elogio. Assim que os gestos foram feitos, ele voltou-se para Wieglaf, com a resposta. -- Quanto nosso Tio, que agora jaz condenado sob a terra de Sharp Point, encantou-se por Mireia de Myr, com ela veio sua jovem sobrinha, Karlianna. E ele tocou a mão da jovem e a ergueu, como se mostrasse seu tesouro. -- Esta beleza cristalina que veem diante de seus olhos, foi minha maior conquista. E ele fez uma expressão mais séria e prosseguiu. -- Mas já estou satisfeito com o que os guardiões me disseram. Se me derem licença... E ao arrastar sua cadeira, Karlianna levantou-se e Loss também, em sinal de respeito. -- Vou me retirar... Vamos querida... E a bela jovem fez um cumprimento simples aos dois e se retirou também, com seu marido, deixando apenas Loss e Wieglaf à mesa. O filho de Toras não parecia nada satisfeito. <Wieglaf> *Fazia uma reverência singela de despedida para os mesmos. Parecia um pouco insatisfeito com o encerramento brusco da conversação, pelo visto Alestar Massey também não gostava dos jogos nobres e das danças de lábia, pelo menos isso tinham em comum. O sangue quente de um bastardo era instável, Wieglaf sabia disso, seu pai dizia vez ou outra, ainda não confiava naquele homem, mas também se sentia um pouco perdido sobre o que fazer em seguida. Ele notou que Loras parecia guardar muita coisa dentro da sua cabeça, e dizia:* -- O que tem em mente, Sor Loss? *Dizia enquanto finalmente sentia ter fome para comer qualquer coisa, os fantasmas não estavam mais lá... Podiam apenas estar se escondendo, entretanto....* ** NPC: <Loss Lanrien> Esperou bastante o Lorde e sua esposa se distanciarem e, depois de comer algumas ameixas, ele falou quando foi solicitado, mas não antes de dar uma última olhada para ver se estavam mesmo sozinhos à mesa. - Lady Aileen confia no irmão, mas eu não confio... Disse, como se aquilo fosse algo profano de se dizer, por isso manteve o tom mais baixo possível. - Sinto que ele torcia para o plano de Ryan Massey ter dado certo... deve estar odiando cada momento que estamos aqui... e Karlianna... confio menos nela ainda... Mexeu um pouco com a faca, para corte de frutos do mar, como se tivesse ansioso, mas deixou-a no prato já vazio. - Melhor eu não ficar tão próximo dele ou poderei cometer uma besteira... <Wieglaf> *Ficava pensativo por alguns instantes sobre as palavras de Loss, não gostava de Ameixas, eram doces demais para ele. Finalmente ele dizia, ainda em tom baixo:* -- Hummm, se é para agir por intuição inicial, eu diria que Alestar é leal á milady Aileen, assim como ela disse que seria. Eu notei algumas manifestações de desconforto, mas isso é bom, significa que ele é fácil de entender... O perigo, eu acho, reside em Karlianna. Ela certamente devia amar sua tia, e ela sabe manter bem as aparências, se ela quiser envenenar Alestar, não acho que seria difícil. *Dizia ainda em modo analítico* - Pois é, meu bom e leal amigo Sor Loss, nossa obrigação é defender esse lugar... Até descobrirmos quem são realmente nossos inimigos, é melhor ficar um pouco afastado dos dois... Afinal não seria divertido se eles não fossem invisíveis, não é mesmo? *Dizia finalmente com um sorriso no rosto* "É uma pena, mas se eu visitar Nana e os outros agora vou apenas colocá-los em riscos desnecessários..." *Pensava de modo levemente preocupado, fitando sua arma cujo nome havia sido dado em homenagem á sua amiga... Por quanto tempo conseguiria protegê-los dele mesmo?*


<Narradora>Loss fez seu último levantar de taças da noite, concordando com Wieglaf sobre seu ponto de vista e se levantando em seguida, aguardando o guerreiro fazer o mesmo para que se retirassem dos salões. Wieglaf ainda não conhecia a Fortaleza sobre o despenhadeiro, e depois de ser conduzido pelo hall de jantar e passar duas alas magníficas de troféus e estatuas valiosas, ele subiu com seu aliado para os andares dos quartos e avisou que ambos dormiriam como lordes em Stonedance. Depois de longos degraus em semi-espiral, eles andaram em corredores suspensos protegidos por gradis avermelhados, onde pisavam num belo tapete verde. Todas as portas ali tinham batentes dourados e essa cor completava as existentes no brasão do redemoinho. De frente com o quarto de Wieglaf, Sor Loss Lanrien se despediu, indo para o seu, mais adiante e ao abrir a porta Wieglaf pode sentir a mesma suntuosidade que vira em Sharp Point, quando vigiara o sono de Lady Aileen. Porém, a solidão do quarto o engolfava como se cada uma das janelas ocultassem assassinos de Lys. Depois de verificar que era apenas excesso de precaução, Wieglaf sentiu que estava verdadeiramente só ali, num quarto enorme com uma cama, banheira bem construída de madeira, jarros de prata fina com água para banho, móveis, um brasão da família e cortinas nos motivos dos Massey. A sacada também tinha uma belíssima vista do mar sobre o despenhadeiro e a Lua brilhava tímida sob as nuvens nubladas que apareciam aos poucos. Colocar em risco as pessoas que conhecera não parecia ser algo a ser pensado aquela hora e seu olhar ficou distante quando tinha mais e mais recordações... O ferimento na cabeça ainda era visível, bem como um corte ou outro que tivera na batalha do Salão do Redemoinho, no castelo de Sharp Point... Sob a luz da lua, Wieglaf permitiu-se pensar em coisas que fugissem um pouco das batalhas que vivera e de toda conspiração por traz de seus movimentos. Sentia-se as vezes como marionete de Stannis Baratheon, assim como Aileen... talvez ele pudesse lembrar somente de sua vida simples de pescador e ter recordações de quando sua Lady era apenas "Leen", a garota que sabia lutar de espadas... <Wieglaf> *Wieglaf odiava a solidão. Alguns diziam que a solidão tornava o homem mais sábio, mais atencioso, que ela faz homens de talento... Mas se aquele era o caso, ele certamente não deveria ser nenhuma daquelas coisas, até então só havia ficado realmente sozinho uma vez: entre Porto Real e Stonedance, em uma jornada infernal que tinha certeza que iria matá-lo, havia precisado rir para a morte muitas vezes... Antes tinha o seu pai, tinha os criados, tinha os órfãos de guerra no Mercado das Pulgas, em Stonedance tinha Alfred, Lea, Jimmy, Nana, o mar, os outros pescadores e Leen... Quando foi para aquela fortaleza pela primeira vez tinha Sor Toras e dividia seu quarto.. Em Sharp Point tinha livros, marinheiros, nomes e táticas para aprender... Mas agora, naquelas pedras geladas á sua frente, não havia nada, apenas solidão... Essa solidão fortalecia no mesmo a saudade de Nana e os outros, sua lâmina parecia mais gelada que o normal, como se o espírito de Nana o estivesse chamando... Ele odiava solidão, mas era o que tinha agora, e tinha que se conformar com isso. Só então se tocava que era o detentor da flâmula de três cores, era uma responsabilidade e tanto para um garoto de 14 anos, enfrentando inimigos desconhecidos e invisíveis, como saber a que direção o escudo deve ficar se não se sabe de onde o ataque virá? Era um sentimento angustiante, um frio na barriga que lhe atiçava os pelos e a espinha. Tudo que ele tinha agora era responsabilidades, um quarto gigantesco, solitário e vazio... E medo, medo de decepcionar Aileen, medo de ser apenas um fantoche, medo de não saber quem puxava suas cordas... Medo de continuar sozinho e de que isso se tornasse uma constante na sua vida.


<Wieglaf>Esse pensamento o fez se lembrar das palavras de Leen, de que ele em breve seria disputado para casamento... Talvez não fosse uma idéia ruim, mas logo se lembrava que precisava se focar em sua terefa, e para isso precisava dormir... Mas ele não tinha sono. Seguia até a sacada do quarto e se admirava com a vista do mar, sentia falta do mar, de se sentir engolido por ele acima apenas de um pequeno barco de pesca, de ser o filho do mesmo... De se sentir livre, aquele quarto era uma prisão, uma prisão elegante com lençóis de seda, mas ainda era uma prisão que o evitava de se aproximar daqueles que realmente se importava... Se perguntava se era assim que Aileen se sentia, e se fosse assim, como ela conseguia se manter firme e forte o tempo inteiro. Eventualmente o sono chegava, e ele se deitava na cama, pensava que não conseguiria dormir com tantos pensamentos e sentimentos em mente, mas quando menos se dava conta adormecia em sono profundo...* <Narradora>Wieglaf adormeceu profundamente e sonhou com o tempo em que lutava na batalha do Usurpador, já demonstrando grandes habilidades em combate... Depois se recordou do tempo que passou próxima da ala mais simples de Stonedance e como aprendeu a gostar daquele local. A solidão o preencheu somente enquanto seus olhos estavam abertos, pois nos sonhos ele era querido e sempre haviam pessoas a seu redor. Não tardou muito para ele acordar de sonhos agradáveis com Nana e sua cesta de flores, sempre cativa ajudando sua mãe a vendêlas e a garantir o sustento do dia. Uma sineta tocou tímida pelo corredor, anunciando que já era hora do desjejum. Possivelmente uma das criadas dava esse alerta sutil aos mais ilustres membros na fortaleza e, querendo ou não, Wieglaf agora era Sor, assim como Loss Lanrien. Os raios do sol penetraram as frestas da janela delicadamente, passando pelos vitrais coloridos e deixando um aspecto bucólico no quarto, embora fosse agradável. Wieglaf teria mais alguns dias ali e sentia que algo grandioso estava prestes a acontecer. <Wieglaf> *Wieglaf acordava de sonhos bons de um tempo onde não havia preocupações, inimigos que soubessem onde ele estava e nem uma grande expectativa de todos em relação a ele e voltava de volta a realidade onde tudo aquilo era seu dia-a-dia. Havia aprendido a odiar aquele lugar em apenas uma noite, mas não sabia ao certo se estava direcionando seu ódio para a coisa certa, talvez quem ele odiasse fosse a si mesmo, talvez fosse a Stannis, talvez fosse a Aileen... Aquele sentimento era novo para ele, odiava aquela insegurança, mas também sabia que nunca poderia demonstrá-la ou seria quando a morte se aproveitaria desse momento de fraqueza para levá-lo com sua foice. E assim ele se levantava, e assim ele abria as cortinas e a janela e deixava o sol e a brisa do mar entrarem, e assim ele cuidava de sua higiene pessoal, e assim ele colocava uma indumentária apropriada para a ocasião, sempre cobrindo sua armadura negra de enguias, e assim ele tentava ignorar o calor que aquela armadura fazia enquanto seguia para o desjejum, cumprimentando a todos de modo politizado, carismático e educado, não fazendo diferenciação por status.*


<Narradora>Wieglaf se arrumou e desceu para o hall onde os Lordes faziam refeições, cumprimentando os criados que ele encontrava pelo caminho. Ali, na mesa retangular de vidro esverdeado, detalhe que não pode ser visto durante a noite anterior, ele encontrou um lugar para se sentar, ao lado de Sor Loss Lanrien. À mesa estavam Alestar Massey, na cabeceira, e Karlianna ao seu lado direito. O desjejum era tão farto, ou ainda mais, que o jantar da noite anterior, recheado com muitas frutas, dispostas em bandejas enfeitadas com ervas comestíveis de aromas e gostos diversos. O jarro de leite devia ter mais de 40 centímetros, enquanto cremes para os pães fatiados estavam separados em sabores distintos. Karlianna acompanhou todos os passos de Wieglaf e assentiu quando ele sentou-se. Alestar Massey esperou que o jovem comesse, assim como Loss e só então falou, quando os tilintar dos talheres cessaram: ** NPC: <Alestar Massey> -- Guardiões... esperei esse tempo para dar-lhes a notícia de que um mensageiros dos Errol me notificou sobre um pedido de audiência com o Lorde da casa, Sor Thomas Errol. Ele avalia a expressão de ambos e depois prossegue. -- Saberiam os senhores o motivo deste pedido. E ele aguardou a resposta dos dois. <Wieglaf> *Wieglaf dava bom dia a todos antes de se sentar, e um sorriso amigável para Karlianna, como se fossem antigos amigos. Fez então seu desjejum de modo silencioso, tendo como barulho a dança e o tilintar dos talheres, desde o jantar com Stannis, cenários como aquele lhe causavam grande desconforto, mas ele comia ainda assim, de frutos do mar ele entendia, sabia quais eram os mais saborosos e mais saudáveis só com uma avaliação rápida, se perguntava o que fariam com tanto leite já que obviamente aquela quantidade absurda não seria consumida, mas tentava não pensar nisso, os excessos nobres lhe surpreendiam agora que havia passado bons tempos em uma vinda mais simples. Ao ouvir as palavras de Alestar Massey pouco depois de terminar de comer, ele fitava Sor Loss nos olhos e então dizia: -- Apesar de ser apenas uma suposição, meu lorde, acredito que irão reivindicar o posto. Os Errol de Haystack Hall são mais numerosos e possuem uma aliança mais antiga... *Ele repetia as palavras que Aileen o havia dito anteriormente, pretendia tentar uma abordagem sincera com o homem, na esperança de que ele também o fosse, queria também ver exatamente como iria reagir* ** NPC: <Loss Lanrien> Esperou o momento certo para dizer. -- É verdade, meu lorde. Com a morte de Ryan Massey e o exílio dos primos em Essos, eles tentarão reivindicar as terras por tratado de aliança. Fez uma pausa, esperando que Alestar entendesse e só então prosseguiu. -- Provável que tentem um acordo para os Massey se manterem apenas em Sharp Point. Aileen deve se reunir com Lorde Stannis Baratheon em breve e não sabemos até onde o irmão de nossa Majestade pretende nos permitir manter o território dos filhos do redemoinho. ** NPC: <Alestar Massey> Ele analisa as duas respostas, vendo que os dois jogavam com a verdade direta e sem rodeios. Ele pareceu admirar os dois bem sutilmente, ou poderia ser só impressão. -- Como guardiões de minha irmã, Aileen Massey, o que me sugerem tão hábeis nobres e representantes do exército do redemoinho? E Wieglaf sentiu que Karlianna parecia querer romper a barreira da pele dele e de Loss, quase enxergando dentro de suas almas.


<Wieglaf> *Pensava um pouco antes de falar, e voltava a falar as palavras de Aileen, se sentia levemente irritado com isso, talvez fosse um fantoche dela afinal... Lhe preocupava deixar Leen e Stannis sozinhos, queria estar ao lado dela, mas sabia que sua presença seria invisível, ele seria mais importante ali* -- Essa é uma viagem diplomática, meu lorde. É nosso dever avaliar a melhor estratégia, caso surjam conflitos inevitáveis. *Ao falar aquilo, ele se perguntava se iria precisar de todo aquele conhecimento militar e estratégico que havia acumulado, esperava que não* ** NPC: <Loss Lanrien> Aproveitando a deixa de Wieglaf, ele continuou. -- Manteremos as posições mais defensivas, meu lorde, enquanto a comitiva estiver se aproximando. Não devemos demonstrar hostilidade de forma alguma, pois como Sor Wieglaf já disse, eles são mais numerosos e uma guerra seria desproporcional na questão de número de exércitos. Somente se não tivéssemos nenhuma alternativa, reuniríamos nosso máximo esforço para rechaçar uma ameaça. Ainda não temos certeza se ela, de fato, existe, mas adianto que sua irmã imagina que sim. Ele evita um pouco olhar para Karlianna, que o encara acintosamente, e prossegue. -- Manteremos a diplomacia os recebendo para o senhor, meu lorde. Teremos todo o cuidado de deixar um batedor rápido e competente para uma mensagem imediata para que o exército atue prontamente, se necessário. Mas enquanto isso, fique despreocupado, meu Lorde. ** NPC: <Karlianna de Myr> Analisa todas as palavras dos dois e faz um sinal, pedindo permissão para seu marido para falar e, quando a obtém, ela diz. -- Me é satisfatória a estratégia dos dois, meu marido. Deixe que os Errols venham e que tenham a conversa em nossos salões. Me sinto confiante tendo os dois guardiões de Aileen conosco. <Wieglaf> -- Meu lorde... Apesar de concordar com a postura de Sor Loss, eu acredito que se faz necessário outra medida preventiva: Concentrar um razoável contingente na praia e manter a costa vigiada. Assim, se eles trouxerem espiões, poderá neutralizá-los rapidamente, antes que eles se instalem na parte mais abrangente da cidade. Eu sou familiarizado com a região, posso indicá-lo em um mapa as áreas mais relevantes. *Dizia e então se servia com mais um pouco de leite, com pena do desperdício* ** NPC: <Alestar Lanrien> Analisou todas as estratégias e concordou, trocando olhares com sua esposa e recebendo o consentimento dela também. -- Está certo, Sor Wieglaf. Os guardiões tem minha permissão para distribuir os exércitos conforme o mais apropriado para a segurança da fortaleza e da população. E ele pensou um pouco sobre o que disse Wieglaf e logo acrescentou. -- Como o guardião bem nos alertou, a maior área de Stonedance é a praia e considero apropriado uma investigação por lá. Use de seus conhecimentos sobre o local, guardião e agora comandante da guarda da cidade, para que eles não possuam grandes vantagens sobre nós. Embora sejam simples as famílias de lá, alguns de nossos melhores guardas tem origem naquela região e subornos ou outros atos podem garantir informações privilegiadas para os inimigos.


** NPC: <Alestar Lanrien> Ele se levanta e Karlianna e Loss fazem o mesmo, e Wieglaf também mantem a etiqueta. -- Estarei a disposição em meus aposentos, mas poderá nos encontrar no oratório caso precise de nós. Minha esposa e eu estaremos lá, torcendo para que isso seja apenas uma viagem diplomática. Karlianna consentiu e os dois esperaram mais um tempo, caso eles quisessem dizer alguma coisa. Loss Lanrien apenas fez uma reverência, concordando com a partida dos dois e restava Wieglaf se prontificar <Wieglaf> "Eu tenho amigos nessa região também..." *Ele pensava sozinho* "Talvez não seja uma má idéia pedir a ajuda dos pescadores..." *Pensava ainda silenciosamente depois de se levantar, em etiqueta* -- Sim, meu lorde, irei tomar as providências necessárias. Caso espiões sejam capturados, que tipo de tratamento devo providenciá-los? *Dizia sempre de modo analítico, estudando ao homem e ao seu caráter, nunca deixava sua atenção a Karlianna se desfazer também, via nela uma ameaça, mesmo que fosse sua imaginação pregando peças. Dada a resposta, ele então falava uma última vez* -- Gostaria de conhecer vosso maestre, meu lorde, faria a gentileza de encaminhá-lo para a sala de estratégia? *Com essa resposta, ele finalmente seguia junto com Loss até o lugar supra-citado, só quando tivessem os posicionamentos estratégicos bem definidos iria mobilizar os homens* <Narradora>Wieglaf recebeu como resposta um "Serão aprisionados e julgados pelos crimes de espionagem, guardião", ante a primeira pergunta e com relação ao Meistre, Lorde Alestar Massey avisou que o enviaria a sala de estratégia o quanto antes. Assim que ele se despediu, Loss Lanrien conduziu Wieglaf pelo salão lateral, descendo as escadas até a ala intermediária a ala baixa, onde ficavam os soldados. Depois de descerem uma escadaria de pedra coberta, eles chegaram numa sala ampla, com quatro colunas bem firmes e circulares, todas de granito natural. A sala retangular e ampla, tinha quatro grandes janelas, todas com vista para o mar de Narrow. Haviam também lanças cruzadas próximo ao brasão dos Massey, na parede oposta as janelas, e perto dele ficava a mesa com mapas e peças para movimentação. Loss foi mostrando o local para que Wieglaf se familiarizasse o mais depressa possível, e não demorou muito e o Meistre se apresentou aos dois guardiões, revelando se chamar Yvan Stokeworth. Assim, quando ele se aproximou, trouxe com eles os mapas detalhados para que eles pudessem avaliar as melhores estratégias. Diante dele, Wieglaf viu um mapa dividido em duas partes: Uma delas era refente a fortaleza e a trilha para o despenhadeiro, cuja única saída era uma passagem secreta por uma escadaria, indo por um corredor estreio nas masmorras do edifício. O despenhadeiro era quase intransponível, do ponto de vista estratégico e só seria atingido por um confronto frontal, já que mesmo a passagem secreta levando as praias de pedras negras, seria impossível um ataque por lá. Descendo a trilha, haviam dois caminhos: Um para a praia do Alento, onde Wieglaf permaneceu por um tempo e outra para a praia da lança, onde havia uma pedra pontuda que era o monumento que nomeava o local. A parte costeira ainda tinha uma quarta praia, a das dunas cinzentas, cuja paisagem não combinava com o nome, mas meistre Yvan adiantou que se chamava assim devido as batalhas da Rebelião Blackfyre. Era ela que possuía o caminho para as colinas brilhantes, mais ao sul, onde ficava a vila baixa e o portal de entrada da cidade. Tirando isso, somente morros claros, que ficava num caminho subindo a praia da lança. Esta era toda Stonedance.


<Wieglaf> *Wieglaf estava um pouco animado com toda aquela situação, Alestar Massey parecia um homem de confiança e deter um pouco de honra, apesar de acreditar que possuía um lado sombrio que ainda não conhecia. Ele descendeu as escadas até a ala dos soldados, feliz por ver um ou outro rosto conhecido depois de tanto tempo, e os cumprimentando sempre de modo amigável e discreto, Wieglaf tentava ser carismático e fazer amigos com esse seu magnetismo, mas sabia que moedas de ouro ás vezes falavam mais alto que amizades, e naquele mundo de aparências, nunca poderia confiar totalmente em alguém. Ele então passou a estudar minunciosamente os mapas da região. Estava feliz por conhecer Alento tão bem, sabia os melhores pontos para colocar os guardas, sabia onde ficavam os bancos de areia e as passagens fundas... Estabelecer os postos de Guarnição foi uma tarefa fácil. Já as outras regiões nem tanto, para a praia da Lança e para as dunas cinzentas ele estabeleceu os postos com a ajuda de Loss e de Yvan, obviamente colocou alguns pontos também no despenhadeiro com um contingente menor, um pouco de precaução nunca é demasiado, podiam não atacar, mas podiam atracar lá sem que soubessem e se aproveitar da cobertura do lugar para infiltrar. Finalmente terminava de estabelecer os pontos quando todos estivessem satisfeitos, ou quando ninguém estivesse totalmente satisfeito, seria quando saberia que estava bom. Em sua mente, já começava a preparar o pequeno discurso que teria que dar aos guardas, já que agora era seu comandante* "Talvez Loss desse um melhor comandante... Mas eu acho que essa é minha oportunidade de me provar..." *Pensava, silenciosamente* <Narradora>As estratégias foram sendo traçadas para que nenhum ponto ficasse desguarnecido. E tudo ficou satisfatoriamente bem definido. Com o acerto das posições, Wieglaf foi com Loss para o hall de reuniões militares e, no caminho, Loss fez um gesto para que todos se reunissem prontamente ali, para um comunicado geral. O respeito a Loss ainda era maior do que o de Wieglaf, mas o jovem sentia que muitos o respeitavam tanto quanto o filho de Toras Lanrien. Após a reunião, todos os Líderes de contingente estavam ali, aguardando as ordens de Wieglaf. <Wieglaf> -- Homens! *Dizia Wieglaf ao iniciar o discurso* -- Eu não vou mentir para vocês, existe uma possível ameaça se aproximando de Stonedance, uma ameaça discreta, mas que pode colocar em risco a vida daqueles que amam e que juraram proteger. Mas nós somos seus guardiões e nós não vamos ignorá-la... Então eu vos proponho aqui e agora, que nós enviemos uma mensagem para esses cretinos, de que não iremos nos submeter aos caprichos de ninguém, de que não haverão falhas em nossas defesas e de que somos inimigos terríveis demais para eles se meterem! Os senhores irão manter vigilância na costa de Stonedance nos dias que se sucederão: Pescadores, Piratas, Krakens, ostras do mar ou sereias, não deixem nada nem ninguém passar despercebido e sem uma revista, a organização foi passada para o líder de cada guarnição... *Ele então respirava fundo, olhava nos olhos dos homens e então terminava:* --Honra, coragem e Força, homens. Somos os três ou nenhum!


<Narradora>Todos repetiram o lema da casa dos Massey: "Somos os três ou nenhum!" lembrando que cada um dos três redemoinhos que compunham o brasão remetiam a uma das características heroicas de eras passadas. Assim, todos começaram a se realinhar e Wieglaf aproveitou para conhecer todos os homens importantes. Sob a responsabilidade dos lanceiros, Sor Magnus Velth, ofereceu seu empenho e deu as ordens ao seu exército imediato. Aos arqueiros, Sor Owsten Blank distribuiu seu grupo. A cavalaria leve, Sor Patrick Tilvar guiou-os para suas posições enquanto que na cavalaria pesada, Doros Raymar foi o responsável por manter o contingente na fortificação, apostos a qualquer ordem de batalha. Aos barcos, os comandantes eram Sor Brian Hunt e Sor Clevan Drawt, que vigiariam com seus homens a costa mar adentro. Todos estavam bem convictos de que a segurança de Stonedance estava em boas mãos e a presença de Wieglaf e Loss trazia um brilho a mais para os olhos dos soldados. Meistre Yvan abençoou as escolhas dos jovens estrategistas e ambos subiram em seus cavalos para ir para o portal, em colinas brilhantes. O sol brilhava forte naquele dia, dando mais motivação para que eles fossem bem sucedidos. Chegariam logo depois de uma parada para uma rápida refeição e descanso dos cavalos e o sol ainda brilharia antes de se por. Acompanhado deles, a cavalaria leve, com corcéis castanhos com celas em couro claro, homens de lanças e espadas. O Estandarte dos Massey ia com eles e parecia que Aileen caminhava ao lado do guerreiro, mesmo que de forma sentimental. Loss assentiu para Wieglaf, tirando-o do devaneio, e a marcha prosseguiu com o jovem guerreiro, agora, tendo de liderar homens experientes e ter o peso da vida de cada homem, fosse pescador ou rendeira, florista ou guarda, capitão ou regente, em suas mãos. <Wieglaf> "Eu me pergunto o que esses homens, todos cavaleiros de experiência, acham de estarem sendo mandados por um garoto de quatorze anos de idade... Alguns não devem receber isso bem, apesar de nenhum deles ter demonstrado insatisfação..." *Pensava depois de conhecer todos os homens importantes, lanceiros, arqueiros, cavalaria leve, cavalaria pesada e embarcações... Esperava com todas suas forças de que não precisasse lembrar seus nomes e dar-lhes ordens diferentes, como se preparar para uma guerra. Agora na direção das colinas brilhantes, só então Wieglaf se deu conta de como estava nervoso e apreensivo, era sua primeira grande responsabilidade, e era uma responsabilidade enorme, se alguma coisa desse errado, poderia custar não apenas sua vida, mas de todos que se importava em Stonedance, de todos os homens cujo nome havia aprendido, do irmão de Aileen e de seus únicos homens de confiança... Precisou segurar com força a flâmula de três cores para esconder sua apreensão, quando se dava conta estava em devaneios e Loss o arrancava deles. E tentou se concentrar no caminho á sua frente, em guiar os cavalos, em evitar as pedras. Era melhor não pensar no que ainda não havia acontecido e no que podia sequer acontecer, e dar um passo de cada vez.*


<Narradora>Alcançar colinas brilhantes sobre o sol em Stonedance era algo fatídico, mas tinha suas recompensas. Depois de uma parada para descanso dos homens e animais na praia das Dunas Cinzentas, eles seguiram para os morros até chegar no portal da cidade. A distância, eles viram a comitiva de mais de 200 cavaleiros Errol e o estandarte laranja característico da casa de Haystack Hall. O encontro se daria em poucas horas e Loss Lanrien, ao lado de Wieglaf, assentiu para ele demonstrando confiança. Quando a aproximação foi divisada e nos termos cavalheirescos isso significava que os líderes deveriam se encontrar, Thomas Errol, possivelmente, mais um cavaleiro bem equipado ao seu lado, rumaram para que fossem recebidos. Como guardiões de Aileen Massey, Loss Lanrien deu o trote inicial, esperando ser seguido por Wieglaf, que o acompanhou logo em seguida. Após passar o portal, onde os lanceiros lhe deram passagem, os quatro se encontravam pouco depois da entrada da cidade, no centro entre os dois exércitos de cavalaria leve. Thomas Errol, um homem de meia idade, beirando os quarenta anos, estava trajado nas túnicas com motivos de sua casa, tendo um cavaleiro Clegane ao seu lado, o que causou desconforto em Wieglaf. O homem não lhe era conhecido, mas era brutalmente forte, como eram característicos os mais habilidosos homens daquela casa. O representante dos Errol se aproximou lentamente, com seu guardião de feições duras bem próximo e disse aos dois jovens: ** NPC: <Thomas Errol> -- Saudações cavaleiros, sou Thomas Errol de Haystack Hall, como devem saber. Ele faz uma breve reverência aos dois. -- Viemos tratar de antigas alianças com Lorde Alestar Massey e sobre o futuro de Stonedance. Ele deixou que o discurso óbvio cessasse para acrescentar. -- Espero ser recebido neste solo, sob as leis do despenhadeiro. <Wieglaf> *Wieglaf não se importava com o sol, sua pele era morena, adaptada para ele desde seu nascimento, ele tinha sangue Dothraki nas veias, sabia que sol e cavalo deveriam ser totalmente naturais para ele, embora não fossem tanto assim. Encontrou conforto na parada para descanso em uma sombra qualquer, mas logo perseverava e prosseguia o caminho. Thomas Errol parecia precavido e temeroso, 200 cavaleiros era uma comitiva e tanto para uma visita simples. Quando notou que deveria acompanhar Loss Lanrien ele o fazia, e então sussurrava para o mesmo:* - É melhor você fazer o discurso sobre hospitalidade e como serão tratados como príncipes, vindo de mim não pareceria natural. *Dizia de modo discreto, que apenas o mesmo poderia ouvir. Ao alcançá-los, Wieglaf não conseguia deixar de notar o Montanha... E teve de se segurar para não ranger os dentes e perfurar o pescoço do mesmo, foi bom ter falado com Loss há pouco, ou definitivamente soltaria palavras ásperas e ácidas que demonstrariam intenções diferentes da inicial.* -- Saudações. *Ele dizia ao notar que deveria falar* -- Sou Sor Wieglaf Maelstrom... *Ele fazia um esforço sobre-humano, e sorria* -- Sejam bem vindos. *Então fitava Loss, e entregava o pepino para ele*


** NPC: <Loss Lanrien> No caminho, combinou com Wieglaf sobre o discurso, já que o jovem ainda deveria se familiarizar melhor com os acordos e os termos de tratamento, já que tudo era muito novo para o jovem adulto. Loss já achava demais Wieglaf ter que passar por tantos aprendizados em tão pouco tempo, coisa que nem ele, mesmo com a rigidez de seu pai, precisou passar. Ao concordar com a responsabilidade, ele marchou junto com os cavaleiros do redemoinho até o local e quando chegou a vez dele, dada a deixa por Wieglaf, ele não hesitou em começar: -- O despenhadeiro os recebe como aliados, lorde Thomas Errol. Ele fez uma reverência modesta e continuou. -- Que seus homens sejam bem acolhidos sob as leis de nossa fortaleza e cavalguem conosco até a sede do redemoinho, nesta cidade. Lorde Alestar Massey os receberá sem demora após sua chegada. Ele olhou para o guardião Clegane e fez uma mesura leve também. -- Avise os homens se seu senhor, milorde, que eles tem permissão para marcharem conosco. Os aguardaremos após o portal. E depois de algumas trocas de palavras de agradecimento, por parte de Lorde Thomas Errol, eles voltaram a marchar para seus cavaleiros, enquanto Loss guinou seu cavalo na direção dos cavaleiros do redemoinho, acompanhado de Wieglaf. <Wieglaf> "Bem, eu saberia falar essas coisas... Se eu tivesse prestado atenção nas lições que meu pai me fez passar... Pobre maestre, sempre tentando enfiar coisas na minha cabeça e eu preocupado demais em pegar gatos e atravessar a mão por goteiras sem molhar..." *Pensava com um discreto sorriso no rosto lembrando do velho e de seu pai... Pelo menos Loss o havia complementado onde ele era defeituoso, como havia dito que amigos faziam uns pelos outros, tempos atrás na embarcação a caminho dali. Sem mais nenhuma palavra a anunciar, ele fazia uma expressão afirmativa com a cabeça, e voltava com Loss o caminho de volta até o portal... Só então ele conseguia reabrir o punho, e notava que havia machucado um pouco sua mão com as unhas... Sentia que seria difícil lidar com um Clegane, era difícil não olhar para ele e se lembrar de Gregor, e se lembrar de Rhaenys, e se lembrar do que aquela aberração da natureza fez com elas... Seu machucado ardia abaixo da armadura, mas ele se controlava, mantinha a compostura... E quando chegavam de volta á sua cavalaria e ao portal, dizia:* -Obrigado, Loss. <Narradora>Loss Lanrien era tão leal quanto fora seu pai, Toras Lanrien e tinha a mesma energia e seu jeito de retribuir a um agradecimento, meneando levemente a cabeça para frente, mantendo o olhar fixo e calmo. Quando os guardiões chegaram à cavalaria, eles deram a mensagem aos homens que se prontificaram de não relaxar na atenção, para o caso de uma emergência. Logo, os dois exércitos se encontraram em colinas brilhantes e marcharam junto para a sede dos Massey, fazendo a parada na praia das dunas e seguindo para a fortaleza. Como as refeições haviam sido rápidas, tanto na ida quanto na volta, o desjejum acabou suprindo em muito a falta de alimento do restante do dia e logo todos estavam sendo recebidos sobre o despenhadeiro. Thomas Errol e Hector Clegane seguiram Loss Lanrien e Wieglaf Maelstron até a escadaria para a ala alta, indo para o salão principal, onde Alestar Massey e Karlianna de Myr os aguardavam, junto de mais dez guardas divididos pelo local, todos a postos. Loss fez o cumprimento ao lorde do redemoinho apresentando Thomas Errol da maneira cordial as tradições e tanto ele quanto Wieglaf foram dispensados pelo lorde regente local, bem como Hector Clegane.


<Narradora>Os guardiões não participariam da reunião principal. Loss chamou uma das criadas para que mostrasse o quarto de Hector, ao que esse agradeceu e acompanhou a jovem até os andares superiores da fortaleza, deixando agora os dois jovens no salão, juntamente com os guardas posicionados ali. <Wieglaf> *A volta pareceu ter sido mais rápida, descer era sempre mais fácil que subir, ter o portal em uma posição geográfica elevada era útil sim, estratégico em caso de guerras, mas se o inimigo tomasse o portal, quem estaria em desvantagem seriam eles, era uma faca de dois gumes... Era incrível como Toras e Loss eram parecidos, tinha um pouco de inveja dele quanto a isso, nunca conseguiu ser muito parecido com seu pai adotivo, apesar de ter compartilhado algumas paixões e hobbies, sempre tiveram comportamentos diferentes, seu pai era mais relaxado e brincalhão, tinha mais facilidade em fazer amizades também. E quando chegavam, o rapaz ficava com um sabor amargo na boca ao saber que não fariam parte da mesa... Mas de certa forma também ficou aliviado com isso, não suportaria outro jantar como o que partilhou com Stannis Baratheon, embora duvidasse que Thomas Errol tivesse a mesma postura. Fitou Hector se retirar com uma expressão dura e fria no rosto, temia pelo bem estar da criada, mas concluía que seria ruim se ele mesmo o guiasse aos seus aposentos, seria tentação demais para sua mente fraca. Agora ao lado de Loss, ele perguntava:* - Você sabe alguma coisa sobre esse acordo entre os Errol e os Massey? *Dizia sempre de modo discreto. Paredes tinham ouvidos, era o que seu pai lhe dizia sempre* ** NPC: <Loss Lanrien> Fez um sinal discreto para que eles andassem um pouco, como se fossem na direção de seus respectivos quartos para descansar, mas Wieglaf entendeu que era apenas para sair daquele ambiente mais vigiado. No caminho ele começou. - Você conheceu meu pai... para ele não bastava passar a mesma informação dez vezes ou mais. Sempre que nos encontrávamos depois de meus ensinamentos, fossem com livros ou espadas, ele sempre vinha com alguma informação e a repetia, como se tivesse me dizendo pela primeira vez... Ele parou um tempo, parecendo sentir saudades de seu pai. Respirou um pouco, mais pausadamente e prosseguiu. -- Ele me disse que os Errol sempre tiveram interesse de expandir seu território, visto que depois de ajudar bastante fornecendo os melhores corcéis para os Clegane e os Baratheons na guerra do Usurpador. Isso acabou tendo um peso maior na hegemonia das terras próximas e como os Massey eram aliados dos Targaryen, embora todos achem que eles são neutros, pelo menos a maioria que interessa, acordou-se que, quando houvesse destituição do lorde local, os Errol poderiam arrendar as terras, mantendo as tradições até que os Massey pudessem se restabelecer. Ele busca mais informações enquanto caminham para os andares dos quartos. -- É sabido que a família do redemoinho deu a vida para o rei Targaryen, restando apenas Aileen e seu único Tio sobrevivente, mas agora morto por traição. Como Alestar é um bastardo, eles podem usar da hereditariedade para findar com a regência dele, propondo um acordo pacífico até que a família de Aileen se restabeleça e, cá entre nós, mesmo que ela seja uma "coelha" para fazer filhos, vai demorar gerações até que isso aconteça... E no último degrau do corredor dos quartos, que era muito extenso, ele terminou dizendo. -- Ou achamos uma solução rápida ou entraremos em guerra...


<Wieglaf> - Sim... *Ele sorria* - Ele me repetiu tantas vezes o número de soldados e navios que parecia uma oração... *Ria ao se lembrar de sor Toras, era um bom homem, merecia ter vivido mais tempo... Ele então ouvia sobre o acordo* - Mas a hereditariedade de Alestar Massey foi confirmada por um rei... Eles teriam que pedir a interferência direta de Robert Baratheon nesse assunto para legitimar a destituição, não? *Dizia pensativo e confuso, não tinha nenhuma ideia de como resolver aquilo de modo rápido, e isso o frustrava* - Me desculpe, eu não tenho boas ideias para partilhar no momento. *Dizia com um sabor amargo na boca* ** NPC: <Loss Lanrien> -- Você está certo Wieglaf, mas nos interesses estratégicos isso pode ser facilmente conseguido, caso Stannis Baratheon convença seu irmão de que os aliados mais tradicionais prevaleçam. Ele caminhou mais um pouco, apenas para demonstrar que eles não estavam conspirando ou algo similar, aos olhos dos criados que passavam ao longe. -- O casamento de nossa Lady, Aileen, foi um ponto chave para a primeira parte da estratégia... o que eu quero descobrir é... Ele diminuiu o tom de voz. - Se partiu de Ryan Massey a ideia de matar sua sobrinha para obter as terras para ele, de modo a deixar seu filho mais velho no comando de Stonedance ou algo incomum escapou aos meus olhos... E ele terminou, com uma expressão de como se ele pensasse nisso há algum tempo. <Wieglaf> - Huh... O jogo de tronos e o jogo de poder de nobres... *Suspirava, sua cabeça doía e ele não conseguia pensar em nada, nem em como resolver a situação atual nem em conspirações nobres* - Eu odeio isso, como nós somos tratados como peças de xadrez, peões... *Seguia até uma janela e se encostava nela, fitando o horizonte* -- Eu acho que não nos restam muitas opções além de esperar... *Ele então fitava o mar por alguns instantes, pensativo* "Me desculpe, Aileen, eu acho que vou lhe decepcionar... Eu sou um guerreiro, um especialista, não sou versado nas artes sociais como desejaria que eu fosse." *Pensava levemente frustrado* - Você acha que os Errol ou os Baratheon anteciparam todo esse cenário? Me parece um pouco surrealista... *Dizia finalmente* ** NPC: <Loss Lanrien> Ele pensa um pouco sobre aquelas palavras e só então prossegue com o assunto. -Considero isso muito difícil de se prever, pois muitas coisas poderiam acontecer no salão do redemoinho em Sharp Point. Ele pensa mais um pouco e se apoia do gradil do corredor suspenso, olhando o salão abaixo deles, onde ficavam as obras de arte da família. -- Por muita sorte eu ouvi Ryan Massey e seu meistre conversando sobre a morte de Aileen e tive que enviar aquela carta para ela. Mas pelo visto Stannis Baratheon soube da intenção dele de alguma forma e agora tem mais esses dois espiões juntos de nossos homens, sendo um deles o tutor de Aileen em Sharp Point, para assegurar a legitimidade da família. Também me é complexo demais Wieglaf... acho que devemos descansar e pensar em algo, seja lá o que for, que possa nos dar uma luz... Eu não confio... E ele olhou para Wieglaf, dando a entender que era sobre o irmão de Aileen. -- Mas você desconfia da mulher... e agora só temos dúvidas de como agir e de como manter Stonedance sobre a regência dos Massey...


<Wieglaf> - Eles não são um problema tão grande assim... Nós sabemos exatamente a natureza deles, e podemos acompanhar seus passos de perto, e bloquear seus avanços. O problema, como você disse, é que eles sabiam... E aqueles dois homens não podem ter sido a fonte da informação... Há mais espiões infiltrados. *Ele suspirava* -Mas um problema de cada vez. Quanto tempo acha que esse encontro diplomático irá levar? Creio que nada disso esteja em nossas mãos, só teremos que nos adaptar ao que quer que aconteça. ** NPC: <Loss Lanrien> Loss pensou um pouco sobre o comentário de Wieglaf, virando-se para ele como se tentasse prever o tempo da reunião e, aparentemente, não conseguindo. -- Sinceramente essas conversas de Lordes tendem a ser enigmáticas. Podem ser demoradas ao extremo, como algumas vezes presenciamos ou podem ser sutis, o que eu duvido muito. Ele sai do gradil e se firma no corredor, mantendo a postura e caminhando. -Tomei o cuidado de pegar uma chave para o quarto ao lado de Hector Clegane... você quer ter as honras de vigiá-lo ou vai passar esse encargo para mim, Wiglaf? <Wieglaf> -- É melhor que seja eu... *Dizia seguindo até Loss* -- Eu e os montanha temos história. *Dizia de modo enigmático enquanto pegava as chaves. Não poderia para sempre correr dos fantasmas de seu passado. O melhor que podia fazer era fitá-los nos olhos e mostrar-lhe que não tem medo deles, caso contrário iria se arrepender, sabia disso, não iria repetir os mesmos erros do passado* -- Até logo, Sor Loss Lanrien. *Dizia enquanto pegava a chave e seguia até sua discreta vigília* <Narradora>Loss Lanrien se despediu de Wieglaf e o guerreiro entrou no quarto ao lado do guardião Clegane, de modo a vigiá-lo. Ao que parecia, o guerreiro no quarto ao lado permanecia em silêncio até que no meio da noite Wieglaf pode ouvir o barulha da porta do quarto ao lado sendo aberta e parecia que alguém havia entrado lá. Ficando junto da parede de pedra, ele tentou ouvir a conversa em sussurros do outro lado e conseguiu captar pouca coisa. Embora seus ouvidos fossem bem treinados, os sussurros eram baixos demais para que as paredes de pedra permitissem um reconhecimento perfeito das palavras. ... contente que você voltou... Wieglaf ouviu a voz grave e rouca do Clegane para em seguida ouvir uma voz feminina. ... via a hora, meu lorde... E após alguns gemidos baixos, denotando o início de sexo, sendo na maior parte de forte a ponto da cama emitir um forte rangindo por ser arrastada em vários momentos, Wieglaf captou a última parte da conversa entrecortada, pela voz ofegante de ambos. ... preparado... amanhã? Ao que a jovem disse. ... tudo, meu lorde...


<Wieglaf> *Wieglaf era um indivíduo bastante atencioso, estava feliz por não ter deixado aquele cenário lhe passar despercebido. Não gostava de nada aquilo, poderia ser apenas um relacionamento inapropriado onde ela tentaria fugir com o montanha no dia seguinte, mas também poderia estar apenas sendo usada para um golpe que iria arruinar quaisquer chances que o Bastardo pudesse ter. Ele não iria deixar pontas soltas, ele era chefe da guarda de Stonedance agora e não iria assumir riscos desnecessários. Quando os dois começavam a copular, ele se retirava de seu quarto, abria a porta de modo tão silencioso quanto a noite, e então juntava alguns soldados, só iria chamar soldados que conhecia e confiava, dois ou três eram suficientes, e os colocava de prontidão* - Uma mulher irá sair desse quarto, mantenham-se de vigília, talvez eu precise de vocês... Mas o que quer que aconteça, sejam discretos. Eu não quero ela gritando pelos corredores do castelo. Se eu fizer esse sinal *Ele mostrava o sinal, era um sinal com as mãos* - Apreendam-na e a guiem até um lugar onde ela possa ser questionada. Caso contrário, vocês não viram nada. *Ele dizia sempre em sussurro* - Entendido, soldados? *Com a resposta, ele voltava para seu quarto a tempo de ouvir o restante da conversa, podia ser muitas coisas, mas que tinha sentidos privilegiados tinha... Então havia algo preparado para o dia seguinte. Ele então se preparava para descobrir quem ela era. Tentaria fazer isso de modo furtivo, mas se não fosse possível, far-se-ia de estar escoltando o castelo á noite, era o chefe da guarda afinal* <Narradora> Wieglaf tentou ser bem discreto ao abrir a porta, mas não obteve sucesso, e ela rangeu como um gato velho e rabugento no meio da noite, o que aumentou o som em muitas vezes. Porém, ele já tinha colocado o plano para funcionar em sua cabeça e, como chefe da guarda, poderia inventar qualquer desculpa, se fosse o caso. Mantendo o plano com os soldados que confiava, ele retornou ao quarto, e encontrou tudo conforme havia deixado. Logo ele esperou que tudo terminasse e que ele pudesse ouvir gritos quando a porta do outro quarto fosse aberta... mas ela não se abriu, em tempo algum, e não houve mais gemidos no quarto ao lado. O sol já estava brilhando no horizonte e depois de alguns minutos, a camareira passaria no corredor, tocando sua sineta. <Wieglaf> "Por que ela se deu ao trabalho de entrar pela porta se havia uma passagem alternativa no quarto para sair dele?" *Aquele pensamento martelava na cabeça de Wieglaf, ele havia arruinado tudo ao abrir aquela maldita porta, e se odiava por isso.* "Você não nasceu para essa vida, Wieglaf..." *Ele tentava se conformar, um tanto inconsolável, se a mulher tivesse de fato ido embora, precisava saber. Ele então seguia até os mesmos guardas de antes e dizia:* - Quando ele sair, se ele não sair acompanhado, vasculhem o quarto alguns minutos depois que ele sair. *Feito isso, ele esperava pela camareira, e também se arrumava para o novo dia que nascia. Agora muito mais preocupado que no dia anterior*


<Narradora> Logo a sineta anunciou que o café da manhã seria posto no salão de refeições e a camareira passou tocando do mesmo jeito que fazia todas as manhãs. Wieglaf percebeu que Hector Clegane saiu sozinho de seu quarto, já arrumado e com todo o seu equipamento principal, cumprimentando discretamente enquanto descia para o salão. Logo que terminou de passar em todo o corredor, a camareira começou a voltar até o início deste, para ver se ainda havia alguém nos quartos para poder arrumá-los. Os guardas esperaram o sinal do jovem para fazer a vasculha no quarto onde o guardião de Thomas Errol havia dormido e um deles foi avisar a camareira de que estariam lá por um tempo. <Wieglaf> - Eu mesmo vou vasculhar. *Dizia com um tom singelo* - Quero dois homens de guarda para caso ele ou qualquer Errol apareça, o primeiro para segurá-lo, o segundo para nos alertar. *Dizia para dois dos homens e então seguia até o quarto, procurando por uma mulher... Ou por pistas dela.* "Por que eu não lhe encontro nua na cama? Tornaria minha vida mais fácil..." <Narradora> Wieglaf se prontificou em fazer a revista para encontrar algum indício e, não fosse a cama um pouco desorganizada, nem pareceria que alguém tivesse dormido ali. E o pior, não havia como haver passagens secretas ou algo parecido e, pela primeira vez, o jovem se sentiu desacreditado pelos seus homens. Por mais que eles respeitassem Wieglaf, o jovem percebeu uma pontada de incerteza nos olhares deles dizendo um respeitoso "Não há nada aqui, senhor". Podia parecer loucura, mas os homens estavam certos e logo depois que terminaram, a camareira apareceu na porta, dizendo que deveria fazer seu serviço, antes que o lorde regente a recriminasse ou mesmo Karlianna. <Wieglaf> - Talvez eu tenha me enganado... Me desculpem, soldados, podem voltar para seus serviços agora. *Ele dizia com uma expressão de raiva nos olhos. Ele tentava revistar o lugar mais uma vez antes de finalmente deixar a camareira arrumar o maldito lugar, também checando as janelas* "Por onde ela saiu?" *Ele parecia extremamente intrigado com aquilo. Odiava falhar, e havia falhado ali, havia falhado com o bastardo, havia falhado com Aileen, havia falhado consigo mesmo. Agora o que quer que tivessem arquitetado iria acontecer, e ele não podia fazer nada. Seguiria então para seu desjejum, caso nada encontrasse* <Narradora> Wieglaf perdeu um tempo ali, observando e chegando desde debaixo da cama até dentro do armário ou mesmo do baú, ao lado da pequena escrivaninha. As janelas estavam fechadas e ao abri-las ele percebeu o quão íngreme era o despenhadeiro, não tendo beiral ou sequer um lugar para apoiar os pés, algo que permitisse se manter firme de alguma forma para chegar até ali. Nem o mais habilidoso escalador conseguiria algo que não chamasse a atenção e mesmo os instrumentos para escalada fariam ruídos suficientes para serem detectados. Não havia ninguém, embora se isso fosse verdade, sua mente tinha lhe pregado a maior da peças e isso era quase impossível de Wieglaf imaginar. Depois de permitir que a camareira adentrasse o local, ele desceu até o salão de refeições, onde os homens comiam. Karlianna se destacava sendo a única mulher ali e Tanto Alestar Massey quanto Loss Lanrien pareceram estranhar a demora de Wieglaf Maelstrom. Observando os convidados, tudo parecia na mais perfeita ordem.


<Wieglaf> -- Bom dia. *Ele dizia com uma expressão enigmada no rosto enquanto se sentava ao lado de Loss, ou o mais próximo possível dele. Sua atenção, seus sentidos, eles eram a coisa que mais se orgulhava, o que havia acontecido? Aquilo estava o consumindo por dentro enquanto ele começava a comer, silenciosamente, ainda com uma expressão pensativa. Desejava que houvessem mais mulheres ali, assim poderia ouvir suas vozes, e procurar alguma familiar“ <Narradora> O desjejum foi totalmente normal, até que Hector e Thomas Errol se levantaram respeitosamente, para se prepararem para partir. Ao que tudo indicava eles já tinham uma posição, fosse ela qual fosse, mas Wieglaf ainda não sabia o que eles haviam acordado. Depois da retirada dos lordes, acompanhada de Loss Lanrien, que disse a Wieglaf em tom discreto e particular que ele se ofereceu, já que ele não havia chego mais cedo, Alestar pediu para que o jovem guardião terminasse seu desjejum e, acompanhando a refeição dele vendo que ele parecia satisfeito, ou não, ele falou: ** NPC: <Alestar Massey> -- Posso saber o motivo da demora ao descer para o Salão, Sor Wieglaf Maelstrom? Ele indaga com um olhar desconfiado para o guerreiro, embora fosse Karlianna que demonstrasse maior interesse em sua resposta. <Wieglaf> *Wieglaf não conseguia sentir o sabor da comida, não fazia diferença para ele o que estava ou não comendo... Se antes tinha razões para odiar os montanhas, agora isso só havia se potencializado, a frustração por ter sido menos esperto que uma montanha era uma das maiores que já havia tido. Estava aliviado por não ter de acompanhá-los, mesmo sendo sua responsabilidade* -- Pensei ter ouvido uma coisa ontem á noite, meu senhor. *Ele dizia com um tom neutro na voz* -- Quis me certificar... Peço minhas sinceras desculpas. *Ele dizia e abaixava a cabeça, de modo singelo e voltava a comer.* ** NPC: <Alestar Massey> -- Nosso hóspede, Hector Clegane, guardião do Lorde Errol, disse que encontrou com o senhor no corredor, questionando a mim se eu o coloquei ali de vigia. Ele não pareceu muito contente ao ter que comentar sobre isso. -- Por mais que eu dissesse que você tem suas competências e virtudes, Sor Thomas Errol saiu de Stonedance desconfiado de nossa hospitalidade. Ele parou um pouco para observar o jovem e só então continuou. -- Não temos herdeiros, guardião, e isso vai complicar nossa posição. Pedi um tempo para que esperemos a resposta de minha irmã, a respeito da reunião com Lorde Stannis Baratheon, em Sharp Point. Caso não tenhamos boas notícias, é provável que Stonedance passe para a regência dos Errol e isso seria realmente muito ruim para minha família. E ele aguardou para ver como Wieglaf reagiria às informações.


<Wieglaf> *Fazia uma expressão afirmativa, e então dizia:* -- Seria de fato, meu senhor, e eu prometi a Milady Aileen que faria o máximo possível para evitar esse cenário. *Ele dizia com um tom singelo* -- E foi por isso que eu passei a noite em claro, monitorando nosso hóspede, e foi por isso que eu coloquei homens de guarda no quarto de Hector Clegane... Logo após ele se encontrar com uma mulher e discutir um plano que seria realizado hoje. Eu acredito que é possível que eu tenha imaginado isso, uma vez que nenhum rastro da mulher foi encontrado... Mas não gosto de descartar nenhuma possibilidade, por mais remota que seja, meu senhor. Eu temo por sua segurança... *Ele dizia em um tom neutro na voz, não via necessidade de mentir para sair daquela enrascada* ** NPC: <Alestar Massey> -- Compreendo perfeitamente sua posição, não estou aqui para julgá-lo, mesmo porque minha irmã me avisou por carta sobre suas maneiras cautelosas de agir. Mas essa parte sobre encontro me é nova, guardião... Ele pareceu interessando e Karlianna ao seu lado mais ainda. Parecia querer ouvir da boca de Wieglaf alguma intriga ou algo que pudesse mudar aquele cenário. Podia se sentir isso nos olhos dela. -- Não soubemos de nada disso, guardião. Se alguém tivesse saído de algum posto, os vassalos me avisariam, com certeza, ou a um de vocês. Sor Wieglaf tem alguma suspeita? E nos olhos de Karlianna ele pareceu ver um desejo incomensurável para ele dizer "sim". <Wieglaf> -- Não, meu lorde. *Ele dizia em um tom neutro* -- Eu não sei como ela fez para transitar pelo castelo, mas ela foi furtiva o suficiente para enganar meus ouvidos e o de alguns guardas, o que não é um feitio comum. *Ele dizia enquanto coçava a barba rala no rosto* -- Eu pretendia questionar vossos vassalos que cuidam da vigília a noite... Mas se o senhor não soube de nada, é capaz que hajam cúmplices. De qualquer maneira recomendo que o senhor haja com cautela hoje. Por que o que quer que eles tenham combinado, irá acontecer hoje. <Narradora> Alestar assentiu e sua esposa, ao seu lado, também, embora Wieglaf pudesse ter visto algo como um brilho se apagando nos olhos dela. Ele ponderou um tempo ali, ora ou outra olhando de sua esposa para Wieglaf, tentando pensar em tudo o que ele ouvira pela manhã. Karlianna se manteve quieta, se atendo apenas a questionar o que poderia ser, mas era óbvio que ela pensava em conspirações. Depois de trocarem algumas palavras sobre questionar os vassalos, a conversa foi interrompida por um abrir de portas abrupto no início do salão de refeições. O brilho, antes extinto, se reacendeu nos olhos de Karlianna quando nos salões um homem apareceu correndo, com passos tão pesados que causavam um eco diferente no local amplo. Ofegante, ele se jogou no chão, se ajoelhando de uma vez, tentando falar o quanto antes, o mais depressa que sua respiração permitisse. ** NPC: <Mensageiro> --Milorde... Ele tenta falar mas lhe falta o ar. -- Exército vermelho na colina... milorde... La... nnisters...


<Wieglaf> *Wieglaf não conseguia mascarar a sua surpresa em ouvir as palavras daquele homem. Que cenário absurdo e surrealista era aquele que se encontrava? Entendia que Os Montanhas serviam aos Lannisters, inclusive foi ordem dos leões o assassinato de Rhaenys... Mas por que os leões dourados estavam em Stonedance? Que interesse eles tinham em tudo aquilo? Queriam medir forças com Stannis talvez? Com os soldados dispersos como estavam, aquela era uma péssima notícia, demoraria a se reagruparem, e se os leões tomassem uma atitude hostil, certamente morreriam todos... Quer o exército tivesse tempo para se reagrupar ou não. Errols e Lannisters como inimigos, aquilo era um pesadelo, talvez ainda estivesse dormindo...* “Francamente, qual é o meu problema? Baratheons, Cleganes e agora Lannisters? Todas as pessoas que eu mais odeio no mundo decidiram vir me agourar? Você está rindo horrores da minha cara agora, não está, senhora morte?” *Pensava frustrado enquanto se via sem ação para o que fazer em seguida, decidia tentar entender a situação melhor* -- Algum estandarte hostil foi erguido, soldado? *Ele perguntava ao notar que apenas silêncio reinava no cômodo naquele instante* <Narradora>Ao mesmo tempo que Wieglaf questionava o mensageiro, Alestar se levantou de imediato querendo saber que tipo de exército era aquele. -- Desembuche, homem. Ande... nos diga que tipo de exército era para tomarmos nossas providências! Alestar, que não era de ficar alterado, pareceu imensamente preocupado e os motivos eram óbvios. Karlianna, ao seu lado, tentou tranquilizá-lo, mas ele pareceu averso a qualquer afeto nessa hora, esperando apenas a resposta do rapaz ofegante, a sua frente. ** NPC: <Mensageiro> -- B-Bom senhor... Começou ele gaguejando um pouco, para então buscar forças para continuar. -- Um regimento inteiro de cavalaria senhor. Me... P-Parece que eles não querem nos atacar e sim os... E-errol, milorde. Ele fez uma reverência de desculpas pela falta de dicção e só depois revelou. -- O estandarte Errol sobre um dos corcéis Lannisters estava manchado de vermelho, milorde... ** NPC: <Alestar Massey> Empalideceu na mesma hora e procurou as palavras certas para a melhor resposta. -Loss... Sor Loss está com eles e... Mas o que eles pensam que Stonedance é? Mande preparar meu cavalo, imediatamente! Bradou o regente e o mensageiro foi iniciar sua corrida aos estábulos, enquanto Alestar se virava para Wieglaf. -- Precisamos interceptar o regimento de Thomas Errol. Do contrário, fatalmente, Sor Loss Lanrien correrá riscos estando com eles. <Wieglaf> -- A essa altura eles já estão na metade do caminho, precisaremos dos garanhões mais rápidos... *Ele concordava com a cabeça* -- Irei emitir as ordens para re-organizar o exército, mas temo que irá demorar demais. *Ele dizia com clara preocupação no rosto. Estava confuso entender aquele cenário. Errols aliados a Cleganes aliados a Lannisters ele entendia, Lannisters matando Errols lhe parecia um conceito alienígena, confuso, não fazia sentido para ele... A menos que o plano de Clegane e da mulher fosse contra os interesses dos Lannisters, mas isso só ficava cada vez mais confuso na mente de Wieglaf, e ele decidiu pensar no caminho* -Pode ser uma armadilha também, meu senhor, para atraí-lo para os portões, uma maneira fácil de derrubá-lo sem precisar invadir um castelo impregnável. *Ele dizia pensativo, pouco antes de seguir junto a seus homens para reomitir as ordens de organização do exército. Tentaria ser o mais breve possível e então seguir aos estábulos*


** NPC: <Alestar Massey> Alestar já tinha pedido para Karlianna ir para um local seguro e indicou para que um dos guardiões do Hall seguinte lhe preparasse sua arma e armadura, enquanto seguia apressadamente para os estábulos quanto Wieglaf cogitou a última questão. Sem diminuir o passo, ele falou. -- Isso é possível, Sor Wieglaf, mas o que posso eu fazer? Essa é uma medida de urgência e por mais que minha irmã confie a vida em você, não posso permitir que faça isso sozinho, ainda mais sem ter tido nenhuma grande experiência com a liderança de exércitos. Posso estar arriscando dois guardiões, dos melhores, dessa maneira. E continuou o percurso, passando pelo Hall de batalha e parando para ser auxiliado por dois homens a vestir seu corselete de couro azul esverdeado. <Wieglaf> *Wieglaf imediatamente enviava as ordens, com o auxílio da guarda, dos corvos do Maestre e dos melhores recursos disponíveis, fossem homens cavalgando ou navios. As ordens eram claras: Os soldados na praia deveriam interceptar a comitiva, todos os da colina deveriam recuar. Selecionou os melhores homens disponíveis e capacitados para cavalgarem rapidamente ao lado dele e de Alestar e tentou da melhor maneira possível reforçar o portão. Finalmente seguiu para os estábulos, com uma expressão apressada, impaciente e preocupada no rosto* <Narradora>Alestar terminou de se equipar com o melhor disponível, usando um corselete e por cima um manto de nobre, com o símbolo dos redemoinhos. Depois dos homens colocarem seus protetores de joelhos e do antebraço, eles lhe trouxeram sua espada longa e a prenderam ao cinto. Em seguida, depois de Wieglaf ter dado as ordens, o garoto desceu até os estábulos, indo com Alestar para buscar os cavalos mais velozes. Em seguida, depois que toda a estratégia havia sido planejada e ordenada, os dois saíram em disparada na direção da comitiva, desejando que eles conseguissem fazer a interceptação. Embora fosse proibido uma declaração de guerra contra qualquer que fosse a casa em território não possuído ou arrendado, os Errol estavam sobre a proteção da Hospitalidade. Aos que seguissem os dogmas e os costumes antigos, seria uma grande ofensa aos deuses permitir que aquilo acontecesse ali, sem que nada fosse feito. ** NPC: <Alestar Massey> Enquanto cavalgavam, eles viam a muito distante a silhueta da comitiva e um dos homens cavalgando com ele tocou uma trombeta bem alta, que pareceu ter chamado a atenção. -- Vamos Sor Wieglaf! Nós os alcançaremos a tempo! Esbravejou o Massey, confiante. <Wieglaf> -- Sim, meu senhor. *Ele dizia com um sorriso aliviado no rosto. Estava com sentimentos confusos naquele instante, de certo modo, deixar os Errol morrerem resolveria o problema. Além disso, um Clegane a menos no mundo seria ótimo para ele, mas sabia que estava sendo mesquinho e egoísta com aqueles pensamentos, e sabia que deveria manter sua honra, mesmo em situações como aquelas. Além disso, começava a ter Loss como um amigo, não queria se arrepender pelo restante de seus dias de ter perdido a chance de salvá-lo. Ele não conseguia entender aquele cenário, o soldado mais cedo havia falado a verdade, mas aquela era apenas a interpretação dele dos acontecimentos... Ainda poderia ser uma armadilha, e ele não iria abaixar sua guarda. Assim que chegassem a uma visibilidade aceitável, iria verificar se estava tudo normal*


<Narradora>Os dois cavalgaram em alta velocidade até a comitiva, e quando foi possível identificar alguma coisa, Wieglaf percebeu que eles pareciam ter parado e começaram a declinar a rota, dando a volta para que o encontro logo fosse possível. Alestar se alegrou ao ver que haviam conseguido interceptá-los, do contrário em pouco tempo estariam em Dunas Cinzentas e isso poderia complicar muito pelo quadro que se apresentava. Wieglaf e sua percepção não identificaram estandarte, flâmula, traje que pudesse identificar a presença de outros além do regimento de Loss Lanrien e de Thomas Errol, portanto, tudo parecia ter dado certo. O encontro próximo a praia se deu em pouco tempo e Loss parecia surpreso ao vê-los ali, bem como um regimento inteiro que vigiava as praias e colinas se reagrupando com eles. Thomas Errol e Hector Clegane pareciam desconfortáveis e, como líder do exército, Wieglaf é quem tinha de fazer as honras de explicar a situação, já que não era mais uma reunião de Lordes e Regente. <Wieglaf> "Ótimo Wieglaf, você acabou de salvar um montanha... Depois de ajudar Stannis Baratheon... Seus inimigos começam a lhe pilhar favores... Ou não." *Pensava discretamente com um suspiro, um tanto de alívio e um tanto de decepção enquanto guiava seu garanhão até a frente do grupo e dizia:* -- Meus lordes, como capitão da guarda de Stonedance, é meu dever preservar a ancestral tradição da proteção da Hospitalidade e eu receio que vossa vida, senhor Errol, esteja em risco. Além dos portões de Stonedance aguarda um regimento de cavalaria da casa Lannister. Segundo nossos batedores, o estandarte Errol sobre um dos corcéis Lannisters estava manchado de vermelho. *Ele então esperava um pouco, estudando a reação de Hector e Thomas, e então terminava* -- Até essa situação ficar esclarecida, gostaríamos que permanecessem sob a proteção da casa Massey, meu lorde, ou não poderemos garantir vossa segurança. Honra, Coragem e Força, somos os três ou nenhum. *Dizia ao término, infeliz por estar protegendo um montanha... Cujo plano poderia ainda estar ativo* ** NPC: <Thomas Errol> Todos pareceram surpresos, mas quem mais aparentar preocupação era o lorde de Haystack Hall, que falou prontamente. -- Lannisters? Mas o que eles... E antes que ele terminasse a frase, uma adaga de arremesso passou precisa ao lado do rosto do lorde, indo na direção de Alestar Massey. Seria o fim do Regente de Stonedance não fosse a percepção incrível de Wieglaf, que conseguiu se mover a tempo e saltar para proteger o lorde, irmão de Aileen. A dor da adaga perfurando a armadura de couro de enguia foi absurda e ele conseguiu ser ágil para cair de maneira a não se machucar ainda mais. Seu ombro esquerdo estava agora perfurado e dolorido. Mas isso era apenas o começo, pois no instante seguinte o Montanha partiu com seu cavalo de maneira agressiva e desferiu um golpe certeiro em Alestar, pois Loss não fora suficientemente rápido para acompanhá-lo... Alestar tombou bem próximo de Wieglaf, ainda vivo, mas com um grande ferimento, sangrando muito próximo do peito. Os homens imediatamente começaram a se digladiar e os guardiões que estavam a cavalo foram atacar Hector, bem como Loss também preparou-se para o combate, colocando a espada no pescoço de Thomas Errol. -- Parem com isso... parem com essa insanidade! Pediu o Lorde Errol, mesmo com a espada no pescoço, parecendo não saber como aquilo poderia estar acontecendo... Wieglaf, no chão e se levantando. Viu todos as lanças em riste, apontadas umas para as outras. O confronto seria inevitável e mesmo que ele não visse o sorriso no rosto de Hector, ele se deliciava com o medo dos homens, pois atrás dele, o regimento de vestes vermelhas descia a galope os montes, enquanto as tropas estavam todas alinhadas ali... era uma armadilha...


<Wieglaf> -- Não Loss! Thomas Errol não tem nada a ver com isso! *Ele dizia em tom alto e audível* -- Isso é uma conspiração dos Montanhas! *Ele finalmente juntava forças e dizia no maior tom audível que pudesse* --HOMENS, ISSO É UMA ARMADILHA! OS INIMIGOS SÃO OS CLEGANES, OS LANNISTERS E O HOMEM QUE ATIROU ESSA ADAGA! ABAIXEM SUAS ARMAS E RECUEM COMIGO! SE PREZAM POR SUAS VIDAS, SE PREZAM PELA VIDA DE LORDE ERROL, FAÇAM ISSO! *Ele então fazia um enorme esforço para erguer o irmão de Aileen no cavalo, e tirá-los dali* <Narradora>«!» Loss tirou a espada do pescoço de Lorde Errol e usou a lateral da arma para bater no lombo do cavalo, para que ele disparasse na direção que Wieglaf havia escolhido. Em seguida o filho de Toras Lanrien ergueu sua voz, pedindo que todos, rumassem para as praias das dunas cinzentas, indo em seguida na direção deles o mais depressa que conseguiu. Os dois regimentos, Errol e Massey, se uniram na direção de seus Lordes e Wieglaf percebia o quão debilitado estava Alestar Massey, depois do golpe do montanha. O jovem não conseguiu precisar até que ponto eles aquela união temporária seria benéfica, pois o embate logo ocorreria na praia... Como uma premissa de que o destino poderia mudar, as duas embarcações mantidas pelos homens estavam lá, antes para ajudar na detecção de possíveis espiões, mas agora seriam úteis para um auxílio na batalha... A distância entre os destacamentos Errols e Massey dos cavaleiros de vestes vermelhas era considerável, mas muito pouco para uma organização sensata de um perigo daquela magnitude... Quando se alinharam na praia, Loss pareceu indignado com o Lorde Errol e foi tirar satisfações calorosas com ele, quase sento atacado por 5 homens com lança, montados. Por sorte, Thomas Errol fez um sinal para que eles abaixassem as armas, e ele ouviu a voz de Loss, quase cuspida em sua face, dizendo que ele traíra os costumes da hospitalidade, mas Errol rebateu dizendo que tudo era parte de uma conspiração de Hector Clegane. Alestar teve que intervir, como o pouco de força que ainda lhe restava, dizendo para se concentrarem no combate. Ele pediu para que Wieglaf descesse, para que ele pudesse dar o melhor de si num combate a pé com suas habilidade. No cavalo elas não serviriam de nada. Teimoso, ele evitou o pedido de seus homens para que ele subisse à embarcação, e ao tentar erguer sua espada para motivar seus homens à batalha, ele tombou, sendo pego por um de seus guardiões e com a permissão de Wieglaf levado para o navio. Os poucos arqueiros da embarcação se posicionaram na amurada lateral e Thomas Errol ergueu sua espada para lutar junto dos Massey. Loss organizava os homens aos berros, dizendo que eles morreriam tentando manter Stonedance e um dos homens, o cavaleiro mais rápido, foi designado para cavalgar pela enseada em busca de reforços... A batalha era inevitável... e aconteceria em poucos instantes... <Wieglaf> *Wieglaf estava feliz com a ajuda de Loss, sentiu que suas palavras não foram convincentes, mas as do rapaz o fariam seguí-lo mesmo que nunca o tivesse visto. A dor da adaga era aguda e cruel, mas ele tentava ignorá-la, tinha uma batalha para lutar, e tinha que se concentrar totalmente nela. O inimigo tinha o dobro da cavalaria, mas eles tinham navios, balestras e a areia da praia iria atrapalhar a carga, era o melhor cenário que havia conseguido pensar. Ele estava preocupado com Alestar Massey, o havia alertado que poderia ser uma armadilha, havia feito isso, e agora estavam tendo de improvisar. Mas não restava tempo para arrependimentos, era hora de vencer ou morrer. Ele observou Loss e Errol darem patadas e a teimosia de Massy, mas não os deu atenção, ele pediu para Loss organizar os homens e procurou nos rostos dos homens de Errol o traidor, sabia que o havia visto, sabia que o reconheceria...


<Wieglaf> Aparentemente ele não estava ali. Satisfeito, ele arrumou os flancos da cavalaria e dos arqueiros e então se posicionou depois da cavalaria, iria esperar a carga e atropelamento do inimigo, e então atacá-los depois do choque inicial* <Narradora>Depois de realinhas as tropas, enviando o regimento de cavalaria de Loss para a esquerda, com 140 cavaleiros leves, portando espadas e lanças, Wieglaf distribuiu 160 exércitos. igualmente, de cavalaria para rechaçar o ataque frontal e o direito, se preocupando mais com o esquerdo pois fatalmente seriam os homens mais capazes e os que viriam das dunas mais altas, ganhando uma velocidade incrível. Não havia melhor estratégia em sua mente, pois o objetivo era atrasar o máximo os ataques, para que as balestras e os arqueiros trabalhassem nos flancos, reduzindo consideravelmente o ataque massivo do inimigo. Wieglaf ainda contava com os soldados de apoio, simplesmente para proteger a entrada do barco, para que o Lorde Massey, gravemente ferido, não recebesse o golpe final, torcendo para que a morte não o levasse antes do desfecho. O galope dos 600 cavaleiros inimigos soaram como um trovão quando se aproximaram da praia, parecendo um terremoto. Mas os Massey, com o auxílio dos Errol, não se entregariam facilmente. Se sentiam tão filhos do redemoinho quanto Aileen, porque era nisso que ela sempre os fazia acreditar. Wieglaf fazia questão de lembrar o lema da casa, a qual aprendera a amar e respeitar, bem como proteger e ali, diante dele, os homens morreriam ou viveriam, mas a morte já respirava ao seu lado, contendo vastas listas de nomes em seus pergaminhos velhos e atemporais, escritos com sangue... [00:50] «!» Por sobre sua cabeça, o primeiro disparo da balestra foi na direção do ataque frontal, apoiando os cavaleiros do Lorde Thomas Errol, bem como uma saraivada de flechas. 11 homens inimigos morreram no ataque e alguns ficaram feridos por não conseguirem se desviar de seus companheiros, se embolando no pelotão... mas este avançou com fúria e Wieglaf jamais esquecerá dos sons de escudo e espadas se encontrando num ataque montado daquela magnitude, vendo madeira e sangue voando pelos corpos dos homens. A batalha durou pouco ali e mais de 100 homens inimigos atravessaram aquela linha, que recebeu mais uma saraivada de flechas... O coração de Wieglaf pulsava forte e ele mal tinha tempo de raciocinar e, enquanto pensava em como lidaria com todo aquele exército, ouviu os homens fortes torcendo a imensa manivela da balestra, recompondo a arma, e lá na ponta direita, viu o disparo da outra balestra na direção do exército vindo de lá, bem como uma saraivada de flechas. O confronto daquela posição foi sem dúvida o mais sangrento de todos e muitos homens morreram ali. Se é que se podia se dizer que aquilo era sorte, poucos homens inimigos avançaram, deixando o regimento inteiro dos 80 que Wieglaf enviou, mortos sobre a areia molhada... <Narradora>Mas nada se compararia ao regimento de Loss contra o mais brutal dos regimentos inimigos. Cavalos e homens se misturando num mar de corpos, onde os gritos de dor e raiva ecoavam como uma sinfonia cruel, enquanto os arqueiros tentavam impedir, de toda forma, a parte maciça do ataque frontal inimigo de avançar. Wieglaf segurava sua espada pensando em tudo o que ele mais amava... Fechou os olhos pensando em seus pais adotivos, em Stonedance, Lea e Alfred. E cada lembrança na praia, aprendendo a pescar era cortada por um golpe de espada, de lança ou de escudo partido, bem como um grito de dor, um grito de morte... Seu coração já não cabia dentro dele, e se lembrou dos conselhos de Jimmy, alguns deles ainda não sendo possíveis ter realizado...


<Narradora>E a chuva de flechas passou por sobre a cabeça dele novamente e ele gritava ordens para os soldados de apoio não esmorecerem, pois se fosse para morrer ali, que morressem dignamente. Confiava em Loss e sabia que a batalha final estava diante dele. Seus homens avançaram com seus escudos grandes de madeira reforçada com ligas metálicas, correndo com Wieglaf ao centro, juntando a maior força que tinha na garganta para descarregar tudo nos primeiros golpes, de forma a abrir a brecha que precisava. Foi quando ele pensou em Nana... sorrindo com uma flor presa a orelha... em seus cabelos negros e seu belo e simples sorriso... ele sabia que os homens da frente iriam morrer... e esperou até que as lanças fossem arremessadas pelos homens inimigos e que os soldados com escudo caíssem a sua frente... Wieglaf precisava viver, por Ailenn... <Narradora>Dos 50 soldados de apoio, metade caíram no primeiro golpe de arremesso, que fora imensamente preciso, mostrando a habilidade dos inimigos, mas era a deixa para ele saltar, girando seu corpo de maneira acrobática, passando a lâmina braavosiana na barriga do primeiro, abaixando para deixar um ataque passar por ele e golpeando as costas do adversário e antecipando o passo para encurtar a área de ataque de um lanceiro, que errou o golpe e Wieglaf usou a brecha abaixo do braço do homem para arrancá-lo fora com um ataque preciso, derrubando o cavaleiro no chão. Ali, na parte mais fofa, os homens começaram a descer e atacar a pé, pois os movimentos de cavalaria já não eram vantajosos e o jovem guardião Massey, agora Lorde Maelstrom, tinha apenas 25 bons homens para aguentar um regimento de mais de 70. Um barco provavelmente já estava sendo tomado e os arqueiros deveriam ter de lutar com suas espadas e a ele não cabia mais decidir suas estratégias. Wieglaf precisava se manter firme, duelando contra quantos fossem, para que o barco à esquerda continuasse sem ser invadido, pois se isso acontecesse seria o fim. O ferimento no ombro do arremesso covarde do atirador ainda lhe causava dor, mas ela era quase imperceptível devido ao montante de adrenalina. O jovem não via mais a face de seus inimigos direito, somente seus movimentos, para que ele usasse os seus para eliminá-los a sua frente... Foi então que viu o Comandante das tropas inimigas e antes, pensando se tratar de Lannisters, acabou notando algo muito diferente nas túnicas, mas ele não tinha tempo para caprichos agora. Tendo de decidir atacar um Clegane, que destruía seus homens e os reforços que chegavam, ou o Comandante, ele foi no que achava ser mais importante para as estratégias do exército inimigo e começou seu duelo contra o comandante dos cavaleiros. Wieglaf quase não teve trabalho em eliminá-lo, mesmo ferido, pois era imensamente ágil e incrivelmente preciso para acertá-lo, embora a resistência de seu oponente lhe causasse inveja. O jovem se lamentou ter errado o último golpe contra ele, que passou perto do topo da cabeça do homem, quando este se abaixou para esquivar, girando debilmente seu corpo para escapar de Wieglaf, indo na direção de um cavalo... Wieglaf não teve tempo de comemorar o feito, pois muitos homens seguiram seu senhor e debandaram da batalha, o que aumentou as chances dele sobreviver... Seu inimigo agora era Hector Clegane, um montanha, parecendo ser quase duas vezes o seu tamanho, tamanha imponência ele tinha...


<Narradora>«!» Wieglaf preparou sua espada, esperando o ataque mais cruel que recebera em vida, e quando tentou fintar para atacar, recebeu um golpe pesado de espada bastarda que mesmo com as duas mãos ele não conseguiu parar e seu outro ombro foi rasgado pelo impacto do golpe, mesmo defendido. O homem andava a passos calmos na direção dele, preparando o próximo e decisivo ataque, mas Wieglaf não podia deixar que fosse... Precisava resistir... Loss viria em breve, ele podia sentir o regimento inimigo se distanciando. Mas ao tentar golpear o montanha e conseguir, causando menos ferimento que gostaria pela dificuldade em atacar, ele recebeu um encontrão do homem imenso, que o desequilibrou e ao ver o giro rápido do golpe dele, só teve uma alternativa, atacar o golpe para diminuir o impacto... O som estridente das duas lâminas foi ouvido por toda a praia das dunas cinzentas e o golpe foi tão forte que trincou a espada de Wieglaf quase inteira, onde o final do golpe de Hector Clegane terminou em sua coxa, por sorte com o impacto diminuído. Wieglaf morreria no próximo golpe... <Narradora>O sentimento de dor, desespero, fragilidade e descumprimento das promessas feitas a Nana e a Aileen o preencheram e seu estilo excepcional não o ajudaria a viver mais um golpe daqueles. Mal conseguia erguer a espada para se defender e por sorte a armadura dada por Aileen o manteve um pouco mais vivo... um pouco mais... Foi então que Loss surgiu galopando no meio deles e passou com um golpe certeiro, o qual mataria o montanha, se não fosse por sua armadura pesada. Mas Loss também não esperava que o montanha tentasse matar Wieglaf naquele momento, achando que este fosse se defender... foi então que o jovem Maelstrom, depois de ouvir o golpe de Loss em Hector Clegane, viu sangue jorrar na sua face e depois de recuar alguns passos e olhar o que houve, viu a perna de Loss Lanrien no chão, o pedaço do joelho pra baixo. Hector Clegane urrava de raiva por não ter matado Wieglaf e pela interrupção de Loss, mas agora ele tinha um ferimento. O filho de Toras Lanrien, mesmo sem parte de uma perna, não esmoreceu e resistiu o quanto pode para continuar seu ataque sobre o cavalo. Wieglaf não tinha outra alternativa senão ajudar Loss, do contrário ele perderia a vida no próximo golpe. Cercando o Clegane, os dois começaram a investir contra ele e Hector caiu na estratégia de Wieglaf, tentando eliminar Loss por ele estar mais inteiro no combate. Essa brecha permitiu que os dois conseguissem ferir um pouco mais o Clegane e depois de um longo e exaustivo duelo, o mensageiro enviado por Loss, antes do duelo, apareceu no horizonte com o reforço da fortaleza. Enquanto o jovem Maelstrom, o montanha e Loss Lanrien duelavam pela vida, a cavalaria pesada tratou de rechaçar a ameaça a embarcação onde estava o regente, que já estava parcialmente destruída devido aos ataques inimigos. Hector ainda poderia fugir, mas depois de conseguir defender um ataque de Loss, que lhe causou somente alguns ferimentos, ele foi para cima de Wieglaf, tentando colocar um ponto final naquele combate. O jovem e suas habilidades de Braavos resistiram a todas as investidas e quando ele fez sua última tentativa, um homem da cavalaria pesada o acertou com um arremesso de lança... que atravessou a lateral de sua pesada armadura, e perfurou os pulmões do guerreiro Clegane... O montanha ainda se ajoelhou, com sua boca cheia de sangue, relutante em permitir que a morte o levasse embora... Cambaleante, Wieglaf defendeu os golpes a esmo que ele aplicava e se aproximou o suficiente para tirar-lhe a vida, antes que a morte o fizesse... O corpo de Hector Clegane tombou de lado... sua cabeça parou entre as pernas de Wieglaf...


«<Narradora>O jovem Maelstrom pouco enxergava e mal se aguentava em pé, caindo de joelho, se apoiando em sua espada trincada. Ao longe ele via o inimigo cavalgando em retirada, enquanto Loss se deixava tombar de lado, pedindo ajuda para conter o sangue da perna amputada. Wieglaf parecia ouvir somente o mar atrás dele, pois os gritos de desespero dos inimigos restantes morrendo eram ecos de um sonho que ele não acreditava estar acontecendo. Espadas e lanças tilintavam em meio ao som pacífico do mar de dunas cinzentas, mas ele pouco se importava com isso... as laminas embebidas em sangue seriam limpas, mas a praia seria um tumulo de quase 900 homens. Os sentidos do jovem vacilaram em meio a dor e a alegria de acreditar que estava vivo... foi então que ele deixou a espada cair... seu corpo não respondia mais a seus pensamentos... nem ele mesmo era dono do que pensava... queria estar deitado no colo de Nana... mas seu rosto encontrou somente a areia, quando ele desmaiou... seu corpo só se mantinha vivo por sua fé no Deus de muitas faces... ao menos ele acreditava nisso... <Narradora>Wieglaf abriu os olhos, ainda ouvindo o som do mar ao longe, mas sentia que estava numa cama e a paisagem foi tomando a forma de um quarto na ala onde os curandeiros da fortaleza do Redemoinho ficavam. Uma jovem limpava o sangue de sua boca e, pela cor da água no balde, ele perdera muito. Nos dois ombros haviam faixas e compressas e ele sentia dores em todo corpo. Tentou falar, mas seu estômago doeu e mais sangue surgiu na sua boca, sendo limpo rapidamente pela jovem. Ela pediu calma a ele e disse que estava tudo bem... Mas ao olhar de lado ele viu seu amigo Loss Lanrien, um companheiro imbatível e que salvou sua vida no duelo. Custava em acreditar que aquele curativo apenas até o joelho era real... Loss não combateria mais no solo devido a perda da perna... e isso causava mais dor ao jovem do que seus próprios ferimentos. Apesar disso, ele parecia bem, se é que isso era possível com uma perda daquelas. O sangue parou de surgir na boca de Wieglaf e, depois da jovem lhe dar um pouco de água, ele pareceu apto a falar, se quisesse. <Wieglaf> *Tudo acontecia de modo muito rápido, brutal e sangrento, a chama da vida de centenas de pessoas em suas mãos e ele via elas se apagarem, pouco a pouco, de modo anti-climático, a sinestesia de sons, a melodia da morte. Nenhum livro havia preparado Wieglaf para aquilo, para a parcela dele que cada homem que morria arrancava dele, havia lutado na guerra contra o Ursupador, sim, mas era apenas um soldado, um garoto, protegido por seu status, nunca em perigo real. Daquela vez, mais uma vez, a morte sorria para ele e ele sabia que todos os homens devem morrer, mas por que adiantar o inevitável? Ele queria salvá-los, queria salvar a si mesmo, mas o que ele era contra aquela tempestade de inimigos se não apenas um obstáculo a ser derrubado? Quanto mais a batalha prosseguia e o ferimento da adaga roubava-lhe a água do corpo, mais ele notava a sombra da morte e sua foice se aproximando, e naquele instante, com a cavalaria avançando contra eles, tudo que conseguiu pensar foi nas pessoas que se importava: Leen, Nana, Lea, Alfred, Jimmy... Se aquele exército passasse por aquela praia, iriam pilhar e saquear Stonedance e não seria apenas ele que estaria morto, seriam todos que amava. Talvez tenha sido medo, talvez tenha sido uma determinação inabalável, talvez tenha perdido o apego a sua vida e decidido apenas ter a mais honrada morte possível, mas com um discurso ele conseguiu inspirar a infantaria que se preparava para encarar o dobro de seu contingente em homens cavalgando, e com um excepcional trabalho em equipe conseguiu a abertura que precisava para batalhar contra o comandante...


<Wieglaf> Dançando e copiando movimentos que apenas seu pai era capaz de fazer melhor, ele conseguiu guiar uma batalha unilateral contra seu oponente... Apenas quando a sombra de uma montanha surgiu, ele notou o quão frágil e mortal ele era. Dois golpes foram suficientes para mostrá-lo como ele era apenas um bolo de carne, uma criança em frente a um gigante, se viu aliviado quando Loss entreviu, mas ele só parecia ter adiado o inevitável... Wieglaf não tinha mais forças para continuar, não sentia mais seus braços nem sua perna, todo o seu corpo agora era sangue, dor e decepção consigo mesmo por sua fraqueza... Decepção consigo mesmo por ter guiado Loss para o mesmo destino que ele teria. E ainda assim ele viu luz no horizonte, e soube que ainda havia esperança* “Eu vou morrer um dia, mas... Hoje não” *Ele pensou enquanto tirou forças que não sabia que tinha para esquivar-se dos próximos dois ataques do montanha, foi o tempo que precisava, com os reforços, conseguiu finalizá-lo... Ao sentir o sangue quente do homem espirrar em seu corpo, ele soube que havia valido a pena, se ele morresse ali, havia valido a pena, aquele não era Gregor Clegane, mas quem era ele para escolher? Ele sorriu um riso assassino e histérico ao ver o homem tombar... E então seus sentidos o abandonaram... E ele se tornava um com o mar... Seus últimos pensamentos eram em Nana... Por que estava pensando nela enquanto sua consciência e sua vida lhe abandonavam? Não iria cumprir sua promessa a ela, mas estava feliz por que ela estava a salvo, talvez aquele tivesse sido o propósito de sua vida todo aquele tempo, descobrir verdadeiras amizades, e morrer por elas, um gesto insignificante... E então... Trevas.* <Wieglaf> *Mas as trevas trouxeram luz, ou o Senhor de Muitas Faces parecia gostar dele ou estava pregando peças em sua mente, pois agora estava em uma ala na fortaleza do redemoinho. Todo o seu corpo doía e gritava por dentro, até mesmo abrir os olhos era uma experiência que lhe trazia grande angústia, ele tossia e sentia todo o seu corpo dissonar junto com a tosse, e não conseguia deixar de gemer. Por que aquilo tudo havia acontecido? Por que com ele? Por que o Senhor de Muitas Faces insistia em deixá-lo vivo? Por que ele não o levava de uma vez para ficar ao lado de seu pai? Aquela não era uma morte honrada o suficiente? Mas ele sabia que estava sendo egoísta, consigo mesmo, com Nana, com Leen, com a imagem de seu pai... Ele juntou forças e tentou falar, mas não parecia criar forças... Quando ele via Loss ao seu lado, não conseguia conter as lágrimas, por sua fraqueza, seu amigo havia pago o preço. Ele juntou forças e falou, mesmo que acompanhado de sangue* -L...Loss! Me... desculpe! *Ele então falava mais alguma coisa, mas embaralhava tudo, e não saíam palavras, apenas lágrimas e sangue*


<Narradora>A jovem conteve o acesso e o tremor do corpo de Wieglaf, pelo esforço que ele teve ao pronunciar as palavras. Dos olhos da jovem também escorreram lágrimas sinceras por ele ter se esforçado tanto por um pedido de desculpas, visto que ele não estava em condições nem de estar acordado, estando apenas por força de vontade. Loss estava desacordado, repousando e a jovem curandeira disse ao guerreiro que ela lhe transmitiria suas palavras, quando ele acordasse. Wieglaf dormiu novamente, depois dela passar um unguento no seu pescoço, que emanava um cheiro balsâmico e desorientador, relaxando sua mente e o colocando em sono profundo. O jovem Lorde Maelstrom acordou em seus aposentos, quase acreditando ter sido apenas um pesadelo, daqueles bem ruins, e imaginou ter tido um bom presságio, podendo interromper o sexo de Hector Clegane, com quem quer que fosse, e dar fim a tudo aquilo... mas foi então que se lembrou que ele não dormira naquele dia e que ao se descobrir da pesada coberta de pelos de carneiro, ele sentiu seus ferimentos todos, vendo agora sua faixas e curativos. Os raios de sol começavam a invadir seu quarto pelas frestas na janela e Wieglaf sentiu que poderia caminhar, se quisesse... seria um grande esforço, é verdade, mas nada era tão pesado quanto suas lembranças da guerra... <Wieglaf> *Wieglaf começava com passos de bebê, testando seu corpo: Primeiro tentava erguer um braço, depois arrancar a coberta de pelos de carneiro... E então mexer os dedos dos pés... E então mexê-los novamente... E então guiá-los até o chão apenas para sentir como estava gelado. Durante todo esse longo e doloroso momento, ele se perguntava quanto tempo havia passado, se perguntava qual a situação atual de Stonedance. Haviam declarado guerra contra Lannisters naquela batalha? Estaria a cidade em cinzas aquela altura? Ele precisava saber... Juntando todas suas forças ele se levantou, procurou sua espada, frustrando-se em não encontrá-la. Se apoiando nas paredes ele se aproximou de uma janela que tivesse a vista da cidade, e a fitou, com grande aflição e apreensão nos olhos, mesmo que tivesse aberto alguns ferimentos, teria valido a pena, se pudesse ver os barcos de pesca no mar, sentir o cheiro do mar e a brisa contra seus cabelos... E saber que era apenas mais um dia normal.* <Narradora>Abrir a janela e ser inundado pela luz do dia foi algo que permitiu que o corpo de Wieglaf reconhecesse que ele estava vivo, embora fosse demorar muito para ele voltar a ser o guerreiro que era. Seus ferimentos eram profundos, doloridos e se ele não se cuidasse, poderiam agravar para sempre seu movimento, impedindo-o de lutar como outrora. A praia das rochas estava calma e pacífica como sempre, mas ao longe ele viu a silhueta de uma embarcação, a qual já teve o desprazer de estar. Sobre as brumas longínquas da praia, se podia ver um tom inconfundível de amarelo ouro, mesmo que a milhas de distância... Wieglaf não sabia precisar se Stannis Baratheon estaria ali, desta vez, mas já sentiu algo ferver dentro dele. Stonedance parecia tão calma dali, mas o guerreiro sabia que muitos estavam enterrando seus parentes agora, lamentando pelas perdas sofridas. Um regimento inteiro de cavaleiros leves havia morrido e ainda haviam corpos de Errols entre os mortos. Wieglaf ainda não sabia sobre Thomas, mas também não sentiu vontade no momento de querer notícias dele. Sua vida realmente era um turbilhão... Aileen havia acertado em cheio na escolha de seu nome de Lorde...


<Wieglaf> "Tudo isso pelo bem estar de Stonedance..." *Ele pensava enquanto notava que seu corpo demoraria para voltar ao que era antes, talvez não pudesse mais dançar como dançava antes... Havia falhado com Aileen quando a prometeu que seria uma visita diplomática. Uma pena contra um colosso, esse havia sido seu papel contra o Montanha, contra a família que mais odiava... Ele havia sido fraco, um estorvo, e seu corpo havia pago o preço, e Loss pagou pelo preço... E agora estava envolto em uma trama que envolvia todas as casas que mais odiava, e aquele era o campo de batalha deles. Wieglaf nunca esteve tão frustrado, todas aquelas vidas mortas, e o sangue de todas elas estava em suas mãos, e havia sangue de suas feridas em suas mãos... E encostado naquela janela ele chorava discreto e silenciosamente, como uma criança apavorada e com medo, se sentindo um indigno de estar vivo... Mas o que mais o aterrorizava era o sentimento de alívio, alívio por Stonedance estar segura, pelo irmão de Leen talvez estar vivo, por ter cumprido sua promessa á Nana, ele devia se sentir péssimo, mas havia uma parte nele que estava feliz e radiante e ele se odiava por ela existir. Precisou de cerca de 20 minutos para conseguir pensar em qualquer coisa com clareza, e mais uns 10 para enxugar as lágrimas e recuperar sua postura. Finalmente ele criava coragem, e falava:* -- Há um guarda estacionado em minha porta? *Ele tentava se manter encostado na janela da melhor postura possível* ** NPC: <Guarda> A maçaneta da porta se moveu para baixo e logo esta foi aberta com calma por um jovem, que estava vigiando o local como Wieglaf supura. Ele apenas deixou metade do seu corpo adentrar o quarto, demonstrando respeito á Wieglaf, tanto por sua posição quanto por aquele momento. De maneira série e condolente, ele respondeu: -- Sim, Sor. Em que posso lhe ser útil. E aguardou a resposta de Wieglaf. <Wieglaf> -- Por favor, chame alguém que possa me explicar a exata situação de tudo que está acontecendo em Stonedance. *Ele dizia em um tom singelo* -- Se o Maestre não estiver muito atarefado, eu gostaria de ter uma palavra com ele também. *Dizia finalmente, enquanto notava finalmente que não estava mais com a flâmula... Agora era apenas um enfermo, um inválido... Estava vulnerável para seus inimigos, isso lhe deu uma pitada de medo, mas ele não demonstrou ao homem, e esperou sua reação* <Narradora>O guarda assentiu, fechando a porta atrás de si, e logo saiu do quarto para buscar alguém apto a dar as respostas que Wieglaf precisava. O guerreiro teve de esperar longos minutos ali, próximo a janela até que um senhor de meia idade apareceu. Wieglaf já o tinha visto algumas vezes nos domínios da fortaleza do Redemoinho, mas ainda não sabia quem ele era. Sem muitas formalidades, ele apenas fez uma breve mesura, perguntando após entrar no quarto e fechar a porta.


** NPC: <Meistre> -- Gostaria de se sentar, por favor, Sor Wieglaf. E ele apontou a cama, conduzindo a conversa depois que o jovem o fez, para sua própria segurança. -- Stonedance se encontra em um imenso funeral, Sor, em praia das dunas cinzentas. Porém, temos péssimas notícias... ou boas, se for se pensar para um lado. Ele faz uma breve pausa, avaliando o peso daquela informação e só então prossegue. -- Nós não combatemos Lannisters, abaixo de colinas brilhantes... eram mercenários de uma antiga casa chamada Hollards, cujo o castelo já não existe mais. O motivo pelo qual eles usavam trajes dos Leões eu não sei, mas possivelmente os verdadeiros Lannisters queiram vir averiguar... Lorde Stannis Baratheon está a caminho, vindo pelo mar. Lady Aileen Massey já nos enviou um corvo com uma mensagem dizendo que sua reunião com os lordes Baratheon e Velaryon renderam uma aliança forte com o reinado. Por enquanto essas são as notícias, Sor, além de recolhimento de metal e armas para avaliação e uma simbólica recompensa aos familiares. <Wieglaf> *Se sentava na cama como orientado, sentia seu corpo queimar e reclamar, mas não poderia ficar nem mais um segundo no silêncio daquela cama sem saber o que iria acontecer em seguida. Ele ouvia atentamente as palavras do Meistre... Aquilo parecia uma armação, uma maneira dos Lannisters saírem impunes daquilo tudo agora que havia dado errado! Não fazia sentido nenhum os Hollards terem 600 homens bem tratados, treinados e montados, especialmente uma casa sem castelo. Também não fazia nenhum sentido os montanhas, aliados claros dos Lannisters, se envolverem com Hollards daquela maneira, como ele odiava o jogo de poder daquelas malditas casas! Wieglaf fechava os punhos ao terminar de ouvir as palavras do Maestre, e então dizia: * -- Alestar Massey, Thomas Errol e Sor Loss Lanrien, qual o estado deles atualmente? *Dizia juntando forças para falar. Quando tivesse a resposta da pergunta, continuaria:* -- Milady Aileen revelou... Os termos dessa aliança? ** NPC: <Meistre> O homem de meia idade ficou um tempo calado, sabendo a confusão que deveria estar se passando na cabeça de Wieglaf e o jovem pode ver no Meistre um olhar duvidoso também, para aquele cenário. - Sor Thomas Errol... sucumbiu ao assalto senhor... seus herdeiros já foram comunicados. Ele respira um pouco e Wieglaf percebe mais alívio em sua expressão agora. -- Lorde Alestar Massey está vivo, porém em gravíssimo estado, tendo algumas costelas do lado direito partidas... mas acreditamos que ele melhorará. Está consciente ao menos. Sor Loss Lanrien... Ele faz uma pausa, que para o jovem pareceu uma eternidade, e só então prosseguiu. -Está bem... mas jamais lutará como antes... como bem sabes, Sor. E ele para um tempo para pensar na resposta da última pergunta e diz, de maneira pouco esclarecedora. -- Nossa Lady Aileen Massey não deu maiores informações sobre a aliança, esperemos que Lorde Stannis Baratheon nos esclareça, Sor. E ele fez mais uma reverência, esperando que Wieglaf findasse a conversa ou indagasse mais alguma coisa.


<Wieglaf> *Ouvia atentamente ás palavras do Meistre... Depois de uma rodada de Cleganes e Lannisters, agora teria que lidar com Baratheons, é claro, nada nunca é simples. Como em menos de um mês e meio sua vida havia virado um redemoinho? Ao fim de suas palavras, ele ficava pensativo por alguns instantes e então continuava:* -Foi o senhor que tratou de meus ferimentos? Como está minha situação? *Ele dizia finalmente, com clara tristeza nos olhos ao concordar com as notícias sobre Loss* --Nós fizemos prisioneiros, Meistre? Eles confirmaram essa história sobre serem Hollards? Quantos Massey morreram naquela praia? *Ele dizia com um tom neutro e pensativo... Teria que se preparar psicologicamente para Stannis Baratheon* ** NPC: <Meistre> De maneira bem pragmática, ele responde. -- Sim, mas não ministrei toda sua recuperação, Sor. Por sorte tenho assistentes capazes de tratar graves ferimentos como os seus. E fazendo uma expressão não muito boa, ele disse. -- Vossa recuperação será lenta, Sor. Acredito que se agirmos corretamente, sem que vós se movimente muito ou se esforce de maneira imprudente, em três semanas vossos ferimentos já estarão quase todos sarados, permitindo que o Sor tenha de volta sua grande força combativa, bem como vossa agilidade de volta. E então ele ponderou sobre as próximas perguntas, respondendo. -- Sim, Sor. Os mercenários confirmaram se tratarem de Hollards, cujo objetivo era ajudar o montanha a destituir o regime de Stonedance, abrindo espaço para que uma família pudesse ter o controle desta cidade. Embora os Errol tivesse preferência pelos antigos tratados, pareceu não ser plano do Clegane permitir que Lorde Thomas Errol Assumisse. Ainda há muitos fios que não se emendam, Sor e os homens que capturamos não são fáceis de se torturar. Alguns já morreram, ser dizer uma só palavra. E quanto a última pergunta, o Meistre pareceu ligeiramente abalado. -- Quase todo regimento da cavalaria leve, Sor. 93 homens. Perdemos uma tropa inteira de arqueiros e mais alguns de outra embarcação, tendo 29 mortos. Dos soldado de apoio, sobraram apenas 2, Sor e perdemos 45 homens da cavalaria pesada, para findar de vez com o ataque. Uma perda total de 215 homens de nosso exército, Sor. E ele respondeu pacientemente, esperando Wieglaf se sentir satisfeito com as informações. <Wieglaf> *A última pergunta também lhe doía no coração, 215 homens morreram sobre o seu comando, ele os havia guiado para suas mortes... Cada número que o homem dizia parecia uma perfuração contra seu corpo, e ele já tinha várias doendo naquele instante, ele tentou então não pensar naquilo, aqueles que O Senhor de Muitas Face havia levado havia levado, não estava em suas mãos, provavelmente nunca esteve* "Três semanas... Talvez eu não tenha três semanas para estar operacional novamente. Se bem que Stannis Baratheon estando aqui, nada deve acometer Stonedance e ainda assim duvido que ele fique muito tempo..." *Ele pensava de modo analítico depois de ouvir tudo que o Meistre tinha a dizer* -- Eu só tenho mais algumas perguntas, Meistre, espero que não se importe. *Dizia em um tom humilde* -- Eu não entendo muito sobre acordos mas, com a quebra das tradições de hospitalidade por parte dos Errol - mesmo que sob essas circunstâncias - o acordo entre as casas é anulado? E Stannis Baratheon, quando ele nos deixará a par desse tratado? *Ele finalmente se encostava na cama de modo mais confortável, embora ainda sem deitar-se*


** NPC: <Meistre> -- Tenha certeza, Sor Wieglaf, que da mesma forma que achamos uma quebra de acordos aquele ataque, a morte de Lorde Thomas Errol sobre o nosso solo e sobre nossos auspícios acarretará também em possíveis desavenças, e neste mundo as coisas tendem a ser mais agressivas do que pacíficas. Esse legado de Guerra pode se alastrar de maneira sem precedentes e por enquanto estou pedindo para que aceite que todos eram mercenários Hollards, pois não devemos sequer assoprar o hipótese de que haviam Lannisters ali, embora isso seja provável. Ele fez uma pausa breve, apenas para caminhar um pouco no quarto, indo até a janela respirar ar fresco. -- Com Lorde Stannis Baratheon em Stonedance, estaremos mais protegidos de possíveis acertos de contas e é provável que ele se reúna com os lordes o mais depressa possível, embora ele ainda demore quase um dia para atracar no porto da fortaleza. Dessa forma, espero que nosso Lorde, Alestar Massey, esteja em condições de recebê-lo, do contrário, Sor Wieglaf, Sor Loss e Lady Karliana de Myr terão de fazer as honras, sem a presença do irmão de nossa Lady Soberana. De toda forma, podemos pedir um dia para preparar a reunião, embora isso possa ser contestado pelo irmão do Rei, se ele alegar urgência e ter argumentos para isso. De qualquer forma, nossa Lady, filha do redemoinho, pede que o recebamos bem... espero que quando chegar a hora, ele lhe explique tudo que for necessário, Sor. <Wieglaf> -- Entendo, Meistre. Obrigado por ser honesto comigo e pela paciência em responder todas as minhas perguntas. *Ele dizia em um tom neutro enquanto voltava a se deitar em sua cama, embora ainda não em uma postura totalmente descansada* -- Eu gostaria de ser informado sobre essa reunião assim que ela for definida, Meistre, e que pedisse ao ferreiro da casa que reparasse minha espada, se ela não estiver perdida, pois possui grande valor sentimental. *Dito isso ele terminava de se deitar, confortavelmente* -- Tentarei me comportar para não abrir nenhum ferimento, obrigado por ter cuidado de mim, senhor. *Ele então esperava o que quer que ele tivesse a dizer e se retirar, e se acostumar com a dor de seu corpo para assim ignorá-la* <Narradora>O meistre fez uma breve reverência para Wieglaf e saiu, dizendo que iria providenciar o reparo da armadura rara do jovem e de sua espada, com enormes trincados depois da batalha na praia de Dunas Cinzentas. Em seguida, Wieglaf teve de aguardar um instante até que a jovem que estava cuidando de seus muitos ferimentos aparecesse novamente, trazendo uma bacia nos braços e panos quentes nos ombros. Havia ainda, preso a seu vestido simples, linha e agulha, para terminar de costurar os ferimentos e ela fechou a porta e deixou a janela mais aberta, para que o local fosse inteiro arejado. Então, ela começou a preparar as coisas para o curativo, trazendo também aquele unguento de cheiro forte, caso a dor de Wieglaf fosse muita. Respeitosamente, ela observou a expressão do jovem e aguardou que ele lhe pedisse algo antes de começar o tratamento, pois parecia óbvio que Wieglaf iria lhe dizer algo.


<Wieglaf> -- Huh... Eu sou Wieglaf, como você se chama? *Dizia em um tom singelo, gostava de lidar com pessoas humildes, ele esperava a resposta e então continuava* -- Escuta, eu tenho uma amiga aqui em Stonedance, o nome dela é Nana e ela ajuda sua mãe numa floricultura perto das docas, eu gostaria de vê-la, poderia fazerme o favor de trazê-la da próxima vez que vier tratar meus ferimentos? *Ele dizia com um tom neutro, preparando-se para uma sessão de tortura* "Pode ser cedo demais, certamente haverão mais inimigos, mas eu não quero mais ficar longe deles... Nana, Jimmy, Lea, Alfred... Eu poderia ter morrido naquela batalha sem nunca mais tê-los visto..." *Ele pensava consigo mesmo, esperava a resposta da mesma e respirava fundo* ** NPC: <Liria de Montes Brilhantes> Ela ouviu de maneira educada as palavras de Wieglad e ficou contente com o tratamento informal do Lorde, mas mesmo assim manteve-se em sua posição se serviçal, dizendo. -- Nós o conhecemos, Sor Wieglaf, eu me chamo Liria... e quanto a jovem, temo ser pessimista, Sor, mas dificilmente a permitirão entrar na fortaleza. A menos que Sor possua alguma autorização da corte de Lorde Alestar Massey para isso. E ela deixou que ele pensasse um pouco no que ela havia dito, para só então prosseguir. -- Sor Wieglaf quer que eu transmita algum recado para ela? Isso eu posso fazer, de bom grado, Sor. E aguardou a resposta dele. <Wieglaf> -- Entendo... Desculpe-me, Líria, eu ás vezes me esqueço da burocracia de ser um nobre. *Ele sorria de modo amarelado e doloroso* -- Diga-a que me encontre daqui a uma semana, na "nossa praia", ela vai entender. *Ele então dizia em um tom de brincadeira* -- Você sabe o que isso significa, não é? Tem uma semana para fazer com que eu possa me movimentar sem abrir nenhum machucado. Confio em você. *Ele dava uma piscadela e um sorriso para ela, e tentava se concentrar em não chorar para Liria enquanto ela tratava-o* <Narradora>Liria sorriu e concordou com o jovem, começando seus trabalhos de trato de ferimentos para acelerar o processo de recuperação de Wieglaf. O jovem teve de conter a dor no processo de troca de ataduras e ao ser novamente costurado nos ombros, Wieglaf só não desmaiou de dor porque fora obrigado a sentir aquele cheiro de unguento que o deixava amortecido e loco sucumbiu ao desmaio. O jovem acordou muito mais tarde, tendo de fazer sua refeição e sua higiene. Liria o auxiliava como podia e logo o pôs para descansar novamente, quando este já estava limpo e alimentado... Wieglaf teve uma rotina parecida pela manhã e com muito esforço conseguiu dar os primeiros passos mais firmes, com a ajuda da jovem, no quarto. O ferimento na coxa estava bem costurado e os pontos não se abriram, sendo este um bom sinal. Com a recomendação de não abusar da sorte, Liria o manteve ali, não permitindo que ele saísse daquela ala, muito menos descer as escadas para o salão. A rotina permaneceu bem entediante para o rapaz, que não via a hora de poder se recuperar logo, mas as horas teimavam em não passar. Liria avisou que a embarcação de Lorde Stannis Baratheon já havia atracado e que logo ele daria as primeiras ordens. Não seria ela a vir avisá-lo, mas ela aproveitaria a brecha da reunião para ir até a praia falar com Nana... O restante do dia foi quase idêntico ao anterior e o mesmo aconteceu com a noite. Cuidados, comida, higiene e repouso...


<Narradora>Wieglaf quase desejou estar lutando novamente, mas o pensamento foi breve. Quando acordou pela manhã, depois de se virar para não forçar os ombros ao se apoiar pra levantar, viu que, encostado próximo a janela, estava Loss, usando uma espécie de bengala maior, para ajudá-lo a se equilibrar. Wieglaf não conseguia deixar de sentir remorso por abaixo do joelho direito do homem não haver mais nada... Loss não disse uma palavra, estava sério e compenetrado... mas rompeu o silêncio antes que o jovem guardião de Stonedance se pronunciasse. ** NPC: <Loss Lanrien> -- Bom dia, companheiro... não queria ter de vir aqui dizer algo tão ruim... Mas nesta manhã, o regente, Alestar Massey, sucumbiu aos ferimentos. Ao que parece, as costelas quebradas perfuraram o pulmão, pelo que o Meistre disse... Ele não suportou a hemorragia... <Wieglaf> -- Então é isso... *Ele dizia com um tom rude, desagradável na voz* -- Hector Clegane conseguiu ter sucesso em sua missão, os Lannisters conseguiram o que queriam... Thomas Errol e Alestar Massey mortos... Parece que os sete deuses riem da nossa cara, Sor Loss Lanrien. *Ele estava claramente abalado com aquilo tudo, nem tentava mencionar sua verdadeira fé, preferia usar os sete como um escudo, havia falhado em tornar daquela missão uma missão diplomática como Aileen o havia pedido, havia falhado em proteger o irmão de Leen, havia falhado em sua vingança contra os montanhas e descoberto o quão vulnerável ele era... E havia falhado com Loss ao falhar contra os montanhas* -- Eu tentei o meu melhor, mas parece que o meu melhor não era bom o suficiente afinal... *Ele dizia com os olhos cheios de lágrimas, mas sem chorar* -- O que acontece agora? ** NPC: <Loss Lanrien> Ele esperou que Wieglaf terminasse seu breve discurso, para só então, depois da pergunta, ele começar a falar. -- Acontece que teremos que lidar com Lorde Stannis Baratheon e o fato de termos falhados como guardiões. E ele pareceu pesaroso com o fato mais complexo da história... os Hollards. -- Os exércitos disfarçados, contudo, são nosso maior problema pois, Lannisters ou não, a notícia deve ter corrido até Casterly Rock e certamente o lorde dos leões irá tomar partido disto. Stonedance já fora palco de grandes batalhas, como nas rebeliões Blackfyre, mas jamais sonhou em ter tantos olhos pesados olhando para nós... Lady Aileen nos perdoe pelo erro ou pela falta de atenção... mas o que quer que Lorde Stannis Baratheon decidir, não teremos como contestar. Precisaremos dele como nunca jamais sonhamos precisar... E Wieglaf nunca vira Loss Lanrien tão triste como naquela hora. -- A fortaleza do redemoinho pode ser retirada dos domínios Massey... e isso... seria a maior vergonha para o meu pai... Ele manteve o silêncio, embora chorasse de tristeza e de dor.


<Wieglaf> -- Bem, nós evitamos que "o exército disfarçado" pilhasse Stonedance, pelo menos temos isso para contra-por o peso de nossa falha. *Ele dizia e então desfazia-se de suas cobertas e se guiava para o lado da cama, fazendo um esforço para se levantar* -- O que eu temo, Sor Loss Lanrien, não é se esse exército forem mesmo Hollards, é se não forem. Os Lannisters perderem assim, cerca de 500 membros da cavalaria de uma vez? Eles não irão ficar felizes, apesar de terem o que queriam. *Finalmente se levantava, e seguia até o lado de Loss, fitando a janela* -- Eu não sei até que ponto vou ser capaz de me submeter á Stannis Baratheon, mas tentarei fazer o que precisa ser feito. *Ele sentia a brisa do mar ir contra o seu rosto e então tocava no ombro de Loss* -- Me desculpe, Loss, eu queria ter sido mais forte, no fim você teve que me salvar... Tenho uma dívida de gratidão contigo, não que isso signifique muito, eu sei. ** NPC: <Loss Lanrien> -- Não se preocupe com pagamento ou dívida, Wieglaf. Honra, Coragem e Força... somos os três, ou nenhum. Você também quase morreu para salvar nosso Regente... que os sete o tenha... Não é hora para lamentos, esse tempo já se foi. Precisamos de objetivos... objetivos concretos e a curto prazo. Deixemos Lady Aileen pensar por nós, pois é isso que ela deve estar fazendo neste momento. E ele começou a sair, de maneira dificultosa, ainda não se acostumando ao fato de precisar de um apoio, pela ausência de uma perna. -Nos veremos em breve, Sor Wieglaf. Esteja preparado para tudo... seja lá que acordo é este que nossa Lady fez com Stannis Baratheon. E ele saiu do quarto, parando um tempo sob o batente. Lá Wieglaf percebeu que ele fez o possível para se desviar de Liria, que trazia o desjejum ao jovem. <Wieglaf> *Fazia um sinal afirmativo para Loss ao ouvir suas palavras, pretendia pensar também sobre o que fazer em seguida, mas aquela definitivamente não era sua área de especialidade, uma conspiração que envolvia Baratheons e Lannisters não parecia tão improvável assim, agora que a guerra contra o Usurpador havia acabado, queriam solidificar suas bases e expandir seus domínios. Só o estranho poderia prever o que iria acontecer, ao menos com as informações que ele tinha... Ele pensou em ajudar Loss a se retirar, mas sentiu que ele pretendia fazer aquilo sozinho. Ao passo que ele terminava de se retirar e notava Liria, ele dizia:* -- Bom dia, Liria, veio me preparar para outra sessão de tortura, eu presumo? *Dizia com um sorriso amarelo no rosto enquanto engolia as lágrimas que se acumulavam em seus olhos e então seguia para a cama* "Planos a curto prazo... Eu não tenho nada, apenas a Nana..." *Pensava e suspirava* ** NPC: <Liria> Liria veio tranquila, escutando a conversa de Wieglaf, enquanto preparava a bandeja com frutas para ele, pousando-a no colo do rapaz, impedindo que ele se levantasse. -- Não tenho intenção alguma de te importunar, Sor. São cuidados necessários... já deveria saber. Disse ela num tom mais descontraído, muito disso pela liberdade dada por Wieglaf na última conversa. -- Irei hoje transmitir o recado que vós me incumbiste. Estero trazer respostas ainda esta noite. Como Sor Wieglaf está se sentindo? Indagou ela, vendo-o comer.


<Wieglaf> -- Como alguém que foi atropelado por uns 20 cavalos... Melhor que ontem, eu suponho. *Dizia investigando os conteúdos da bandeja* -- E você, Liria, como está? Como andam as coisas no castelo? *Dizia ao petiscar qualquer comida que houvesse ali, não iria mentir que não gostava de ser mimado a tomar café na cama, embora fossem circunstâncias ruins* ** NPC: <Liria> -- Tristes... Disse ela num tom agora melancólico, parecendo demonstrar sinceridade. -- Como já deves saber, Sor, Lorde Alestar Massey não aguentou os ferimentos... Ela suspirou e virou-se e Wieglaf quase conseguiu perceber ela limpando uma lágrima, de costas pra ele. Ainda nesta posição, ela acrescentou. -- Teremos um funeral para os mortos, hoje a noite... pode ser que Sor consiga uma brecha para se encontrarem... pode ser sua chance, antes que Lorde Stannis Baratheon convoque os Lordes do Redemoinho. E ela esperou que Wieglaf terminasse e começou a juntas as coisas para sair, mas aguardando caso o Lorde Maelstrom quisesse lhe pedir ou lhe dizer algo. <Wieglaf> -- Sim, eu gostaria disso. Devo estar pronto para o funeral ao pôr do sol? *Dizia com um tom neutro antes de beber qualquer suco que estivesse sendo servido* -- Lorde Stannis Baratheon já se fez confortável no castelo?. *Dizia com uma expressão incisiva no rosto enquanto experimentava um fruto e notava que havia comido uma ameixa, não gostava de ameixas...* -- Ah, e obrigado por me ajudar, Líria, aposto de deve ter muitos sussurro sobre a falha de nós guardiões. *Terminava com um sorriso amarelo no rosto* ** NPC: <Liria> Ela foi se aprontando para retirar, mas Wieglaf sempre despejava nela muitas perguntas, o que ela acabou se acostumando, mesmo com pouco tempo. -- Sim... Ela respondeu sutilmente ante a primeira pergunta, completando com um: -- Ainda não... Quando foi perguntada sobre Lorde Stannis. Quanto aos agradecimentos, ela assentiu, e foi saindo do quarto até que Wieglaf comentou sobre a falha poder ser assunto entre as pessoas. Liria respirou fundo e quase disse algo, mas guardou para si, se retirando. -- Fique bem, Sor Wieglaf. E se foi, não permitindo que Wieglaf pudesse dizer mais nada, indo a passos bem rápidos para sair logo dali. <Narradora> Wieglaf permaneceu ali, imerso em pensamentos, já tendo sido alimentado. Aproveitou para fazer sua higiene pessoal e mais tarde, uma outra mulher lhe trouxe comida. O dia foi passando rápido, desta vez, com Wieglaf tento muitos pensamentos na cabeça... Cada vez que ele fechava os olhos, se recordava de cenas de batalha e toda vez que tocava seus ferimentos se recordava da força bruta do montanha, que quase o matou, não fosse Loss lhe ter salvo... Quando o sol sumia no horizonte, Wieglaf ainda olhava a imensa embarcação de Stannis Baratheon e concluiu que deveriam haver pelo menos 100 homens com ele. Não podia pressentir se seus espiões vieram desta vez, mas sabia que se quisesse estar pronto para o funeral, deveria se aprontar logo. Escolhendo um traje adequado, dentre as roupas que agora possuía, ele ficou pronto para a cerimônia e um dos soldados, que lutou ao lado dele no exército de apoio, veio lhe ajudar a caminhar até o andar de baixo. Seu nome era Miro Waters e ele era dois anos mais velho que Wieglaf.


<Wieglaf> *Wieglaf tinha muitas coisas em mente e queria evitar os olhares que saberia que teria que encarar, acreditava que boa parte do respeito que havia conquistado com os soldados havia se dissipado, "venceram a batalha, mas perderam a guerra", ele odiava aquela situação. Tentava se vestir de modo confortável e elegante, de preferência de modo a cobrir seus fermentos no torso e na perna. Se perguntava se os homens de Stannis seriam suficientes para espantar os inimigos da casa... Sentia que não, teria que ser o peso do nome da casa Baratheon, ele odiava aquela situação que Aileen o havia submetido a cada dia que se passava. Agora pronto, perfumado e acompanhando Miro Waters, ele ficou silencioso por alguns instantes e então perguntou:* -- Como está a moral dos homens, Miro? Quem está com a flâmula agora? *Dizia tentando se inteirar com o que estava acontecendo no castelo, e distrair sua mente* ** NPC: <Miro Waters> O jovem aguardou Wieglaf terminar a pergunta e o Lorde Maesltrom notou uma expressão um tanto quanto preocupada no rosto do rapaz. -- Bem, Sor Wieglaf, o comando está agora com Sor Doros Raymar, até que vós consigais se recuperar logo. Esperamos todos que isso seja breve, Sor. E ele foi ajudando Wieglaf a sair do quarto e descer as escadas, para que não forçasse sua perna esquerda. Wieglaf ainda estava cismado com algo... mas ele não conseguia distinguir. Eles caminharam mais um pouco, passando pelos salões, mantidos apenas com poucas velas, em sinal de luto, até começarem a descer uma escadaria de pedra, bem rústica, indo para a câmara do subsolo, local que Wieglaf desconhecia. Lá, ele viu em volta de um túmulo de pedra, Lorde Stannis, Sor Loss Lanrien, Lady Karlianna e o meistre que ajudou em seu tratamento. Ele parecia estar como cerimonialista. No túmulo, o corpo morto de Alestar Massey jazia com sua armadura e espada, rodeado de algumas flores bem escuras e avermelhadas. A câmara inteira de pedra era simples e pouco espaçosa, devendo ser reservada apenas para ocasiões muito específicas. Lady Karlianna chorava muito ao lado de Lorde Stannis que olhou para Wieglaf, vindo devagar pela escadaria acima. Ainda lhe faltavam degraus para chegar até lá. <Wieglaf> *Wieglaf se aproximava do cenário, tomava como conforto o fato de que Alestar Massey não carregava consigo o cheiro da morte, era um conforto pequeno próximo dos olhos que teria que suportar, os olhos de julgamento de Stannis Baratheon e os de tristeza de Karlianna. Ele fez o esforço máximo para andar sem precisar de ajuda o restante do caminho, nunca havia visitado as criptas de Stonedance, mas elas não eram muito diferentes de quaisquer outro s lugares, sombrias, sinistras, silenciosas... Naquele lugar, apenas o som do fogo queimando e das lágrimas de Karlianna. Ao terminar sua trajetória, ele finalmente disse:* -- Minhas sinceras condolescências, Lady Karlianna. *Abaixava então a cabeça, em sinal de respeito* <Narradora>Wieglaf percebeu a dor da jovem, que agradeceu com um aceno simples de cabeça e os demais aguardaram o meistre terminar a cerimônia, usando um incenso forte e nostálgico para agraciar o espírito do morto e os deus que o levariam. Ao final, folhas de eucalipto foram jogadas sobre o corpo, bem como um dragão de ouro fora colocado em sua testa. Karlianna, com as mãos trêmulas, teve de pegar o jarro com o óleo puro e derramar sobre o peito de Alestar Massey e oi meistre, depois de pedir e esperar que todos se afastassem, deixou que as chamas de um candelabro tocassem o corpo do homem no túmulo e ele começou a queimar lentamente, deixando um aroma agradável no ar..


<Narradora> Um a um, os homens foram deixando Karlianna ali, quieta, pranteando o corpo de seu marido. Lorde Stannis Baratheon quase não olhou mais para Wieglaf e só assentiu com a cabeça para ele para respeitar a ocasião, saindo dali bem depressa. Loss, depois de dar mais uma vez os pêsames para Lady do local, passou por Wieglaf, assentindo e saindo também do local, deixando-o ali, com Karlianna e o meistre. <Wieglaf> *Wieglaf não tinha muitas palavras para aquela ocasião, estava triste, mas por fora parecia forte, tentava não demonstrar fraqueza para Stannis, e mantinha sua postura ereta mesmo que seu corpo reclamasse e algumas partes ficassem dormentes. Sabia que havia feito tudo que estava em seu poder para ajudar Alestar Massey, e era por isso que odiava tanto aquela situação, sua impotência frente ao destino, havia se atirado em frente a uma adaga para salvar aquele homem, apenas para Hector Clegane dar-lhe um golpe letal segundos depois, havia falhado como guardião e como comandante do exército. Tentava não se afundar em desânimo e pensar em Nana, em como ela era gentil com ele, queria muito revê-la. Acompanhou de modo discreto a cerimônia, e quando notou que todos já haviam se retirado, se aproximou um pouco do fogo e fez uma pequena oração* "Todos os homens devem morrer, Alestar Massey, mas você merecia mais tempo de vida... Era um homem bom no fim das contas, estou feliz por não ter duvidado de sua integridade" *Pensava silenciosamente, e então com um sinal educado se retirava do recinto, iria até a praia, precisava respirar o ar puro e a brisa do mar, precisava de um amigo* <Narradora> Wieglaf terminou sua silenciosa oração e se despediu de Karlianna, deixando ela e o meistre ali, terminarem os ritos de passagem para o abraço dos sete. Com extrema dificuldade, ele foi até os salões principais, descendo a longa escadaria até o hall de batalha, passando pelo contraforte e indo para a sala de estratégia, pois de lá era o caminho mais curto para os estábulos, na ala baixa da fortaleza do redemoinho. Wieglaf, ao chegar lá, pediu a um cavalariço que lhe trouxesse um bom cavalo e assim ele pode evitar o desgaste de percorrer a trilha da enseada até a praia dos pescadores. O jovem não podia deixar de lembrar os momentos da batalha, mas sua mente foi além... se recordando do momento em que subiu com Lady Aileen, antes de ser um cavaleiro juramentado pelos Massey. Todos aqueles sentimentos se mesclavam no peito de Wieglaf, até que ele viu o bosque pouco iluminado, próximo da casa de seus pais adotivos. O local estava tão silencioso que somente os grilos faziam sua vez, numa harmonia estridente, mas baixa e bucólica, em meio ao brilho de Vaga-lumes. A vila dos pescadores tinha pouco movimento, visto lá de cima e mesmo com a aproximação ele percebeu o clima de tristeza do local, imaginando quantos familiares tiveram que enterrar seus parentes naquele dia... Wieglaf, enfim, se aproximou do local onde conversara com "Leen", pela última vez em que ela ainda era "normal" a seus olhos. O lago ainda parecia o mesmo.


<Wieglaf> *Wieglaf tentava avançar com serenidade até seu destino, se perguntava se Nana estaria lá lhe esperando, se ela havia perdido alguém próximo para aquela batalha. Era uma noite triste, mas o céu estava belo, como que tentava confortá-lo e abraçá-lo. Ele descia do cavalo, feliz por ter saído do castelo e daquele ambiente opressor. Tentava fingir que era apenas um pescador mais uma vez e ao não encontrar Nana, dizia, apenas de modo a confirmar que ela não estava ali:* -- Nana? *Se ela não se revelasse, iria se sentar em frente ao lago por algum tempo, e esperá-la* <Narradora> Wieglaf falou ao vento o nome da bela jovem de cabelos negros, mas ela não apareceu naquele momento, se revelando com um sorriso belo como era costume dela fazer. Ao invés disso, o jovem fez companhia para a solidão da noite e só depois de se sentar num dos bancos, e esperar longos minutos, é que ele viu alguém se aproximando. A luz da lua pouco iluminava o bosque, mas seu reflexo no lago junto com o passeio de vagalumes deixava o local com uma clareza pacífica e agradável, foi então que Nana surgiu, com um vestido simples, carmesim, e uma flor enfeitando seu penteado. Estava bela e serena como sempre, mas Wieglaf podia sentir um semblante entristecido nela, embora aqueles lábios pequenos e aqueles olhos negros mascarassem bem o que ela poderia estar sentindo. Nana parou a distância de Wieglaf, com as mãos juntas a frente do corpo. O vento passou caprichoso e moveu um pouco seus cabelos e ela parecia ter perdido a capacidade de falar e somente encarava o jovem a sua frente, como se visse um estranho ao invés do grande amigo que um dia brincou com ela. <Wieglaf> -- Hahaha! Boa noite, Nana! *Dizia o mesmo com um sorriso agradável, amigável e genuíno no rosto enquanto se levantava* -- Essas roupas me deixam estranho mesmo, mas... Nossa, como eu tava com saudades de você! *Ele então esperava ela se acostumar com sua "nova aparência" e reconhecê-lo. Ele iria abraçá-la quando isso acontecesse* ** NPC: <Nana de Blackwater> -- Eu... também estava com saudades... Wie... Sor Wieglaf. E ela fez uma breve reverência para ele, se sentindo desconfortável com aquilo, ainda não se adaptando a formalidades. -- Soube de seu retorno a pouco, mas houve a batalha e... orei para você ter sobrevivido. Os lábios de Nana tremeram um pouco e possivelmente ela estivesse contendo um choro. -- Ficou feliz de estar bem... E ela sorriu, sem jeito, mantendo-se no mesmo lugar, num misto de tristeza e timidez. <Wieglaf> -- Você sabe o que eu mais odeio, Nana? *Ele dizia com uma expressão amigável* -- Ser tratado como um nobre... Me prometa que eu sempre vou ser apenas Wieglaf para você. *Ele dizia enquanto se aproximava dela e a abraçava* -- Eu pensei em você durante a batalha, você me deu forças, Nana... *Ele parecia ser o primeiro a quebrar, pois uma lágrima descia de seu rosto* -- Eu estava com medo, mas pensar em você e na nossa promessa me deu forças. *Ele respirava fundo, tentando conter as lágrimas que viriam em seguida*


** NPC: <Nana de Blackwater> A jovem abraçou Wieglaf, permitindo-lhe irromper em lágrimas, pois no rosto dela desciam algumas também, embora ela tivesse contendo a vontade de desabar em sentimentos. Deixou que ele ficasse ali, abraçado junto dela e só depois de transmitir um pouco do calor de seu corpo a ele é que ela deu um passo atrás, olhando nos olhos de Wieglaf. -- Aqueles tempos se foram, Wieglaf. Você tem a sua vida agora e eu estou aprendendo a me cuidar para o futuro. Ela pegou na mão do jovem e a juntou com as dela, levando-a até os lábios para dar um único e verdadeiro beijo. -- Eu... queria tanto que você não tivesse ido... que... Uma lágrima rolou do olho dela. -- Você tivesse dito não para "Leen"... que... ficasse comigo, Wieglaf... Mas ela não terminou as palavras, pois chegara a hora dela irromper em lágrimas... ela quase se desequilibrou tamanha a dor que aqueles sentimentos lhe causaram. -- Meu pai... já me prometeu em casamento... mas eu... não queria Wieglaf... eu... E ela abraçou o jovem, que sentiu toda a força daquele sentimento invadi-lo. O destino ria da cara dele novamente e agora, depois de lhe tirar quase tudo que podia, chegara a vez de Nana sair de seu horizonte... A Lua pareceu menos bonita naquele momento. <Wieglaf> *Wieglaf ouvia surpreso ás palavras de Nana, parecia para ele que o destino pretendia tirar dele até mesmo Nana - com quem tinha tanto afeto. Ele se afastava um pouco dela e fitava a lagoa por alguns instantes, tentando re-organizar as ideias* -- Me desculpe, Nana, eu não escolhi ninguém, eu escolhi sobreviver... Eram minhas únicas opções, tentar minha sorte e fugir de Stonedance e ser caçado ou aceitar a proteção de Leen. Desculpe-me seu eu não entrei em contato nos últimos dois meses, eu... Só estava tentando protegê-los, mas eu te prometo que não houve um dia sequer que eu tenha deixado de pensar em vocês. *Dessa vez se sentava novamente no banco* -- Vamos, sente-se, me conte tudo com calma, por favor. *Ele se perguntava quais seriam suas opções, se perguntava com quem ela iria se casar, se fosse apenas um aldeão poderia usar sua influência para dissuadi-lo, caso contrário teria que desafiá-lo num duelo... Ou aceitar que Nana estaria mais segura e seria mais feliz com qualquer outra pessoa que não fosse ele, e abdicar dela*. ** NPC: <Nana de Blackwater> Ficou bastante tempo observando o caminhar de Wieglaf até que ele dissesse aquelas palavras, que para ela tinham um peso incomensurável. Ela deixou que o sorriso brotasse nos seus lábios, enquanto deixava as lágrimas escorrerem dos olhos, até que fora chamada a se sentar junto do jovem. Ela, então, calmamente andou até lá, sentando-se no banco ao lado dele fitando suas mãos, próximas aos joelhos. Não conseguia encarar Wieglaf, parecia bem triste por tudo aquilo ter acontecido. -- Nesse tempo... o Lorde Alestar Massey assumiu Stonedance, prometendo nos proteger conforme sua irmã fazia, mas muitos espiões apareceram por aqui... Ela tentou se esforçar para manter a voz audível, já que ela não parecia nada feliz, agora. -- Eles iam e vinham a todo momento, e os rumores de que o redemoinho iria cair e não mais ser uma casa importante nas terras da coroa. Que Lady Aileen teria feito muitos inimigos por ajudar os Targaryen a fugir para Essos. Ela parou um pouco de falar. Limpando seu rosto com as costas das mãos e só então prosseguiu. -- Foi então que, depois de Lorde Alestar Massey expulsá-los daqui, o rei enviou uma comitiva para cá... não sabemos o motivo, pois eles ficaram na ala alta da cidade e nós, aldeões, não temos acesso as informações da corte...


** NPC: <Nana de Blackwater> Nem mesmo eu, que vendo flores naquela região... Mas um dos jovens da comitiva, um guerreiro chamado Julian Hayford, me viu por lá e insistiu em me acompanhar até a minha casa. Então, depois de ir de encontro com meu pai... ele... pediu para que nosso casamento fosse acertado. Ela fez mais uma pausa, mas dessa vez mais breve que as anteriores. -- Com receio dos boatos dos espiões... meu pai aceitou, visto que Julian era bem nascido... foi isso que aconteceu, Wieglaf... <Wieglaf> *Wieglaf ouvia as palavras de Nana com atenção, fitando-a no rosto com um toque de nostalgia enquanto ela parecia não conseguir fazer o mesmo. Ele ouviu coisas que sabia e que não sabia, como os rumores que se espalhavam pela cidade sobre Leen, e suas suspeitas sobre espiões se confirmarem. A menção de Julian Hayford, um membro de uma comitiva real o preocupou* -- Então essa comitiva e esse Julian Hayford já partiram... Isso irá dificultar minhas chances de intervir de qualquer forma. *Ele mordia os lábios inferiores* -- E você, Nana, como se sente em relação a ele? *Ele queria ouvir da boca dela aquelas palavras, queria que ela fosse honesta, ele precisava ouvir que ela queria que ele interferisse, que ela tinha sentimentos por ele assim como ele tinha por ela* "Parece que nada é simples esses dias... Nem mesmo você é uma constante em minha vida, Nana..." *Pensava preocupado* ** NPC: <Nana de Blackwater> Ela balançou a cabeça que sim, ante ao primeiro comentário, mas completou. -A comitiva partiu sim, mas... Julian ainda se encontra em Stonedance. Está na estalagem nobre do Mar de Estrelas, na trilha da enseada. Ele vai ficar até que eu possa estar limpa para seguir até Bronzegate, pois será lá a cerimônia. Ainda tenho dois dias. E com relação a pergunta, ela deixou que o sorriso sumisse, para dar lugar a uma expressão singela de tristeza. -- Eu gosto de você, Wieglaf... E ela olhou para ele. -- Eu... sempre gostei... mas o que eu sinto por Julian não importa. O casamento já está marcado... mas... Ela engoliu a timidez de adolescente por um momento e fechou os olhos, inclinando levemente a cabeça para traz, deixando que o vento balançasse seus cabelos. Seus lábios estavam úmidos e um pouco abertos... ela esperava ser beijada por Wieglaf... e desejava que fosse um momento especial para o jovem também... <Wieglaf> *Wieglaf entendia a reação de Nana e se entregava á situação, guiando seus lábios até os dela e a beijando, um beijo duradouro, carregado de emoções e sentimentos, genuíno e apaixonado... E ele então sabia que era a coisa certa a se fazer, que deveria lutar por Nana, não importavam as aversidades. E quando o beijo acabava, ele a fitava, respirando ofegante* -- Eu também gosto de você, Nana... Me leve até a estalagem. *Ele dizia e então oferecia sua mão para ela*


<Narradora> Nana sorriu, não sabendo muito bem o que Wieglaf poderia fazer, mas resolveu confiar nele. Sendo guiada pela mão, ela foi com o guerreiro até o cavalo e lá subiram, partindo para a estalagem do Mar de Estrelas... A cavalgada não durou muito tempo, pois não era tão distante assim do bosque do lago. A construção era bem imponente, mostrando muitos requintes de nobreza, a começar pela placa em bronze, salpicada de prata e níquel, onde ficavam os motivos de estrela, circundando o nome. A entrada, em porta dupla, estava aberta, revelando o salão pouco frequentado, mas mostrando uma clientela seleta ali. Para os desgosto de Wieglaf, haviam alguns homens dos Baratheons ali, com certeza da comitiva de Lorde Stannis Baratheon. Nana desceu do cavalo e em seguida Wieglaf... e então ela, pensando no que poderia acontecer com o garoto, despertou de seu devaneio apaixonado, para dizer: ** NPC: <Nana de Blackwater> -- Wieglaf... seria prudente que eu o chamasse... Ela disse num tom um pouco cauteloso. -- Tudo bem se for assim? E ela aguardou a resposta do jovem. <Wieglaf> *Wieglaf a guiava pelo cavalo de modo gentil e apaixonado, o céu era belo e estrelado apesar de todas as adversidades, e por alguns instantes ele pareceu se esquecer que elas existiam, e como eram tantas. Antes de chegarem na estalagem, ele dizia:*-- Você tem certeza... Que quer ficar comigo, Nana? Tem muitas pessoas que não gostam de mim, que querem me machucar ou simplesmente me usar e por mais que eu queira lhe proteger, por mais que eu goste de você... Não sei se serei sempre capaz de lhe manter segura... Provavelmente nunca terá comigo a estabilidade que teria com Julian Hayford. *Ele dava um tempo para ela pensar e responder enquanto continuava o caminho. Ao chegarem na estalagem, ele dizia:* -- Huh... Eu não vejo por que encontraria hostilidade em homens de Stannis, mas se prefere assim, esperarei aqui. *Dizia com preocupação nos olhos, e então seguia até um banco fora da estalagem, esperando* ** NPC: <Nana de Blackwater> -- Absoluta certeza. Ela sorriu. -- E fugiria sem pensar com você se não soubesse que os guardas poderiam perseguiriam você por acharam que está abandonando seu posto de guardião. Ela disse, orgulhosa, sem saber ainda qual era a ideia de Wieglaf. Então, ela adentrou o local e se demorou um tempo por lá. Após alguns minutos, os quais foram longos para o jovem, ela saiu com um rapaz de não mais do que 18 anos. Era bem jovem de aparência, não muito corpulento, e trajava vestes verdes e douradas com o brasão de sua casa. Era loiro de olhos claros, sem barba, tendo longos e lisos cabelos até os ombros. Ele se aproximou do banco, onde estava Wieglaf, fazendo uma pequena reverência a ele, visto que ele deveria saber de quem se tratava. <Wieglaf> -- Senhor Julian Hayford... Boa noite. Gostaria de falar com o senhor, se me permite o privilégio. Sou Sor Wieglaf Maelstrom. *Ele voltava a se sentar no banco em que se encontrava* -- Eu tive o prazer de conhecer Nana há mais tempo que o senhor, de presenciar sua bondade, sua gentileza, de apreciar sua beleza única, sua inocência e seu aroma suave que parece exalar das mãos do criador... *Ele finalmente se levantava novamente* -Eu entendo por que se encantaria por Nana, mas eu gostaria de requisitar-lhe politizadamente que desista desse casamento, pois ela possui meu coração. E se essa não for uma alternativa viável, que aquiesça á minha requisição de casamento por combate. *Ele então respirava fundo, preocupado em não ter tempo para recuperar seus ferimentos*


** NPC: <Julian Hayford> Analisa bem o rosto do jovem e pondera por alguns instantes de maneira bem tranquila, dizendo em seguida. -- A pequena e doce Nana já me contou sobre sua preferência amorosa, Sor Wieglaf Maelstrom. Mas estou inclinado a aceitar sua proposta, não pretendendo me desfazer dos votos que fiz diante do pai desta jovem. Cordialmente, pouco me importa sua vida anterior a minha chegada, pois também sei que não estava aqui quando a jovem mais precisou. De qualquer maneira, estou aceitando o combate e digo-lhe que tens dois dias para me encontrar na praia onde Sor realizou tão bravo feito, combatendo com mercenários numa ampla batalha em defesa de Stonedance. Ele fez uma breve reverência e depois fez uma mais simples para Nana. -- Se é por isso que veio até aqui, já teve minha resposta. Sor. <Wieglaf> "Então é isso, terei que lutar num estado não muito melhor que este... Melhor tentar ganhar um pouco mais de tempo" *Pensava preocupado*-- Batalha esta que debilitou meu corpo e danificou minha arma e armadura, senhor Julian Hayford. Esse é o limite máximo de tempo que é capaz de disponibilizar? *Dizia com um olhar analítico, se perguntava se aquele era mesmo um homem de honra* -- Pois Bem. *Ele então erguia sua mão para o mesmo apertar, e dizia:* -- Que o melhor prevaleça. ** NPC: <Julian Hayford> E ele apertou com força a mão do jovem. -- O melhor prevalecerá, Sor Wieglad. E ele se despediu dos dois, lançando um olhar mais sério para Nana, mas depois sorrindo, cumprimentando-a com um aceno de cabeça, voltando a estalagem depois de se despedir dos dois, cordialmente. Nem bem ele havia entrado, Nana se interpôs na conversa. ** NPC: <Nana de Blackwater> -- Não sabia de seus ferimentos e de seus itens danificados, Wieglaf. Como foi infeliz de deixar me levar pelos meus sentimentos e agora te colocando em risco. Me perdoa Wieglaf. Ela parecia bem entristecida, pois por mais que Wieglaf fosse um excelente guerreiro, as condições que ele se encontrava não era das melhores. Mesmo frente a um guerreiro mediano, ele teria muito trabalho para vencer. <Wieglaf> -- Não se preocupe, Nana. *Ele dizia tocando no ombro dela, com carinho* -- Mesmo ferido, eu ainda sou um oponente que Julian Hayford irá se arrepender de encarar. Acredite em mim. *Ele sorria de modo singelo e confidente* -- Eu preciso voltar ao castelo agora, pedir agilidade no trabalho do ferreiro... Ou acha melhor que eu vá falar com o senhor seu pai agora? *Dizia enquanto acariciava a mão dela, gentil e suave* ** NPC: <Nana de Blackwater> -- Volte para o castelo, Wieglaf. Eu voltarei para a praia com a ajuda de meu noivo, já que a caminhada até lá é bem longa. Ela disse, mais tranquila agora. -- Eu mesma já conversei com meu pai e ele se alegrou com seu retorno a cidade, ainda mais na posição em que está... Oramos juntos quando sabemos do combate e fiquei imensamente contente ao receber as notícias de Liria. Volte... Ela insistiu. -- Se é para que você vença... que esteja forte e recuperado. E ela o abraçou com muita força e depois se despediu dele, acenando e esperando que ele subisse a ala alta até os portões do redemoinho.


<Wieglaf> -- Me desculpe, Nana... Por não estar aqui quando precisou de mim. Prometo que farei de tudo para que isso nunca mais se repita. *Ele dizia e a abraçava de volta* -- Boa noite, Nana... *Ele então a beijava na testa e subia em seu cavalo, fazendo o caminho até o castelo enquanto fitava o céu estrelado preocupado, se perguntando se aquele duelo seria antes , depois ou durante a reunião com Stannis Baratheon, seria azar demais se fosse o último caso... Esperava muito que não houvesse nenhum contratempo até lá... Esperava que não, esperava MUITO que não.* "Pelo visto, quando mais eu tento me afastar da morte, mais ela se aproxima... Espero que minhas habilidades como combatente se provem o suficiente.“ <Narradora> Wieglaf se despediu e assim ele rumou com seus anseios para a fortaleza do redemoinho, vencendo a trilha da enseada em poucos minutos. Após subir e passar pelos portões, cumprimentado pelos guardas, ele rumou para a ala baixa da fortificação, onde ficavam os estábulos, pedindo ao cavalariço do local para cuidar bem do animal, saindo dali o mais depressa possível para ir de encontro a Liria, que mesmo aquela hora da noite se prontificou a lhe dar atenção. Saindo da sala de tratamento de feridos, a jovem seguiu com Wieglaf para uma área mais reservada e, depois de uma conversa com ela, sem explicar todos os motivos, ela foi bem franca com ele, revelando. ** NPC: <Liria> -- Bem, Sor... seus ferimentos são graves e verei o que posso fazer por eles mas... o ferreiro já me disse que sua espada demorará 5 dias para ser totalmente reparada... Já sua armadura, bem... ela é feita com couro especial de enguias e tem um acabamento único de artesões e coureiros de Sharp Point. Ficará pronta em duas semanas, Sor. E ela fez uma mesura, como se desculpasse com ele por não serem boas notícias, pelo menos não as que Wieglaf gostaria de receber. <Wieglaf> *Analisava as palavras de Liria com preocupação nos olhos e de modo pensativo* -- Entendo... *Ele dizia pensativo* -- Creio que da armadura terei mesmo de abdicar, talvez usar outra... Ou nenhuma. *Dizia com preocupação nos olhos* -- Poderia me levar até esse ferreiro, senhorita Liria? Talvez eu possa persuadi-lo a trabalhar mais rapidamente em minha espada, agora que as circunstâncias mudaram. *Ele dizia com um tom neutro e de agradecimento pelos cuidados a ela prestados* ** NPC: <Liria> -- Creio que seria um desperdício de tempo, Sor. Gilbert está dormindo, a uma hora dessas, você me encontrou acordada porque eu trato dos enfermos e não podemos descuidar deles. Claro, tens autonomia como lorde para tirá-lo de seu conforto, mas creio que seria prudente Sor solicitar uma arma que esteja em boas condições. Não concorda? Ela indagou, enquanto preparava unguentos, bandagens, ervas e água, bem como seus instrumentos.


<Wieglaf> -- Infelizmente acho que está certa... *Ele dizia concordando com a cabeça* -- Minha espada tem valor sentimental, mas eu suponho que terá de ser o caso. *Inspirava, preocupado* -- Pois bem, irei para meus aposentos. Lorde Stannis Baratheon ainda não se manifestou sobre sua reunião, correto? *Dizia com um tom singelo enquanto se levantava, depois de receber uma resposta, continuava?* -- Estou confiando de que me permitirá estar no melhor estado possível para essa duelo, Liria, por favor não meça esforços.... *Dito isso, ele começava a se retirar* <Narradora> Liria promete dar o melhor tratamento a Wieglaf e recuperá-lo logo. O maior problema seriam os ombros feridos, que dariam o balanço e a mobilidade ao combate, tentando priorizá-los para que ele ao menos pudesse golpear com precisão. A coxa era um ferimento a se recuperar com o tempo, visto que o músculo fora muito rasgado pela espada bastarda do Clegane. Ela esperou que ele se deitasse e fez o melhor tratamento que estava a seu alcance, não deixando de se empenhar um minuto sequer. Depois de trocar os pontos de Wieglaf, fazendo isso depois de desacordá-lo com o unguento, ela o despertou usando água fria em sua nuca e permitiu que ele fosse se deitar em seus aposentos. Wieglaf, depois de agradecer em muito a jovem Liria, rumou para as escadarias até o salão de batalha e de lá para o corredor nobre para os salões da fortaleza. Antes que pudesse chegar a escadaria ele viu Karlianna, de pé em meio a um salão mal iluminado por velas, estando sozinha, como se estivesse a muito tempo esperando pelo jovem. Assim que seus passos puderam ser notados por ela, a mulher se virou para ele e fez sinal para que ele se aproximasse. Então, depois de crispar seus lábios e respirar mais forte, ela cortou o silêncio, dizendo a Wieglaf ** NPC: <Karlianna de Myr> -- Guardião do redemoinho... creio que lorde Stannis Baratheon vai nos reunir mais cedo do que o esperado... Até aquele momento, suas palavras eram óbvias e claras, até que ela prosseguiu. -- Vós, como um lorde, deverá ser cogitado para ser meu pretendente. Como és juramentado a casa dos Massey, Lorde Stannis não vai querer perder o posto para outras casas... esteja preparado, guardião. [<Wieglaf> -- Boa noite, Lady Karlianna... Estava me esperando? Eu estava tendo cuidados médicos. *Ele dizia em um tom neutro, singelo e natural... Ao ouvir as palavras dela, ele coçou o queixo, pensativo, estava preocupado mas fez de tudo para não transparecer e em seguida se aproximou um pouco dela ao passo que suas palavras cessavam, dizendo:* -- Nesse caso, minha lady, acredito que precisaremos conversar... Em um lugar onde teremos privacidade.


** NPC: <Karlianna de Myr> Olhou com tanta neutralidade para Wieglaf que o jovem pensou que ela fosse sumir da sua frente e nunca mais proferir uma palavra sequer, mas ela respirou fundo e prosseguiu. -- Sim... eu o aguardava... dispensei os guardas e vigias, pedindo que eles não me incomodassem aqui. Até mesmo as criadas não nos incomodarão e por isso não gostaria de caminhar por qualquer lugar que fosse... Ela apontou duas cadeiras, posicionada uma de frente para outra na parede, indicando para que Wieglaf se sentasse. -- Por favor, guardião... E ela foi na direção da cadeira, a passos lentos. Como se não bastasse ter perdido seu marido e prestes a ser negociada como um cervo de prata, ela se sentou devagar e ajeitou seus cabelos em trança bem feita no ombro, alisando-a calmamente, tentando apaziguar seu coração ferido, esperando que Wieglaf não ignorasse-a. <Wieglaf> -- Lady Kerlianna... *Ele dizia ao se fazer sentar do modo mais confortável possível naquela cadeira, não gostava de falar em um ambiente em aberto, mas que outra opção ele tinha? Depois de falhar com Alestar Massey aquele era o mínimo de respeito que poderia mostrar para ela.* -- Eu acredito que existem coisas sobre mim que não está ciente e que podem prejudicar quaisquer planos que tenha em mente... Esse é um jogo político afinal. *Ele parecia levemente hesitante em fitá-la nos olhos, e seguia até uma janela, onde continuaria falando* -Maelstrom não é meu sobrenome original, minha Lady... Nós temos uma coisa em comum que nos prejudica: Ambos somos originários do mesmo continente, eu sou Braavosiano. *Ele então se virava, voltando a encará-la enquanto continuava:* -- Sabe o que isso significa, não é? Nossa união jamais iria garantir a estabilidade de Stonedance, na verdade só iria fortalecer os inimigos da casa Massey, dois estrangeiros detentores de terras reais seria um tópico que eles iriam se deliciar... Em extinguir. *Ele então voltava ao lugar que havia se sentado originalmente, com uma expressão aliviada no rosto por ter pensado naquele argumento antes de ser simplesmente rude* -- Se Lorde Stannis Baratheon propor isso, e eu lhe garanto que ele está ciente de minhas origens, significa que ele não apenas quer Stonedance fora da jurisdição dos Massey, mas também nos quer mortos... Esse é o jogo dos tronos que está envolvida nesse exato momento, Lady Karlianna. *Dito isso, ele respirava fundo, e esperava a reação da mesma frente ao que ela o havia dito* "Além disso, eu jamais me casaria com você, vadia manipuladora... Eu nunca confiaria em dormir uma noite ao seu lado" *Pensava silenciosamente* ** NPC: <Karlianna de Myr> -- É bem provável então que eu seja exilada, como minha tia o foi, voltando para Essos. Ela disse de forma bem triste e cabisbaixa, prosseguindo. -- Provavelmente Lady Aileen voltará a Stonedance, detendo o poder de sua casa, novamente, e permitindo que Sharp Point seja entregue a alguma casa nobre escolhida pelos Baratheons. A situação da filha do redemoinho será mais cômoda assim... e... eu sabia que você não era um Maestrom desde o dia que pisou pela primeira vez nesta fortaleza... meu falecido marido e eu estávamos na reunião que permitiu que a filha do redemoinho fosse te buscar no bosque. Ela parou um pouco de falar, deixando seus tristes pensamentos permanecerem intactos somente para ela, acrescentando somente mais um contexto. -- Lorde Stannis pode te reconhecer como lorde, levando até King's Landing... mas isso teria que ter sua própria aprovação, guardião. Sua decisão pesará no final... E ela fitou-o um pouco, emanando aquele aspecto de mulher sofrida, que acabara de perder seu principal pilar.


<Wieglaf> "Ficar em King's Landing? Esperando por uma oportunidade para eliminar Robert Baratheon? Isso seria estupidamente interessante... E perigoso, especialmente se eu envolver Nana nisso..." *Ele pensava por alguns instantes, por outros se perguntava por que odiava tanto aquele rei... Ele havia matado Rhaegar, é verdade, ele havia matado seu pai também, mas havia sido de modo honrado, em batalha, não havia sido o assassinato brutal que Gregor Clegane havia feito... Antes ele os odiava por que eles o odiavam e o queriam morto. Aquele não era mais o caso, entretanto, aparentemente, desde que Aileen "se vendera" para Stannis Baratheon e os Cavalos Marinhos... Talvez ele precisasse repensar sobre suas prioridades, e até onde queria ser impulsivo. Um homem que admirava muito agora servia aos Baratheons pelo nome de Barriston, talvez ele devesse considerar realmente o futuro de fazer uma família com Nana em King's Landing, o problema é que estaria ainda mais dentro de jogos de poder, coisas que ele odiava... E mais perto dos Lannisters. Ele notava que estava pensando demais e depois de rasgar a garganta, dizia á Karlianna* -- Saiba que me traz grande honra em me considerar como um de seus possíveis companheiros, mas... Eu devo confessá-la que meu coração pertence a outra pessoa. Dentro de duas noites estarei participando de um duelo por casamento... É um ato imaturo, eu sei. *Ele terminava por fim, esperando que ela fosse ao menos um pouco compreensiva* ** NPC: <Karlianna de Myr> Ela não mudou sua expressão, apenas assentindo e se levantando cordialmente, dizendo depois de enxugar algumas lágrimas, que caíram solitárias de seus olhos. -- Obrigada guardião, por ter feito tudo o que podia por meu marido... Ela respirou fundo e soltou o ar, não chegando a soluçar de tristeza. -Obrigada pela sinceridade sempre... és um nobre de qualquer forma... E ela puxou a aba do vestido para a direita, simbolizando que iria se retirar. -- Tenho muito que agradecer ainda... mas estou fraca agora... obrigada pela conversa... boa noite guardião... E ela virou-se, agora chorando um pouco mais alto, de modo a romper o silêncio em que conversavam. Sendo visível seu lamento... E ela foi se retirando para os aposentos dos senhores do redemoinhos, indo para mais dentro da fortaleza. <Wieglaf> -- Boa noite, Lady Karlianna... E me desculpe por ter falhado com seu marido... Eu... Eu fiz tudo que era capaz. Permita-me escoltá-la até seus aposentos. *Ele dizia ao notá-la se retirar, se levantando também... Ficou pensativo por alguns instantes, ainda sentado naquela mesma cadeira. Não queria ter machucado os sentimentos de Karlianna e deixado-a mais triste do que já estava, mas preferia ser honesto, era a única maneira de se sentir superior aos nobres das outras casas. Mas sabia que excesso de honestidade era perigoso também, poderia acabar matando-o, seus inimigos poderiam se aproveitar disso, mas estava orgulhoso consigo mesmo naquele instante. E agora de pé e andando, acompanhando a mesma, ele se viu sem nada para falar, silencioso, respeitando a tristeza da mulher naquele momento*


<Narradora> Karlianna permitiu que ele a acompanhasse, seguindo em pranto baixo até seus aposentos, na ala leste da fortaleza, No caminho, muitos guardas demonstravam preocupação com o estado da bela morena, que apenas fazia um gesto simples com a mão, fingindo estar tudo bem. Karlianna era cinco anos mais velha que Aileen, mas tinha que carregar pesos semelhantes, e agora não tinha mais seu marido para dividir seu afeto. A mulher não deixou filhos no casamento, o que não deixava nenhum vínculo para que ela se mantivesse ali. Assim, ela chegou na porta do quarto, sendo assistida por uma serviçal da fortaleza, apta a cuidar da mulher do exregente. Esta agradeceu Wieglaf e entrou no quarto com Karlianna ainda em prantos. Wieglaf ainda tinha um longo caminho de volta e, mesmo sabendo que a mulher havia tentando impedir que a curiosidade dos homens se instaurasse ali, ele sentiu olhares mais sérios para ele, como se fosse sua culpa o estado daquela mulher, não que ele tivesse não tivesse responsabilidade no que ocorreu. Assim foi o retorno do jovem até seu quarto, na ala oposta da fortaleza do redemoinho. Loss já deveria estar recolhido e o lugar parecia muito vazio... ele sentia isso a cada minuto que permanecia ali. <Wieglaf> *Wieglaf seguia o caminho de volta a seus aposentos de modo distraído e pensativo. Não sabia da existência de uma reunião realizada por Aileen para recrutá-lo para dentro da casa... Então várias pessoas lá dentro sabiam quem ele era de fato, isso o deixava receoso. Mas era realmente relevante quem ele era agora que havia virado um Sor e Stannis Baratheon havia dado perdão real a Aileen por ter cometido o crime de acolhê-lo? Ele se sentia mal naquele instante. Não saberia dizer se era por ter potencializado a tristeza de Karlianna, não saberia dizer se é por que teria que lutar por Nana em dois dias sem a arma que seu pai lhe dera de presente, sem a armadura que recebera de Aileen e sem estar totalmente recuperado. Havia uma tempestade de pensamentos em sua mente, alguns conflitantes, outros temerosos... Mas o pior de todos era a solidão, havia feito o correto em lutar por Nana, agora tinha mais certeza. Ao entrar em seu quarto e trancá-lo, o rapaz trocava-se para uma roupa mais confortável de modo a dormir e se deitava na cama, na esperança de que conseguisse descansar. Mesmo com todo aquele horizonte de coisas á sua frente, o dia seguinte seria oneroso, precisava estar preparado... E depois de um longo tempo de reflexão involuntária, ele dormia* <Narradora> Wieglaf dormiu, sem se preocupar muito com a pouca fome que sentia... Não esperava ter tantos sentimentos unidos dentro de si, de uma só vez e não teve a melhor noite de sono que poderia. Ele pensou em muitas coisas, demorando-se para pegar no sono verdadeiro, aquele que o faria ter o mínimo de descanso. E foi então que ele adormeceu, intrigado com toda aquela situação, sabendo que o dia seguinte seria tão fatídico quanto aquele, mas o jovem nunca tivera uma vida fácil, tendo que vencer um dia de cada vez. Acordou pela manhã com o sino da camareira bem distante do quarto dele e assim que ela bateu a porta, ela abriu com sua própria chave trazendo água quente para que Wieglaf pudesse se lavar, saindo em seguida para fazer seu percurso. Aquele era um sinal de que o desjejum estaria posto à mesa, embora duvidasse que Karlianna fosse até lá. Wieglaf ainda não imaginava se Lorde Stannis estaria à mesa do salão de refeições da fortaleza, mas algo lhe dizia que veria aquele homem em breve. Enquanto ele pensava em tudo isso, o sol começou a iluminar as frestas de sua janela... faltava apenas mais um dia para o seu duelo...


<Wieglaf> *Wieglaf acordava cansado, cansado de uma noite mal dormida, cansado de um corpo machucado e fatigado, cansado de ter tantas coisas em sua cabeça... Mas o dia havia começado, e não iria esperar por ele. Na última vez que se atrasada para o desjejum, Lorde Alestar Massey morreu. Não que uma coisa estivesse relacionada com a outra, mas foi o que ele usou para se motivar a se levantar e seguir até a janela, desfazendo as cortinas e quaisquer proteções para permitir a passagem da brisa do mar. Só depois de dar bom dia para o mar lá fora e inspirar seu cheiro ele cuidava de sua higiene pessoal e se vestia. Seu estômago roncava e reclamava, fruto de sua displicência em ignorá-lo na noite anterior... A verdade é que seu apetite estava afetado há muito tempo, não se lembrava da última vez que havia conseguido saborear uma comida sem se preocupar com os espiões de Stannis ou com venenos para Aileen. Depois de se vestir da maneira mais aceitável possível para a situação ele se retirava de seu quarto, seguindo até o desjejum* "Eu esqueci de perguntar a Karlianna ontem quando será a reunião... Talvez Loss possa me responder isso." *Pensava no caminho, enquanto cumprimentava os soldados e serviçais com o seu clássico e amigável "bom dia"* <Narradora> Wieglaf caminhou até o salão de refeições cumprimentando as pessoas que cruzavam ou que ele cruzava o caminho, sentindo-se um pouco mais motivado por ter vislumbrado o mar de Stonedance. O jovem de longe percebeu uma mesa mais vazia do que da última vez que esteve nela, estando apenas Loss Lanrien e a pessoa que menos gostaria de ver, Lorde Stannis Baratheon. Karlianna, como ela previu, deveria ter optado por permanecer no quarto, embora o Lorde Baratheon pudesse solicitá-la, se quisessem, mas não parecia ser essa sua intenção no momento. O homem acompanhou cada passo de Wieglaf até a mesa de maneira bem séria e começou a comer quando este se sentou. Loss deu bom dia a Wieglaf, que sabia que não precisava mais da resposta sobre a reunião... eles iriam comer e ela aconteceria muito em breve... <Wieglaf> -- Bom dia, Sor Loss Lanrien, Lorde Stannis Baratheon, espero que não se importem com minha companhia. *Ele dizia de modo singelo e politizado enquanto tentava de fazer confortável na mesa. O que menos gostava sobre Stannis era a maneira como ele o olhava, como se quisesse dissecá-lo vivo ali mesmo. Pelo visto perderia a fome em breve, mas enquanto isso não acontecia, ele se servia com suco e frutos do mar, que era o tipo de refeição que mais se sentia confortável comendo, dado seu histórico com Lea e Alfred... Pensar nisso o fez pensar nos dois por alguns instantes, mas ele logo saía de seu próprio mundo, tinha uma figura que ele alimentava sentimentos confusos á sua frente, e ela demandava toda sua atenção. ** NPC: <Stannis Baratheon> Apos todos parecerem satisfeitos, ou o melhor que se podia dizer de bem alimentados, mesmo com a tensão diante deles, Stannis interrompeu o final da dança dos talheres, dizendo de modo bastante sério, como costumava ser. Sua voz carregava uma rigidez diferente dessa vez... -- Stonedance voltará a ser somente de Lady Aileen, senhores. Não há maneiras de impedirmos mais que os lordes de outras famílias se detenham com o tamanho do território para ser ocupado por uma única... garota. Uma casa vassala aos Massey será juramentada a nossa em breve, e esta deverá se encarregar da proteção de Sharp Point... E depois de um gole de vinho, ele continuou. -- Espero que mantenham-se fiéis a Lady Aileen e a protejam melhor do que fizeram com seu irmão bastardo. Ele limpou sua boca com o guardanapo de pano, esperando para ver se os dois jovens iriam se pronunciar, de alguma forma.


<Wieglaf> *Wieglaf notava que Stannis esperaria a dança de talheres acabar para começar seus assuntos. Ele não gostava daquilo, a última vez que dividiu uma refeição com Stannis foi bastante desagradável em seu fim. Ao passo que se sentia satisfeito, ouviu a voz do mesmo e suas palavras* "Palavras são vento, Wieglaf... Não se deixe afetar nem intimidar." *Ele pensava ao ouvir a alfinetada final de Stannis Baratheon. Sentou-se então de modo mais confortável na mesa e então disse:* -- Seremos sempre fiéis a Lady Aileen, meu lorde, assim como apostamos nossas vidas na esperança de salvar seu falecido irmão, não vejo por que as circunstâncias seriam diferentes agora. Se me permite a pergunta, a que casa se refere, meu lorde? *Ele dizia tentando manter sua postura neutra, tentando mostrar para Stannis de que não tinha medo dele, quer isso fosse algo bom ou ruim não sabia* ** NPC: <Stannis Baratheon> Ele pareceu não se importar muito com a pergunta de Wieglaf, desdenhando sua posição, apenas respondendo. -- Bar Emmon. E ele terminou de limpar sua boca e mãos para prosseguir com outro assunto, este de cunho mais urgente, ao que parecia. -- Lady Karlianna deverá retornar tão breve quanto possível para Myr, tendo ainda dois dias para prantear seu marido. Eu já enviei uma mensagem para a filha do redemoinho, para que tão logo ela esteja presente em Stonedance, desejando que seja de forma definitiva. Atentem para o comportamento da mulher, pois pelo pouco que conheço os nativos de Myr, eles não são de se entregar facilmente. Mesmo porque Lady Aileen conta com dois primos renegados, cujo o direito depois da morte do traidor Ryan Massey ainda valem para a posse de Stonedance, embora isso seja insensato e terá retaliações das casas vizinhas, pois estas já sabem do que ocorreu. Estou inclinado a permanecer mais um dia nesta cidade, devendo voltar para Dragonstone o quanto antes. E então ele disse o que Karlianna suspeitava, mas que Wieglaf estava inclinado a recusar. -- Uma das saídas seria te levar, guardião... Falando olhando para Wieglaf. -- Até King's Landing e oficializar seu sobrenome, o tornando apto a adquirir posses como uma cidade, no caso de um casamento com Lady Karlianna, embora eu duvide que esteja inclinado a aceitar tal papel. Portanto, não sou mais úteis que vós, guardiões, nesta cidade. Pretendo me retirar o quanto antes. Loss se manteve calado, esperando para ver que tipo de resposta Wieglaf daria a esse novo comentário, se é que diria alguma coisa. <Wieglaf> -- Lamento, mas o senhor está certo sobre o cenário atual. Não tenho essa inclinação. *Ele dizia com um tom neutro* -- Entretanto, eu não sou o único guardião. *Ele dizia fitando Loss* -- Sor Loss Lanrien possui um conhecimento muito mais aprofundado sobre as casas de Westeros e a maneira que elas funcionam... Ele é bom com as palavras também, se não fosse por ele, boa parte dos Errol não nos teria seguido. Por fim ainda é um exímio combatente montado. *Ele então fitava Loss nos olhos, em busca de uma reação* -- É uma família de tradição e honra. O que meu lorde diz sobre isso? *Terminava em um tom neutro*


** NPC: <Loss Lanrien> Interrompeu a conversa, mesmo porque já imaginava que Lorde Stannis já sabia desse fato. Loss ainda não havia contado sobre isso para Wieglaf, mesmo porque não houve nenhum momento em que a vida particular deste fosse necessária em uma conversa. -- Se me permite, meu lorde... Disse para Stannis e esse apenas assentiu. Depois Loss virou-se para Wieglaf. -- Já tenho uma noiva Wieglaf, em Sharp Point. Oficializamos a cerimônia quando meu pai ainda era vivo e devo aguardar pouco tempo até a cerimônia. Agradeço pelos elogios... sei que teve a melhor das intenções. ** NPC: <Stannis Baratheon> Stannis se levantou, findando a conversa com os dois, deixando-os ali sentados, pedindo para que não se levantassem por sua causa, ainda mais Loss, com toda a dificuldade que tinha pela perda da perna. -- Foco na nova jornada, guardiões. E saiu, um tanto quanto apressado para fora dos salões. Parecia querer resolver um assunto logo, como sempre transparecia. O lorde Baratheon não parava um só minuto e era difícil de imaginar a quantidade de pensamentos que aquela mente trabalhava. Loss cessou de vez seu desjejum, com um semblante um pouco desapontado. Parecia que ele havia perdido mais uma vez seu pai e, de certa forma, não deixava de ser um sentimento parecido. <Wieglaf> -- Me desculpe, Loss... Esse não é o tipo de homem que eu quero me tornar... Essa nunca foi minha ambição, na verdade eu sempre tentei evitar trilhar esse caminho. *Ele dizia depois de notar Stannis se levantar e partir. Depois de um longo suspiro resignado, não havia conseguido pensar em nenhum argumento para manter Stannis em Stonedance, e não teria outra chance* -- Quando milady Aileen retornará á Stonedance? *Tentava dissipar aquele turbilhão de sentimentos negativos* ** NPC: <Loss Lanrien> -- Se estou certo, voltará daqui a três dias, no máximo. Disse ele pesaroso, mas tentando vencer a melancolia dos últimos dias, fazendo um esforço grande para ao menos parecer imparcial a toda aquela situação. -- Sei que Lady Aileen saberá reconhecer nosso esforço, mas perder uma cidade que fazia parte do legado de sua família, será uma vergonha que terei de carregar para o túmulo. Ele tentou encontrar um outro assunto, pois aquele já não era mais possível digerir. -- Espero que continue a proteger a filha do redemoinho, Wieglaf. Seria uma perda incomensurável se partisse... <Wieglaf> -- Eu não sou digno dessas palavras, Loss, mas obrigado por elas de qualquer maneira. Mas afinal... *Ele dizia ao notar a melancolia no tom de Loss, guiando seu braço até o ombro do mesmo, ele certamente tinha muito mais coisas tristes em mente que Wieglaf tinha, a morte de seu pai, a perda de uma perna, sua falha como guardião e agora Sharp Point estava sob o controle de Stannis Baratheon. Entretanto, ele não conseguia pensar em nada que pudesse falar para confortá-lo, então tentava apenas distrair-lhe a mente* -- Eu fiquei com a impressão de que milady Aileen havia dito que fizera um acordo bom com Stannis... O que exatamente foi esse acordo? Até então eu só vi aspectos negativos...


** NPC: <Loss Lanrien> E como se ele já esperasse essa pergunta, respondeu, da maneira mais clara que conseguiu, pois os atos de ambos mudaram em muito o que foi acordado. -- Lady Aileen acordou com Stannis sua proteção, caso mantivéssemos o posto de Stonedance até que a casa se estruturasse e a proteção se manterá. Porém, a reunião com os Errol nos trouxe desgraça e além de Stonedance perder seu lugar Regente, a família de Haystack Hall agora está contra os Massey. Com o diminuição drástica da família de Lady Aileen, surgirão abutres tentando de toda maneira buscar seu lugar entre as terras da coroa. Não há mais acordo favorável... nós falhamos quando não encontramos antes as armadilhas que nos cercavam... espero que eu consiga encarar minha senhora quando ela retornar. E pegando sua bengala de apoio, ele se levantou, apoiando-se nela e ficando de pé, pronto para sair dali, mas esperando Wieglaf, caso este ainda quisesse trocar algumas palavras. <Wieglaf> "Não foi você que falhou, Loss... Fui eu. Eu que não entrei naquele quarto naquela noite e confrontei Hector Clegane... Eu que colhi os frutos dessa decisão." *Ele pensava de modo pesaroso e entristecido, enquanto se levantava para acompanhar Loss, talvez ajudá-lo no caminho* "Pelo visto eu só trago perdas e morte para Leen... Desde que ela me acolheu, apenas desgraças acometeram sua casa. Eu começo a duvidar sobre minha importância aqui..." *Ele pensava com o coração pesado* -- Milady Aileen sempre foi muito gentil conosco, eu acho que só precisamos nos agarrar nesse fato. *Dizia agora andando pelos corredores do castelo* -- Oh, eu acho que ainda não sabe. Amanhã irei participar de um duelo por casamento... É, eu sei que é impulsivo, mas emfim... Decidi ser honesto comigo mesmo e não perder essa oportunidade. <Narradora> Loss sorriu para Wieglaf, assentindo em aprovação para este comentário foi quando os dois viram, bem distante, Karlianna sentada sobre o trono de Stonedance. Parecia imersa em seus devaneios e Loss resolveu ignorar aquela visão. Mas algo mais chamou atenção de Wieglaf ali e, olhando mais distante, ele viu um homem vestido com as roupas da guarda do redemoinho. Para muitos ele poderia passar despercebido, mas não para o jovem Maelstrom. Mirhor vinha a passos lentos na direção da mulher, que parecia não notar nada a sua volta. Mesmo não simpatizando com Lady Karlianna, Wieglaf sentiu que a presença daquele homem ali não significava boa coisa. Eles estavam distantes e Loss não havia notado o movimento soturno do mercenário de Stannis, seguindo seu caminho até a área militar da fortaleza. Wieglaf, por sua vez, podia pensar que Mirhor não se atreveria a fazer nada de grave ali, ainda mais próximo de outros guardas, mas seus instintos conflitavam dentro de sua mente e sua escolha poderia mudar todo o destino de Stonedance. <Wieglaf> -- Com licença, Loss. *Dizia Wieglaf em um tom cordial ao notar o cenário. Mesmo que alertasse a Loss sobre o que havia acabado de ver, não traria nenhum benefício, Loss agora estava limitado aos movimentos de uma perna e se ele alertasse aos outros guardas, poderia apenas acelerar Mirhor, seja lá o que aquele homem pretendia fazer. Wieglaf então avançava rapidamente na direção de Karlianna* "Eu já falhei em proteger a vida de Alestar Massey... Não irei lhe decepcionar novamente, Aileen." *Pensava com uma expressão incisiva no rosto enquanto fazia um sinal para os guardas próximos lhe acompanharem finalmente dizendo em tom alto* — MIRHOR, O QUE ACHA QUE ESTÁ FAZENDO? *Dizia com uma expressão severa no rosto enquanto apressava seus passos na direção do homem*


<Narradora> Wieglaf chamou a atenção de todo o salão e os guardas voltaram-se na direção que o guerreiro estava olhando. Até Karlianna, imersa em seus pensamentos distantes, olhou a sua volta e viu Mirhor se aproximando dela. Este, parecendo bem constrangido com todos os olhares se convertendo para ele, chegou perto da Lady de Myr e se ajoelhou perante ela. Ainda distante, Wieglaf não pode ver suas primeiras palavras, mas ao se aproximar ele pegou essas: ** NPC: <Mirhor> - ... e estará segura, Milady. Em seguida, depois de Karlianna assentir, ele se levantou com uma expressão de poucos amigos para Wieglaf e o advertiu: -- E qual o motivo deste estardalhaço, milorde? Vim ao encontro da Lady para dizer algumas palavras... há algum mal nisso? E lançou-lhe um olhar bem severo, cujo qual não agradou nada os homens próximos de Wieglaf, que já estavam com as mãos em suas armas. <Wieglaf> -- Existem procedimentos e protocolos para esse tipo de abordagem, senhor Mirhor. *Ele dizia enquanto se aproximava, com uma expressão cautelosa nos olhos* -- Os quais foram ignorados. *Ele então terminava de se aproximar do mesmo, agora com uma expressão neutra* -- Ainda é meu dever manter Lady Karlianna a salvo... Lembre-se disso na próxima vez que se aproximar de alguém surdino e armado, pois isso poderá significar sua cabeça, senhor Mirhor. ** NPC: <Mirhor> -- Deveria pensar nos sentimentos de Milady antes de querer debater comigo para demonstrar algo que você não é, Milorde. Ele manteve uma expressão bem hostil para com o jovem guerreiro. -Vim cumprir ordens... se desacatei alguém, que Karlianna me julgue e não vós, Milorde... essa situação está como está por sua causa... E Karlianna se levantou, se posicionando entre os dois. ** NPC: <Karlianna de Myr> -- JÁ CHEGA! Ela disse bem exaltada. -- PAREM DE ZOMBAR DO MEU ESTADO... SAIAM DAQUI... SAIAM... E ela cambaleou... sentando de volta no trono e batendo na mão dos homens que tentaram ajudá-la... -- VÃO! O QUE ESTÃO ESPERANDO? Gritou ela com todos e os guardas foram se retirando, cada um para próximo de sua saída. Mirhor manteve o olhar frio para Wieglaf e fez uma mesura, se retirando pela parte de traz do salão real. <Wieglaf> *Se preparava para responder á Mirhor, mas a reação de Karlianna o silenciou. Ele observou os homens se retirarem, e apenas quando o serviçal de Stannis o fazia ele voltava por onde havia vindo. Retornava para o lado de Loss, com um semblante sério e preocupado no rosto* -- Vamos conversar. *Ele então fazia um sinal para que o segundo guardião o acompanhasse até um lugar onde teriam privacidade, nesse caso era seu quarto* -- Eu ouvi o que ele sussurrou no ouvido de Karlianna. *Ele dizia depois de fitar o corredor e fechar a porta* -- Stannis pretende ter em suas mãos o destino de Lady Karlianna. *Ele dizia ao se sentar na cama* -Devemos interferir?


** NPC: <Loss Lanrien> Ficou surpreso quando Wieglaf se aproximou depressa dele e assentiu, concordando em conversar com eles num lugar reservado. Ambos os guerreiros se dirigiram para o quarto de Wieglaf, o qual ele julgou o mais adequado para aquele tipo de situação. Confiando em seus instintos incríveis de percepção, o jogem guardião fechou a porta e conrversou sobre suas intenções sobre Loss, que ponderou por um momento. Era sabido que Wieglaf conhecia Mirhor e suas origens mais do que Loss, mas fora em Sharp Point que o filho de Toras Lanrien pode ver o comportamento do mercenário de Essos. Loss, andou com a ajuda de sua bengala até a poltrona do quarto e se sentou, mexendo nos cabelos pensativo... até que disse, por fim. -- Estamos tão envolvidos nisso, Wieglaf, que coisas podem passar desapercebidas de nossos olhos. Ficamos tão cegos com nossas responsabilidades que as vezes nos escapam os detalhes destas conspirações maiores... Sim, nós devemos interferir... mas de que forma? Precisamos pensar em todos os detalhes para não erguermos armas para o irmão do Rei... Ele respirou profundamente, parecendo cansado. -- Estou ficando farto de tudo isso... e temo fazer algo de cabeça quente que nos prejudique... mas mais do que isso, prejudique Lady Aileen. <Wieglaf> -- Eu não acho que nós tenhamos tempo, Sor Loss. *Ele dizia enquanto fazia um esforço para pensar, coçando a cabeça* -- "Sua partida já está sendo providenciada mas a embarcação ainda precisa de uma vistoria. Mais algumas horas e estará segura, Milady"... Essas foras as palavras sussurradas para a mesma, nós temos horas, Loss. *Ele dizia agora se levantando da cama* -- Primeiro, precisamos entender por que Stannis quer ter Lady Karlianna... O que ele pode conseguir tendo ela como refém? Eu começo a achar que está certo, Loss, há uma conspiração muito maior aqui. ** NPC: <Loss Lanrien> Ele ouviu cada palavra de Wieglaf com atenção e em seguida fez força para ficar de pé, apoiando-se em sua bengala. -- Certo... vamos usar cavalos para nos aproximarmos da praia onde estão as embarcações... possivelmente ela irá em uma de Stonedance... Ele sentiu uma espécie de fisgada no lado, devido ao esforço para chegar rápido ali, mas prosseguiu. -- Podemos pedir para que fiquem de olho no homem e em Karlianna... não sei se será prudente manter olhos sobre Lorde Stannis... ele pode desconfiar... Nesse momento Wieglaf viu uma sombra na soleira da porta e duas leves batidas nela. Pela voz, era a camareira. <Wieglaf> *Suspirava ao ouvir as palavras de Loss e então a interferência da "camareira".*-- Na última vez que eu tentei usar essa abordagem não deu muito certo, Loss. *Ele dizia se referindo á mulher de Hector e o mesmo, noites atrás. Seguia então até a porta e a abria, com uma expressão ininteligível no rosto, obviamente levemente precavido* "Huh... Eu acho melhor simplesmente interferirmos diretamente nos planos de Stannis." *Pensava sem demonstrar preocupação nos olhos*


** NPC: <Camareira> Esperou pacientemente a porta ser aberta e não ligou para a expressão de Wieglaf, dizendo. -- Bom dia milordes, receio estar atrapalhando importante reunião mas gostaria de avisa-los de nossa Lady Karlianna está muito mal... peço imensamente que me perdoem pela intromissão, mas eu a vi sendo levada para seu quarto recentemente e o Meistre foi chamado, bem como sua assistente. Antes que um dos dois se prontificasse a falar, ele emendou. -- Os guardas disseram que ela está bem alterada e não deseja ver nenhum deles... mas senhores... penso que pode ser algo grave. Karlianna não é de ficar desequilibrada e nem destemperada desta maneira e, com o perdão da intromissão, acho-a tão forte de carácter que duvido que o abalo da morte de nosso Lorde possa tê-la deixado neste estado. Ela parecia preocupada com a situação e quis compartilhar com os guardiões, fazendo uma reverência final e esperando se seria útil para responder mais alguma coisa. <Wieglaf> -- Estou vendo que sua preocupação é genuína. *Ele dizia com um semblante neutro e pensativo* -Obrigado por nos deixar cientes de tudo isso. *Ele continuava de modo singelo e humilde, não sabia destratar ninguém por seu status* -- Nós iremos nos assegurar que Lady Karlianna fique bem. *Terminava aquelas palavras com um tom de promessa* -- Onde está o Lorde Stannis Baratheon agora? *Ele perguntava e então fitava Loss. caso ela soubesse a resposta ele agradeceria e esperaria ela sair, caso ela não soubesse, iria pedir que ela descobrisse.* <Narradora> A jovem meneou a cabeça, negativamente, informando que não sabia sobre onde estava o irmão do Rei, e Wieglaf pediu para que ela tentasse descobrir, da maneira mais discreta que conseguisse ao que ela assentiu e se desculpou novamente pela intromissão ao local, saindo para tentar cumprir o pedido feito pelo jovem. Loss, já de pé, se aproximou de Wieglaf e o indagou sobre a possibilidade de verificar sobre Karlianna. ** NPC: <Loss Lanrien> -- Prefere que eu vá averiguar isso ou acha que devo tomar um cavalo e verificar as embarcações? E ele aguardou a resposta de Wieglaf. Fosse qual fosse, ele tentaria cumprir com o máximo de esforço. Parecia farto demais de ser usado apenas como um peão nas mãos do destino, que nesse caso tinha um nome... Stannis Baratheon. <Wieglaf> -- Nós podemos simplesmente dizer á Lady Karlianna que ela não precisa ir, se não quiser. *Ele dizia com um tom neutro* -- Stannis não tem controle sobre Stonedance, a única com o direito de exilar Karlianna é Aileen. Podemos simplesmente dizer isso a ela, e colocar homens de postos caso uma abordagem mais hostil tenha início. O que me diz sobre uma abordagem mais simples e direta, Sor Loss Lanrien? *Ele terminava com um tom neutro* -- Certamente isso irá irritar Stannis, mas eu não vejo como isso não iria acontecer, de qualquer maneira. *Dizia se sentando na cama novamente*


** NPC: <Loss Lanrien> -- Agora me tratando com formalidades... pois bem, Sor Wieglaf... vamos fazer do seu jeito. E ele começou a andar com a dificuldade de um aleijado, sabendo que seria alcançado facilmente pelo garoto, mas tentando ser rápido. -- Vamos saber logo onde ele está para irmos tirar satisfações sobre isso... estarei com você lá, caso as coisas não saiam como o desejado. Não vamos mais nos demorar falando sobre o que pode ou o que não pode acontecer. Loss parecia bem decidido e agora não pararia por nada nesse mundo, até estar diante de Stannis Baratheon. Possivelmente ainda se demoraria até ir aos estábulos e seguir rumo a praia, mas tentaria ser o mais rápido que seu movimento restrito o permitisse. <Wieglaf> -- Sim, encará-lo de frente, sem jogos de sombras. *Ele dizia com um sorriso no rosto* -- Eu deixarei um guarda estacionado aqui para que a camareira saiba onde estamos. Falaremos primeiramente com Karlianna, ou não acha sensato alimentar nela quaisquer esperanças? *Ele dizia acompanhando Loss, com uma expressão perseverante e levemente preocupada no rosto. Não seria mais apenas uma peça naquele tabuleiro de xadrez. Stannis não iria mais jogar seu jogo* -- Foco na nova jornada, guardiões. *Ele repetia as palavras de Stannis, com um tom enigmático* ** NPC: <Loss Lanrien> -- Pelo que eu entendi ela não quer ver ninguém... mas se você achar prudente pode passar lá, sei que vai conseguir me alcançar o quanto antes... Ele diz com uma expressão mais severa no rosto, parecendo se incomodar com a situação a qual se encontrava. -- De toda forma vamos resolver logo isso. E ele se recordou das palavras de Stannis quando Wieglaf as disse, parecendo agora uma deixa... um jogo mental. Loss parecia muito mais decidido agora, querendo que tudo fosse revelado de uma vez, tivesse a consequência que fosse necessária... continuou indo o mais depressa que pode para os estábulos, imaginando se a Camareira pudesse trazer logo a notícia de onde aquele lorde estava. <Wieglaf> -- Tudo bem. Irei passar por lá, descubra onde Stannis se encontra e envie um mensageiro, eu logo lhe alcançarei. *Dito isso ele seguia na direção do quarto de Karlianna, sentia que estava se envolvendo em um jogo perigoso, perigoso demais. Mas se aquela era uma oportunidade para mostrar a Stannis que eles não seriam suas marionetes, era aquela... E se Stannis quisesse Karlianna, que a tomasse a força. Com isso em mente ele avançou* <Narradora> Wieglaf seguiu para o corredor da ala leste da fortaleza, onde ficavam os quartos dos nobres. Já tendo ido acompanhar Lady Karlianna até lá, ele se dirigiu com facilidade pelo caminho de corredores bem requintados, onde os detalhes e motivos dos Massey se faziam presentes nas paredes e adornos das escadas. Ao chegar no corredor onde se encontrava a entrada do quarto da Lady de Stonedance, Wieglaf notou que a porta estava sem nenhuma proteção e semiaberta. O guardião observou com extrema atenção o corredor vazio, não encontrando nada suspeito, a não ser aquela estranha sensação de que havia algo bem errado.


<Wieglaf> -- Lady Karlianna? *Ele dizia ao entrar no recinto, temeroso de ter chegado tarde demais* "Eles adiantaram o plano? Não se passou nem meia hora!" *Pensava preocupado enquanto avançava, agora com o coração acelerado. Não era possível que ele fosse falhar novamente, não daquela maneira, não sem conseguir fazer nada...* <Narradora> Wieglaf teve a impressão de que havia acontecido algo errado, mas ao se aproximar mais do quarto e adentrá-lo, percebeu uma escuridão parcial, devido as janelas estarem todas fechadas. Porém, Lady Karlianna estava ali, sentada na cama, refletindo com um livro aberto em mãos, que ela nem lia... apenas devia estar vislumbrando um passado recente, dos quais o destino não lhe deu muitas alegrias. Com o marido morto e sem filhos, Karlianna deveria se ver sozinha ali, sem rumo certo para seguir. Ela levantou os olhos com grande pesar para Wieglaf e crispou os lábios... parecia querer amaldiçoá-lo por ter falhado ou ao menos impedir que seu marido o acompanhasse... mas parecia sem forçar sequer para fazer isso... então apertou os olhos e abaixou a cabeça, colocando o livro de lado. <Wieglaf> -- Milady Karlianna... Eu sei que não quer companhia, mas eu preciso que me escute. Quando eu embarquei de volta para Stonedance eu prometi á Milady Aileen que os manteria a salvo, você e o senhor seu marido... *Ele dizia se aproximando dela* -- Eu falhei com lorde Alestar, mas eu ainda posso ajudá-la. *Ele se aproximava dela com uma expressão séria, incisiva* -- Stonedance está fora da legislação de Stannis Baratheon. A única pessoa detentora do poder e exilá-la se chama Aileen Massey e até que ela chegue... Quem governa Stonedance é a senhora. Não há segurança vinda de Stannis, ele apenas pretende usá-la. Nós dois sabemos disso... *Ele então seguia até o corredor, garantindo que estavam sozinhos e então continuava* -- Se quiser ficar, diga-me, diga-me agora, e eu irei confrontar Stannis Baratheon agora mesmo e deixá-lo ciente disso. *Seu tom era sério, severo* -- E se Stannis lhe quiser fora de Stonedance, terá que tirá-la á força. ** NPC: <Karlianna de Myr> Ela parecia querer gritar a cada palavra dita por Wieglaf, forçando suas mãos contra o tecido da cama para apaziguar a raiva que sentia, respirando forte e pausadamente. Ela parecia estar tentando organizar as ideias em sua mente e forçava a palma de sua mão na testa, agora. Tentava não olhar para o jovem enquanto este se pronuciava tendo o cuidado de tentar dar um pouco de segurança a ela. Mas Karlianna parecia desejar a morte todos a sua volta, pelo menos foi isso que aparentou seu olhar frio para o garoto. Porém, em seguida ela voltou a ser a bela mulher de pele bem morena, de cabelos com tranças tão belas que seriam capazes de torná-la uma Khaleesi entre os Dothraki. Seus olhos castanhos esverdeados voltaram a ser tenros e analíticos e sua voz, embora rouca ainda com uma grande carga emocional, pronunciou: -- Tens coragem, guardião... mas é só... não deveria perder seu tempo comigo... meu assassino me encontrará em breve, melhor que saia antes dele chegar...


<Wieglaf> -- Ele terá que passar por vários guardas e por mim, Lady Karlianna. *Dizia com uma expressão severa e incisiva no rosto* -- A menos que ser encontrada por ele seja o que deseja. Você não precisa ser apenas um peão no jogo de tronos, Lady Karlianna. Quando eu a conheci pela primeira vez, sabe qual foi minha primeira impressão? Eu vi uma mulher forte, intocável, radiante e corajosa e... Sendo honesto, eu pensei que fosse uma ameaça maior que os Errol... Se você desistir agora, tudo que construiu estará perdido, minha lady. Por favor não faça isso. Não desista, e eu não irei desistir. *Ele falava com grande oratória aquelas palavras, sentia que Karlianna estava guardando um segredo dele e queria saber o que era* <Narradora>Wieglaf fez de tudo para motivar Karlianna, que se levantou, calma e serena e olhou nos olhos, estando com uma tranquilidade imperturbável... foi quando de repente, as janelas atrás dela se abriram abruptamente e o sol inundou o recinto, cegando os olhos do jovem, que estava de frente para a janela. Sem entender nada do que havia acontecido, Wieglaf imaginou que seria de lá o ataque, e sacou sua espada pegando a mulher pelo braço e a conduzindo para a direção de seu guarda-roupas... Mas foi ao abri-lo que Wieglaf teve o encontro com o seu destino, revelando ali uma passagem para uma câmara ao lado do quarto... que ele jamais imaginara existir... Ali estava Mirhor, pronto para lhe arremessar uma adaga envenenada de maneira certeira. Surpreso como estava, o jovem guardião foi presa fácil para o ataque desleal do mercenário, que sorria com seus dentes amarelos da desgraça do jovem e honrado guerreiro. Flashs vieram a sua mente e ele acabou se recordando da cena em montes brilhantes quando fora atingido por um maldito arremessador de adagas, cujo o alvo não era ele, naquela ocasião... Não podia ser Mirhor entre os exércitos Hollards... Wieglaf estava tão inundado de sentimentos e dor que não raciocinava direito... Ele sabia que não era só um ferimento... Wieglaf estava agora perto da morte e envenenado. Porém, seu inabalável senso de honra permitiu empurrar Karlianna com força para fora do quarto, esbravejando que ela saísse dali e procurasse ajuda, porém seu movimento quase o fez cair, o que seria seu fim, e com uma sorte imensa ele voltou a tempo de fechar a porta do móvel e impedir a passagem do assassino travando o feixo com sua espada. A ponta da adaga arremessada do outro lado apareceu vencendo parte da madeira, tamanha a precisão do arremesso, mas desta vez não o atingiu. Fadigado, sangrando, ferido e envenenado... a morte parecia estar sentada na janela esperando que Wieglaf desistisse logo de viver, mas seus instintos permitiram ouvir passos apressados no final do corredor... Karlianna havia conseguido ajuda e estava retornando depressa... "depressa" era o que Wieglaf pensava e acelerado batia o seu coração... Nana, Aileen, Loss, Toras... e todos que ele havia cruzado nessa vida... ela estava o deixando... Wieglaf parou de usar suas forças prendendo a porta e se afastou.... mas o veneno era forte demais para que o jovem suportasse... e seus olhos foram se fechando... e ele ouviu seu nome... "Wieglaf... Wieglaf!"... pela última vez. [Fim da Históai de Wieglaf] [Agradeço a todos pela leitura]



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.