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ATRIBUNA VITÓRIA, ES, SEXTA-FEIRA, 29 DE AGOSTO DE 2014
Economia
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ISABELA LAMEGO E-MAIL: economia@redetribuna.com.br
Jurong seleciona para 400 vagas FOTOS: ANTONIO MOREIRA/AT
Há oportunidades para trabalhar no estaleiro para soldadores, lixadores, montadores de estrutura metálica e ajudantes, entre outras Dayane Freitas indústria naval do Espírito Santo, que se consolida a cada dia com as obras do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), traz muitas oportunidades de emprego para os moradores do Estado. Até o final deste ano, o empreendimento na região Norte capixaba vai precisar de mais 400 profissionais para atuar na operação, que começou recentemente. São chances para soldadores, lixadores, montadores de estrutura metálica e ajudantes. Os currículos podem ser cadastrados no site www.jurong.com.br. Além das exigências específicas de cada cargo, é importante que o candidato saiba falar inglês fluentemente, principalmente para as funções que exigem direto contato com os empreendedores, que são estrangeiros. No mercado, a estimativa é que os salários para cargos operacionais do setor naval variem de R$ 2 mil a R$ 6 mil.
OS NÚMEROS
5,5
MILHÕES DE PEDRAS FORAM USADAS NOS QUEBRA-MARES SUL E LESTE
15
A
ENCOMENDAS O presidente do EJA, Martin Cheah, informou, durante entrevista realizada no empreendimento, que a conclusão do primeiro de sete navios-sonda a serem entregues, batizado de Arpoador, está prevista para junho de 2015. O navio-sonda terá capacidade de perfurar em até 40 mil pés de profundidade e levar 180 tripulantes. Os outros seis navios-sonda que serão construídos para atuar no pré-sal receberão nomes de praias capixabas. São eles: NS Guarapari, NS Camburi, NS Itaoca, NS Itaúnas, NS Siri e NS Sahy. Os nomes foram escolhidos pela Sete Brasil, empresa que contratou as sondas. O valor do contrato é de US$ 6,3
MIL
TONELADAS DE AÇO SERÃO USADAS NO NAVIO-SONDA ARPOADOR
3
MIL TONELADAS TERÃO CADA UM DOS CINCO GRANDES BLOCOS DE AÇO DO ARPOADOR
OBRAS DO ESTALEIRO JURONG ARACRUZ: conclusão do primeiro navio-sonda construído no empreendimento será em junho de 2015 bilhões (R$ 14,1 bilhões). As sete sondas serão afretadas pela Petrobras e operadas pelas empresas Odfjell e Seadrill. A estaleiro vai realizar ainda duas integrações de embarcações FPSO (capazes de produzir, armazenar e transferir petróleo) para a Petrobras. Mesmo com a demanda, que será concluída em até quatro anos, Martin frisou que a empresa pretende ter nos próximos anos mais 10 encomendas, pelo menos. Ele afirmou que a tecnologia utilizada para a construção de navios é a mais avançada em todo o mundo. Com a tecnologia, o tempo de fabricação dos navios será reduzido em 15% porque o tamanho das chapas que formam os blocos que serão unidos para a construção dos navios é maior que o encontrado no mercado hoje .
AS VAGAS
Cadastro deve ser feito pelo site Contratação
Mão de obra local
> O ESTALEIRO Jurong Aracruz vai
> A PREFERÊNCIA da empresa é con-
contratar até o final do ano mais 400 trabalhadores diretos. > ALGUNS DOS CARGOS, segundo a empresa, são: soldadores, lixadores, montadores de estrutura metálica e ajudantes. > OS CURRÍCULOS podem ser cadastrados no site da empresa, no endereço www.jurong.com.br. > ALÉM DAS EXIGÊNCIAS específicas de cada cargo, é importante que o candidato saiba falar inglês fluentemente, principalmente para as funções que exigem contato direto com os empreendedores, que são estrangeiros.
tratar moradores da região. Mais de 70% da mão de obra direta e indireta é do entorno do empreendimento. > ATUALMENTE, trabalham 724 profissionais na operação do estaleiro e mais 2.200 indiretos atuam na construção. > NO TOTAL, SERÃO 5.400 funcionários no período de operação. > COM OS TRABALHADORES já contratados, a folha de pagamento alcança R$ 5 milhões por mês. > A EMPRESA JÁ TREINOU um total de 2.200 pessoas. Fonte: Estaleiro Jurong Aracruz.
“Estou surpreso com os capixabas” O presidente do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) e da Jurong Brasil, Martin Cheah, elogiou o trabalho dos profissionais do Estado que atuam na empresa. “Estou surpreso com os capixabas, eles têm atitude, gostam de trabalhar aqui e são esforçados”, declarou. Segundo ele, o objetivo da companhia não é contratar mão de obra de outros estados. “Não é meu objetivo contratar pessoas de fora do Estado, porque elas não têm tanto vínculo com Aracruz. Além disso, quem mora na região tem orgulho de trabalhar aqui e ter a felicidade de estar perto da família”, avaliou Martin. A empresa tem um projeto de capacitação de profissionais que já levou 23 estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) para um treinamento em tecnologia naval e oceânica no Ngee Ann
MARTIN CHEAH disse que se impressionou com a atitude e o esforço da mão de obra local
Polytechnic de Cingapura, por um ano. Eles já estão trabalhando na empresa. Outros 27 estão no país e uma terceira turma, entre 25 e 30 alunos, vai em janeiro de 2015. CUSTO O valor do investimento no EJA já está acima de R$ 1,5 bilhões, in-
formou Martin. Inicialmente, o total previsto era de US$ 500 milhões (R$ 1,1 bilhão). As oficinas de construção de casco, pintura e jateamento estão sendo erguidas, assim como o quebra-mar norte. Entre as próximas etapas estão as obras do cais norte. O quebra-mar sul foi finalizado.
Superguindaste em outubro O superguindaste do Estaleiro Jurong Aracruz, que vai içar os grandes blocos de aço para a fabricação dos navios-sonda do pré-sal e as duas integrações de navios do tipo FPSO para a Petrobras, começa a operar em outubro. A estrutura flutuante, que chegou recentemente ao País e é a maior das Américas, foi fabricada no Japão e tem bandeira brasileira. A capacidade é de içar 3.600 toneladas. São 140 metros de altura, 110 metros de comprimento e 46 de largura.
Outra estrutura do EJA a ser construída é o dique seco flutuante, que terá 200 metros de abertura de um lado e 70 do outro para a entrada dos grandes blocos de aço que serão unidos para formar cada navio-sonda. O cais de atracagem tem um quilômetro de extensão. As chapas de aço usadas na fabricação dos navios são adquiridas da siderúrgica Usiminas. No Estado, não há uma fábrica que produza essas chapas com as especificações necessárias, segundo o EJA.
ADEMIR RIBEIRO - 06/07/2014
GUINDASTE: 140 metros de altura