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Brasil Presbiteriano

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Agosto de 2012

CONGRESSO

As 3 ondas missionárias reunidas no 7o Conplei Emma Castro

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m comemoração ao centenário da evangelização indígena foi realizado o 7º CONPLEI – Congresso Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas com o tema: “Em cada povo uma igreja genuinamente indígena”. O evento aconteceu dos dias 18 a 22 de julho nas instalações do Centro de Treinamento AMI, na Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. Estiveram presentes aproximadamente três mil pessoas, representantes de mais de 80 tribos indígenas do todo o Brasil e de 16 países. O grupo de mais de 100 crianças teve uma programação especial preparada para elas. Um dos destaques foi a comunhão entre os representantes das “Três ondas Missionárias”. A primeira onda é a força missionária estrangeira; a segunda onda é a força missionária nacional e a terceira onda é a força missionária indígena; todas comprometidas em levar o evangelho de Cristo às etnias não alcan-

çadas. Somente no Brasil existem, hoje, mais de 120 tribos ainda não alcançadas e 50 tribos em que o evangelho chegou, mas ainda não tem liderança própria. Para esse Congresso, uma equipe de voluntários médicos, enfermeiros, dentistas e outros profissionais prestaram assistência na área da saúde. Foram montadas duas clínicas, uma clínica médica e outra odontológica com todos os equipamentos e medicamentos necessários. Mais de 500 pacientes foram atendidos. Wanderley, missionário da APMT, acompanhou um grupo de 14 indígenas de etnias diferentes. “Para nós é muito importante participar desse evento porque é uma oportunidade de ver o que está sendo feito no Brasil na área indígena. A gente fica muito isolado no universo do nosso trabalho específico e não vemos o que Deus está fazendo em outros lugares. É muito importante a presença dos líderes indígenas neste evento porque eles ouvem muito falar que ‘o evan-

Missionários presbiterianos, pastores e membros da IPB

gelho destrói a cultura’, e esta é uma oportunidade de trazê-los para cá, para ouvirem esses testemunhos, as pregações de pastores indígenas, o louvor indígena, e eles descobrirem que a cultura não é destruída. É possível ser cristão e ser indígena”, disse o missionário. O pastor e cacique Kapai, da Etnia Tiriyó, do Pará agradeceu muito às pessoas que o ajudaram a chegar ao evento. “Agradeço muito à igreja brasileira que enviou

missionários a minha aldeia para ensinar a Palavra de Deus ao meu povo. Na nossa aldeia precisamos de escolas para que nossos filhos estudem, e também precisamos de assistência na área da saúde. Não se esqueçam de nós”, enfatizou o cacique. Foram convidados como preletores líderes de movimentos evangélicos indígenas da Guatemala, Equador, Colômbia e Bolívia além dos preletores nacionais. Para o preletor Ronaldo Lidório, um dos desafios para a igreja brasileira é que a igreja apóie os vocacionados que estão nas igrejas locais. “Há um grande numero de vocacionados que não chegam ao campo por falta de alguém que ore, apóie e que acompanhe. Eu diria que cada pastor da igreja local olhe, especialmente no meio dos seus

jovens, junte esses jovens, crie uma classe de Escola Dominical, estimule a leitura de biografias missionárias, ensine o que é vocação bíblica, treine esses jovens para que alem da formação formal possam desembocar nos campos missionários. Há um abismo muito grande entre os jovens que estão dispostos a ir e os que chegam nos campos missionários” confirmou Ronaldo. O Presidente reeleito do CONPLEI, Henrique Terena, concluiu: “O congresso foi muito além da nossa expectativa. Um dos temas tratados foi ‘A plantação de igrejas’ e este tem sido um dos alvos do CONPLEI, considerando que a demanda no contexto tribal é grande e as expectativas também”. Emma Castro é missionária e faz parte da equipe de comunicação da APMT


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