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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 742 – Setembro de 2016

II Congresso de Cuidados Paliativos

Com palestras e mesas-redondas, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, advogados, terapeutas ocupacionais e capelães, ajudaram a responder a pergunta central do congresso: “Como lidar com questões difíceis de final de vida, propiciando qualidade de vida e tranquilidade ao paciente e à sua família? Páginas 10 e 11

Gotas de Esperança

157 IPB anos

SÃO PAULO Cerca de mil pessoas participaram do culto de gratidão, com iniciativa dos Sínodos do Estado de São Paulo. PÁGINA 15

BAHIA A cidade de Salvador (BA) recebeu o Supremo Concílio, com participação de igrejas da região. PÁGINA 17

194 anos da Independência do Brasil e uma reflexão à luz das Escrituras PÁGINA 3


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EDITORIAL

Brasil Presbiteriano

Por que somos quem somos Guerra contra as drogas nas Filipinas deixa quase 1.800 mortos Mulher esfaqueia três em ônibus de Bruxelas Adolescentes são atingidos por “epidemia” de depressão Estado Islâmico utiliza cada vez mais crianças-bomba Dois motoristas são mortos a tiros no Rio

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s manchetes acima são encontradas quase aleatoriamente em diversos jornais do mundo, na data em que redijo este Editorial. Parece que épocas de grande arrogância humanista são seguidas de períodos de densa obscuridade. Foi assim após a idade autodenominada iluminista, seguida pela sangrenta Primeira Guerra Mundial; o mesmo se deu após o fim da Guerra Fria, quando se pensou que a sociedade humana deixaria para trás os conflitos e promoveria o bem-estar de cada ser humano. Embates sangrentos se multiplicaram e intensificaram nos quatro

cantos do globo. Estamos em plena idade das trevas. A sociedade decidiu que os valores nada valem e que a verdade é questão de escolha pessoal. Os efeitos são uma vertiginosa queda na imoralidade e na violência, o que se vê em manchetes cada vez mais dolorosas e cada vez mais banais. Como reage a isso o povo de Deus? Como viveremos em meio a essa profunda crise? Precisaremos de uma clara consciência de nossa identidade e da diferença que ela faz, o que implica viver segundo os estatutos que ele nos ensinou, nos ordenou.

Como lemos em Deuteronômio, “isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente. Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o SENHOR, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?” (Dt 4.5-8) A sociedade que zomba do povo de Deus ou o persegue terá de admitir nosso diferencial, especialmente por haver o Senhor nos escolhido e libertado (Dt 4.32-34). Esse modo de vida submisso aos estatutos do Senhor em dias das mais densas trevas deverá ser coerentemente

caracterizado por profunda e marcante humildade. A primeira reação dos descrentes ao constatar o diferencial cristão é a de acusar-nos de uma estranha combinação de arrogância com obscurantismo. Só nos fará bem lembrar a razão por que somos o que somos. Fomos eleitos, chamados, libertados, recebemos a revelação de Deus, vivemos sob seus cuidados no âmbito da aliança. Por quê? Está o diferencial em nosso DNA? A razão por que somos quem somos está em nosso Deus. Ele amou nossos pais na fé (Dt 4.37), nos escolheu e, por isso, viveremos neste mundo sem nos alienarmos; sem ódio aos que zombam de nós ou nos perseguem, mas também sem fazer concessões.

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GOTAS DE ESPERANÇA

A decadência de uma nação Hernandes Dias Lopes

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propósito do centésimo nonagésimo quarto aniversário da independência do Brasil, trago uma reflexão, com tristeza na alma, sobre a decadência moral e espiritual em que se encontra a sociedade brasileira. Tomo como exemplo o povo de Israel para diagnosticar a nossa própria realidade. Uma nação torna-se decadente quando seus líderes civis e religiosos se corrompem e abandonam os princípios absolutos que deveriam regê-los. O profeta Miquéias ao fazer um diagnóstico de sua nação, retrata a própria decadência do Brasil. Vejamos: Em primeiro lugar, ele denuncia o aparelhamento do Estado para saquear o povo (Mq 2.1-2). Os líderes maquinavam o mal em seu leito e ao amanhecer já colocavam em ação esses planos, porque o poder de fazer o mal estava em suas mãos. Tudo quanto cobiçavam, tomavam. Tudo quanto desejavam, extorquiam, porque o Estado estava aparelhado para a roubalheira. Em segundo lugar, ele denuncia a inversão de valores da sociedade (Mq 3.2). Miquéias diz que o povo se corrompeu a tal ponto de “aborrecer o bem e amar o mal”. Isso não é apenas tolerância ao erro;

é inversão de valores. É aplaudir o que se deve repudiar e repudiar o que se deve promover. A sociedade brasileira está assim também: chama luz de trevas e trevas de luz. Em terceiro lugar, ele denuncia o canibalismo dos líderes políticos (Mq 3.1,3,9). Em vez de

Em quarto lugar, ele denuncia a corrupção do poder judiciário (Mq 3.11). O profeta diz: “Os seus cabeças dão as sentenças por suborno...”. Não havia qualquer esperança de justiça. Os fracos eram esmagados pelos fortes. Os pobres eram espoliados pelos ricos. As cortes esta-

crime: “... o príncipe exige condenação, o juiz aceita suborno, o grande fala dos maus desejos de sua alma, e, assim, todos eles juntamente urdem a trama”. Uma coisa é um dos poderes constituídos se corromper; outra coisa é quando os poderes se unem para a prática do mal. Havia uma

Uma nação torna-se decadente quando seus líderes civis e religiosos se corrompem e abandonam os princípios absolutos que deveriam regê-los.

servir ao povo, os líderes políticos serviam-se dele. Em vez de atender às necessidades do povo, o exploravam, arrancando sua pele, esmiuçando seus ossos e devorando sua carne. Longe de proteger o povo, os líderes faziam dele sua presa. Chegaram ao extremo de abominar o juízo e perverter tudo o que era direito (Mq 3.9). Eram o maior problema da nação, o maior flagelo para o povo.

vam rendidas ao esquema da corrupção. Estavam a serviço do Estado para explorar a população. Os juízes que deveriam fazer cumprir as leis e aplicar a justiça, por dinheiro, condenavam os inocentes e inocentavam os culpados. Em quinto lugar, ele denuncia o conluio dos poderes constituídos (Mq 7.3). Miquéias diz que o poder executivo e o poder judiciário estavam mancomunados na prática do

teia criminosa que sugava o Estado e oprimia o povo. Em sexto lugar, ele denuncia a corrupção da religião (Mq 3.5,11). Os profetas deixaram de pregar a palavra de Deus com fidelidade, para render sua consciência à sedução do lucro: “... os profetas fazem errar o meu povo e clamam: Paz, quando têm o que mastigar, mas apregoam guerra santa contra aqueles que nada lhes metem na boca”. Diz

ainda: “... os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro...”. A igreja é a consciência do Estado, mas quando sua liderança se corrompe e busca o lucro em vez de proclamar a verdade, em vez de ser bênção torna-se maldição. Em sétimo lugar, ele denuncia a corrupção da família (Mq 7.6). A família é o último reservatório moral da nação. Se ela cair, o povo chafurda na lama. Como estava a família? Responde o profeta: “(...) o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora, contra a sogra; os inimigos do homem são os da sua própria casa”. Nenhuma nação é forte se as famílias que a compõe estão fracas. O resultado dessa decadência é o caos da sociedade: “Pereceu da terra o piedoso, e não há entre os homens um que seja reto; todos espreitam para derramarem sangue; cada um caça a seu irmão com rede” (Mq 7.2). Miquéias está entre nós. Sua voz ecoa nos palácios e nas ruas. É tempo dos líderes de nossa nação se arrependerem. É tempo do povo voltar-se para Deus. Quem sabe ainda haja esperança para o Brasil! O Rev. Hernandes Dias Lopes é o Diretor Executivo de Luz para o Caminho e colunista regular do Brasil Presbiteriano.


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PASTORES IPB

Homenagem ao Rev. Onezio Figueiredo N

o dia 1º de agosto a JURET-SP e a liderança do Seminário JMC prestaram uma homenagem ao Rev. Onezio Figueiredo, capelão do Seminário, dando o seu nome à nova sala de reuniões do Seminário. A nova sala de reuniões só foi possível pela ajuda inestimável da Confederação Nacional das SAFs que presenteou o JMC com boa parte dos móveis novos da sala. Estiveram presentes na cerimônia o vice-presidente da JURET-SP, Pb. José André, o diretor do Seminário, Rev. Ageu Magalhães, o homenageado, Rev. Onezio Figueiredo, professores, funcionários e alunos do Seminário. A cerimônia de descerramento da placa iniciou-se com uma palavra do

Pb. José André, seguida da palavra do Rev. Ageu e, na sequência, a palavra do Rev. Onezio Figueiredo que, emocionado, expressou sua gratidão pelo que estava acontecendo. Logo após a cerimônia, houve culto ao Senhor, na Igreja Presbiteriana do Calvário, marcando o início do semestre letivo no Seminário JMC. O pregador foi o Rev. Onezio Figueiredo que fez uma exposição de Gálatas 3.23-29. Poucos dias depois, o Rev. Onezio expressou a sua gratidão, por escrito, na internet: AGRADECIMENTOS: Passadas as emoções, chegou a hora de agradecer: Agradeço a JURET, sempre zelosa, eficiente e cumpridora de seus deveres;

Rev. Onezio Figueiredo

Professores na Sala de Reuniões com Rev. Onezio

Agradeço a Congregação do Seminário JMC, da qual, com elevada honra, faço parte; Agradeço a Direção do JMC, na pessoa do íntegro e reformado calvinista, Rev. Ageu, a homenagem que prestaram a mim, o menor dos menores servidores do Seminário, dando meu nome à bem montada e requintada “Sala de Reuniões” de nossa Casa de Profetas. Creio que as

instituições acima referidas quiseram premiar a modéstia de um velho e alquebrado pastor, mas que foi sempre fiel ao governo, à disciplina, à teologia e à liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil. Vou ficar na memória do JMC, mais pela liberalidade cristã dos concedentes da homenagem, que pelos méritos pessoais e ministeriais do homenageado. Grato, muito grato por

tudo a todos! O “dia primeiro de agosto” de 2016 marcou indelével e definitivamente a minha vida, razão de minhas incontidas emoções. JURET, Congregação e Direção formam um conjunto consensual e harmônico, o que tem sido uma bênção, tanto para o corpo docente como para o discente do JMC. Agradecido, abraço a todos!

irmãos: Presidente: Rev. Ronaldo Augusto de Luces Fortes; Vice-presidente: Rev. Altair Lopes da Trindade; Secretário de Protocolo: Rev. Willian Cesar Pereira; Secretário de Atas: Rev. Gabriel Aquino da Cruz; Tesoureiro: Pb. Moises Leite Soares; Se-

cretário Executivo: Rev. Paulo Correia Arantes De acordo com o presb. Louriberto Oliveira, todos os trabalhos do Presbitério Médio Vale do Paraíba têm sido guiados pela graça e benevolência do Senhor Deus. “Nosso desejo é ser usados pelo Senhor.”

PRESBITÉRIOS

Um presbitério em ação O

Presbitério Médio Vale Paraíba (PMVP) é composto por 12 Igrejas, sendo 10 no Vale do Paraíba, e 2 no Litoral Norte. De acordo com a liderança do PMVP, o presbitério tem apoiado, juntamente com a IP de Pinheiros, uma Congregação em Aparecida

do Norte-SP, bem como a Congregação em Cruzeiro-SP. Além disso, o PMVP responde integralmente pelo sustento da congregação na cidade de São Luiz de Paraitinga-SP. Há, também, uma congregação presbiteriana em Campos do Jordão, de responsabili-

dade da IP Central de Taubaté (SP). O PMVP ainda apoia o Lar Betel, na cidade de São Jose dos Campos, que acolhe pessoas idosas. A instituição foi implantada e dirigida pela IP Betel, da mesma cidade. A direção do PMVP é composta pelos


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EVANGELIZAÇÃO

Capelania da Universidade Presbiteriana Mackenzie Por que pastores na Universidade? Gildásio dos Reis

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instituição oficial da Capelania da Universidade Presbiteriana Mackenzie teve início em janeiro de 1975, com o saudoso Rev. Odayr Olivetti. Desde então, ao longo de 41 anos, a UPM tem contado com o trabalho de pastores na função de capelães. Mas por que uma Universidade que tem por objetivo educar e formar cidadãos precisa do trabalho de pastores? Pelo menos dois conceitos podem oferecer a resposta. São eles: confessionalidade e educação integral. I. A Confessionalidade da UPM A UPM é de natureza confessional,1 adota uma confissão de fé. Como é sabido, não existe neutralidade em educação. Toda instituição de ensino é confessional. A prática do ensino requer uma filosofia de educação, que, por sua vez, exige ideias, métodos e valores e se orienta para um ideal na educação. A diferença, no caso de entidades confessionais, é que esse credo é explicitamente assumido em nossas atividades. Ser confessional não pressupõe forçar convicções religiosas em alunos, professores e funcionários. O Mackenzie sempre preservou a liberdade religiosa e

o respeito quanto às crenças individuais e sabe fazer a diferença entre academia e Igreja. Contudo, como confessional, a Universidade se reserva o direito de testemunhar o evangelho de Cristo em seu campus. Como defende o Dr. Davi Charles Gomes, Chanceler da UPM, A proposta de que as Escrituras sejam usadas como lentes que oferecem foco para o que se pode apreender da revelação geral é perfeitamente análoga ao que significa ter a cosmovisão cristã como lente para trazer a foco tudo o mais que se pode conhecer sobre o mundo criado, incluindo a criatura humana! Significa usar a fé, aquilo que professamos crer, ou, confessamos, como óculos, como matriz interpretativa, quando olhamos para outros objetos.2 É aqui que entram os pastores ou capelães, que procuram traduzir essa confessionalidade no dia-a-dia da Universidade. Eles são os promotores da fé cristã, são responsáveis pela coordenação de todos os grupos religiosos que se reúnem no Mackenzie. Realizam cultos, programas de TV, eventos culturais e espirituais e ainda debates, seminários e congressos mostrando a visão bíblica conforme a cosmovisão reformada a respeito dos mais diversos temas

da atualidade. O papel desses pastores está em explicar em que consiste a fé cristã e procurar eliminar os obstáculos à compreensão do cristianismo. Através do seu trabalho, a Universidade ajuda a sustentar um contexto cultural no qual o evangelho possa ser ouvido como um desafio intelectualmente viável. II. A educação integral Um segundo aspecto importante para entendermos a importância do pastor dentro da Universidade é a questão da integralidade na formação dos alunos. A educação é por definição integral na medida em que busca atender a todas as dimensões do desenvolvimento humano. A educação em nossa Universidade reconhece oportunidades educativas que não se limitam à mera especialização acadêmica e profissionalizante que se preocupa em formar cidadãos competitivos, em detrimento da formação de seres humanos. O Mackenzie se preocupa com a formação integral dos alunos, uma formação que abrange o aspecto intelectual mediante a utilização de conhecimentos filosóficos e científicos, mas também a realidade pessoal e social, ética e espiritual para transformar integral-

mente o ser humano, com vistas à glória de Deus e à prática do bem conforme definido na Escritura Sagrada. a) Aspecto intelectual: a educação objetiva promover solidez e excelência acadêmica necessárias para desenvolver no aluno o pensamento lógico, o interesse pela pesquisa científica, o conhecimento de suas próprias aptidões, e assim ajudar a promover o seu crescimento profissional; b) Aspecto pessoal: a educação objetiva contribuir para que o aluno desenvolva seu potencial individual, como ser criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26); c) Aspecto social e relacional: objetiva-se encorajar o aluno a desenvolver espírito de cooperação, solidariedade, autodisciplina e respeito próprio, ao outro como criatura de Deus e ao contexto social, assumindo suas responsabilidades como cidadão consciente na construção de uma sociedade mais justa e solidária; d) Aspecto ético-moral: a educação visa contribuir para a formação de pessoas que sejam moralmente responsáveis pelos seus atos; que tenham um senso íntimo de certo e errado e percebam a importância de tomar decisões obedecendo a princípios morais e éticos.

e) Aspecto espiritual: Deus é espírito e, num certo sentido, o homem tem traços dessa espiritualidade. Isso significa que temos uma vida espiritual que nos chama a um relacionamento com Deus. Sendo assim cada estudante deve ser simplesmente instruído e encorajado a considerar corretamente que o propósito principal de sua vida e de seus estudos é conhecer melhor a Deus (Jo 17.3). Novamente, a figura do pastor na Universidade é essencial para que essa formação integral se concretize. Através dos atendimentos individuais em sessões de aconselhamentos e orientação aos alunos; através das reflexões bíblicas nos eventos realizados pelas Unidades Acadêmicas; bem como nos encontros dos diversos Grupos de Estudos organizados pelos próprios alunos, os pastores da nossa Universidade tornam assim a educação integral uma realidade. 1 LOPES, Augustus Nicodemus. Confessionalidade e Liberdade Acadêmica. Carta de Princípios de 2005 da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 2 GOMES, Davi Charles. O que é, afinal de contas, Confessionalidade? Carta de Princípios de 2015 da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O Rev. Gildásio Jesus Barbosa dos Reis é pastor da IP do Parque São Domingos (SP) e Capelão Universitário na Universidade Presbiteriana Mackenzie.


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IGREJA EM AÇÃO

IP Lindeia e UPH: 40 anos de serviço ao Senhor Evangelização e envolvimento com a Igreja de Cristo, marcam os 40 anos de organização da Igreja Presbiteriana de Lindeia

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IP de Lindeia, em Belo Horizonte (Minas Gerais), comemora em 2016, 40 anos de história. Para completar a alegria, celebram-se também os 40 anos da União Presbiteriana de Homens da igreja. A história começou no dia 15 de março de 1970, com a primeira escola dominical no bairro Lindeia, na casa de Pedro Pereira de Morais e Maria Umbelina de Jesus, com a presença de 86 pessoas, sendo 37 matriculados e 49 visitantes (trabalho dirigido pela

UPH da Congregação de Washington Pires da 5ª IP de BH). Com o crescimento da obra, a Congregação Presbiteriana de Lindeia foi organizada em igreja no dia 02 de maio de 1976 com 87 membros comungantes e 59 não comungantes. Foram eleitos 04 presbíteros e 04 diáconos. Com a organização, viu-se que a nova igreja tinha membros homens em número suficiente para formar a UPH. O então pastor, Rev. José Ribeiro de Moura, tomou as medidas necessárias para essa

organização, fato ocorrido no dia 26 de maio de 1976, sendo eleitos Elias Batista de Almeida, Presidente; José Rodrigues Valadares, vice; Samuel Nogueira da Cunha, 1º Secretário; Luamin Vitorino Tavares, 2º Secretário; e Filipe Gomes Barbosa, Tesoureiro. A igreja tem crescido com firmeza, com grande alegria e serviços na obra. Conta com 146 membros comungantes e 33 não comungantes, além de uma Congregação no bairro de Cascata, na cidade de Ibirité (MG), onde há 21 membros comungantes e 07 não comungantes. Além disso, duas congregações se emanciparam

em Igreja, uma na Cidade de Oliveira (MG) e outra, no bairro Durval de Barros, Ibirité (MG). O atual pastor é o Rev. Marcello Gomes de Oliveira Costa, que com grande alegria tem compartilhado os anos de vitória da IP Lindeia.

Na atual UPH, os sócios são ativos nos trabalhos da igreja, da Federação de Homens do PREL e no Sínodo Oeste de Belo Horizonte, que atualmente conta com 18 sócios, tendo como presidente o Presb. Ronaldo Miranda.

FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

SAF Realengo – 100 anos de bênçãos Solange Vargas

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SAF da IP em Realengo comemorou com gratidão a Deus o seu centenário. Organizada a 26 de julho de 1916, a igreja realizou culto em Ação de Graças, no dia 30 de julho, com a presença da Sra. Liliana Silveira, vice-presidente da Região Sudeste Um século de história: O trabalho “Teve início com mulheres corajosas que, com limitações próprias daquela época, mas

com temor ao Senhor e desejo de realizar a obra, se reuniram e organizaram a Sociedade das Senhoras, assim chamada por algum tempo. Tiveram muitas lutas e vitórias incontáveis, felizes pela certeza de fazer o trabalho do nosso Deus. [Eram] Mulheres como as de hoje, com as mesmas metas e objetivos: louvar ao Senhor, pregar a Palavra e minimizar o sofrimento daqueles que padecem, dos que estão carentes de auxílio, orações e visitas; de es-

tarem juntas nas dificuldades e tristezas, mas também se alegrando unidas com gratidão em seus corações ao Senhor por tudo que ele tem feito.

Esse é o momento de agradecermos a Deus por mulheres pioneiras que, mesmo sem o conforto de hoje, trabalharam sem medir esforços na obra do Se-

nhor. Suplicamos a Deus que continue nos abençoando para que o trabalho não cesse, pelo contrário, que cresça sempre nesta SAF agora centenária” (Jolisete Simões Soares – Presidente da SAF IP Realengo). Além das celebrações da SAF, a IP Realengo comemora este ano 85 anos de organização, abordando a temática, “85 anos sendo sal e luz”. Um ano de festividades e celebrações. Solange Vargas é secretária da Igreja e da SAF centenária.


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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

EVANGELIZAÇÃO

Bienal Sul – UPH – 2016 A última Bienal de UPHs da região Sul aconteceu em Guarapuava (PR). Neste ano, a cidade de Castro recebeu os homens presbiterianos, no Instituto Cristão

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e 15 a 17 de julho, aconteceu na cidade de Castro (PR) mais uma edição da Bienal Sul da União Presbiteriana de Homens, realizada a cada quatro anos. Com a coordenação da Sinodal de Curitiba, o local do evento foi o Instituto Cristão de Castro (IC). Os preletores convidados foram Rev. Roberto Brasileiro, presidente do SC/IPB, Rev. Augustus Nicodemus Lopes, vice-presidente do SC/IPB, Rev. Juarez Marcondes Filho, secretário executivo da IPB, e o Presb. José Alfredo, tesoureiro da IPB. O objetivo do encontro foi a aproximação abençoadora de homens presbiterianos e a proposta de redação de uma carta com resoluções a serem encaminhadas a todos os membros das UPHs

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do Su, como forma de motivá-los, engajá-los mais na obra, e trazer novas direções para o serviço ao Senhor. Reuniram-se mais de 150 homens, entre eles, líderes de igrejas, UPHs, presidentes de sínodos, e presbitérios, professores, pastores, evangelistas e missionários. “Foram dois dias de muita união, oração, palestras e discussões sobre os caminhos da nossa igreja no Sul”, conta Timotheo Silveira, Diretor do Colégio do Instituto Cristão. A recepção feita pelo Instituto Cristão de Castro deu oportunidade, também, para apresentar as novidades conquistadas pela instituição, divulgando a criação e a inauguração da Biblioteca Rev. Martinho Rickli. “A biblioteca do Instituto Cristão detêm obras que auxiliam

os alunos a buscarem o conhecimento que os levarão a realizar sonhos. Ela é o ponto central de uma instituição de ensino e com a convicção de que nosso diretor Martinho gostaria que muitos livros, muitos alunos e muitas vidas fossem transformadas neste ambiente” (trecho do texto de apresentação da biblioteca). Os avanços e projetos do Instituto Cristão ligam-se hoje ao atendimento da Igreja Presbiteriana no Sul do País. Tanto na criação da estrutura para atendimento em acampamentos, retiros e capelania escolar, quanto na retomada dos estudos sobre a interação com Institutos Bíblicos e retorno do Internato para o treinamento de evangelistas. Paralelamente, projetos de melhorias de infraestrutura, aumento de produção e melhorias no atendimento dos alunos são apoiados por grandes empresas e pela implantação na totalidade do Sistema Mackenzie de Ensino (SME).

Resoluções do evento Louvar a Deus pelos resultados obtidos desde a BIENAL SUL 2014 em Guarapuava; Reconhecer a necessidade de avançar no crescimento do Reino de Deus por meio da plantação de novas igrejas na região Sul do Brasil; Assumir diante de Deus e da Sua Igreja o compromisso de apoiar as igrejas nascentes com oração, auxílio material e pessoal; Implantar nos Sínodos e Presbitérios secretarias de planejamento aptas a desenvolver projetos utilizando todos os recursos disponíveis na Igreja Presbiteriana do Brasil; Contribuir com o dízimo ao Supremo Concílio;

Priorizar a ocupação dos municípios com mais de 100 mil habitantes sem trabalho presbiteriano; Enviar alunos à FATESUL (Faculdade Presbiteriana de Teologia em Tarumã, Curitiba) e reafirmar essa instituição como o centro formador de obreiros e líderes para os campos da região Sul do Brasil; Destacar a importância dos plantadores de igreja e a necessidade de treinamento e formação dos referidos obreiros; Estimular as UPHs e os concílios a promoverem encontros de missionários.

Congregação em Aparecida do Norte Paolla Reis

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cidade de Aparecida fica há aproximadamente 200km da capital de São Paulo e é conhecida por ter o maior centro de peregrinação religiosa da América Latina. Durante todo o ano, milhares de romeiros visitam a cidade em busca de bênçãos e para pagar promessas feitas à santa chamada Padroeira do Brasil. A economia da cidade gira em torno da fé dos peregrinos e muitos dos habitantes dependem do turismo religioso gerado pela Basílica. A IP de Pinheiros em parceria com as igrejas presbiterianas de Guaratinguetá, São José dos Campos, Caçapava, do Presbitério do Vale da Paraíba, e com as autarquias JMN e PMC, iniciou a plantação da nova igreja entendendo a necessidade dessa população de ouvir o evangelho da graça e compreender que a obra de Cristo nos dá livre acesso ao Pai. A congregação foi ini-

ciada em janeiro de 2015 e atualmente é pastoreada por Rev. Luís Sérgio de Souza Ferreira. Nos dias 23 e 24 de julho aconteceu uma ação evangelística com foco no atendimento de saúde da comunidade. Uma equipe de médicos, enfermeiros, dentistas, farmacêutico e psicólogo realizaram cerca de 165 atendimentos ao longo do sábado, além de equipe de evangelização de adultos e crianças, que ajudou na divulgação do trabalho. Foram feitos 49 atendimentos odontológicos, incluindo, prótese dentária. No domingo, parte da equipe ficou na cidade para distribuição de folhetos nos arredores da congregação. O trabalho na comunidade tem caminhado bem, mas ainda necessita de muita oração para que o Senhor toque nos corações dos aparecidenses e para o estabelecimento dessa primeira igreja presbiteriana na cidade. Paolla Reis é seminarista na IP Pinheiros (SP).


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PRESBITERIANISMO EM FOCO

Arquivos, acervos e museus Marcone Carvalho

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e fundamental importância para a preservação da nossa história são os arquivos, acervos e museus. Em nosso país, existem alguns pertencentes à Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) e à Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPIB). O arquivo mais antigo é o Centro de Documentação e História Reverendo Vicente Themudo Lessa. Instalado na cidade de São Paulo, ao lado da 1ª Igreja Presbiteriana Independente, esse arquivo é formado, em sua quase totalidade, pela biblioteca do Rev. Lessa. Havendo ele falecido (1939), a Sra. Francisca Leme, sua esposa, doou a biblioteca à 1ª IPI de São Paulo. Trata-se de um precioso acervo. O Rev. Lessa, além de pastor e historiador, era bibliófilo. Por haver tido a oportunidade de percorrer todos os estados do Brasil, ele conseguiu formar uma valiosa coleção de jornais e folhetos evangélicos antigos. Essa coleção reúne documentos de fins do século 19 e começo do século 20. Alguns só existem nesse arquivo. Os volumes estão encadernados, assim como a maioria dos livros que integra o acervo. O acesso ao arquivo é limitado, haja vista que o mesmo não dispõe de funcionários. A direção da 1ª Igreja pretende melhorar as

condições do seu Centro de Documentação e História. Menor e menos conhecido que o Centro Themudo Lessa é o acervo da própria denominação. Composto de mobiliário e material literário diverso, estava instalado no prédio da Faculdade de Teologia da IPI, na capital paulistana. Encontra-se atualmente desativado, à espera de um local apropriado para a sua utilização. Três acervos são mantidos pela IPB. Responde por eles, como curador, desde 2014, o Rev. Alderi Souza de Matos, historiador oficial da denominação: Arquivo Histórico Presbiteriano. É o principal acervo da igreja. Foi organizado pelo Rev. Júlio Andrade Ferreira (1912-2001), por ocasião do centenário presbiteriano (1959). Nos anos 70, foi transferido para a cidade de São Paulo, onde se encontra instalado no edifício-sede da Fundação Educacional Rev. José Manoel da Conceição. Até recentemente estava em situação precária. No começo do ano passado, foi iniciado um processo de completa reorganização do seu valioso conjunto (periódicos, livros antigos e novos, material oficial do SC e da CE/SC, livros de atas de igrejas e autarquias, centenas de manuscritos, fotografias, etc.), havendo sido feita uma triagem dos documentos e descartados muitos itens sem

relevância. Os materiais de valor histórico estão sendo classificados, arrolados e acondicionados em caixas com etiquetas de identificação. Alguns itens estão sendo encadernados e outros restaurados. Um dos objetivos para os próximos anos é a digitalização do acervo – a começar pelos periódicos antigos –, para que esteja disponível na internet. O Arquivo é aberto de segunda a sexta e conta com dois funcionários, o Rev. Eliezer Bernardes da Silva e a Srta. Gabriela Lacerda. Museu Presbiteriano Rev. Júlio Andrade Ferreira. Sediado no Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas/SP, leva o nome do seu fundador. Como o Arquivo Histórico, o Museu foi organizado no contexto das comemorações do centenário presbiteriano, tendo sido reinaugurado em 11 de agosto de 2006. O Museu tem um acervo menor que o Arquivo de São Paulo, mas preserva itens valiosos, principalmente livros, periódicos e fotografias. Reúne alguns objetos de valor histórico próprios de um museu. Em 2006, sob a curadoria do Rev. Ludgero Bonilha Morais, passou por uma grande reforma, sendo adequado aos parâmetros vigentes, o que resultou na climatização para a conservação da sua coleção. Possui uma bela sala de exposições. Já foi feito o arrola-

Rev. Ludgero e Rev. Enos

mento eletrônico dos livros. Outros melhoramentos estão programados. Trabalha no local a Sra. Flavia Serra de Souza Cardia. Acervo do Seminário Presbiteriano do Norte. Foi iniciado em 1965 pelo Rev. Enos Moura, que, ao longo de 30 anos, coletou material para formá-lo. Ficou por bastante tempo em uma sala pequena e quente, sem ventilação, o que ocasionou a deterioração de parte dos documentos. Muitos itens foram, infelizmente, furtados. Hoje em dia o acervo está integrado à biblioteca do SPN. Possui raridades, sendo talvez a mais importante delas a coleção (incompleta) do jornal Norte Evangélico. Pertencente a uma igreja local, temos o Museu História Viva do Presbiterianismo, instalado nas dependências da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro (IPRJ), popularmente

chamada de Catedral Presbiteriana. O Museu se integra ao conjunto escultórico das praças João Calvino e Mattatias Gomes dos Santos, à arquitetura neogótica do templo, ao Centro de Documentação (CENDOC) da IPRJ e à biblioteca local, que, juntos, reúnem um importante acervo para os pesquisadores. O Museu e o CENDOC foram criados em 1987, sob o pastorado do Rev. Guilhermino Cunha. Nos últimos anos, um historiador profissional, Nelson de Paula Pereira, serviu como diretor do Museu e coordenador do acervo documental. O Museu é aberto diariamente das 9h às 20h, com entrada franca. O zelo da liderança da IPRJ pela preservação de sua história é algo notório e digno de menção. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é historiador, colaborador regular do Brasil Presbiteriano e pastor da 1ª IP de Santiago, Chile.

ERRATA

Erramos na edição de agosto (Ano 56 – nº 741), com texto repetido na página 12. Incluímos, agora, o texto que deveria ser publicado, de autoria de Rev. Marcone Bezerra Carvalho – “Arquivos, acervos e museus”.


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CAPELANIA

Música e Palavra A capelania Mackenzie, campus Campinas, realizou o Férias Mackenzie, com quatro encontros que mesclaram boa música e temas de grande relevância para os universitários

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Capelania Mackenzie do campus Campinas, realizou no mês de julho, a quarta edição do evento “Férias Mackenzie”, criando uma boa oportunidade de inserção da Fé com os alunos universitários. Os temas propostos abordam assuntos que envolvem a realidade do universitário, associado à fé cristã, levando, também, música de excelente qualidade e inquestionável conteúdo confessional. O objetivo é duplo: trazer as igrejas para o ambiente de trabalho da capelania e fortalecer esse trabalho junto aos alunos. E nesses quatro anos ambos os objetivos têm sido alcançados com êxito, inclusive, nota-se a participação de alunos também de outras

universidades de campinas e região. O “Férias Mackenzie” aconteceu em todas as quartas-feiras, sempre às 19h30, com transmissão ao vivo pela IPBTV. No dia 06/07 foram contabilizados mais de 650 acessos online. Os convidados foram: 06 de julho: Carlos Sider – “Fé e Família” (Wadislau Gomes e Davi Charles Gomes) 13 de julho: João Alexandre – “Fé e Brasilidade” (Israel Mazzacorati) 20 de julho: Carlinhos Félix – “Fé e Universidade” (Amauri de Oliveira e capelania Mackenzie) 27 de julho: Carlinhos Veiga – “Fé e Contextualização” (Davi Lago) De acordo com rev. Marcelo Coelho, capelão do

Publico presente. Muitos universitarios participaram

Rev. Marcelo, sua esposa, Paula, e demais participantes com Carlinhos Felix

Mackenzie Campinas e idealizador do “Férias Mackenzie”, o projeto, a cada ano se consolida mais e com melhores resultados, sobretudo depois da transmissão ao vivo pela IPB

que começo em 2014 com apenas um programa, e a partir de 2015 em todos os dias, devido a parceria com APECOM, Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação. Neste ano,

um DVD será lançado com os principais momentos dos quatro dias de evento. Os interessados poderão ter acesso entrando em contato com a capelania (capelaniacampinas@mackenzie.br).

Preletores com Carlos Sider e banda


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CAPA

II Congresso de Cuidados Paliativos D

e 11 a 13 de agosto, aconteceu no auditório da Escola Americana do Instituto Presbiteriano Mackenzie (SP), o II Congresso de Cuidados Paliativos – “Bioética em questões de final de vida”. A respeito de pacientes com doenças fatais, difíceis questões são apresentadas, exigindo dos profissionais de saúde a tomada de decisões que afetarão não só o enfermo e sua família, mas também trarão questões de consciência que poderão interferir na saúde mental do profissional, causando-lhe maior estresse e, consequente, incapacitação para o trabalho. Trata-se de “minimizar o sofrimento” e “maximizar o cuidado”, agindo com ética e equilíbrio. A grande necessidade de lidar com essas questões, oferecendo ao profissional da saúde melhores recursos para lidar com questões de vida e morte, justifica o tema do 2º Congresso de Cuidados Paliativos, que foi promovido pela ACEH – Associação Capelania Evangélica Hospitalar, em parceria com o Instituto Presbiteriano Mackenzie, por meio de sua Chancelaria, do CCBS – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde e do COPEX – Coordenação de Pesquisa e Extensão e Faculdade de Direito (Biodireito). O Congresso foi aberto aos profissionais das áreas de saúde, direito e teologia, além de estudantes em geral e público interessado na temática. Colaboraram e participaram os seguintes órgãos: ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos), Cruz Azul de São Paulo, Instituto de Assistência Médica ao

Servidor Público Estadual (Hospital do Servidor Público Estadual de SP), SBB (Sociedade Bíblica do Brasil) e Clínica Acallanto. A Bioética é o saber transdisciplinar que projeta as atitudes éticas que a humanidade deve tomar ao interferir com o nascer, o morrer, a qualidade de vida e a interdependência de todos os seres humanos. Com palestras e mesas-redondas, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, advogados, terapeutas ocupacionais e capelães, ajudaram a responder a pergunta central do congresso: “Como lidar com questões difíceis de final de vida, propiciando qualidade de vida e tranquilidade ao paciente e à sua família? De acordo com a Dra. Maria

Precisamos investir mais em pessoas que desejam atuar na capelania hospitalar”. Eleny Vassão, fundadora da ACEH Goretti Maciel, médica paliativista no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, e fundadora da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), que par-

Público presente no Congresso de Cuidados Paliativos

ticipou com as palestras “Cuidados Paliativos e Bioética” e “Conversando sobre a morte com paciente e família”, falar sobre cuidado paliativo e reunir profissionais da


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Pr. Bruno Oliveira

Pr. Adelar Munieweg

Dr. Paulo Tsai

Dra. Maria Goretti

área de saúde e pessoas que desenvolvem a capelania e o suporte espiritual, é de fundamental importância. “Não tem como pensar no cuidado paliativo sem somar a isso a interdisciplinaridade do cuidado com o paciente. Precisamos pensar nas questões físicas, emocionais, sociais e espirituais de cada um. E, na questão espiritual, um trabalho sério de capelania hospitalar, como o que a ACEH tem realizado, na pessoa da Eleny, é de extrema importância para bons resultados nos atendimentos”. Na palestra do médico radioterapeuta, Dr. Paulo Tsai, “Questões

Bioéticas de um Oncologista e Capelão”, a importante questão de um profissional cristão que se coloca como capelão também foi levantada. “Precisamos entender que, embora o profissional precise realizar sua parte sistemática visando o bem físico do paciente, ele pode, de forma muito tranquila e segura, ser um ponto de auxílio espiritual, apresentando formas de se obter esperança, tranquilidade e força em momentos difíceis da doença. É possível, sim, ser médico e ser capelão, utilizando essas duas oportunidades, com sabedoria. É possível realizar cuidados paliati-

vos em qualquer lugar, desde que haja motivação e entrega”. Os pastores Bruno Oliveira e Adelar Munieweg, do Rio de Janeiro e de Pelotas (RS) respectivamente, compartilharam os casos de sucesso no trabalho de capelania em suas regiões. Como capelão hospitalar da Igreja Luterana (IELB) em Pelotas, o Rev. Adelar atende oito hospitais na cidade, levando o amparo da Palavra de Deus, anunciando o consolo da vida com Jesus, a muitas pessoas. “Hoje me dedico integralmente à capelania. Fiz os cursos da ACEH e obtive ainda mais conhecimento. Entendo que esse trabalho precisa ser realizado de forma criteriosa, constante e abrangente, para que a capelania seja compreendida e respeitada pelos profissionais e familiares envolvidos com o paciente. Esse é o desafio: amar, cuidar e auxiliar com responsabilidade e visão de excelência”. No Rio de Janeiro, o Rev. Bruno atua como capelão no Hospital de Cuidados Paliativos INCA IV. Para ele, todo o trabalho de capelania e cuidado paliativo deve ser olhado com profundo amor pelo próximo. “Estamos exercendo o amor, em momentos tão difíceis para o ser humano. Também alcançamos o coração da equipe que trabalha

diariamente com situações difíceis”, conta. Para Eleny Vassão, coordenadora de todo o evento e fundadora da ACEH, realizar o segundo congresso é uma oportunidade que Deus tem dado de forma especial para o trabalho de capelania hospitalar. Em 2015 o tema do congresso foi “Esperança para viver e para partir”, abordando o cuidando das dores da alma, com aconselhamento bíblico aplicado ao cotidiano. “Nosso objetivo é avançar com mais congressos, cursos e eventos. Precisamos investir mais em pessoas que desejam atuar na capelania hospitalar, treinando-os para um serviço de excelência, para glória de Deus, que tem sido gracioso conosco em todas as esferas. A ACEH (www.casadoaconchego.org.br) mantém a Casa do Aconchego, um centro de convivência para enfermos e seus cuidadores, que atende pessoas que estão em tratamento em alguns dos grandes hospitais de São Paulo. Funcionários e voluntários se dedicam ao cuidado de cada pessoa. Alguns atuam como voluntários para levantar recursos à Casa do Aconchego, com produção de trabalhos manuais. Para saber mais, e colaborar, acesse www. capelaniahospitalar.org.br

Itens produzidos pela capelania de Guarulhos


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MISSÕES

Tempo de Deus na Bolívia Mônica Mesquita

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viagem rumo ao Estágio Transcultural do Centro de Formação Missiológica APMT 2016 começou no Aeroporto de Viracopos. Trinta e cinco passageiros do CFM, entre adultos e crianças, ocuparam praticamente um terço do jato ERJ-190 da Embraer. Em Corumbá-MS fomos recebidos pelos missionários da APMT, Rev. Geraldo Batista Neto e sua esposa Gláucia, que servem no campo de Puerto Suárez, Bolívia, desde 2012. Dali fomos de ônibus até Puerto. Mais duas pessoas participaram do Estágio, mas foram para a Bolívia de carro, nos encontrando lá. A cada manhã tínhamos nossa devocional coletiva e ouvíamos testemunhos de como ocorreu o chamado de cada colega. Esse momento é importante para edificação e conhecimento mútuo. Quarenta e oito horas após nossa chegada, já tínhamos dividido a equipe em grupos e saído às ruas da cidade, de casa em casa e no comércio, convidando as crianças para a EBF que começaria na semana seguinte; também visitamos duas escolas da cidade, uma Primária e uma Secundária, para convidar os alunos, com a devida autorização dos diretores, que

também permitiram que apresentássemos a Peça “El ladrón de la alegría” para toda a escola reunida no pátio. De maneira lúdica e criativa, centenas de niños y muchachos puderam ouvir a Palavra de Deus; nesses dois primeiros dias, também demos início aos preparativos para a EBF, participamos do Programa de Rádio ao Vivo, apresentado diariamente pelo Rev. Geraldo, fizemos as duas primeiras visitas evangelísticas ao hospital da cidade, iniciamos o treino de futebol dirigido por um membro de nossa equipe que é técnico pela CBF, e iniciamos o atendimento odontológico, que ocorreu numa sala da “Iglesia Presbiteriana de Puerto Suárez”. Em nossa primeira visita ao presídio da cidade, ministramos a Palavra, oramos, entoamos cânticos e distribuímos um kit de higiene pessoal aos presos.

Manasés, que deseja ser pastor; e Miguelangelo, convertido no estágio ano passado segue firme na igreja

Chegada da equipe à Bolívia

Além disso, com a autorização do comandante local, entregamos uma carta para cada um deles, escrita pelo Pb. Antônio Carlos da Rosa Silva Júnior, de Juiz de Fora – que atua com Capelania Prisional no Brasil – e traduzida por uma pessoa de nossa equipe. Aplicamos o método do “Evangelismo Explosivo”, tanto na evangelização de rua, quanto com as pessoas que ficavam aguardando atendimento dentário. Vinte e três pessoas, após entenderem perfeitamente o plano da salvação, oraram e entregaram sua vida a Cristo. Louvamos muito a Deus por ter colocado seus eleitos em nosso caminho! A realização de cultos e estudos bíblicos nos lares também foi eficiente. Houve noites em que estávamos em três lares simultaneamente. É um privilégio conviver com membros

da igreja local, visitá-los em casa, desenvolver amizades e envolvê-los nos trabalhos. Nossos jovens selaram amizade com o Manase (Manassés), um adolescente de 15 anos (sobrinho de um presbítero da igreja) que quer se tornar pastor. Ele esteve conosco diariamente, e participou de praticamente tudo que fizemos! Vamos orar por esse garoto, um futuro líder da Igreja Presbiteriana

da Bolívia! O tema da EBF foi “Jesus mi Superheroe”. Recebemos uma média de 150 crianças e adolescentes em cada um dos quatro dias. O corre-corre foi grande: divisão em classes por faixa etária, lição, atividade manual, “merenda” e, por fim, “los juegos” (recreação). Todos se divertiram com as brincadeiras e com a gincana. No último dia, cada membro da equipe vence-

250 pessoas atendidas pela equipe odotontológica


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dora recebeu um prêmio. No último final de semana, na sexta, fizemos um “Acampadentro” para os adolescentes e jovens da igreja e seus convidados. Foi um tempo de edificação e comunhão. No sábado à noite, fizemos o “1º Jantar de Casais da Igreja de Puerto”, sendo que vários não são membros da igreja. Houve palestra, social, um jantar muito gostoso e distribuição de brindes. Enquanto isso, a reunião dos jovens foi na praça, com louvor e adoração.

ido à igreja puderam se achegar, ser carinhosamente recebidas e, o mais importante, ouvir o evangelho de maneira clara e em sua própria língua. Rev. Geraldo, atualmente, é o único pastor presbiteriano atuante na Bolívia e nós pudemos testemunhar in loco quão expressivos são os desafios. Que o Senhor levante mais trabalhadores para sua seara em terras bolivianas. Em relação ao objetivo dos candidatos a missionários da APMT, de cumprir

EBF realizada com 150 crianças da IP de Puerto Suárez

No último dia na cidade, a equipe foi à aldeia indígena Ayoreo, foi realizado um culto com tradução simultânea e, na sequência, cada uma das 22 famílias da aldeia recebeu um kit de higiene pessoal. As mulheres e crianças foram presenteadas com chinelos brasileiros, doadas por pela ONG Compaixão. Foi valiosa a realização dos atendimentos odontológicos, com cerca de 250 pacientes atendidos, e mais de 400 procedimentos. Pessoas que nunca tinham

o requisito de participar do estágio em campo transcultural, todos alcançaram bom termo. Para alguns deles, foi a primeira oportunidade de estar em outra cultura e conviver com outra língua. Tudo isso confirma o chamado de cada um e o desejo de servir a Deus, integralmente, em campo transcultural. Somente a Eternidade contará os frutos. A Deus seja dada toda a Glória! Mônica Mesquita é a Coordenadora do Centro de Formação Missiológica da APMT (CFM).

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No BRASIL E NO MUNDO

Mulheres presbiterianas homenageadas na Assembleia Legislativa As mulheres presbiterianas foram as grandes homenageadas durante Sessão Solene na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, por ocasião do aniversário da Igreja Presbiteriana do Brasil, que completa 157 anos de atuação no país. A sessão, proposta pelo deputado presbiteriano Gildevan Fernandes (PMDB), ocorreu no dia 12 de agosto. As homenageadas fazem parte da Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF), trabalho desenvolvido dentro da estrutura da igreja desde o ano de 1884. “As mulheres presbiterianas estão há 132 anos trabalhando de forma organizada em prol do Reino de Deus. Elas vêm sendo uma benção em nosso meio e merecem esse reconhecimento”, declara o deputado Gildevan. Na solenidade, foram entregues duas placas para as presidentes da Confederação de SAF’s do Sínodo Central Espírito-Santense e do Sínodo Minas/Espírito Santo, Ada Cunha Xavier do Carmo e Ení Ferreira Brito da Rocha, respectivamente. Os outros 30 homenageados receberam diplomas.

Atletas Cristãos – Rio 2016 Nas Olimpíadas Rio 2016, alguns atletas se destacaram pela forma como relacionaram o cuidado de Deus às suas vitórias. Um exemplo foi a nadadora Madeline “Maya” Dirado, que conquistou 2 medalhas de ouro (200m costas e 4 x 200m), uma prata (200 medley) e o

bronze (400 medley). “Eu não acho que Deus realmente se preocupa muito como eu nado. Estar numa equipe olímpica não é o meu objetivo final de vida. Eu acho

que Deus se preocupa mais com a minha alma e se eu estou anunciando seu amor e misericórdia para o mundo (...) O amor de Jesus por mim e por toda a humanidade é algo que sempre me ajuda a amar as pessoas ao meu redor quando as coisas ficam difíceis”. Outro exemplo é o atleta Thiago Braz, que bateu o recorde olímpico no salto com vara e levou uma medalha de ouro para casa, tornando-se o mais novo ícone do esporte brasileiro. “Em tudo que eu consegui, eu tive um pai, que se chama Deus (...) Em todos os ambiente que estava, um cuidado de Deus comigo era exalado, e nas Olimpíadas não foi diferente. Fui honrado [por Deus]”, testemunhou em entrevistas.


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DATAS COMEMORATIVAS

Seminários e seminaristas No dia 8 de setembro, comemora-se o dia dos Seminários e dos seminaristas. A intercessão pelos seminaristas vocacionados é a melhor forma de relembrar a data. Timóteo Sales

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o pesquisar sobre os cursos de teologia oferecidos pela IPB, logo após receber de Deus o meu chamado ao Ministério, me deparei com algumas opiniões negativas sobre os seminários. Algumas poucas pessoas menosprezam o estudo mais aprofundado da Palavra e contribuição de um seminário para o crescimento ministerial e espiritual do vocacionado. Em 2014 tive o privilégio de começar os estudos no JMC – Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição. As expectativas quanto ao curso eram muitas, diante

de palpites e conselhos que recebia. Por um lado, ouvia dizer que o amor por missões esfriaria, e que eu sairia apenas como um teólogo, perdendo o foco pastoral, tendo minha vida espiritual afetada ao longo dos cinco anos (noturno) de pura academia. Por outro lado, recebi bons conselhos, incentivando os estudos, afirmando que aconteceria o oposto, o que aumentou ainda mais a minha expectativa. Hoje, com quase três anos de curso, creio que já posso relatar uma constatação prévia do que o Seminário significa na vida de quem tem certeza do chamado pastoral. De fato, o Seminário é um local acadêmico, onde a exi-

gência é muito grande, com muitas disciplinas, livros, provas e trabalhos. Costumo dizer que estou cursando “Engenharia de Minas”, pois, estou aprendendo a identificar uma região em que há incontáveis tesouros, aprendo a lidar com os problemas encontrados para a extração deles, ferramentas e técnicas para um melhor aproveitamento e eficiência na garimpagem, e com certeza, aprendo a ficar “rico” com esses tesouros. Compreendo que, tratando-se de uma mina do conhecimento do Deus Eterno, estou diante de algo que é infinito, amável, profundo, rico, abençoador, glorioso. Sendo assim, sinto a ne-

cessidade de me aprimorar mais para desfrutar de tesouros tão belos, instrumentos para o meu crescimento espiritual e ferramentas que deverão ser usadas para a salvação e edificação do rebanho eleito do Senhor. Não há como deparar-se com tesouros tão belos sem que os olhos brilhem, e sem sentir ardor no coração, com o desejo de conhecer mais a Deus e de aproximar-se Dele, afinal, isso é o que faremos na eternidade. Aos poucos irmãos que não percebem a importância do Seminário, e aos seminaristas que porventura estejam desmotivados ou ainda com um mero olhar acadêmico, deixo três pa-

lavras que a mim ajudam muito: 1) “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-17); 2) “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15); 3) “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes” (1Tm 4.16). Timóteo Sales é seminarista no JMC.

IGREJA PERSEGUIDA

Perseguição religiosa no México

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utoridades de Chiapas, um dos estados do México, pressionam famílias cristãs a deixarem suas moradias simplesmente por não compactuarem com as crenças religiosas da comunidade local e também por não efetuarem o pagamento das festividades realizadas por eles.

Recentemente, mais 164 famílias de Chiapas tiveram que deixar suas casas por causa da fé cristã. Há relatos de outros 31 novos casos de deslocamento, mas ainda não foram confirmados. A intolerância religiosa no país está aumentando rapidamente e o assunto vem sendo negligenciado pelo governo.

Os acontecimentos são graves e fazem parte dos problemas sociais que o México está enfrentando ultimamente. Nas zonas rurais, a hostilidade contra os cristãos é ainda maior. Há dois meses, 11 pessoas de uma mesma família foram assassinadas em Puebla, cidade oficialmente conhecida como Heroica

Puebla de Zaragoza. Foi o caso de perseguição religiosa mais violento do país até agora. Muitos cristãos mexicanos que vivem em comunidades indígenas vêm sendo atacados fisicamente e os casos de expulsão de famílias aumentam a cada dia. As forças de segurança nacionais não estão abor-

dando adequadamente os crimes, o que tem favorecido a perseguição aos cristãos num dos países mais violentos do mundo. Os fiéis que se recusam a pagar o dinheiro solicitado pelas organizações criminosas, enfrentam fortes represálias. A corrupção e o narcotráfico afetam diretamente a igreja no México.


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CELEBRAÇÃO

Culto de Gratidão em São Paulo: 157 anos da IPB

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o dia 13 de agosto, aproximadamente mil pessoas participaram do culto de gratidão pelos 157 anos da IPB, com iniciativa dos Sínodos do Estado de São Paulo. O culto teve início às 16h, no auditório Rui Barbosa, no Instituto Presbiteriano Mackenzie. Antes do culto, os presentes puderam desfrutar de uma exposição de stands por parte dos órgãos e autarquias da IPB, nas áreas missionárias, de evangelização e comunicação, teologia, educação, financiamento estudantil, plantação de igrejas, educação cristã e outros. O pregador foi o vice-presidente do Supremo Concílio da IPB, Rev. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. De acordo com ele, quando celebramos tão importan-

Público presente

Rev. Augustus e Presb. Furlan

te data, é essencial voltarmos os olhos para o quão pecadores somos. “Creio ser de extrema importância vigiarmos acerca da nossa condição pecadora diante de Deus. A igreja precisa estar sempre atenta para a busca da santidade, tirando o pecado de sua vida, buscando a santificação. Vivemos um tempo de agradecimento e júbilo pelos

Rev. Augustus expondo a Escritura

157 anos da nossa IPB e, por essa gratidão, devemos honrar ao nosso Deus, centro e fonte de toda a alegria”, afirmou. O Grande Coral Sinodal, com mais de duzentas vozes, participou da programação, entoando hinos de adoração, acompanhado por todos os presentes. Participou a orquestra da Associação Evangélica Beneficente

(AEB). Os cânticos foram dirigidos pelos irmãos da IP Nova Jerusalém, de Cumbica (Guarulhos – SP). Em determinado momento, foi levantada uma oferta missionária em prol da Missão Caiuá, uma agência missionária da IPB, que atua entre os indígenas desde 1928. De acordo com Presb. Clodoaldo Furlan, presi-

dente do Sínodo Sudoeste Paulista, e coordenador do evento, essa foi mais uma boa oportunidade de comunhão entre as igrejas presbiterianas do Estado de São Paulo. “Tivemos o privilégio de juntos louvar e engrandecer o nosso Deus e Senhor por mais um ano de vida de nossa amada IPB, pois, até aqui nos ajudou o Senhor”, conclui.

Grande Coral Sinodal e orquestra AEB


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LIDERANÇA

MEMÓRIA PRESBITERIANA

I Encontro Nacional de presbíteros da IPB na Bahia

Poesia (João 3.16) Quero ser de meu Jesus porque Jesus quis ser meu Hei de viver com Jesus Que Jesus por mim morreu.

O Filho de Deus amado Que na cruz, tanto sofreu... Sei que foi por compaixão Que Jesus por mim morreu.

Tanto amou Deus ao Mundo Que lhe deu a Graça, a Luz; Em vista de tanto amor Quero ser de meu Jesus.

Deus não enviou seu Filho Para ao Mundo fazer mal; Foi para nos dirigir À glória celestial.

Visto que todo o que crê Goza de tal favor seu, Hei de ser favorecida Porque Jesus quis ser meu.

Quem nele crê tem a vida Eterna. Consolação Quero ter sempre Jesus Dentro de meu coração.

Não terei condenação Porque ele me conduz: Firmada em tanto valor Hei de viver com Jesus.

Maceió, janeiro de 1892. Antônia Minervina

Publicado no jornal “Imprensa Evangélica”, em 26 de março de 1892.

Daniel Sacramento

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resbíteros de todo o Brasil se reuniram em Salvador (BA) de 11 a 13 de agosto, no Centro de Convenções do Hotel Othon Bahia, no “I Encontro Nacional de Presbíteros” da IPB sob o tema “A importância do Ministério dos Presbíteros para o crescimento da Igreja”. Com mais de 30 horas de workshops e mesa redonda, fez-se análise da realidade da IPB e do modo como os presbíteros regentes podem contribuir para uma igreja mais pujante, com vida santificada, piedosa, dedicada, comprometida com a sã doutrina reformada. Na noite do dia 12, os presbíteros participaram do

Culto Comemorativo dos 157 anos da IPB. O Centro de Convenções ficou lotado pelos membros das igrejas locais e representações dos sínodos e presbitérios da Bahia, pastores e o coral da IP da Bahia, que encerrou o culto cantando “Aleluia” de Haendel. O culto e o jantar de encerramento do I Encontro foram momentos memoráveis. A grande surpresa aos presbíteros, e que também marcou a participação no I Encontro Nacional de Presbíteros, foi um passeio pelo centro histórico de Salvador. Em 2017 haverá o II Encontro Nacional de Presbíteros e Esposas, que será realizado no complexo hoteleiro de Costa do Sauípe,

Mesa de debates no Encontro de Presbíteros

na primeira quinzena de julho, em data a ser definida. De acordo com Presb. Daniel Sacramento, coordenador do I Encontro, será disponibilizado para os presbíteros de todo o Brasil, o curso de capacitação para presbíteros à distância. Segundo ele, isso de certo melhorará a ação dos presbíteros regentes nos Conselhos, nas representações nos presbitérios, sínodos e Supremo Concílio. Os agradecimentos pela realização estendem-se ao Conselho da IP da Bahia, ao Sínodo e Presbitério da Bahia, aos jovens da UMP e à Junta Diaconal pelo trabalho voluntário no I Encontro de Presbíteros. Daniel Tadeu Alves do Sacramento é presbítero da IP da Bahia.


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CELEBRAÇÃO

A celebração na Bahia dos 157 anos da IPB Daniel Sacramento

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Bahia recebeu a comemoração oficial dos 157 anos da IPB, no dia 12 de agosto, na cidade de Salvador. Compareceram o Rev. Roberto Brasileiro Silva, Presidente do SC, Rev. Augustus Nicodemus Lopes, Vice-Presidente, Rev. Juarez Marcondes Filho, Secretário Executivo e Pb. José Alfredo Menezes, Tesoureiro. O culto aconteceu no Centro de Convenções do Hotel Othon Bahia. Estiveram presentes, também, o Presidente do Sínodo da Bahia, Rev. Josafá Vasconcelos, o Presidente do Pres-

bitério da Bahia, Rev. Itamar Bezerra, o Rev. Edésio de Oliveira Chequer (Ex-Presidente do SC e Pastor Emérito da IP da Bahia) e Presb. Daniel Sacramento, que coordenou o I Encontro Nacional de Presbíteros, realizado no mesmo período e no mesmo hotel. Na comemoração dos 157 anos da IPB, participou o coral da IP da Bahia bem como membros das igrejas Moriá do Cabula, Periperi e Vasco da Gama, e representantes dos demais sínodos do Estado da Bahia. O Rev. Davi Charles Gomes, Chancheler da Universidade Mackenzie, participou do culto,

bem como, os Presidentes do Conselho Deliberativo, Pb. Hésio Souza Maciel e José Inácio Ramos, atual Presidente do Mackenzie. Também Presidentes de Sínodos, Presbitérios e dezenas de pastores estiveram presentes. O Rev. Roberto Brasileiro Silva pregou mensagem memorável que revisitou os 157 anos da bela história da nossa IPB. Olhando para trás, para a longa estrada que já percorremos, as pegadas manchadas de sangue nos enchem a alma de profunda gratidão a Deus, por sua infinita misericórdia e indescritível graça, que nos conduziram até

Presb. Daniel Sacramento, coordenador do 1º Encontro de Presbíteros

aqui. Analisando o presente, somos desafiados a preservar os princípios e valores da fé reformada, em meio a tantas filosofias e doutrinas espúrias, pregando a verdade que liberta, a mesma que

anunciaram os nossos pais. Olhando para o futuro, para os imensos desafios que se anunciam, nos enchemos de coragem para as batalhas que certamente travaremos. Contamos com o empenho e compromisso de cada crente presbiteriano; cada servo de Deus fazendo a sua parte, num grande esforço comum para que a obra do Senhor em nossa nação seja feita, e o nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo seja glorificado. Assim seja, amada Igreja Presbiteriana do Brasil. Parabéns pelos 157 anos. Daniel Tadeu Alves do Sacramento é presbítero da IP da Bahia.

MEDITAÇÕES

Asher Adão (2) “Bem-aventurado o homem que em Ti confia” (Sl 84.12) Frans Leonard Schalkwijk

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ste é o salmo do peregrino. Mas, é claro que nem todos podem fazer essa peregrinação para Jerusalém. Mamãe tem de ficar em casa com os pequeninos; como também os doentes e idosos. Mas todos podem orientar sua vida para Sião. Graças a Deus, tanto minha esposa como eu, tivemos pais que construiram seu ni-

nho como um João-de-barro, com a porta para o lado do bom tempo. Cuidado na escolha da sua “Joana-de-barro” (Pv 31.30). Feliz a pessoa que confia no SENHOR! (v.8-12). Enquanto ela está andando, vai orando (v.8). Escuta-me, ó Deus que tem um exército de anjos, inclusive cuidando de nós na viagem (Hb 1.14). Tu és também o Deus de Jacó, o Fiel da

aliança. Olha e abençoa os servos a quem ungiste (v.9; 1Pe 2.9)! Senhor, se for para escolher, preferiria mil vezes mais ser zelador na tua casa (como meu avô materno em Amsterdam) do que festejar num salão mundano (v.10; Sl 1.1). Enquanto estamos peregrinando (v.11a), Tu nos esquentas nas noites frias no deserto, e de dia nos fazes andar na tua sombra contra o sol abrasador. E Tu dás graça e glória (v.11b), não somente graça tirando os nossos pecados, mas por

cima glória, batendo palmas para teus filhos quando, com Tua ajuda, conseguem andar direito, nos animando e dizendo “Bem feito, filhinhos; venham que vou lhes dar um abraço”. Tudo isso é um grande bem que Tu distribues livremente (v.11c). No original, o último versículo diz “Asher Adam que em Ti confia” (v.12). O seu sobrenome podia ser Adão, por ser descendente dele, mas qual seria seu nome próprio? Asher, feliz? Não precisa ser um “Miser Adão”! Esse salmo nos en-

sina o segredo como podemos nos tornar um “Asher Adão”, ou seja Sr. Felício Pessoa, Dona Felícia Pessôa, com seus Felizinhos, três vezes felizes! A sequência no salmo é: mora – anda – confia (v.45,12). Mas na vida real é invertido: quem confia vai andando e acaba morando com o SENHOR. “Bem-aventurados, SENHOR, os que habitam em Tua casa: louvam-Te perpetuamente”! Extraído de Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.


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O CONSULTÓRIO BÍBLICO REVISITADO

O pecado para a morte Editoria assinada primeiramente pelo Rev. Galdino Moreira (1889-1982) e em seu último formato redigida desde 1977 pelo Rev. Odayr Olivetti até seu falecimento (1928-2013) Odayr Olivetti

Pergunta – “Qual é o pecado para morte? 1João 5.16 fala de crente ou de incrédulo?” Resposta – Consideremos: 1. A carta é dirigida a crentes em Cristo. Consiste de exortações que visam ao crescimento da vida cristã, e de doutrina como fundamento das exortações. A distinção entre o crente e o incrédulo, entre os crentes e o mundo, entre os filhos de Deus e os do Maligno transparece clara na carta toda. Se o texto em foco não se dirigisse a crentes, se poderia dizer que seria a única parte da carta a se dirigir a não-crentes. 2. No capítulo 5, depois de falar da vitória da fé em Cristo e da segurança eterna do crente – segurança alicerçada em sua união com Cristo e atestada pelo testemunho da Trindade Santa e Bendita, o apóstolo trata da intercessão mútua dos cristãos (No capítulo primeiro, trata da confissão pessoal do crente para o perdão dos próprios pecados; no capítulo 5, fala da intercessão em favor de irmãos caídos em pecado.). 3. Examinem 1João 5.1316 seguindo este roteiro conciso: 13 – Os crentes em Cristo têm a vida eter-

na; 14-15 – Base da súplica bem-sucedida do crente em Cristo: que a oração seja segundo a vontade de Deus; 16 – Um objetivo específico da súplica: orar pelo crente faltoso, desde que o seu pecado não seja para morte. 4. Pensemos um pouco no versículo 16. Em primeiro lugar, se evidencia aí que as pessoas envolvidas são irmãs na fé (“Se alguém vir a seu irmão...”). Em segundo lugar, todo e qualquer cristão, de acordo com o princípio do sacerdócio universal dos crentes, deve interceder pelo irmão faltoso. Em terceiro lugar, a intercessão particularmente requerida pelo apóstolo é a que é feita quando o irmão caiu em pecado que não é para morte. Nesse caso, o intercessor pode ter certeza de que a sua oração será ouvida. 5. Seguindo-se o contexto anterior (v.13-15), se vê uma sequência lógica: 1° – Quem crê em Cristo, vive. 2° – Quem crê em Cristo sabe que Deus ouve e atende as súplicas feitas segundo a sua vontade. 3° – Deus não somente quer que o crente em Cristo

viva, mas também o garante (Jo 10.10, 28-30). Assim, pedir a restauração do crente faltoso é orar segundo a vontade de Deus. 4° – O apóstolo valoriza extraordinariamente esse ministério de intercessão, a ponto de dizer que aquele que intercede, ele mesmo dará vida ao faltoso. A expressão no original grego é: “... pedirá e lhe dará vida”.

João não pretende ensinar nessa frase que o homem tem poder para comunicar vida real, espiritual, eterna a outros. Se pretendesse, iria contra os seus demais escritos inspirados, nesta e nas outras cartas, no evangelho e em Apocalipse, bem como contra o ensino global da Escritura. Para evitar mal-entendidos, as traduções geralmente acrescentam a palavra “Deus”. Mas isso enfraquece a mensagem apostólica, que procura salientar a beleza divina da in-

tercessão, a profundidade da relação do crente em Cristo com Deus e a importância da instrumentalidade humana de que Deus se serve. 5° – Há pecado para morte. Isto é, há crentes que, tendo participado ricamente de todas as experiências, privilégios e deveres cristãos, contudo apostataram da fé aberta e obstinadamente, repudiando Cristo, seu evangelho e sua igreja. Essa atitude revela incredulidade, impiedade e blasfêmia contra o Espírito Santo (ver Mt 12.3132), proclamando nula a ação regeneradora e santificante do Espírito de Deus. Entretanto, ao contrário do que diz certa versão, o apóstolo não diz que não adianta orar em tal circunstância, e tampouco o proíbe. Não o recomenda, porém. Ele não diz: “Por esse digo que não ore”. Diz: “Por esse não digo que ore”. 6° – Continuando a argumentação, afirma o apóstolo que, embora toda injustiça seja pecado, nem todo pecado é para morte (v.17). Toda transgressão da lei de Deus é pecado – suficiente para a condenação eterna do transgressor. Mas João se dirige a crentes, e estes, graças à

sua entrega pessoal a Cristo, estão liberados do caráter mortal dos seus pecados. 7° – Na sequência (v.18), o apóstolo confirma isso, dizendo que o crente verdadeiro, aquele que de fato nasceu de Deus, não peca – isto é, não comete pecado para morte. Outra vez, quer para evitar mal-entendidos quer por falha em captarem a profundidade do ensino apostólico, bem como o sólido entrelaçamento lógico da sua argumentação, versões há que enfraquecem o texto original, que declara que “todo aquele que é nascido de Deus não peca”. É evidente que o autor inspirado se refere ao pecado para morte. Sim, porque, noutro sentido, o mesmo apóstolo afirma várias vezes que crentes verdadeiros, ele incluído, pecam. Ver, por exemplo, 1.7 a 2.1. Não é a virtude do homem que faz que o verdadeiro crente não peque. Nem a proteção de outros. É a proteção de Deus que o guarda. Todo aquele que é nascido de Deus é guardado por Aquele que nasceu de Deus, nosso “Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo” (1Jo 2.1). Voltando à sequência geral: 6. Poder-se ia perguntar: como saber que alguém pecou para morte? Vejamos:


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PROTESTANTISMO 1° – A apostasia obstinada põe de manifesto o crente falso, e o leva a progredir na senda da impiedade. Quando isso acontece de maneira tristemente notória e prolongada, é possível julgá-lo nos termos do texto apostólico. Esse ponto nos lembra Apocalipse 22.11: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se”. 2° – É bom lembrar o que já indicamos antes, que o apóstolo não proíbe orar pelo apóstata, nem afirma que não adianta orar. Diz apenas que não recomenda essa intercessão. 3° – Orar em favor dos outros nunca será um mal em si. 4° – Será um mal se, por exemplo, interceder por apóstatas renitentes e blasfemos significar nossa negligência em relação a irmãos que tropeçam e caem, mas sofrem com os seus erros e precisam do nosso incentivo para a sua restauração. Os advogados de Judas Iscariotes deveriam se dedicar a orar e trabalhar em favor de pecadores para os quais ainda há esperança, no espírito da passagem que acabamos de estudar, e de Tiago 5.19-20: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado, salvará da morte a alma dele, e cobrirá multidão de pecados.”

147 anos do Instituto Presbiteriano Gammon

O

Instituto Presbiteriano Gammon, fundado em 1869, uma das mais antigas instituições educacionais brasileiras, completa 147 anos de história. Iniciou suas atividades em Campinas a partir de uma iniciativa de missionários presbiterianos vindos dos Estados Unidos. O missionário Rev. Samuel Rhea Gammon destacou-se por seu dinamismo, por sua visão de futuro e por sua dedicação. Carlota Kemper, outra grande missionária, deu relevante contribuição para a causa educacional no Instituto. O surto de febre amarela que atingiu o Brasil no final do século 19 levou o então denominado Colégio Internacional a transferir-se definitivamente para Lavras em 1893. Em 1908, alguns anos após o início das atividades educacionais em Minas, foram criados cursos especializados em agricultura que evoluíram até o surgimento de uma escola de agricultura, a qual se transformou, em 1938, na conceituada Escola Superior de Agricultura de Lavras – ESAL –, atual Universidade Federal de Lavras – UFLA. A Faculdade Presbiteriana Gammon – FAGAMMON é mantida pelo Instituto Presbiteriano Gammon fundada em 1990. Atualmente, a FAGAMMON oferece os cursos de Educação Física (Licenciatura), Educação Física (Bacharelado),

Administração (Bacharelado) e Sistemas de Informação (Bacharelado), reconhecidos pelo Ministério da Educação. Recentemente, obteve o Conceito 4 na avaliação de recredenciamento feita pelo MEC. Na educação básica, o Instituto Presbiteriano Gammon desenvolve projetos importantes como o intercâmbio com instituições de ensino norte-americanas, EuroGammon, programa diferenciado de ensino de inglês, responsabilidade social, atividades culturais, projeto de comunicação e escola de esportes. A educação no Gammon é estruturada por princípios éticos e morais, baseados em sua perspectiva cristã reformada, juntamente com o seu lema: “Dedicado à Glória de Deus e ao Progresso Humano.” Desde suas origens até os dias de hoje o pioneirismo tem sido um dos elementos distintivos do Gammon, segundo sua Direção Geral. A capelania desenvolve um serviço de assistência

Atletas do passado e do presente no Revezamento de Gerações

religiosa fundamentado em três perspectivas: relação com Deus, com o próximo e com a criação. Para celebrar os 147 anos, ocorreram programações especiais no mês de agosto, agradecendo e glorificando a Deus, em todo tempo, pelo cuidado e manutenção até aqui. O tema deste ano foi: Brasil, brasileiros e esperança. Brasil, olha para cima! Grande parte dos eventos foi transmitida ao vivo pelo Canal da IPBTV2. Coordenada por Artur Mendes, a transmissão aconteceu por

Comemorações dos 147 anos do Instituto Gammon

meio da Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação (APECOM). LANÇAMENTO Araken Bezerra Mendes, ex-aluno da instituição e colaborador do Pró-Memória, fez o lançamento de seu mais novo livro durante a Noite da Saudade. A publicação, intitulada Instituto Gammon: Dedicado à Glória de Deus e ao Progresso Humano, é fruto de uma minuciosa pesquisa e oferece aos leitores a história completa do Gammon no período de 1869 a 1960.


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Boa Leitura Caminhar com Deus (Lloyd-Jones)

Caminhar com Deus traz 366 mensagens inspiradoras. É um livro devocional diário, que compartilha breves excertos de vários escritos de Dr. Lloyd-Jones. A seleção de textos é encorajadora, esclarecedora e desafiadora. Todos os leitores que usarem esse volume, certamente, adquirirão maior entendimento da verdade bíblica sobre a salvação, o evangelho, o avivamento, o reino de Deus, a vitória da fé, e muito mais. Além disso, aprenderão a se aproximar mais de Cristo e aumentar a sua fé. Essa leitura do Dr. Martyn Lloyd-Jones alimenta o crente em sua caminhada com Cristo. Escolhidos em Cristo (Samuel Falcão)

O que de fato a Bíblia ensina sobre a predestinação? Essa pode

ser uma dúvida muito frequente de parte dos cristãos. De acordo com o autor, essa abordagem de um dos assuntos mais difíceis da teologia, não tem pretensão de originalidade. A predestinação já é um assunto muito estudado. Todavia, o esboço usado e a linguagem simples empregada ajudarão o leitor que ainda não estudou o assunto profundamente e deseja ter uma introdução a essa doutrina. Mais do que simplesmente abordar o tema, o objetivo do livro é enriquecer o estudo e os debates acerca da predestinação, trazendo luz para o assunto. Ideal para estudos em grupos.

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Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

Consolo (Eleny Vassão)

Consolo, de Eleny Vassão, é livro de elevada capacidade inspirativa e de grande desafio. Ele nos fala da misericórdia de Deus e nos estimula ao ministério da consolação. A exposição bíblica, ao mesmo tempo em que apresenta a pessoa de Deus, também nos chama para fazer o trabalho divino. O exemplo de homens e mulheres dedicados a consolar nos convida a olhar à nossa volta como Deus nos olhou: misericordiosamente. Consolar não é fácil. É levar vida, esperança e paz em meio às situações mais difíceis da vida. É levar o sol e a força do Senhor em meio a sombra e fragilidade. O mesmo Senhor que nos consola, também nos capacita a consolar. Você também pode consolar.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

Incondicional (2013)

Histórias Cruzadas (2006)

A fé que nos une (2015)

Samantha Crawford (Lynn Collins) autora e ilustradora, trabalha com livros infantis e vivia de forma perfeita em suas atividades e casamento, até seu marido Billy (Diego Klattenhoff) ser assassinado. De uma hora para outra, toda a sua alegria de viver se perde. Não há mais esperança na vida e, motivada pelo ódio e a mágoa, resolve encontrar o assassino de seu marido e de seus sonhos, a todo custo. Porém, a vida lhe surpreende quando coloca em seu caminho Macon (Kwesi Boakye) e Keisha (Gabriella Phillips), dois órfãos que vivem de pequenos furtos e Joe Bradford (Michael Ealy), seu amigo de infância, um ex-presidiário que assume a direção de uma ONG e luta contra uma doença renal. Algo novo estava para acontecer.

Essa história se passa em Jackson, no estado do Mississipi, nos anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna para a pequena cidade, determinada a se tornar escritora. Com um projeto em mãos, ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas e seus próprios filhos, para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a empregada da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões. Muitas histórias, muitas lágrimas e grande aprendizado.

Em 1969, no auge da Guerra do Vietnã, dois jovens pais enviam constantemente relatórios de sua vida no campo de batalha para sua família e superiores, contando, com detalhes, os sofrimentos, as saudades e os desafios da vida na guerra. O tempo passa, e anos mais tarde, os filhos desses dois pais, coincidentemente se encontram nos caminhos muitas vezes pouco compreensíveis da vida. Ao notarem as semelhanças de suas histórias, os dois irão embarcar em uma jornada de descoberta do passado heroico dos pais, e do amor devoto deles aos seus filhos. Descobertas incríveis e novas experiências aguardam esses dois jovens, que guardavam dentro de suas emoções, as lembranças de heroísmos do pai de cada um deles.

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