Bp 736 marco 2016 grafica ok

Page 1

Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 736 – Março de 2016

IP Penha 60 anos

A Igreja Presbiteriana da Penha, na zona leste de São Paulo, comemorou 60 anos de história. Depois de oito anos como congregação da Igreja Presbiteriana do Brás, os primeiros irmãos que se reuniam, tiveram a alegria de ver o trabalho consolidado e nascia, então, a IP Penha, como carinhosamente é chamada. PÁGINAS 10 e 11

Congresso Nacional de Educação Cristã

Convocação CE 2016 PÁGINA 5

EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

O princípio da aliança na família e na igreja local

21 a 24 de abril de 2016 Mackenzie Auditório Rui Barbosa – São Paulo – SP

Zika vírus

O surto da zika no Brasil e alguns outros países da América Latina possui efeitos que extrapolam os campos da medicina e da mobilização social. PÁGINA 4


Brasil Presbiteriano

2

Março de 2016

EDITORIAL

Brasil Presbiteriano

Baal-Peor, bem pior

O

pastor presbiteriano e apologista Peter Jones, autor de vários livros publicados pela Cultura Cristã, aborda em seu blog a confusão atual em torno da identidade sexual. Nossa época sustenta que não há uma identidade que recebamos na concepção e que essa é matéria de escolha individual. Chamam isso de “visão progressista ocidental da sexualidade”. Não tem mais “ele”, “ela”, “seu”, “sua”. Homens definem-se como mulheres e mulheres descobrem-se homens. E não se admite oposição. Jones relata que o Reconciling Ministries Network da United Methodist Church exigiu de seus obreiros que abandonem a linguagem ofensiva “meninos e meninas”; e que, no Reino Unido, o Escritório do Comissário das Crianças entre 13 e 18 anos, pediu aos alunos para preencherem um questionário

escolhendo entre 22 “tipos de gêneros”, incluindo “gênero não-conforme”, “trigênero” e “gênero fluido”. A moda agora é rejeitar a natureza e valorizar o que pessoa pensa sobre si mesma, o que pensa e decide ser. O fato inegável, porém, é que Deus nos criou machos e fêmeas e assim as pessoas continuam a ser concebidas e a nascer. Recusar isso leva a operações de mudança de sexo e muitas outras desordens. Peter Jones cita um estudo realizado na Suécia, segundo o qual “dez a quinze anos após a mudança cirúrgica, a taxa de suicídio daqueles que tinham sido submetidos à cirurgia de reatribuição sexual subiu para vinte vezes mais do que nos outros casos”. A sociedade, porém, ignora esses indicadores e continua indo às últimas consequências em seu individualismo e relativismo. A ideia não é

nova. Sartre defendeu que a existência precede a essência, isto é, existo, antes de haver qualquer definição sobre mim. Existo, e aí vou escolher o que sou e, como diz a capa de Veja em sua edição de 20 de fevereiro, “ninguém tem nada com isso”. É evidente, porém, que essa visão deturpada da realidade afeta toda a sociedade. Os psicólogos são proibidos de aconselhar pessoas que não possuem certeza de sua identidade sexual. O mesmo se dá com pastores, acusados de intolerância e de homofobia se anunciarem a condenação divina dessa filosofia e das práticas decorrentes. Os cristãos em geral são afetados, quer por se posicionarem biblicamente, quer por insistirem em educar seus próprios filhos conforme a orientação do Senhor. Sua palavra nas reuniões de pais e mestres fica prejudicada.

Fugir do modelo é considerado “ofensivo”, “incita ao ódio”, e “discrimina”. A confusão de gêneros é inaceitável para os cristãos, principalmente por um motivo de ordem transcendental. Ocorre que Deus, que é espírito invisível, quis encarnar-se, e o fez sendo concebido e nascendo como um menino, “ele”. A linguagem bíblica a seu respeito não deixa dúvida: um menino, que cresceu e se tornou homem. Tinha de ser homem, o segundo Adão. O primeiro Adão foi um homem, casado pelo Senhor com Eva, “ela”, a primeira mulher. Todas essas definições precederam a existência, porque foram concebidas primeiro na mente de Deus. A rejeição dos gêneros configura, em última instância, rejeição do Deus criador e redentor. A igreja de Jesus não vai entrar nesse Baal-Peor.

Ano 56, nº 736 Março de 2016 Rua Miguel Teles Junior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br Órgão Oficial da

www.ipb.org.br Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) Alexandre Henrique Moraes de Almeida (Secretário) André Luiz Ramos Anízio Alves Borges José Romeu da Silva Mauro Fernando Meister Misael Batista do Nascimento Conselho Editorial da CEP fevereiro 2014 a fevereiro 2016

JORNAL BRASIL PRESBITERIANO

Assinatura Anual – Envio mensal

Faça sua assinatura e/ou presenteie seus familiares e amigos.

• Individual (até 9 assinaturas): R$ 27,00 cada assinatura.

Nome CPF Igreja de que é membro Endereço Bairro Cidade Email Mês inicial da assinatura

Somente com depósito antecipado ou cartão VISA.

RG

• Coletiva (10 ou mais assinaturas): R$ 24,00 cada assinatura. CEP UF

Telefone Quantidade de assinaturas

Antônio Coine Augustus Nicodemus Gomes Lopes Cláudio Marra (Presidente) Heber Carlos de Campos Jr. Misael Batista do Nascimento Tarcízio José de Freitas Carvalho Ulisses Horta Simões Valdeci da Silva Santos Conselho Editorial do BP fevereiro 2014 a fevereiro 2016 Alexandre Henrique Moraes de Almeida Anízio Alves Borges Clodoaldo Waldemar Furlan Hermisten Maia Pereira da Costa Márcio Roberto Alonso Edição e textos

Formas de pagamento:

Grátis! Depósito bancário (anexar ao cupom o comprovante de depósito) Uma assinatura para Banco do Brasil Banco Bradesco Banco Itaú pacotes de 10 ou mais C/C 2093-1 C/C 80850-4 C/C 51880-3 assinaturas. Ag. 0635-1 Ag. 0119-8 Ag. 0174

Cibele Lima

Cartão VISA Nº do cartão

Impressão

Nome do titular

Validade Código de segurança

Após efetuar o depósito, informá-lo pelo telefone (11) 3207-7099 ou email assinatura@cep.org.br

E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação Aristides Neto


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

3

TEOLOGIA E VIDA

Palavras de Calvino Hermisten Maia

O

reformador João Calvino (1509-1564) foi um pastor extremamente zeloso, cuidando não apenas da igreja de Genebra, mas da cidade de Genebra. Um ponto evidente no seu ministério é o compromisso com a sua vocação, compreendendo que toda e qualquer vocação deve nos conduzir a uma maior comunhão com Deus em obediência e serviço para a Sua glória. Por meio de seus escritos podemos destacar alguns princípios orientadores para os ministros do Evangelho e para a igreja em geral. 1) Humildade Calvino orienta os crentes quanto à submissão devida à Palavra de Deus: “Quando virmos para escutar um sermão não tragamos aqui essa soberba de aborrecer-nos com Deus se somos admoestados por nossos pecados. Não tragamos nenhuma amargura, para que não fiquemos aborrecidos quando nos põem o dedo na ferida”. A pregação é para todos: “Se somos reis e príncipes, nos corresponde inclinar nossas cabeças para receber o jugo de Deus; porque toda soberba tem que ser desfeita....”. Continua: “Aqueles que estão em posição elevadas saibam que ainda que fossem mais que reis deveriam humilhar-se ante à pregação da verdade de Deus. E por que?

Porque têm que ser conscientes disto. Que senhor ou patrão enviou aquele que prega? É precisamente aquele que tem domínio soberano sobre toda a humanidade e a quem todos deveriam estar sujeitos”. Portanto, ricos e pobres, todos devem vir “para escutar a Palavra de Deus com toda humildade e modéstia, sabendo que neste sentido nossa obediência tem que ser provada, e que ninguém deve ser eximido, senão que as faltas sejam expostas com toda liberdade, tal como corresponde”. 2) Exame criterioso Isto não significa mero formalismo ou a negação do exercício de uma santa análise crítica. Devemos submeter o nosso entendimento à Escritura, buscando a iluminação do Espírito, não simplesmente a ensinos que supostamente procedem das Escrituras. “Os fiéis não têm que ser deliberadamente tão estúpidos de receber tudo o que se lhes diz, senão, que, pelo contrário, examinem se a doutrina provém de Deus ou não. E por isso é que se nos manda provar os espíritos. E isto tem que ser notado cuidadosamente. (...) Deus quer que pensemos e que tenhamos a prudência para não ser enganados nem seduzidos por doutrinas falsas que as pessoas nos trazem. Como ocorrerá isso? Certamente não devemos ter a pretensão de julgar a

verdade de Deus conforme nosso juízo ou imaginação, antes, o nosso raciocínio e entendimento têm que estar sujeitos a Ele, como o mostram as Escrituras. Não obstante, temos que orar a Deus que se digne em conceder-nos prudência para assim discernir se o que se nos propõe é ou não bom e reto. Além do mais, que com toda humildade não pretendamos outra coisa que ser governados por Ele, e estar sob Sua mão, com a certeza de que desta maneira seremos capazes de saber se há retidão ou não nas declarações que se nos propõem”. Sobre a possível crítica aos homens de estarem julgando a doutrina de Deus, responde: “Minha resposta a esta questão é que a doutrina de Deus não está sujeita ao juízo humano, senão que a tarefa do homem é simplesmente julgar, por meio do Espírito de Deus, se é sua Palavra que está sendo declarada, ou se, usando esta como pretexto, os homens estão erroneamente exibindo o que eles mesmos engendraram”. “Somos iluminados pelo Espírito para recebermos a verdade, mas que somos igualmente equipados com o espírito de discernimento a fim de não vivermos suspensos pela dúvida entre a verdade e a falsidade, mas para sermos capazes de decidir o que devemos evitar e o que devemos seguir”. Contudo, deve ser ressaltado: “Um homem só julga corretamen-

te e com segurança pelo prisma de seu novo nascimento e segundo a medida da graça a ele concedida – e nada mais!”. Nenhum homem é senhor total da interpretação da Palavra de Deus. Portanto, Calvino dá uma palavra aos mestres: “Ninguém está isento da crítica de outrem, mas para que todos ouçam, com a condição de que seu ensino seja, ao mesmo tempo, exposto à crítica”. Em outro lugar, continua estimulando o senso santamente crítico: “Então, temos que inquirir sempre sobre a intenção do homem que fala. Porque se vemos que o fim perseguido é que Deus seja glorificado e que tenha domínio sobre todos os homens, já não deve haver disputas a respeito; temos que dar-nos por totalmente satisfeitos. (...) Deste modo então, tenhamos sempre esta pedra de toque quando viermos para provar alguma doutrina. Então saberemos se é reta ou distorcida, verdadeira ou falsa, pura ou corrupta e mesclada, conforme à verdadeira retidão que Deus nos há mostrado”. Esse exame criterioso do que é ensinado, deve ser feito com humildade e, em oração. Essa deve ser uma característica daquele que deseja obedecer a Deus. 3) A Manutenção dos Ministros Uma armadilha diabólica consiste em fazer com que os ministros sejam privados de

seu sustento para se dedicarem a outras atividades que o desviem do estudo e ensino da Palavra. A Igreja deve, portanto, cuidar do sustento condigno de seu pastor: “Não se pode negar que, se a Palavra for respeitada, seus ministros serão sempre tratados bondosa e honradamente. É um artifício de Satanás defraudar os ministros piedosos de seu sustento, de modo que a Igreja fique privada dos ministros desse gênero. Um solícito desejo de preservar o ministério levou Paulo a recomendar o sustento dos bons e fiéis pastores”. Ele extrai implicação semelhante de sua análise do 8º Mandamento, “Não furtarás”. Escreve: “Que os ministros da igreja ensinem fielmente a Palavra de Deus, não pervertendo a doutrina da salvação, mas mantendo a sua pureza. E que não somente instruam o povo com boa doutrina, mas também a exemplifiquem com a sua vida. Em resumo, que eles presidam como bons pastores sobre as suas ovelhas [1Tm 3; 2Tm 2 e 4; Tt 1; 1Pe 5]. Por sua vez, que o povo os receba como mensageiros e apóstolos de Deus, e lhes prestem a honra que o nosso Senhor lhes atribui; e supram-nos do necessário para o seu sustento [Mt 10; Rm 10 e 15; 1Co 9; Gl 6; 1Ts 5; 1Tm 5]”. O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da Primeira Igreja Presbiteriana de São Bernardo do Campo, SP.


Brasil Presbiteriano

4

Março de 2016

SOCIEDADE

Zika, deficiência física e o aborto O surto da zika no Brasil e alguns outros países da América Latina possui efeitos que extrapolam os campos da medicina e da mobilização social. Esse fenômeno tem atraído também o interesse dos campos éticos, legais e religiosos, especialmente devido à conexão dessa doença com a microcefalia. Valdeci Santos

A

conexão entre a zika e a microcefalia, acompanhada pelo crescente número de casos de recém-nascidos microcefálicos reacendeu o debate sobre o aborto no Brasil. Segundo as leis brasileiras, a gravidez só pode ser interrompida em três situações específicas: quando a gravidez traz risco de vida para a mãe, quando a concepção foi causada por um estupro ou quando o feto é anencéfalo. No entanto, alguns defensores do aborto já pressionam as autoridades para a permissão do aborto em gestações de bebês com microcefalia. Um grupo de advogados, acadêmicos e ativistas brasileiros já preparam uma ação para Supremo Tribunal Federal em prol da permissão do aborto nesses casos. Há, também, o caso da polêmica entrevista do Juiz da 1ª vara criminal de Goiânia, na qual ele afirmou que se houver risco comprovado de microcefalia na criança ele autorizará o aborto, pois a “mãe não merece um feto sem vida”. A repercussão desses movimentos no cenário internacional motiva alguns a criticarem “o atraso brasileiro” ao discu-

tir o direito de escolha da mulher, enquanto outros comparam essa situação ao “desejo nazista” em prol da raça ariana na busca do bebê perfeito! A discussão sobre o aborto de microcefálicos suscita outra questão semelhantemente intrigante, especialmente para os cristãos: poderia ser o aborto justificado no caso de alguma deficiência ou deformidade do bebê no ventre da mãe? Quando se apela para a Bíblia, logo se nota que ela não possui um texto claro proibindo o aborto. Mas também deve ser observado que a ênfase do ensinamento bíblico é que os filhos são bênçãos de Deus para seus pais (cf. Sl 127.3). Além do mais, no período bíblico, a ausência de filhos era até considerada como maldição, já que o nome da família não seria perpetuado (cf. Dt 25.6 e Rt 4.5). Parece que o aborto era algo “tão contrário à mentalidade israelita que bastava um mandamento genérico “não matarás” (Êx 20.3) para proibi-lo. Hoje, no entanto, a sociedade não vê mais os filhos sob a ótica divina; e quanto mais dificuldades e limitações a criança trouxer, menos desejada ela será.

Assim, qual deveria ser o posicionamento cristão nessa questão de crianças com microcefalia e outras deficiências? Há, no mínimo, três princípios a serem considerados no caso da interrupção da gravidez de crianças com deficiências. Em primeiro lugar, há a questão da dignidade humana. Ninguém deve desprezar ou minimizar outra pessoa somente porque ela possui alguma debilidade, seja essa física ou mental. Nenhuma criança deve ser condenada à execução só porque ela é autista, possui a síndrome de Down ou alguma outra carência. Dessa maneira, crianças com formações deficientes no ventre da mãe continuam sendo humanas e merecedoras do tratamento digno que é devido a elas. Logo, matar um feto com má formação no ventre da mãe continua sendo moralmente errado! Em segundo lugar, é um erro grosseiro julgar que a vida de uma pessoa com debilidades, a despeito de suas limitações e cuidados necessários, não seja digna de ser vivida. Os familiares dos mesmos são os primeiros a testificar da alegria que eles trazem ao círculo da família. Ainda que com

dificuldades, cuidar dessas pessoas pode ser uma experiência enriquecedora e gratificante. Para o cristão que acredita na soberania de Deus, que não permite nem mesmo a queda de um fio de cabelo sem que seja de sua vontade, as experiências limitadoras podem ser grande fonte de contentamento e crescimento espiritual. Pais que interrompem a gravidez de fetos com deficiências acabam parando o elevado preço emocional e psicológico de não saberem quais alegrias poderiam ter tido com a criança abortada! Em terceiro lugar, por mais trabalhoso e incômodo que o convívio com alguém com deficiências físicas e mentais possa parecer, o aborto dessas pessoas não será justificado se considerado que o Senhor Deus não cria apenas pessoas física e mentalmente perfeitas. Aliás, no diálogo de Deus com Moisés, o leitor bíblico encontra uma surpreendente revelação: “Quem fez a boca

do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?” (Êx 4.11). Assim, o Autor da vida é o único que possui prerrogativas sobre a vida humana. Finalmente, alguém poderia argumentar, como o fez o juiz brasileiro, ser mais saudável para a mãe abortar uma criança deficiente do que vê-la morrer pouco depois do seu nascimento. Mas o testemunho de pessoas que abortaram não condiz com esse raciocínio. Algumas afirmam que o ato não as fez emocionalmente mais saudáveis, mas resultou em uma cicatriz com a qual convivem diariamente. A triste conclusão é que aborto geralmente faz com que dois corações parem de bater: a criança abortada e a mãe arrependida. Dessa forma, a melhor coisa a fazer em relação àqueles que consideram o aborto, é aconselhar que abortem essa ideia! Valdeci Santos é Vice-diretor do Centro de Pós Graduação Andrew Jumper e Secretário Geral de Apoio Pastoral da IPB.


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

5

AUTARQUIAS

Junta Patrimonial da IPB Com o objetivo de servir a Igreja Presbiteriana do Brasil com transparência e seriedade, a JPEF trabalha com enfoque no bom desenvolvimento das igrejas e no apoio às lideranças

A

Junta Patrimonial, Econômica e Financeira da Igreja Presbiteriana do Brasil (JPEF/ IPB) foi criada pelo Supremo Concílio, em julho de 1970. Ela substituiu as Juntas de Investimento e de Construção de Patrimônio e tem sede em Brasília (DF). Compete a JPEF, elaborar, anualmente, a proposta do orçamento da IPB, de acordo com as diretrizes do Plano Estratégico, elaborado sob a coordena-

ção da Mesa da Comissão Executiva do Supremo Concílio da IPB (CE-SC/ IPB) para o respectivo exercício. Além disso, cabe à Junta, administrar todo o patrimônio da IPB, orientar as igrejas na mordomia cristã, acompanhar e controlar a execução orçamentária das diversas entidades internas da IPB, planejar e executar campanhas financeiras, examinar ou fazer examinar as contas da Tesouraria da IPB e das

Confederações Nacionais, pelo menos uma vez por ano, auditando e relatando à CE-SC/IPB para aprovação final. De acordo com o presbítero Marco Túllio de Castro Vasconcelos, o trabalho visa ajudar as igrejas e as autarquias, dando apoio e orientando, quando necessário. “Estamos equipados para dar solução aos casos que o Supremo Concílio e/ou Comissão Executiva encaminhar a Junta, relatando à CE-SC/

IPB a providência tomada, bem como, solicitar, quando julgar necessário ou conveniente, orçamentos, relatórios, dados estatísticos e outros dados, das diversas comissões, departamentos e instituições da IPB”, explica. A JPEF exercer rigoroso controle no recebimento dos dízimos das igrejas jurisdicionadas, através da Tesouraria da IPB, para efeito de comunicar ao Presbitério. Também administra fundos reversí-

veis destinados à construção de igrejas. “Algumas igrejas nos procuram para adiantamento financeiro para reformas, construção de templos e congregações, adequação predial, conforme solicitação da Prefeitura local, e temos visto o quanto as regiões são abençoadas com o nosso trabalho. Rogamos a Deus, que continue nos capacitando e abençoando a nossa amada Igreja Presbiteriana do Brasil”, concluiu presb. Marco Túllio.

FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Presbitério Sul da Paraíba O

s homens do Presbitério Sul da Paraíba (PSPB) deram início aos trabalhos da Federação de UPHs, com reunião na Igreja Presbiteriana de Bayeux (PB). Durante a programação, o diácono Assis Sobreira, tesoureiro da Federação (desde 2010) foi homenageado pelos esforços dedicados na função. Diácono Assis passou por problemas de saúde no ano de 2015, mas não deixou de desempenhar suas atividades, sendo exemplo

de compromisso. Durante o culto também foi recolhida uma oferta inicial para a Fappai – Fundação de Assistencia e Proteção a Adoslencia e a Infancia, presidida pelo Rev. Aguinaldo Melo do Nascimento, Pastor Efetivo da IP Memoral e Presidente do Conselho Deliberativo da Fundação, no valor de R$ 169,00, compromisso assumido desde o XIX Congresso Presbiterial do Trabalho Masculino, ocorrido nos últimos

dias 27 e 28 de novembro de 2015, nas dependências da IP Filadelfia, no Valentina de Figueiredo. Se fizeram presentes as UPHs da Igreja Presbiteriana de Bayeux, da Igreja Presbiteriana em Jaguaribe, da Igreja Presbiteriana Filadelfia, da Igreja Presbiteriana em Cruz da Armas, da Igreja Presbiteriana em Mangabeira II, da Igreja Presbiteriana em Ernesto Geisel e da Congregação Presbiteriana em Sapé.

Convocação CE 2016 O presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, Rev. Roberto Brasileiro, convocou a Comissão Executiva do SC/IPB para reunir-se ordinariamente, de 5 a 8 de abril de 2016, nas dependências da sede da Igreja Presbiteriana de Brasília. Os documentos que serão examinados na reunião deverão ser encaminhados à Secretaria Executiva do SC/IPB até o dia 07 de março de 2016 (data da postagem). A Comissão Executiva tem a importante função de gerir toda a vida da Igreja como associação civil, preencher as vagas que se verificarem nas comissões, permanentes e especiais, zelar pela pronta e fiel execução das ordens emanadas do plenário do Supremo Concílio, dentre outras atividades.


Brasil Presbiteriano

6

Março de 2016

O CONSULTÓRIO BÍBLICO REVISITADO

Editoria assinada primeiramente pelo Rev. Galdino Moreira (1889-1982) e em seu último formato redigida desde 1977 pelo Rev. Odayr Olivetti até seu falecimento (1928-2013)

Sobre a salvação dos filhos de pais crentes Odayr Olivetti

Pergunta – “Os filhos de pais crentes serão salvos, em qualquer tempo, mesmo que não sejam convertidos? Salvos apenas pelo fato de os pais serem crentes?” Resposta: não. A salvação é pessoal. Mesmo no Antigo Testamento, dispensação em que com facilidade o povo de Deus confundia aspectos nacionais e temporais da aliança com aspectos espirituais e eternos, há ensino bíblico a esse respeito. Exemplo: Ezequiel 18 (notem-se especialmente os versículos 4, 10-21). Aplicam-se magistralmente a essa questão as palavras que Cristo dirigiu aos judeus que lhe haviam dito: “Nosso pai é Abraão”. A resposta de Jesus foi: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão” (Jo 8.39). Jesus Cristo não negou que aqueles judeus eram descendentes de Abraão (Jo 8.37), mas, quanto à relação espiritual, afirmou esta verdade terrível: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe aos desejos” (Jo 8.44). Os filhos de pais crentes recebem promessas e

bênçãos especiais e ricas, sendo eles incluídos no povo da aliança na terra, até à idade da discrição, mas isso não lhes garante entrada no céu, nem os isenta da responsabilidade de responder pessoalmente à ordem-convite de ir a Cristo e crer nele, com todas as implicações dessa resposta de fé e arrependimento. Sem a regeneração operada pelo Espírito Santo ninguém pode ver nem entrar no reino de Deus (Jo 3.3,5). É bom transcrever aqui o que diz a Confissão de Fé de Westminster no Capítulo XXVIII, que trata “Do Batismo”, Seção V: “Posto que seja grande pecado desprezar ou negligenciar esta ordenança, contudo, a graça e a salvação não se acham tão inseparavelmente ligadas a ela que sem ela ninguém possa ser regenerado e salvo, ou que todos os que são batizados sejam indubitavelmente regenerados”. Aos pais compete cumprir os compromissos assumidos quando os seus filhos foram batizados, compromissos que incluem a responsabilidade da perseverança na fidelidade doutrinária e na oração, a educação dos seus filhos na fé cristã e o exemplo

pessoal e conjugal de vida cristã fiel. *************** Pergunta – “Os filhos de pais incrédulos estarão perdidos, mesmo que morram na infância, quando não têm ainda condições de discernir entre o bem e o mal? Não serão salvos apenas pelo fato de os pais não serem crentes?” Resposta: embora não haja ensino muito claro na Bíblia sobre o destino das crianças que morrem antes da idade da discrição, há passagens que permitem algumas inferências a esse respeito, principalmente a de Lucas 18.15-17. Jesus afirma que o reino de Deus é das criancinhas. Examine agora o prezado leitor o que sobre isso diz a Confissão de Fé, Capítulo X, Seção III: “As crianças que morrem na infância, sendo eleitas, são regeneradas e por Cristo salvas, por meio do Espírito, que opera quando, onde e como quer” (A tradução de O Livro de Confissões é melhor: “As crianças eleitas que morrem na infância...”.) — Passaram-se anos depois da publicação do livro Consultório Bíblico. Uma edição recente da Confissão de

Fé, pela Casa Editora Presbiteriana, “Primeira Edição Especial – 1991”, corrigiu a ambiguidade da expressão “sendo eleitas”. Diz o texto atual: “As crianças eleitas, que morrem na infância, são regeneradas e salvas por Cristo, por meio do Espírito, que opera quando, onde e como lhe apraz...”. Retratando o ensino bíblico, a Confissão condiciona a salvação das crianças que morrem na infância a estes fatores: eleição, regeneração e salvação em Cristo, mediante o Espírito soberano. Somente os eleitos de Deus recebem as administrações vivificantes do Espírito divino. E as crianças precisam dessas operações do Espírito porque herdam a natureza humana culpada e corrupta. Fica ainda por responder

se todas as crianças que morrem antes da idade da discrição são eleitas ou não. O mesmo Deus que criou do não-existente tudo o que existe, pode perfeitamente aplicar aos pequeninos, diretamente, isto é, sem os meios que geralmente utiliza para a conversão dos adultos, os benefícios redentores do sacrifício expiatório de Cristo. O Espírito Santo, com seu poder soberano e sua soberana vontade, “opera quando, onde e como quer”. E Jesus Cristo, que com o Pai e com o Espírito Santo, vive e reina pelos séculos dos séculos, afirma categoricamente, aludindo a crianças: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Lc 18.16). E basta.


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

7

EDUCAÇÃO CRISTÃ

Educação Cristã na prática Editora oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil completa 68 anos e divulga 4o edição do Congresso Nacional de Educação Cristã da IPB

C

om o objetivo de produzir e distribuir material literário necessário para a edificação e crescimento da IPB, foi criada, em 1948, a Casa Editora Presbiteriana (CEP). Hoje, com um acervo de cerca de 600 títulos e três milhões de volumes publicados, a editora oficial da igreja vem crescendo cada vez mais. A proposta de criação de uma editora própria para a denominação surgiu em 1946, na cidade de Pederneiras (SP), durante uma reunião do presbitério de Bauru (SP). Naquela ocasião, os conciliares encaminharam ao Supremo Concílio a proposta de fundação de uma editora que pudesse produzir e distribuir a literatura necessária para a IPB. Dois anos após o envio do documento, foi lançada oficialmente a editora. Em março, comemora-se mais um ano da CEP, que há 68 anos tem lançado obras que a destacam das demais editoras evangélicas. A Bíblia de Estudo de Genebra é um exemplo. O lançamento dessa Bíblia é resultado dos esforços a fim de fornecer às igrejas material de apoio para ensino de qualidade. Atualmente, a editora é a responsável pela edição e distribuição das revistas da SAF e da UPH – além da revista Servos Ordenados, dirigida aos oficiais da IPB. lançada em março de 2004, direcionada aos oficiais da igreja; de toda a literatura oficial da denominação, como a Confissão de Fé de Westminster, Catecismo Maior e Breve, o

Manual Presbiteriano, publicação de bíblias, livros, revistas e CDs, e as demais publicações determinadas pelo Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil. A fim de proporcionar o crescimento na área educacional cristã, a CEP também publica um currículo completo de material de escola dominical para crianças e adultos, classes de catecúmenos e discipulado, ajudando, assim, muitas denominações a crescer na área de educação cristã. Sob a orientação do CECEP, a editora organiza congressos anuais regionais e a cada três anos, congressos nacionais. Em 2016, a 4ª edição do Congresso Nacional de Educação Cristã, com o tema “Educação que transforma”, conta com a participação de rev. Paul Jehle, educador norte-americano dedicado a difundir a “educação por princípios bíblicos”, e rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB. Serão oferecidas 27 oficinas. Pastores e líderes de educação cristã das igrejas presbiterianas de diferentes regiões do Brasil, trazem temas de grande relevância para o ensino nas igrejas. O 4º Congresso Nacional de Educação Cristã, organizado pelo CECEP, será realizado no Instituto Presbiteriano Mackenzie, Auditório Rui Barbosa (São Paulo/ SP), de 21 a 24 de abril, e as inscrições já estão abertas pelo site www.editoraculturacrista.com.br/ congresso.

OFICINAS 1. A classe da Terceira Idade – Gildásio dos Reis 2. A didática de Cristo: ensinando como Jesus ensinava – Solano Portela 3. A Superintendência que funciona – Alceu Lourenço Jr. 4. As aplicações e a prática cristã – Heber Carlos de Campos Jr 5. As bases bíblicas do planejamento: planejando os rumos da Escola Dominical – Solano Portela 6. Como ler a Bíblia para preparar a lição – Mauro Meister 7. Como o adulto aprende – Wilson do Amaral Filho 8. Como preparar estudos bíblicos a partir de livros – Misael Batista do Nascimento 9. Didática de aulas para jovens e adultos – Sandra Marra (Essa oficina será dada em dois períodos. Quem a escolher só terá tempo para mais uma ou duas.) 10. Didática para o ensino de crianças – Márcia Barreto (Essa oficina será dada em dois períodos. Quem a escolher só terá tempo para mais uma ou duas.) 11. Educação por Princípios e renovação da mente – Inez Borges 12. Ensinando com grupos familiares – Leonardo Sahium

13. Ensino de pré-adolescentes e juniores – Roberta Fonseca 14. Ensino nas classes de adolescentes – Haveraldo Vargas Jr. 15. Higiene vocal para educadores e pastores – Laura Aimbiré 16. O culto das crianças – José Maurício Nepomuceno 17. O ensino na classe de jovens – Alexandre Henrique Moraes de Almeida 18. O uso da música no ensino de crianças – Márcio Alonso 19. O uso eficiente do Data Show – Daniel Santos 20. Opções de abertura de uma escola cristã – Wilson do Amaral Filho 21. Organização curricular na sua ED – Eduardo Assis 22. Organização do Departamento Infantil – Edaci Camargo 23. Os objetivos da aula – Cláudio Marra 24. O Preparo da Lição e a Gestão da Classe – Solano Portela Bônus workshops 25. Música e Educação – Jackie Connerty 26. Raízes da Educação nas Origens Americanas – Richard Holland 27. Vida devocional e liderança de jovens – Josh Connerty


Brasil Presbiteriano

8

Março de 2016

IGREJA EM AÇÃO

Nasce a Memorial Igreja Presbiteriana Wilson Santana

A

Memorial Igreja Presbiteriana é a mais nova igreja do Presbitério de São Bernardo do Campo (PrSB). No dia 16 de dezembro de 2013, um grupo de irmãos presbiterianos se reuniu na Rua São João no Jardim Remanso, em Diadema, para oferecerem ao Senhor um culto, no terreno onde será erguida mais uma Igreja Presbiteriana na cidade. O culto aconteceu no dia em que se organizou o primeiro presbitério brasileiro (16 de dezembro de 1865) e no ano em que se comemorava o sesquicentenário do presbiterianismo na cidade de São Paulo (1863-2013), em memória dessas duas datas importantes para os presbiterianos do Brasil, nascia a Memorial Igreja Presbiteriana. Enquanto arrecadam recursos para a construção, o Rev. Wilson Santana Silva e o Lic. Vinícius Silva Sousa juntamente com os irmãos da Memorial Igreja Presbiteriana, se reúnem dominicalmente para oferecerem a Deus o culto no dia do Senhor. O

trabalho foi se estruturando, de modo que foi apresentado ao Presbitério de São Bernardo do Campo, o Projeto Memorial, que criou etapas sucessivas a fim de construírem mais um templo presbiteriano em Diadema e solidificar o trabalho evangelístico no limite com a capital paulista. O Projeto Memorial também chegou às mãos do Rev. Roberto Brasileiro

Silva, pastor presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, que prontamente apoiou o trabalho, motivando ainda mais os irmãos a continuarem batalhando pelo Evangelho de Jesus Cristo, nosso Salvador. Em culto a Deus, foi organizada pelo Presbitério de São Bernardo do Campo, a Memorial Igreja Presbiteriana em 12 e 13 de dezembro de 2015. A

organização da igreja cumpre um dos muitos objetivos do Projeto Memorial, e teve participação do Coral Memorial, Grupo de Cânticos Memorial e Grupo Jovem Memorial, mensagens transmitidas pelos Revs. Alceu Davi Cunha e Donizeti Rodrigues Ladeia e a eleição de diáconos e presbíteros, transformando todos os atos do culto ao Senhor em verdadeiros

momentos de enlevo espiritual para todos os presentes. A Memorial Igreja Presbiteriana segue firme na busca pelos objetivos que foram estabelecidos, glorificando ao nosso Deus por meio da ação social, música, estudos teológicos e filosóficos, sempre à luz da Bíblia Sagrada nossa única regra de fé e prática. O Rev. Wilson Santana Silva é professor no JMC


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

9

PRESBITERIANISMO EM FOCO

Museu História Viva do Presbiterianismo Marcone Carvalho

E

ntre 1557 e 1558, os franceses Pierre Richier e Guillaume Chartier tentaram estabelecer a Igreja Reformada no Rio de Janeiro. Trezentos anos depois, o norte-americano Ashbel G. Simonton desembarcou em nosso país e iniciou a obra que resultou, em 1862, na Igreja Presbiteriana do Rio. Aprouve a Deus fazer da capital fluminense o berço do presbiterianismo nacional. Essa longa história tem sido preservada pela Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, como ficou conhecida a congregação iniciada por Simonton. Ali se encontra o Museu História Viva do Presbiterianismo, uma iniciativa da igreja local sob o pastorado do Rev. Guilhermino Cunha que tem permitido ao público conhecer a experiência histórica dos presbiterianos, seus personagens, marcos e mensagem. Do acervo, alguns itens se destacam: a lápide de mármore da sepultura de Helen M. Simonton, a esposa do missionário pioneiro; peças de prata usadas nas celebrações de batismo e santa ceia, onde se inclui o controvertido “cálice comum”, tão caro ao Rev. Álvaro Reis (1864-1925); peças do mobiliário do primeiro templo; galeria com fotos dos pastores da Catedral; e Bíblias comemorativas da igreja.

Tão importante quanto o Museu é a visão da liderança da Catedral no que se refere à preservação do patrimônio e o esforço feito para que ele seja conhecido pela sociedade e não somente pelos protestantes, haja vista que o presbiterianismo – em suas expressões histórica (séculos 16 e 19-21), religiosa (templos), cultural (personalidades de relevo, como Geremias Fontes, governador do Estado de 1966 a 1971), educativa (colégios e Mackenzie Rio) e assistencial (Hospital Casa Evangélica e Instituto Presbiteriano Álvaro Reis INPAR) - faz parte da cidade do Rio de Janeiro. Essa valorização da história por parte da igreja-mãe faz com que o Museu seja a vitrine de um conjunto de atrações em torno do qual está inserido. Em frente à Catedral, encontram-se o Monumento e a Praça João Calvino, inaugurados em 2009 por ocasião da celebração dos 500 anos do seu nascimento. Por sua vez, na Praça Rev. Mattatias Gomes dos Santos, temos o Monumento ao Pregador, composto de uma congregação de esculturas em bronze, sendo o Rev. Mattatias, sob cujo ministério a Catedral foi erguida, o personagem principal. O monumento é interativo e sonoro, pois dele emanam pregações e músicas dos cultos ali realizados. A pou-

cos metros, outros dois monumentos escultóricos: (i) a representação da primeira santa ceia realizada em terras brasileiras, com os pastores Richier e Chartier à mesa da comunhão ladeados pela réplica da primeira confissão de fé das Américas, a Confessio Fluminensis; (ii) e o casal Simonton e Helen. Ao fundo, encontra-se o imponente templo da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro (IPRJ). Constru-

seu patrimônio e memória. Igualmente dignos de registro são o Centro de Documentação (CENDOC) e a biblioteca, que, juntos, reúnem documentos e obras valiosas para os pesquisadores. Nos últimos dois anos mais de 80 pessoas foram assistidas em suas consultas. Esse serviço de atendimento ao público se soma à produção bibliográfica, que se revela na confecção de sínteses biográficas de

ído entre 1927 e 1942 em estilo neogótico, o edifício tombado pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) é um dos cartões-postais religiosos da cidade. Em datas importantes do nosso calendário, a Catedral recebeu os presidentes Juscelino Kubitschek (1959) e Luiz Inácio Lula da Silva (2009), que discursaram à comunidade presbiteriana. O conjunto escultórico das praças, a arquitetura do templo e o Museu atestam o cuidado que a liderança da igreja tem para com

membros e oficiais da IPRJ, sínteses históricas de igrejas e concílios, editoriais de boletim, históricos solicitados pelos departamentos internos, orientação aos pesquisadores e, principalmente, na publicação de livros. Por trás disso existe a mão de um profissional da área: o diácono Nelson de Paula Pereira, diretor do Museu e coordenador do CENDOC. Filho da igreja e historiador com formação acadêmica, Nelson é funcionário da IPRJ e tem se dedicado à organização dos arquivos e do patrimônio histórico-cul-

tural da congregação. De sua autoria ou sob sua coordenação já vieram a lume as seguintes obras: INPAR - 100 anos de bênçãos e trabalho (127 p.); História da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro: 1862-2012 (431 p.); Siegfried, um servo do Senhor (268 p.); Breve Histórico do Presbitério do Rio de Janeiro: 150 anos (56 p.); Encarte para Bíblia Comemorativa do Centenário da Igreja Presbiteriana de Copacabana (16 p.); História da Igreja Presbiteriana de Copacabana: 1913-2013 (no prelo; 113 p.); e História da Igreja Presbiteriana de Santa Cruz-RJ (no prelo). Respaldado pelos membros da Diretoria do Museu, apoiado pelo Conselho da IPRJ, e assessorado sempre que necessário por membros da igreja com experiência no setor de arquivos e museus, o jovem diretor objetiva o contínuo desenvolvimento e a modernização do Museu e do CENDOC. O Museu é aberto diariamente das 9h às 20h, com entrada franca. Vale a pena conhecê-lo, assim como a Catedral e os monumentos ao seu redor. O zelo do conselho local na preservação desse patrimônio está à altura do status que a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro goza de matriarca do presbiterianismo brasileiro. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é historiador e colaborador regular do Brasil Presbiteriano


Brasil Presbiteriano

10

Março de 2016

CAPA

Os 60 anos da IP Penha Localizada na zona leste de São Paulo, a igreja celebrou 60 anos de organização, rendendo graças pela bondade e misericórdia de Deus.

N

o mês de fevereiro a Igreja Presbiteriana da Penha, na zona leste de São Paulo, comemorou 60 anos de história. Depois de oito anos como congregação da Igreja Presbiteriana do Brás, os primeiros irmãos que se reuniam, tiveram a alegria de ver o trabalho consolidado e nascia, então, a IP Penha, como carinhosamente é chamada. Organizada em 19 de fevereiro de 1956, a igreja permanece no mesmo terreno, conquistado com o esforço de irmãos que investiram fielmente na construção do templo. “Olhando para o passado, encontramos uma história de lutas, ataques das trevas, limitações humanas, mas também de grandes realizações. A Igreja nasceu, cresceu e se consolidou”, afirma o Rev. Amauri Oliveira, pastor efetivo igreja. O trabalhou frutificou em onze novas Igrejas que, por sua vez, frutificaram novas igrejas também, contribuindo para a expansão do evangelho na região. Para o Conselho, a celebração dos 60 anos é um privilégio, pois tudo o que se alcançou até hoje, foi graça e misericórdia divi-

na. “Sabemos que centenas ou até milhares de pessoas que aqui passaram foram abençoadas, salvas, inspiradas, treinadas, enviadas, sustentadas e pastoreadas ao longo dos anos. Muito foi investido em missões, evangelização e ação social. Só na eternidade, poderemos mensurar os frutos. Uma igreja bíblica, que trabalha para fazer a vontade de Deus, é uma benção na sociedade e luz no mundo. Esse é o nosso desejo”, declara o presbítero emérito Azor Ferreira. Nos dias 19, 20 e 21 de fevereiro de 2016, o jubileu de diamante foi comemorado com cultos de ação de graças, com convidados e ministérios da igreja. Na sexta-feira (19) o culto normalmente dirigido com adolescentes e jovens, conhecido como “SOS”, foi aberto a toda a igreja e visitantes, com a presença do músico Thiago Grulha que cantou com o Coral Jovem da IP Penha, formado por jovens da própria comunidade. A mensagem foi pregada pelo pastor auxiliar da igreja, rev. Jean Francesco. Nos dias 20 e 21, sábado e domingo, o presidente do Supremo Concílio da Igreja

Representantes do sínodo, de alguns presbitérios e do Instituto Presbiteriano Mackenzie, participaram do culto

Pastores, presbíteros da IPPenha, e líderes convidados


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

11

Coral João Calvino e convidados

Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB

Oração pela igreja e seus ministérios

Coral João Calvino e Coral Jovem IPPenha

Presbiteriana do Brasil, Rev. Roberto Brasileiro, pregou aos presentes, encorajando os crentes a permanecerem firmes, santos e humildes diante do bondoso Deus. Participou “João Calvino”, coral oficial da IP Penha, e também o músico e pastor, Rev. Juliano Sócio. As igrejas que são filhas da IP Penha estiveram representadas por líderes e membros. Também compa-

“Olhando para o presente, vemos desafios gigantescos, maiores que nossas forças e posses, mas seguimos certos de que cada um deles foi posto por Deus para nos desafiar a ir além, a cruzar fronteiras ainda não alcançadas, a alçar voos ainda não imaginados, a realizar obras maiores e mais impactantes do que tudo que já fizemos”, conclui o Rev. Amauri.

receram as lideranças dos sínodos e presbitérios da região. “Com certeza, hoje colhemos bênçãos advindas através destes amados que Deus usou para escrever a nossa história. Celebramos e agradecemos à memória dos que já partiram e estão com Cristo, mas deixaram em nós seus exemplos de fé, devoção e serviço”, compartilha rev. Jean Francesco.

Rev. Roberto Brasileiro, Presb. Anízio Borges, presb. Azor Ferreira, rev. Amauri Oliveira e dr. Maurício Melo de Meneses, presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie


Brasil Presbiteriano

12

Março de 2016

VIDA MISSIONÁRIA

Família Xavier O

s missionários Rev. Antônio e Luzinete, servem em Guiné-Bissau com muita alegria. “Com a graça de Deus temos avançado em todas as áreas: Na tradução da Bíblia, evangelização, treinamento de lideres e projetos sociais. Os alvos estão sendo alcançados para glória de Deus”, comemora o Rev. Antônio. Atualmente estão trabalhando na tradução do livro de Mateus. “Estamos orando para que este ano possamos realizar a consultoria do restante dos livros de Gênesis e de Atos”. No final do ano eles receberam um casal de missionários, Levi e Bruna. Eles são da Igreja Presbiteriana do Bairro dos Estados (PB) e foram acompanhados do Sr. Geraldo Pereira (engenheiro civil). Trabalharam em diversas áreas, principalmente na evangelização entre o povo Fula, campeonato de futebol, apresentação do filme “Jesus” e escola bíblica semanal nas escolas Soninkê e Fula. Geraldo dedicou a maior parte do tempo fazendo o projeto do novo templo da IP de Pirada e acompanhando o início da construção. No início de janeiro uma equipe de voluntários médicos e dentistas organizados pela Patrícia Mota, em parceria com APMT, estiveram em Guiné-

-Bissau. Eles trabalharam incansavelmente durante quinze dias em atendimentos, evangelização e apresentação do filme “Jesus”. “Para completar a nossa alegria recebemos o Rev. Marcos César e equipe que trabalharam junto a igreja com o pensamento voltado para alcançar o povo Fula. Foi uma benção vê-los cantando em Fula e despertando no povo a alegria e interesse pela Palavra de Deus”, se alegra a missio-

nária Luzinete. Os missionários têm um novo projeto: a construção do novo templo da Igreja Presbiteriana de Pirada. “Queremos convidá-los a pensar no projeto de construção desse novo templo com duas salas de aula. Os recursos que temos em mãos nos permitirão levantar metade das paredes. Ainda falta muito! Contamos com vocês na execução desse projeto”, conclui o Rev. Antônio.

Rev. Antonio com a esposa, missionária Luzinete e o filho do casal, Alexander

Novo templo sendo construído com ofertas aos missionários

Crianças atentas no estudo bíblico

Louvor com as crianças

Rev. Antônio fala aos presentes no culto


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

13

Igreja Perseguida

Cristãos maldivos sofrem com radicalismo islâmico Apesar das dificuldades, o número de cristãos continua crescendo por meio das igrejas subterrâneas

O

ex-presidente das Maldivas, Mohamed Nasheed, foi autorizado a sair da prisão depois de um curto período de reclusão, por uma necessidade de tratamento médico em Londres. Devido às suas críticas ao governo atual, ao longo dos anos, ele foi preso e condenado diversas vezes. Em 1990, Nasheed foi preso por conta de

um artigo político que foi publicado na revista Sangu, em que alegou haver o governo maldivo defraudado as eleições de 1989. As declarações o tornaram um “prisioneiro de consciência” (POC) pela Anistia Internacional. O termo se refere a todas as pessoas presas por causa de etnia, religião, crença ou opiniões políticas.

“Ninguém sabe se Nasheed vai retornar quando o tratamento médico estiver concluído. Ele afirma que deve ficar onde sua luta pela democracia seja mais eficaz. Enquanto isso, o país enfrenta o radicalismo islâmico e os cristãos sofrem com a perseguição religiosa, mas mesmo assim, o número de cristãos continua crescendo por meio das

No BRASIL E NO MUNDO

Cai um gigante No dia 13 fevereiro deste ano, faleceu o juiz Antonin Scalia, um dos nove integrantes da Suprema Corte dos EUA. Scalia foi encontrado morto no Texas, onde estava por ocasião de uma viagem. O juiz de 79 anos serviu quase trinta anos na mais alta corte do país e foi por qualquer medida que se adote um dos ministros mais influentes da história daquele tribunal. Na verdade. A perda de sua influência é monumental. Mesmo antes de sua nomeação para o Supremo Tribunal em 1986, o juiz argumentou que o compromisso norte-americano com o autogoverno democrático exigia que a Constituição fosse honrada como texto da nação revestido de autoridade. Ele acreditava firmemente no direito que tem o povo de estabelecer um governo constitucional que reconhece a autoridade suprema do povo, não uma elite de juízes não eleitos, para estabelecer leis. A visão de mundo de Scalia foi moldada

por sua fé católica romana, e muitas vezes ele escandalizou liberais, tornando claro que acreditava no nascimento e ressurreição corporal virginal de Cristo: “Deus assumiu desde o início que os sábios do mundo veem os cristãos como tolos, e ele não foi decepcionado”. A compreensão de justiça do juiz Scalia e da leitura adequada da Constituição como um texto, é diretamente relevante para leitura adequada da igreja da Escritura. Os mesmos teóricos liberais que se propõem a leitura relativista da Constituição, um texto que evolui, também propõe que a Bíblia seja libertada do seu próprio texto e da intenção dos seus autores. Em última análise, essa abordagem com a Bíblia, comum ao liberalismo teológico, nega a autoridade de Deus como o autor final das Escrituras. Não é por acaso que a teologia liberal e teorias liberais da Constituição surgiram juntos na vida pública americana. Trechos do artigo escrito por R. Albert Mohler Jr. (http://www.albertmohler.com)

igrejas subterrâneas”, comenta um dos analistas de perseguição. Ser cristão nas Maldivas significa enfrentar um intenso controle social, nunca participar de reuniões ou cultos e muito menos se encontrar com os irmãos na fé, a não ser que seja secretamente, em uma das igrejas subterrâneas que existem por lá. Não existem

prédios que caracterizem a “igreja”, da forma como conhecemos, além disso, os novos convertidos sofrem perseguição até mesmo por parte da família. “Junte-se a nós e interceda por essa nação. Que nossos irmãos encontrem em Deus estratégia e segurança para seguir em frente”, conclui o analista. Fonte: www.portasabertas.org.br


Brasil Presbiteriano

14

Março de 2016

VIDA CRISTÃ

Iraci Ferreira Mendes Trajetoria de vida de uma jovem que nasceu para ser missionária.

N

asceu em 23 de agosto de 1922, na pequena cidade de Divisa, que se situava entre Minas Gerais e Espirito Santo, filha de Levino Ferreira Mendes e Cecília Ferreira Contimor. Aos 13 anos de idade fez sua pública profissão de fé. Alguns anos depois, juntamente com seus pais e mais dez irmãos, se mudaram para a pequena cidade de Jerônimo Monteiro, também no Espírito Santo. Sempre foi muito dedicada a sua Igreja e por algumas vezes teve a oportunidade de dirigir os trabalhos na Congregação de Monte Alegre. Isso gerou naquela menina o desejo de ser missionária. As dificuldades fo-

ram muitas, mas a vontade de Deus prevaleceu. Pouco tempo depois deixou a sua casa, a sua família e foi estudar no Instituto Bíblico Eduardo Lane (IBEL) na cidade de Patrocínio, Minas Gerais. Formada, regressou a sua cidade, tendo em seguida recebido um convite para ser missionária em Santa Tereza, uma pequena cidade perto de Vitória. Os pais se opunham, pois viviam em época em que as meninas só saíam de casa depois do casamento. Convenceu os pais de seus objetivos de ser apenas uma missionária, não sendo prioridade em sua vida naquele momento um namorado.

Passou ainda por Itaguaçu e Afonso Cláudio no Espírito Santo, depois Campos dos Goitacazes e Jaguarembé, no Rio de Janeiro. Nessa cidade conheceu Paulo Brito. Namoro, noivado e finalmente em 1951 se casaram, com a aprovação dos pais evidentemente. Permaneceram em Jaguarembé onde por trinta anos serviram ao Senhor na Igreja local, tendo, com recursos próprios, reformado o templo e construído a casa pastoral, além do templo da Congregação de Conceição. Em 1980 se transferiram para Nova Friburgo onde participaram da reorganização da Igreja de Conselhei-

ro Paulino. Seu tempo era dividido entre a nova Igreja e a antiga. O carinho que nutriam pela Igreja de Jaguarembé era tão especial que sentindo a necessidade de um templo em Ipituna, pertencente a São Sebastião do Alto, adquiriram um terreno, construíram um templo e uma casa pastoral. Além de participar dedicadamente das atividades da Igreja, participava dos trabalhos da farmácia juntamente com seu marido Paulo. Atendia a todos que ali buscavam tratamento, medicamentos, quase sempre doados para todos aqueles que necessitavam. Atualmente, Dona Iraci ainda reside em Nova Fri-

burgo, sendo membro da Igreja Presbiteriana Central de Nova Friburgo. Ela se alegra pela família abençoada que o Senhor lhe deu, a quem soube passar a mensagem de fé que sempre ensinou: os filhos, Stella Maris, Áttila e Cláudio, o genro Renê Moreira, as noras Débora e Márcia, além dos netos, Renê, Diego, Paula, Rebeca, Cynthia, Paulo Renan e Gustavo, e finalmente os bisnetos, Davi, Sarah e Mateus. A menina, a missionária, aos 93 anos, permanece firme nas promessas do Senhor Jesus, tendo sempre vivido na presença e a serviço do Senhor a quem rendemos toda Glória.

FALECIMENTO Marta Policarpo

F

aleceu no dia 21 de fevereiro de 2016, aos 75 anos, Odilair Ferreira (Dona Dêla), esposa do Presbítero Azor Ferreira, missionário divulgador da APMT/IPB – Agência Presbiteriana de Missões Transculturais da Igreja Presbiteriana do Brasil. Durante os 59 anos de casados, Dona Dêla foi a maior incentivadora e companheira do presb.

Azor, na tarefa de cuidar dos missionários da IPB, recebendo em sua casa muitos missionários, pastores e obreiros, que ali encontravam refúgio, conforto e alimento. Deixou os filhos: Joel Ferreira Sobrinho, Gutemberg Ezequiel Ferreira, Eliseu Ezequiel Ferreira, Silmara Ferreira Accurso e Azor Ferreira Júnior. Os netos: Eduardo, Priscila, Rebeca, Lucas, Mariane, Melissa, Milena e Bárbara. Os bis-

netos: Pedrinho e Davizinho. Além deles, deixa noras, genro, irmãos,

amigos e inúmeros filhos por adoção, que sempre obtinham dela palavras

de consolo, de sabedoria e exortação. Era membro da Igreja Presbiteriana da Penha desde 1959, sempre atuante no ministério de missões com o esposo. Cumpriu sua missão com honra e mérito. Voltou para a Pátria. Deixa saudades, mas também a certeza de que a separação é momentânea e o reencontro é certo. Marta Policarpo é membro da Fellowship Community Church (SP) e prima do presb. Azor Ferreira.


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

15

FALECIMENTO Mauro Sérgio Aiello

N

ascido em 25 de novembro de 1934, Nilson Salles ouviu o chamado do seu redentor às 14h30 do dia 06.09.2015 Dizem que quando um cristão parte o céu fica mais bonito, mais rico, mais alegre. Não acredito que um lugar como o céu possa viver a dimensão do “mais”. Lá é céu e, portanto, é plenitude, é lugar de bonança infinda, de completa paz e de alegria incomparável. Se por um lado, o céu não pode ficar “mais” a terra certamente fica “menos” quando alguém do calibre de cristão como o Rev. Nilson Salles, parte. Se ao céu

não fica mais rico, a terra fica mais pobre, com toda certeza. A mim só me resta agradecer a Deus pela preciosa vida do Rev. Nilson Salles. Durante os nove anos que eu o tive ao meu lado à frente do pastorado da Igreja procurei tratá-lo com a dignidade que um irmão merece receber. Procurei tratá-lo com a honra que um pastor de ministério consagrado, como ele, mereceu receber nessa terra dos homens. Ele, por sua vez, foi sempre ético. Jamais deu passo sem me consultar. Não tenho o que lamentar ao vê-lo partir. Ele partiu como meu amigo, meu irmão e meu pastor

mais velho que sempre me ouviu e que me aconselhou não poucas vezes. Temos o infeliz hábito de dar valor às pessoas quando elas partem, mas esse não é o meu caso com respeito ao Rev. Nilson Salles. Sempre tivemos uma amizade sincera e sem fingimento, um relacionamento respeitoso e cristão com ele e quando o vi partir meu coração se entristeceu profundamente, mas eu valorizei nossa amizade e agora só me resta recordar nossas doces aventuras de companheiros e ministros de Deus. A Deus toda glória e nossa gratidão pela vida e existência desse honrado servo, pois por sua vida se

tornou fonte de inspiração a todos nós. À irmã Divina Monteiro Salles e suas filhas, Ana Eugênia, Sandra, Priscila, seus genros, Leonel, Már-

cio, Rev. Eli, e ainda a todos seus netos que fique consignado nosso respeito, gratidão e apreço. O Rev. Mauro Sérgio Aiello é pastor da IP de Mogi-Guaçu.

PROJETO SARA

O cristão e a crise “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” Jeremias 29.11

D

eus chama Jeremias para escrever uma carta ao povo que estava no cativeiro da Babilônia, exilados e iludidos por pessoas que profetizavam falsamente, desanimando-os em seus planos e sonhos. Jeremias escreve ao povo: “Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos os exilados que eu deportei de Jerusalém para a Babilônia: Edificai casas e habitai

nelas; plantai pomares e comei o seu fruto. Tomai esposas e gerai filhos e filhas, tomai esposas para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; multiplicai-vos aí e não vos diminuais. Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.4-7). O cristão vivencia a crise na perspectiva de Deus,

na esperança do cuidado e sustento do Pai celeste e no amor fraternal. O cristão não perde o foco em viver para a glória de Deus e tem a verdadeira alegria e paz em Cristo, Salvador e Senhor de sua vida. Deus não abandona seu povo, onde quer que esteja. Deus está com seu povo em todo lugar, em toda circunstância e com todo amor e bondade. Deus levou o seu povo ao cati-

veiro por causa do pecado deles, não para destruir, mas para corrigir e restaurar. Vivemos momentos muito difíceis. Entretanto, nosso Deus é quem sabe o que pensa de nós. Ele quer que continuemos firmes na luta, incansáveis em servi-lo, com toda sabedoria e graça. E mais, não deixemos de entregar fielmente nossos dízimos, sustentar nossos missionários, inves-

tir em nossos ministérios na igreja e incentivar nossos jovens a continuar crescendo na expectativa de um Deus maravilhoso, que nos fortalece a cada dia. Oremos pelo nosso país. Oremos pela nossa amada Igreja Presbiteriana do Brasil, para que ela continue sendo sal da terra, luz do mundo e o bom perfume de Cristo, atraindo a cada dia pessoas para Jesus.


Brasil Presbiteriano

16

Março de 2016

FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Secretários da CNHP em visita Eliézer Gomes

N

o dia 3 de fevereiro os secretários de Ação Social, Missões e Educação Religiosa da Confederação Nacional de Homens Presbiterianos (CNHP), presbíteros Luiz Augusto Gonzaga, Paulo Ivo Nunes Santos e o diácono Eliezer Pedrosa Gomes, visitaram o secretário Nacional do Trabalho Masculino da Igreja Presbiteriana do Brasil, presbítero Haroldo Peyneau, que estava internado no Hospital A. C. Camargo, no bairro da Liberdade, São

Paulo. O presbítero Haroldo foi submetido a intervenção cirúrgica. “Para nossa alegria encontramos o amado irmão com um estado de saúde e recuperação excelente; muito animado e confiante na sua recuperação”, conta diácono Eliezer. Presbítero Haroldo demonstrou profunda confiança em sua recuperação, e aproveitou a oportunidade para transmitir o seu mais veemente agradecimento a todos os irmãos e irmãs, que em todo o Brasil formaram uma grande

Presb. Luiz Augusto, Presb. Paulo Ivo, diác. Eliezer, e presb. Haroldo ao centro

Educação Religiosa da CNHP, a visita foi inspiradora, pois encontraram o irmão em franca recuperação, e aproveitaram o momento para conversar alegremente, agradecendo a Deus em oração. Uma breve reflexão bíblica, no livro de Jó, foi compartilhada pelo presbítero Luiz Gonzaga, que além de Secretário da CNHP é presidente do presbitério Sul Paulistano.

corrente de oração em seu favor; “estou me sentindo muito bem e certo de que o nosso Deus está no con-

Diácono Eliézer Gomes é Secretário de Educação Religiosa da CNHP e responsável pelo espaço de divulgação da Secretaria Presbiterial de Apoio à Juntas Diaconais do Presbitério Sul da Paraíba (www.blogdiaconos.com)

MEMÓRIA PRESBITERIANA

A Igreja Presbiteriana em seus primeiros tempos ensinando e evangelizando em nosso país (Imprensa Evangélica – ano 1865 / nº27). Um simples perdão implica que a lei não está executada. Porém a graça de Deus não se limita a offerecer um tal perdão. Consegue executar a lei, e ao mesmo tempo justificar o crente. Este é tratado como se nunca tivesse pecado, em razão de lhe ser imputada a justiça de Jesus Christo: Attribue-se a elle tudo que é feito por seu representante, de sorte que goza de plena justificação.

trole da situação”, testemunhou o presbítero. Para os secretários de Ação Social, Missões e


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

17

SOCIEDADE

O Homeschooling vai chegar ao Brasil? Solano Portela

H

á um segmento da educação nos Estados Unidos que vem crescendo exponencialmente e já afeta significativamente o modus operandi de instituições de ensino tradicionais e a visão do campo educacional como um todo. Tratase do Homeschooling, ou a educação escolar ministrada nos lares, onde as crianças recebem no aconchego de suas casas o preparo acadêmico, fora da estrutura formal supervisionada pelo estado. À primeira vista pode-se pensar que

essa tendência teria apenas repercussão na educação básica (do maternal ao 3º ano do Ensino Médio), no entanto, os reflexos no Ensino Superior já não podem mais ser ignorados. Não podemos apenas adotar uma visão simplista e dizer que no Brasil o homeschooling é proibido e, portanto, não é assunto a ser discutido, pois não há perspectiva de impacto em nosso sistema educacional. O Brasil já contabiliza alguns poucos casos que têm resultado em processos e contestações judiciais. Será que, com a globali-

zação os casos de homeschooling não poderão se multiplicar no Brasil? Existirão outras decisões judiciais, ou novas leis, que venham legitimar e encorajar a prática? Em uma era de ênfase à Educação a Distância, como barrar iniciativas de “estudo independente” que apresente melhores desempenhos e avaliações do que a educação clássica tradicional? Obviamente ninguém tem respostas precisas a essas indagações, mas ignorar essa microtendência educacional não nos parece o melhor caminho. (Leia o

texto na íntegra em www. tempora-mores.blogspot. com.br/

Solano Portela é Presbítero na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro (SP) escritor, e conferencista.

EDIFICAÇÃO

A palavra de Deus é verdade “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a Verdade” ( João 17.17) Frans Leonard Schalkwijk

D

ois soberanos se encontraram naquela sexta-feira maior: Pilatos e o Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis. O representante dos homens, com seu poder emprestado, admitiu que não sabia a resposta à pergunta mais importante da vida: “Que é verdade?” (Jo 18.38). Uma frase típi-

ca de uma filosofia relativista (antiga ou nova) não percebendo que “qualquer sistema de pensamento que nega verdade, nega-se a si mesmo”. Em sua frente estava o Cristo, o enviado de Deus, que há pouco tinha dito que a única verdade era a Palavra do seu Pai (Jo 17.17). Essa Palavra não é apenas correta, sempre cumprindo

o que promete, como também ela salva e santifica, porque o autor da Escritura é o Espírito Santo (2Tm 3.16). Sua obra é santificação. É interessante que o Espírito usa a própria Palavra. Poderíamos dizer que Ele é o mecânico divino, que constrói sua própria oficina e prepara os instrumentos que usará. Para nos salvar e santificar, Ele usa esse instrumento de várias maneiras. Usa-a como semente nos nossos corações para nos vivificar,

como espelho, martelo e fogo para nos purificar. Usa a Palavra como leite, pão e mel para nos alimentar e como ouro, luz e espada para ajudar na nossa peregrinação. Por isso guardemos a Palavra, não no armário, mas no coração. É ali que ela funciona como freio quando nos desviamos do caminho certo para o pecado. Por isso, eu guardo no coração as Tuas Palavras para não pecar contra Ti, pois quero fazer a vontade do SENHOR (Sl 119.11; 40.8)!

Venha Senhor Jesus, e encha esta terra e também meu coração com a Tua Palavra. Amém. Extraído de Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.


Brasil Presbiteriano

18

Março de 2016

MISSÕES

Projeto Missão Caiuá 2015 Liderado pelo Sínodo Sudoeste Paulista, projeto realizou a 11a edição com grandes benção em Dourados Clodoaldo Furlan

D

e 9 a 12 de outubro de 2015, o Sínodo Sudoeste Paulista realizou a 11ª Viagem Missionária para a Missão Evangélica Caiuá (MEC). Cada viagem missionária tem um preparativos de aproximadamente doze meses. Assim que um projeto é concluído, as providências são tomadas para a realização do próximo. Essa ação missionária do Sínodo é possível graças às parcerias com o Mackenzie Voluntário, com coordenação do rev. Jôer Corrêa Batista como atual executivo, e dos presbitérios de Botucatu, Itapeva, Itapetininga, Médio Paranapanema e Tatuí, e do presbitério Norte Novo Paraná. Esses seis presbitérios estiveram presentes nesse ano com seis ônibus, que juntamente com voluntários de Dourados representaram um total de 350 participantes cadastrados no Projeto Missão Caiuá 2015. O Seminário Presbiteriano do Sul (SPS), também é um parceiro, com a participação de seminaristas e esposas. O Capelão Paulo César Tomaz, participou do Projeto, acompanhando doze seminaristas em

um grupo de vinte pessoas. A visão e o esforço do trabalho da Capelania e da Direção do SPS tem sido no sentido de propiciar aos seminaristas uma experiência transcultural em campo missionário. O CAS – Conselho de Ação Social da IPB tem dado apoio com a participação do seu presidente, Presb. Clineu Francisco, que não tem medido esforços para que o projeto continue a exercer o seu papel de bênção nos esforços missionários da MEC. A Confederação Sinodal da SAF trabalha durante doze meses com as SAFs locais e com as federações, arrecadando itens de maior necessidade para a missão. Reuniões de atividades e planejamentos têm norteado os itens mais importantes a serem arrecadados. Tudo passa por uma triagem e é doado para Missão, servindo no trabalho junto às comunidades indígenas. Conforme as possibilidades, considerando as chuvas, foram realizadas ações como: corte de cabelo, medição da pressão arterial, cântico de corinhos, pintura de rosto, brincadeiras, gincanas, orientações de higiene dental, salão de beleza, esportes e muito mais. Brinquedos

foram entregues por ocasião do dia da criança. Cultos e trabalhos nas tribos indígenas e na MEC foram instrumentos de bênçãos. A direção do Rev. Beijamim e Dna. Margarida, sempre atenciosos com as necessidades do Projeto, foram e tem sido um grande diferencial. Destaca-se também o trabalho de reforma e construção que o Sínodo Sudoeste Paulista tem realizado. As ofertas missionárias levantadas de 2014 e 2015 permitiram um esforço, que em conjunto com a Assembleia da Missão Caiuá, possibilitou uma grande reforma da residência do Rev. Beijamim, que não passava por reformas há

mais de 30 anos. No dia do Mackenzie Voluntário, mesmo debaixo de chuva foi substituído o telhado da garagem da residência pelos voluntários, que foram incansáveis nos seus trabalhos. O Hospital “Porta da Esperança”, que pertence à MEC, recebeu uma doação muito esperada. Há mais de um ano a função de esterilização dos instrumentos hospitalares estava sendo feito graças ao benfazejo auxílio do Hospital Evangélico de Dourados, que fazia esse processo hospitalar para a Missão. O Projeto recebeu da Igreja Presbiteriana de Itapeva a oferta de dois autoclaves, que adquiriu os equipamentos e efetuou a doação tão ne-

cessária, e agora é possível realizar o procedimento no próprio hospital. Também foram reformados o templo e a casa pastoral da tribo de Sururi’y, distante 95 quilômetros de Dourados, situada no Município de Maracaju (MS). Ações do Mackenzie Voluntário também foram realizadas nessa tribo. No mês de maio desse ano a liderança do Projeto Missão Caiuá 2016 fará uma reunião de planejamento. O Projeto Missão Caiuá 2016 está marcado para 11 a 15 de novembro de 2016. Presb. Clodoaldo Furlan, presidente do CECEP e membro do Conselho Editorial do BP, é coordenador do Projeto Missão Caiuá 2015 e presidente do Sínodo Sudoeste Paulista.


Brasil Presbiteriano

Março de 2016

19

IGREJA EM AÇÃO

Uma marca de evangelização Igreja no Rio de Janeiro desenvolve trabalhos voltados para o envolvimento, discipulado e a evangelização, dentro e fora do país

A

Igreja Presbiteriana das Américas desenvolve projetos voltados para a missão e a evangelização na Grande Barra (RJ), no Brasil e no Mundo. Para a realização dos projetos, a evangelização é feita através dos relacionamentos, que é o centro da ação multiplicadora da IP das Américas. Cada pessoa recebe o encorajamento e algumas ferramentas para compartilhar com seus amigos e familiares a respeito de Jesus e da Igreja, nessa ordem. O ideal é que ninguém convide um amigo para ir à igreja sem antes lhe falar de Jesus. De acordo com a liderança, a pré-evangelização tem uma função importantíssima nas redes de relacionamentos. A evangelização através dos relacionamentos é uma das explicações para o grande número de “convidados especiais” (não cristãos) nos

cultos. A criação de postais da igreja e a orientação de seu uso tem também colaborado. “Pela graça de Deus, os participantes convidam outros para estarem nos cultos, e esses são seus amigos mais chegados e familiares. A credibilidade e o vínculo de amor que eles têm resultam numa mais fácil familiarização dos convidados com a comunidade.” Outra ferramenta importante tem sido os CDs das mensagens pregadas na igreja, que são gratuitamente disponibilizados após cada culto, para que possam ser distribuídos para amigos e familiares. Eventos temáticos e estratégicos são boas oportunidades para convivência e transmissão do maravilhoso evangelho de Jesus. A ação social missionária no Rio de Janeiro vem sendo realizada através do Projeto Conexões, um dia

de visão e ação, plantação de Bibliotecas Comunitárias em regiões carentes da cidade e parcerias com Instituições Sociais sérias, transparentes e cristãs, entre elas: Associação Presbiteriana Cuidando do Amanhã, Projeto Montreal, Abrigo Presbiteriano, Lar Samaritano e Instituto Presbiteriano Álvaro Reis. No Brasil, a igreja é parceira do Projeto Rumo ao Sertão, liderado pelo Rev. Marcos Severo, participando de viagens missionárias e cooperando na aquisição de veículos para transportar os obreiros. Além disso, participam do Projeto Amanajé Saúde, na região amazônica, sob liderança do Rev. Ronaldo Lidório. “Somos fiéis colaboradores financeiros da Igreja Presbiteriana do Brasil e, através dela, apoiamos a obra da Junta de Missões Nacionais, Plano

Missionário Cooperativo, Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação, entre outros”, explica o Rev. Haveraldo Vargas Júnior, pastor efetivo da IP das Américas. Fora do país, em 2008, a igreja se tornou parceira da MPC – Mocidade para Cristo – apoiando o projeto “Conexões em Angola”. Desde então, a igreja se fez presente na Angola, com equipes de pregadores, médicos, dentistas, artistas e professores de futebol. Dentro de missões e evangelização, o principal objetivo da Igreja Presbiteriana das Américas é contribuir, também, com vários países, através da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT). Para os líderes, a APMT tem sido um braço valoroso da IPB para alcançar vidas em muitos países, alguns, inclusive, onde o cristianismo ainda é

perseguido. ”Nosso objetivo é levar a mensagem da salvação em nosso bairro, e somar forças com a Igreja Presbiteriana do Brasil, apoiando e investindo em missões”, conclui o Rev. Haveraldo Jr. Atualmente a IP das Américas está envolvida com doze projetos sociais de evangelização: Abrigo Presbiteriano, APMT, Associação Presbiteriana Cuidando do Amanhã, Bibliotecas Comunitárias, Bibliotecas Missionárias, Instituto Presbiteriano Álvaro Reis, Lar Samaritano, Junta de Missões Nacionais, Plano Missionário Cooperativo, Presbitério do Rio, Projeto Conexões e Projeto Montreal. Para saber mais sobre como cooperar com essas iniciativas, acesse o site www.ipamericas.org.br ou escreva para atendimento@ ipamericas.org.br.

Novo Pavilhão da Missão Caiuá Rio Janeiro

O

Instituto Bíblico Rev. Felipe Landes da Missão Caiuá ganhou um novo pavilhão com alojamentos, salão de depósitos e garagem, construído com as ofertas do trabalho do Rio de Janeiro, que completa 34 anos de existência em 2016. Participam representantes nomeados pelas Igrejas Presbiterianas no Estado

do Rio de Janeiro. O trabalho foi fundado pela saudosa missionária Jeanne Francine Villon. O novo pavilhão vem atender às necessidades do Instituto Bíblico que precisava de um novo espaço para receber as caravanas que visitam a Missão Caiuá e um local para guardar as doações enviadas.

A Igreja Presbiteriana de Arapongas no Paraná doou o forro do novo pavilhão. Louvamos a Deus pelo trabalho do Rio de Janeiro que durante esses 34 anos vem colaborando com a Missão Caiuá em prol da redenção dos povos indígenas. Diác. Jorge Luiz Villon – Secretário Geral


Brasil Presbiteriano

20

Boa Leitura Mulheres discípulas (Boyd Luter e Kathy McReynolds)

Quando pensamos em discípulos do Novo Testamento, não é comum que mulheres venham à nossa mente. Erro nosso. As mulheres estavam entre os primeiros discípulos de Cristo. Elas não ficaram no “banco de trás” no desenvolvimento da igreja e não se comportaram segundo a cultura de seu tempo esperava. Boyd Luter e Kathy McReynolds usam exemplos de mulheres durante o ministério de Cristo, e da igreja primitiva, para desenvolver um padrão de discipulado para as mulheres de hoje. Essas primeiras mulheres discípulas eram fortes e corajosas “modelos para as mulheres cristã contemporâneas (e também para os homens). Doze homens comuns (John MacArthur, Jr.) Nenhum deles foi um erudito ou teólogo. Até mesmo Jesus comentou que eram lentos para aprender (Lc 24.25). Gente comum. No

Março de 2016

Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

entanto, esses homens simples deram continuidade a um ministério que nos abençoa até os dias de hoje. Em sua graça, Deus os capacitou e usou na propagação do evangelho e eles viraram o mundo de cabeça para baixo (At 17.6). Doze homens comuns - pessoas como você e eu - tornaram-se instrumentos para que a mensagem de Cristo fosse levada até os confins da terra. A lei da perfeita liberdade (Michael S. Horton) Em uma era imoral e infiel como a nossa, a ignorância quanto aos Mandamentos é uma fraqueza espiritual tão grande quanto se possa imaginar. Os princípios positivos implícitos na sua forma negativa, quando localizados no contexto da realidade cristã do reino de Cristo e na vida no Espírito, sustentam o código de família para os filhos redimidos de Deus, em todos os lugares. A unidade da ética bíblica, começando com o Decálogo, precisa ser redescoberta hoje.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

Uma mente brilhante (2001)

A menina que roubava livros (2013)

Mr. Holland – Adorável Professor (1995)

John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que formulou, aos 21 anos, um complexo teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante John Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico. Após muitas dificuldases, e muitos anos de luta para se recuperar, John consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel. Uma história verdadeira em que se mostra a luta contra algo que pensamos que inicialmente irá nos vencer. Um exemplo de que, com esforço, é possível vencer obstáculos e alcançar grandes conquistas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem garota chamada Liesel Meminger (Sophie Nélisse) vive fortes perdas em vários aspectos da vida, e sobrevive fora de Munique através dos livros que rouba. Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey Rush), ela aprende a ler, se envolve profundamente com cada história, e com muito entusiasmo, passa a partilhar livros com seus amigos. Entre esses amigos, está um jovem judeu (Ben Schnetzer) que, forçado pela guerra, vive na clandestinidade na casa da pobre família de Liesel. A vida segue para a pequena garota, e enquanto não está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe (Emily Watson) e brinca com o amigo Rudy (Nico Liersch).

Em 1964, um músico (Richard Dreyfuss) decide começar a lecionar, para ter mais dinheiro e assim se dedicar a compôr uma sinfonia. Inicialmente ele sente grande dificuldade em fazer com que seus alunos se interessem pela música e as coisas se complicam ainda mais quando sua mulher (Glenne Headly) dá luz a um filho, que o casal vem a descobrir mais tarde que é surdo. Para poder financiar os estudos especiais e o tratamento do filho, ele se envolve cada vez mais com a escola e seus alunos, deixando de lado seu sonho de tornar-se um grande compositor. Passados trinta anos lecionando no mesmo colégio, uma grande decepção o aguarda. O excelente filme mostra princípios de como mudar quando preciso.

Curta nossa página no facebook e receba notícias do que está sendo realizado pela IPB.

www.facebook.com/jornal.brasilpresbiteriano


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.