Cidade Permeável _AI1 2020.1 R

Cidade Permeável

Gabriella Figueiredo Pelizari João Pedro da Silva Pinto

FAU/UFRJ - Atelier Integrado 2020/1-R Atelier E Professores Alexandre Pessoa Alziro Neto Flavia Oliveira Jorge Fluery Maini Perpétuo

Cidade Permeável

A cidade A cidade é um organismo vivo em constante evolução. Isto representa o Centro do Rio de Janeiro objetivamente. Um local democrático, plural e formado pelas pessoas que usam o espaço.

Partindo dessa premissa, observa-se algumas contradições.

Um lugar que visa a evolução e o crescimento da cidade parece camuflar a si mesmo, uma vez que as pessoas que o formam são invisíveis. Isso se dá por conta da escala da arquitetura que compõe o bairro, extremamente destoante à humana, e com poucos locais que amparem - de uma forma mais confortável essa grande massa que o percorre.

O local Para esta intervenção, foi proposto um lugar que exemplificasse bem o problema. Um lote na Avenida Presidente Vargas, de frente para a estação de metrô homônima, que atualmente funciona como um estacionamento, se tornando então um lugar invisibilizado pelos usuários do local. Além do fator de se encontrar neste grande eixo viário, num local de passagem massiva de pedestres, ele se encontra entre dois edifícios monumentais e de frente à uma fachada de escala completamente oposta à da Avenida.

O partido Como Jan Ghel mostra em seu livro “A vida entre edifícios”, pessoas atraem pessoas, isto é, se mostra imprescindível a existência de lugares mediando interações sociais. Partindo dessa premissa, o objetivo do projeto é trazer lazer e conforto em meio ao caos de concreto que o cerca, propondo também uma visão crítica da cidade. Um espaço público que favoreça a interação social e a vivência pessoal no bairro, e simbólico, marcando um espaço antes esquecido na história.

O projeto O projeto inicialmente se estrutura numa malha lógica de acordo com o entorno imediato para o uso de estrutura metálica, simples e permeável. A partir disso se formam diferentes configurações do espaço usando planos horizontais. Num primeiro momento de chegada, acontece um passeio livre integrado à calçada e um pequeno espaço arborizado com bancos conforme o paisagismo e, por fim, espaços voltados ao comércio livre e independente ao redor. Cria-se então o início do percurso proposto para o projeto.

Seguindo os acessos para a primeira plataforma, pelas escadas laterais, então ocorre um espaço crítico de exposição que retrata a história do Centro e sua evolução controversa, que diversas vezes apagou a memória dos habitantes e do que já existia, em prol dos avanços tecnológicos e industriais. Dali, se percebe uma outra visão do espaço, levemente elevada e enxergando o bairro acontecer por outra perspectiva. Após, elevando à última plataforma, é composto um local mais descontraído e aconchegante, com assentos confortáveis e despojados e por fim, um mirante junto das fachadas adjacentes, que propõe uma visada da Avenida completamente diferente da comum ao cidadão passageiro, além de um café atraente aos usuários e usufruindo do espaço.

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Vista do local, extraído do Google Earth em Março/2021 Visão da Presidente Vargas e seu entorno, no trecho onde se situa a intervenção proposta. Percebe-se a escala vertical dos edifícios que margeam a avenida, contrastando com a área horizontal proposta para o projeto.

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O projeto visa a criação de planos a serem percorridos com ambiências distintas e que mostram um pouco do que se trata essa intervenção e do que se trata esse local em que ela está inserida. Um espaço de diversidade e de encontros.

Sua composição se dá por por uma estrutura metálica que se repete nos pavimentos, menos na plataforma do mirante, que se sustenta através de vigas treliçadas metálicas, além dos pilares. O centro é livre e conforma uma praça no térreo que se liga com a calçada através da materialidade do piso e que liga e marca os acessos para o primeiro pavimento. Neste e no segundo pavimento, o piso é de ripas de madeira apoiado na estrutura metálica. No primeiro, as pessoas experienciam uma exposição sobre a história do centro do rio, e no segundo, um espaço de estar e convivência que mostram uma outra visada da cidade.

Diagrama Axonométrico O diagrama permite entender cada plano separadamente da estrutura e do térreo, além de demonstrar as materialidades de cada situação.

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Planta do Pavimento Térreo

Planta do Primeiro Pavimento

Planta do Segundo Pavimento

Planta de Cobertura

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1. Corte Transversal

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2. Corte Longitudinal

Perspectiva Isométrica do Projeto

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Vista 1 Visada da Avenida para o projeto

Vista 2 Vista da calçada para o ambiente ao térreo

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Vista 3 Vista da praça interna no térreo

Vista 4 Vista do 1o pavimento da exposição

Vista 5 Vista do 2o pavimento do café

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Vista 6 Vista do espaço de descanso Vista 7 Vista do Mirante para a Avenida

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