oscarina
José de Paiva Rebouças Sentada na salinha pequena, Oscarina vê a missa na televisão, algo nunca imaginado antes quando o rádio era a única tecnologia para seus ouvidos. Interage, toca na tela e sussurra como no tempo em que conversava consigo mesma. Estendia ao rádio as respostas para ela mesma no hiato da solidão tardia. No meio do mato na serra azul, vivera seus últimos momentos de lucidez razoável. Seu juízo fora atingido pela manivela da cacimba que ainda antes da meia idade a botara no chão. Dizem que desde esse tempo, ela esqueceu-se do óbvio e se prendeu nas lembranças de algum passado. Passou a percorrer a lista interCRUVIANA
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