Regional edicao 257 by Jornal Regional de Contagem

Ano XVII - Nº 257 - 26 a 30 de Junho de 2014 - Contagem e Região Metropolitana - Tel.: (31) 3042-0034 / 3041-5473 - www.jornalregionalcontagem.com.br / https://issuu.com/jornalregionaldecontagem.com.br/docs - email: gruporegionalcontagem@gmail.com EXEMPLAR CORTESIA - VENDA PROIBIDA

ESCOLAS MUNICIPAIS SE PREPARAM PARA A REPOSIÇÃO DAS AULAS Maioria das unidades escolares deve concluir reposição até 22 de dezembro RICARDO LIMA

s escolas municipais que aderiram à greve têm até a próxima sexta-feira (27/6) para apresentar proposta de reposição dos dias parados à Secretaria de Educação (Seduc). O prazo foi anunciado pelo secretário José Ramoniele Raimundo dos Santos (professor Ramon) e pelo adjunto da pasta, Ademilson Ferreira, aos diretores, durante reunião no auditório da Escola Municipal Heitor Vila-Lobos, na terça-feira (24/6). As escolas que registraram reduções de carga horária diária e paralisações em dias pontuais, também deverão apresentar calendário de reposição até a próxima sextafeira (27/6). A reposição será monitorada pela prefeitura, por meio da Seduc, a Corregedoria do município, o Ministério Público e a ProcuradoriaGeral do Estado. Juntos, os órgãos vão atuar para assegurar aos alu-

nos da rede a qualidade e a garantia dos 200 dias letivos e 800 horas, determinados pela Lei de Diretrizes e Bases. Na organização apresentada pela Seduc, os meses de junho e julho e o recesso previsto anteriormente para a segunda semana de outubro serão utilizados para a reposição. A secretaria estima que a maioria das 109 escolas da rede deve concluir a reposição até o dia 22 de dezembro. Já as demais unidades escolares devem encerrar o ano letivo na 1ª quinzena de Janeiro de 2015. Durante a apresentação dos parâmetros de recomposição do calendário escolar/2014 aos diretores, o secretário municipal de Educação esclareceu que é preciso retomar o calendário e não suspendêlo. "Já tínhamos um ano letivo em andamento, por isso essa reposição tem que ocorrer com a maior trans-

parência possível, sendo que cada dia reposto terá que ser muito bem explicado aos pais. Esse dia corresponde aquele tal dia parado, essas horas correspondem àquelas reduzidas de tal dia letivo, e assim por diante", exemplificou Ramon, enfatizando que a oferta da educação de qualidade é um dos principais compromissos da atual gestão.

ENSINO MÉDIO Cerca de 6 mil estudantes devem concluir o ensino fundamental nas escolas da prefeitura neste ano, informou o secretário-adjunto, Ademilson Ferreira. "Para não prejudicar esses estudantes, a Seduc já iniciou o diálogo com a Fundação de Ensino de Contagem (Funec) e com a Secretaria do Estado de Educação no intuito de assegurar o ingresso deles no ensino médio", destacou.

Música e futebol em destaque Contagem firma parceria na Arena Brasil Contagem para proteção de crianças ELIAS RAMOS

povo contagense se vestiu de verde e amarelo e tomou a escadaria da Igreja Matriz São Gonçalo para torcer pela seleção brasileira. O time de Neymar e cia. honrou as tradições da nossa seleção e goleou os africanos de Camarões, por 4x1, classificando-se para a próxima fase. Um grande público torceu pela seleção de Felipão. Após a grande apresentação do time brasileiro em campo, a banda Tykerê contagiou

os torcedores. A Arena Brasil em Contagem será também o palco principal para o contagense torcer pela Seleção nas oitavas de final, no próximo sábado (28/6), contra o Chile. O Espaço Popular possui toda infraestrutura necessária para receber os torcedores. Quem for à Arena Brasil contará com telão, palco, barraquinhas e segurança promovida pela Polícia Militar e a Guarda Municipal. Além de assistirem ao

jogo, o público poderá curtir também atrações musicais e culturais. A entrada é gratuita. PROGRAMAÇÃO PARA SÁBADO

Dia: 28/6 - Brasil x Chile; Horário: a partir das 11h; Endereço: Espaço Popular - localizado entre as ruas Presidente Kennedy e Doutor Cassiano (escadaria da Igreja Matriz São Gonçalo).

e adolescentes

A Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação, realizou importante parceria com o governo do Estado, na segunda-feira (16/6). A secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Marilene Pimenta, assinou acordo com o governo estadual, em solenidade realizada na Cidade Administrativa, para pactuar estratégias e ações de articulação intermunicipais de proteção social às crianças e adolescentes. O termo prevê um convênio entre 16 cidades da região metropolitana para cadastramento dos menores infratores desses municípios, por meio do Comitê Mineiro de Proteção a Criança e Adolescentes. A partir do Comitê Mineiro, o menor será cadastrado, inclusive identificando a cidade, para facilitar o acompanhamento e recolhimento pelas entidades responsáveis. Entre as ações que ainda serão executadas, está a instalação de um Fórum de Pro-

Secretária de Desenvolvimento Social e Habitação, Marilene Pimenta

teção Integral a Criança e Adolescentes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O fórum será realizado trimestralmente na Cidade Administrativa. Nos encontros, as cidades farão um balanço das ações e debaterão os novos programas de proteção social. "O fórum e o comitê são novos esforços da

prefeitura para ampliar as ações de proteção às crianças e adolescentes na cidade", destaca a secretária Marilene Pimenta. Segundo ela, nos grandes eventos, como a Copa do Mundo, o comitê já atua, facilitando o controle social e o planejamento de ações de proteção das crianças e adolescentes.

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Conparq realiza poda de Prefeitura e Consulado Italiano estreitam parcerias árvores na praça da Cemig Reunião visa integrar os entes e ampliar o intercâmbio cultural e industrial Serviço foi feito para melhorar a operação das câmeras do Olho Vivo e a visualização dos semáforos

A Fundação Municipal de Parques e Áreas Verdes de Contagem (Conparq) realizou, a pedido da Transcon, a poda de várias árvores que dificultavam a visualização das câmeras do Olho Vivo e dos semáforos na praça da Cemig, nas avenidas João César de Oliveira, Francisco Firmo de Matos e na rua Coronel Augusto

Camargos, esquina com rua Manoel de Matos, no bairro Central Park. A Conparq realizou também a poda das árvores da Escola Municipal Ápio Cardoso, em Nova Contagem, e atendeu diversos pedidos pendentes na regional Vargem das Flores e no bairro Cabral, na região da Ressaca.

EVANDRO PARREIRAS

Estreitar o relacionamento entre o consulado italiano em Minas Gerais e a Prefeitura de Contagem, intensificando o intercâmbio industrial e cultural entre a Itália e Contagem. Esse foi o objetivo central da reunião entre o prefeito de Contagem, Carlin Moura, a cônsul italiana

em Belo Horizonte, Aurora Russi, o presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Artesanato de Minas Gerais, Giacomo Regaldo, e gerente de Projetos Especiais da empresa Iveco, José Aliano, na terça-feira (24/6). Na reunião, Aurora Russi, que assumiu o posto

recentemente, apresentou os trabalhos do consulado à Prefeitura de Contagem. Carlin Moura agradeceu a visita da cônsul italiana, ressaltando o caráter industrial do município. "Essa maior integração é fundamental para fomentar o setor industrial da cidade,

uma vez que a indústria italiana é forte no nosso Estado. Aproveito esse momento para convidar a cônsul Aurora Russi para participar do Seminário sobre a Indústria da Defesa, que realizaremos na cidade nos próximos meses". A cônsul Aurora Russi agradeceu a receptividade e reafirmou a importância do estreitamento de relações entre consulado e prefeitura. "Essa interação tem que crescer cada dia mais. É nosso objetivo fomentar a vinda de mais indústrias italianas para o município, bem como aumentar o intercâmbio cultural, social e esportivo". O gerente de Projetos Especiais da Iveco, José Aliano, destacou que as boas relações entre consulado italiano e a Prefeitura de Contagem vão alavancar a indústria na cidade. "Essa parceria é muito válida. A disponibilidade da prefeitura em fomentá-la aumenta o desejo de, no futuro, ampliarmos a empresa e o parque de fornecedores na cidade".

ALEGRIA, ALEGRIA!!! A força que vem das arquibancadas tornou-se o combustível que dá a motivação aos jogadores da seleção canarinho para dar aquele algo a mais ao longo das partidas desta copa. Explico: os jogadores têm talento, força física, jogam em grandes clubes mundo afora e recebem ótimos salários, mas ninguém, eu disse ninguém, é capaz de ignorar o som das vozes, milhares de torcedores brasileiros que vibram e também cantam juntos o nosso hino que, diga-se de passagem, é o mais bonito de todos (sem bairrismo). Vê-se no semblante de todos os atletas, no início da partida, a expressão de “estou indo para a guerra”, demonstrando garra e ao mesmo tempo felicidade. E a torcida corresponde com a dedicação em campo, vibrando e cantando. E como foi a partida contra Camarões? Fantástica! O time capitaneado pelo talento ímpar de Neymar foi para o ataque e, apesar do meio campo não ter atuado bem no 1º tempo, com pouca troca de passes e baixa mobilidade, os gols saíram e foram suficientes para mostrar nossa superioridade. Destaco a eficiência dos passes longos de David Luiz e os dribles desconcertantes do craque da camisa 10. Que inclusive, soube muito bem se portar diante das provocações dos jogadores camaroneses, que em algumas oportunidades agiram com muita violência e falta de fair play. Neymar demonstrou maturidade e vocação para líder e até o momento sua atitude tem sido digna de elogios e exemplo para seus colegas de equipe. Devemos falar também do oportunismo do Fred, pois mesmo com o desempenho abaixo de sua capacidade, mostrou faro de arti-

lheiro e soube guardar nas redes um gol que com certeza servirá de motivação para a continuidade das partidas. Seu gol foi daqueles de atacante, que acabam entrando com bola e tudo, a bola batendo em qualquer parte do corpo. Superação é uma palavra que descreve seu comportamento e o de todos à sua volta. A importância do jogo de ontem, tirando a vitória e o 1° lugar no grupo, é a certeza para Luiz Felipe Scolari de que possui ótimas ferramentas no time, para mexer e mudar o panorama adverso de um jogo. E que não resta dúvidas de que a seleção terá todo o combustível necessário para impulsionar as jogadas rumo ao gol, independente de qual estádio vá jogar. E Belo Horizonte? Os mineiros estão em festa, alegres porque verão a seleção de perto e torcer a favor dos nossos craques. O exemplo será dado e a festa continuará sendo bonita, com direito a hino à capela, como já virou praxe. Nós merecemos, não é? Para finalizar, um recado: exaltem o preparo psicológico feito pelo Felipão: num time de estrelas que valem milhões de dólares, ninguém demonstra estrelismo e vaidade. Isso conta muito, até na hora de dar um passe para o colega. Da forma como está, aumentam as chances de ir muito longe e quem sabe ganhar a Copa em nossas terras. Permanecendo as colocações atuais, o Brasil pegará o vencedor do jogo entre Colômbia e Uruguai . Vamos lá torcedores, sábado, dia 28 de junho de 2014, dar mais um show no gigante da Pampulha. E que venham os chilenos!

LEI COMPLEMENTAR APROVADA Vereador Rodinei desabafa e NA CÂMARA BUSCA EQUILIBRAR pede mais rigor na fiscalização A PREVIDÊNCIA MUNICIPAL das obras da Copasa na cidade LORENA CARAZZA

Rodinei cobra da Copasa retomada de obras paradas na cidade e o fim do mau cheiro da ETE.

O Legislativo de Contagem aprovou em segundo turno e redação final, o Projeto de Lei Complementar (PLC) de autoria do Executivo que altera alíquotas de contribuição previdenciária do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Contagem (Previcon). Com o objetivo de adequar as alíquotas para manter o equilíbrio do sistema, o projeto não representará custos aos servidores do Município, pois altera somente a contribuição patronal. O PLC altera anexos da Lei Complementar 62 de 2009, aumentando a contribuição patronal ao Fundo Financeiro de 11% para 22% (um decreto de junho de 2013 já havia aumentado esta de 11% para 18%), enquanto mantém a contribuição do servidor em 11%. Esse fundo é destinado a pagar o benefício dos servidores que ingressaram no serviço público do Município até 28 de fevereiro de 2009. Em relação ao Fundo Previdenciário - que agrega os servidores detentores de cargos de provimento efetivo admitidos a partir de 1º de março de 2009 -, a contribuição pa-

tronal total é reduzida de 24,14% para 14,65%. Isso ocorre pela extinção do custeio suplementar patronal de 9,49%, estabelecida pela Lei Complementar 141 de 2013, que está sendo extinta por esta nova Lei Complementar. Em mensagem que acompanha a matéria, o prefeito Carlin Moura destaca que essas adequações "buscam o equilíbrio financeiro e atuarial do Regime de Previdência, calcado nos cálculos anuais exigidos por normas federais que, se não cumpridas e efetivadas, impactam na concessão do Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) pelo Ministério da Previdência Social". E esse CRP seria essencial para o município receber recursos da União; para celebrar acordos, contratos e convênios; e para celebração de empréstimos e financiamentos em instituições federais. Aprovado em dois turnos, o projeto de lei complementar volta para o poder Executivo, que deve sancionálo nos próximos dias. A nova lei passa a produzir efeitos a partir do primeiro dia útil do mês seguinte à sua publicação no Diário Oficial de Contagem.

Cultura em Movimento Ciclo de Palestras, Debates e Reflexões sobre cultura

A sessão de terça-feira, 24 de junho, na Câmara Municipal, teve como tema a Copasa. Problemas como o não cumprimento de prazos para a execução de obras de saneamento foi destaque nos pronunciamentos feitos pelos vereadores. Tendo como uma das principais bandeiras de seu mandato a implantação das obras de saneamento básico na cidade, o vereador Rodinei Ferreira (PT), pediu a palavra para desabafar e falar da sua frustração com o andamento das obras executadas pela companhia no município. Durante o pronunciamento, Rodinei lembrou das várias reuniões feitas por ele na Gerência da Copasa em Contagem, quando foram estabelecidos prazos de execução de obras, e que até o momento estão todos vencidos. O parlamentar lembrou, que o mau cheiro da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no bairro Retiro continua, e que nenhuma providência foi tomada pela companhia. Rodinei cobrou a retomada das obras da rede de esgoto no bairro

Estaleiro, na Região de Nova Contagem, que estão paradas e o atraso no prazo de entrega já chega há um ano. Na região da Sede, Rodinei afirmou que o prazo estabelecido pela Gerência da Copasa para a instalação da estação elevatória no bairro Praia não foi cumprido, o que inviabilizou as ligações da rede de esgoto nos bairros Colonial, Santa Luzia, Praia, Chácaras Del Rey, Recanto da Mata, Quintas Coloniais e outros. No fim da sessão, foi criada uma comissão composta de dez vereadores e representantes da comunidade que irão acompanhar e fiscalizar as obras realizadas pela Copasa no município. Símbolo da luta pela implantação da rede de esgoto na região da Sede, o Sr. Geraldo, morador do bairro Chácaras Del Rey, vai participar da Comissão. Com idade avançada, este incansável cidadão não desiste e está presente em todas as sessões da câmara. Sempre segurando nas mãos um cartaz cobrando a realização das obras de saneamento.

* Eduardo Rocha de Matos Borba Administrador, auditor e escritor nas horas vagas

CAIXA É O MAIS NOVO CIDADÃO HONORÁRIO DE CONTAGEM

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O deputado Mário Henrique Caixa (PCdoB) recebeu, no dia 5 de junho, o Título de Cidadão Honorário Contagense, em solenidade realizada na Câmara Municipal de Contagem. A homenagem foi feita ao parlamentar por meio de indicação do vereador e amigo Beto Diniz, do mesmo partido. Segundo o deputado, a honraria do título foi a primeira que ele recebeu em toda a sua trajetória, o que

proporcionou uma alegria foi ainda maior. “Fiquei muito feliz e emocionado com a honraria. Contagem é uma cidade que está no meu coração e que me presenteou com grandes amigos. É motivo de orgulho ser um cidadão desta cidade que sempre me acolheu tão bem. Agradeço ao companheiro Beto Diniz e a todos os que de alguma forma contribuiram para este momento tão especial”, destacou Caixa.

O objetivo do projeto é fomentar as discussões sobre o conceito de cultura, serão tecidas ações que visam discutir a relevância do tema na contemporaneidade e no contexto da cidade de Contagem. As ações do projeto compreendem uma série de videos e palestras com convidados considerados referência acerca dos temas propostos, seguidos da interação com o público por meio de debates, reflexões e encaminhamentos. Os vídeos produzidos com as personalidades participantes, serão disponibilizados no canal Youtube, exclusivo do projeto Cultura em Movimento. O convidado da primeira edição do Projeto Cultura em Movimento é Arnaldo Godoy, que realizará uma palestra sobre Cultura e Participação Popular.

os eventos têm que ser gratuitos; Articulou junto com artistas e agentes culturais a aprovação da lei e a implantação o Conselho Municipal de Cultura, instância essencial para apontar políticas públicas para o setor; Autor da lei que garantiu o FITBH como evento permanente na cidade; Todos os anos, ele apresenta emendas ao orçamento, ampliando os investimentos na cultura; Parceiro de primeira hora dos movimentos Praça da Estação, Duelo de MCs e Quarteirão do Soul; Autor de emenda ao Código de Posturas que facilitou a instalação dos circos na cidade e que reconheceu a natureza artística da atividade circense. A iniciativa foi pioneira nas cidades do país.

Perfil do convidado: Graduado em História pela UFMG; Membro dos conselhos municipais do Patrimônio Histórico e da Educação; Vereador pelo quinto mandato, em Belo Horizonte;

Informações Gerais Lançamento do Projeto Cultura e Movimento; Data: 02 de julho Horário: 19 horas; Tema: Cultura e Participação Popular; Convidado: Arnaldo Godoy; Local: Espaço IdB Move Cultura. Rua Monsenhor Bicalho, Nº 263 – Eldorado – Contagem.Informações: moveculte@gmail.com / 31 89722404. Realização: Move Cultura e Leite de Pedra

Ações na área Cultural: Aprovou a lei que democratiza a utilização das praças da cidade, que não podem mais ser cercadas e

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Ruas do Nacional vão Continua na Assembleia receber pavimentação a luta pela preservação da Serra da Moeda

CURTINDO A VIDA

Era domingo, após um almoço maravilhoso como meu marido e um casal de amigos, decidimos passear no Parque Ecológico da Pampulha. Ao chegarmos no local, percebi que havia muitas famílias reunidas, para curtir aquele domingão do mês de janeiro. Procuramos um banco próximo a uma sobra de uma árvore para conversarmos sobre assuntos diversos, até que escutei uma risada que chamou minha atenção... Era um garotinho de aproximadamente oito anos, ele dava gargalhadas... O seu pai um jovem rapaz, brincava com ele de fazer saltos, estilo capoeira. A sua mãe uma jovem muito animada, brincava de escorregar pelo gramado utilizando um pedaço de pano improvisando um tobogã na grama. Ao observar aquela cena concluí como aquela família era rica. Eles possuíam o maior tesouro: a harmonia, criatividade e cumplicidade. Atualmente com o mundo globalizado, alguns pais preferem dar presentes tecnológicos por diversos motivos, dentre eles a comodidade de estar em casa, juntos e separa-

dos. O pai no computador, a mãe no celular ligadona nas notícias do facebook e a criança no tablete desfrutando de momentos radicais nos jogos eletrônicos. É impressionante como a infância passa rápido, parece que foi ontem quando tinha dez anos e hoje aos meus trinta e sete, percebo como foram importantes os momentos que passei com minha família em parques, pracinhas e demais ambientes ao ar livre. Quando o mês de julho se aproximava minhas brincadeiras preferidas eram soltar papagaio na laje, queimada, carrinho de rolimã e skate. Ainda bem que tive tempo de curtir minha infância! Agora com a da Copa do Mundo, as férias escolares começaram mais cedo, é o momento ideal para juntos curtirem a vida em família! Tire um tempinho para dar amor para seu filho. Para finalizar gostaria de indiande I. Vale Grande car o filme: Gente Gr apena conferir! Flávia Kern Professora e Psicopedagoga Clínica flaviakern@gmail.com

Fiéis participam da missa de Corpus Christi RICARDO LIMA

Comunidades de fiéis, padres e irmãs religiosas pertencentes à Forania de Nossa Senhora do Sagrado Coração, em Contagem, participaram da Santa Missa de Corpus Christi, celebrada na quinta-feira, pelo bispo auxiliar Dom Luiz Gonzaga Fechio no campo de futebol do Sest/Senat, no bairro Inconfidentes. A celebração, mundial, é uma referência à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição da Eucaristia, durante a última Ceia de Jesus Cristo com os apóstolos. O evento foi realizado em várias paróquias de Contagem. No bairro Inconfidentes ocorreu com missa, distribuição de pães, procissão e retor no para a bênção do Santíssimo e bênção dos pães. Em ruas do bairro, a demonstração de fé ficou ressaltada com as bênçãos na frente de residências e pelos tapetes artesanais para a procissão do Santíssimo. Presente à celebração, o prefeito de Contagem, Carlin Moura, leu como primeira leitura o versículo do Livro de Deuteronômio. O deputado

federal, Diego Andrade, leu como segunda leitura a 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios. Em mensagem no momento da pregação, o bispo Luiz Gonzaga Fechio, ressaltou que a igreja de Jesus deve ser uma igreja em saída, indo ao encontro da realização para o próximo e para si, "pois que Jesus entra na pessoa através da eucaristia e que este fiel precisa sair para uma vida de doação, de partilha e de cidadania". No momento da bênção dos pães, Dom Luiz Fechio disse que Jesus é considerado a ave pelicano, que se fere para alimentar seus filhotes que serão os multiplicadores e fermentos do amor em Cristo. Participaram da celebração de Corpus Christi no Sest/Senat, os padres e fiéis das paróquias: Cristo Rei, Cristo Salvador, Nossa Senhora Aparecida, São Miguel, Jesus Ressuscitado, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Sagrado Coração, Santo Agostinho, São José Operário e Curato Divino Espírito Santo.

O prefeito de Contagem, Carlin Moura, assinou, na quarta-feira (25/6), a ordem de serviço para pavimentação asfáltica da avenida Brasileira, no bairro Alvorada, da rua Lúcia Muniz, no bairro Nacional, e da rua Rita Camargos, no bairro Bom Jesus. O evento, realizado na UBS José Murtinho, contou a presença do administrador Regional Nacional, Renato Barros, e os vereadores Silvinha Dudu e Eduardo Sendon. Na oportunidade, Carlin Moura anunciou a inauguração da avenida Nacional, no próximo domingo (29/ 6), uma antiga reivindicação da comunidade. Segundo ele, a prefeitura realiza um conjunto de intervenções na região, que vão garantir melhorias significativas para os moradores. Moura informou que as obras são fruto de uma política econômica e de controle do dinheiro público. “Por ter mos entregado a revitalização da avenida Nacional, rigorosamente em dia, as obras ficaram mais baratas. Sobraram R$ 430 mil do orçamento previsto. Esses recursos serão destinados novamente para a região”, ressaltou. Renato Barros destacou que a região passa por um momento histórico. “Contagem conta com uma administração que tem cuidado com a região do Nacional e que visa a melhoria de vida da comunidade, com a execução de obras voltadas para a mobilidade urbana, atendo aquilo que a população realmente precisa”, explicou.

As intervenções fazem parte da política de mobilidade urbana na região. Entre as ações já realizadas, destacam-se a revitalização das ruas Pascoal da Silva Guimarães, no Nacional, Minas Gerais, no Bom Jesus, e Maria Helena, no Tijuca, além da avenida Nossa Senhora de Fátima, no Nacional. As vias passaram por drenagem e pavimentação, criando novos acessos e propiciando maior mobilidade para motoristas e pedestres. A moradora do bairro Bom Jesus, Janete Veloso, ressaltou a importância das melhorias. “Podemos ter acesso a outros bairros”, frisou.

MAIS AÇÕES As intervenções não pararam por aí. Há mais de dez anos os moradores próximos a Vila Francisco Mariano sofriam com o excesso de lixo jogado no local. Para acabar com o problema, a Prefeitura de Contagem, por meio do Programa Brigada da Limpeza, transformou em Ecoponto uma área na avenida das Caçambas, que antes era utilizada com bota-fora irregular. Agora, os materiais de construção, podas de árvores e demais entulhos são levados para a unidade de recolhimento, melhorando a limpeza da vila e, em consequência, a qualidade de vida dos moradores. Além disso, um Agente Comunitário de Limpeza foi contratado na própria vila para garantir a limpeza do local.

Cemig informa previsão do tempo para inverno em Minas Gerais Com a chegada da estação mais fria do ano, iniciada oficialmente às 7h51 do último dia 21/06, a Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig informa a previsão do tempo para os próximos meses de inverno. Para este ano, de acordo com modelos oceânicos e atmosféricos, a expectativa é de que ocorra o fenômeno El Niño Oscilação Sul, principalmente a partir da segunda quinzena de julho. Essa configuração do Oceano Pacífico contribui para a ocorrência de temperaturas acima da média normal, favorecendo a formação de chuvas em forma de pancadas a partir de agosto, nas regiões Sul de Minas, Zona da Mata e Oeste. No final de junho e início de julho, há ainda a previsão da chegada de massas de ar frio de intensidade moderada, que podem causar declínios de temperaturas, principalmente no Sul de Minas. De modo geral, a expectativa para o inverno é de precipitações em torno da média na maior parte do estado. Entretanto, devido à ocorrência do El Niño, as regiões Sul de Minas, Zona da Mata e Triângulo, podem ter chuvas em quantidade ligeiramente acima da média. Já com relação à temperatura, espera-se um inverno com máximas e mínimas próximas à média na região Central, Norte de Minas,

Triângulo e Leste. Já na Zona da Mata e Sul de Minas, as temperaturas devem ficar ligeiramente abaixo da média.

UMIDADE Com relação à umidade relativa do ar, a expectativa é de registro de valores mais altos do que no ano passado. No Norte de Minas, Oeste, região Central e Triângulo, a umidade relativa do ar pode ficar abaixo de 20% em alguns períodos do inverno, principalmente em agosto e setembro. Já na Zona da Mata, Sul de Minas e Leste, a proximidade do oceano contribui para níveis mais confortáveis de umidade relativa do ar. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), podem haver dias com umidade relativa do ar abaixo de 30%, mas também existe a possibilidade de ocorrência de chuvas esporádicas, mesmo neste período seco, seguidos de dias com temperaturas baixas, próximas dos 11°C. É importante ressaltar que, neste período, existe a maior possibilidade de ocorrência de queimadas, principalmente no final do inverno, devido ao tempo seco. A expectativa de temperaturas mais altas no Norte de Minas, Triângulo e Oeste pode intensificar ainda mais as possibilidades de ocorrência de queimadas.

Continua a movimentação na Assembleia Legislativa para a aprovação de projetos que venham preservar a Serra da Moeda. Esta semana, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, foi apresentado um substitutivo ao PL 3407/2009, de autoria do deputado André Quintão (PT), na tentativa de contemplar vários projetos que, assim como este, tratam da preservação do complexo da Serra da Moeda. Entre os projetos contemplados no substitutivo, está o PL 1630/2011, de autoria do deputado Rogério Correia (PT), que cria o Monumento Natural da Serrinha, em Brumadinho. O substitutivo, apresentado pelo relator Célio Moreira (PSDB), contudo, recebeu críticas por estar aquém das expectativas de movimentos sociais e organizações em defesa do meio ambiente e da Serra da Moeda. Dessa

forma, um grupo de deputados, dentre os quais Rogério Correia, irá apresentar emendas ao substitutivo, de forma a garantir que o PL atenda a demanda de preservação do local. O novo PL então voltará para novo parecer da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Minas Gerais é hoje o estado brasileiro campeão no desmatamento de Mata Atlântica pelo quinto ano consecutivo. A ação das mineradoras em terras mineiras, com o aval do Governo do Estado, coloca a pauta ambiental como questão imprescindível a ser tratada na política em Minas Gerais. Iniciativas como a da ONG Abrace a Serra e de parlamentares comprometidos com a causa ambiental são de fundamental importância para a mudança deste cenário. Acompanhe o site da Assembleia Legislativa para novidades na tramitação do PL da Serra da Moeda.

Cuidadores de idosos recebem certificados Curso faz parte da política de cuidados ao idoso do município ELIAS RAMOS

A Prefeitura de Contagem certificou 57 formandos do curso de Cuidadores Informais de Idosos, em solenidade realizada no dia 18/6, no espaço Integrado prefeito Evaristo Belém. O curso é uma parceria entre as secretarias Municipais de Saúde e de Desenvolvimento Social sendo esta a 9ª certificação. "A peça chave no cuidado com o idoso é a qualificação da atenção", afirmou a referência técnica da coordenação de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria Municipal de Saúde, e médica especialista em geriatria e gerontologia, Denise Alves. Ainda segundo ela, "estudos apontam que com a qualificação dos cuidados há uma significativa queda no número de internações , quedas das pessoas idosas e melhora em sua qualidade de vida". O curso faz parte da política de cuidados ao Idoso do município. A ação intersetorial envolve o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), o Serviço de Atenção a Domiciliar (SAD) e da referência técnica da coordenadoria de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Ele é realizado nos distritos sanitários da cidade e tem a duração de 14 semanas. Compõem o corpo de professores uma equipe multidisciplinar com médicos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, dentre outros. Para receber a certificação, os alunos também fazem estágio de oito horas em instituições de longa permanência para idosos (asilos). O curso desta turma de formandos foi ministrado nos distritos Petrolândia e Nacional. De posse do cer tificado, nova cuidadora de idosos, Marlene de Jesus, agradeceu pela oportunidade. "Durante todo esse tempo de curso, aprendemos muito. Foi um período de troca muito rico. Só posso agradecer à toda

equipe", emocionou-se. Fizeram parte da composição da mesa na solenidade de entrega dos certificados a ouvidora do Sistema Único de Saúde (SUS) de Contagem, Maylda Lima, as coordenadoras do distrito sanitário Petrolândia e Nacional, respectivamente, Grace Kelly e Lizandra Gomes. Ainda na composição da mesa, a diretora de desenvolvimento humano da Superintendência da Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, Ludmila Maria Rezende Diniz e a representante da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, Mobilidade Reduzida e Atenção ao Idoso, Daniela Fabrícia.

Censo de 2010 aponta para envelhecimento da população O secretário municipal de Saúde, Luciano Novaes, destacou a importância estratégica do curso para a população. "O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) apontou que o número de brasileiros acima de 65 anos pode quadruplicar até 2060. Desta forma, o curso contribui para a não internação dos idosos em instituições de longa permanência (asilos), mantendo-os no convívio dos seus familiares, o que reflete diretamente na qualidade de vida dos nossos entes queridos em sua melhor idade". A estimativa citada foi apresentada pelo IBGE numa das projeções populacionais baseada no Censo de 2010. Segundo as pesquisas, a população com essa faixa etária deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. A expectativa da média de vida do brasileiro, ainda segundo as estimativas, tende a aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos.

Quem quer um defunto? POR WANDER PIROLLI

Quem sou EU? EU sou quem?

Decalógo do leitor POR ALBERTO MUSSA

POR LEONARDO DE MAGALHAENS

e segunda a sábado, com sol ou chuva, frio ou calor, Fernandes cumpria um esquema rígido. Levantava-se antes das seis, fazia a barba, punha água para esquentar no fogão a gás, tomava banho de chuveiro, trocava a bermuda pela roupa, fazia o café, tomava um copo de café com leite e pão dormido com manteiga. Saía de fininho sem acordar a mulher, sempre grávida, e os quatro filhos menores, ligava o táxi – um Volks amarelo – deixado na véspera ao lado da casa, debaixo da parreira de maracujá. Fernandes começava o dia pegando o químico Ercílio no bairro São Bento e se mandava para a Cidade Industrial. Conversavam apenas o essencial durante o trajeto. Às vezes nem isso. O passageiro era um homem de poucas palavras, ensimesmado, e pagava as corridas na primeira semana de cada mês. Exigia recibo e nunca deu gorjeta. Naquela manhã de sexta-feira, depois de deixar o químico na fábrica, ele voltou sozinho na direção do Centro, mas com a certeza de apanhar alguém a partir da Gameleira. Perto do viaduto, ainda na Cidade Industrial, um homem de meia-idade e terno cinza fez sinal, e Fernandes parou o Volks. O passageiro sentou-se no banco de trás e pediu que andasse rápido para o pronto-socorro. Estava com o rosto molhado de suor, a mão direita segurava a região do estômago e a esquerda fazia massagens no peito. Fernandes pisou fundo pela Amazonas, pensando: deve ser o coração. De vez em quando olhava pelo retrovisor e via uma careta de dor. A respiração se tornava mais opressiva até que, pela altura da praça Raul Soares, o homem soltou um gemido gutural e caiu escornado no banco. Acendeu então os faróis e, apertando a buzina continuamente, chegou esbaforido no prontosocorro. Foi logo avisando no balcão que um homem passava mal em seu táxi. Conseguiu a boa vontade de um magrelo vestido enfermeiro. Ele apalpou o homem, o pulso, a garganta. — Está morto – disse o enfermeiro com toda a tranquilidade, esfregando a mão no uniforme branco manchado de outros sangues. Fernandes pensou que o enfermeiro fosse providenciar uma padiola para retirar o homem do carro, mas estava enganado. E ouviu a explicação de que o morto ficaria no pronto-socorro se estivesse vivo. — Não estou entendendo. — Você deve levá-lo pro Medicina Legal. — E o enfermeiro foi andando na frente, como se nada tivesse acontecido. Fernandes procurou o detetive de plantão. Contou o que havia acontecido, pediu ajuda. — Você tem que levar ele pro Medicina Legal – conformou o policial com cara de quem passara a noite acordado, bebendo de vez em quando uma cachacinha. Em menos de dez minutos, o motorista Fernandes chegou com o seu Volks e o passageiro morto no Departamento de Medicina Legal. Narrou toda a história para a primeira pessoa que viu na portaria – um baixinho de óculos sem aro. Sim, ficariam com o cadáver, mas precisavam de uma guia. — E quem é que fornece a guia? — O médico, claro. — Qual médico? — O do pronto-socorro. — Mas no pronto-socorro me informaram que só poderiam atender se o paciente estivesse vivo. Como estava morto, me mandaram trazer ele pra cá. — De qualquer maneira é preciso uma guia do médico. Acho melhor o senhor passar lá de novo e providenciar a papelada. Contrariado, Fernandes voltou para o seu táxi. Deu uma olhada no morto todo esgrouvinhado no banco de trás e se dirigiu outra vez ao pronto-socorro. Não viu o enfermeiro que o havia atendido. Felizmente o mesmo detetive estava encostado no balcão. Falou com ele sobre a instrução que recebera no Departamento de Medicina Legal. — A guia é realmente necessária – disse o detetive – e deve ser dada pelo médico que atendeu o cidadão. — Mas ele não foi atendido por ninguém. Ele estava se sentindo mal e me pediu pra vi ao pronto-socorro e morreu no meio do caminho. — A regra é essa – tornou o detetive. – O Medicina Legal não aceita nenhum cadáver sem a guia médica. — Então eu vou falar com um médico aí no pronto-socorro. — Não adianta. Você tem que arranjar o atestado com o médico do cara. Aqui você vai perder tempo. — Mas eu não conheço o cara. É um

passageiro que peguei na rua. — Compreendo. — Então me ajude, por favor. — O que você quer que eu faça? O motorista olhou desconsolado para a cara ressaqueada do detetive. — Porra – exclamou baixinho, encaminhando-se para o carro. Ocorreu-lhe então uma idéia: revistar o homem e ver o seu endereço. Deixo ele em casa, explico pra família o que aconteceu, e pronto. E ali mesmo, na calçada do prontosocorro, o motorista Fernandes debruçouse em cima do passageiro morto, revistou os bolsos do paletó e depois, com dificuldade, os da calça. Encontrou apenas uma carteira de identidade, pouco mais de mil cruzeiros e duas chaves numa argola de osso. O que fazer? Decidiu voltar para o viaduto da Cidade Industrial, onde apanhara o passageiro. Devia morar nas imediações e, com certeza, seria reconhecido por alguém, por algum comerciante. Às oito horas da manhã, o táxi parou na porta do primeiro bar logo após o viaduto. Um mulato de cabelo escovinha e tamanco atendia no balcão. Falou com ele. Explicou rapidamente o que acontecera. Precisava identificar o passageiro morto e saber seu endereço para entregá-lo em casa. O mulato de tamanco acabou de servir dois pães com manteiga, deu a volta no balcão e acompanhou-o até o táxi. Mas, naquela posição, meio de lado, não conseguia ver direito o defunto. — Eu vou virar ele. O senhor vai reconhecê-lo – disse o motorista Fernandes, metendo a metade do corpo no banco de trás do Volks. O mulato olhou bem a cara pálida, de boca aberta e bochechas murchas. — Não estou conhecendo. — Por favor, olha mais um pouco. Ele deve morar aqui perto. O senhor já deve ter visto ele. — Desculpe – disse o mulato –, mas não estou me lembrando. Acho que nunca vi antes. — E com a cara desolada aconselhou o motorista Fernandes a perguntar na farmácia logo ali adiante. — Fala com o Eustáquio. Ele trabalha lá há dez anos e conhece todo mundo. O táxi desceu a Amazonas mais uns trinta metros e encostou diante da farmácia, vazia naquele horário matinal. Um tipo de suspensório era o Eustáquio. Ouviu toda a história em silêncio e se prontificou a identificar o morto. — A cara não me é estranha – disse, depois de olhar detidamente o cadáver escornado dentro do táxi. — Por favor – animou-se o motorista Fernandes. — Já vi ele antes, não tenho a menor dúvida. Mas, francamente, não me lembro, não consigo me lembrar. — Faz uma força. — Espera aí. Quem sabe... Não, não sei dizer quem é. Acho melhor o senhor procurar o posto policial. Depois do fracasso no pronto-socorro e no Medicina Legal, o motorista Fernandes não se animava a recorrer ao posto policial. Era inacreditável que ninguém o conhecesse ali nas imediações do viaduto da Cidade Industrial. Nervoso e aparvalhado com o passageiro morto no banco de trás do carro, teve uma idéia: “Vou deixar ele no jornal”. Retornou pela avenida Amazonas e se dirigiu rapidamente para o Centro. Na praça Raul Soares, pegou a avenida Augusto de Lima até alcançar a rua Goiás. Havia uma vaga reservada na porta do Estado de Minas. Estacionou o táxi e desceu afobado, mas não conseguia passar pelo porteiro. — Vem cá pro senhor ver. Os dois encaminharam-se para o táxi. — Olha lá. O porteiro fez cara de porteiro e sugeriu que esperassem um pouco, já estava na hora de chegar alguém da redação. — Não vou esperar merda nenhuma – apelou o motorista Fernandes. E, irritado, entrou no banco de trás do carro. — O que o senhor está fazendo? – assustou-se o porteiro. Sem responder, José Fernandes continuou arrastando o morto. Mas não é tão fácil tirar um defunto do lado de fora, quando um PM abriu espaço no meio do bolo: — Que diabo é isto? O motorista Fernandes interrompeu o serviço e olhou com alívio para a cara preta do policial. Repetiu a história desde o momento em que apanhara o passageiro no viaduto da Cidade Industrial, falou do pronto-socorro, do Medicina Legal etc. O PM achou tudo interessante e não teve dúvida: deu voz de prisão para o motorista Fernandes. Que El fosse contar uma história melhor na delegacia.

EU sou o filho da Srª. Buarque EU sou a filha do Sr. da Silva EU sou o irmão da Srtª Karen EU sou o pai do pequeno Eugênio EU sou a mãe da teimosa Valkíria EU sou o sobrinho da Srª. Oliveira EU sou a sobrinha do Sr. Souza EU sou o tio da pequena Sônia EU sou o primo do Sr. Melo EU sou a prima da Srª. Pontes Eu sou o neto do Sr. Prates EU sou a bisneta da bisavó EU sou o namorado de Fulana EU sou a noiva de Beltrano EU sou o fiel marido da Sra. Ministra EU sou a ex-esposa do Sr. Diretor EU sou o amante da Madame Crécy EU sou o aluno da Profª Almeida EU sou o professor da classe 5ª A EU sou o funcionário na repartição municipal EU sou a servidora na cantina escolar EU sou o colega de classe do Antônio EU sou o empregado do Sr. Meira EU sou o elemento fichado pelo Sr. Delegado EU sou o cidadão com título de eleitor EU sou a eleitora seduzida pelo Sr. Político EU sou a usuária de programa digital EU sou o usuário de droga ilícita EU sou o réu diante do Sr. Juiz EU sou o músico da orquestra do Sr. Maestro EU sou o novo artista do circo EU sou o paciente da Drª. Simpson EU sou o freguês do português da padaria EU sou o sujeito no divã do Dr. López EU sou o leitor do romancista Saramago EU sou a autora da antologia poética EU sou o ator social na aula de Sociologia EU sou a cliente da campanha de marketing EU sou o cidadão imaginado na Constituição da República EU sou o soldado na estratégia do General EU sou o oficial no pesadelo do soldado EU sou a revolucionária na ficha do Partido EU sou o subversivo na ficha das Autoridades EU sou o fiel na Paróquia do Padre Matias EU sou a crente na Tenda da Fé do Missionário Moreira EU sou o camarada nas fileiras proletárias EU sou o companheiro do líder sindical Ferreira EU sou o protagonista do meu romance EU sou o antagonista na autobiografia do meu desafeto EU sou a figurante na vida de muita gente EU sou o estilhaço de pessoa que se perdeu EU sou a imagem no fundo dos seus olhos EU sou o EU que é o Outro do Outro EU

I - Nunca leia por hábito: um livro não é uma escova de dentes. Leia por vício, leia por dependência química. A literatura é a possibilidade de viver vidas múltiplas, em algumas horas. E tem até finalidades práticas: amplia a compreensão do mundo, permite a aquisição de conhecimentos objetivos, aprimora a capacidade de expressão, reduz os batimentos cardíacos, diminui a ansiedade, aumenta a libido. Mas é essencialmente lúdica, é essencialmente inútil, como devem ser as coisas que nos dão prazer.

pelo complexo de vira-lata. Leia muito, leia sempre a literatura brasileira. Ela está entre as grandes. Temos o maior escritor do século XIX, que foi Machado de Assis; e um dos cinco maiores do século XX, que foram Borges, Perec, Kafka, Bioy Casares e Guimarães Rosa. Temos um dos quatro maiores épicos ocidentais, que foram Homero, Dante, Camões e Jorge de Lima. E temos um dos três maiores dramaturgos de todos os tempos, que foram Sófocles, Shakespeare e Nelson Rodrigues.

II - Comece a ler desde cedo, se puder. Ou pelo menos comece. E pelos clássicos, pelos consensuais. Serão cinqüenta, serão cem. Não devem faltar As mil e uma noites, Dostoiévski, Thomas Mann, Balzac, Adonias, Conrad, Jorge de Lima, Poe, García Márquez, Cervantes, Alencar, Camões, Dumas, Dante, Shakespeare, Wassermann, Melville, Flaubert, Graciliano, Borges, Tchekhov, Sófocles, Machado, Schnitzler, Carpentier, Calvino, Rosa, Eça, Perec, Roa Bastos, Onetti, Boccaccio, Jorge Amado, Benedetti, Pessoa, Kafka, Bioy Casares, Asturias, Callado,Rulfo, Nelson Rodrigues, Lorca, Homero, Lima Barreto, Cortázar, Goethe, Voltaire, Emily Brontë, Sade, Arregui, Verissimo, Bowles, Faulkner, Maupassant, Tolstói, Proust, Autran Dourado, Hugo, Zweig, Saer, Kadaré, Márai, Henry James, Castro Alves.

V I I - Na natureza, são as espécies muito adaptadas ao próprio hábitat que tendem mais rapidamente à extinção. Prefira a literatura brasileira, mas faça viagens regulares. Das letras européias e da América do Norte vem a maioria dos nossos grandes mestres. A literatura hispano-americana é simplesmente indispensável. Particularmente os argentinos. Mas busque também o diferente: há grandezas literárias na África e na Ásia. Impossível desconhecer Angola, Moçambique e Cabo Verde. Volte também ao passado: à Idade Média, ao mundo árabe, aos clássicos gregos e latinos. E não esqueça o Oriente; não esqueça que literatura nenhuma se compara às da Índia e às da China. E chegue, finalmente, às mitologias dos povos ágrafos, mergulhe na poesia selvagem. São eles que estão na origem disso tudo; é por causa deles que estamos aqui.

I I I - Nunca leia sem dicionário. Se estiver lendo deitado, ou num ônibus, ou na praia, ou em qualquer outra situação imprópria, anote as palavras que você não conhece, para consultar depois. Elas nunca são escritas por acaso.

V I I I - Tente evitar a repetição dos mesmos gêneros, dos mesmos temas, dos mesmos estilos, dos mesmos autores. A grande literatura está espalhada por romances, contos, crônicas, poemas e peças de teatro. Nenhum gênero é, em tese, superior a outro. Não se preocupe, aliás, com o conceito de gênero: história, filosofia, etnologia, memórias, viagens, reportagem, divulgação científica, auto-ajuda – tudo isso pode ser literatura. Um bom livro tem de ser inteligente, bem escrito e capaz de provocar alguma espécie de emoção.

IV - Perca menos tempo diante do computador, da televisão, dos jornais e crie um sistema de leitura, estabeleça metas. Se puder ler um livro por mês, dos 16 aos 75 anos, terá lido 720 livros. Se, no mês das férias, em vez de um, puder ler quatro, chegará nos 900. Com dois por mês, serão 1.440. À razão de um por semana, alcançará 3.120. Com a média ideal de três por semana, serão 9.360. Serão apenas 9.360. É importante escolher bem o que você vai ler. V - Faça do livro um objeto pessoal, um objeto íntimo. Escreva nele; assinale as frases marcantes, as passagens que o emocionam. Também é importante criticar o autor, apontar falhas e inverossimilhanças. Anote telefones e endereços de pessoas proibidas, faça cálculos nas inúteis páginas finais. O livro é o mais interativo dos objetos. Você pode avançar e recuar, folheando, com mais comodidade e rapidez que mexendo em teclados ou cursores de tela. O livro vai com você ao banheiro e à cama. Vai com você de metrô, de ônibus, e de táxi. Vai com você para outros países. Há apenas duas regras básicas: use lápis; e não empreste. V I - Não se deixe dominar

IX - A vida tem outras coisas muito boas. Por isso, não tenha pena de abandonar pelo meio os livros desinteressantes. O leitor experiente desenvolve a capacidade de perceber logo, em no máximo 30 páginas, se um livro será bom ou mau. Só não diga que um livro é ruim antes de ler pelo menos algumas linhas: nada pode ser tão estúpido quanto o preconceito. X - Forme seu próprio cânone. Se não gostar de um clássico, não se sinta menos inteligente. Não se intimide quando um especialista diz que determinado autor é um gênio, e que o livro do gênio é historicamente fundamental. O fato de uma obra ser ou não importante é problema que tange a críticos; talvez a escritores. Não leve nenhum deles a sério; não leve a literatura a sério; não leve a vida a sério. E faça o seu próprio decálogo: neste momento, você será um leitor.

Nome: Babi Ploc Idade: 24 Cidade: Belo Horizonte Altura : 1,60 Manequim: 36 Sapatos: 36 Olhos: Castanhos Cabelos: Loiros Músic sicaa : Bem Roots ... Dias de Glória Chalie Bow Jr Um do m qque ue ppos os dom osssu i : dar certo com todo mundo Filme inesquecível: A prova de fogo Prato favorito: Japonês Ho b by : Dançar, fotografar, viajar Fra se m maarcante : Que vire tradição acordar todos os dias com o coração leve, sorrisos nos lábios e espalhar coisas boas por aí O que tem medo? A única coisa que tenho medo é de perder as pessoas que mais amo, meus pais e meu irmão, o resto dá pra resolver. O qque ue vvo o c ê sab ho sabee ffaa ze zerr mel melho horr ? Cozinhar E no que você é muito ruim? As vezes ajo muito no impulso. Isso é um grande defeito, mas procuro trabalhar cada vez mais isso em mim. Se você não fosse você mesma, que m vvo o c ê ggos os uem osttaria de se serr ? Estou muito satisfeita comigo mesma. Qual música sempre te faz danç nçaar ? Música eletrônica O que nunca pode faltar na sua geladeira? Chocolate, iogurte Vo c ê pprrefe ic eferria se serr m maa is rric icaa , m maa is ntel ig b on it itaa ou m maa is iin elig igeente ? Os três Qual é o melhor lugar do mundo ndo?? Austrália Qual é o seu sonho de consumo? Conhecer cada pedacinho do mundo Vo c ê n ão ppou ou p a ddiin hei heirro n naa não oup ho horra de... ? viajar. O ttw wit ittter se serr ve ppaara ? Não tenho OF ac Fac acee se serr ve ppaara ? Trabalhos e amigos E seu m o ? Falar demais maa io iorr defeit defeito e escutar de menos... isso tenho que melhorar muito em mim. Qual a característica mais m uum ma m u l he imp or tante eem mu herr ? O sorriso O que você mais aprecia em seus os ? A sinceridade e o amor am ig igo verdadeiro

Secretaria de Cultura Fórum do Idoso lista propostas Formação do professor: apresenta balanço da Lei para políticas públicas o investimento essencial Estadual de Incentivo à Cultura de 2014 ARTIGO

Números apontam para um amadurecimento do mercado cultural. Mais de R$36 milhões foram destinados a projetos de proponentes do interior do Estado

Deputado Estadual Gilberto Abramo

Valorizar o professor e melhorar a sua formação. Essas são as ações essenciais para o ensino de qualidade em nosso país. A nação amarga o número insuficiente de professores formados adequadamente. Vários profissionais estão dando aulas em escolas de ensino fundamental, sem o diploma de curso superior. Aliado a isso, os dados referentes ao desempenho dos estudantes, em todas as etapas de ensino, deixam muito a desejar. A avaliação foi feita por pesquisa da Uerj – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os dados do Censo Escolar, compilados pela Ong Todos pela Educação, mostram que em 2013, 21,5% dos professores brasileiros que davam aulas nos anos finais do ensino fundamental (6° ao 9° ano) não fizeram ensino superior. Dos profissionais em sala de aula nessa fase de ensino, 35,4% não são habilitados para dar aula - ou seja, não fizeram licenciatura. No ensino médio, 22,1% dos professores brasileiros não fizeram licenciatura. São administradores, advogados ou profissionais com alguma formação de ensino superior que estão na escola dando aulas de física, química, matemática e educação física, dentre outras. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que todos os docentes de ensino fundamental e médio deveriam ter diploma de ensino superior em pedagogia ou uma licenciatura para estar em sala de aula. Mas a realidade mostra que o Brasil ainda não conseguiu superar o déficit de formação. Em outubro do ano passado, uma pesquisa internacional mostrou que, entre 21 países, o Brasil fica

em penúltimo lugar em relação ao respeito e à valorização dos seus professores. Um dos problemas é que a docência não atrai os jovens no ensino superior. Mesmo entre os que decidiram seguir carreira na sala de aula, a evasão da educação básica é cada vez maior. Alguns dos motivos apontados foram a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional. Esse quadro nos mostra o quão importante é a valorização do professor, sendo, inclusive, uma das metas que constam no Plano Nacional da Educação – PNE, aprovado este mês. Serão investidos na educação 10% do PIB, destinados não somente ao ensino público, mas também ao privado. Controvérsias à parte, o mais importante é que seja cumprida a meta da garantia de que todos os docentes tenham a qualificação do ensino superior. Uma outra situação, que precisa ser mudada, refere-se ao plano de carreira dos professores. O PNE especifica que a meta é “estruturar as redes públicas de educação básica de modo que, até o início do terceiro ano de vigência do PNE, 90% dos profissionais do magistério e 60% dos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares.” Mas isso não basta. Nosso país precisa de um aproveitamento maior, sem reservas, na área da educação. A valorização do professor é fundamental nesse processo. O crescimento educacional depende disso e muitas crianças de 6 anos de idade, em vários cantos do Brasil, sequer conhecem o alfabeto e crescem sem perspectivas do aprendizado.

Divulgação do resultado da seleção do Programa Sem Limite Serão incluídos 40 candidatos ELIAS RAMOS

Considerando o Decreto Municipal nº 282, de 13 de março de 2014, a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência, Mobilidade Reduzida e Atenção ao Idoso e a Comissão de Avaliação Especial (CAE), divulga o resultado do Edital de Chamamento Público Nº 001/2014 para seleção e inclusão de usuários no Serviço de Transpor te Sem Limite, para ingresso no ano de 2014, objeto do Edital supracitado para as vagas publicadas no dia 10 de abril de

2014, no Diário Oficial do Município de Contagem. O Sem Limite é destinado prioritariamente ao transporte para atendimentos escolares ofertados por instituições do município de Contagem e para atendimentos de saúde ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço atende pessoas com deficiência física, com alto grau de comprometimento na sua mobilidade, renda per capita familiar mensal de até um salário-mínimo e que sejam moradoras de Contagem.

A Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) possibilitou a captação de R$ 79 milhões em 2014, o maior valor desde a criação da Lei em 1997. Deste valor, 45% dos recursos, ou seja, mais de R$ 36 milhões, foram empregados em projetos de proponentes domiciliados em municípios do interior do Estado, maior montante, em valores brutos e percentuais, comparado aos anos anteriores. Os recursos destinados ao interior crescem ainda mais ao considerar alguns projetos de proponentes de Belo Horizonte que também são executados em localidades fora da Região Metropolitana. Este aumento da participação do interior na LEIC reflete a diretriz da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) em ampliar cada vez mais a atuação das diversas regiões do estado nas políticas públicas para a cultura. Ao longo dos anos de 2013 e 2014, a SEC, por meio da Superintendência de Fomento e Incentivo à Cultura (SFIC), realizou mais de 40 cursos de capacitação, a fim de orientar todos os processos de funcionamento da lei – desde a inscrição até a prestação e contas. Estes cursos contaram com a participação de cerca de 2.400 pessoas, dentre produtores, artistas e agentes culturais. Além destes cursos, a SFIC também se empenhou na mobilização e sensibilização do empresariado, ao realizar seminários em todas as macrorregiões. Tais encontros, que ocorreram dentro do Minas Território da Cultura e sempre em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ajudou a divulgar o mecanismo e colaborar com a entrada de novas empresas, contribuindo para pulverizar, dessa forma, os recursos em Minas Gerais. Todas essas ações geraram um aumento efetivo da participação de empresas. Desde 2013, 104 novas empresas começaram a participar da Lei de Incentivo à Cultura. “Celebramos muito este dado, visto que uma de nossas diretrizes é mobilizar aquele empresariado que muitas vezes nem tem conhecimento do mecanismo. Aumentar o leque de empresas que patrocinam via LEIC é uma forma de descentralizar os recursos, além de ampliar a diversidade de projetos, com seus mais variados perfis.”, comemora Felipe Amado, superintendente de Fomento de Incentivo à Cultura da SEC. Outro fator que pode ser diretamente relacionado a este aumento da participação do empresariado pode ser atribuído à redução da contrapartida obrigatória. A partir da aprovação, em maio de 2013, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, do projeto de lei que alterou a LEIC, esse percentual passou a variar de 1% a 5%, dependendo do porte da empresa. Até data anterior a esta, o percentual era de 20%. Tal medida tem vigência até 2016. Em quatro anos de LEIC (2011 – 2014) foram mais de 1.500 projetos realizados com um total de R$ 275 milhões, apontando para uma crescente evolução: o ano de 2014 apresenta o maior valor investido em projetos culturais. Se em 2003 o volume de recursos disponíveis para projetos culturais, por meio de renúncia fiscal, era de R$ 21 milhões, em 2014 este valor ultrapassa os R$ 79 milhões, valor quase quatro vezes maior. O recurso disponível é estabelecido pela Lei 17.615/2008, que estipula que 0,3% da receita líquida anual do ICMS sejam destinados à Lei Estadual de Incentivo à Cultura.Ao mesmo tempo que o volume de recursos teve um crescimento significativo, observa-se que a captação de incenti-

vos para projetos culturais ocorreu, em 2014, em prazo recorde. Os R$ 79 milhões foram destinados aos projetos culturais, alcançando o teto da renúncia fiscal ainda no primeiro semestre. A secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, analisa este quadro positivo de aumento de investimento ao amadurecimento do empresariado. “Como reflexo do cenário econômico mundial negativo, tivemos a sinalização de que diversas empresas fariam redução básica ou até mesmo encerrariam seus investimentos, em função da exigência de contrapartida de 20%. O Governo de Minas, junto com os produtores e representantes da classe cultural, começaram a pensar alternativas que poderiam minimizar este possível impacto. Foi neste cenário que surgiu a proposta de diminuição da contrapartida obrigatória até 2016. Hoje, diante dos números, podemos fazer a avaliação de que tal medida foi exitosa. Outra variável que certamente acarretou o crescimento do investimento é a maior sensibilização do empresariado quanto à importância de se apoiar os projetos culturais em Minas Gerais. Considerando que o teto de captação está em constante alta, nunca se investiu tanto em cultura via Lei Estadual de Incentivo. Constatar que atingimos o teto de captação é sinal de que a LEIC funciona”, sinaliza. Outro ponto que se mostra favorável para o pleno funcionamento do mecanismo de fomento é o apoio irrestrito que a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) tem dado ao programa em prol da desburocratização e agilidade nos processos. O representante da SEF, Eduardo Silveira, ressalta a importância de se adequar os procedimentos às especificidades da classe artística. “Desta forma, buscamos atingir um meio termo que simplifica o processo, imprimindo maior agilidade, mas sem perder a austeridade, a responsabilidade e a transparência no uso do dinheiro público”, afirma.

Histórico da LEIC Pelo mecanismo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, criado em 1997, os empreendedores culturais que tiverem seus projetos aprovados poderão captar recursos junto a empresas estabelecidas em Minas Gerais, oferecendo como benefício o desconto de até 99% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido ao Governo Estadual sobre o total repassado ao projeto, conforme determina a Lei 20.694/2013. Para concorrer ao benefício, o proponente deverá apresentar o projeto artístico-cultural junto à Secretaria de Estado de Cultura, que o submeterá à Comissão Técnica de Análise de Projetos (CTAP), formada por 54 profissionais de notório saber em cada área. Esta Comissão é composta por 50% de seus membros representantes da sociedade civil, indicados por meio de Edital Público. Os critérios de seleção considerados pela CTAP para avaliação dos projetos estão de acordo com a Lei 17.615/2008 nos quais são observados: os aspectos artístico-culturais, a viabilidade técnica do projeto, detalhamento orçamentário e benefício gerado para a comunidade onde o projeto será realizado. Desde a sua criação, em 1997, a Lei Estadual de Incentivo à Cultura investiu o montante de R$ 660 milhões de recursos oriundos da renúncia fiscal do ICMS, viabilizando 6.200 projetos culturais em todas as regiões de Minas Gerais. Estes números robustos mostram que a LEIC se consolidou, ao longo dos anos, como um dos principais mecanismos de fomento à cultura do Estado de Minas Gerais.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALMG, deputado Durval Ângelo (PT), ressaltou a importância do tema em debate

Conceder passe-livre aos 60 anos (e não aos 65, como é hoje), ampliar a divulgação dos direitos desse segmento da sociedade, punir com mais rigidez maus tratos a idosos, fortalecer a rede de atendimento, disponibilizar mais vagas nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e ampliar o acesso de municípios de pequeno porte ao Programa Mais Vida. Essas são algumas das propostas do "3º Fórum Mineiro sobre os direitos do idoso" apresentadas pela coordenadora do Núcleo de Meio Ambiente e Saúde da Pontifícia Universidade Católica de Minas Geirais (PUC Minas), Márcia das Chagas e Vallone, nesta quarta-feira (25/6/14), na audiência pública que a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou sobre o tema. O 3º Fórum Mineiro sobre os direitos do idoso foi realizado pela PUC Minas, com o apoio da ALMG e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nos dias 5 e 6 de maio deste ano e, segundo Márcia das Chagas, teve 400 participantes. O público contou com integrantes de entidades sociais e de saúde, representantes da universidade e da comunidade mineira. O presidente da Comissão, deputado Durval Ângelo (PT), ressaltou a importância do tema em debate, uma vez que motiva estudos e o direcionamento de políticas específicas para o setor. Ele ainda disse que o crescimento da população de idosos e a lógica de mercado que rege a sociedade relegam os mais velhos a segundo plano. "É preciso valorizar o idoso e é muito importante levar os resultados dos fóruns e deste debate a um número maior de pessoas, a fim de provocar a tradução desse esforço em políticas públicas. Precisamos conso-

lidar essas políticas, mas também é essencial haver mobilização dos segmentos organizados da sociedade, no sentido de pressionar para que o texto da lei se traduza em realidade. Grupos de idosos devem se mobilizar para discutir políticas de seu interesse e fazer pressão nas esferas do poder", alertou Durval Ângelo.

Convidados apresentam dados sobre realidade dos idosos mineiros O coordenador do Disque Direitos Humanos (serviço Disque 100) da Secretaria de Estado de Defesa Social, Jorge Luiz de Noronha, apresentou dados registrados pelo serviço ao longo de 14 anos de atuação. Segundo ele, entre 2001 e 2009, antes de haver as campanhas próidosos e pró-denúncias, o Disque 100 recebia uma média anual de 200 reclamações. Após 2010, com a ampliação da divulgação e a realização de campanhas, o número médio passou a rondar, e até mesmo a superar, mil denúncias anuais. Outro dado importante ressaltado por ele diz respeito ao caráter das denúncias. “Diferentemente do que pensávamos, a maioria das denúncias não envolve entidades de acolhimento ou abrigo, mas sim maus tratos vindos de familiares", informou. As outras queixas mais comuns envolvem diferentes formas de abandono e lesão financeira. "Há ainda uma situação que vem crescendo, as drogas vitimando idosos, por vício próprio ou de familiares”, lamentou Noronha. Ele ainda alertou que os resultados mais efetivos, no que tange ao poder público, são em âmbito municipal, e que as ações de conciliação tem se destacado, registrando os resultados mais concretos.

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Vereadores de Contagem questionam a atuação da Copasa no Município FOTO LORENA CARAZZA

Os ser viços prestados pela Copasa em Contagem mais uma vez foram alvo de discussão entre os vereadores na reunião plenária da terça-feira (24). Após a votação dos itens da pauta, abrindo o grande expediente, o vereador Arnaldo de Oliveira (PTB) iniciou a discussão sobre o assunto, chamando a atenção para a presença constante do senhor Geraldo Torres, morador do bairro Chácaras Del Rey, que toda semana participa das reuniões plenárias com um cartaz solicitando rede de esgoto para sua região. Segundo o vereador, vários parlamentares já se reuniram com a comunidade da região do Chácaras Del Rey e também cobraram da Copasa uma resposta sobre a previsão da implantação da rede de esgoto no bairro, mas ainda não houve nenhuma ação concreta por parte da Com-

panhia. Aproveitando a oportunidade, Arnaldo solicitou ao presidente da Casa, vereador Gil Antônio Diniz – Teteco (PMDB), que fosse formada uma comissão especial de vereadores que se dispusessem a ir até a Copasa para, mais uma vez, tentar obter respostas por parte da Regional Contagem, cuja gerência está nas mãos de José Portela. “Eles (moradores) sabem do esforço de todos os vereadores que já estiveram lá na comunidade, e sabem que não é com requerimento ou indicação para o prefeito que nós vamos resolver esse problema. Precisamos é que a Copasa dê uma explicação sobre quando vão acontecer as obras e por quê ainda não aconteceram. Em aparte, o vereador Zé Antônio do Hospital Santa Helena (PT) leu um ofício obtido na última reunião com

a Copasa, em que estiveram presentes ele e o vereador Eduardo Sendon (PSDB). Na leitura, o parlamentar esclareceu que o último prazo dado pela Copasa para o início das obras foi o dia 11 de julho, quando deverá ser finalizado o processo licitatório que vai escolher a empresa responsável pela implantação da rede de esgoto da região do Chácaras Del Rey. “Mas que seja o último prazo que a Copasa dá para acabar com o sofrimento dessa população”, finalizou Zé Antônio, propondo ainda que seja marcado um dia para que representantes da Copasa compareçam pessoalmente em uma reunião com vereadores e moradores dos bairros envolvidos. “Sabemos que vereador não faz obra, mas cabe a nós forçar uma tentativa para que a Copasa vá até a comunidade dar uma satisfa-

ção, porque não são eles que passam dia e noite com esgoto a céu aberto”, destacou. O vereador Obelino Marques (PT) lembrou, em sua fala, de uma reunião da qual participou, e quando várias cidades da região metropolitana de Belo Horizonte avaliaram a prestação de serviços da Copasa. “Mas foi com muita tristeza que eu vi que nenhuma cidade elogiou qualquer ação da Copasa. Todas, sem exceção, reclamaram dos seus serviços”, contou o vereador. Ainda de acordo com Obelino, há, entre Contagem e a Copasa, um contrato de cessão de uso da água e, como todo contrato, é passível de rescisão, caso uma das partes não esteja cumprindo as cláusulas. Para isso, o parlamentar pediu permissão para que fizesse parte da comissão especial. “Não conheço o contrato, mas se ela (Copasa) não o está cumprindo, é possível romper o contrato. Me proponho a ajudar nessa parte, para analisarmos esse documento (...). Nós somos agentes políticos e temos o dever de fiscalizar, e não de ficar tolerando. Este serviço é pago e é caro. Volto a dizer que ainda não conheço o contrato, mas o fato é que a Copasa é uma empresa que dá lucro. Temos que ir pelo caminho da penalização do prestador do serviço de má qualidade”, finalizou.

Comissão Especial Diante da discussão, o presidente Teteco determinou a formação de uma comissão especial, presidida pelo vereador Eduardo Sendon, para acompanhar essas e outras questões que envolvem a prestação de serviços da Copasa no município. A comissão será composta por dez representantes dos bairros Chácaras

Deputado defende a criação de Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher tem e, acredita ela, poderia servir de exemplo para Minas Gerais. A presidente do Conselho Estadual da Mulher, Neusa Cardoso de Melo, afirmou que a maioria das mulheres em situação vulnerável chegam até o conselho descrentes. “Elas não acreditam na Justiça, perguntam para quê denunciar se isso não terá resultados. E essa descrença é por causa da nossa capacidade de resposta lenta, sempre tem um gargalo”, disse. Para ela, a criação dos Juizados Especiais pode ajudar a dar mais celeridade a esses processos. “Já está passando da hora de criarmos esses juizados, a lei Maria da Penha já tem oito anos”, completou.

Varas especiais são importantes

A criação de Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher em Minas Gerais foi tema de audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na quintafeira (26/6). Os convidados salientaram que, apesar da Lei Maria da Penha, principal marco legal do combate à violência doméstica, determinar a criação desses juizados, Minas Gerais ainda não conta com a estrutura. Existem varas criminais especializadas em Belo Horizonte, mas não juizados. Os presentes salientaram a diferença entre as duas ferramentas e a importância de se investir em ambas. A diferença entre varas e juizados especiais, assim como a importância de se instalar as segundas, foi destacada pela defensora pública e coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência, Samantha Vilarinho Mello Alves. Ela ex-

plicou que, ao contrário das varas, que lidam prioritariamente com questões criminais, os juizados teriam competência também na área cível. “As mulheres que sofrem violência doméstica têm muitas demandas que vão além de responsabilização criminal e medidas protetivas. São ações de guarda de filhos, de reintegração de posse, de pedido de pensão e indenização”, explicou. A criação dos juizados possibilitaria também, segundo a defensora, que todas essas ações fossem analisadas pelo mesmo juiz, promotor e defensor. “Cada vez que a mulher fica à frente de um novo juiz, é mais uma vez que ela se expõe, que conta tudo novamente e tem que reviver toda a violência sofrida”, disse. De acordo com ela, o modelo também pode agilizar o julgamento dos processos, que não mais cairão nas varas de família, onde se misturam a outros milhares. Ela citou o exemplo do Mato Grosso, onde os juizados já exis-

A coordenadora especial de políticas para mulheres da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social, Eliana Piola, reconheceu a importância dos Juizados Especiais, mas também salientou que as varas especiais são indispensáveis. Ela disse que uma das principais demandas é para que essas varas sejam também criadas no interior do Estado. Piola elogiou o empenho das polícias civil e militar e disse que quase três mil técnicos estão sendo capacitados para trabalhar nessa área. Disse, porém, que é necessário mais verba para que as varas sejam criadas e dotadas de infraestrutura. Atualmente, Minas Gerais conta com três varas especiais para atendimento de casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, todas em Belo Horizonte. De acordo com a coordenadora das chamadas “varas Maria da Penha”, Maria de Fátima Lages, que representou o Tribunal de Justiça, essas varas possuem hoje, juntas, 45 mil processos e cerca de 18 mil deles seriam pedidos de medidas protetivas. Ainda de acordo com ela, outra vara especi-

alizada, também na Capital, já está pronta e deve ser inaugurada nos próximos dias.

Abrigamento também é deficiente Apesar de reconhecer a importância e a necessidade da criação de juizados e varas especiais, a delegada de Polícia Civil e Chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, Olívia de Fátima Braga Melo, disse que é ainda mais urgente a criação de abrigos emergenciais. “A mulher chega machucada, no meio da madrugada, não pode voltar para casa e não tem para onde ir. Acaba dormindo no banco da delegacia”, afirmou. Ela acredita que criar espaços para onde essas mulheres possam ser encaminhadas a qualquer hora do dia às 18 horas dos dias úteis. A coordenadora dos direitos das mulheres da Prefeitura de Belo Horizonte, Cláudia Monteiro Rocha, também destacou a importância de se repensar a política de abrigamento. Segundo ela, muitas das vítimas que chegam até a prefeitura acabam sendo encaminhadas para pensões, onde passam o fim de semana até que esteja disponível o pessoal necessário para fazer a escuta e os encaminhamentos necessários. “São medidas precárias que podem fazer a diferença entre a vida e a morte dessas mulheres”, disse. O deputado João Leite (PSDB) assinalou que, durante as visitas da comissão ao interior do Estado, ele pode perceber a vulnerabilidade das mulheres. O parlamentar elogiou a política de uso de tornozeleiras por meio das quais é possível controlar e evitar a aproximação de agressores de mulheres que já foram suas vítimas e afirmou que a iniciativa tem que ser ampliada.

Del Rey e Recanto da Mata, e também pelos vereadores Irineu Inácio (PSDC), Teteco, José Antônio do Hospital Santa Helena, Zé de Souza (PT), Alex Chiodi (SDD), Obelino Marques, Rodinei (PT), Léo Motta (SDD) e Rogério Marreco (SDD). A intenção é que a comissão marque uma reunião na Copasa no dia 15 de julho, quando já estará vencido o prazo determinado em ofício para a conclusão do processo licitatório que escolherá a responsável pela implantação da rede de esgoto nos bairros Chácaras Del Rey e Recanto da Mata. Ao final da reunião, Eduardo Sendon agradeceu a indicação do seu nome para presidir a comissão. “Obrigado pela indicação, farei este trabalho com muito gosto e responsabilidade. Sugiro que os moradores que aqui estão já indiquem os nomes dos representantes dos bairros que vão compor a comissão”, encerrou o vereador, aproveitando para solicitar que os demais vereadores verificassem a possibilidade de se reunirem ainda esta semana para o início das discussões. A sugestão do vereador Rogério Marreco, no entanto, foi de que a comissão procurasse diretamente o governador Alberto Pinto Coelho, diante da falta de resolução dos problemas que já foram várias vezes apresentados, segundo o parlamentar, ao gerente José Portela. O vereador Arnaldo de Oliveira ponderou, considerando que, a princípio, é necessário procurar mais uma vez a gerência regional da Copasa e, caso não tenham respostas satisfatórias, recorram ao governador.

Outras questões Além da demora na implantação

da rede de esgoto nos bairros Chácaras Del Rey e Recanto da Mata, os vereadores destacaram outros pontos que mostram a falha da atuação da Copasa no município. O primeiro foi o vereador Rodinei, que abordou a demora na resolução do problema do mau cheiro causado pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) localizada na região de Nova Contagem. Além disso, o vereador relatou também que já foram passadas várias datas para a implantação da rede de esgoto nos bairros Estaleiro I e II, obras que até hoje não foram iniciadas. “Temos que tirar a Copasa de trás da mesa. A gente vai, conversa, e no mesmo lugar eles ficam. Quando vamos até as comunidades, fazemos o compromisso de luta e às vezes somos mal interpretados. Algumas pessoas acham que nós estamos prometendo fazer obra de esgoto. E nisso tudo, a Copasa, que é a responsável, fica escondida”, finalizou o parlamentar, solicitando que a comissão formada seja permanente, e que possa lutar por essas e várias outras questões que envolvem a prestação de serviço da Copasa em Contagem. Complementando a fala de Rodinei, o vereador William Barreiro (PTdoB) destacou que a falta de rede de esgoto é uma situação comum na cidade. “Quando passamos ali da Rua do Registro, não é um e não são dois bairros que ainda necessitam de esgoto, são vários. Qualquer vereador, quando vai fazer um trabalho nesses bairros, se depara com a mesma pergunta: quando vamos ter rede de esgoto?”. Além disso, William destacou a importância da participação do executivo, por meio da sua Secretaria de Obras, nesta comissão. “O Governo não pode ficar de fora, pois este e todos os outros que passaram por aqui usaram rede de esgoto como palanque”.

Ano XVII - Nยบ 257 - 26 a 30 de Junho de 2014 - Contagem e Regiรฃo Metropolitana - Tel.: (31) 3042-0034 / 3041-5473 - www.jornalregionalcontagem.com.br / https://issuu.com/jornalregionaldecontagem.com.br/docs - email: gruporegionalcontagem@gmail.com EXEMPLAR CORTESIA - VENDA PROIBIDA