Campos Novos-SC, Quinta-feira, 25 de Setembro de 2025.
ESTADO
Mutirão do Sebrae amplia acesso ao Crédito em SC.
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EMPRESARIAL
Sicredi Altos da Serra completa 37 anos em SC e RS.
uPágs. 08 e 09
ESPECIAL
Rede Feminina desenvolve projeto 'Lanche Solidário'.
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Presidente da Coocam aborda crescimento do AGRO e exportações. AGRONEGÓCIO
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COLUNAS
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) surgiram em 2015, fruto de um esforço global que estabeleceu um plano de ação para erradicar a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas alcancem a paz e a prosperidade. Nesse mesmo ano, os 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram a Agenda 2030.
São 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável interligados entre si, que se desdobram em 169 metas abrangendo os principais desafios da humanidade. Trata-se de um compromisso conjunto de governos, empresas, organizações da sociedade e cidadãos, atuando como um guia para a tomada de decisões e para a construção de um futuro mais sustentável e igualitário
Na UHE São Roque, diversas ações dialogam diretamente com os ODS, desde os programas de monitoramento ambiental, proteção da fauna e flora e uso responsável da água. Um dos pilares da nossa atuação é a contribuição para o ODS 7 - Energia Limpa e Acessível A usina gera energia hidrelétrica, uma fonte renovável, que desempenha um papel essencial na matriz energética brasileira.
Cada cidadão pode contribuir com atitudes simples e transformadoras: evitar desperdício de água e de energia, praticar o consumo consciente, separar e reciclar os resíduos e valorizar a igualdade. Essas ações, multiplicadas, fortalecem a Agenda 2030 e ajudam a construir este futuro desejado
OAB em Destaque
A APOSENTADORIA DO PROFESSOR no RGPS
Entenda como garantir seu direito após a reforma da previdência.
A aposentadoria dos professores da educação infantil, ensino fundamental e médio, vinculados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) possui critérios diferenciados, em reconhecimento ao desgaste físico e emocional da profissão. A Reforma da Previdência, implementada pela Emenda Constitucional nº 103/2019, trouxe novas exigências e estabeleceu regras de transição para proteger quem já contribuía antes das mudanças.
Com a Reforma da Previdência - EC n° 103/2019, o art. 201, § 8°, da Constituição passou a prever que o requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7° (65 anos, homem - 62 anos, mulher) será reduzido em cinco anos, para o professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar.
Além da idade mínima de 60 anos, se homem, e de 57 anos, se mulher, são exigidos 25 anos de função de magistério, tanto para homens, como para mulheres, consoante regra contida no art. 19, § 1º, II, da EC n° 103/2019.
Assim, a aposentadoria do professor do RGPS, pela primeira vez, passou a exigir idade mínima, gerando novo obstáculo ao acesso à aposentadoria dessa classe de segurados já penalizada e desmotivada, muitas vezes devido aos baixos salários pagos pelas redes de ensino, pela falta de estrutura adequada e investimento na capacitação e suporte ao professor.
Regras de transição da aposentadoria dos professores trazida pela EC nº. 103/2019 - Para os professores em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio na data
da entrada em vigor da EC n°. 103/2019 (13.11.2019), foram aprovadas 3 (três) regras de transição, para se aposentar com base nessas regras, o professor(a) precisa cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos:
uTransição 1: SISTEMA DE PONTOS - (art. 15, §3°, da EC 103/2019): I - 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se homem; e
II - Somatório da idade e do tempo de contribuição, incluídas as frações, equivalente a 81 pontos, se mulher, e 91 pontos, se homem.
A partir de 1° de janeiro de 2020, a pontuação que se iniciou em 81/91 passou a ter o acréscimo de um ponto a cada ano para o homem e para a mulher, e prosseguirá até atingir o limite de 92 pontos, se mulher (em 2030), e de 100 pontos, se homem (em 2028). A idade e o tempo de contribuição serão apurados em dias para o cálculo do somatório de pontos. uTransição 2: TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO + IDADE MÍNIMA (art. 16, § 2º, da EC nº 103/2019): I- 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se homem; e II - idade de 51 anos, se mulher, e 56 anos, se homem.
A partir de 1° de janeiro de 2020, a idade passou a ser acrescida de seis meses a cada ano, e prosseguirá até atingir 57 anos de idade, se mulher (em 2031), e 60 anos de idade, se homem (em 2027).
Nas Regras de Transição 1 e 2, inicialmente, o valor da aposentadoria corresponderá a 60% do valor do salário de benefício (média integral de todos os salários de contribuição), com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição, para os homens, e de 15 anos, para as mulheres. uTransição 3: PEDÁGIO DE 100% DO TEMPO FALTANTE – (art. 20, §1°, da EC n° 103/2019): I - 52 anos de idade, se mulher, e 55 anos de idade, se homem; II - 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos
de contribuição, se homem; III - período adicional de contribuição correspondente ao tempo que, na data de entrada em vigor da EC n° 103/2019, faltaria para atingir o tempo mínimo de contribuição referido no inciso II (pedágio de 100% do tempo de magistério faltante).
Nessa regra, o coeficiente de cálculo do benefício será de 100% do salário de benefício, calculado com base na média integral de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. Porém, aqueles professores com direito adquirido ainda podem se aposentar com base nas regras antigas. O direito adquirido é apenas para quem cumpriu os requisitos antes da reforma.
Antes da reforma, para se aposentar por tempo de contribuição, o professor precisava cumprir: 30 anos de contribuição no efetivo exercício das funções de magistério, se homem; ou 25 anos de contribuição no efetivo exercício das funções de magistério, se mulher. Não havia requisito de idade mínima.
Assim, o valor do benefício consistia na média de 80% dos maiores salários de contribuição desde 07/1994, multiplicada pelo fator previdenciário. Além disso, se a soma do tempo de contribuição com a idade, acrescido de 5 anos, for superior a 86 pontos para professora, e 96 pontos para professor terá direito a afastar a incidência do fator previdenciário.
Para ter direito adquirido a essa regra, o professor precisa ter completado os 30 ou 25 anos de contribuição no efetivo exercício das funções de magistério antes de 13/11/2019.
Assim, o professor que não cumpriu os requisitos para se aposentar até essa data, vai precisar se aposentar com base nas regras trazidas pela reforma da previdência.
Cada caso deve ser analisado individualmente. Consultar um especialista em previdência é essencial para identificar qual regra oferece maior vantagem financeira e rapidez na concessão do benefício.
Por: Taciana Dias Flores . OAB/SC 37.590 Especialista e Pós Graduada em Direito Previdenciário.
Fundado em 25 de Junho de 1992
COMUNICAÇÃO O CELEIRO LTDA
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Circulação: Abdon Batista, Brunópolis Campos Novos e Vargem.
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Jornalista: Lilian de Lima Ferreira
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ESTADO
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MUTIRÃO DO SEBRAE AMPLIA ACESSO AO CRÉDITO
Durante dois dias, evento em Florianópolis ofereceu consultorias, palestras e orientação gratuita a micro e pequenas empresas com o objetivo de fortalecer a saúde financeira dos empreendimentos
Com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito e fortalecer a saúde financeira dos pequenos negócios, o Sebrae/SC realizou nos dias 23 e 24 deste mês, em Florianópolis, o 1º Mutirão de Crédito Acredita Sebrae. O evento ofereceu em um único espaço consultorias, palestras e atendimento direto com instituições financeiras parceiras.
Na abertura, o presidente do Sebrae nacional, Décio Lima, destacou a importância da iniciativa para reduzir as barreiras enfrentadas pelos micro e pequenos empresários. “O Mutirão Acredita Sebrae é uma iniciativa que já está percorrendo todo o país. Nosso foco principal é abrir uma porta do sistema financeiro para aqueles que historicamente não tinham acesso, que são os micros e pequenos empreendedores. O Sebrae passou a abrir essa porta”, afirmou. Segundo Lima, a falta de ga-
rantias tem sido um dos principais entraves para a concessão de crédito. “Hoje é comum até mesmo familiares não avalizarem uns aos outros, e isso fecha as portas do sistema financeiro. O Sebrae atua como garantidor e avaliador desse crédito, permitindo que o empreendedor consiga recursos de forma assistida e com segurança para crescer”, explicou.
Avanços
O presidente também ressaltou os avanços recentes da política de crédito conduzida pela instituição. “Em quase 30 anos, o Sebrae conseguiu pulverizar em torno de 1 bilhão de reais em crédito. Neste ano, já devemos garantir uma carteira de 12 bilhões, com potencial de chegar a 30 bilhões a partir da estrutura de garantias que construímos no Sebrae Nacional”, destacou. Durante os dois dias de evento,
os empresários tiveram acesso gratuito a diagnóstico financeiro, consultorias especializadas, orientações sobre renegociação de dívidas e sobre o uso do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que pode cobrir até 100% do valor financiado. Também foram promovidas palestras sobre educação financeira e reforma tributária, além de atendimento direcionado a mulheres empreendedoras pelo programa Sebrae Delas. Para Décio Lima, Santa Catarina tem papel de destaque nesse cenário. “O Sebrae catarinense é hoje o quarto do país em resultados de crédito para os pequenos negócios. Isso mostra o potencial da economia inclusiva do estado, que sempre se estruturou em bases industriais e agrícolas pulverizadas, sem concentração de renda, e que hoje serve de paradigma para o Brasil”, avaliou.
R$3,3 bilhões em investimentos para Santa Catarina com recursos do BNDES
O BNDES anunciou em Itajaí um pacote de R$ 3,3 bilhões em investimentos para Santa Catarina, voltados à indústria naval, infraestrutura rodoviária e energia. O maior volume, R$ 2,5 bilhões, será destinado à construção de oito embarcações offshore no estaleiro Detroit Brasil, em parceria com a Starnav, gerando 1,4 mil empregos diretos e 6 mil indiretos, com menor emissão de gases e contratos de afretamento de 12 anos com a Petrobras. Outros R$ 401 milhões vão para a pavimentação e recuperação de 117 km de rodovias em três regiões do estado, beneficiando cerca de 114 mil pessoas e o escoamento da produção agroindustrial.
Cooperalfa Já a Cooperalfa, em Chapecó, receberá R$ 356 milhões para ampliar sua planta de soja e construir a primeira usina de biodiesel do Estado, capaz de produzir até 1.150 m³ por dia e reduzir 803 mil toneladas de CO₂. Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadan-
Plano Safra 2025/2026 destina R$ 516,2 bilhões para agropecuária em SC
A Assembleia Legislativa sediou, na segunda-feira (22), o lançamento do Plano Safra 2025/2026, maior programa federal de crédito rural, que destina R$516,2 bilhões à agricultura de Santa Catarina – R$ 8 bilhões a mais que na safra anterior.
Do total, R$89 bilhões irão para a agricultura familiar, sendo R$ 78,2 bilhões via Pronaf, que completa 30 anos. Em Santa Catarina, o último ciclo financiou R$8,58 bilhões
em mais de 112 mil contratos, com crescimento de 12,4% nos recursos e 6,7% nas operações.
A cerimônia, no Parlamento catarinense, reuniu parlamentares, lideranças do setor produtivo e representantes de bancos públicos e cooperativas. O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) destacou o caráter estratégico do programa para garantir crédito acessível, fortalecer agricultores e ampliar a produção de alimentos.
BRDE lança linha de crédito para exportadores catarinenses impactados por sobretaxa dos EUA
O BRDE lançou o PRONAMPE BRDE Exportação Emergencial, linha de crédito voltada a micro, pequenas e médias empresas catarinenses com faturamento de até R$ 300 milhões/ano que exportam para os EUA e foram afetadas pela sobretaxa de 50% imposta pelo governo americano desde 6 de agosto. O objetivo é oferecer capital de giro emergencial, preservando empregos e a competitividade do setor.
O programa prevê financiamentos com prazo de até 36 meses (12 de carência e 24 de amortização) e duas opções de juros: 3% a.a. acima da variação cambial ou taxa fixa de 9% ao ano.
João Paulo Kleinubing: apoio a setores altamente afetados
te, os projetos combinam desenvolvimento, sustentabilidade e geração de empregos. O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, defendeu no evento uma atuação cada vez mais ativa do BNDES no Estado e reforçou que Brasília e o BNDES enxerguem com atenção o potencial produtivo de Santa Catarina.
O limite de financiamento será definido conforme a capacidade econômica da empresa e o histórico de exportações. Para acessar, é necessário comprovar exportações em 2024 ou nos últimos 24 meses, com documentos como Declaração de Exportação ou fatura comercial.
Segundo o diretor financeiro João Paulo Kleinübing, a medida é resposta ao impacto em setores como moveleiro, cerâmica e agronegócio. Já Mauro Mariani, diretor de Recuperação de Créditos, destacou que a linha protege empregos e sustenta a produção. As solicitações podem ser feitas pelo site do BRDE ou em instituições financeiras parceiras.
Presidente do Sebrae nacional, Décio Lima, destacou a importância da iniciativa que está percorrendo todo o país
FABRÍCIO ALMEIDA
Cerimônia realizada na Alesc marcou o lançamento de programa federal de crédito rural para agricultores do Estado
Investimentos contemplam o setor naval e devem gerar 1,4 mil empregos.
ADÃO PINHEIRO
Rede Feminina lança Outubro Rosa
Programação será reaizada durante todo mês, levando mensagem de conscientização.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer de Campos Novos, realiza no dia 01 de Outubro (Quarta-feira), a abertura do Outubro Rosa, no município.
O tema deste ano é: “Prevenção é o Melhor Caminho”, na oportunidade, mulheres que frequentam a rede, integrantes e participantes terão de palestras sobre:
“Saúde da Mulher” com a ginecologista e obstetra Dra Natália Gomes Brinkmann, e também sobre: “Emoções Importam” com a prof., escritora e mentora do Instituto Humaniza Magna Tessaro.
uO que é o Outubro Rosa? É o movimento internacional anual de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, utilizando a cor rosa como símbolo dessa causa, representado pelo laço cor-de-rosa.
As ações visam compartilhar informações sobre a doença,
promover exames regulares, como a mamografia, e reduzir a mortalidade associada ao câncer de mama.
A programação, segue durante todo mês com atividades variadas, no calendário estão:
uDIA 03/10: Encontro com Mulheres em Erval Velho, às 15h
30, com o Tema “Prevenção é o melhor Caminho”;
uDIA 04/10: Divulgação do Outubro Rosa e da importância da Prevenção, vendas de camisetas da Campanha “Prevenção é o Melhor Caminho”, das 9h às 16h, na Praça Lauro Muller (Parceria com o CDL);
uDIA 08/10: Conversa Cor de Rosa com mulheres da Comunidade com a presença da enfermeira e voluntárias da RFCC de Campos Novos, na Escola Faria Neto, Ibicuí; uDIA 11/10: Sábado 'Dia D' Outubro Rosa, parceria com a Secretaria da Saúde de Campos Novos.
Nesta ação, todas as Unidades de Sáude da Cidade e a RFCC estarão abertas para um dia inteiro dedicado a “Prevenção e ao cuidado com a saúde da mulher”.
Atendimento das, 9h às 15h, com Consultas Médicas, Consultas de Enfermagem, Consulta Odontológicas e Coleta de Preventivo.
As Unidades de Saúde do Interior também estarão com a programação do Outubro Rosa, com atividades acontecendo na semana. Agendamento na RFCC, agendar pelo: (49) 98898.1902.
u UNIDADES
ABERTAS: ESF Aparecida, ESF São José. ESF Boa Vista Cohab, ESF Integração, ESF São Sebastião, ESF Nossa Senhora de Lourdes, ESF Caic, ESF Bom Jesus, ESF Santo Antônio, ESF Ibicuí, UBSC (Unidade Básica de Saúde Central), PAM e Rede Feminina.
uDIA 22/10: Noite Cor de Rosa, na
Associação Atlética Copercampos, a partir das 19h30. Na oportunidade haverá a Palestra: 'Desperte a Sua Melhor Versão', com Gabriela Dias
uDIA 23/10: 'Celeiro Rosa', Roda de Conversa, no Conjunto Folclórico Celeiro da Tradição, às 19h30; uDIA 24/10: Encontro com o Grupo de Apoio Viva a Vida, com a presença do Grupo Mães que Oram pelos Filhos, 17h na Rede Feminina; uDIA 30/10: Encerramento do Outubro Rosa com Missas, às 19h no Santuário Nossa Senhora Aparecida celebrada pelo Padre Fabrício;
u INFORMAÇÃO: A Rede Feminina de Combate ao Câncer, informa que a Coleta do Preventivo, acontece duas vezes por semana na sede da Rede, que está localizada próximo à Rodoviária Municipal. Interessadas, devem agendar pelo: (49) 98898.1902.
*Imagem: Divulgação
Setembro Verde: a importância da doação de órgãos
Doações vem aumentando no estado de Santa Catarina, com órgãos, já captados em Campos Novos.
Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a doação de órgãos no Brasil, conhecido como Setembro Verde. A campanha tem como objetivo estimular a sociedade a refletir sobre a doação de órgãos, esclarecer dúvidas, desmistificar medos e mostrar como esse gesto pode salvar vidas.
Em Santa Catarina, o programa de transplantes é reconhecido nacionalmente, apresentando resultados consistentes ao longo dos anos. Em Campos Novos, a realidade local também apresenta avanços significativos, apesar dos desafios logísticos e estruturais.
Para compreender melhor essa realidade, o Jornal O Celeiro conversou com Joel de
Andrade, médico intensivista e gerente do SC Transplantes, e com Rafael Manfredi, diretor-geral do Hospital Dr. José Athanázio, que trouxe um panorama detalhado da doação de órgãos na região.
SANTA CATARINA COMO REFERÊNCIA
Confira a entrevista com Joel de Andrade: uFormação e trajetória profissional
Joel de Andrade é natural de Urussanga, Santa Catarina.
Formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1989 e concluiu residência em clínica médica e medicina intensiva em 1994. Atuou como intensivista na UFSC e na Secretaria de Estado
da Saúde por dez anos antes de trabalhar no Hospital Governador Celso Ramos. Em maio deste ano, completou 20 anos como gerente do SC Transplantes. uModelo espanhol de coordenação de transplantes
Segundo Dr. Joel, os resultados po-
sitivos obtidos em Santa Catarina decorrem da adoção do modelo espanhol de coordenação de transplantes, implementado no estado desde 2005. Esse modelo prevê que, em cada hospital doador, médicos e enfermeiros dedicados acompanhem todas as etapas do processo, in-
cluindo: identificação, validação, manutenção, diagnóstico de morte encefálica, entrevista familiar e comunicação com a central de transplantes para distribuição dos órgãos.
u Educação contínua e valorização dos profissionais
A educação
contínua dos profissionais garante apoio técnico e emocional às famílias, enquanto a remuneração específica, de acordo com a produtividade, valoriza o trabalho. Além disso, a relação com a imprensa é transparente, fornecendo informações sobre todo o processo, inclusive em situações adversas.
Atualmente, o SC Transplantes atua em 72 hospitais de 33 cidades, capacitando mais de 3 mil profissionais. A educação ocorre desde 2010, por meio de seminários descentralizados com turmas de 24 alunos e duração de oito horas, abordando temas como doação de tecidos oculares, organização de salas cirúrgicas, curso de determinação de morte
*Foto: Arquivo/Secom GovSC
Joel de Andrade
encefálica e treinamento para entrevistas familiares em situações críticas.
Cada curso é desenvolvido de acordo com as necessidades da central e dos coordenadores de cada hospital, tornando o aprendizado extremamente direcionado à prática diária.
uEvolução dos resultados
O médico detalha a evolução dos resultados em Santa Catarina: em 2005, havia 7 doadores por milhão de população, em 2019, esse número subiu para
47,4, e em 2022, alcançou 44,8, enquanto a média nacional era de 19,5.
A diferença se explica pela gestão eficiente do sistema, na qual profissionais especializados realizam busca ativa de potenciais doadores, acompanhamento em UTI e contato prévio com famílias, reduzindo a recusa familiar para 28%, frente a 45% no Brasil.
u Consentimento familiar e orientação à população
Sobre o consentimento familiar, Dr.
Joel enfatiza que a regra no Brasil é que a decisão final cabe à família, mas que a vontade manifestada pelo doador em vida é quase sempre respeitada.
Ele aconselha: “Converse com sua família sobre a decisão de ser doador, seja no café da manhã, almoço ou jantar. Se a família conhece a sua vontade, ela a seguirá.”
uTipos de transplantes realizados
Santa Catarina realiza transplantes de rim, fígado, coração,
pâncreas, tecido ósseo, válvulas cardíacas, tecido ocular e pele. Os procedimentos que mais impactam na sobrevida são os transplantes de rim, fígado, coração e pele, sendo que o transplante renal aumenta significativamente a sobrevida em comparação à diálise.
SETEMBRO VERDE ENGAJAMENTO
O Setembro
Verde, segundo Dr. Joel, não é apenas para conscientizar a população, mas também para reforçar a importância do en-
CAPA
gajamento interno dos hospitais. “A doação de órgãos não é uma causa, é uma questão de saúde pública. Precisamos melhorar os resultados ano a ano por meio da gestão do sistema de transplantes”, ressalta.
DESAFIOS FUTUROS
O médico também aponta desafios futuros, como a adoção da doação de órgãos em assistência, de doadores com o coração parado, que depende de mudança legal, e a manutenção das equipes
de coordenação, considerando que algumas chegam a mudar 140% ao ano. Para isso, estão sendo intensificados treinamentos e criada uma rede de apoio para entrevistas familiares em todo o estado. Dr. Joel conclui: “A chance de precisar de um transplante durante a vida é cerca de cinco vezes maior que a de falecer em morte encefálica. Portanto, vale a pena doar. Com isso, Santa Catarina se torna mais segura para quem precisa de transplantes.”
Campos Novos: Captação de órgãos no Hospital Dr. José Athanázio
Em Campos Novos, o Hospital Dr. José Athanázio também atua em doações de órgãos, realizando captação ou encaminhamento de pacientes para transplante.
Desde a abertura da UTI, a unidade já realizou captação de órgãos de quatro pacientes com diagnóstico de morte encefálica.
O processo segue um protocolo rigoroso, iniciado sempre que há suspeita de morte encefálica e concluído apenas após confirmação diagnóstica.
A família é comunicada e orientada
sobre a doação, que é um direito garantido por lei, e todo o processo é conduzido por uma equipe especializada do hospital, em parceria com a Central de Transplantes do estado. Quando a doação é autorizada, a captação pode envolver profissionais da instituição ou de outros estados, dependendo da necessidade.
SETEMBRO VERDE
Rafael Manfredi
destaca que a campanha do Setembro Verde é essencial, pois a decisão final sobre a doação cabe à família do pa-
ciente. Ele reforça que uma única pessoa pode salvar ou transformar a vida de várias outras por meio da doação.
DESAFIOS ENFRENTADOS
Entre os desafios locais, Rafael menciona a desinformação e os mitos sobre a doação, a dificuldade das famílias em respeitar a vontade do falecido devido à fragilidade emocional, e obstáculos logísticos, já que Campos Novos não possui aeroporto e está distante dos centros que realizam transplantes. Mesmo assim, a coordenação com a
Central de Transplantes garante que a captação ocorra de forma eficiente. Desde 2022, foram abertos 8 protocolos de morte encefálica, resultando em 4 doações efetivadas, 1 recusa familiar e 3 contraindicações clínicas.
ASPECTO HUMANO
O aspecto humano da doação também é destacado pelo diretor geral: “Mesmo em um momento extremamente delicado, como a perda de um ente querido, ver uma família dizer ‘sim’ à doação é pro-
fundamente comovente. Trata-se de um gesto de generosidade e empatia que se transforma em esperança e vida para outras pessoas.”
Rafael enfatiza que o diálogo é fundamental para que a comunidade participe da campanha, compartilhando informações corretas e respeitando a vontade do doador.
SOLIDARIEDADE QUE SALVA VIDAS
O Setembro Verde representa mais do que uma campanha de conscientização. Em Santa Catarina, o sistema estruturado e a ca-
pacitação constante de profissionais tornaram o estado referência nacional em doação de órgãos.
Em Campos Novos, cada família que decide dizer “sim” à doação contribui para salvar vidas e gerar esperança.
Conversar sobre a doação, educar-se sobre o processo e respeitar a vontade do próximo são passos fundamentais. Cada ato de doação representa não apenas um gesto de solidariedade, mas uma oportunidade concreta de renovação e esperança para muitas pessoas.
Fundada em 27 de setembro de 1988, pela união de muitos
sonhos, a Sicredi Altos da Serra RS/SC tem sido um pilar de desenvolvimento econômico e social.
Com atuação em 43 municípios da região norte do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, conta com mais de 150 mil associados e mais de 450 colaboradores. A Sede Administrativa da Cooperativa está localizada no município de Tapejara/RS.
Ao longo dessas quase quatro décadas, a Sicredi Altos da Serra RS/SC consolidou um modelo de gestão baseado na cooperação, transparência e valorização das pessoas, promovendo o desenvolvimento das comunidades de forma sustentável.
transformando 37anos cooperação comunidades com
Em 2025, a cooperativa expandiu sua presença com novas agências em São José do Cerrito/SC, Cerro Negro/SC e a quarta agência em Lages/SC, reforçando seu compromisso com a inclusão financeira e o fortalecimento das comunidades. Contando com 42 agências físicas e atendimento também pelo digital, possui uma trajetória marcada pelo crescimento, inovação e compromisso com o desenvolvimento das comunidades onde está presente.
Sicredi Altos da Serra RS/SC
Nossa história
Fundação da Creditap (Tapejara/RS) e da Credisana (Sananduva/RS), com foco no crédito rural.
Adoção da marca Sicredi pela Creditap e Credisana.
Fundação do Banco Cooperativo Sicredi S.A., em Porto Alegre/RS.
União da Creditap e Credisana, tornando-se a Sicredi Altos da Serra.
Aprovação da livre admissão de associados com atendimento ampliado para empresas e pessoas físicas.
Definição da nova área de atuação: 44 municípios do RS e SC.
Início da expansão para Santa Catarina com a inauguração da Unidade de Atendimento em Campos Novos.
Lançamento do livro “25 anos de cooperação e desenvolvimento sustentável”.
Lançamento da nova marca Sicredi, com foco nacional e atuação regional.
Inauguração da nova Sede Administrativa e reconhecimento através do Selo LEED Platinum.
Comemoração dos 35 anos e inauguração do Centro Histórico-Cultural.
Comemoração dos 37 anos da cooperativa e 1° assembleia 100% digital
Centro Histórico-Cultural
O Centro Histórico-Cultural foi criado com o propósito de manter viva a história da Sicredi Altos da Serra RS/SC, que tem seus alicerces nos ideais cooperativistas. Foi pela união da Creditap e da Credisana que nasceu a Sicredi Altos da Serra RS/SC, consolidada como uma instituição financeira cooperativa da comunidade. Neste espaço, os visitantes podem conhecer fatos marcantes desse movimento que iniciou em 1988, seja presencialmente ou de forma virtual.
Escaneie e conheça o nosso espaço.
IR com propósito para o futuro que queremos
Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) informou que o número de catarinenses que direcionam parte do Imposto de Renda (IRPF) a projetos sociais cresceu 28,64% em 2025 na comparação com o ano anterior.
De acordo com a Receita Federal, 20.296 pessoas fizeram o repasse, sendo que, em 2024, foram 15.776. Outra boa notícia é que o valor subiu 27,49%, passando de R$ 16,8 milhões para R$ 21,4 milhões. Porém, isso representa apenas 3,95% dos R$ 542,5 milhões que poderiam ter sido encaminhados se todos os 766,7 mil contribuintes de Santa Catarina tomassem a mesma atitude.
A maioria da população ainda não sabe que, de modo legal e autorizado pelo Governo Federal, realizar este ato de empreendedorismo tributário tem vantagens significativas.
A primeira é fortalecer setores de extrema relevância para nossas cidades e nosso Estado. Áreas que podem ser incentivadas por meio de fundos sociais da infância, adolescência e idoso e por leis de incentivo fiscal como, por exemplo, da cultura, do esporte e da saúde.
A segunda vantagem é ter a certeza de que os impostos que você paga todos os anos para os cofres do Governo Federal serão, efetivamente, aplicados aqui em Santa Catarina. No caso dos fundos sociais você pode contribuir por meio da declaração completa do Imposto de Renda. No ato da declaração, é possível escolher um fundo de sua preferência para a destinação de parte dos seus impostos nas esferas municipal, estadual e federal. É muito importante destacar que o repasse não tem custo adicional e não impacta na sua restituição. Outro caminho são as leis de incentivo. Até o dia 31 de dezembro você deve escolher uma iniciativa que exista em seu bairro ou na sua cidade ou em Santa Catarina. Para apoiá-la, basta realizar um
depósito para a ação que você optou de acordo com a porcentagem do seu imposto devido à Receita Federal. Se você não sabe como fazer isso, consulte o seu contador. Lembre-se que o valor destinado para fundos e leis de incentivo pode ser abatido no ato da declaração do Imposto de Renda. Pessoas físicas podem incentivar até 9% e as pessoas jurídicas um total de 10%.
Essa cultura de sustentabilidade também pode ser abraçada por todas as empresas que são tributadas pelo lucro real. Ou seja, aquelas que faturam acima de R$ 78 milhões por ano. Levando esse fator em conta, a possibilidade de aumentar significativamente a aplicação dos tributos em Santa Catarina, sem precisarmos esperar pela boa vontade do Governo Federal, é ainda maior. E, mais importante de tudo: todos nós, quer sejamos pessoas físicas ou pessoas jurídicas, temos essa impactante e positiva ferramenta para melhorar os municípios catarinenses. Vamos para o futuro que queremos, por isso precisamos IR com propósito.
Por: Marilisa Boehm, Vice-Governadora de Santa Catarina
Economia prateada: o futuro já chegou
Você sabia que, pela primeira vez na história da humanidade, seis gerações estão convivendo ao mesmo tempo no planeta? Essa realidade inédita muda tudo: as famílias, o mercado de trabalho, a economia, a política. E foi justamente sobre esse novo tempo que pesquisadores e especialistas abordaram recentemente no Festival Conecta, em São José. O convite para participar me despertou para essa reflexão que é urgente: a longevidade e o enfrentamento ao etarismo. O Brasil, que durante décadas se enxergou como um país jovem, já tem mais de 37 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Até 2050, o planeta abrigará 2,1 bilhões de idosos. Não é futuro distante. É presente. O aumento da longevidade é uma das maiores transformações sociais e econômicas do século
XXI. Se por um lado revela conquistas — mais saúde, mais tempo, mais qualidade de vida —, por outro escancara desafios que ainda não estamos preparados para enfrentar.
Estamos prontos para apoiar trabalhadores mais maduros? Nossas cidades oferecem acessibilidade real? O sistema de saúde conseguirá responder à pressão do envelhecimento populacional? Infelizmente, ainda engatinhamos nessas respostas. Enquanto países como Japão e Alemanha já reformularam a previdência, adaptaram a mobilidade urbana e criaram políticas consistentes de inclusão para os mais velhos, no Brasil o etarismo — preconceito contra a idade — segue afastando ainda como uma barreira invisível, que limita a participação dos mais velhos no mercado de trabalho, nas decisões e até mesmo no convívio social. Combater o etarismo é abrir espaço para que a experiência e a sabedoria que vêm com o tempo sejam reconhecidas como ativos fundamentais para
Por:
Marlene Fengler
Secretária-Geral da ALESC
a sociedade. A longevidade não deve ser vista como problema. É uma conquista que precisa ser bem administrada. A chamada economia prateada já movimenta cerca de R$ 2 trilhões por ano no Brasil e impressionantes US$ 15 trilhões no mundo. É um mercado em expansão, que abrange saúde, previdência, habitação, mobilidade, turismo, cultura, consumo, tecnologia e serviços, mas, mais do que números, estamos falando de dignidade: de garantir que viver mais também signifique viver melhor. Falar sobre envelhecimento, longevidade e economia prateada é falar sobre todos nós. É repensar políticas públicas em saúde, previdência, educação continuada e inclusão digital. É reconhecer que envelhecer faz parte da vida e que o futuro é cada vez mais prateado. Quanto antes compreendermos isso, mais preparados estaremos para transformar a longevidade em qualidade de vida e oportunidades para todas as gerações.
Lanche Solidário: Acolhimento a pacientes oncológicos
Projeto é realizado pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de Campos Novos.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer de Campos Novos vem realizando desde março deste ano de 2025 o 'Lanche Solidário', um projeto que une cuidado, afeto e mobilização comunitária. A iniciativa foi inspirada na experiência da Rede Feminina de Capinzal, que compartilhou a ideia com as voluntárias ainda no ano passado.
“Quando conhecemos o projeto e dividimos a experiência com a Cleusa, nos apaixonamos. Antes mesmo de retomar as atividades em janeiro, fomos a Capinzal para entender como funcionava e percebemos que era algo simples e maravilhoso, que também poderíamos fazer”, conta a presidente da Rede Feminina de Campos Novos, Marlene Proner.
O projeto acontece no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), em Joaçaba, no setor de oncologia. Para ser colocado em prática, foi necessária a autorização do hospital, já que existem regras rigorosas para a entrada de voluntárias. Todas precisam ter carteirinha de saúde válida, usar máscara, touca, calçado fechado e cumprir protocolos de higiene para garantir segurança aos pacientes e a si mesmas.
COMO FUNCIONA?
Os lanches entregues são compostos por sanduíche de pão, presunto e queijo, fruta (banana ou maçã) e água de coco, este último, um diferencial da Rede de Campos Novos, com aprovação da nutricionista do hospital.
“A água de coco
é altamente hidratante e refrescante para quem está em tratamento. Já pensamos em incluir também um sorvete proteico, mas ainda não obtivemos autorização”, explica a coordenadora do projeto, Cleusa Batisti Stella.
Todo o preparo segue normas de segurança: os alimentos são embalados individualmente com etiqueta de fabricação e validade, além de conter informações sobre glúten e lactose. As frutas passam por higienização criteriosa – até mesmo a banana, que recebe limpeza com álcool na casca.
Desde a primeira entrega, em 20 de março, até 20 de agosto, já foram distribuídos 2.353 sanduíches, 1.178 maçãs, 760 bananas e 1.210 águas de coco em 11 visitas realizadas ao hospital. A cada encontro, as voluntárias vivenciam não apenas a partilha de alimentos, mas também de afeto.
“Existe a troca de olhares, de conversas, de carinho. Muitas vezes temos vontade de chorar diante das histórias que ouvimos. É emocionante ver a gratidão das pessoas, que chegam de madrugada em carros da saúde de 53 municípios e ficam até o fim da tarde, muitas sem recursos. Quando nos agradecem, dizem ‘Deus te abençoe’, é isso que nos fortalece para continuar”, conta a presidente Marlene.
O lanche é oferecido tanto a pacientes quanto a acompanhantes, sem restrições. Cada um pode receber o que desejar, até mais de uma unidade, se houver
necessidade. No início, muitos hesitavam em aceitar, achando que precisariam pagar. Hoje, já reconhecem o gesto como parte do cuidado da Rede.
INICIATIVA
O projeto acontece duas vezes por mês, de acordo com os recursos disponíveis. Graças à solidariedade da comunidade, a Rede já tem condições de manter as entregas até o final de dezembro. Para 2026, a expectativa é ampliar a frequência, dependendo de novas doações.
As doações, no entanto, precisam respeitar normas específicas. “Não podemos aceitar produtos avulsos, como um pacote de pão, porque precisamos comprovar a procedência, lote e validade. Mas empresas podem nos autorizar a retirar os alimentos ou a comunidade pode colaborar com doações em dinheiro”, explica Marlene, mostrando os relatórios exigidos pelo hospital.
O Lanche Solidário já ganhou destaque em encontros regionais, tornando-se case de sucesso entre outras Redes Femininas. Em Concórdia, a iniciativa de Campos Novos foi apresentada à presidente estadual, que elogiou o trabalho. Redes de municípios vizinhos, como Jaborá, também estão aderindo ao projeto.
A meta é que, junto com Capinzal, Ouro e outras cidades da região, seja possível cobrir todos os dias da semana com entregas no setor de oncologia do HUST, garantindo alimento e acolhimento
aos pacientes.
A Rede de Campos Novos ampliou sua atuação neste segundo semestre. Com apoio do Poder Judiciário de Santa Catarina, a entidade agora conta com atendimento semanal de psicóloga, fisioterapeuta e enfermeira para os pacientes. Também iniciou em setembro o projeto “Rede na Escola”, que leva informações sobre prevenção do câncer e saúde da mulher a adolescentes.
Outro destaque realizado foi o tradi-
cional jantar bingo que aconteceu nesta última semana, com a participação do chef Chico Bento. Os recursos arrecadados foram revertidos em atendimentos médicos e exames, como biópsias e consultas com mastologistas, quando a fila do SUS demora além do esperado. No mês de outubro, em alusão ao Outubro Rosa, a Rede já divulga uma programação especial com palestras de abertura no dia 1º, conduzidas pela
ginecologista e obstetra Natália Gomes e pela palestrante e escritora Magna Tessaro, do Instituto Humaniza. Marlene e Cleusa fazem questão de destacar que tudo só é possível graças ao apoio da comunidade e das empresas parceiras. “A solidariedade tem nos permitido realizar este trabalho. Cada doação, cada gesto de apoio se transforma em alimento, em acolhimento e em esperança para quem está em tratamento”, agradecem.
*Fotos: Divulgação/RFCC
COMUNIDADE
Outubro será o mês do esporte estudantil em Campos Novos com a 41ª edição do Jecam
Campos Novos está em contagem regressiva para a abertura da 41ª edição dos Jogos Escolares (Jecam), marcada para o dia 3 de outubro, no Ginásio de Esportes Humberto Calgaro, às 19h.
A competição reunirá estudantes de 14 escolas das redes estadual, municipal e particular.
O lançamento oficial do evento ocorreu na tarde desta terça-feira, 23 de setembro, e contou com a presença do prefeito Dirceu Kaiper – Pé, da vice-prefeita Cláudia da Silva Lessi, do secretário de Esporte e Lazer, Elison Kunen, do secretário de Indústria, Comércio e Turismo, José Fernandes Pegoraro Junior, e da secretária
de Educação e Cultura, Elenice Fornara.
As disputas começam oficialmente em 1º de outubro, com a modalidade de basquete 3x3, no Ginásio Gasparino Zorzi — uma das novidades desta edição. No dia 2, será a vez do atletismo e do badminton, novamente no Ginásio Humberto Calgaro. Já no dia 3,
outra estreia movimenta a programação: o futebol suíço. Promovido pela Prefeitura de Campos Novos, com apoio das secretarias de Esporte e Lazer, Indústria, Comércio e Turismo, além de Educação e Cultura, o Jecam vai além da competição esportiva. O evento se consolidou como espaço de integração escolar, formação cidadã e
valorização do esporte como ferramenta de transformação social. Ao longo de mais de quatro décadas, os Jogos Escolares revelaram diversos talentos do município ainda nos tempos de escola.
Além disso, reforçam valores como respeito, disciplina, espírito de equipe e superação. Nesta edição, estudantes disputarão
modalidades como futsal, basquete, handebol, atletismo, badminton e tênis de mesa, entre outras, prometendo mobilizar torcidas e revelar novos nomes do esporte camponovense.
O prefeito Dirceu Kaiper – Pé destacou a importância do evento:
" O Jecam é um legado que atravessa gerações. Já revelou grandes atletas e continuará sendo um espaço de fortalecimento do esporte escolar e de valorização dos nossos estudantes. Nosso dever é garantir que essa tradição siga firme, renovando sonhos e oportunidades a cada ano.
"O secretário de Esporte e Lazer, Elison Kunen, reforçou o caráter formativo da competição:
"Os Jogos Es-
colares são uma vitrine para os nossos atletas. Muitos que hoje representam Campos Novos em competições estaduais e nacionais começaram aqui. É um orgulho ver esse legado se renovar a cada edição."
Entre as novidades deste ano, está a escolha do Rei e da Rainha do Esporte, que ocorrerá em 17 de outubro, no Ginásio Humberto Calgaro, durante a cerimônia de premiação dos campeões
Com modalidades que valorizam diferentes habilidades, o Jecam reafirma o compromisso de Campos Novos com o fomento ao esporte, a educação e o desenvolvimento social, celebrando o presente e o futuro dos jovens atletas da cidade.
*Esta publicação preencheu o espaço de Meia Página. Cumprindo a Lei nº 4517/2019 esta publicação custou para a Administração Municipal o valor de R$ 774,27 (Setecentos e Setenta e Quatro Reais e Vinte Sete Centavos)
*Imagem e Info: ASCOM/PMCN
*Esta publicação preencheu o espaço de 1/4 (Um Quarto) de Página.
Cumprindo a Lei nº 4517/2019 esta publicação custou para o Poder Legislativo Municipal o valor de R$ 418,69 (Quatrocentos e Dezoito Reais e Sessenta e Nove Centavos)
*Esta publicação preencheu o espaço de 1/4 (Um Quarto) de Página.
Cumprindo a Lei nº 4517/2019 esta publicação Não teve custo para o Poder Legislativo Municipal (O espaço foi bonificado)
Nasci do encontro, de ideias que se somaram, de sonhos que caminharam juntos.
Cresci, evoluí, me transformei, sem nunca deixar de ser feita de gente.
Sou presença no campo e na cidade. Sou apoio, impulso, proteção.
Sou a tranquilidade do agora e a confiança no que vem.
Sou feita de cooperar. De estar perto. De fazer com propósito.
Porque o futuro não é um lugar onde a gente chega.
É o que a gente constrói, juntos, todos os dias.
Sou a Sicredi Altos da Serra RS/SC.
transformando 37anos cooperação comunidades com
Sicredi Altos da Serra RS/SC
Estado entrega 131 equipamentos agrícolas
37 municípios foram contemplados em Campos Novos.
Na sexta-feira (19), Campos Novos sediou a entrega de 131 equipamentos agrícolas destinados a 37 municípios. O ato contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, e reuniu autoridades e lideranças regionais na Gerência Regional da Epagri.
Os equipamentos são provenientes de emendas parlamentares federais e estaduais, com contrapartida do Governo de Santa Catarina e apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). O investimento ultrapassa R$ 3 milhões e contempla desde plantadeiras e grades aradoras até balanças para bovinos e rolofacas, ampliando a capacidade produtiva de associações e agricultores.
Segundo o secretário, as entregas estão sendo descentralizadas e fazem parte de um programa permanente de fortalecimento do setor.
“É um prazer estar em Campos Novos, entregando implementos para quem realmente trabalha e representa a pujança da economia catarinense. Hoje são 131 equipamentos, amanhã em
São Joaquim teremos mais, depois em Chapecó. E esse esforço não para: em 2024 foram cerca de R$ 11 milhões em recursos da bancada federal, e em 2025 já chegamos a R$ 60 milhões, além do aporte do Estado”, destacou Chiodini.
O secretário também ressaltou que a distribuição varia de acordo com a realidade de cada município: em alguns casos os equi-
pamentos ficam sob responsabilidade da prefeitura, que organiza um calendário de atendimentos, em outros, as máquinas são repassadas para associações de agricultores, modelo considerado mais eficiente.
IMPACTOS INTERNACIONAIS
Durante a solenidade, Chiodini comentou ainda sobre as recentes taxações im-
Sargento Lima, já disponibilizou
postas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Ele alertou para os efeitos sobre o setor agroflorestal catarinense, que exportou US$ 1 bilhão em 2024, principalmente madeira serrada e móveis.
“Estamos preocupados, especialmente com o setor madeireiro. O governo já postergou impostos, criou linha de crédito especial e segue em diálogo com a Fiesc e exportadores. Nos-
so objetivo é minimizar prejuízos e manter a produção ativa. O agronegócio, o comércio e o campo precisam desa atenção”, afirmou.
INVESTIMENTOS NA AGRICULTURA
O secretário aproveitou para fazer um balanço dos investimentos estaduais no setor. Ele destacou o programa Terra Boa, que ampliou o fornecimento de calcário, sementes de milho e kits apícolas, além da criação do Estrada Boa Rural, maior programa de pavimentação rural do país, com R$ 2,5 bilhões em investimentos.
Chiodini também anunciou o SC Rural 2, programa de US$ 150 milhões (quase R$ 800 milhões) já aprovado pelo Banco Mundial,
400 mil reais em emendas para Campos Novos
O assessor regional do Deputado Estadual, Adelar Vieira, mais conhecido por ‘Adelar Tecnolar’, repassou ao Jornal O Celeiro, no último mês, uma prestação de contas do trabalho realizado pelo Deputado Estadual Sargento Lima (PL).
Entre os anos de 2023 e 2024, foi repas-
sado pelo deputado, via Emenda Parlamentar, recursos via Convênio, ao Hospital Dr. José Athanázio, ao todo R$ 200 mil reais foram utilizados para aquisição de aparelho de ultrassom. Em 2025 através de Transferência Especial, a Prefeitura de Campos Novos, recebeu, 100 Mil reais para ser aplica-
dos na área de Proteção Animal, e também 100 Mil Reais, Repasse para aplicação na Área de Mobilidade Urbana.
O deputado afirma que está trabalhando para trazer mais recursos para a cidade e que frequentemente visita o município, ouvindo demandas, e necessidades da população.
que terá foco em inovação, tecnologia e sustentabilidade.
REINVINDICAÇÕES LOCAIS
O prefeito de Campos Novos, Dirceu Kaiper, elogiou a presença do secretário e o fortalecimento da agricultura regional, mas cobrou maior atenção às demandas do município
“Campos Novos recebeu um distribuidor de adubo seco, mas entendemos que fomos pouco contemplados. Já encaminhamos novos pedidos, como um trator de esteira e caçambas, para atender os produtores que precisam ampliar suas estruturas. Esse suporte é essencial para o desenvolvimento do nosso interior”, afirmou.
*Fotos: Lilian de Lima/O Celeiro
Agronegócio brasileiro cresce e diversifica exportações
Presidente da Coocam, João Carlos Di Domenico destaca a importância das cooperativas e do produtor rural no crescimento do setor.
Em agosto de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 14,29 bilhões, registrando crescimento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Para o presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), João Carlos Di Domenico, esses números reforçam a força e a resiliência do setor.
"Mesmo diante da queda de preços internacionais, conseguimos manter o crescimento graças ao aumento do volume embarcado e à qualidade dos nossos produtos. Isso mostra o compro-
metimento do produtor rural e das cooperativas em atender à demanda global com eficiência", afirma.
Entre os produtos que impulsionaram o crescimento, desta-
cam-se a soja em grãos, com 9,3 milhões de toneladas exportadas e receita de US$ 3,88 bilhões, e o milho, que alcançou 6,8 milhões de toneladas, movimentando US$ 1,36 bilhão.
A carne bovina in natura também apresentou desempenho expressivo, reforçando a diversidade da pauta exportadora. "O sucesso das exportações não é apenas uma questão de números, mas do trabalho constante do produtor rural e da organização das cooperativas. Cada tonelada embarcada representa dedicação, inovação e o cuidado com a qualidade que o mundo espera do Brasil", comenta o presidente da Coocam.
Na opinião de Joao Carlos Di Domenico, o grande desafio é exportar produtos com maior valor agregado, como por exemplo, farelo e óleo, em vez de soja em grão; o aço em vez de minério de ferro
e o DDG (subproduto do milho) em vez carne de aves, suínos e bovinos. Segundo ele, esses produtos oferecem maior valor no mercado internacional, ajudam a diversificar a pauta exportadora e podem resultar em margens de receita significativamente melhores para os produtores brasileiros. Para João Carlos, essa estratégia não é apenas uma oportunidade de lucro, mas uma forma de fortalecer a competitividade do agronegócio brasileiro e garantir que o país seja reconhecido mundialmente pela qualidade e inovação de seus produtos.
A China segue como principal parceira do agronegócio brasileiro, seguida pela
União Europeia. Outros mercados em expansão incluem México, Egito, Índia e Tailândia. "Ampliar mercados é fundamental para reduzir a dependência de poucos destinos e produtos. As cooperativas têm papel estratégico nesse processo, garantindo que o Brasil continue sendo referência em fornecimento de alimentos para o mundo", enfatiza. Apesar dos desafios, o agronegócio brasileiro mantém-se como pilar da economia nacional. Com inovação, diversificação e trabalho em conjunto entre produtores e cooperativas, o país segue como fornecedor estratégico de alimentos de qualidade para o mercado internacional.