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Campos Novos-SC, Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025.

COLUNA

Direito Ambiental/Contratual: Contratos e a Liberdade Econômica.

uPág. 02

ESTADO

Plano 'Brasis', alavanca Promoção Internacional de Santa Catarina.

uPág. 04

ESPECIAL

AGOSTO LILÁS: Psicóloga fala sobre romper o ciclo de violência.

uPágs.06 e 07

AGRONEGÓCIO

Fidelidade Copercampos: Compromisso com o associado.

uPág. 12

COLUNAS

SEPARAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Separar os resíduos é uma atitude simples que ajuda a proteger a natureza, facilita a reciclagem e reduz os impactos ambientais. Cada tipo de material tem seu destino certo Veja na tabela abaixo como separar seu lixo corretamente:

Tipo de Resíduo

Papel e papelão

Plásticos

Faça sua parte e contribua com a preservação dos recursos naturais!

Reciclável

Jornais, caixas, embalagens limpas

Garrafas PET, potes de alimentos, sacolas limpas

Vidros Garrafas, potes de conserva

Metais

Latas de alumínio tampas, utensílios metálicos limpos

Não Reciclável (Rejeito/Perigoso)

Papel sujo engordurado, papel carbono

Plásticos sujos, contaminados

Espelhos, vidros quebrados, lâmpadas (perigosos)

Latas de tinta contaminadas

CONTRATOS E A LIBERDADE ECONÔMICA

A liberdade econômica, princípio basilar das democracias modernas, ganhou novo fôlego no Brasil com a promulgação da Lei n.º 13.874/2019 — a chamada Lei da Liberdade Econômica. Esse marco legislativo fortaleceu a autonomia da vontade nas relações privadas, especialmente nos contratos, ao reconhecer que o Estado não deve interferir indevidamente nas escolhas legítimas dos agentes econômicos.

Orgânicos

Restos de comida, cascas de frutas

(Não reciclável, mas pode ser compostado)

RejeitosFraldas, papel higiênico, papel plastificado, bitucas de cigarro

Perigosos (Classe I) -

Pilhas, baterias, óleo usado, remédios vencidos, embalagens de agrotóxicos

Estrada São Roque, S/N - Zona Rural - Vargem /SC (49) 98809-1707

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No campo contratual, a liberdade econômica reforça a ideia de que as partes são livres para contratar, definir cláusulas e estabelecer os termos da relação jurídica, desde que respeitados os limites da função social do contrato, da boa-fé e da ordem pública. A intervenção judicial, portanto, deve ser mínima, limitada a situações excepcionais que violem esses princípios.

A nova legislação também introduziu

diretrizes importantes, como a presunção de paridade entre as partes em contratos empresariais e a valorização da interpretação literal dos contratos, o que confere maior segurança jurídica às negociações. Tais mudanças buscam reduzir a insegurança que, por anos, afastou investimentos e encareceu as operações no país. A liberdade contratual, no entanto, não é absoluta. Continua sendo dever do Judiciário coibir cláusulas abusivas, especialmente em relações de consumo ou em contratos com desequilíbrio evidente de poder entre as partes. O que se pretende, com a

Lei da Liberdade Econômica, é evitar decisões intervencionistas que desconsiderem a vontade expressa dos contratantes em contextos de igualdade jurídica. Portanto, a nova abordagem promovida pela Lei da Liberdade Econômica representa um avanço para o ambiente de negócios no Brasil. Ao prestigiar a autonomia privada e conferir maior previsibilidade às relações contratuais, contribui-se para o fortalecimento do livre mercado, da inovação e da prosperidade econômica — sem abandonar a necessária tutela dos interesses sociais e da equidade nas relações jurídicas.

Por: Fabrício Carvalho, Advogado OAB/SC 15.269 Especialista em Contratos/Responsabilidade Civil Direito Ambiental

Fundado em 25 de Junho de 1992 COMUNICAÇÃO O CELEIRO LTDA

CNPJ: 12.188.377/0001-03

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>Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). >Membro da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori)

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Circulação: Abdon Batista, Brunópolis Campos Novos e Vargem.

Diretor: Wilhiam Rodolfo Peretti

Jornalista: Lilian de Lima Ferreira - RP: 0006965/SC

As colunas e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião do jornal.

Encontro da Imprensa Catarinense

PLANO BRASIS ALAVANCA A PROMOÇÃO

INTERNACIONAL DE SANTA CATARINA

Embratur e Sebrae, em parceria com o Governo do Estado, apresentaram ao trade turístico catarinense as diretrizes para fortalecer a imagem de Santa Catarina como um destino de experiências atrativas no cenário global

O trade catarinense recebeu com muita satisfação o Plano Brasis, apresentado nesta segunda-feira, 11, em Florianópolis, pela Embratur e Sebrae Nacional. A iniciativa, que tem a parceria com o Governo de Santa Catarina, promete consolidar o estado como um destino internacional competitivo. No encontro, foram detalhadas as diretrizes de promoção internacional de Santa Catarina, com ênfase nos diferenciais e nas potencialidades do estado para o mercado turístico global.

Giro pelo Brasil

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, explicou que o Plano Brasis leva esse nome justamente pela enorme diversidade de atrações, peculiaridades e apelos turísticos presentes em todo o território brasileiro. Segundo Freixo, a Embratur vai percorrer todos os Estados do país, consolidando as parcerias com o poder público estadual e municipal e com os agentes do trade e, com isso, atingir as metas traçadas:

alcançar 8,1 milhões de turistas estrangeiros, em 2027, com faturamento da ordem de 7,5 bilhões no segmento turístico. Na jornada em Santa Catarina, a Embratur deixou claro que toda a estratégia traçada é baseada em dados, e que é preciso muita sinergia entre as ferramentas de promoção turística e os agentes envolvidos. “Toda promoção tem que ter foco na conversão de resultados”, ensinou Freixo.

Aplauso

A presidente da ABIH/ SC, Margot Rosenbrock elogiou a iniciativa. “ Com planejamento, estratégia e investimento, a promoção turística internacional de Santa Catarina chegará muito mais longe”. O presidente do Conselho do Sebrae/SC, Renato Carvalho, demonstrou otimismo com o Plano Brasis, lembrando a força turística de Santa Catarina: 500 mil turistas estrangeiros no primeiro semestre deste ano.

Hegemonia catarinense

Décio Lima mostrou grande satisfação por ver a presença marcante de catarinenses em postos chave na poderosa estrutura do Sebrae. “ Como catarinense, não esperava estar no comando do Sebrae em um momento tão especial para o nosso estado. O Sebrae subiu da 20ª posição para a quarta colocação entre as marcas mais valiosas do mercado, comemorou. Ele lembrou que o presidente do Conselho Nacional é José Zeferino Pedroso e que a presidência da Associação Brasileira de Sebraes Estaduais está nas mãos de Anacleto Ortigara.

Ambos catarinenses. Décio

Lima também destacou que foram realizados 600 milhões de atendimentos pelo Sebrae e a importância dos pequenos negócios para a economia catarinense e brasileira. “As micro e pequenas empresas representam 97% do setor do turismo no Brasil”, reforçou.

SC no contexto turístico global

Alguns indicadores apontam Santa Catarina com um elevado potencial de crescimento. O levantamento realizado pela Embratur destaca:

° De janeiro a julho deste ano, SC registrou 549 mil chegadas internacionais, 67% a mais do que no mesmo período de 2024

° O Floripa Airport é o terceiro maior do país e conecta SC com 7 países: Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Peru, Panamá e Portugal.

° O Estado conquistou duas grandes marcas pela Unesco: Florianópolis, como cidade criativa da Gastronomia e o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul como um Patrimônio Unesco

° Florianópolis foi o 4º destino global mais procurado

° Parque Beto Carrero foi eleito o 2º melhor parque temático do mundo

° Santa Catarina foi escolhida como cenário

de novela que será distribuída para 90 países

° Número de visitantes estrangeiros cresceu 48,2% no país e 71% em SC

Ações em desenvolvimento no Plano Brasis

Manter a participação em grandes eventos, como FEIXPO Latin America 2025, realizada em junho, e que está incorporada ao Calendário de Feiras da Embratur há alguns anos Fortalecer o projeto Fa-

mtour - ação estratégica para trazer profissionais estrangeiros – operadores e agentes de turismo – ao Brasil e proporcionar uma maior familiarização com os destinos. O foco, hoje, está voltado aos países Bolívia e Peru

Estimular o uso da Plataforma de cursos on-line Brasil Travel Specialist que tem Módulos Ecoturismo, Aventura e MICE - turismo de negócios e evento

Prosseguir com Campa-

nha Digital pelo Programa de Aceleração do Turismo Internacional - PATI com companhias áreas.

Divulgar Rota Assunção-Florianópolis

Promover três destinos por meio do Visit Brasil News

Reforçar o Programa Novas Rotas (Costa Verde & Mar)

Implementar Plano de Ação para Promoção Internacional

FOTOS: MAFALDA PRESS
FABRÍCIO DE ALMEIDA
O trade catarinense recebeu com entusiasmo o projeto estratégico de promoção turística
Marcelo Freixo: “Plano Brasis contempla a diversidade, que é uma marca do nosso país”
Décio Lima: “Protagonismo brasileiro e catarinense no turismo mundial”
Renato Carvalho: “Números de Santa Catarina são recordes”

INVESTIMENTO

De acordo com o Assessor Parlamentar Regional, do Deputado Federal, Valdir Cobalchini (MDB), Maurílio Castro Campagnoni, já está em caixa o Pagamento de Emenda Parlamentar Individual de R$ 500 MIL REAIS, para Serviços de Atenção Primária a Saúde, por meio do Fundo Municipal de Saúde de Campos Novos. Através deste recurso, podem ser adquiridos medicamentos, realizados exames, pagamentos de consultas especializadas, cirurgias, entre outras ações.

O pagamento foi realizado no mês de julho de 2025. A verba é importante para o município de Campos Novos, e confirma a parceria entre o Deputado Federal e a população.

Ao todo, Cobalchini, já encaminhou em seu mandato, 3 Milhões e 600 mil reais para o município, via emendas.

Em 2025, além do investimento na saúdem também foi encaminhado 1 Milhão para Infraestrutura, 1 Milhão e 500 mil para construção de uma creche. Cobalchini, confirma que trabalhará para encaminhar mais emendas.

CONVITE

A Paróquia São João Batista, convida a todos para participarem da 1º Procissão de São Cristóvão e Nossa Senhora Aparecida. Domingo (31 de agosto), Saída ás 9h15 em procissão em frente a Igreja Matriz, rumo ao Santuário. 10h Benção dos Motoristas no Monumento de Aparecida na rua Sagrado Coração de Maria, 10h30 Missa, 12h Almoço/Churrasco (Ingressos Antecipados).

NOVO MOMENTO

Desde o mês de junho, a antes 'Barbearia Art Clássica', vive um novo momento.

Além do novo nome, 'Barbearia do Ronaldo', o empreendimento vem demonstrando aos seus clientes, seu sucesso e diferenciais com investimentos nas mais diversas áreas.

Em destaque o proprietário: Ronaldo Rodrigues, que já conta mais de 20 mil cortes realizados, sucesso como empreendedor, há mais de 10 anos, mestre em cortes e experiência na área. A barbearia que começou em um 'cantinho', hoje é referência nacional.

Parabéns Ronaldo!

COLUNAS

Sabores: Quando a ciência encontra a tradição no prato

Da casquinha da polenta à mesa dos grandes chefs, a gastronomia local é uma mistura de ciência, cultura e tradição — e cada prato conta uma história que merece ser conhecida.

O cheiro da polenta no tacho de ferro se misturava ao som ritmado da colher de pau. Era domingo, e eu sabia que, depois do tombo sobre a tábua, viria aquele momento mágico: raspar a casquinha dourada que ficara grudada no fundo, ainda quente — um prêmio secreto reservado a quem esperasse pacientemente. Não era apenas comida; era um ritual, um código invisível que ligava gerações. Anos depois, no meio de laboratórios, reatores industriais e reuniões de negócios, percebi que aquela crocância e aquele aroma eram mais do que lembranças: eram dados, processos químicos, cultura. Era a prova de que gastronomia e ciência sempre dançaram juntas, mesmo antes de termos nomes sofistica-

dos para explicar isso. Quer saber de onde vêm a cor dourada e o sabor caramelado da casquinha? Essa característica é fruto da reação química entre aminoácidos e açúcares redutores, descoberta em 1912 pelo químico francês Louis Camille Maillard. Mas deixaremos esse assunto para outra oportunidade. Essa mistura de tradição e ciência está presente em toda a nossa região, um verdadeiro caldeirão de histórias, sabores e saberes. Aqui, cada prato carrega a geografia no paladar: a salinidade do litoral, o frio cortante da serra, a doçura das frutas do vale. Muitas vezes, porém, tudo isso passa despercebido — como se o mundo não soubesse que, por trás de um queijo artesanal, há uma luta diária contra a burocracia; ou que o tempero de um chef local pode concentrar décadas de história familiar.

Quero usar este espaço para explo-

rar esses bastidores: mostrar como a ciência explica o sabor, como a economia influencia o prato, como o empreendedorismo mantém viva a tradição. Trazer histórias de pequenos produtores, revelar talentos escondidos em cozinhas anônimas, conectar a cadeia produtiva ao prato que chega à sua mesa.

Porque gastronomia é isso: complexa, cultural, viva. É ciência que se sente na ponta da língua, poesia que se mastiga e dedicação do agro servida no prato. E eu quero que você participe dessa descoberta. Envie suas sugestões, conte suas histórias, apresente aquele restaurante que ninguém conhece, aquele produto que merece o mundo. Juntos, podemos desvendar nossa gastronomia local em um mapa que realmente merece ser compartilhado.

Envie sua sugestão: (49) 98828.2224

POR: Rafael Brognoli Recco

LILÁS

Acolhimento e escuta: a porta de entrada para romper o ciclo da violência psicológica

Seguindo série especial sobre a Campanha Agosto Lilás, que tem como objetivo fortalecer o Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, ouvimos:

Susane Dias de Deus, Psicóloga Coordenadora do Setor de Psicologia das Unidades Básicas de Saúde de Campos Novos

cia.

Coordenadora do Setor de Psicologia das Unidades Básicas de Saúde de Campos

Novos, a psicóloga Susane Dias de Deus (CRP 12/03077) atua diretamente na linha de frente do acolhimento a mulheres vítimas de violên-

Com larga experiência na área e um trabalho fundamentado na escuta, na empatia e no cuidado, ela participa da nossa série especial do Jornal O Celeiro sobre o Agosto Lilás, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Nesta entrevista, Susane compartilha como é o trabalho da Atenção Básica no enfrentamento à violência

psicológica, uma das formas mais silenciosas e devastadoras de abuso.

O sofrimento emocional nem sempre chega com um grito. Muitas vezes, entra silenciosamente pela porta de uma Unidade Básica de Saúde, disfarçado de insônia, crises de choro ou dores no corpo. É assim que, no dia a dia das UBSs de Campos Novos, a violência psicológica contra mulheres se revela de forma sutil, mas profundamente dolorosa.

Segundo Susane, o acolhimento às mulheres vítimas de violência começa já

na porta de entrada do SUS.

"Quando a mulher chega com sinais de sofrimento emocional ou relata situações de violência, as profissionais psicólogas fazem a escuta qualificada, com sigilo, empatia e sem julgamentos", explica. Esse primeiro contato é essencial para identificar o tipo de violência sofrida e oferecer os encaminhamentos adequados. O foco é sempre o suporte integral, respeitando o tempo e as necessidades de cada mulher.

SINAIS QUE NÃO PODEM SER IGNORADOS

A violência psicológica nem sempre é reconhecida de imediato. Muitas mulheres

Quando a mulher chega com sinais de sofrimento emocional ou relata situações de violência, as profissionais psicólogas fazem a escuta qualificada, com sigilo, empatia e sem julgamentos.

procuram as unidades com sintomas como ansiedade, insônia, dores psicossomáticas ou depressão, sem fazer a conexão entre esses sinais e o que vivem em casa.

“Em alguns casos, o sofrimento está diretamente relaciona-

do a uma situação de violência, mas a paciente ainda não reconhece isso”, pontua Susane. Por isso, a escuta atenta e um olhar sensível fazem toda a diferença. Comportamentos como medo constante, isolamento, baixa

Susane Dias de Deus

autoestima e dificuldade em tomar decisões simples são sinais indiretos que podem indicar que algo está errado.

A violência psicológica, destaca a psicóloga, "vai minando a saúde emocional de forma silenciosa", tornando ainda mais difícil para a vítima identificar o abuso.

O QUE CARACTERIZA A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

Ao contrário do que muitos pensam, a violência doméstica não se resume a agressões físicas.

A violência psicológica se dá através de palavras, controle, humilhações, intimidações e manipulação emocional. Frases como “Você não serve para nada” ou “Sem mim, você não é ninguém” são exemplos claros desse tipo de agressão, que muitas vezes acontece sem gritos ou ameaças explícitas, mas com profundos efeitos na autoestima da mulher.

O agressor, segundo a profissional, tende a controlar os mínimos aspectos da vida da vítima desde as roupas que ela veste até com quem se relaciona. Pode ainda tentar iso-

lá-la da família e desvalorizar suas opiniões, sempre sob o pretexto de “preocupação” ou “ciúmes”.

“Na verdade, é controle. Isso destrói lentamente a autonomia e a identidade da mulher”, afirma.

QUANDO A UBS SE SE TORNA LUGAR DE TRANSFORMAÇÃO

Identificar a violência e oferecer suporte exige vínculo. A escuta empática é fundamental. Quando a mulher percebe que está sendo ouvida sem julgamento, ela se sente segura para falar mais.

A partir dessa confiança, é possível ajudá-la a refletir sobre sua realidade e entender os mecanismos do abuso, inclusive explicando o que diz a Lei Maria da Penha sobre violência psicológica.

O trabalho da equipe de saúde não termina no primeiro acolhimento. Segundo a psicóloga, a paciente passa a receber acompanhamento psicológico, com foco na reconstrução da autoestima e da capacidade de enfrentamento.

“Em situações mais complexas, também podemos encaminhar para o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), ou para

Violência psicológica também é violência, e você não precisa passar por isso sozinha. Há pessoas e serviços preparados para te ouvir e te ajudar. Seu sofrimento é legítimo, sua dor importa.

o CREAS (Centro de Referência de Assistência Social), onde há suporte psicossocial. O acompanhamento respeita a singularidade de cada caso”, completa.

A VIOLÊNCIA INVISÍVEL E O DESAFIO DA DENÚNCIA

Por não deixar marcas visíveis, a vio-

lência psicológica é uma das mais difíceis de serem reconhecidas e denunciadas.

“Muitas vezes a própria vítima minimiza ou naturaliza o que está vivendo. Além disso, existe o medo da exposição, da retaliação ou de não ser levada a sério”, explica Susane.

É justamente por isso que o trabalho preventivo da Atenção Básica é tão importante. Como estão próximos da comunidade, os profissionais da saúde podem criar vínculos de confiança e disseminar informação, facilitando que essas mulheres encontrem força para dar o primeiro passo.

A REDE DE APOIO EM CAMPOS NOVOS

As mulheres que vivem situações de violência podem procurar ajuda em diversos pontos da rede de apoio no município. Elas podem buscar o Posto de Saúde do seu bairro, o CRAS, o CREAS, o CAPS, a DPCAMI ou acionar o Disque 180.

Muitas vezes, o primeiro passo é simplesmente conversar com o agente de saúde ou com a enfermeira da UBS. A partir desse contato inicial, a equipe faz os encaminhamentos

necessários para garantir segurança e cuidado.

Para quem ainda vive essa realidade e não sabe como pedir ajuda, a mensagem de Susane é direta e acolhedora:

“Violência psicológica também é violência, e você não precisa passar por isso sozinha. Há pessoas e serviços preparados para te ouvir e te ajudar. Seu sofrimento é legítimo, sua dor importa”. Ela reforça que o Setor de Psicologia de Campos Novos está de portas abertas para acolher com empatia, sigilo e respeito.

“Procurar ajuda é um gesto de coragem e pode ser o início de uma nova vida com mais liberdade, saúde e dignidade”, finaliza.

Se você sente medo, se sente diminuída, confusa ou sem forças, saiba: isso não é normal e não é culpa sua. A violência psicológica é real e séria. Mas você não está sozinha. As Unidades de Saúde estão prontas para te ouvir e caminhar ao seu lado, no seu tempo, com cuidado e proteção. Você tem valor, tem voz e tem direito a viver em paz.

Uma história de fé, superação e o poder transformador da doação de órgãos

Augusto Anciliero, de apenas 16 anos, morador de Arroio Trinta, vive hoje o que sua mãe define como um milagre. Após enfrentar uma batalha longa e dolorosa contra um tipo raríssimo de câncer, o adolescente venceu o tempo e desafiou estatísticas graças à solidariedade de uma família doadora e à força de uma rede de apoio que nunca deixou de acreditar.

Foi no início de dezembro de 2021 que a vida de Augusto e de toda sua família mudou completamente. Na época, com apenas 12 anos, ele acordou sentindo-se cansado, com dores nas pernas e, logo depois, apresentou febre. A princípio, tudo indicava uma virose, mas a febre persistiu,

e os sintomas começaram a se agravar com rapidez: perda de peso, pele amarelada e fortes dores abdominais.

A mãe, Ana Paula Nesi Alves, conta que

o diagnóstico definitivo chegou após uma série de exames e transferências entre hospitais.

“Ele foi internado em Videira no dia 10 de dezembro e, naquele

mesmo dia, recebemos o diagnóstico: câncer no fígado. Foi como se a terra abrisse e eu caísse num buraco”, lembra. “Era uma quarta-feira, e no domingo ele estava brincando feliz.”

O diagnóstico foi confirmado como Carcinoma Hepatocelular Fibrolamellar, um tipo raro de câncer que atinge uma em cada cinco milhões de pessoas, sobretudo adolescentes e jovens. O caso de Augusto exigiria uma jornada médica complexa e repleta de obstáculos.

CIRURGIAS, RECAÍDAS, E A BUSCA POR UM TRANSPLANTE

Augusto passou por duas cirurgias em 2022: a primeira em janeiro, quando teve 70% do fígado removido, e a

segunda em novembro, após o retorno da doença em cinco novos pontos.

Ainda que as recuperações pós-operatórias tenham sido rápidas, a doença voltaria com força no final de 2023, atingindo o restante do fígado com 15 lesões.

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Quem faz o Brasil girar, tem com quem contar.

Registro na UTI
Ana Paula e Augusto
*Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal

Diante da gravidade do quadro, foi descartada qualquer nova cirurgia. O único caminho seria o transplante de fígado. No entanto, como o estado de Santa Catarina não realiza transplantes infantis e, por se tratar de câncer, Augusto não se enquadrava nos critérios normais para a fila de transplantes. A família iniciou então uma busca por médicos que acreditassem em sua chance de sobrevivência.

Foi em Porto Alegre que encontraram uma médica que, sensibilizada pelo caso, entrou com um pedido especial à Câmara Técnica Nacional. O pleito foi aceito, e Augusto passou a integrar a lista de espera. A fila era longa, e ele não tinha tanto tempo. Cada dia era uma corrida contra o avanço da doença.

A virada veio quando um médico-chefe do transplante viu, por acaso, os documentos do caso de Augusto. Comovido, ele fez contato com a família e acelerou o processo. Catorze dias depois de entrar na fila, veio a ligação que a família tanto esperava: um órgão compatível havia sido encontrado.

O transplante foi realizado em Blume-

nau, mas, mais uma vez, vieram complicações.

Durante a cirurgia foram descobertos novos nódulos, confirmados como sendo novamente da Fibrolamellar.

A recuperação foi difícil: Augusto desenvolveu pancreatite aguda, contraiu uma bactéria e o organismo entrou em rejeição ao órgão. Ele voltou para casa no dia 18 de dezembro de 2024, mas teve de ser internado novamente em estado grave, menos de um mês depois, no dia 12 de janeiro.

UM SEGUNDO

TRANSPLANTE:

'O Céu tocou o chão'

A situação era crítica. Augusto não tinha mais forças para sair da cama, e os médicos sabiam que ele não resistiria por muitos dias.

Foi então que, novamente, a esperança se renovou com a chegada de um novo fígado. A cirurgia, desta vez, durou 11 horas. Foram necessárias 12 bolsas de sangue para conter uma hemorragia. “Mais uma vez, Deus o resgatou, mostrando que Ele é o Deus até no vale da morte”, relembra Ana Paula.

Pouco tempo

depois, a família pôde viver um dos momentos mais emocionantes dessa jornada: o retorno de Augusto para casa. “Eu ainda estou em êxtase. Olho pra ele e vejo Deus a todo momento. É um milagre que vivencio todos os dias.”

UMA NOVA ROTINA, E UM NOVO OLHAR PARA

A VIDA

Hoje, Augusto está em casa, retomando a rotina aos poucos. Precisa seguir uma alimentação controlada, sem alimentos crus, e ainda está afastado de atividades físicas por seis meses. Mas já foi liberado para voltar à escola.

Recentemente, foi surpreendido com uma carreata de boas-vindas organizada por amigos. “Foi uma grande surpresa, ele nem sonhava. Choramos e rimos. A alegria e a emoção tomaram conta”, conta a mãe.

Ana Paula destaca a importância das orações e do apoio que recebeu. “As orações me mantiveram de pé, sustentaram o Augusto. Quando me diziam que não havia mais nada a fazer, eu acreditava que Deus não permitiria a morte do meu filho. Cada oração, cada mensagem foi um sustento.”

CAPA

IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Para ela, essa experiência revelou uma força que só se conhece no limite. “Uma mãe só sabe a força que tem quando a única opção que se tem é ser forte. Mãe é o ser mais forte que Deus colocou na Terra.”

Em meio a tanta dor e superação, Ana Paula reforça a importância de falar mais sobre doação de órgãos. “Isso é algo que não se fala muito. Mas a doação salva vidas. O gesto de uma

família que decidiu doar em meio à dor foi o que permitiu meu filho viver.”

Aos que enfrentam situações semelhantes, ela deixa uma mensagem de fé: “Não sabemos os desígnios de Deus, mas Ele está presente. Não perca a fé, mesmo quando tudo parecer sem saída. Eu louvaria a Deus mesmo que meu filho não estivesse mais aqui, porque sei que Ele tem um propósito. Hoje, tenho em casa a prova de que milagres existem.”

Colegas alugaram uma van e foram pra Blumenau comemorar a superação

COMUNIDADE

*Esta publicação preencheu o espaço de 1/4 (Um Quarto) de Página.

Cumprindo a Lei nº 4517/2019 esta publicação custou para o Poder Legislativo Municipal o valor de R$ 418,69 (Quatrocentos e Dezoito Reais e Sessenta e Nove Centavos)

*Esta publicação preencheu o espaço de 1/4 (Um Quarto) de Página.

Cumprindo a Lei nº 4517/2019 esta publicação Não teve custo para o Poder Legislativo Municipal (O espaço foi bonificado)

IMISSÃO NA POSSE Nº 5005536-16.2023.8.24.0014/SC

AUTOR: PITIGUARI TRANSMISSORA DE ENERGIA ELETRICA S/A

RÉU: MARIA CATARINA DE JESUS IACOBUCCI

RÉU: FLAVIO LUIZ IACOBUCCI

RÉU: ANA MARTHA IACOBUCCI

EDITAL Nº 310080343106

JUIZ DO PROCESSO: Caroline Freitas Granja - Juiz(a) de Direito Citando(a)(s): Réus em lugar incerto e terceiros interessados.Prazo do Edital: 30 dias

Descrição do(s) Bem(ns): As áreas descritas nos memoriais descritivos de evento 129, OUT3, evento 129, OUT6 e evento 129, OUT9, referente às matrículas n. 12.962, n. 12.964 e n. 12.965, do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Campos Novos/SC. Medida Liminar Concedida: "II. Consignado referido valor, DEFIRO a liminar de imissão provisória na posse das áreas descritas no pedido 108 e no memorial descritivo, independentemente da citação do requerido. III. DEFIRO, desde já, a ocupação temporária de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à realização da implantação da linha de transmissão (art. 36 do Decreto-Lei n. 3.365/1941). 2) Considerando que não há divergência entre as partes neste ponto, esclareço que são objeto da presente ação apenas as matrículas ns. 12.962, 12.964 e 12.965. Logo, não há qualquer imissão nas áreas das matrículas ns. 12.960, 12.961 e 12.963. Todavia, conforme já esclarecido, é possível a ocupação temporária de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à realização da implantação da linha de transmissão (art. 36 do Decreto-Lei n. 3.365/1941). Pelo presente, a(s) pessoa(s) acima identificada(s), atualmente em local incerto ou não sabido, FICA(M) CIENTE(S) de que neste Juízo de Direito tramitam os autos do processo epigrafado e CITADA(S) para responder à ação, querendo, em 15 (quinze) dias úteis, contados do primeiro dia útil seguinte ao transcurso do prazo deste edital (art. 231, IV, do CPC) e também INTIMADA(S) da concessão da medida liminar, com imissão de posse provisória do autor sobre a área litigiosa, transcrita na parte superior deste edital. ADVERTÊNCIA: Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações formuladas pelo autor (art. 344 do CPC). Será nomeado curador especial no caso de revelia (art. 257, IV do CPC). E para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, foi expedido o presente edital, o qual será afixado no local de costume e publicado 1 (uma) vez(es), sem intervalo de dias, na forma da lei.

Documento eletrônico assinado por CRISTIANE CAPELIN, Chefe de Cartório, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico https://eproc1g.tjsc.jus.br/eproc/ externo_controlador.php?acao=consulta_autenticidade_documentos, mediante 5005536-16.2023.8.24.0014310080343106 .V3

O Valor de Ser Copercampos

Programa de Fidelidade reconhece o compromisso do associado.

A Copercampos realizou em 07 de agosto, mais uma edição do evento de entrega dos valores do Programa de Fidelidade, iniciativa que reconhece e premia os agricultores comprometidos com a cooperativa. Nesta 21ª edição do programa, mais de R$ 12 milhões foram distribuídos entre 880 associados que aderiram à fidelização no ano/safra 2024/2025. Instituído em 2005, o Programa de Fidelidade reforça a confiança e o comprometimento mútuo entre a cooperativa e os produtores rurais. A ação contempla os associados que adquirem todos os insumos e sementes na Copercampos e comercializam a produção com a cooperativa durante o ano. Os valores repassados aos partici-

pantes são proporcionais à movimentação financeira com a cooperativa.

Durante o evento, o Diretor Presidente Luiz Carlos Chiocca destacou a importância da fidelidade para o fortalecimento do cooperativismo. “Este programa foi criado para reconhecer quem acredita e investe na Copercampos. A fidelidade do associado nos permite planejar, crescer e oferecer cada vez mais benefícios e estrutura de apoio ao produtor. Estamos fa-

lando de uma relação construída com base na confiança e na responsabilidade mútua”, frisou Chiocca.

Desde sua criação, o Programa de Fidelidade já distribuiu mais de R$ 118 milhões aos sócios. Além do retorno financeiro direto, os associados fiéis contam com vantagens como acesso a capacitações técnicas, participação em viagens técnicas nacionais e internacionais, e são aptos a produção de sementes da cooperativa.

“A entrega dos valores reforça o compromisso da Copercampos em valorizar seus associados e fomentar o desenvolvimento sustentável no campo. O programa é um diferencial entre as cooperativas agropecuárias do Brasil e segue fortalecendo o vínculo entre a Copercampos e seus associados”, destaca ainda Chiocca.

PAULO HERRMANN DESTACA OS RUMOS DO AGRO BRASILEIRO

Considerado um dos mais influentes líderes do agronegócio nacional nas últimas décadas, o engenheiro

agrônomo Paulo Herrmann esteve na Copercampos durante o tradicional Jantar de Fidelidade, compartilhando sua visão sobre os "Tendências, Desafios e Oportunidades do Agro Brasileiro". A palestra trouxe reflexões profundas sobre o futuro do setor, ancoradas em sua trajetória de mais de 40 anos, incluindo sua atuação como presidente da John Deere Brasil, e sua nova missão: promover impacto social positivo através do conhecimento.

Herrmann, que deixou o comando da multinacional para atuar em frentes ligadas à transformação social e ao desenvolvimento do agronegócio com responsabilidade, enfatizou que o Brasil possui todas as condições para se tornar líder absoluto na produção, e as oportunidades existentes com o crescimento populacional e a necessidade de se produ-

zir alimentos para esta sociedade em crescimento constante, especialmente no continente asiático e africano. “A população está em crescimento, especialmente nas cidades e no interior, no campo, são poucos os remanescentes, então os agricultores que aqui estão, como os associados da Copercampos, são fundamentais para a produção de alimentos. O Brasil, precisa elevar a sua produção para atender as necessidades mundiais de alimentos e vamos fazer isso com tecnologia, continuidade das gerações no campo, gestão eficiente, agregação de valor e estratégias de comercialização. Temos oportunidades de diversificar atividades sim e hoje está na moda o Turismo Rural, então, devemos olhar para nossa propriedade e avaliar também esta atividade que é rentável”, comentou.

*Fotos e Info: ASCOM/Copercampos

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COPERCAMPOS Supermercados

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