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Ano 1 Número 1 Revista turística de São Thomé das Letras DEZEMBRO DE 2014

Por que São Thomé das Letras? Saiba a origem do nome

Cidade se destaca pelos exuberantes pontos turísticos Lendas, Contos e mistérios

Conheça a mística cidade do Sul das Gerais

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UEM FAZ

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eminiana, nascida e criada na cidade das Pedras. Para muitos a cidades dos doidos, para mim a cidade que sempre voltarei quando precisar de colo, revigorar minhas energias, tomar um banho gelado de cachoeira, ver inúmeras estrelas cadentes, ganhar bom dia de qualquer pessoa que encontro na rua, sim, lá é assim. Sempre gostei de saber o “porquê” de tudo, principalmente sobre minha terrinha amada, São Thomé das Letras, por que tanta pedra? tanto E.T? Tanto frio ? por quê? A cidade que quem conhece sempre volta, que quando vai nao quer ir embora e que quando volta tudo está perfetamente encaixado na natureza bela que a rodeia. São Thomé, São Thomé, das Letras, das Lendas e das crenças. Um dia eu volto, pra ficar de vez novamente. Thais Machado

EXPEDIENTE A revista Das Letras em letras, é o trabalho final da disciplina de Planejamento Visual Gráfico da Professora e Doutora Alessandra de Falco. Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de São João del-Rei. Edição, reportagem e diagramação: Thais Modesto Machado

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lenda que originou o nome do “arraial” de São Thomé das Letras Diz que entre 1769 e 1770, um escravo de nome João Antão cansado dos maus tratos, fugiu da Fazenda Campo Alegre, trilhou caminhos para o alto das montanhas onde encontrou uma gruta e passou a usá-la como refúgio, passando a viver de caça, pesca de pequenos peixes, frutos, raízes e do que a natureza lhe dava. Outra versão é que o escravo estaria tendo um romance com uma das filhas do patriarca da família Junqueira e havia sido descoberto. Essa filha teria vinte e poucos anos e talvez sofresse das faculdades mentais, dessa forma o escravo teria se aproveitado da situação, mas não há nenhum registro sobre tal fato e é muito pouco provável que teria sido acontecido este fato. Não se sabe ao certo por quanto tempo o escravo habitou aquelas cercanias, porém tomando por base a data da provisão para a construção de uma capela no alto da serra (que daria lugar a atual igreja matriz), acredita-se que tenha sido por um período não superior a um ano . Um dia, um homem de certa idade, de fisionomia suave e amiga, coberto por vestes brancas apareceu na gruta e, sem muitas indagações deu ao escravo um bilhete para que fosse entregue ao seu dono com a certeza do perdão. O escravo ficou assustado e informou ao forasteiro ser impossível fazer o que ele pedia, pois voltar à fazenda significaria morte para ele. O homem disse-lhe com firmeza que a mensagem era de grande importância e poder e que entregando-a ao amanhecer, nada lhe aconteceria e seria perdoado. Cheio de pavor

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or que São Thomé?

IGREJA MATRIZ DE SÁO THOMÉ DAS LETRAS, CONSTRUÍDA NO ANO DE 1770 Foto: Thaís Machado

o negro resolveu cumprir a tarefa. Rasgando-se pelas escarpas, foi rompendo como um raio as matas e os montes para chegar a tempo ao seu destino. João Francisco Junqueira, se surpreendeu com o retorno espontâneo do escravo e com a história que o escravo contou e pela perfeita caligrafia do bilhete, mesmo porque o escravo era analfabeto e pouca gente sabia ler e escrever naquela época. Conforme os escritos, teria despertado no senhorio relevante curiosidade fazendo-o se interessar em conhecer o local onde estava a tal gruta, acreditando estar diante de algo inusitado, como um milagre. Uma tropa a cavalo seguiu o escravo até o local e João Francisco Junqueira encontrou, no interior da gruta, uma imagem de São Tomé esculpida em madeira. O senhor de vestes brancas não foi encontrado, mas acredita-se que fosse um padre jesuíta, fugitivo das perseguições do Marquês de Pombal

que determinou a expulsão dos jesuítas no Brasil. Na entrada da gruta haviam pinturas em tons avermelhados semelhantes a “letras”, talvez tivessem sido deixadas pelo “senhor de vestes brancas” como prova de sua aparição, mas estudos revelam serem muito mais antigas, por volta de 2.000 anos. Para esses estudiosos tais pinturas são atribuídas aos índios cataguases, antigos habitantes da região. Devido a essas pinturas o local ficou conhecido como “São Thomé das Letras”. O escravo foi perdoado. E por João Francisco Junqueira ser muito religioso, ao lado da gruta, batizada na época como “Toca das Letras”, conhecida hoje como “Gruta São Thomé”, foi erguida uma capela (1770), começaram a ser erguidos casarões todos em pedras sobrepostas sem utilização de argamassa. A capela, posteriormente deu lugar à Igreja Matriz. Das Letras

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primeira menção pública encontrada que fala a respeito de turismo em São Thomé das Letras se deu no jornal “O Patriota”, de Baependi publicado no dia 14 de maio de 1941, onde o artigo relatava sobre a construção de um ‘’campo de aviação” o qual viria a incrementar o turismo na região, porém não haviam estradas de acesso, nem tampouco pousadas. Na verdade, a chegada de visitantes de fora’ com o intuito de se conhecer a passeio essas cercanias se deu pelo menos 10 anos antes, com uma excursão de membros da Sociedade Brasileira de Eubiose, os quais desembarcaram na estação ferroviária de São Lourenço, após o qual vieram em montaria até o alto da Serra das Letras. O turismo começou mesmo a tomar impulso no início da década de 70, quando começaram a chegar os primeiros hippies e adeptos do “alternativismo”. No início da década de 80 começaram a surgir dormitórios e meios de hospedagem como quartos de família e cômodos. De 85 a 93 o turismo viveu o seu “boom” e foi responsável pelo crescimento, tanto populacional quanto arquitetônico no perímetro urbano. A falta de visão, talvez inveja de alguns, para ser mais direta fez com que muitos moradores totalmente leigos e despreparados para o turismo passassem a também querer usufruir ou “tirar uma casquinha” desse benefício, construindo prédios sem nenhum planejamento, conforto e estética, alguns nunca chegaram a ser terminados, inclusive prédios alheios ao turismo deixando a cidade com um ar de periferia de cidade grande, o que espantou o turista, podenDas Letras

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PARTE SUPERIOR DA GRUTA SÃO THOMÉ FOTO ARGEU LUCCA

do registrar esse acontecimento a partir da segunda metade da década de 90. O turismo cresceu mas não se profissionalizou, sendo que o principal motivo foi a falta de escolaridade de uma boa parte dos novos empresários. Hoje parte do segmento comercial voltado para a atividade luta por esse profissionalismo, enquanto que outra parte aguarda que alguém faça alguma coisa. Enquanto isso não acontece tecem-se comentários negativos a respeito dos dirigentes e profissionais da área no município. Infelizmente é a pura realidade. O Departamento de Turismo de São Thomé das Letras, Detur, conhecido popularmente como “Secretaria de Turismo”, foi criado oficialmente no mês de maio de 1996, na gestão do Prefeito Alaor Flauzino de Oliveira, sendo que o primeiro Chefe do Departamento foi o Sr. Luis Fernando de Paiva Júnior, o Fernandão. Anterior a esse profissional o técnico em turismo Ricardo dos Santos Serra, o Ricardo Kayapó havia atuado durante o período de 3 meses como fiscal de turismo, onde vistoriou e cadas-

trou todas as pousadas de São Thomé das Letras com “discos voadores” em lugar das tradicionais estrelas, foi um projeto original o qual obteve destaque na imprensa em diversos meios de comunicação escrita. Assim como Fernandão, que ministrou um curso para a criançada criando assim os guias “curumins”, Kayapó formou o primeiro grupo de guias mirins oficializado pela Prefeitura, onde os aprovados ganharam boné, camiseta, lanterna, pilhas, um livreto sobre a cidade e crachá com a licença. Foi um grande passo para que nossas crianças pudessem se afastar do árduo trabalho das pedreiras. Relação de Secretários de Turismo de São Thomé das Letras: Ricardo dos Santos Serra (como intendente) Luis Fernando de Paiva Júnior Isaac dos Santos Abener Francisco de Souza Bernadette de Paula Caversan Pedro Marques Filho Maria Angélica Ribeiro Borges Ricardo dos Santos Serra Rosemary Hanai Evaldo Pompeu dos Reis e Wilson Carvalho São Thomé foi reconhecida oficialmente pela Embratur e pelo


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Ministério da Indústria do Comércio e do Turismo como município de alto potencial turístico de Estado de Minas Gerais, no dia 7 de março de 1996, recebendo o certificado da Embratur e o Selo de Reconhecimento conforme o Programa Nacional de Municipalização do Turismo. O Selo e o Certificado foram apresentados pelo Sr. Prefeito Alaor Flauzino de Oliveira, na reunião de posse do Secretário de Turismo, Sr. Luis Fernando de Paiva Júnior, no Restaurante do Ge, hoje Restaurante Ponto Certo. Os primeiros guias turísticos da cidade Quando a cidade despertava para o turismo surgiram alguns folhetos com alguns erros de digitação e concordância que procuravam mostrar as belezas da região. Foi quando então a prefeitura lançou um folder em policromia com a imagem do Santo na capa. Era, talvez,

RUA PRINCIPAL DA CIDADE. Foto: Thais Machado

o primeiro passo para a divulgação das potencialidades do município. Com a criação do Comphast (Conselho Municipal do Patrimônio Histório e Artístico de São Thomé), que tinha por objetivo a preservação do patrimônio editou-se um caderno com 8 páginas em preto e branco, com fotos de Olídio Mário Malacrida (in memoriam). O folheto mostrava mais claramente o que era São Thomé das Letras. Foi quando a cidade começou a se embalar no turismo fazendo surgir assim uma espécie de guia e mapa de bolso (1991), todo impresso em azul. Dentro trazia um mapa estilizado da cidade com diversas propagandas ao redor. Na contracapa, informações sobre os pontos turísticos e históricos da cidade, além de horários de ônibus e uma mensagem do prefeito da época (José Afonso de Oliveira). No ano de 1992, a agência de turismo Kayapó

Brasil, de São Paulo, investiu na cidade de São Thomé, acreditando fortemente nas suas potencialidades. Foi quando a iniciativa privada deu o maior passo no termo de publicações turísticas dentro da cidade. Surgia assim o primeiro guia de viagem do município, com tiragem de 5.000 exemplares. No de 1994, novamente a Kayapó investiu na cidade, dessa vez em um guia de formato de bolso. Foram novamente 5.000 exemplares, mas nesse ano os guias se esgotaram antes do ano se acabar. Assim se seguiu pelos anos seguintes, porém à partir de 1996 a responsabilidade passou para a Editora Caminhos de Minas até os dias de hoje. No ano de 2001 a Revista BHZ, sediada em Belo Horizonte também passou a fazer um bom trabalho no que se refere a divulgação do turismo em São Thomé, por um período de 4 anos.

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Onde Passear? Confira os principais pontos turisiticos para conhecer e se divertir na cidade mágica. Também conhecida como Igreja de Pedra, não possui muitos dados históricos. Iniciada no século XVIII pelos escravos, permaneceu por um longo período inacabada. Seu interior não apresenta nenhuma obra artística, mas sua arquitetura, com pedras sobrepostas uma a uma, é típica de São Thomé das Letras. Em outubro de 1995, foi finalmente entregue ao público e hoje é tombada como patrimônio histórico estadual.

Cachoeira Véu-de-noiva: É uma linda cachoeira, onde as águas descem formando um extenso véu de noiva. Ideal para banho, fica a 9 km da cidade, por estrada de terra. É preciso tomar cuidado na descida até a cachoeira, pois é íngreme e escorregadia.

Pirâmide: Sempre com turistas, usada como um ponto

referência da cidade e denominada pirâmide pelo formato arquitetônico adotado em sua construção. Muitos turistas utilizam o local para o registro fotográfico das belas paisagens, que os 360 grauoferece, outros para meditação, exercícios mentais e terapias alternativas. Além disso, é o melhor local para se avistar o pôr-do-sol e a coloração avermelhada que o céu adquire nos fins de tarde. Diversos relatos dão conta do avistamento de ÓVNIS e seres extra-terrestres neste local que já foi fonte de estudo de diversos especialistas que até hoje tem opiniões diferentes a respeito das experiências.

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Onde Passear?

Ladeira do Amendoim: Lugar curioso onde os veículos, com

o motor desligado, continuam subindo a ladeira. Fato que ajuda a fomentar as crenças da existência de um grande campo magnético em formato de diamante na parte subterrânea da cidade. O que também seria responsável pelas manifestações ufológicas.

Vale das Borboletas: Localizada a apenas 3km da cidade. No

pé da serra para Três Corações, um córrego forma duas lindas quedas d’água que ao reflexo do sol se mostram como que cristais descendo até a piscina natural que ali se formou, num vale cercado por uma mata verde e irradiante, cheia de coloridas flores e borboletas.

Gruta São Thomé: Nessa gruta, que fica ao lado da Igreja Ma-

triz, originou-se a história da cidade. Foi o local onde o escravo João Antão se escondeu e onde foram encontradas a imagem de São Thomé e as inscrições rupestres. Estas inscrições até hoje são rodeadas de mistérios e lendas que ganharam força ao longo dos anos por falta de explicações que identificassem sua origem exata. Hoje as três hipóteses mais aceitas são a da aparição de São Thomé ao escravo, deixando as pinturas como marca de sua visita, inscrições extra-terrestres na gruta e pinturas rupestres dos índios Cataguases, os primeiros habitantes da serra, mas também já se falou em definições da própria natureza.

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Onde dormir? Encontre um cantinho para repor as energias O Aliens Palace Hotel é a nova opção de hospedagem em São

Thomé das Letras. Oferece conforto e bem estar em suites novas, com TV, banheiro com ducha aquecida por caldeira e frigobar. O café, preparado com carinho todas as manhãs, é servido em ambiente panorâmico com vista para o vale e sempre contém frutas, bolos, pão de queijo ,frios, doces, sucos, etc., Piscina com hidro e cascata,Bem localizado, com amplo estacionamento, no centro, a menos de uma quadra da igreja da matriz, bem próximo aos restaurantes, bares, lojas e feira de artesanato. Reservas: (35) 3237-1321

Bosque dos Beija- Flores: Situado a 8,5 km do centro da cidade

de São Thomé das Letras, em meio ao canto de pássaros, ribeirões, cachoeiras e lindas vistas do Vale do Cantagalo. O bosque dos beija-flores ferece pousada, restaurante e serviços de SPA. Diárias compreendem delicioso café da manhã com pães e bolos caseiros, frutas, frios, sucos, geléias e mel (produção própria), acesso à internet, salão de jogos, biblioteca, salão de projeção com videoteca, sauna a vapor, e condutor ambiental que orienta trilhas ecológicas. Amplo estacionamento. Passeios a cavalo, que podem ser contratados com hora marcada e custo à parte. Reservas (35) 3237-1154

Pousada Arco-Íris: Integranda o centro histórico de São Thomé

das Letras e como um de seus acervos mais importantes, a Pousada Arco-Íris ocupa quase um quarteirão inteiro e praticamente os dois lados de uma das ruas mais tranqüilas da cidade. Com mais de mil metros quadrados de área especialmente planejada e construída para o seu conforto, segurança, tranqüilidade e lazer, a Pousada Arco-Íris oferece diferentes opções para sua acomodação, com chalés e apartamentos que satisfazem aos mais variados gostos.

Reservas (35) 3237-1212

A pousada Arvore Centenária : é uma pousada ecológica, está

em uma localização privilegiada, pois permite o fácil acesso a pé a grutas, cachoeiras e trilhas ecológicas. A 300 metros da pousada está localizado o vilarejo de sobradinho com mercearia, padaria, lanchonete e restaurante .A pousada oferece caldos e pizzas com previa programação, passeios a cavalo, devem ser programados com 24 horas de antecedência. A pousada possui estacionamento, piscina, mesa de sinuca e pimbolim sem custo, área para fogueira e churrasqueira. Melhor custo benéfico de São Tome das Letras.

Reservas: 035 99041243 Das Letras

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Onde comer? Restaurante Alquimista, o melhor da cidade

O Alquimista Típico funciona em um casarão de pedras do sec XVIII tombado pelo patrimônio histórico. Suas parede, telhas e estruturas foram mantidas para preservação da cultura mineira. Apresenta neste Restaurante a culinária mineira com requinte e sabor, situa-se próximo à praça da Matriz.

Rodízios às sextas feiras Entregas em toda cidade e zona rural.. Culinária 100% artesanal.

Rua Capitão Pedro José Martins, 7 - Centro, São Thomé das Letras, Minas Gerais Brasil (35) 3237-1279

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Alguém de São Thomé...

Argeu Lucca é um dos turistas que visitou São Thomé por muito tempo e acabou ficando, ele já mora na pacata e encantadora cidade há 20 anos. Dono de um acervo fotografico que produz e coleciona. Registra todos os dias na parte da manhã e final da tardezinha o cotidiano do povo São Thomeense, desde crianças á idosos.

“Venho de uma cidade também do interior, só que São Paulo, Itu pra ser mais exato, e pra mim morar em São Thomé foi uma realização, porque desde quando visitava a passeio, já voltava pra casa com aquela vontade de largar tudo e morar aqui. Demorou um pouco, mas eu consegui rever meus conceitos, vim morar nessa cidade que me acolheu tão bem e óvio que amo por demais, quanto á fotografia, eu já fazia fotos quando estudava publicidade em Itu/, hoje eu e mais dois amigos temos o “Jornal Único” na cidade. Fotografar pessoas na em São Thomé é meia antropologia, como bem disse, um amigo, estar aqui é ver com a lente e assim poder registrar esse cotidiano, eu acho bem interessante, porque mostra be as facetas pessoais de cada um, claro que não tenho a intenção de mostrar particularidades pessoais, somente sentimentos de preferência em preto e branco que é minha paixão.” Das Letras

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Fotos do Cotidiano da cidade por Argeu Lucca

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