Sumario:
N M Equipe
Expediente
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Música
O Rock e o Sacro
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Crônica
Sobre Atletico e Garotos
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Ludi(cidade)
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Ensaio Fotográfico
Equipe
Expediente
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é Eugên s o J
19 Anos, aspirante a fotógrafo, jornalista e fotojornalista. Responsável pelo quadro fotográfico, revisão e diagramação.
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anos, escritora amadora e amadora amadora. Crônista responsável, revisora e auxiliar de diagramação.
20 anos, jornalista esportivo e sommelier de cerveja nas horas vagas. Também jornalista cultural e revisor.
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O Rock e o Sacro
Música
As dificuldades de uma banda de rock em uma cidade conservadora
Por João Henrique Castro
A
cidade da arte sacra e dos sinos ganhou recentemente um novo som. É a Jhonny Rocker, banda formada pelos integrantes Sergio Martins (vocal), Hugo Gonze (bateria), João Campos (baixo), André Tarôco e Paulo Augusto (guitarras). Eles se conheceram através de um anúncio na internet publicado por Sergio, que buscava uma banda para ser vocalista. “Os músicos da Johnny Rocker estavam tentando voltar à ativa, depois do fim da banda anterior, com a saída dos dois vocalistas. Houve uma convergência de interesses, marcamos um ensaio-teste, e tudo se seguiu naturalmente. Nossos gostos musicais são compatíveis, então acreditamos que temos condições de realizar um bom trabalho no futuro”, diz Sergio. Entre a demanda do público estudantil por mais bandas de rock e uma cidade de tradições conservadoras começa a primeira dificuldade da banda. Falta lugares para as apresentações e os melhores lugares tem sofrido represálias de vizinhos ou da polícia por conta do barulho. “ É como se estas famílias tradicionais não quisessem ter seu estilo de vida provinciano perturbado por qualquer coisa que fuja do conservadorismo da cidade. Percebemos esse
paradoxo – um grande interesse do público pelo Rock, mas uma total falta de apoio por parte do município para a realização de eventos, e a repressão aos eventos realizados por estudantes”, afirma o vocalista. A Johnny Rocker está em processo de estabilização ainda com ensaios intensos e um repertório que vai do heavy metal ao classic rock. AC/DC, Gun’s and Roses, Black Sabbath e Metallica são alguns nomes que fazem presença no som dos músicos. Apesar de ainda trabalharem apenas com os covers, eles pretendem iniciar suas próprias criações e introduzí-las no repertório assim que obterem um espaço maior e uma boa visibilidade. O nome da banda veio de um trocadilho
como se estas famílias tra“Édicionais não quisessem ter
seu estilo de vida provinciano perturbado por qualquer coisa que fuja do conservadorismo da cidade. Percebemos esse paradoxo – um grande interesse do público pelo Rock, mas uma total falta de apoio por parte do município para a realização de eventos, e a repressão aos eventos realizados por estudantes
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”
Reprodução Facebook/Sérgio Henrique Martins
com a marca “Johnnie Walker” e a logo ainda está em processo de desenvolvimento, mas os integrantes prometem que em 2015 já rolam os shows. “A princípio, depois de fechar repertório e terminar a fase preliminar de ensaios, tocaremos em festas universitárias”, responde Sergio ao ser perguntado sobre onde serão as primeiras apresentações.
Sobre Atlético e Garotos
Por Najla Brandão
Crônica
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E
le era atleticano doente. Lógico. Tinha que ser. universo. Eu observo, tentando desvendar seus deA minha antipatia pelo Atlético terminava ali, talhes. Cansei de perguntar qual era a das tatuagens, na hora que minha calcinha encharcava só de ele nunca respondia. Respondia qual era a da barba. lembrar das caras e bocas que ele fazia quando acerTodo dia era uma diferente. A de segunda: tavam o gol. Puta que pariu. Trave. Final do segundo _Barba é coisa de gente poderosa. tempo e eu não sei mais se nasci cruzeirense ou se A de terça: meu coração é preto e branco. Pra quê eu to torcendo _Assim é mais fácil, tô com preguiça. mesmo? Independente do resultado eu saio ganhanA de hoje: do. Se o Galo perde eu viro consolo e se ele ganha eu _Tô treinando pra ser mendigo. vou poder ver aquele sorrisão aberto pra mim. Sem _Ta chegando lá, cuidado. contar que ele vai ficar completamente bêbado e dá A gente ri, a gente dança daquele jeito desenpra abusar um pouquinho, quem sabe eu descolo até gonçado. Um charme só. Os braços soltos demais e as uma declaração e um carinho. Juiz apita. Empate. É, pernas enroscando umas nas outras em uma porrada essa eu não previa. de movimentos aleatórios. Sem padrão nenhum - Bora, meu bem? - eu chamo. mesmo. Levo ele pro banho, to vendo esse rapaz - Bora. desmaiar de sono na minha frente. Quase não dá pra Ele tá meio emburrado. Provavelmente vai acreditar que hoje ele vai ter uma noite tranquila. insistir nas cervejas quando chegarmos em casa. Os dias inquietos dele quase me matam. MadrugaAcho engraçadinho o jeito que o nariz dele franze das viradas e noites trocadas pelos dias. Ele foi pro um pouquinho quando tá meio brabo, é chuveiro e eu fui colocar meu praticamente imperceptível, eu mesma só pijama pra dormir. Apareceu no fui notar essa semana. Não entendia qual quarto cambaleando, esfreganFinal do segundo tempo e eu era o motivo pra eu gostar tanto da cara de do os olhos, sacudindo o cabelo não sei mais se nasci cruzeizangado, tá ali ó, três ruguinhas de nada molhado. Deitou pelado mesmo rense ou se meu coração é no nariz. Nariz de personalidade forte. Eu ficou de conchinha comigo. Beichamo assim todo e qualquer nariz que seja preto e branco. Pra quê eu to jou a minha nuca e balbugrande ou engraçado. O dele era engraçado ciou alguma coisa. torcendo mesmo? Indepene eu sou louca por esse nariz. Abriu a porta -Eu gosto de você pra caradente do resultado eu saio do meu apê e foi logo se jogando no sofá, lho, mulé. tirando a bota, abrindo uma long neck, Eu acreditei, né. Palavra ganhando. colocando aquelas MPBs que eu detesto de atleticano, coisa de torcedor, pra tocar. Sento do lado e de repente to mania de quem acredita. Nessas cantando Chico com ele. Eu na cozinha horas eu mudo até de time. passando um café e ele na sala curtindo a tontura. Como é que pode? - Não sei se eu corto o cabelo. -ele comenta de lá. - Deveria. Fica mais bonito curto. - Vou deixar assim. Ojeriza, viu? Ele não faz por querer. Assim como ser atleticano, irritar a minha natureza é completamente involuntário da parte dele. Afinal de contas, eu que escolhi essa delícia que era passar meu tempo com ele. Ele aperta a pasta de dente no meio? Aperta. Ele implica com meu gosto musical? Implica. Pelo menos não come a coxinha pela bunda, né? Olha que amor. - Vem cá. - ele pede. Eu vou, sento no colo e passo os dedos pelos fios lisinhos que parecem fazer carinho na minha mão. Tudo nele é assim. Carinho. Ele encosta a cabeça no meu peito e fica imerso no próprio
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Ensaio Fotográfico
OLudi(c
Nascido na cidade de São João Del Rei e fascinado por suas belezas há 19 anos, me coloquei compulsivamente a tentar retratar a cidade por uma visão diferente. Não a visão dos antigos pontos turísticos e históricos, mas sim uma visão profunda do intangivel de minha alma transcrito pelas belezas presentes aqui. Foto por José Eugênio ©
Essa cidade tem uma magia profunda que faz com que nossos sentimentos sejam exibidos em sua totalidade em seus céus, suas igrejas, suas casas e seus moradores. A cidade nos lê e retransmite o que de nós capta e, assim, faz com que todos que a visitem se apaixonem instantaneamente.
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Foto por José Eugênio ©
P cidade) Por José Eugênio Olhar o pôr do sol e não perceber que a cidade fala conosco é como ser um fiel e não entender os sinais de Deus. Não que eu seja uma pessoa religiosa, mas sei que quando o mundo quer falar conosco ele sempre dá um jeito. Os sinos nos contam histórias, os pássaros nos Foto por José Eugênio ©
mostram sentimentos e o céu, bem, o céu nos mostra quem somos. Não vemos outras coisas nos desenhos formados nas nuvens, vemos quem somos, quem éramos e quem gostaremos de ser. Então, como não amar essa cidade? Um eterno poema lúdico contando a nossa história Foto por José Eugênio ©
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