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06/01/2011

Sudoku

Momentos de Poesia MARIA DA CONCEIÇÃO

SOLUÇÃO DO NÚMERO ANTERIOR.

Fofa a cadeira, muito lauta a mesa, Palácio de Belém com fausto e luz, Que nada tem a ver com a pobreza Da Gruta, em Belém, do Bom Jesus. Sabem que, nele, se vive com largueza… A Presidência, assim, qualquer, seduz, Porque viver à grande, à “portuguesa”… Não é carregar o peso duma cruz. Essa está a pesar nos eleitores Que pagam crise, sem ser, dela, autores, Dando origem à contestação. Sem serem tentadores os dois mandatos, Não haveria tantos candidatos A querer prestar serviço à Nação…

De Tudo um Pouco MVC

NO COMEÇO DO ANO… INVESTIMENTO

Palavras cruzadas MANUEL DA COSTA Horizontais: 1-Prenome de um dos Presidentes da República portuguesa. Procurar. 2- Pão de… Interj. que exprime irritação. Apre! Hasteia. 3-Aqueles. Inundar. 4-Grande artéria que é o tronco de todas as outras do corpo humano. 5-Nota musical. Em que há erros (pl.). 6-Via de cintura interna (inic.). Carta de jogar. 7-Aque que segue a religião católica (escrito ao contrário). Letra do alfabeto grego correspondente ao nosso “r”. 8-Torne limpo. 9-Rezes. Mulheres sem roupas. 10-Espécie de dobadoira em que se enrolam os fios das maçarocas para fazer meadas. Cabelo branco. 11-Ama. Branco. Verticais: 1-O mesmo que olá. Parte do pão por dentro da côdea (pl.). 2-Astro-rei. Diz-se que quem as vê não vê corações. 3-Durar. 4-Suspiros. Assembleia de cristãos. 5-Sigla de uma Rádio portuguesa. Curso de água. Aprendi. 6-Nome que os antigos Egípcios davam ao Sol. Ultima sílaba do nome por que é conhecida uma plantação de videiras. 7-Linguagem baixa, gíria. Duas vogais. 8-Pequena embarcação (escrita ao contrário). Pega. 9-Quadrúpede carniceiro do grupo gato (pl.). 10-Respeito, observo. Cova sem vogais. 11-Que não só vulgares. Membro superior do homem.

Imagine que o seu Banco põe cada manhã, na sua conta, a crédito, a quantia de 86.400 euros com uma condição: você tem de gastar esse dinheiro nesse mesmo dia de maneira a que à noite, a sua conta fique a zero. Nesta situação o que faria? Iria, com certeza, todos os dias esvaziar a sua conta para aproveitar ao máximo essa dádiva. Pois bem. Este Banco existe e você é um dos seus clientes. O Banco chama-se TEMPO! Todas as manhãs o TEMPO põe na sua conta 86.400 segundos... Cada fim de dia o Banco considera como perdidos os segundos que você não usou, e o pior para si é que o Banco não lhe avança qualquer quantia sobre o montante que lhe será creditado no dia seguinte… Importa, por isso, que aproveite cada um desses preciosos segundos e os transforme em trabalho, alegria e boa disposição. Verá assim o seu capital aumentar substancialmente!... (TRADUZIDO DO FRANCÊS)

CITAÇÃO «Querido Deus: Adoro este engraçado mundo, mas acabo de saber que vais destruí-lo, ou, o que é pior ainda, que vais ficar muito descansado no Céu a ver destruí-lo, como actores cómicos a despedaçar um piano magnífico no qual grandes mestres interpretaram Beethoven. Não posso discutir as Tuas acções. O Universo é Teu. Tu fazes malabarismos com as estrelas e consegues mantê-las no espaço. Mas, por favor, antes da última explosão poderás explica-me algumas coisas?!... Eu sei que isto não passa de um pequeno Planeta, mas é nele que vivo e, antes de o deixar, gostaria de compreendê-lo um pouco melhor…» MORRIS WEST, IN “OS PALHAÇOS DE DEUS

A FAMA … E O PROVEITO Um miúdo de 8 anos resolveu escrever uma carta a Deus pedindo-lhe 100 euros para comprar um telemóvel. Escreveu a carta com o pedido e pôs o endereço: Senhor Deus – Portugal Os CTT receberam a carta, acharam graça, e enviaram-na para o Ministério das Finanças. O Ministro recebeu a carta, abriu-a, leu e pensou: - «Cem euros para um pequenote é muito. Vou enviarlhe 10 euros… O rapazinho recebeu a carta com os 10 euros e resolve escrever para agradecer: - Senhor Deus: Recebi a resposta, mas num envelope do Ministério das Finanças. E, como sempre, aqueles malandros ficaram logo com 90 por cento da quantia que te pedi!...

Pensamento da Semana

Solução do n.º 1028 Horizontais: Ra, pá, elara, caril, sim, ia, irara, cá, ró, as, r, mi, ou, a, ar, nega, por, alado, casta, dorido, moer, o, ozono, Lua.

Ponto Final

A CADEIRA DO PODER

Metade dos políticos não presta. A outra metade presta-se a tudo. COLUCHE – HUMORISTA FRANCÊS 1944-1986 – TRAD.

MANUEL VENTURA DA COSTA

“Viver é afinar um instrumento…”

E

stou a escrevinhar estas linhas no começo da noite do segundo dia deste novo ano de 2011, por coincidência, uma segunda-feira, um dia nada recomendável para que se peça aos neurónios ajuda para alinhavar qualquer coisa de jeito. Além disso não tenho já muito tempo, pois tenho de entregar o papel amanhã de manhã. É sempre assim. Nunca tenho tempo quando não quero ter tempo, quando quero arranjar uma desculpa… E então começo a recriminar-me e a falar com os meus botões: - ontem podia ter escrito qualquer coisa. Mas ontem já passou. Esvaiu-se… O tempo não volta para trás. Não pára. O futuro de ontem é hoje o presente. E hoje está quase a ir embora, é quase meia noite… Mas escrever sobre o quê?!... Tenho à minha frente a crónica da semana passada em que dizia que enquanto não houvesse alguém capaz de dar um murro na mesa e de pôr fim ao baile, a coisa não ia ao sítio. Mas estou agora a ver que me esqueci de dizer que o baile a que me referia, era este baile de máscaras a que assistimos todos os dias. Máscaras, mais máscaras - um país de mascarados! As estatísticas que nos chegaram no final de 2010 e que nos põem no topo das coisas más e no sopé das boas, são a prova evidente de que temos de mudar. Mudar de vez. É tempo de aprender, de evitar o que deveríamos ter evitado ontem. De ver o mal que fizemos. E desse balanço, dessa reflexão é que devemos arranjar material para construir o tempo de hoje e preparar o tempo de amanhã – o futuro. Que poderá ou não ser nosso, mas que será

com certeza dos nossos filhos, dos nossos netos. Enganam-se aqueles que me rotulam de pessimista. Aliás disse-o na semana passada. Sou, por natureza, optimista. Sou um defensor acérrimo do conceito «Não beba champanhe só nas vitórias, beba também nas derrotas. O sabor é o mesmo e é nas derrotas que você mais precisa...» E foi o que aconteceu no final do ano, depois de conferir os meus palpites do Euromilhões, do Totoloto e da Lotaria. Afoguei as mágoas E toca a afogar as mágoas! Fim de ano. Trezentos e sessenta e cinco dias que foram morrendo, enlutados apenas pelo negro de outras tantas noites. Um ano de angústias e de promessas não cumpridas. De mentiras e de piruetas desses pinóquios da democracia, desses vendedores de banha de cobre, que são os políticos. De injustiças e de hipocrisias mal disfarçadas, cometidas, sobretudo, por quem deveria dar o exemplo… É assim a vida – vivese, briga-se, esquece-se, lê-se, escreve-se, perdoase e sobrevive-se! É assim a vida. Como um romance que se escreve à noite, e se lê de manhã. E todos os dias se vira uma página… Como diz a canção: «Viver é afinar um instrumento / de dentro pra fora / de fora pra dentro / a toda a hora / a todo o momento / de dentro pra fora / de fora pra dentro…»


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