6 GERAIS
SEXTA-FEIRA, 27 DE MAIO DE 2022
PROSA
ÍNDICE MÁXIMO
ANS aprova reajuste histórico & VERSO de 15,5% para planos de saúde Mais de 70% dos universitários crispinianoneto@gmail.com
>> As operadoras dos planos de saúde poderão aplicar o índice em mensalidades cobradas entre maio de 2022 a abril de 2023 Reprodução
LÉO RODRIGUES
Repórter da Agência Brasil – Brasília
A
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou ontem (26) o índice máximo de reajuste anual para os planos de saúde individuais e familiares. O aumento poderá ser de até 15,5%. A decisão foi tomada pela diretoria por quatro votos a um. Trata-se do maior reajuste anual já aprovado pela agência, criada em 2000. As operadoras dos planos de saúde poderão aplicar o índice em mensalidades cobradas entre maio de 2022 a abril de 2023. Mas a atualização dos valores só pode ser realizada a partir da data de aniversário de cada contrato. Caso o mês de aniversário do contrato seja maio, é possível a cobrança retroativa do reajuste. A decisão não se aplica aos planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão. Ela incide apenas nas mensalidades dos contratos individuais e familiares firmados a partir de janeiro de 1999. São aproximadamente 8 milhões de beneficiários, o que corresponde a 16,3% do mercado de saúde suplementar. O aumento histórico ocorre um ano após a ANS ter aprovado pela primeira vez um reajuste negativo. Em 2021, as operadoras foram obrigadas a reduzir as mensalidades em pelo menos 8,19%, porque ficou constatada uma queda ge-
Planos de saúde têm maior reajuste anual já aprovado pela ANS, criada em 2000
neralizada na demanda por serviços de saúde em meio ao isolamento social decorrente da pandemia da covid-19. No período, os planos registraram uma redução de custos. “Já em 2021, tivemos uma gradativa retomada da utilização desses serviços. É também um ano influenciado por uma forte inflação em todo o país”, disse a gerente Econômico-financeira e Atuarial de Produtos da ANS, Daniele Rodrigues, ao apresentar os detalhes do cálculo do índice. Em nota divulgada em seu portal eletrônico, a ANS sustenta que tanto o reajuste negativo de 2021 como o reajuste histórico deste ano possuem relação com os efeitos da pandemia da covid-19. “Não se pode analisar o percentual calculado para 2022 sem considerar o contexto e os movi-
mentos atípicos no setor de planos de saúde nos últimos dois anos”, diz o texto. A proposta de reajuste foi submetida ao Ministério da Economia no início do mês. A pasta emitiu nota técnica aprovando a aplicação da metodologia na segunda-feira (23). Segundo a ANS, a atual fórmula para cálculo do reajuste anual foi adotada em 2018. O cálculo é influenciado principalmente pela variação das despesas assistenciais do ano anterior. Também leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país. A variação das despesas assistenciais de 2021 foi de 20,35%. É o maior percentual da série histórica apresentada na reunião, com dados desde 2014. Em 2020, essa variação havia sido negativa em 9,2%. Os
cálculos são realizados pela Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos da ANS. Diferentes diretores avaliaram que a fórmula pré-definida garante transparência e previsibilidade para o reajuste. “É uma metodologia que reflete de forma muito clara a variação da despesa assistencial”, argumentou o diretor de Desenvolvimento Setorial, Maurício Nunes. Para o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello, a aplicação da metodologia protege o interesse público. “A agência regula e procura manter o setor em funcionamento”, disse. Único voto divergente, a diretora de Fiscalização, Eliane Medeiros, elogiou os esforços da equipe em aplicar a metodologia em vigor, mas se posicionou contra o índice proposto.
têm renda familiar de até um salário mínimo
A
jornalista Beatriz Castro pesquisou e escreveu sobre esta idiotice de querer que sejam cobradas mensalidades em universidades públicas dizendo-se que só vai atingir os ricos. Ela constatou que a maioria dos estudantes das universidades federais do Brasil não consegue ter uma renda mensal que chegue a um salário mínimo. É o que mostra a 5ª Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos Graduandos das Instituições Federais de Ensino Superior, divulgada nesta semana. Segundo o levantamento, 70,2% dos universitários têm renda mensal familiar per capita de até um salário mínimo, sendo a renda média de R$ 640. Os estudantes com renda superior a 5 salários mínimos per capita são apenas 4,6%. Ainda de acordo com a pesquisa, 64,7% estudou o ensino médio integralmente, ou na maior parte do tempo, em escolas públicas. A entrada de estudantes nas universidades por meio das cotas (renda; preto, parto e indígena; e pessoa com deficiência) cresceu desde a implementação da política, em 2005. De 2016 a 2018, o índice segue entre 48% e 49%. O percentual de negros aumentou, alcançando a maioria absoluta do universo pesquisado: 51,2%. O levantamento mostra ainda que há um crescimento contínuo no ingresso de mulheres no ensino superior das universidades federais. Em 2018, o índice de mulheres matriculadas era de 54,6%. A pesquisa é realizada desde 1996 pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis (Fonaprace), vinculado à Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Os dados foram coletados em 63 universidades e 2 Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, de fevereiro a junho de 2018, num total de 424.128 questionários
O MARKETING DO SANGUE Na internet se discute o quanto é repugnante que o governador bolsonarista do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, esteja praticando chacinas em comunidades com o objetivo de obter ganho político para a reeleição. Estudo aponta que a gestão do Claudio Castro, afinado com Bolsonaro no Rio, em apenas um ano soma 180 mortes em 39 chacinas. É alarmante!... E lembrar que Bolsonaro prometeu acabar com o banditismo no Brasil.
DEBATES Mente quem está dizendo que Lula está se negando de ir a debates. Mas também não se pode esperar que ele, depois de ter sido líder sindical, dirigente partidário e presidente da República por duas vezes, seja inocente. Lula não é babaca de cair na armadilha de ir a debates na tv, quando estes se revelarem inúteis. A equipe de campanha de Lula impôs duas condições para a sua participação. A primeira é óbvia. Lula só vai se Bolsonaro for. Qual é o sentido de Lula ir debate com Simone Tebet? Janones e o candidato do PSTU? Ou encarar o bate-boca irresponsável de Ciro Gomes? A outra é que se faça um pool de tvs, isto é, os debates seriam de todos os veículos de mídia juntos.
JUMENTO BATIZADO Sérgio Reis disse que dinheiro de prefeitura não é dinheiro público como o da Lei Rouanet. Se estirar o pescoço ele rincha... Pode ter certeza!
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