Mestre Jaime Arôxa (em Paris) postou: “Olá, tenho lido, todos os dias, sobre as lesões sofridas por pessoas devido aos movimentos impostos por uma condução errônea, e as vezes, também, por falta de consciência corporal de quem aprende e quem ensina. Essa é uma verdade que precisa ser vista com urgência, e tem acontecido em muitas danças, não somente no Zouk. Todo movimento possível ao corpo é benéfico a saúde, se feito com base na natureza e limites de cada corpo. Até no Tango determinadas posturas podem lesionar ao longo do tempo. O excesso de uso de meia-ponta, a falta de conhecimento sobre como usar os pés para se mover, o balanço do corpo através dos joelhos, o cambret feito com as costelas abertas, o uso da cabeça sem o devido cuidado com choques e lesões de cervical, etc. Não sou médico, mas nesses 30 anos de profissão nunca lesionei meu corpo e, que eu saiba, nenhum aluno(a) se lesionou em minhas aulas, mas já vi professores de renome darem sequências de movimentos sem a
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devida explicação de cada movimento sem o cuidado de saber se aqueles corpos estavam em condições de executar, sem riscos, o movimento proposto. Por isso acho super válida a discussão, que torna a situação merecedora de estudos mais profundos sobre a postura óssea, o uso das articulações, a função dos joelhos e, principalmente, a consciência do limite de cada um. Vencer limites exige saber onde ele está e de que forma podemos expandi-lo sem prejuízo da saúde de seus praticantes. Isso acontece em toda forma de atividade física, mas na dança, como a maioria se utiliza de sequências coreografadas, esses cuidados, às vezes, passam batidos e muitos pensam só que fazer, e não como fazer, sem sentir antes, os avisos que o corpo dá quando a lesão se aproxima, e sem ensinar aos cavalheiros como pedir, com cuidado, certos movimentos sem ensinar as damas como se defender de conduções brutas que não respeitam a natureza do corpo humano”. Precisa comentários?
Professora Luciana Santos