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Ijuiense se destaca em área de pesquisa Felipe Krawczak está desenvolvendo um estudo inédito sobre a Febre Maculosa no Rio Grande do Sul e faz doutorado em Atlanta, EUA

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Com a placa de Melhor Trabalho Científico no Congresso Brasileiro de Doencas Transmitidas por Carrapatos para o Homem

Felipe no Centro de Controle de Doencas e Prevencao em Atlanta, Estados Unidos

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ijuiense Felipe Krawczak, 29 anos, filho dos empresários Mauri Krawczak e Elaine da Silva Krawczak, é médico veterinário formado pela Universidade Federal de Santa Maria, mestre e doutorando em Epidemiologia das Zoonoses (doenças transmitidas do animal para o homem), pela Universidade de São Paulo (USP). Felipe vem trabalhando na área de doenças que são transmitidas pelos animais ao ser humano e seu maior foco é a Febre Maculosa, doença que é veiculada ao homem pela picada de algumas espécies de carrapato, apresentando alta taxa de mortalidade em certas regiões do país. É uma doença de notificação compulsória ao Ministério da Saúde. “Esta enfermidade é causada por uma bactéria que é inoculada no momento da picada do carrapato e acomete com gravidade somente o ser humano. As espécies de carrapato que a transmitem são bem distintas do carrapato do boi, mais conhecido pela população”, explica. Atualmente, ele está desenvolvendo um estudo inédito sobre a Febre Maculosa no Rio Grande do Sul, já que o Estado apresenta casos confirmados da doença no Ministério da Saúde, e até o estudo dele, o conhecimento sobre esta doença rara era escasso. “Com este trabalho, tive a oportunidade, na área da pesquisa, de ministrar palestras e apresentar trabalhos em congressos nacionais e internacionais, entre os quais, em Cape Town, África do Sul, em 2014, no maior Congresso Mundial de Doenças Transmitidas por Carrapatos”, conta. Recentemente, Felipe foi agraciado com o Prêmio de Melhor Trabalho Científico na área Médica e de Vigilância em Saúde, apresentado no 1º Congresso Nacional de Doenças Transmitidas por Carrapatos para Humanos. O estudo que lhe conferiu o prêmio relata a primeira detecção molecular desta doença em um paciente de Santa Catarina, pois apesar deste Estado ser o segundo com o maior número de casos da doença no Brasil, os diagnósticos eram feitos apenas com testes sorológicos, e pela primeira vez, Felipe detectou em laboratório, molecularmente, a bactéria causadora da doença em um paciente humano residente em Santa Catarina. Nesse mesmo evento ele ministrou duas palestras para equipes médicas e de vigilância epidemiológicas do Brasil. “No inicio de 2014, eu descobriu uma nova espécie de carrapato para o mundo aqui no Rio Grande do Sul, contribuindo assim com o conhecimento da fauna ixodológica do Estado. Este estudo foi publicado em uma revista internacional européia de alto impacto científico”. Desde o início de setembro, Felipe está no CDC (Centers for Disease Control and Prevention) em Atlanta, Estados Unidos para realizar uma parte das análises de sua tese de doutorado. O centro americano é considerado um dos maiores do mundo no controle de doenças, e lá Felipe permanecerá por cinco meses. “Apesar de receber todo o financiamento e apoio destas pesquisas do Governo do Estado de São Paulo a partir da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), após o término do meu doutorado tenho grande interesse de retornar ao Rio Grande do Sul, principalmenNo laboratório te para nossa região Noroeste, para contribuir da Universidade com a população através de todo conhecimende Sao Paulo to adquirido em meus estudos”, finaliza.


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