JG_266 Março / Abril de 2021

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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXV | Edição 266 | Março / Abril de 2021

Madeira apodreceu por infiltrações • P. 7

Pavilhão

mete água e cobertura terá de ser substituída

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Celebrações na paróquia • P. 4

Fiéis regressam às igrejas Tempos de pandemia • P. 5

À espera da ressurreição Testes e vacinação • P. 6

Batalha acompanha o desconfinamento Justiça para 5 concelhos • P. 9

Batalha acolhe Julgado de Paz

CENSOS 2021 • P. 10

População volta a ser contada

Obra iniciada e outras em lista

Ecovia do Vale do Lena

Candidatos apresentam-se • P. 11

Autárquicas já mexem

Contra o Plano do Governo • P. 15

Autarquias da Batalha exigem investimentos na região centro

O percurso pedestre na freguesia da Golpilheira entrou em fase de execução, com asfaltamento de vias. O presidente do Município explica o que se segue. P. 3

Campos públicos e privados • P. 18-19

LMFerraz

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Padel chega em força


Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

abertura

.editorial.

Luís Miguel Ferraz Director

Ressurreição Em poucas palavras, dizemos o essencial sobre esta edição: continuamos na luta! Estamos cansados, exaustos, ansiosos por voltar a fazer coisas que há muito não podemos fazer. Vamos vendo algumas luzes ao fundo do túnel, sobretudo pelo avançar da vacinação e pelo gradual desconfinamento, mas estamos longe de ter certezas. Ainda assim, por entre as boas e más notícias deste jornal, vamos mantendo como palavra de ordem a esperança. Aproveitando o tempo da Páscoa que estamos a viver, sugerimos a imagem da ressurreição para iluminar esse horizonte.

Como poderá reparar, neste mês não contamos com o artigo histórico do investigador Miguel Portela. Nosso colaborador há anos, sempre pontual no envio de trabalhos que infatigavelmente vai desenvolvendo sobre as nossas raízes e a nossa cultura, foi acometido por uma doença grave que o impossibilita de continuar esse labor. Fazemos votos de que recupere rapidamente e em pleno. Para ele e para todos nós, que esta Páscoa seja, de facto, de ressurreição!

. caderno mensal .

José Travaços Santos Etnógrafo e investigador DR

2•

Herodes (sobre o poema “História Antiga” de Miguel Torga)

Era uma vez um rei, já lá vão dois mil anos, que ditou uma cruel, iníqua, lei: todos os recém-nascidos tinham de morrer (porque parecia haver, entre eles, um que era rival de tal rei). É certo que o rei não compreendia (era só rei e não sábio, poeta ou simples homem bom) o sonho que o recém-nascido trazia, e que era em vão que se luta contra os sonhos; por isso, o rei ficou, na história, um homem grosseiro, sem honra nem glória, e, menos ainda do que tal homem, um burro (como disse o Torga) um burro bem molesto a que só faltavam as ferraduras e o cabresto.

Padre Dr. Joaquim Coelho Pereira mandou construir a torre da Igreja Matriz (II) Publica-se neste número a fotografia da Igreja Matriz da Batalha e da Golpilheira já depois da construção da torre que aquele ilustre sacerdote, pároco da Batalha de 1899 a 1929, mandara erguer. A torre sineira era essencial porque no Mosteiro apenas existia, naquele tempo, um campanário com um sino. Como disse em apontamentos anteriores, era no Mosteiro que desde 1834 decorriam os serviços paroquiais, embora nunca deixasse de ser considerada, apesar de num triste estado de abandono e de ruina, a igreja da Exaltação da Santa Cruz (a que também o povo chamava de paroquial de D. Manuel I,

dado que foi este rei que a mandou construir) como a matriz batalhense. Lembro que era nela que estava sedeada a Confraria da Santíssima Trindade, cujo altar, do lado do Evangelho, ainda conserva um precioso retábulo renascentista. Compare, agora, o leitor a imagem deste mês com a do mês anterior e repare como o enquadramento foi perfeito, não destoando do estilo primitivo do templo a nova torre, antes favorecendo-o e sendo, no fundo, uma poderosa razão para o restauro dos anos 30 do século passado. Infelizmente, sorte idêntica não teve a Igreja de Santa Maria-A-Velha, panteão dos mestres do Mosteiro, irresponsavelmente destruída no século XX. Resta dela uma breve e quase apagada memória a marcar aquele chão sagrado e a condenar a nossa insensibilidade ante o dever de salvaguardar o património histórico, artístico, religioso, que é parte essencial da nossa Cultura, tesouro que pertence a todas as gerações de Portugueses, cuja defesa todos têm a obrigação de vigorosamente assumir. Caro leitor, compare a fotografia publicada neste número, e que tomei a liberdade de ir buscar de novo ao n.º 13 do “Boletim da Direcção dos Edifícios e Monumentos Nacionais”, de Setembro de 1938, dedicado à nossa Igreja Matriz, com a do número anterior do nosso jornal.

Voltou a Inquisição? Qualquer dia temos de pedir autorização, não haja por aí algum fanático “familiar” da nova inquisição, para empregar este ou aquele termo passível de ser considerado ofensivo ou pelo menos incorrecto segundo o catecismo laico de algumas minorias extremistas e exaltadas. Como vai longe do tempo de proibido proibir!

O Povo Português está a sentir-se confuso e a sentir, também, que a sua liberdade de expressão está por um fio. Para onde caminhamos?

Agricultores, pescadores, operários e pequenos empresários, alvos de crescente discriminação As classes profissionais, às quais todos nós devemos mais e onde a Economia nacional tem os alicerces mais seguros, estão cada vez mais desemparadas. Ninguém lhes diga ou, se o fazem, é sempre com a hipocrisia de lhes conquistar o apoio. Que fazer? Primeiro, é preciso denunciar vivamente esta discriminação que nos irá levar a situações gravíssimas de injustiça, de destruição dos nossos meios de produção mais importantes, de grave atentado contra a nossa Economia. Depois, retomar o movimento cooperativista, dá-lo a conhecer e incluí-lo nas aulas de cidadania como matéria essencial à inclusão de todas as classes profissionais em todos os processos da construção e da valorização nacionais. Agricultores, pescadores, operários e pequenos empresários são a base do progresso do País. Sem a sua participação e sem o reconhecimento da sua importância, não será possível progredir-se, não só em termos económicos, mas de justiça social. A plena integração de todas as classes profissionais e de todos os cidadãos nos órgãos de decisão política é não só indispensável à Democracia como ao progresso do País. Caso contrário, não passaremos dum arremedo democrático e de um País sempre dependente das esmolas internacionais.

Pagamento de assinaturas Caro assinante, com a continuidade da pandemia, não podemos fazer a cobrança de assinaturas porta a porta, como era hábito. Assim, apelamos ao pagamento por outros meios. Poderá consultar o último ano pago na sua folha de endereço. Por cada ano são 10 euros (15 Europa; 20 outros países). Sugerimos 4 opções: • Por transferência bancária para o IBAN PT50 0045 5080 4017 1174 2866 5 (meio preferencial; pedimos confirmação (nome e NIF) para geral@jornaldagolpilheira.pt). • Por Mbway, para o número 910 280 820 (identificar nome do assinante na descrição). • No bar do CRG, diariamente, das 07h30 às 24h00. • Por cheque, para: Jornal da Golpilheira - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA. Muito gratos pela colaboração, a direcção do Jornal da Golpilheira!


actualidade • 3

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Obra iniciada e outras em lista

Ecovia do Vale do Lena

O asfaltamento da via na zona do Paul, iniciado no início de Abril, está relacionado com o anunciado plano de percursos pedestres junto ao Lena?

Sim, os trabalhos de reabilitação de pavimentos em curso na Estrada do Paul, Estrada do Baçairo e outros arruamentos da freguesia até à zona do Castro e Colipo, integram o projecto designado por “Ecovia do Vale do Lena e Colipo”. Trata-se de um projecto

totalmente financiado por fundos europeus e que visa criar uma pista ciclável e pedonal ao longo das margens do rio Lena e prolongada até ao Colipo, em acolhimento de proposta dos alunos de Turismo do Agrupamento de Escolas da Batalha.

Verifica-se que se mantém a largura limitada da faixa. Não seria viável um pequeno alargamento para permitir o cruzamento de dois veículos?

Tal como referido, o objectivo é concretizar a maior pista ciclável e percurso pedonal do concelho da Batalha, pelo que, no futuro, aquelas vias junto ao rio Lena ficarão condicionadas aos moradores e proprietários de terrenos agrícolas, aliás como foi desde sempre o objectivo daqueles caminhos agrícolas. Não é uma variante rodoviária ao lugar da Golpilheira, será um espaço de mobilidade suave para que as famílias e desportistas possam fruir da beleza da natureza nas margens do rio.

Verifica-se também que o novo tapete está com grande desnível,

nalguns sítios mais de 10 cm, em relação à berma, podendo ser causa de acidentes. Essa situação será corrigida?

A empreitada terá duas fases: primeiro a reabilitação de pavimentos e de bermas, seguindo-se as marcações, sinalética e colocação de equipamentos, incluindo a construção de duas novas pontes cicláveis sobre o rio Lena. Insisto que a intervenção não é dirigida para o trânsito de viaturas ligeiras ou camiões pesados; pelo contrário, a ideia é reduzir o trânsito naqueles caminhos e devolvê-lo às pessoas, principalmente aos fins-de-semana.

Além desta, estão previstas outras pavimentações na freguesia, nomeadamente na estrada principal que atravessa a freguesia ou na Rua de Nossa Senhora da Boa Viagem, em Bico Sachos?

Estão previstas outras intervenções na freguesia ao nível da reabilitação de pavimentos e segurança de peões, designadamente, no troço da “Ecovia” que ligará ao Colipo e daí para o Casal do Quinta,

LMF

Está em curso o asfaltamento da estrada do Paul e da estrada do Baçairo, que liga a entrada da freguesia da Golpilheira, junto ao IC2, passando pela Canoeira, até ao Centro Recreativo. Em ordem a esclarecer os nossos leitores e a população em geral sobre este assunto, fizemos algumas perguntas ao presidente do Município, Paulo Batista Santos, aproveitando para questionar se outras intervenções similares estão previstas para os próximos tempos. Luís Miguel Ferraz

Segue-se o arranjo das bermas e sinalização

na Batalha. No que diz respeito à Rua da Batalha/Rua P. Dr. Joaquim Coelho Pereira/Rua de Leiria, as intervenções previstas estão associadas aos trabalhos de requalificação urbana no centro cívico da Golpilheira, no âmbito do “Concurso Mateus Fernandes” e que já devia estar em obra, mas foi adiado em função da necessidade de revisão do projecto e na sequência da exposição rece-

bida de algumas entidades da freguesia, o que determinou o seu adiamento.

Ainda quanto a percursos pedestres, haverá outras intervenções?

Sim, haverá sinalética, equipamentos de apoio e marcações novas, bem assim pedimos colaboração ao Grupo Aves da Batalha para a elaborações de painéis de informação ambiental que serão colocados ao longo do percurso.

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

entrevista local eclesial

. palavra dopároco .

Celebrações na paróquia

Fiéis regressam às igrejas

P. Armindo Castelão Ferreira Batalha e Reguengo do Fetal armindo.ferreira3@gmail.com

As nossas vidas passam, tantas vezes, por momentos de trevas. Momentos em que parece que nada pode brilhar, nada pode trazer aos nossos lábios um pequeno sorriso de esperança e alegria; tudo e todos parecem estar contra nós. Como canta Rui Veloso: “Não há estrelas no céu a dourar o meu caminho; por mais amigos que tenha, sinto-me sempre sozinho… Para mim hoje é Janeiro, está um frio de rachar; parece que o mundo inteiro se uniu pra me tramar”. E, se olharmos à nossa volta e para o mundo que nos rodeia, ficamos estarrecidos com tanto sofrimento, tantas trevas, tanto desespero. “Levando até ao fim a sua paixão, Jesus morreu; e, deposto da cruz, foi fechado no sepulcro. Ao olhar humano, era o fracasso total, a perda da vida e da honra…” Contra toda a esperança, o anjo anuncia às mulheres que o procuram no sepulcro: “Jesus ressuscitou, não está aqui”! Será possível? É verdade: tinha ressuscitado! É que não faz parte do desígnio de Deus que a vida seja derrotada para sempre pela morte. Foram as mulheres as primeiras a dar esse testemunho, depois os discípulos, Maria Madalena, os discípulos de Emaús, até Tomé… Os testemunhos de todos estes foram escritos nos livros sagrados do Novo Testamento. Mas, mais do que as palavras, foi a sua vida a dar testemunho: Cristo ressuscitou! Eles testemunharam com a própria vida essa verdade. Levados aos tribunais, foi-lhes dito: já vos demos ordens de não falar mais no nome desse homem. Mas eles não se calaram diante do que viram e ouviram. E, porque não se calaram, foram mortos. Mortos por anunciarem a ressurreição de Cristo… Nada nem ninguém pode vencer o querer de Deus. Ele, nosso Deus, Senhor e Pai, pode abrir os nossos túmulos e deles nos fazer sair, pode vencer as nossas trevas e mergulhar-nos na sua Luz, com a sua Esperança vencer os nossos desesperos, com a sua alegria vencer as nossas tristezas, perante as nossas guerras dar-nos o sabor da vitória. Para quem vive n’Ele, não há trevas que não sejam vencidas pela luz, não há sextas-feiras santas que não dêem em domingos de Páscoa, não há becos sem saída, não há morte que não dê em vida. Como os apóstolos, não tenhamos medo de O testemunhar com a nossa vida. Por nós, quantos poderão também encontrar n’Ele a fonte da luz, da paz, da esperança, da alegria!

LMF

Páscoa – Luz que vence as trevas Este ano já pudemos celebrar o Domingo de Ramos

Graças a esta terceira vaga da pandemia, tivemos mais dois meses de celebrações sem a presença de fiéis, entre 23 de Janeiro e 15 de Março, desta vez não por imposição legal, mas por decisão da Conferência Episcopal Portuguesa, a fim de contribuir para reduzir a circulação e concentração de pessoas. De facto, o rápido alastrar do contágio que nessa altura se verificou, com números descontrolados de doentes e mortos, a isso aconselhava. Com o anúncio do desconfinamento progressivo por parte do Governo, também a Igreja determinou voltar a acolher os fiéis nas igrejas, mantendo-se as regras especiais de afastamento e desinfecção que estavam em vigor deste Maio do ano passado. Assim, na paróquia da Batalha, regressaram as celebrações nos horários do costume e algumas outras especiais pelo tempo de Quaresma e, depois, de Páscoa que estamos a viver.

Catequese

As catequeses presenciais deverão ser retomadas a partir do dia 5 de abril, seguindo os mesmos ritmos das escolas e os procedimentos que já antes se seguiam de distanciamento e higienização. Informamos, a este respeito, que já foram marcadas algumas datas de festas da catequese, embora dependentes do evoluir da situação (sempre às 16h30): - Profissão de Fé para os que frequentam o 7.º ano: Golpilheira no dia 16 de Maio; Brancas e Casais dos Ledos no dia 22 de Maio (no Mosteiro); Batalha no dia 23 de Maio no Mosteiro. - Profissão de Fé para os que frequentam o 6.º ano: Batalha no dia 12 de Junho no Mosteiro; Golpilheira no dia 13 de Junho. - Primeira Comunhão (3.º ano): Brancas e Quinta do Sobrado dia 19 de Junho (no Mosteiro); Batalha no dia 20

de Junho no Mosteiro; Golpilheira no dia 27 de Junho. - Crisma (10.º ano): dia 21 de Novembro às 16h00, no Mosteiro. - Festa do Pai-Nosso (2º ano) ficará para o início do próximo ano de catequese. - Encerramento da catequese no final de Junho.

Visita Pascal

Não será ainda este ano que poderá realizar-se de casa em casa o Anúncio de Cristo Ressuscitado, também conhecido por Visita Pascal. Ainda assim, será feito de carro com a cruz, pelas ruas quase todas da paróquia. No ano passado, testou-se essa modalidade, mas reconheceu-se que o veículo circulava demasiado depressa e foram apenas percorridas as estradas principais, pelo que muita gente não chegou a ver essa passagem. Assim, este ano, aumentou-se o tempo disponibilizado para a visita a 3 tardes de domingo, estendeu-se o percurso a mais ruas e será feito em ritmo mais lento, embora sem paragens e com o conselho a cada família permanecer à porta, janela ou varanda de sua casa, evitando ajuntamentos de pessoas. Assim, embora possa haver alguns ajustes nos horários, esta é a previsão de percurso e horário de início de cada troço: - Domingo de Páscoa, 4 de Abril: (14h30) Batalha, (15h30) Faniqueira e Santo Antão, (16h15) Casal do Marra, (16h30) Casais dos Ledos, (17h00) Casal do Arqueiro, (17h30) Casal do Azemel, (18h00) Jardoeira, (18h30) Casal da Amieira. - Domingo de Pascoela, dia 11 de Abril: (14h30) Mouratos, Quinta do Sobrado, Palmeiros, (16h00) Centas, Brancas e Quinta do Pinheiro, (17h30) Cela e Golfeiros, (18h45) Casal Franco, Casal do Quinta, Casal do Rei, Casal Novo e Casal Santa Joana. - III Domingo da Páscoa, dia 18 de

Abril: (14h30) Arneiro, Rebolaria e Casal do Alho, (17h00) Bico, Casal do Benzedor, Golpilheira, S. Bento, Cividade, Casal de Mil Homens, Picoto. Para preparação desta visita, o pároco fez distribuir em todas as caixas de correio da paróquia uma mensagem com parte deste programa e um apelo ao contributo de todos para o fundo paroquial, de onde são pagas as despesas de funcionamento, entre as quais o ordenado do pastor. Como sabemos, não havendo festas e sendo o segundo ano em que não há visita pascal, as receitas reduziram-se a mínimos históricos, que não cobrem sequer as despesas correntes para manutenção das estruturas paroquiais.

Festas “adiadas”

Quanto às festas religiosas que se realizam habitualmente no Verão, embora ainda não haja certezas, o mais certo é que não possam ainda acontecer com os tradicionais arraiais. Assim, para já, o Conselho Pastoral adianta que apenas poderá autorizar-se a realização de Missa campal e a passagem da imagem do padroeiro num carro pelas ruas, sem procissão. Poderá, ainda, fazer-se a eventual venda de refeições ou outros artigos “ao postigo” ou em regime de “take away”. Tudo isto, sempre cumprindo todas as regras de distanciamento e protecção que na altura estejam determinadas pelas autoridades de saúde. Certo é que a festa paroquial da Santíssima Trindade, que ocorreria a 30 de Maio, não vai realizar-se. Tal como no ano passado, os mordomos terão uma Missa dedicada, na tarde desse domingo, devendo levar as suas ofertas em numerário e não em bolos. A qualquer momento, estas determinações poderão mudar, seja para maior abertura, seja para renovadas restrições. LMF


pandemia • 5

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Tempos de pandemia (também social e comercial)

Continuamos em tempos de pandemia, uma palavra que veio para ficar, há mais de um ano. Com avanços e recuos, confinamentos e libertações graduais, em teletrabalho ou alternância presencial nas empresas, vamos adaptado ritmos, inventando métodos novos de relação, procurando evitar o contágio ou sobreviver ao vírus. Na Batalha, como no País e no Mundo, o ano novo trouxe sinais de preocupação que vieram a confirmar-se com o regresso ao isolamento, ao comércio fechado e ao mundo todo em aflição de doentes e mortos. Já com a experiência do ano passado, foi mais fácil saber o que nos esperava, mas, também por isso, mais difícil de voltar ao mesmo… Além dos problemas de saúde, somam-se problemas de solidão, de falta de contacto com os familiares e amigos, de decadência social e económica. Há empregos e sectores que não sentem tanto o impacto, como é o caso da construção e das actividades com ela relacionadas, entre outras, até porque usamos mais a casa e é necessária maior assistência à degradação dos imóveis (e seus recheios). Isso nos confirmaram alguns empreiteiros e outros profissionais do sector aqui na freguesia.

DR

À espera da ressurreição

Jutina e Fátima Cruz são dois exemplos da procura de alternativas no “online”...

Mas os serviços e, sobretudo, o comércio, a restauração, o turismo, a cultura, o desporto… e por aí fora, quase pararam. Há métodos que se reinventam e experiências de televenda, sobretudo pelas redes sociais, que vão permitindo respirar, mas… não é a mesma coisa. Por exemplo, falámos com duas empresas da Golpilheira na área do vestuário, a Jutina e a FC…IN (Fátima Cruz), que apostaram em directos no Facebook e Instagram na venda online. “Ajuda a não parar completamente”, concordam, “mas não dá para comparar, nem é sustentável para cumprir os compromissos de rendas e despesas correntes, que não nos perdoam”. As vendas, referem, variam entre os 10%

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a 30% do que é normal fazer-se no mesmo período. Os cafés fecharam totalmente e os restaurantes limitaram-se a servir comida para levar. No Restaurante Etnográfico da Golpilheira, o movimento diminuiu drasticamente, sobretudo pelo fecho das escolas. A compra de refeições solidárias pela Câmara deu uma ajuda, mas, lá está, “quase não dá para os ordenados e outros gastos”, mesmo com algum pessoal em “lay off”. A Churrasqueira Vitória, de um jovem casal de empresários com ligações à Golpilheira, “foi o único espaço da vila da Batalha que se manteve sempre aberto”, mesmo nos períodos mais complicados, embora sempre em regime de “take away”.

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As consequências de tudo isto ainda estão longe de se manifestar completamente, podendo haver negócios que já não consigam retomar. O mesmo para as famílias, sobretudo onde houve perda de empregos, apesar de ajudas como as moratórias que, entretanto, se transformarão em contas ainda maiores para pagar. Este mês de Abril, que abrimos com o início do tempo de

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“Assumimos o risco com coragem, porque precisamos de viver, mas também porque as pessoas precisam de quem lhes sirva a alimentação diária”, contam a Márcia e o Sérgio. Outros optaram por fazer apenas a venda por encomenda com entregas ao domicílio…

Páscoa, foi também marcado por sinais de gradual abertura de portas, de regresso à rua, às escolas, às igrejas, às compras. Bem podemos dizer que todos ansiamos pela ressurreição definitiva, pelo regresso à vida (normal), pelos abraços sem medos, pelos sorrisos nos rostos destapados, pelos convívios de proximidade. A Páscoa é uma boa imagem disso mesmo… da ressurreição de Cristo ao Pentecostes, à vinda do Espírito que traz a vida nova, são 50 dias. É uma catequese que ajuda os discípulos a abrirem-se gradualmente a essa vida nova que se revela ser de salvação. Para nós, este princípio de ressurreição, a correr bem, será também o gradual regresso à vida. Oxalá que os 50 dias terminem do mesmo modo. Seja como for, por mais quaresmas e páscoas que tenhamos de enfrentar, a palavra de ordem é acreditar… que um dia chegará a paz. E, se soubermos aproveitar esta “catequese” pandémica, que essa paz venha melhor do que a que antes tínhamos, sabendo apreciar melhor as coisas simples e verdadeiramente importantes da vida, como a família, a amizade, a saúde e, acima de tudo, o amor uns aos outros. Luís Miguel Ferraz

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

pandemia

Câmara apoia cidadãos e instituições

Medidas excepcionais

O município da Batalha anunciou, no final de Março, que irá manter até final de Junho as medidas excepcionais em vigor por causa da pandemia, como a isenção do pagamento de mensalidades dos serviços de ATL dos estabelecimentos de ensino públicos, de tarifas de estacionamento e de taxas e rendas dos espaços públicos concessionados, incluindo lojas, quiosques, hostel, espaços no mercado municipal ou gabinetes da Casa do Conhecimento e da Juventude. Continua também o apoio ao comércio e actividades económicas, até Setembro, com dispensa de pagamento os valores das taxas de ocupação de espaço público pelo comércio, restaurantes, cafés e pastelarias, inclusive na ampliação do espaçamento das esplanadas. No mesmo sentido, para estimular a retoma das actividades desportivas e culturais, gradualmente a iniciarem conforme o plano de desconfinamento fixado pelo Governo, a câmara irá assegurar a gratuitidade até Junho no uso dos equipamentos desportivos municipais, inclusive dos novos campos de padel, piscinas, pavilhões municipais e campos de futebol sintético. A mesma decisão de gratuitidade é aplicada às visitas ao museu local e no acesso às produções culturais promovidas ou apoiadas pelo Município. Além disto, foram recebidas até final de Março as candidaturas ao apoio da autarquia por parte de associações e grupo desportivos e culturais do concelho, que poderão vir a ditar o reforço dessa ajuda para projectos de investimento e actividades regulares que queiram vir a promover.

Taxa a descer, mas superior a 2019

Pandemia traz desemprego A taxa de desemprego está a descer há cinco meses consecutivos no Concelho da Batalha, segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, registando em Janeiro de 2021 a redução de 12,4%, a mais expressiva da região centro do País. Ainda assim, comparando com Janeiro de 2020, é bem evidente o impacto da pandemia, em valores superiores a 20%. “Não há dúvidas de que existem menos postos de trabalho e mais desempregados no concelho da Batalha face ao ano de 2019; por isso, é fundamental reforçar os apoios às pequenas empresas, comércio, restauração, cafés e outras profissões que estão a ser fortemente afectadas pela pandemia”, esclarece Paulo Batista Santos, presidente do Município. Nessa linha, a Câmara propôs e a Assembleia Municipal aprovou por unanimidade um reforço imediato de 250 mil euros para o programa municipal de relançamento da economia e do investimento, como resposta às cerca de duas centenas de candidaturas que já foram entregues no Gabinete de Apoio à Empresa do Município da Batalha. Este foi um pacote de apoios aprovado em Novembro, com o objectivo de “conceder apoios financeiros às empresas e profissionais locais, de carácter extraordinário, não reembolsáveis, tendo em vista a manutenção dos postos de trabalho e mitigação de situações de crise empresarial, constituindo um incentivo para apoio à normalização da actividade das empresas sediadas no concelho da Batalha, dispondo de uma dotação inicial de meio milhão de euros”.

Campanhas de testes e vacinação

Batalha acompanha o desconfinamento Com o intuito de acompanhar as medidas de desconfinamento gradual anunciadas pelo Governo, a Câmara da Batalha deu início a 12 de Março a uma campanha de realização de testes rápidos à Covid-19 por antigénio, que garante resultados em 15 a 30 minutos. De acordo com o comunicado da Câmara Municipal, estes testes permitem “o rastreio e a identificação precoce de possíveis casos positivos, considerados fundamentais para tomar decisões rápidas de triagem, segregação e controlo da pandemia”. A operação de testes gratuitos começou por dirigir-se ao pessoal a exercer funções no pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico e a distribuição de máscaras aos alunos obrigados ao seu uso. Estendeu-se, depois, à população e aos trabalhadores da indústria, comércio, hotelaria, restauração e serviços do concelho, sectores considerados de maior risco de contágio, bem como às actividades desportivas e culturais realizadas no Concelho. Os testes são realizados no complexo da zona desportiva da vila, com capacidade para realizar até 1.600 testes por mês, em dois dias de colheitas semanais. Os interessados, sejam particulares, empresas ou instituições, devem realizar a sua pré-inscrição através da plataforma online teste-covid. batalhaonlife.pt.

DR

6•

Exposalão é novo centro de vacinação

Vacinação avança

O processo de vacinação iniciou-se, no concelho da Batalha, a 19 de Fevereiro. Desde início de Março, a autarquia instalou um novo centro de vacinação na ExpoSalão, com capacidade para receber até 500 pessoas por dia. Esta foi uma solução em articulação com a Unidade de Saúde Familiar Condestável e com a empresa detentora do espaço. Um outro centro foi instalado no edifício da junta de freguesia de São Mamede, por ser o local mais distante da sede do Concelho. Na primeira fase, até inícios de Março, já tinham sido vacinadas cerca de 900 pessoas com mais de 80 anos ou de 50 anos com patologias associadas, incluindo os lares, profissionais de saúde e bombeiros. Entretanto, a vacinação estendeu-se ao pessoal das escolas, em processo de rea-

bertura gradual até 5 de Abril. Recorde-se que apenas poderão ser vacinadas as pessoas previamente chamadas pelas autoridades de saúde ou contactadas pelo Município da Batalha, conforme o definido e critérios fixados pela DGS. A autarquia garante apoio logístico, transporte gratuito e facilidades ao nível dos contactos com as pessoas a vacinar, “num processo que já está a ser preparado há cerca de duas semanas e que garante que ninguém ficará excluído da campanha de vacinação contra a Covid-19”.

Ponto de situação

Ao fecho da nossa edição, no dia 8 de Abril, o concelho da Batalha registava apenas 4 casos activos para um total de 802 infectados, dos quais se restabeleceram 780, havendo a lamentar 18 óbitos.

Refeições compradas aos restaurantes locais

Câmara reforça apoios sociais Com o objectivo de ajudar as famílias com dificuldades económicas, no contexto de confinamento, e apoiar a restauração, a Câmara Municipal da Batalha reforçou o programa “Batalha Solidária” na disponibilização de refeições. Segundo uma nota de imprensa da autarquia, os restaurantes locais e as associações representativas do sector da restauração foram contactadas para celebrar um acordo de co-

laboração para o fornecimento em regime de “take away” das refeições necessárias. O município estima que, numa primeira fase, sejam distribuídas entre 900 e 1500 refeições por mês, correspondendo a um apoio inicial de 12 mil euros. Paulo Batista Santos, presidenta da Câmara, refere que “vivemos um tempo excepcional e desafiante’’ em que “todos somos chamados a ajudar quem precisa” e também “é

necessário garantir o futuro de um sector essencial para a economia e turismo locais, como é a restauração, que vive momentos muito difíceis”. O programa de apoio às refeições e à restauração local destina-se a famílias com rendimento, per capita, inferior ao salário mínimo nacional (fixado em 665 euros brutos) e que façam esse pedido para redesocial@cm-batalha.pt ou 244 769 110/961 385 570.


actualidade • 7

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Cobertura apodreceu por infiltrações

MCR

Pavilhão mete água

Edifício foi inaugurado em 13 de Julho de 2013

O Pavilhão Municipal construído na Golpilheira está encerrado e sem utilização desde meados de Janeiro. Este edifício teve, desde a sua inauguração, em 2013, alguns problemas estruturais visíveis a todos os que o frequentam, nomeadamente, ao nível da infiltração de água da chuva pela cobertura. Parte da estrutura dessa cobertura é em madeira, pelo que haverá danos consideráveis que se foram acumulando desde então, colocando em causa a sua segurança estrutural. A esse respeito, fizemos algumas perguntas ao Muni-

cípio, às quais prontamente respondeu o presidente, Paulo Batista Santos. LMF

Por que motivo encerrou o pavilhão desportivo da Golpilheira?

O Pavilhão Municipal da Golpilheira foi condicionado a qualquer prática desportiva desde o passado dia 18 de Janeiro e assim se manterá até estarem reunidas as condições de segurança e conforto na utilização daquele equipamento. Numa primeira avaliação técnica, está em causa a substituição integral da cobertura que se encontra bastante de-

teriorada, apodrecida e com múltiplos pontos de infiltração, situação que está a causar vários problemas ao nível do piso de jogo, equipamentos e demais espaços sociais.

Já foram apuradas as causas e responsabilidades desses problemas?

A Câmara determinou a realização de uma auditoria técnica às condições do telhado do pavilhão, com colaboração externa e no sentido de apurar as causas e eventuais responsabilidades dos fornecedores e empreiteiros. Prevê-se que esse trabalho esteja concluído nos próximos dias,

uma vez que o prazo fixado foi até ao final do mês de Março, meados de Abril. Com efeito, aquele equipamento, desde a sua abertura em Julho de 2013, registou vários problemas de infiltração que determinaram a suspensão de actividades em Janeiro de 2014, para avaliação técnica e medidas correctivas por parte do empreiteiro. Infelizmente, não foram suficientes para impedir o problema grave que hoje condiciona o funcionamento daquele pavilhão municipal.

Que investimento em concreto se prevê?

A estimativa provisória aponta para uma intervenção de cerca de 130 mil euros, ainda não prevista em orçamento municipal e que terá de ser enquadrada também ao nível da garantia da obra, com duração de 10 anos, uma vez que muito possivelmente trata-se de defeitos relativos a elementos construtivos estruturais. A execução das obras de recuperação do equipamento depende da conclusão dos trabalhos técnicos e do sub-

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sequente procedimento de concurso de empreitada.

Há perspectivas de prazos e de uma data para a reabertura?

Nesta data, estimam-se pelo menos 4 a 6 meses para concluir os trabalhos, em função da exigência da tarefa de renovação da cobertura e todos os sistemas agregados. No entanto, fica claro que iremos resolver o problema na brevidade possível e admite-se que, no aproximar do período de Verão, o equipamento possa ter alguma utilização, uma vez que não haverá o risco de agravar as infiltrações existentes.

Até lá, há soluções alternativas para a prática desportiva?

Na indisponibilidade deste equipamento desportivo, já foi concertado com os clubes que os jogos e actividades desportivas serão reconduzidos para o pavilhão municipal da Batalha e para o novo polidesportivo coberto da Escola Básica e Secundária da Batalha, ou ainda para os excelentes pavilhões das associações de Alcaidaria e do Casal do Marra.


Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

sociedade

Festeiros Senhor dos Aflitos 2020

Contas “adiadas”

Os nascidos em 1980, que fizeram 40 anos em 2020, tinham assumido o compromisso de organizar nesse ano a festa de Verão em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, principal padroeiro da Comunidade Cristã da Golpilheira. Como sabemos, a pandemia que nos atacou no início do ano veio impossibilitar esse e todos os outros eventos, mas o grupo já tinha organizado algumas iniciativas de angariação de fundos. Neste momento, ainda com incertezas, o grupo mantém-se mobilizado. Outros quarentões há em 2021 que também manifestam desejo de organizar a festa, mas nem sabemos ainda se este ano será possível. Quando houver condições para o regresso dos nossos tradicionais arraiais, haveremos de encontrar soluções. Para já, o grupo de 1980 entregou à Comissão da Igreja as contas do que já tinha realizado e ficará essa verba “reservada” para quando pudermos reiniciar as actividades festivas. Esperamos que seja em breve!

Relatório de contas Receitas

Dia da Freguesia Festival sopas Carnaval Outros donativos Total

335,00€ 1.985,00€ 1.458,22€ 166,22€ 3.944,44€

Despesas

Carnaval M80 (não se fez) Diversos Total

Saldo Global

Receitas Despesas Saldo final/lucro

-667,12 -46,00€ -491,41€ -1.204,53€ 3.944,44€ -1.204,53€ 2.739,91€

Agricultura familiar tradicional

O “grémio” popular... O “grémio” é o nome que adoptou um grupo de amigos conterrâneos da Golpilheira, todos reformados e com mais de 70 anos de idade, que há algum tempo para cá se têm juntado para se entreajudarem nos seus respectivos terrenos, de modo a passarem o tempo e estarem entretidos, evitando o que poderá ser a solidão da terceira idade, pois os filhos têm os seus empregos e nem sempre têm a disponibilidade para os ajudar. Esta foto data do passado dia 19 de Março. Nela podemos observar o famoso “grémio” no seu mais recente trabalho. Juntos, ajudam-se na

sementeira, na sacha e na colheita e como as batatas não se semeiam

todas no mesmo dia, existem diferentes dias para a colheita. Existe

Cadastro simplificado avança Com o apoio financeiro prestado pelo Programa Operacional Regional do Centro 2020, o município da Batalha, com uma dotação financeira de cerca de 141 mil euros, vai começar a fazer a representação

Domus

gráfica georreferenciada dos prédios rústicos que se encontram no seu território. “Este procedimento é essencial para fazer o registo dos terrenos de forma simples e gratuita através do cadastro predial sim-

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também a necessidade de as batatas serem pulverizadas para serem evitadas adversidades e a rega ocorre dependendo de ano para ano, conforme a abundância ou falta de chuva. Finda a colheita, cada um leva a sua carrinha e deposita no próprio celeiro, quer seja para consumo próprio ou dos familiares. Por norma, o “ganho” depois de uma manhã/tarde de trabalho é uma refeição conjunta, mas, devido à pandemia que atravessamos, esses ajuntamentos terão de ser adiados, ficando prometido que, mal seja possível, isso irá acontecer. Miguel Santos

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plificado e, por isso, um passo decisivo para que se possam identificar todos os prédios rústicos e os seus proprietários, em concelhos onde ainda não existe cadastro predial, como é o caso da Batalha”, refere nota da autarquia. Esta é uma medida articulada entre as áreas governativas da Coesão Territorial, Justiça e Ambiente e Acção Climática, a implementar com a colaboração técnica do Município nos próximos 6 meses. O apoio financeiro inerente a este programa é destinado a

financiar despesas com pessoal, assistência técnica, consultoria, equipamento informático, software especializado ou outras despesas associadas às operações. Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Batista Santos, “o conhecimento do território e a identificação dos limites e titularidade da propriedade é fundamental para a gestão e decisão das políticas públicas de solos, de ordenamento do território e de urbanismo, bem como para a defesa da floresta contra os incêndios”.

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Presidente da República preside à cerimónia na Batalha

DR

Combatentes homenageados no seu dia Os presidentes dos 5 municípios

Serviço de justiça para cinco concelhos

Batalha acolhe Julgado de Paz Foi assinado, no passado dia 7 de Abril, na Batalha, o protocolo de instalação do Julgado de Paz do Agrupamento dos Concelhos da Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, cerimónia que contou com a participação dos respectivos presidentes de câmara e da secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, entre outros responsáveis do sector judicial. O novo serviço funcionará no edifício Dr. Gens, antiga sede dos Paços do Concelho da Batalha, “com possibilidade de delegações totais de competências nos outros municípios”, o que permitirá que todos os cidadãos “tenham uma maior acessibilidade e proximidade a esta estância alternativa de justiça”, referiu Paulo Batista

O que é... Os julgados de paz têm competências para apreciar e decidir sobre diferendos legais cujo valor não exceda os 15 mil euros, com excepção dos que envolvam os direitos da família, das sucessões e do trabalho. Os processos têm uma taxa única não superior a 70 euros e um prazo médio de resolução de 60 a 70 dias. Trata-se de um serviço de justiça complementar ou paralelo aos tribunais,

Santos, presidente do município da Batalha. Elogiando o trabalho e a capacidade de união e colaboração entre os vários autarcas da região, que tem permitido soluções de conjunto como é este caso, o edil batalhense sublinhou que este modelo traz mais-valias como “a participação cívica, a pacificação na resolução, a simplificação processual, a flexibilidade, a economia, uma vez que este mecanismo tem uma taxa única mais barata do que os tribunais comuns, e a rapidez”. O mesmo referiu Gonçalo Lopes, presidente do município de Leiria e da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, na abertura da sessão, lembrando que “o acesso à justiça em condições de igualdade por todos é vocacionado para a participação cívica e para a responsabilização das partes na superação dos conflitos em que intervêm, uma vez que podem optar pela mediação ou pelo julgamento pelo juiz de paz. Nos julgados de paz privilegia-se a solução por mútuo acordo, contribuindo para a pacificação social, destacando-se ainda a colaboração entre o ministério da tutela e o poder local na administração da justiça e na resposta às necessidades e aspirações dos munícipes e das empresas.

uma das marcas que melhor estabelece a fronteira entre as sociedades mais e menos desenvolvidas”. Este é mais um passo nesse sentido, tornando a justiça “mais ágil e mais rápida”, com mais proximidade física e “ao nível da informalidade e da economia processual”, o que é ainda mais valioso neste contexto de pandemia que veio acentuar a fragilidade dos mais vulneráveis. Este serviço ficará à disposição de uma população global de mais de 250 mil pessoas, concretizando o seu direito a uma justiça “pronta, célere, a custo reduzido e com qualidade”, referiu Anabela Pedroso. A governante sublinhou o esforço na concretização deste protocolo, um ano depois do previsto por causa da pandemia, agradecendo aos que se empenharam nesta parceria entre poder central e local, que considerou “solução inspiradora” para a confiança dos cidadãos na justiça. Apontando a aposta no digital a que a pandemia obrigou e que será caminho a manter, a secretária de Estado conclui com a afirmação de esta união dos cinco municípios para a instalação de um julgado de paz comum deverá ser “um exemplo para resto do País” por ser um modelo “que faz sentido, a bem dos cidadãos e das empresas”. Luís Miguel Ferraz

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estará na Batalha neste dia 9 de Abril, nas cerimónias comemorativas do 100.º aniversário da fundação da Liga dos Combatentes, do 103.º aniversário da batalha de La Lys e do Dia do Combatente. As comemorações iniciam-se às 10h30, com a celebração da Missa pelos combatentes falecidos, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, presidida pelo bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Rui Valério. Cerca de uma hora depois, a cerimónia militar prossegue no exterior do monumento, com honras militares, Hino Nacional acompanhado por salva de 21 tiros, revista às forças em parada e a condecoração da Liga dos Combatentes como Membro Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito. Após o desfile dos militares, pelas 12h15, será feita a deposição de coroas de flores no túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo, entoação do Hino dos Combatentes e homenagem aos mortos em combate. De novo no exterior, no jardim junto à porta lateral do Mosteiro, será inaugurado um Memorial aos Combatentes Batalhenses.

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

sociedade

CENSOS 2021

População volta a ser contada A partir de 5 de Abril de 2021, arranca a nível nacional mais um Recenseamento Geral da População de Portugal (CENSOS). Cada cidadão irá receber uma carta do Instituto Nacional de Estatística (INE), distribuída porta a porta pelo recenseador alocado a cada freguesia e que contém os códigos necessários para responder posteriormente com segurança pela internet, bem como a informação de como fazê-lo. O mesmo recenseador irá também nesta semana actualizar a listagem dos edifícios, alojamentos e suas características. Na Golpilheira, o recenseamento será realizado por Andreia Portugal Azevedo, em colaboração directa com a Junta de Freguesia. De referir que esta operação será realizada tendo em conta o protocolo de saúde pública elaborado face à situação de contexto epidemiológico. A partir de 19 de Abril, que é o dia de referência para as respostas aos inquéritos, poderá responder pela internet. A resposta ao inquérito é obrigatória e deverá ser feita até 3 de Maio. Todas as respostas são confidenciais e só podem, ao abrigo da lei, ser usadas

para finalidade estatística do INE. O recenseador e demais intervenientes são obrigados ao dever de sigilo. Em caso de dificuldade no preenchimento, poderá recorrer ao apoio de familiares, amigos, ao próprio recenseador ou à Junta de Freguesia em data a informar posteriormente, ou ainda ligar para a Linha de Apoio (21 054 2021).

CENSOS

“Contagens”, “Numeramentos”, “Recenseamentos” – O Recenseamento Geral da

População de Portugal é um censo realizado, com algumas excepções, a cada dez anos. Em Portugal, as primeiras contagens da população recuam ao tempo de D. Afonso III (1260–1279), restringindo-se ao apuramento dos homens aptos para a guerra, mas a primeira contagem populacional de âmbito geral seria feita apenas em 1527, tendo-se seguido outras recolhas informativas no decorrer dos séculos. Actualmente, a entidade responsável pelos Censos é o INE.

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Os CENSOS são as maiores operações estatísticas realizadas em qualquer país do mundo. Através deles é possível traçar a “fotografia” das pessoas e das suas condições de habitabilidade. Deste modo, ficamos a saber: quantos somos, como somos, onde vivemos e como vivemos. Os CENSOS requerem o mapeamento de todo o território, portanto, a recolha de informação requer a adesão fundamental de toda a população. Para todo o processo de realização são necessárias, tanto a mobilização de um grande número de profissionais, quanto o tratamento qualitativo de grandes quantidades de informação.

Para que servem?

Os CENSOS produzem informação essencial para o desenvolvimento económico e social, constituindo-se, desta forma, como instrumentos indispensáveis à definição de políticas e ao planeamento informado dos serviços. A partir do conhecimento aprofundado e rigoroso da população portuguesa, a nível nacional, regional ou local, é possível a análise da estrutura social e económica do País,

da sua evolução e tendências, bem como a comparação com outras sociedades e países. Os dados sobre a população e a habitação são, assim, fundamentais para identificar, por exemplo: o número de escolas, creches, lares de idosos que são necessários em determinada região; onde se devem construir as vias de comunicação ou hospitais; a forma como o estado distribui os fundos pelas Câmaras Municipais; a definição de objectivos e prioridades para as políticas locais e globais de desenvolvimento; ou até mesmo na investigação em ciências sociais.

O que esperar dos CENSOS 2021?

Os dados censitários, informação sobre toda a população e todo o parque habitacional nacional, obtêm-se a partir de questionários específicos dirigidos a toda a população residente no território nacional, sem excepção, pelo que será realizada uma campanha informativa nacional, já a partir do início de Abril, que visa sensibilizar a população para a importância do envolvimento de todos. Ou seja, sem todos não conta!

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sociedade • 11

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Candidatos apresentam-se

Autárquicas já mexem As próximas eleições autárquicas, que estão previstas para Setembro ou Outubro deste ano, irão determinar a escolha dos elementos dos executivos camarários e das assembleias municipais e de freguesia. Apesar de estarmos ainda a alguns meses de distância, já são conhecidos alguns candidatos e movimentações em ordem à constituição das diversas listas no concelho da Batalha. O PSD foi o primeiro partido a apresentar oficialmente os cabeças-de-lista para a câmara e as quatro juntas de freguesia. Assim, para o executivo municipal, o elenco será presidido por Paulo Batista Santos, actual presidente, que se recandidata. Também recandidatos serão os actuais presidentes de junta da Batalha e de São Mamede, respectivamente, Rosa Abraúl e Marco Vieira. Como novidade, surgem os nomes de Carlos Fiúza para o Reguengo do Fetal e de Cesário Santos para a freguesia da Golpilheira. Já o CDS, apresentou também o seu candidato à Câmara Municipal, Horácio Moita Francisco, actual vereador eleito por este partido no executivo. Ainda sem nomes adiantados, o CDS garante

Candidatos anunciados à Câmara

Horácio Moita Francisco (CDS)

Paulo Batista Santos (PSD)

Raul Castro (Independente)

Candidatos às 4 Juntas anunciados pelo PSD

Rosa Abraúl (Batalha)

Cesário Santos (Golpilheira) Carlos Fiúza (Reguengo)

que irá concorrer com listas próprias a todos os restantes órgãos autárquicos. Outra novidade é a constituição em curso de um movimento independente para concorrer localmente a estas autárquicas, liderado por Raul Castro, ex-presidente da Bata-

lha pelo CDS e de Leiria pelo PS, sendo actualmente deputado no Parlamento por este partido. O mesmo movimento terá António Lucas como cabeça-de-lista à assembleia municipal, também ex-presidente da câmara pelo CDS e pelo PSD e ex-presidente da

Marco Vieira (S. Mamede)

assembleia municipal pelo PSD. Quanto às freguesias, não há ainda uma posição oficial deste movimento, mas é conhecida a intenção de apresentar também listas próprias às quatro assembleias. O PS anunciou já o seu apoio a esta candidatura in-

GNR sensibiliza comunidade escolar e pais

“Internet Mais Segura 2021” Visando contribuir para a prevenção de comportamentos de risco inerentes à utilização da Internet, no passado dia 9 de Fevereiro, em que se comemorou o Dia da Internet Mais Segura, a Guarda Nacional Republicana, em parceria com a Microsoft Portugal, lançou a operação “Internet

Mais Segura 2021”, que se materializou em acções de sensibilização digitais direccionadas para a comunidade escolar de 892 estabelecimentos de ensino. Estas acções focaram-se nas crianças, jovens, encarregados de educação e agentes educativos para questões como o

“cyberbullying”, furto de identidade, privacidade, incorrecção das fontes de informação, vírus informáticos e a dependência da internet, na qual se destacam os videojogos. A GNR aconselha que se tenham alguns cuidados para melhorar a sua privacidade online, destacando as seguin-

tes dicas: use passwords fortes; não guarde os seus dados pessoais no navegador da Internet, não partilhe dados privados nas redes sociais e nos sites de consulta, mantenha o seu antivírus actualizado; verifique e controle a dependência de internet junto dos seus familiares e amigos. PUB

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dependente, abdicando de candidatos próprios. A decisão terá sido tomada pelas estruturas nacional e distrital do PS, tendo a concelhia batalhense e o actual vereador eleito, Carlos Repolho, manifestado o seu desacordo com a estratégia. Provavelmente, outros nomes de elementos das listas e, porventura, de outros partidos ou movimentos irão surgir nos próximos meses, havendo ainda uma distância temporal razoável até ao início das campanhas eleitorais. Sendo importante a variedade e diversidade de candidatos, como é próprio de uma democracia saudável, é também de esperar que o interesse colectivo seja o principal objectivo das propostas e que a disputa entre elas seja honesta, cordial e civilizada. Sobretudo em meios locais, onde todos se conhecem e se devem respeitar, é fundamental que as diferentes ideias possam ser apresentadas sem necessidade de recuso à calúnia, aos ataques pessoais e à baixaria que, infelizmente, tantas vezes ocorrem na “baixa política” que descredibiliza quem a pratica e a própria democracia, o que leva a um cada vez maior afastamento dos cidadãos em relação à causa pública.


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

ambiente

Água, saneamento e lixo

Porto de Mós e Leiria

Descargas ilegais de efluentes pecuários O Comando Territorial de Leiria, através do Núcleo de Protecção Ambiental (NPA) de Leiria, nos dias 7 e 8 de Fevereiro, detectou duas descargas ilegais de efluentes pecuários provenientes de duas explorações suinícolas nas localidades de Boieira e Amor, nos concelhos de Porto de Mós e Leiria. No decorrer de duas acções de policiamento direccionadas para a prevenção e detecção de alterações às características dos recursos hídricos, os militares da Guarda detectaram, em duas situações distintas, descargas de efluentes pecuários a escorrer livremente para o solo, directamente de um tubo de polietileno, sem qualquer tipo de mecanismo que assegurasse a sua depuração. Na sequência destas acções, foram identificados os autores das descargas e elaborados dois autos de contra-ordenação por descarga de efluentes pecuários directamente para o solo, que foram remetidos para a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. / Administração da Região Hidrográfica do Centro, cuja coima pode ascender aos 144.000 euros. Fonte: GNR

A Associação de Defesa do Consumidor – DECO publicou, no início de Fevereiro, um estudo comparativo sobre o custo suportado pelos consumidores na factura da água, saneamento e resíduos sólidos urbanos (RSU), considerando consumos médios mensais de 10 m3 e de 15 m3, correspondentes, respectivamente, a 120 m3 e a 180 m3 anuais. Um estudo que veio demonstrar a disparidade de preços a nível nacional e, inclusivamente, entre municípios vizinhos. No caso da Batalha, a factura global revelou-se a mais baixa do distrito de Leiria, embora não tenha o valor mais baixo na água, sendo nas taxas de saneamento e RSU que a diferença se acentua. A água mais barata de todos os municípios é a da Marinha Grande, onde a factura final é muito próxima da Batalha. Paulo Batista Santos, presidente da Câmara, comenta que tal “vem confirmar a opção de estabilidade tarifária que o município acordou com a concessionária em 2014, em que a eficiência das redes conseguida nos últimos anos, com perdas inferiores a 20%, fosse integralmente aplicada na redução da tarifa da água e nas demais componentes da factu-

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Factura mais barata do Distrito

ra cobrada aos consumidores, o que, numa altura como a que vivemos, constitui para as famílias e para as empresas uma boa notícia”. Em nota da autarquia, sublinha-se ainda que, segundo os dados de 2019 publicados pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), a Batalha regista o indicador de concelho com água 100% segura e de qualidade para o consumo humano.

Escalões causam injustiças

Na passada edição, falámos também nesta questão da água, relativamente à questão de os consumos serem taxados por escalões, sendo cada

vez mais cara à medida que aumenta o consumo no contador. A intenção é motivar à poupança de água, penalizando quem atingir escalões mais altos. Ora, isto faz com que uma pessoa que viva sozinha pague apenas pelo escalão mais barato, enquanto um agregado familiar com meia dúzia de pessoas, ainda que sejam todos muito poupados, vai necessariamente gastar mais metros cúbicos em conjunto e subir no seu contador aos preços de 2.º e 3.º escalões. Trata-se de uma injustiça, pois não há igualdade na aplicação de preços entre os cidadãos. Há vários mecanismos de compensação dessa situação, com tarifários adaptados a famílias numerosas ou consoante o número de pessoas que vivam na mesma casa, que muitos municípios vão adoptando. Não é o caso da Batalha, apesar de esse ser um assunto há muitos anos debatido, por exemplo, na Assembleia Municipal. Assim, os cidadãos deste concelho podem alegrar-se por terem uma das facturas mais baratas. Mas a verdade é que há batalhenses a pagar a água bem mais cara do que outros batalhenses… LMF

Financiamento de 283 mil euros

SOS Ambiente recebeu mais de 12 mil denúncias A linha SOS Ambiente e Território, do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana, disponível 24 horas por dia através do n.º 808 200 520, permite que qualquer cidadão possa denunciar situações que violem a legislação ambiental e obter conselhos sobre assunto relacionados com a natureza, ambiente, florestas, animais de companhia, leis sanitárias e de ordenamento do território. Segundo nota deste serviço à imprensa, foram recebidos 12.185 contactos em 2020, “a maioria relacionados com animais de companhia, defesa da floresta contra incêndios e resíduos”. Esta linha tem vindo ser cada vez mais utilizada, tal como o novo serviço online, em gnr.pt/ ambiente.aspx ou pelo e-mail sepna@gnr.pt.

O Município da Batalha vai concretizar um projecto ambiental que consiste na implementação de um sistema de recolha resíduos biológicos (como restos de comida) nas suas quatro freguesias, financiado em 75% pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, no montante global de 282.900 euros. O projecto “Batalha recicla” prevê investimentos como a aquisição de uma viatura de recolha selectiva deste bio-resíduos (8 m3) com sistema de identificação por RFID e

1.400 contentores para recolha selectiva, garantindo que chegam aos principais produtores de resíduos alimentares e similares. De igual forma, estão previstas acções de sensibilização para a separação e valorização deste tipo de lixos e respectivo material informativo de suporte, bem como o desenvolvimento de uma plataforma de gestão inteligente do processo de recolha. “Este investimento ambiental visa atingir uma capacidade adicional de reciclagem de resíduos de 2.500

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Crimes ambientais

Sistema para recolher e tratar bio-resíduos

toneladas/ano e, consequentemente, reduzir a deposição em aterro, com ganhos ambientais e financeiros para o município”, esclarece o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Assim, garante, “cumpre-se mais um importante objectivo ambiental para o concelho, que pretende consolidar a opção de desenvolvimento sustentável”.


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Investimento prometido nas freguesias

A Câmara da Batalha anunciou no final de Fevereiro, para um prazo de 60 a 90 dias, um conjunto de intervenções centradas na promoção e dinamização do património e recursos naturais, nomeadamente, nos percursos pedonais, na zona de escalada do Reguengo do Fetal e no eco-parque sensorial da Pia do Urso, em São Mamede. Segundo nota da Autarquia, as intervenções, ainda em fase de concurso, vão da sinalética de percursos e respectiva homologação junto da Federação Portuguesa de Montanhismo e Campismo, à requalificação de equipamentos, e resultam da aprovação de uma candidatura em conjunto com os municípios de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, enquadrada no eixo estratégico da valorização e promoção do património natural da região. PUB

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Estruturas para uso do património natural

Percursos pedestres vão aumentar

Recordamos que a aldeia da Pia do Urso, recuperada e equipada com um parque temático e sensorial, adaptado a invisuais, foi um projecto distinguido por diversas entidades, com destaque para o Turismo de Portugal e a Universidade do Minho (Prémio Município do Ano – 2016) e constitui hoje um ponto de interesse turístico nacional. Composto por várias estações

interactivas e lúdicas, estas necessitam de ser requalificadas, atendendo à sua ampla utilização e desgaste natural, como é o caso da “Jurássica”, da “Musical”, da “Abstracta” e da “Lúdica”. No parque está, também, instalado um Centro de BTT, que oferece uma rede de trilhos cicláveis, devidamente sinalizados, com mais de 300 quilómetros de extensão, tendo sido o primeiro

Centro de BTT do país a ser homologado pela UVP/Federação Portuguesa de Ciclismo. Quanto aos quatro percursos pedestres “oficiais” do concelho da Batalha, todos de pequena rota (PR1 – Mata do Cerejal; PR2 – Buraco Roto; PR3 – Rota dos Moinhos; e PR4 – Caminho Ferro Mineiro do Lena), precisam também de renovação da sinalética. Além disso, serão criados dois novos:

a Rota das Pedreiras Históricas do Mosteiro da Batalha, na freguesia do Reguengo do Fetal, e o Percurso Pedestre “Collippo ao Vale do Lena”, na freguesia da Golpilheira. A instalação de uma parede de escalada no Reguengo do Fetal completa este conjunto de intervenções, num investimento global de 116 mil euros, comparticipado em 85% por fundos europeus. O presidente do Município, Paulo Batista Santos, considera que “a recuperação do sector do turismo e a aposta no turismo da natureza são objectivos prioritários para o relançamento da economia local no período pós-pandemia e ao nível do reforço das alternativas de lazer para os cidadãos”, tendo como pano de fundo “a valorização do desporto e da fruição da natureza, áreas que oferecem uma melhor qualidade de vida à população”. LMF

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Apoio a estudantes em 33 mil euros No Dia Nacional do Estudante, comemorado a 24 de Março, a Câmara Municipal da Batalha procedeu à liquidação antecipada do valor das bolsas de estudo, num total de 33 mil euros, para os 66 estudantes do ensino superior que beneficiam deste apoio orientado para famílias em situação de carência económica. Segundo nota da autarquia, “este ano registou-se o valor mais alto de candidaturas”, ficando ainda por entregar cerca de 16,5 mil euros até final do ano lectivo. “Este número pode ter de ser reforçado, principalmente nestes tempos de pandemia, porque acreditamos na educação para todos e que todos têm de ter as mesmas oportunidades”, refere o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos. Os jovens beneficiários deste apoio municipal são igualmente convidados a realizar trabalho voluntário nos períodos de interrupção lectiva e, nesta fase de pandemia, têm contribuído de forma relevante no programa municipal de distribuição de máscaras e, mais recentemente, nas tarefas de apoio à vacinação contra a Covid-19. “Os jovens locais que participam no voluntariado são motivo de orgulho para todos nós e o seu envolvimento nestas tarefas também valorizam o seu contribuo social”, acrescenta o autarca.

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Bolsas antecipadas

Investimento de 1,1 milhões de euros

Prémio pelo parque de eventos “Santa Maria da Vitória”

Batalha “Autarquia do Ano” ao nível do planeamento urbanístico na zona histórica da vila da Batalha, bem como valoriza a opção de reabilitar uma zona degradada – o antigo campo de futebol – para parque de eventos e de lazer para a população”, comenta o presidente, Paulo Batista Santos, justificando o investimento global de 1,1 milhões de euros com financiamento pelo programa Centro 2020. O júri do prémio deste ano foi constituído por Mi-

A construção do Parque de Eventos “Santa Maria da Vitória”, no centro histórico da vila da Batalha, foi considerado o melhor projecto nacional na categoria de planeamento urbanístico pelo júri da 2.ª edição do Prémio Autarquia do Ano, uma iniciativa que distingue o que de melhor se faz nas freguesias e câmaras do País, com o apoio da publicação ECO. “Esta distinção confirma o mérito de transformação que fizemos nos últimos anos

guel Ribeiro Ferreira, CEO da Fonte Viva, Luís Nazaré, professor universitário do ISEG, Ana Firmo Ferreira, CEO do Lisbon Awards Group, Gonçalo Saraiva Matias, professor universitário na Faculdade de Direito da UCP, Paulo Padrão, director-geral do ECO e, ainda, Teresa Figueira, da Lift Consulting e presidente da APECOM. Ao todo, foram mais de 30 os projectos premiados, num total de 10 categorias e mais de 25 subcategorias.

Município adapta edifício O Município da Batalha aprovou um investimento de 300 mil euros para financiar a requalificação da antiga escola primária Cândido da Encarnação, tendo em vista a instalação da Casa do Mimo – Centro Lúdico e Ocupacional PUB

de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais. A Casa do Mimo funciona provisoriamente na Rua dos Bombeiros, desde 2015, e nasceu da iniciativa de um grupo de amigos, professores e pais que sentiram necessidade

de dar resposta aos tempos livres de crianças com necessidades especiais. É um centro ocupacional para jovens com mais de 18 anos e centro de tempos livres para crianças que frequentam a escolaridade obrigatória. | AS PUB

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Ex-primária para “Casa do Mimo”

A escola que vai ser sede da “Casa do Mimo”


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Descentralização avança na Batalha

Batalha, Belmonte, Miranda do Corvo, Penalva do Castelo e Tábua são cinco das autarquias que assinaram autos de transferência para a descentralização de competências no domínio da saúde. Na cerimónia virtual, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serra Lopes, afirmou que “é importante a coragem de ser pioneiro nestes temas e a capacidade de o fazer, mesmo com as dúvidas que existem sempre e com a ideia de ser um processo novo”, acrescentando que “é um marco relevante”. Com a descentralização de competências no domínio da saúde reconhecem-se ganhos de eficiência próprios de uma gestão mais próxima das pessoas e concretizam-se os princípios da descentralização administrativa e da autonomia do poder local. No caso da Batalha, o protocolo assinado no dia 10 de Março preconiza que o Município passará a participar no

planeamento, na gestão e na realização de investimentos relativos a novas unidades de prestação de cuidados de saúde, nomeadamente na sua construção, equipamento e manutenção, na gestão, manutenção e conservação do edificado e do equipamento não médico, na gestão dos serviços de apoio logístico, como limpeza e segurança, no fornecimento de viaturas, electricidade, gás, água e saneamento e ainda na gestão do pessoal não clínico. Em contrapartida, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) transfere para o Município os edifícios do Centro de Saúde da Batalha e da Extensão de Saúde de São Mamede e três viaturas (o edifício da Extensão de Saúde do Reguengo do Fetal é propriedade da Casa do Povo local e o da Golpilheira sempre foi da Câmara da Batalha), bem como o montante de cerca de 67,5 mil euros para financiamento do salário de uma assistente

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Câmara recebe competências na Saúde

Extensão de Saúde do Reguengo foi recuperada

operacional e outras despesas de funcionamento assumidas. Além disso, o protocolo garante a transferência de valores mensais para suportar a manutenção e conservação dos edifícios, podendo ainda ser celebrados outros contratos entre o Ministério da Saúde e

o Município para a construção de novas unidades de Saúde ou para programas prioritários da DGS. Segundo nota da autarquia, na sequência deste processo, foi já feito o investimento de 26 mil euros para a requalificação e reabertura da Extensão de

Saúde do Reguengo do Fetal, a 15 de Março, e prevê-se para breve a reabilitação e ampliação do Centro de Saúde da Batalha, candidatada ao FEDER, num investimento de 455 mil euros, uma intervenção de 40 mil euros na conservação da Extensão de Saúde de São Mamede, a iniciar ainda este mês, e a aquisição de duas viaturas eléctricas para renovação de frota. A médio prazo, está prevista a construção e apetrechamento de uma nova Unidade de Saúde “Condestável”, no valor de 1,6 milhões de euros. Sobre a descentralização efectuada, Paulo Batista Santos refere que “foi um processo gradual, preparado de forma sistemática desde 2019 e sempre orientado pelo objectivo de servir melhor os cidadãos”. O presidente da autarquia considera que “a saúde é uma prioridade nacional e para a qual todos temos de investir mais recursos, para melhorar as condições de apoio e acompanhamento dos utentes, bem como mitigar as insuficiências nesta área, como ficou bem patente no início desta pandemia da Covid-19”. AS/LMF

Assembleia Municipal contra o Plano do Governo

Batalha exige investimentos na região centro A Assembleia Municipal da Batalha aprovou por unanimidade, no passado dia 25 de Fevereiro, uma moção em defesa de “investimentos estratégicos nas áreas da saúde, ambiente e infra-estruturas” na região centro, exigindo a sua “inclusão no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentado pelo Governo. Contra a opção do Governo em cingir o programa nacional a três áreas, os deputados batalhenses apontam as indicações do regulamento europeu para estes planos em relação a “seis pilares relevantes da política comunitária”, sendo um deles a coesão territorial. Nesta linha, a moção defende que sejam inscritas no plano as seguintes obras: – Beneficiação, ampliação e reequipamento do Centro Hospitalar de Leiria (Hospital de Santo André): – Construção da Estação

de Tratamento de Efluentes de Suiniculturas (ETES), um projecto essencial ao plano de despoluição da bacia hidrográfica do Lis; – Criação de um Parque de Ciência e Inovação da Região de Leiria; – Modernização e electrificação da linha do Oeste, no troço Caldas da Rainha – Louriçal. – Construção do nó de ligação entre a A1 e o IC9, Leiria/ Batalha/Ourém, um projecto considerado fundamental para o aumento de capacidade da rede viária associado ao turismo e à dinamização da área de localização empresarial de São Mamede, Fátima e Santa Catarina da Serra. Estes são considerados projectos essenciais para a fase de recuperação social e económica da região de Leiria, “que, estranhamente, não constam no PRR e que devem ser considerados pela sua

urgência e natureza estrutural nesta fase de relançamento das actividades económicas e ao nível da qualidade de vida dos cidadãos”. Segundo nota da Autarquia, este documento foi remetido para o Governo, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a Assembleia da República e os deputados eleitos no Parlamento Europeu.

Plano do Governo é um “embuste”, afirma o presidente da Câmara

Esta moção vem no seguimento de uma tomada de posição pública por parte do Município da Batalha, uns dias antes, em que se afirmava que este PRR, em fase de discussão e auscultação pública, “condena as aspirações das cerca de 300 mil pessoas da região de

Leiria e de toda região Centro de Portugal, porquanto centraliza os principais investimentos nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto”. Em missiva ao Governo, Paulo Santos, presidente da Câmara, recordava que “o Conselho Regional do Centro aprovou um documento estratégico subscrito pelas oito comunidades intermunicipais” com estes projectos concretos a considerar, já inscritos no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030) e apresentados pelos ministros das Infra-estruturas e da Habitação, do Ambiente e da Acção Climática e da Agricultura, bem como pelo próprio primeiro-ministro, em Outubro de 2020, “e agora não conhecem tradução no PRR, sem qualquer explicação e com graves consequência para o desenvolvimento da região”. Paulo Santos acusa o Go-

verno de “esconder” este plano, que veio a revelar-se “um embuste e um erro colossal”, concentrando recursos em Lisboa e no Porto e privilegiando o financiamento dos organismos do Estado em detrimento das empresas, do sector social e da generalidade das regiões do país. Assim, defende que o PRR seja “revisto e descentralizado” para não “agravar as assimetrias regionais, o que contraria os objectivos de coesão social e territorial que Bruxelas definiu no Mecanismo de Recuperação e Resiliência”. E termina com o apelo à “mobilização” dos autarcas e responsáveis regionais para esta exigência de mudanças no PRR, instrumento que guiará os investimentos a realizar com as verbas comunitárias pós-crise da covid-19, num total de 13,9 mil milhões de euros em subvenções. Luís Miguel Ferraz


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eclesial cultura

. museudetodos .

Batalha integra associação

Museu da Comunidade Concelhia da Batalha

Cerâmica portuguesa valorizada “online”

Vitória Alada – uma peça especial na comemoração dos 10 anos do MCCB

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Esta escultura feminina é proveniente da cidade romana de Collippo. Encontra-se no final da exposição do MCCB, em jeito de despedida dos visitantes. Produzida em mármore branco e de rara beleza escultórica, representa um rosto de mulher, revestindo-se de particular valor por ser uma peça datada do século I, graças ao cabelo que emoldura o rosto, formando uma trança, que contorna a testa da figura. De cabeça levantada, busto firme e traços delicados, a “Vitória Alada” faz lembrar o mascarão de uma proa de um navio, de olhos postos mais além. A peça sintetiza o espírito deste Museu e de todos os que para ele contribuem com generosidade, dedicação e saber. Dez anos passados desde a sua inauguração, a 2 de Abril de 2011, são muitas as vitórias que se contabilizam entre os necessários desafios desta instituição museológica, que já recebeu mais de 55 mil visitantes. Ao longo deste período, o Museu disponibilizou ao público duas exposições de média duração, com uma participação activa da comunidade na investigação e angariação de objectos. Foram elas: “O Ensino na Batalha” e “100 anos de carvão – Minas da Batalha: 1854-1954” (ainda patente). A estas juntam-se exposições de curta duração, designadamente aquela que levou alguns objectos do Museu à Sala dos Paços Perdidos, na Assembleia da República. Destaca-se também a exposição comemorativa da Criação do Concelho, no Posto de Informação e Turismo. O MCCB já recebeu mais de 20 mil estudantes oriundos de todo o País. Muitos deles visitaram o museu no contexto de projectos de parceria, como “visitas encenadas no Mosteiro” ou o programa “Era uma vez… monges, cavaleiros e reis – à descoberta do Património do Centro”, este último em parceria com os municípios de Alcobaça e de Tomar, promovendo a visita dos alunos aos Mosteiros da Batalha (e MCCB) e de Alcobaça, bem como ao Convento de Cristo, em Tomar. Ainda no domínio da educação, o MCCB desenvolveu acções destinadas aos alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha, como o programa “Heróis do Museu” para o 1.º ciclo ou as acções de promoção patrimonial com os alunos do curso profissional de Turismo. Acrescentam-se as muito apreciadas “Férias do Museu”, que promovem o conhecimento do património local e regional e dinamizam actividades lúdico-pedagógicas. As iniciativas de envolvimento da comunidade, designadamente os percursos temáticos ou as tertúlias no Museu, também nos merecem especial destaque. Sobre estas últimas, o MCCB recebeu mais de 20 especialistas em temas tão vastos como a etnografia, a literatura, o direito, a geologia ou a história da arte. Neste “Museu de Todos”, destacamos as iniciativas relacionadas com a sensibilização para a deficiência, tais como as visitas de olhos vendados, guiadas por pessoas cegas ou a formação de língua gestual portuguesa. Juntamos a criação de um roteiro turístico acessível, em parceria com o Mosteiro da Batalha, as Grutas da Moeda e o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota e ainda o novo circuito sensorial na vila da Batalha. Acrescente-se a procura do Museu por instituições nacionais como a ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal) ou grupos de turistas estrangeiros com necessidades especiais. São acções que levaram ao reconhecimento do Museu por parte de entidades como a Associação Portuguesa de Museologia, a Associação Acesso Cultura, ou os internacionais Fórum Europeu dos Museus e Ibermuseus. Os prémios recebidos são partilhados pelos visitantes, pelos munícipes e pelos colaboradores fundamentais para o sucesso e vida deste museu: institucionais, empresariais e individuais. Ao Jornal da Golpilheira, parceiro desde a génese deste projecto, o Município da Batalha, através do MCCB, manifesta, reconhecido, o agradecimento pela divulgação do nosso museu.

A Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (APTCVC) apresentou em Março deste ano um novo sítio online (ceramicadeportugal.pt), com vista à ampla divulgação das acções de preservação e valorização deste património cultural, desenvolvidas pelos 18 municípios associados: Alcobaça, Aveiro, Barcelos, Batalha, Caldas da Rainha, Condeixa-a-Nova, Ílhavo, Leiria, Mafra, Montemor-o-Novo, Oliveira do Bairro, Porto de Mós, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Tondela, Viana do Alentejo, Viana do Castelo e Vila Nova de Poiares. Recordamos que esta associação se destina a promover e incentivar o desenvolvimento económico, turístico e patrimonial dos territórios com larga expressão de cerâmica, abrangidos pelos municípios membros, contribuindo para o reforço da identidade cultural e preservação da memória colectiva, garantindo a notoriedade desta arte ao nível interno e externo.

A APTCVC integra o Agrupamento Europeu de Cidades Cerâmicas (AEuCC) que engloba mais de 120 cidades em 7 países: Alemanha (10), Espanha (29), França (10), Itália (46), Portugal (18), República Checa (3) e Roménia (12). Este agrupamento foi estabelecido para desenvolver intercâmbios e a cooperação transnacional no domínio da arte e do artesanato cerâmico, principalmente para criar coesão social e económica, desenvolvendo projectos e serviços para os interlocutores deste sector, no quadro das novas políticas europeias para os territórios. No caso nacional, este novo site será “um instrumento privilegiado de informação sobre a actividade cerâmica, com uma tradição económica e cultural desde a fundação no país, que ainda hoje é uma marca fundamental na expressão cultural ou na criação e manutenção de emprego”, também na nossa região.

Batalhense Tobias Monteiro integra o elenco

Filme inspirado na história do Mosteiro da Batalha

“A Abóbada” na RTP Tobias Monteiro – natural da Batalha – faz parte do elenco do filme, juntamente com José Martins, João Catarré, Maya Booth, Filipe Vargas, João Didelet e Figueira Cid. A produção foi rodada nos últimos meses de 2020, no Mosteiro da Batalha, e retrata a célebre lenda sobre a abóbada da Sala do Capítulo, da autoria de Alexandre Herculano, e inspirada em Afonso Domingues (interpretado por José Martins), mestre arquiteto do Mosteiro. “Para celebrar a vitória sobre os castelhanos na batalha de Aljubarrota, o rei D. João I (interpretado por João Catarré) decide mandar construir um grande mosteiro. Na corte, defendem uns que deve ser um arquiteto estrangeiro, largamente experiente

e mais preparado, a tomar o encargo de tão grande responsabilidade. Outros defendem que, precisamente pela enorme responsabilidade e simbolismo de tal monumento, deve ser um entre os muito sabedores e experimentados portugueses a fazê-lo. […] A súbita cegueira de Mestre Afonso Domingues acaba por levar o rei a ceder e entregar a obra ao arquiteto estrangeiro, que acaba por a ver derrocar. Perante o desastre, D. João I chama o seu eleito, Mestre Afonso, que mesmo que cego dirige a construção de uma nova abóbada”. O filme português pode ser visto através da plataforma RTP Play (https://www.rtp. pt/play/p8535/a-abobada) AS / Fonte: RTP


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Entre Abril de 2021 e Julho de 2022

Um dos vários murais que podem ver-se

Valorização e promoção do património

Jovens “pintam” aldeia No centro da Torre, concelho da Batalha, habita um coração vermelho gigante, pintado na parede de uma casa. É parte de uma cantiga popular registada para a posteridade por um grupo de jovens cujos versos lhes foram ensinados por alguns habitantes da aldeia. O mural, onde se lê “Os pratos na cantareira estão sempre ‘tlim tlim’/Assim está o meu amor quando está ao pé de mim”, exactamente o que cantavam as resineiras que, depois de um dia de trabalho,

se faziam ao caminho para o regresso à aldeia, é uma das cinco intervenções de arte urbana já realizadas no âmbito do projecto “Aldeia Pintada’”, que junta cinco jovens. O projecto nasceu da vontade de documentar o património e usá-lo como estímulo para a criação artística. “As histórias, as lendas, os cantares ou as vivências, recolhidas em diálogo com os habitantes, são a base para intervenções como a pintura de murais, o vídeo, a música ou a instalação. Para além de presentear as pessoas

da terra, este projecto pretende também dar a conhecer melhor o lugar ao forasteiro que por ali passa, valorizando a memória e identidade local ou simplesmente trazer cor à aldeia”. Mariana Menezes, professora de desporto, o músico Filipe Cordeiro e a museóloga Eva Vieira, Sandra Pereira, que trabalha na área do audiovisual, e o arquitecto Diogo Monteiro são os responsáveis do projecto, cuja ideia nasceu em ambiente familiar. Ângela Susano

Um programa cultural inspirado na Batalha de Aljubarrota decorrerá entre Abril de 2021 e Julho de 2022, tendo como ponto alto um espectáculo teatral a apresentar em três actos, nos territórios da Batalha, de Porto de Mós e de Alcobaça, protagonizado por grupos e agentes culturais locais. O projecto, num valor global de 300 mil euros, é promovido em parceria pelos três municípios e pela companhia S.A. Marionetas, de Alcobaça, com apoio da Fundação Batalha de Aljubarrota e financiamento do FEDER em 280 mil euros, visando “a realização de um conjunto de eventos associados ao património, à cultura e a bens culturais que promovam a cooperação territorial entre as partes”. A produção original será sobre a Batalha de Aljubarrota e não uma recriação da mesma, explica o coordenador cultural, Luís Mourão. “É um espectáculo sobre a Batalha Real e nisso reside, sem pretensões, a sua originalidade, a sua maior ambição e força. É também uma forma de semear neste território um saber-fazer que, idealmente, se prolongará no tempo e se enraizará nas práticas teatrais, enriquecendo-as”, diz o dramaturgo em nota à imprensa, lembrando o potencial do envolvimento de profissionais com amadores locais. | AS

Painel de Azulejos no lavadouro da Rebolaria “Para sempre queremos recordar as histórias e os momentos outrora vividos nestes espaços de muita água corrida, muita roupa estendida e de

muita ‘tagarelice’ afiada”. Assim apresenta a Junta de Freguesia da Batalha, na sua página de facebook, algumas fotos de uma interessante iniciativa

que promoveu na ornamentação dos muros do lavadouro da Rebolaria, com painéis de azulejo da autoria do artista Bruno Gaspar. Alguns quadros

típicos da vivência ancestral daquele espaço ficam, assim, imortalizados para memória do passado e testemunho aos vindouros.

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economia/ /desporto

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Sede será a Casa da Juventude

Município faz protocolo

“Startup Leiria” ajuda empreendedores A Câmara Municipal da Batalha e a “Startup Leiria” subscreveram um protocolo de cooperação que tem por objetivo restabelecer os princípios de cooperação, com vista ao desenvolvimento de mecanismos de apoio ao empreendedorismo e inovação, contribuindo para o desenvolvimento económico e social do concelho da Batalha. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Batista Santos, esclarece que, com esta parceria, foram criadas “condições de melhor qualificação dos jovens”, uma vez que a “Startup Leiria”, liderada pelo Instituto Politécnico de Leiria, é especializada na promoção do empreendedorismo, inovação e novas tecnologias. No âmbito deste protocolo, a “Startup Leiria” irá desenhar e gerir as atividades de apoio aos empreendedores, nomeadamente, prestar os serviços de capacitação e/ou consultoria para desenvolvimento dos modelos de negócio dos empreendedores do concelho; criar oportunidades para potenciar o crescimento dos negócios através de mentorias, ligação a outras entidades e aconselhamento especializado; e ainda apoiar a Câmara Municipal no desenvolvimento de projetos nacionais e europeus no âmbito de quadros de apoio à economia e inovação. “Os empreendedores de todo o concelho vão beneficiar deste protocolo, uma vez que o mesmo será alargado em função das necessidades”, esclarece o autarca. | AS

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Na zona industrial da Jardoeira

Abertura para breve

Um dos maiores clubes de padel “indoor” chega à Batalha Com abertura prevista para quando as medidas de confinamento forem levantadas, este espaço traz 10 campos indoor. O padel é um desporto jogado a pares, utilizando raquetes e bolas próprias. O campo está envolvido por paredes, sendo que a bola pode ressaltar nessas superfícies e de seguida ser jogada. Bruno Ferreira, 23 anos, e os pais, Maria da Luz Ferreira e Fernando Ferreira, são sócios do “Padel XXL” que vai abrir na Zona Industrial da Jardoeira, no concelho da Batalha. Começou a jogar padel há pouco mais de seis meses e

logo se apaixonou pela modalidade, explica Bruno. “O Padel XXL nasceu da vontade de inovar este desporto na zona centro. Com um total residual de 12 campos distribuídos por vários clubes na área e arredores de Leiria, vimos a oportunidade perfeita para alargar os horizontes”. O “Padel XXL” vai contar com uma área de mais de 3.000 m 2 em 10 campos indoor, tornando-o assim num dos maiores clubes de padel “indoor” do país, a par com o “Padel Inn”, aberto em Junho de 2020 em Vila Nova de Gaia. Dois destes 10 campos são panorâmicos e estão instalados

com relva igual à do “World Padel Tour” – o circuito internacional de padel. Neste novo espaço da Batalha pode alugar os campos para jogar e ainda fazer parte da academia de padel. Vai ter também um espaço para crianças – os pais podem jogar enquanto os miúdos ficam a brincar – e ainda uma zona de “lounge” bar com “snacks”. Como o clube quer apoiar a comunidade dentro e fora do campo, está a apostar numa forte comunicação nas redes sociais, tanto no Facebook como no Instagram. Ângela Susano

Florista da Golpilheira

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Isaflores festeja 25 anos

Profissão com paixão

Isabel Soares iniciou a sua carreira profissional como analista num laboratório da indústria alimentar, mas ao fim de 20 anos deparou-se com

uma situação de desemprego e decidiu mudar de vida e dedicar-se a uma paixão antiga: ser florista. Assim, procurou formação nessa “arte”, adaptou

um espaço em sua casa, fez o investimento inicial em flores e plantas… e abriu negócio, no dia 30 de Março de 1996. A propósito das bodas de prata da “Isaflores”, a empresária comenta que não está arrependida da opção feita, apesar dos problemas que o tempo foi trazendo, como foi, neste último ano, a pandemia, que veio limitar em muito quase todo o comércio. “As

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Aos nossos clientes e amigos desejamos Santa Páscoa!

pessoas não vão a eventos, não organizam festas e convívios, estão mais confinadas a suas casas, não há casamentos, baptizados, crismas e festas religiosas… é natural que a venda de flores tenha sofrido uma grande quebra”, refere. Ainda assim, não deixa de acreditar no futuro e “como já passámos por outras crises, também haveremos de passar esta”.

Pelos 25 anos de actividade, Isabel Soares aproveitou as redes sociais para agradecer: “a toda a minha família que me apoiou, a todos os meus clientes que me fizeram crescer e chegar a esta data e a Deus que me tem dado saúde”. Por nós, os parabéns e força para continuar! LMF

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Em São Mamede

Secretário de Estado esteve presente

Dois campos inaugurados

Padel no desporto municipal Estão disponíveis, desde o passado dia 5 de Abril, os dois campos de padel inaugurados pelo Município da Batalha a 27 de Março, integrados no complexo de ténis da zona desportiva da vila. Estes campos foram construídos numa parte bastante degradada do complexo de ténis, que precisava de reabilitação e de consolidação de estruturas. O projecto foi desenhado pelo gabinete de obras municipais, dirigido pelo engenheiro Rui Gouveia, e, com um investimento de cerca 155 mil euros, que inclui um sistema de iluminação que permitirá os praticantes jogar à noite, está recuperada aquela zona. Na inauguração, Paulo Ba-

tista Santos, presidente da autarquia, referiu que esta é mais uma oferta desportiva municipal, na convicção de que “o desporto é fundamental para a qualidade de vida saudável das pessoas”. Além de poderem ser usufruídos pela população em geral, estes novos campos servirão também para alargar as modalidades praticadas no âmbito do desporto escolar. Também o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, presente na ocasião, apontou as funções do desporto como potenciador do entretenimento, do convívio e da saúde. “A Batalha fica mais rica na oferta desportiva, alinhando com o desenvolvimento nesta matéria por todo o País nos últimos

anos”, disse. Quanto a esta modalidade, ainda desconhecida de muitos, lembrou que “já existe em Portugal há bastante tempo, havendo mesmo uma federação própria”, com mais de 200 equipas federadas, além de selecções nacionais masculina e feminina. O governante aproveitou para saudar a direcção da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), que estava reunida, em parte presencialmente e em parte online, numa sala do complexo desportivo de futebol, ali ao lado. Voltando ao padel, os interessados poderão fazer reserva de campos na plataforma www.desporto.batalhaonlife. pt. LMF

A aldeia da Pia do Urso, na freguesia de São Mamede, vai acolher uma prova do Campeonato Nacional de Trail, no próximo dia 11 de Abril, promovida pela Associação de Trail Running de Portugal (ATRP) e a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), com apoio do Atlético Clube de São Mamede, da Junta local e do Município. A realização desta prova foi apresentada no local, no passado dia 27 de Março, com a presença do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, do presidente da FPA, Jorge Vieira, do presidente da ATRP, Rui Pinho, e do presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos. O secretário de Estado enalteceu o crescimento desta modalidade e dos desportos na natureza, a nível nacional, bem como o papel da FPA e da ATRP na sua promoção com “visão muito futurista e inclusiva”, até porque “a prática desportiva está cada vez mais associada ao crescimento da economia, através do turismo e de um conjunto de serviços que se desenvolvem justamente por estes eventos”. Rui Pinho referiu que este campeonato nacional será “uma oportunidade de promover a modalidade, de fomentar hábitos de vida saudável e de promover o território e a economia” e Jorge Vieira sublinhou que a integração do “trail running” na FPA fez do atletismo uma modalidade “ainda maior” e “mais rica”, afirmando querer “fazer do atletismo a modalidade com mais federados no país”. Também Paulo Santos frisou o “papel do desporto na promoção de comportamentos sustentáveis dos jovens” e manifestou intenção de criar um centro nacional de trail na Batalha, sendo objectivo do município “investir no desporto e mobilizar os jovens para as alterações ambientais e promoção do turismo da natureza”.

Prova na Pia do Urso

Quanto à prova na Pia do urso, decorrerá nos “Trilhos do Pastor”, um percurso técnico de 35 quilómetros por estradões e carreiros nas serras e vales do Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros e do maciço calcário estremenho, com um desnível de cerca de 1.600 metros, passando por locais como o Buraco Roto e a Escarpa de Falha no Reguengo do Fetal e a pitoresca aldeia do Alqueidão da Serra. Os vencedores masculino e feminino absolutos integrarão a selecção nacional de trail, que representará Portugal no mundial da modalidade, a realizar na Tailândia, em Novembro.

Câmara aprova integrar parceria

Campo da Torre poderá vir a ser pavilhão O Município da Batalha anunciou, no início de Março, a aprovação de um apoio financeiro para integrar uma parceria com a Junta de Freguesia do Reguengo do Fetal e a colectividade proprietária do campo de futebol da Torre, tendo em vista adaptar esta infra-estrutura em pavilhão desportivo. Segundo nota à imprensa, esta obra, prevista para 2023, permitiria “a requalificação e melhoramento do espaço desportivo existente, que já

possui algumas instalações, nomeadamente balneários, bancadas e campo de jogos, embora registando níveis visíveis de degradação sendo necessário uma intervenção profunda”. O projecto prevê “a intervenção de regeneração da envolvente urbana onde se integra este espaço desportivo, numa área central do lugar da Torre, pelo que servirá também para a “melhoria da paisagem urbana”. AS

DR

LMF

Nacional de Trail

Maqueta


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Novo movimento em defesa da vida

Comunicado

O Tribunal Constitucional pronunciou-se pela inconstitucionalidade do diploma da Assembleia da República que permitia a eutanásia e o suicídio assistido, decisão pela qual o Movimento Acção Ética (MAE) se congratula. “Lamentavelmente, o Tribunal Constitucional parece afirmar que a inviolabilidade da vida humana, proclamada, sem equívocos, no artigo 24.º, n.º 1, da Constituição, não se mostra suficiente para excluir a admissibilidade da eutanásia – estamos diante de um retrocesso civilizacional”, aponta o MAE, encabeçado por António Bagão Félix, Paulo Otero, Pedro Afonso e Victor Gil. O MAE chama ainda a atenção: “É certo que a remissão densificadora do que sejam os conceitos indeterminados usados, desde logo o conceito de lesão definitiva de gravidade extrema, tornam a missão da Assembleia da República, à luz de conhecimentos científicos que sejam objecto de consenso, praticamente impossível “. Independentemente dessa dificuldade inultrapassável da definição objectiva do que é a lesão definitiva de gravidade extrema dentro dos quadros da reserva de lei, o MAE alerta que “uma qualquer lei permitindo a eutanásia, além de habilitar que um terceiro possa sempre dispor de vida humana alheia ou, pelo menos, colaborar na sua supressão, comporta o risco da designada rampa deslizante ou porta entreaberta”. Além do mais, “o que está em causa não é uma morte medicamente assistida, mas sim uma morte medicamente provocada!”. A vocação do médico não é ajudar ao suicídio, ainda que a pedido do doente, mas sim tratar, cuidar e aliviar o sofrimento. O MAE considera que “nada disso afasta a exigência de dignidade no momento da morte” e “que seja excluído todo o tipo de encarniçamento terapêutico ou de prolongamento artificial da vida humana”. Este novo movimento cívico deixa um apelo ao

A pandemia ainda não permitiu assinalar com a devida importância o Ano da Imprensa Regional, que se comemora em 2021, na sequência de uma deliberação conjunta datada do mês de Dezembro, rubricada pela API – Associação Portuguesa de Imprensa e pela AIC – Associação de Imprensa de Inspiração Cristã. Apesar das dificuldades deste tempo marcado por confinamentos sucessivos e restrições em muitas frentes da vida individual e colectiva, é importante e urgente assinalar o Ano da Imprensa Regional, agregando iniciativas, numa perspectiva duradoura, que garanta a sustentabilidade e desenvolvimento dos jornais locais e regionais, em suporte papel e digital. É isto que as associações de imprensa, em parceria com os editores locais, irão concretizar ao longo dos próximos meses. O ano em curso constitui um calendário de oportunidades para reflectir e pôr em marcha medidas que reforcem o papel da imprensa regional, a sua independência de todos os poderes, a sua importância no combate à pandemia das notícias falsas, através de uma informação que convoca os melhores princípios éticos, a independência, o rigor, a inclusão, a pluralidade, a liberdade, o respeito pela privacidade, o respeito pelos leitores, a defesa dos direitos humanos e o escrutínio de todos os poderes. O papel de proximidade da imprensa regional é insubstituível e fundamental, um pilar importante e constituinte da própria democracia, que deve reforçar e ampliar diariamente o espaço de cidadania, com uma expressão própria, altamente relevante, sobretudo nas comunidades locais, onde muitas vezes a crítica e o contraditório são um verdadeiro exercício de coragem, por vezes mal recebido e até condenado por responsáveis e decisores locais. Sem uma imprensa regional forte, a democracia será fraca e estará ameaçada. A imprensa regional é um bem colectivo, ao serviço de cada individuo, mas também de todas as comunidades onde se insere e, no fim de contas, do país. As associações de imprensa

MAE congratula-se com chumbo da eutanásia

Todos precisamos da Imprensa Regional

MAE – MOVIMENTO ACÇÃO ÉTICA Fundado a 1 de Janeiro de 2021, por António Bagão Félix (economista), Paulo Otero (jurista), Pedro Afonso (médico psiquiatra) e Victor Gil (médico cardiologista), o Movimento de Acção Ética apresentou-se publicamente a 10 de Março último. Sob a divisa “Vida, Humanismo e Ciência”, o MAE é uma iniciativa cívica que visa propor abordagens, reflexões, estudos e contributos em torno das questões éticas actuais, propondo uma ética centrada na pessoa e na valorização da vida humana, combatendo a indiferença e o relativismo ético, desejando contribuir para uma maior consciencialização dos imperativos éticos e para uma ética do futuro que não seja uma ética para o futuro, mas para hoje.

Estado Português: “Em vez de colocar o Serviço Nacional de Saúde a financiar a morte de doentes, o Estado deveria, especialmente no actual cenário pandémico que se vive, criar uma rede eficiente e universal de cuidados paliativos”. “No período trágico em que vivemos, não se compreende o desejo de legalizar a eutanásia. É tempo de se proteger os mais frágeis, dando sinais claros de que todas as vidas são importantes e que a dignidade da pessoa humana não se mede pela idade, tipo de doença, sofrimento ou proximidade da morte”.

Associações dos Juristas e Médicos Católicos também alinham nesta defesa

A Associação dos Juristas Católicos (AJC) e a Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) também se congratulam com a deliberação do Tribunal Constitucional em declarar a inconstitucionalidade do projecto de legalização da eutanásia e do suicídio assistido, com fundamento na violação dos princípios da legalidade e da tipicidade criminais. Ambas as associações reafirmam, porém, a posição assumida em comunicados anteriores, de que a legalização da eutanásia e do suicídio assistido viola claramente o princípio da inviolabilidade da vida humana consagrado no n.º 1 do artigo 24.º da Constituição portuguesa, artigo que encabeça todo o catálogo dos direitos fundamentais.

Viola ainda o princípio da igual dignidade de todas as pessoas (decorrente dos artigos 1.º e 13.º da nossa Lei fundamental), ao distinguir entre vidas humanas merecedoras e não merecedoras de protecção. Finalmente, não consideram o suicídio assistido e a eutanásia como actos médicos. Para além disso, e “tendo em conta os exemplos dos países que procederam a essa legalização, não vislumbramos como uma qualquer outra formulação de uma lei de legalização da eutanásia e do suicídio assistido possa satisfazer as exigências de certeza jurídica decorrentes dos princípios da legalidade e da tipicidade criminais”, afirmam. O argumento é que “a experiência nos raros países que permitem a eutanásia mostram que esta lei, independentemente da sua redacção, abre inexoravelmente a porta que leva a uma rampa inclinada de consequências trágicas”. Assim, em comunicado divulgado no passado dia 15 de Março, “a AJC e a AMCP reafirmam que nenhuma forma de legalização da eutanásia e do suicídio assistido será conforme à Constituição portuguesa e respeitadora da dignidade da pessoa humana”. LMF

encorajam as autarquias e associações de municípios a estabelecerem planos permanentes de investimento na Imprensa Regional, com total transparência, sem qualquer condicionamento da linha editorial, garantindo assim a liberdade e o acesso à informação das populações que representam. As empresas e entidades públicas têm também um importante papel a desempenhar no seu relacionamento com a Imprensa Regional, pelo que se espera e deseja que estabeleçam parcerias duradouras que vão ao encontro do privilégio de poderem contar com marcas de informação de proximidade nos seus territórios. Num outro domínio, as associações de imprensa exortam as universidades, politécnicos, centros de saber, entidades públicas, e organismos ligados ao sector da imprensa, a debaterem a realidade que emerge de forma crescente nas comunidades locais, onde muitas autarquias, entre outras entidades, passaram a recorrer diariamente às plataformas digitais a pretexto de anúncio de medidas, explicações várias, resposta a críticas e divulgação de todo o tipo de iniciativas, esquecendo o papel dos órgãos de comunicação social e a mediação dos seus jornalistas. A pandemia e o aproximar das eleições autárquicas têm potencializado este fenómeno recente, que rapidamente se poderá transformar numa ameaça à democracia, transformado informação em propaganda, condicionando fortemente o papel legítimo dos órgãos de comunicação social. Independentemente das reflexões que possam surgir, as associações de imprensa esperam que as autarquias onde a opção por canais próprios de comunicação é mais expressiva, optem desde já por uma postura que dê a primazia à imprensa regional e local. Todos precisamos da Imprensa Regional é o lema do Ano da Imprensa Regional. Que cada um faça a sua parte. João Palmeiro, Associação Portuguesa de Imprensa Paulo Ribeiro, Associação de Imprensa de Inspiração Cristã

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Jardim-de-Infância da Golpilheira

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Estivemos em casa confinados, mas já estamos de volta! Cá ficam mais umas

obras de arte, sobre o Dia do Pai, a Páscoa e outros assuntos importantes!


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

temas

. crónicasdeviagem.3 João Miguel Silva / JoMi • instagram.com/joaombbsilva • Youtube: JoMi Silver

De mochila às costas pela Ásia: Malásia

Fotos do autor

Estivemos em Singapura na última edição. Após atravessar para a Malásia, a primeira particularidade é o facto de existirem tantos vendedores de rua na fronteira a venderem pastilhas!!! (é ilegal em Singapura, lembram-se?). Pastilhas na fronteira da Malásia é como droga nas fronteiras da Holanda, todos lá vão à procura daquele pacote de Tridente deque sentem falta!!! Após passar a fronteira, senti imediatamente um choque enorme cultural: a Malásia é significativamente um país mais pobre, menos desenvolvido e isso assustou-me, uma vez que não conhecia nada nem ninguém e não tinha noção do quão inseguro poderia este país ser. Após chegar a Melaka, antiga colónia Portuguesa durante os descobrimentos no século XVI, fiquei fascinado com a mistura de culturas. Igrejas portuguesas ao lado de templos japoneses… Mas concluí rapidamente que a Malásia, apesar de parecer menos desenvolvida, era também um país seguro, rico culturalmente e cheio de pessoas fantásticas. Após alguns dias em Me-

laka, onde comi muita boa comida chinesa e visitei as ex-colónias portuguesas, subi para a capital, Kuala Lumpur. Uma cidade feia, suja, escura, que reflecte uma evolução demasiado rápida para as capacidades culturais. Enquanto olhamos para um lado e temos as Petronas, olhamos para o outro e temos pessoas sentadas no chão a lavar os pratos da nossa comida com água das valetas. Não obstante, continuaria a ser uma cidade fascinante e segura onde passei vários dias e conheci montes de viajantes e alguns locais. Tive a sorte de assistir a um festival na cidade, beber uma cerveja num heliporto no topo de um prédio, dormir num apartamento luxuoso com uma piscina a dezenas de metros de altura e com vista para as Petronas, explorar a comida tradicional e muito mais. Após esta aventura, segui para as montanhas, precisava de natureza novamente e fui para as Cameron Highlands onde existem plantações de chá e onde realmente faz frio! (sim, não é só calor e humidade na Ásia, existem locais altos onde faz mais

As famosas “Petronas Twin Towers”, em Kuala Lumpur

frio que na Golpilheira em Janeiro). Explorei as plantações de chá, fiz amigos de todo o mundo, caminhadas gigantes pela natureza e jantares de família onde todos comprávamos comida diferente nos mercados locais e partilhávamos ao final do dia enquanto nos daríamos a conhecer. Tempo de subir, Ipo, mais uma cidade interessante, com bom café e templos dentro de montanhas fascinantes e finalmente cheguei a George Town. Eu planeava ficar 5 dias em George Town, acabei por ficar 2 meses. E porquê? Tive a sorte de me tornar actor para uma série Britânica (“The Singapore Grip”, se pesquisarem na internet, irão encontrar-me lá) e fez com que para além de ter uma experiência incrível de estar dentro de uma megamilionária produção, fiz amizades para a vida e terminei a minha viagem na malásia com mais dinheiro do que o com que comecei!!! George Town é um dos locais mais incríveis da Malásia, não se esqueçam disso. Arquitectonicamente é deslumbrante, podemos passar horas a andar pela cidade que não nos

cansamos, tem imensas influências da Índia, o que torna a comida tão deliciosa que eu não conseguia parar de comer. E o café? Já ouviram falar de café servido em saco de plástico? É estranho eu sei, e ambientalmente péssimo, mas o café da Malásia é delicioso! Feito com amor por alguém à beira da estrada, um café gelado (está muito calor não se esqueçam), quase 1 litro dentro de um saco de plástico, ataco com um cordel para levar na mão e uma palhinha para beber, um vício cheio de açúcar e leite condensado a que rapidamente nos habituamos. Eu gastei em média 20 euros por dia na Malásia. Os hostels são óptimos e conseguimos alojamento por 5 euros por noite em boas condições, a comida raramente chega a custar 3 euros por refeição, e os autocarros são ridiculamente baratos. A Malásia não é um país muito turístico, mas, para mim, tornou-se um dos meus países favoritos e dos primeiros onde quero voltar quando for possível! Até à próxima edição, para vos falar de mais um dos países que visitei!

Campos de chá em “Cameron Highlands”

Famosas grutas “Batu Caves” em Kuala Lumpur

Fachada de uma casa típica em George Town


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.rumos&andanças.

.templosda nossaterra.

Márcio Lopes • Docente do IPLeiria marcio.c.lopes@ipleiria.pt

“Uma Guerra Intestina no Concelho da Batalha” (e outras histórias)

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Igreja da Torre A data apontada para a construção desta igreja é o ano de 1977. Mas a sua construção foi iniciada muito antes, estando as paredes de pé e as obras paradas durante uns oito anos. A construção ficou acabada nesse mesmo ano de 1977, após um habitante da terra ter decidido pôr mãos à obra. E graças a esse cidadão da Torre, a igreja teve o seu término nesse ano, pois se tal não tivesse acontecido, talvez tivesse permanecido inacabada por mais uns anitos. Antes, já existia uma igreja no mesmo local, mais pequena do que a actual. A Padroeira é Nossa Senhora da Conceição e tem também como padroeiro Santo António. No lugar da Torre celebra-se a festa no 1.º domingo de Agosto. Na Torre também se celebra Santa Iria, no dia 20 de Outubro.

Moinhos do Reguengo na Serra da Barrosinha

freguesia de São Martinho e assume o estatuto de freguesia de Reguengo da Magueixa em 1512 – a sua toponímia só transita para Fetal em 1910. A história da antiga ermida do Fetal vem de uma moça entristecida e guardadora de gados (pegureira) que encontrara a imagem de Nossa Senhora em uma feiteira (monte de fetos). O achamento da imagem da Senhora deu logo origem a romarias. E, como o povo acorria com muita devoção a esta Senhora, por esmolas, pecúlio e oferendas construíram a Igreja de Nossa Senhora do Fetal no ano de 1585. O que talvez poucos saibam é que o antigo hospital de Leiria, o D. Manuel de Aguiar, tem uma íntima ligação com o Reguengo, porque foi

construído a partir de esmolas do seu Santuário. Portanto, o Reguengo do Fetal é uma das freguesias mais antigas do País e em cada canto pequeno do seu território há uma história ou uma lenda secular para ser contada. É uma terra de gente que trabalha arduamente o campo e que não se desprende da sua devoção. Bibliografia

- Calado, J. R. G. ((2001), Reguengo do Fétal. Contributos para o Estudo Histórico – Etnográfico duma freguesia plurissecular. Co-edição de Autor. - Calado, J. R. G. ((2012), Memoriais do Reguengo do Fetal. Edição Cancioneiro da Região da Magueixa. - Mapone (2007), Charneca do Algar D’Água. Batalha: Gráfica da Batalha.

Fotos do autor

Foto do autor

Segundo Mapone (2007), ouviu-se em tempos remotos, por tradição oral, as histórias de rivalidades entre os povos serranos de São Mamede e do Reguengo do Fetal. As rixas eram tão violentas que a população de São Mamede tomava caminhos de enormes distâncias até chegar à sede concelhia na Batalha, para evitar os ataques violentos da população do Reguengo do Fetal. Num tempo de dureza em que o sustento vinha, sobretudo, da terra, o diferendo entre as duas freguesias cingia-se ao terreno baldio conhecido localmente por Charneca do Algar de Água. O mato mais cobiçado numa vasta área que ia da Perulheira, Vale de Ourém e se estendia até Fátima e até ao Arrabal e Santa Catarina da Serra. Havia uma grande disputa territorial pelo baldio Charneca do Algar de Água e, essencialmente, uma inusitada indefinição de fronteiras e de propriedades por parte das concelhias. E que ainda hoje são campos intensivamente cultivados de batata, trigo e outros cereais ceifados pela força muscular de homens e mulheres. Não é possível pensar o Reguengo sem a Charneca do Algar de Água. As terras do Reguengo são férteis e, lá de cima, do alto das Serras da Barrosinha e da Andorinha, vêem-se os longos campos de cultivo. Aliás, a lenda do povoamento da Magueixa associa-se à fertilidade do solo. O território de Magueixa (hoje o Reguengo) era bosque e floresta medonha, onde abundavam os animais selvagens. A justiça do reino resolveu instalar aí uma colónia penal agrícola, cujo trabalho dos condenados era desbravar o matagal e torná-lo cultivável (hoje em dia, o lugar é conhecido como Mata Longa ou Moita Longa). A freguesia do Reguengo é mais antiga do que o Bispado de Leiria (1545), separa-se da

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temas

.política.

.combatentes.

Transparência, participação e uma luz ao fundo do túnel

“Si vis pacem, para bellum” e o “Duplo Uso das Forças Armadas”

Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

André Sousa Presidente da JSD Batalha

1 – O PSD apresentou na Assembleia da República uma proposta de alteração legislativa que pretende obrigar os deputados e titulares de cargos públicos a declarar as associações e organizações a que pertencem. A medida, além de potenciar e melhorar a transparência no exercício do cargo público, aumenta o escrutínio dos cidadãos na hora de escolher os seus representantes, sabendo que a pessoa que estão a eleger não pertence a nenhuma associação ou organização que defenda objectivos distintos das instituições que irão liderar. Por vezes secretas e com objectivos promíscuos, tendem a tentar eleger os seus membros em determinados cargos públicos, de modo a influenciar as suas políticas e favorecer os seus membros e grupos económicos, seja no governo central ou nas instituições do poder local.

2 – Num mundo cada vez mais digital e interligado, os organismos públicos estão a caminhar passo a passo para uma maior proximidade aos cidadãos. A deslocação presencial é cada vez menos necessária. Um simples e-mail, uma mensagem nas redes sociais ou a utilização de plataformas digitais permitem incrementar consideravelmente a ligação às instituições. Por exemplo, a plataforma do Município da Batalha “Eu alerto” (eualerto. cm-batalha.pt) permite a qualquer cidadão reportar ocorrências em tempo real (lixo na rua, falta de iluminação na via pública, entre outras situações) e acompanhar a sua resolução. Este tipo de meios permite ao Município melhorar a sua resposta e ao cidadão a solução do problema o mais rapidamente possível. A participação activa e independente dos cidadãos nas políticas nacionais e locais traz consideráveis vanta-

gens para todos os intervenientes, desde que não seja realizada com segundas intenções maliciosas ou encapotadas com interesses meramente pessoais e de poder. 3 – A vacinação contra a covid-19 tem trazido enormes desafios ao país e à União Europeia, sendo um processo com alguma turbulência e com a chegada a conta gotas das vacinas. Finalmente, parece entrar no bom caminho. É de salientar o enorme esforço que as autoridades de saúde e os municípios têm realizado neste processo, com alocação de recursos humanos, físicos e monetários para que nenhuma vacina seja desperdiçada e para que ninguém fique fora do processo. Uma luz ao fundo do túnel que poderá permitir a imunidade de grupo no Verão de 2021. A acontecer, que possamos comer um franguinho nas nossas maravilhosas festas de Verão (que saudades!).

.política.

Pedro Marques Analista financeiro, estudante e membro da Iniciativa Liberal

“Liberais à vista!” Na viagem singular de cada país em busca da prosperidade económica, existem vários factores que condicionam o sucesso da mesma. Destacam-se a rota escolhida, mas também os capitães do navio. Começando pela primeira, felizmente o caminho de convergência económica para os parceiros europeus não tem de ser descoberto. Muito pelo contrário, as direcções que proporcionam melhores condições de vida para os cidadãos já estão identificadas há muitos anos. Apesar de pequenas diferenças, os modelos de criação de riqueza mais eficazes apresentam características transversais: todos eles assentam na liberdade e responsabilidade individual, na garantia da propriedade privada, na atracção e retenção de capital e, acima de tudo, na promoção de um mercado livre, ausente de proteccionismos ou favorecimentos. Sem nunca esquecer o papel de um Estado ágil que garanta a educação, saúde e assistência social de qualidade. Só assim se garante que cada um consegue cumprir os seus sonhos e ambições.

Muitas nações europeias, seguindo esta rota, já chegaram à terra prometida. A Holanda, um dos países mais livres e ricos do velho continente, renovou a sua confiança inabalável no liberalismo, entregando 35% dos votos nas eleições de Março aos partidos liberais. Outras, já avistam terra no horizonte. É o caso de regiões historicamente subdesenvolvidas que pertenciam à área de influência soviética e que aderiram ao mercado único quase 20 anos depois de Portugal. Entre muitas, são exemplos de sucesso a Estónia e Eslovénia, países de grande índole liberal, cujo crescimento económico e ritmo de desenvolvimento humano contrastam drasticamente com o caso português que, independentemente da excepcionalidade dos seus marinheiros, segue há demasiado tempo numa embarcação sem rumo. O grande obstáculo ao sucesso português prende-se com os timoneiros do navio, que, ora mais à direita ora mais à esquerda, são muito semelhantes. Normalmente, e independentemente da idade, não têm muita experiência

profissional fora do sector público ou da vida partidária. Não são especialistas em nada, mas lideram comissões parlamentares, ministérios e instituições de áreas que não compreendem (pelo menos para além da superficialidade). No entanto, estes comandantes não são incapazes. Pelo contrário, são muito habilidosos, especialmente na manipulação dos marinheiros e na promessa de mundos que não conseguem entregar. Infelizmente, de navegação nada sabem. No entanto, há esperança para acreditar que passados 20 anos de estagnação, também consigamos avistar terra na nossa já longa jornada. A solução que promete emancipar os portugueses e os batalhenses e dar-lhes a chance de viverem o seu verdadeiro potencial já chegou ao nosso concelho nas mãos da Iniciativa Liberal. Finalmente, em Outubro, será possível eleger as mulheres e os homens do leme que nos podem indicar a direcção certa. Ainda é cedo para clamar “Terra à vista”, mas pelo menos já podemos pelo menos anunciar: “Liberais à vista”!

“Si vis pacem, para bellum” é um provérbio romano que se pode traduzir como “se queres a paz, prepare-te para a guerra” – uma sociedade forte é menos provável que seja atacada por inimigos. As Forças Armadas (FFAA) de todo o mundo levam este provérbio à letra. Quando em paz, planeiam e executam os mais diversos tipos de treinos e exercícios, permitindo assim manter os seus militares treinados e actualizados em termos de técnicas, tácticas e procedimentos com os seus aliados e preparados para intervir, em caso de necessidade. Durante este chamado período de paz, as FFAA são alvo frequente de ataques dos mais variados sectores da sociedade, questionando a sua utilidade e os seus gastos “exagerados”. Desde 1972, em que o estado alocou 4,5% do PIB para a defesa, que este orçamento tem vindo a decrescer até os 0,9% de 2019. Em 2021 será de 1,5%. Se algo de positivo se pode retirar de tudo o que esta pandemia nos trouxe neste último ano, foi, sem dúvida, voltar a colocar o debate da utilidade das FFAA para a nossa sociedade, mesmo em tempo de paz. A recente revisão do conceito estratégico de defesa nacional valorizou o conceito do “Duplo Uso das FFAA”. Há muito usado por estas, não é mais do que procurar a rentabilização e a poupança económica através do uso dos recursos militares para fins civis, sejam eles plataformas logísticas, meios navais, terrestres, aéreos, ou valências técnicas (médicas, comunicações, etc.). Para o cidadão, a face visível deste duplo uso serão as missões de busca e salvamento no mar ou em terra, o apoio à protecção civil ou ao combate aos incêndios. Menos conhecida será a Força Rápida de Intervenção (FRI), cujo estado-maior coordena agora as operações relacionadas com o

combate à pandemia da Covid-19. Erigida por um biénio, conta com militares de todas as FFAA no seu estado-maior, mas também com meios navais, terrestres e aéreos, de combate ou de apoio, sendo certificada com vista à sua interoperabilidade, através da realização de um exercício final cujo objectivo é o treino operacional conjunto dos três ramos, no planeamento e execução de operações simultâneas em território nacional e no estrangeiro, nomeadamente, em Operações de Evacuação de Não Combatentes (NEO). Num país que gasta apenas cerca de 16% do orçamento atribuído aos seus Ramos em Operações e Manutenção, a questão do Duplo Uso assume cada vez mais relevância face aos parcos recursos disponíveis e às muitas prioridades existentes. Entretanto, chega a Portugal a “Bojador”, a nova lancha adquirida pela GNR, a maior de sempre, que terá como missão principal o “controlo da fronteira externa marítima” e aumentar a sua capacidade de detecção e vigilância. Capaz de navegar em alto mar, custou 8.485.770 euros e é a primeira de um lote de quatro (as outras três de menor dimensão) que terão um custo adicional de 2,2 milhões de euros cada, financiadas a 75% por fundos europeus. Serão usadas também em missões da agência FRONTEX, onde tanto a Marinha como a Força Aérea já participam, sendo que a primeira tem usado corvetas dos anos 60 e 70 a navegar por vezes em parcas condições. Duma assentada, transformamos o conceito de Duplo Uso em Duplicação de Meios, criando outra estrutura que irá custar muito caro ao erário público, ao mesmo tempo que se faz tábua rasa de 700 anos de história da Marinha ao serviço do país. A moral das tropas mantém-se, porém, como sempre, elevada.

.impressões. Por Luísa M. Monteiro Os meus vizinhos de baixo têm a casa à venda, tivesse ela mais sol mudava-me para lá, os móveis e os livros desceriam apenas um piso, nada que não se fizesse rapidamente. Mas o sol da casa dos meus vizinhos de baixo é igual ao sol da minha casa, ainda até um pouco mais curto — o meu demora uns segundos mais a pôr-se lá longe, atrás da Serra de Sintra (ainda a avisto daqui); eu quero sobretudo agora uma casa com sol, sol até enjoar, e terraços, pátios e quintais, se possível uma árvore com uma mesa à sombra. É talvez pedir demais, mas é o que eu mais quero, e de sonhar ninguém me impede.


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.saúde.

Homenagem ao meu amigo “Manel”

A fé e a oração

Com o título “Abrir o Livro” na passada edição, por achar que o assunto pode ser útil a outras pessoas que por vezes atravessam momentos menos bons nas suas vidas, idênticos aos que eu atravessei e que atravessou o Manel, acho útil explicar os meus pontos de vista. Há dias, conversando com um amigo que também está a atravessar “um mau momento”, ele teve o seguinte desabafo comigo: “nunca pensei que com a idade que tenho me iria acontecer isto”. Retorqui que estamos todos sujeitos, que por sermos mais ou menos inteligentes e cultos e termos mais ou menos posses económicas não estamos livres de que não nos aconteça, e que nós não conseguimos controlar o nosso cérebro, assim como “a máquina” que nós somos. O que escrevo é baseado nalguns conhecimentos adstritos à minha formação académica e na prática daquilo pelo qual passei e vivi, tendo conseguido superar sozinho e sem medicação, e também pelo acompanhamento que tenho feito a outras pessoas que se cruzam comigo, no desempenho das minhas obrigações profissionais, e que vejo que “estão em dificuldades”, ajudando naquilo que posso e consigo e que Deus e o Espírito Santo me

iluminam e me inspiram nessas acções e nessas vivências. Tudo o que tento fazer aos outros para os ajudar nos diversos problemas é baseado naquilo que fiz para mim próprio e que funcionou. Talvez isso me tenha dado algum arcaboiço e me tenha preparado para esta missão, que julgo que Deus tinha reservada para mim. Estou feliz e sinto-me muito feliz por ajudar o meu próximo e, cada vez que ajudo alguém, o meu coração “sente-se cheio”. Reconheço que esta minha característica de ajuda ao próximo já existia em mim antes de sair das funções públicas, mas que talvez se tenha desenvolvido mais pela maior disponibilidade de tempo, após o meu despedimento dessas funções. Admito que tenha tido origem nos genes transmitidos pelos meus pais e quando minha mãe me transportou no seu ventre, durante nove meses, pois que ela era uma pessoa muito boa e acima de tudo muito devota de Nossa Senhora, o que depois se foi fortalecendo mais ao longo da minha vida, julgo que com a educação que recebi deles, complementada com o acompanhamento dos padres Monfortinos, em Fátima, onde estudei durante cinco anos. Tudo isto aliado com a frequência do curso em Lisboa e o meu início de carreira junto das pessoas mais pobres e humildes, em quem eu sempre me revia e ainda hoje me revejo. Sou uma pessoa muito devota de Nossa Senhora, acredito firmemente em Deus e no seu

Ana Maria Henriques Médica Interna

Filho Jesus Cristo e que sem fé e sem oração sei que não consigo nada. Reconheço que Deus me deu alguns dons e tento pô-los ao serviço do meu próximo. Deus pede-me isso e é isso que tento fazer todos os dias e durante todas as minhas tarefas. Tento fazer tudo da melhor maneira, com a ajuda de Deus, e por amor. Talvez tenha desenvolvido mais esta crença e esta fé, que já existiam após ter ficado “liberto” das minhas funções públicas, e após a travessia e o percurso de vida que eu fiz, e que Deus quis que eu fizesse, principalmente após Agosto de 2017 e durante os anos de 2018 e 2019. Nas centenas de pessoas que eu tenho ajudado e acompanhei, pelo menos desde 2017 e até ao momento, pus sempre a oração e a fé acima de tudo e tentei sempre colocar essas pessoas nos caminhos de Deus, tendo feito sempre muita oração, quer seja oração minha em particular, pelas causas que acompanho, quer seja oração em conjunto com essas mesmas pessoas. Claro que, para tudo funcionar, essas mesmas pessoas têm de acreditar e têm de querer. Sem isso, não se consegue nada. O meu amigo Manel não foi excepção a esta regra. Em todas as pessoas que eu tenho ajudado e que por vezes se cruzam comigo e por casualidade descubro que precisam de mim, eu ajudo e a oração tem funcionado. A oração é uma boa ajuda. E por vezes tem de ser muito persistente, contínua e feita com muita fé. Dr. Eusébio

Uma casa mais saudável A nossa casa é o nosso abrigo e deve ser um local onde nos sentimos bem e seguros. Uma casa desorganizada e desarrumada não é propícia a tais sentimentos e quanto mais tempo passamos em casa mais incómodo sentimos pelas coisas a mais, fora do lugar ou estragadas. Será que precisamos de tanta roupa ou de tantos talheres diferentes? Uma casa com menos coisas torna-se mais fácil de arrumar e limpar, com menos lixo e pó acumulados. Menos trabalho a limpar torna as tarefas domésticas mais simples e menos stressantes, logo mais saudáveis. O ar dentro da nossa casa deve ser renovado frequentemente e arejar a casa é um dos métodos mais eficazes para o fazer. Abrir algumas janelas diariamente pelo menos 30 minutos é suficiente para renovar o ar, mesmo em dias de frio e chuva. Este aspecto é ainda mais importante em tempos de pandemia ou quando existe alguém doente em casa. A qualidade do ar dentro das casas depende também da limpeza dos filtros dos diferentes aparelhos, como por exemplo o de ar condicionado. O aproveitamento da luz natural não é só benéfico para a nossa saúde como também o é para o nosso planeta. Ao utilizarmos a luz natural não gastamos tanta energia e poupamos os recursos naturais. A luz solar é também benéfica para regular o nosso ritmo de sono e alerta e também é um meio para prevenir depressões. Com a pandemia, também se tornou hábito deixar os sapatos à porta de casa. Muito comum nos países asiáticos, é uma forma de não trazer sujidade para dentro de casa. Traz benefícios principalmente para quem tem crianças em casa e na hora de limpar. As carpetes e tapetes tornam a casa mais aconchegante

.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

Caros amigos Golpilheirenses, Informamos que a partir de 5 de Abril, a população irá receber uma carta do INE (Instituto Nacional de Estatística) distribuída porta a porta pelo recenseador – Andreia Portugal Azevedo, no âmbito dos CENSOS 2021. O dia de referência para as respostas aos inquéritos será 19 de Abril. Estes serão realizados online e a sua resposta é obrigatória e confidencial. A Junta de Freguesia estará disponível para qualquer esclarecimento. Informamos que, no âmbito da campanha de apoio ao IRS do ano de 2020 e considerando as freguesias enquanto pilar fundamental do poder local e mais próximas do cidadão, a Junta de Freguesia prestará apoio aos contribuintes na entrega da Declaração de IRS Automático. O processo decorre de 1 de Abril a 30 de Junho, pe-

ríodo durante o qual, qualquer cidadão, na posse de senha previamente enviada pela Autoridade Tributária, poderá beneficiar de atendimento digital assistido nas nossas instalações. Relembramos que, em relação a queimas e queimadas, é obrigatória a comunicação prévia de todas as queimas de amontoados ou fogueiras (restos de podas, ervas, restos agrícolas ou florestais), bem como de queimadas extensivas. O pedido de comunicação deve ser feito através da plataforma do ICNF (https://fogos.icnf.pt:8443/ queimasqueimadas/QueimaSeguraRapidaadd. asp) ou dirigindo-se à Câmara Municipal ou Junta de Freguesia (Contactos: 244 767 018 / 910 493 192 / jfgolpilheira@mail.telepac.pt). Para qualquer esclarecimento, contacte a sua Junta de Freguesia. Desejamos a todos uma Santa Páscoa!

e ajudam a regular a temperatura, mas podem ser também rasteiras, originando quedas de idosos e crianças. A sua limpeza também não pode ser descurada, dada a acumulação de pó e alérgenos. Nas zonas húmidas da casa de banho e da cozinha, devemos ter especial atenção à acumulação de fungos (bolor). Panos, esponjas e tapetes de banheira são locais de acumulação de microorganismos que se podem espalhar por outras superfícies e causar doenças. Lavar e trocar estes utensílios frequentemente previne a sua degradação. A escova e o copo para a higiene dentária devem também ser bem inspeccionados, assim como a escova do cabelo. As piscinas das casas particulares exigem cuidados redobrados. Devem estar sempre vedadas para que as crianças não tenham acesso e a supervisão das suas brincadeiras deve ser ininterrupta. A manutenção da qualidade da água também requer algum trabalho, mas é fundamental para que não proliferem microorganismos nocivos para a saúde. No jardim exterior, também deve ser acautelado o surgimento de pragas. Diminuir a acumulação de tralha e lixo onde alguns animais indesejados possam viver é o ponto de partida, mas deve ser considerara a ajuda profissional quando o problema está instalado. Ter um ambiente saudável em casa é fundamental para construir hábitos de vida saudáveis, repensar a decoração e a acumulação de mobília pode criar mais espaço para o que realmente importa, como estar com a família, fazer actividade física ou experimentar um novo passatempo. Para remodelar a casa, pode não ser necessário comprar nada de novo, mas pode ser fundamental retirar algumas coisas.

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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

temas

. história .

Saul António Gomes Historiador

Bico Sachos (Golpilheira) em documentos antigos De Bico Sachos praticamente nada se encontra nos dicionários onomásticos etimológicos da Língua Portuguesa e muito pouco em corografias e cartapácios similares. Mas é topónimo presente nas terras do antigo termo de Leiria. Registase na atual freguesia de Golpilheira, concelho da Batalha, sendo terra vizinha a S. Sebastião de Freixo, Casal das Hortas, Picoto, Casal de Mil Homens (outrora Abrunheira) e à própria sede da freguesia. Documento de 1456, referencia-o como “Ribeiro de Bicos Sanchas acerqua de Sam Sabastiam”, tempo em que nessas terras havia montados e criação de gado bovino. Por causa de uma disputa sobre vacas, um Vasco Vicente, morador nessa aldeia, pegara-se com um João Martins, causando-lhe ferimentos na cabeça de que viria a morrer. O rei degradou o homicida para Ceuta por um triénio. (Doc. 1). Em 1545, Lourenço Mendes de Abreu, solteiro, filho de Antão Mendes de Abreu, então já falecido, vendeu ao fidalgo Jorge da Costa e a Maria Velosa, sua mulher, o Casal do Bico Sacho, por 19.000 reais, preço elevado que atesta a qualidade das terras desse casal. Pagava o caseiro do mesmo, ao senhorio, nesse tempo, um foro de alqueires de trigo e quatro de cevada. Chamavam-lhe, então, “Casall de Buquichacho”, existindo uma junqueira entre as parcelas de terras que compunham o dito casal (Doc. 2). O pai do vendedor, Antão Mendes de Abreu, segundo o genealogista Felgueiras Gayo, era filho de Lourenço Mendes, de Abreu. Casou, em Leiria, com Brites Balieira Castelo Branco, filha de Gomes Balieiro, copeiro-mor do infante D. Pedro, duque de Coimbra. Foi sepultado à entrada da capela-mor da igreja do antigo Convento de S. Francisco de Leiria, tendo, na sepultura, as armas dos Abreus. Jorge da Costa, falecido em 1555 e sepultado em S. Francisco de Leiria, e sua mulher estão na origem da Casa dos Ataíde, de Leiria. Foi um seu descendente, Luís da Silva de Ataíde que, em 1668, contratou este “Casal de Bicosachos”, integrado no património da Quinta da Ribeira de Porto de Mós, pertencente ao mencionado morgado do Ataíde, a Manuel João e a sua mulher, Grácia Carreira, com o foro anual, por dia de Santa Maria de Agosto, de 54,5 alqueires de trigo, mourisco ou tremês, ou, havendo escassez de trigo, por cevada, à razão de dois alqueires por cada um de trigo (Doc. 3). Semeava-se alguma cevada, pois, pelas terras de Bicos Sanchas, Buquichacho ou Bico Sachos nesses tempos de outrora. Certamente que não serviria, nesses séculos, à produção de cerveja, mas antes a alimento de gado especialmente cavalar. O trigo, mourisco ou tremês, era, todavia, a cultura mais privilegiada nas sementeiras de inverno ou já de primavera nestes campos. Era este o cereal preferido pelos senhorios no pagamento das suas rendas. É aceitável que o topónimo Bico Sachos derive da designação popular da natureza paisagística rural destas glebas que os seus primeiros proprietários cultivaram ou entregaram a caseiros e camponeses, em séculos já medievos, para as explorarem. Poderia chamarse bico à morfologia da divisão ou

demarcação de certas pontas, aguilhões ou extremidades pontiagudas de um terreno. Sacho parece remeter para terras de regadio e hortícolas, aptas a culturas que exigiam a sacha ou remoção de ervagens daninhas e infestantes.

1545 JULHO, 22, Leiria - Lourenço Mendes de Abreu, solteiro, filho de Antão Mendes de Abreu, finado, vende a Jorge da Costa e a Maria Velosa, sua mulher, o Casal do Bico Sacho, pelo preço de 19.000 reais. Os novos senhorios ficariam a receber a renda que o caseiro que trazia esse casal pagava, a saber, 20 alqueires de trigo e quatro de cevada, durante um quinquénio. ADLRA - Família Ataíde, saco 10, doc. 3.

vylla. E logo por elle dito Lourenço Mendez d’Abreu foy dito que elle de sua boa e lyvre vomtade sem nenhuum costrangymento vemdia como de feito logo vemdeo deste dya pera todo sempre ao dito Jorge da Costa e a Maria Velosa sua molher moradores na dita vylla o seu Casall de Buquichacho termo desta vylla, o quall casall lhe vemdya por forro, isemto, livre e desembargado [Fl. 1v] hasy e da maneira que ho elle erdou e lhe acomteceo em partilha per morte de seu pay com todas suas pertenças e junqueira e casas e teras e arvores e todo ho que ao dito casall pertence, todo lhes vemdya da maneira que dito he e milhor se o elles compradores pera sy mylhor puderem aver e por preço certo logo nomeado, scilicet, por dezanove mill reaes branquos desta moeda ora corentes de seys ceytys o reall, foros da sysa pera o vemdedor. Os quãis dezanove mill reaes os ditos compradores hos pagarão logo ao fazer desta presemte mym tabeliam e testemunhas haho diamte nomeadas tot digo em tostoes e reaes de prata e moedas todos per enteyro sem lhe falltar huum sob reall ao dito vemdedor. E o dito vemdedor se deu por bem pago e satisfeyto de todos os ditos dezanove [Fl. 2] mill reaes e deu por quyte e lyvre delles hahos ditos compradores e arrenocyou loguo de sy, elle dito vemdedor, toda ha pose, domynyo, senhoryo, rezão, aução e auções que ate quy teve e ter poderya no dito casall, todo pos e tresmudou, cedeo e trespasou em os ditos compradores pera elles e seus fylhos erdeyros e subcesores que despos elles vyerem que fação dello e em ello tudo o que lhes bem vyer como de cousa sua propia, isenta, que desd’agora por diante he. Hobrygamdo se logo elle dito vemdedor per sy e per todos seus bens moves e de raiz havydos e por haver ha lhe fazer esta vemda boa e de pãz em juizo e fora delle sob pena de lhe tornar o preço em dobro com todallas custas e bemffeytoryas em tresdobrro e que lle dito vemdedor tem [Fl. 2v] arremdado ho dito casall ao caseyro que nelle ora esta por vynte allqueyres de tryguo e quatro de cevada cada huum anno e outras obrygações como se contem em o arrendamento que dyso tem que daram a elles compradores e isto por cynquo annos. E que tambem lhe vendia a elles ditos compradores o dito casall com toda a obrygaçam que lhe he obrygado ho dyto caseyro dentro de verdade pera sy ho outorgou e mandou ser feita esta carta de venda aos compradores. Testemunhas que presentes forão: Diogo Leitam, allmoxarife das remdas de Santa Cruz de Coimbra nesta dita vylla, e Antonio Rodriguez d’Araujo morador na cydade de Coimbra. E as testemunhas e vemdedor asynarão aquy. Eu Manoell de Magalhães tabeliam das notas e do judiciall por Ell Rey noso senhor nesta dita vylla e seu termo que o espryvy e asyney aquy de meu publico synall que tall he. Nom dovyde no boram em cyma e asy onde diz em. (Sinal do notário). Pagou desta nota e ida Cto (?) reaes.

De Jorje da Costa. Cto reaes. Venda de Lourenço Mendez do Casall de Biquo Sachos. Venda. Biquoçachos. Saybham quamtos esta carte de pura vemda vyrem que no anno do nasymento de Noso Senhor Jhesu Christo de mill e quinhentos e quarenta e cinquo annos aos vynte e dous dias do mes de julho do dito anno, nesta notavell vylla de Leiria, nas pousadas de Jorge da Costa, fydallguo da Casa do Senhor Mestre de Samtiaguo, hy estava de presemte Lourenço Mendez d’Abreu omem sollteiro fylho que foy de Antam Mendez de Abreu, que Deus aja, morador que foy nesta dita

1668 AGOSTO, 16 e 19, Leiria - Luís da Silva de Ataíde, guarda-mor dos Pinhais de Sua Majestade e administrador do morgado instituído por D. Gregória de Ataíde, sua bisavó, faz carta de aforamento do seu Casal de Bicosachos, pertencente à Quinta da Ribeira de Porto de Mós, do dito morgado, a Manuel João e a sua mulher, Grácia Carreira, com o foro anual, por dia de Santa Maria de Agosto, de 54,5 alqueires de trigo, mourisco ou tremês, ou, havendo escassez de trigo, por cevada, à razão de dois alqueires por cada um de trigo.

DOCUMENTOS Doc. 1

1456 SETEMBRO, 27, Lisboa - Carta régia de perdão dada a Vasco Vicente, morador no Ribeiro de Bico Sachos, Leiria, por culpas na morte de um João Martins. O perdão é concedido com a condição de ir servir na praça de Ceuta durante três anos. ANTT - Chancelaria de D. Afonso V, livro, 13, fls. 28v-29. Pub.: Pedro de Azevedo - Documentos das chancelarias reais anteriores a 1531 relativos a Marrocos, volume 2, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1934, doc. 584. Dom Affomso etc. A todollos juizes e justiças de nossos regnos a que esta carta for mostrada saude. Sabede que Vasco Vicente morador no Ribeiro de Bicos Sanchas acerqua de Sam Sabastiam termo de Leirea, nos enviou dizer que avia huum anno que huum Joham Martinz, filho de Johan’Eanes, ouvera com ell arroido sobre vacas que andavam no montado de Briulanja Anes, no quall arroido o dicto Joham Martinz ouvera hua ferida na cabeça de que morrera, pella quall morte andava amorado. Pedindo nos por mercee que per bem do perdom jeerall que ora [Fl. 29] fezemos per razam da nosa ida contra os Turcos lhe perdoassemos a nosa justiça a que nos polla dicta razom era teudo. E nos visto seu dizer e pidir com o dicto perdom jeeral e querendo lhe fazer graça e mercee, se a dicta morte nom foy aaleive ou treiçom etc., teemos por bem e perdoamos lhe a nossa justiça a que nos pella dicta morte era tiudo comtanto que elles nos vaa servir e estar em a cidade de Cepta tres anos compridos, scilicet, os dous primeiros aa sua custa e o pustumeiro aa nossa, ficando regoardado aas partes etcª. Em forma dada em Lixboa, viinte e sete dias de setembro. El Rei o mandou per Gomez Lourenço seu vassallo e do seu Desenbargo e Pitiçooes e pello Licenciado Diogo d’Affonssequa outrossy seu vassallo e do meu Desenbargo. Filipe Afonso a fez. Ano do Senhor Jhesu Christo de mill iiijc Lbj (1456).

Doc. 2

Doc. 3

1545 JULHO, 22, Leiria - Fólio da venda do Casal do Bico Sacho por Lourenço Mendes de Abreu a Jorge da Costa e a Maria Velosa, sua mulher, pelo preço de 19.000 reais. (Imagem do autor com autorização do Arquivo Distrital de Leiria). Arquivo Distrital de Leiria - Família Ataíde, Saco 10, nº 3, doc. 2. Saybam quantos este publico estromento de aforamento em vida de tres pessoas compridas e acabadas virem que no anno do nasimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil e seiscentos e sessenta e oito annos, aos dezaseis dias do mes de agosto do dito anno nesta cidade de Leiria nas casas de morada de Luis da Silva de Ataide, goarda mor dos Pinhais de Sua Magestade, aonde eu tabelião ao diante nomeado fuy, estando ahy prezente o dito Luis da Silva de Atayde, logo por elle foi ditto perante mim tabelião e testemunhas ao diante nomeadas que hera verdade que emtre os mais bens de rais que pertensião ao morgado que instetuhio Donna Gregoria de Atayde sua bizavo, de que elle hera possuidor, pertensemtes a Quinta da Ribeira de Porto de Môs que hera cabessa do ditto morgado, bem assim hera hum cazal [Fl. 1v] cazal que consta de terras de pão misticas e juntas no sitio do lugar de Bico Sachos termo desta cidade, que parte do nasente com Manoel João do dito lugar e do poente com fazenda de Domingos João, do dito lugar, e com Antonio Rodrigues, do Cazal das Ortas, e do norte com o Ribeiro, e do sul com Silvestre Fernamdes, do lugar do Picoto, que disse levavão de semeadura trinta alqueires de trigo. O qual cazal de sua natureza hera prazo de vidas no qual foi a ultima Brites Lopez. E por sua morte ficou o dito prazo livre a elle senhorio Luis da Silva pera o poder aforar a quem lhe paressece e delle se lhe pagavão quarenta e hum alqueires de trigo de foro em cada hum anno. E porque Manoel João e sua molher Gracia Carreira moradores no dito lugar de Bico Sachos lhe pediram lhe quisesse aforar o dit [Fl. 2] o dito cazal porquanto lhe pertencia por serem filha e genrro da ultima possuidora delle com o foro que lhe paressece que se obrigarião pagar lhe pontualmente com as mais clauzullas custumadas. Disse que por emtemder e saber que o dito cazal tocava ser aforado ao ditto Manoel João, o qual já havia annos que por esse titolo de lhe pertenser andava delle de posse e o cultivava, aforava, como de feito loguo aforou, o dito cazal e terras a elle pertensente[s] aos ditos Manoel João e sua molher Gracia Carreyra em vida de tres pessoas compridas e acabadas de maneira que elles ditos Manoel João e sua molher seram a primeira vida e pessoa no ditto

prazo. E o que ultimo falesser nomeara a segumda e a segunda nomeara a terseira com tal comdissão que assim elles inclinos primeira vida como a segunda e terseira que no [Fl. 2v] que no dito prazo subcederem seram obrigados a paguar de foro e pemsam a elle senhorio ou a seus herdeiros sincoenta e quatro alqueires e meyo de trigo de foro em cada hum anno, mourisco ou tremês, bom e de reseber, limpo de pá e vasoura. E queremdo da dita quantia pagar lhe algum em sevada, por não ter trigo nas terras do dito prazo pera poderem pagar o ditto foro, pagarão dois alqueires de sevada por hum de trigo, boa e de reseber, posto e medido por conta delles inclinos e de seus subcessores na sua quinta delle senhorio que esta na Ribeira de Porto de Môs ou nesta cidade, adonde por elle e seus herdeyros posuhidores que forem do dito morgado lhe for ordenado, livres e dezembargados de qualquer tributo que de prezente aja ou possa haver, pos [Fl. 3] posto pello rey ou pella republiqua, que todo o que ouver sera por conta delles inclinos pago o dito foro por dia de Nossa Senhora de Agosto de cada hum anno. E esta primeira pagua comesarão logo a fazer por dia de Nossa Senhora de Agosto que embora vira do anno que em boa [sic] vem de seiscentos e sessemta e nove annos e dahy por diante todos os annos pello dito dia, os ditos sincoenta e quatro alqueyres e meyo de trigo de foro por imteiro durantes as ditas tres vidas. E serão mais obrigados asim elles imclinos primeira vida como a segumda e terseira que no dito prazo subcederem a trazerem o dito prazo e terras delle bem fabriquadas e cultivadas a seu tempo e sazão pera que fimdas e acabadas fique o ditto prazo me [Fl. 3v] melhorado e nam pejorado, livre e dezembargado a elle senhorio e a seus herdeiros possuhidores que forem do dito morgado pera o aforarem a quem quizerem e lhe bem paresser com todas as bemfeitorias que nele estiverem feitas, sem que elles imclinos e seus herdeiros lhas posão pedir. E assim mais elles imclinos primeira vida e as mais que no ditto prazo subcederem o não poderam vemder, trocar, escambar, aforar nem alhear por nenhum cazo que seja sem lissensa delle senhorio ou dos possuhidores que forem do dito morgado a que o dito prazo pertense pera ver se o querem tanto pello tanto quanto lhes outrem der. E não o queremdo então o vemderão a quem quizerem comtanto que não seja a pessoa


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

.agricultura. José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário

Preparação de terreno e plantação de vinha - 2 Os diversos métodos de plantação podem ser usados, dependendo muito das características do solo. Podem ser plantadas à cova, com ferro, com broca e hidro-injector. A maioria das plantações são com hidro-injector, que consiste num tubo de ferro que injecta água ao perfurar o solo, ficando logo as raízes aconchegadas à terra. Nos outros casos, se não chover imediatamente, devemos regar a planta para aconchegar as raízes ao solo. Nos últimos anos, onde houver condições de terreno permeável e isento de afloramentos rochosos, a plantação faz-se com máquina, tractor devidamente equipado para o efeito, a laser ou comandada por satélite;

é rápido e mais económico. Algumas delas injectam logo água para aconchegar a terra às raízes. No caso de instalarmos os bacelos bravos, os chamados barbados, devem ficar acima do solo 10 a 12 cm, de maneira a que a enxertia futura fique acima do solo e se previna o não enraizamento do garfo na zona da enxertia. No caso de instalarmos enxertos prontos, isto é, já videiras enxertadas, basta ficarem enterrados até 5 cm acima do solo. Após a plantação e visto tratarem se de plantas ainda bebés, o terreno deve permanecer sempre limpo de ervas, de modo a não afectar o desenvolvimento da futura vinha. Devemos ter tam-

DR

das defezas em direito mas a pesoa de sua comdissão e de quem [Fl. 4] e de quem se espera bom pagamento. E a pessoa que o comprar sera obrigado a comprir as comdissous desta escreptura e pagara o foro nella declarado. E paguara mais o terradego do presso por que se vemder que he de des reis hum real tantas vezes quantas for vemdido. E asim mais ficarão obrigados a segumda e terseira pessoa que no dito prazo subcederem do dia que delle estiverem de posse a hum mez fazerem no a saber a elle senhorio pera saber quem hé e de quem se ha de cobrar o ditto foro e quandos e despedem as ditas tres vidas sob penna que a pessoa que não comprir a obrigação desta escriptura cahir em comisso e perder o ditto prazo com todas as bemfeitorias que nelle estiverem feitas. E semdo cazo que aja alguma pessoa que queira mostrar judicialmente que [Fl. 4v] que o dito prazo lhe pertense e não a elles imclinos, primeira vida, sem embargo de serem filha e genrro da ultima vida e lhe haver delle feito doação por esta escreptura digo por esta escriptura, em tal cazo serão obrigados a defende llo por sua conta e risco sem que elle senhorio fassa nisso despeza alguma porquanto a sua obrigação hé somente segurar as remdas e foros do dito morgado e não tirar o direito a quem o tiver. Com as quais comdissoes disse lhe faria este aforamento, o qual se obrigava por seus bens e remdas a lho fazer sempre bom durantes as ditas tres vidas. E por estarem prezentes o ditto Manoel Joam e sua molher imclinos primeira vida disserão que elles se obrigavão per sy e em nome da segumda e terseira vida que no dito prazo subcederem a pagarem o dito foro de sincoenta e quatro alqueires [Fl. 5] alqueyres e meyo de trigo pelo tempo declarado e a satisfazerem todas as maes clauzullas e comdissoes deste aforamento sem falta nem demenuissão alguma porque com ellas o asseitaão . E por tudo prometião estar por suas pessoas e todos seus bens moveis e de rais havidos e por haver gerais e expesiais que todos havião por obrigados. E pera tudo assim comprirem e pagarem realmente satisfazerem disserão se dezaforavão do juizo e juizes de seu foro e de todas leis, liberdades, previlegios que per sy e em seu favor aleguar possão e de nada querião uzar nem chamar mas antes pera tudo respomderem perante quem o ditto senhorio ou seus subcesores se os demandar quiserem. E estarem pellos mandados e sentensas que pello juiz por elle [Fl. 5v] por elle escolher das dadas forem, sem que possão alegar duvidas nem embargos alguns que [sejam] contra a validade desta escreptura por saberem muito bem a calidade do dito prazo e o cultivarem ha muitos annos em vida da ultima vida e por sua morte. E em fee e testemunho de verdade assim o disseram, outorgaram e dello mandarão fazer este estromento de aforamento em vida de tres pessoas nesta notta e della dar hum treslado a elle senhorio e outro a elles imclinos ambos a custa dos imclinos e os que lhe comprirem deste theor que aseitarão. E eu tabelião como pessoa publiqua estipulante e aseitante a aseitei e estipuley em nome dos abzentes a que toquar possa. E forão testemunhas a todo prezentes [Fl. 6] prezentes que com elles senhorio e imclinos aquy asinarão: Manoel Gomes de Bastos, desta cidade, que assinou a rogo da imclina por dizer não saber asinar por sua mão. E Gregoreo Rodrigues, filho de Jozeph Rodrigues, barbeyro, criado de Antonio Vás de Castello Branco. Ho ditto Antonio Vás de Castello Branco da mesma. E esta se asinou nas cazas de morada de João de Saa Sottomayor aos dezanove dias do ditto mes de agosto. Ignacio Ribeiro tabelião de nottas a escrevi. Luis da Silva de Atayde. Do imclino Manoel João. A rogo da sobredita, Manoel Gomes Basto. Antonio Vás de Castello Branco. Gregorio Rodrigues. O qual estrumento de aforamento eu o sobreditto Ignacio Ribeiro tabeliam de notas por El Rey nosso senhor em esta cidade de Leiria e seu termo em meu [Fl. 6v] livro de nottas tomei donde as partes outorgarão e asinarão com as testemunhas e asinarão com as testemunhas donde esta fis tresladar na verdade e ao proprio livro em todo me reporto e portanto a sobescrevi e asinei em publico. (Sinal do notário) Deste e notha e de outro trelado, seiscentos e secenta réis - 660.

bém muita atenção aos roedores, nomeadamente os coelhos, por isso, devemos proteger a jovem planta com protectores. A época ideal para se fazer a enxertia no local definitivo será o mês de Março do ano seguinte à plantação, atendendo às temperaturas que propiciam um melhor pegamento, pois nesta altura a planta entra em velocidade de cruzeiro na sua actividade biológica. No ano da enxertia no local definitivo, deve ter-se em atenção a possibilidade de o próprio garfo desenvolver raízes. Isto passava-se antigamente, porque a enxertia era acompanhada com terra. Agora, a enxertia no local já é feita mais acima do apoio/divulgação

•ViagenspeloPassado•4 (Artigos sobre a Golpilheira em jornais do passado)

Batalha

A Golpilheira em foco Em prosseguimento da sua actividade em prol da expansão do associatismo, como base do progresso comunitário, a equipa de Desenvolvimento Comunitário de Leiria tem estado a trabalhar na Golpilheira, populosa aldeia da freguesia da Batalha, aí promovendo a remodelação da Associação Recreativa que se enriqueceu com novas secções. A equipa deve merecer o melhor acolhimento e a mais leal e desinteressada colaboração por parte das populações, porque são elas as únicas beneficiadas com a sua acção. Não se espere, porém, que dela advirão bens imediatos e de ordem meramente pessoal, pois os resultados, na maior parte dos casos, surgirão a longo prazo e respeitarão, principalmente, à comunidade.

A Ermida do Senhor dos Aflitos

A Ermida do Senhor dos Aflitos, de Golpilheira, foi construída há 5 séculos. Possuidora duma bela arquitectura interior, de que sobressai o arco renascentista da sua capela-mór, tem estado

injustamente abandonada ao ponto de, há anos, se ter pensado na sua demolição. Opôs-se, na altura, a esse autêntico crime de lesa património artístico e histórico nacional, que se viria juntar à série de atentados idênticos, impunemente perpetrado e a que urge pôr energético termo, o antigo Prior da Batalha, rev. P.e Manuel Gonçalves. Mas salva, então, das mãos dos vândalos, não mais se pensou num restauro cuidadoso que lhe substituísse as inadequadas telhas «marselhas» que a cobrem, retirasse o esqueleto de candeeiro que lhe suja a frontaria e a libertasse da terra e casas que a tolhem a sul e leste. Preserver os monumentos do Passado, além duma prova de respeito pelo trabalho dos nossos antepassados, constitui inteligente protecção de documentos de valor histórico ou artístico e, o que não é hoje para desprezar, de atracções turísticas de indiscutível utilidade para a economia do País. J.T.S. [José Travaços Santos] Em O Mensageiro, de 14-11-1968.

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solo e isolada com “flinkcot”, não havendo a possibilidade de o garfo enraizar. Há também a possibilidade de o próprio bacelo rebentar através do abrolhar de gomos dormentes, por isso, no Verão devemos suprimir as raízes do garfo e os rebentamentos dos bravos. Nos casos do insucesso da enxertia, que há sempre, se o bravo estiver bem de saúde, logo bem enraizado, vai rebentar a sua parte aérea, dando no ano seguinte condições para se re-enxertar. Para condução da futura vinha, à chegada do Verão, devemos seleccionar os lançamentos mais vigorosos e erectos e tutorá-los até ao 1.º arame de formação.


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sugestões de leitura

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Nova editora apresenta-se

Paulinas . Espiritualidade .

Minimalista: cada livro é único e especial

À venda em www.paulinas.pt O tempo das igrejas vazias Tomáš Halík

DR

Gostamos de livros. Na raiz, é isso que nos une. Escrevemos livros, lemos livros, publicamos livros, partilhamos livros. Por- Livros da Minimalista que gostamos. Porque queremos. Porque podemos. Somos doze escritores e três pessoas da área gráfica e do design. Alguns com obra publicada, . Espiritualidade . seja na ficção ou no ensaio ou na literatura infantil, À venda em www.paulus.pt outros ainda sem livros editados. Estamos espalhados por todo o país, de Leiria a Lisboa, do Porto a Olhão, Do lado de cá da meia noite de Estarreja à Sertã. E um de nós é do Rio de Janeiro. – Atravessar a crise Trabalhamos em espírito colaborativo, cada um António Couto desempenha funções específicas na área em que «Escrevo agora este pequeno livro, que reúne seis ensaios que julgo se sente mais confortável. Tomamos as decisões significativos para ajudar a viver em conjunto, somos responsáveis em conjunto, com esperança, e com esperança superar a crise pandémica que alegramo-nos em conjunto. Desentendemo-nos em atravessamos e que nos aperta o conjunto. Queremos que a nossa editora tenha o peito e a garganta, cortando-nos a alegria e a respiração. Crise seu espaço, a sua marca, a sua identidade. É isso que pandémica e crise de alma. Urge nos importa: sermos nós próprios. Nem melhores, que a notícia de um Deus e Pai nem piores: apenas nós. E também nos importam os sensibilíssimo, que amorosamente vem ao encontro dos seus filhos afectos, as relações que se estabelecem com quem nos para nos retirar do «confinamento» lê. E com quem está à nossa beira: já desafiámos para e nos fazer subir para uma terra «boa e espaçosa» (cf. Ex 3, 8; Sl 118, 5), linguagem que a Bíblia conhece e regista desde há muito tempo, colaborações e parcerias dezenas de pessoas. Somos irrigue a terra dura da nossa humanidade e derrube as portas blindadas nós próprios, mas também gostamos de ser contagiada auto-suficiência do nosso orgulhoso “eu”, enclausurado dentro das paredes dos seus determinismos cegos: eu penso, eu decido, eu dos pelos outros. Funcionamos como qualquer boa quero, eu posso, eu compro, eu, eu, eu…» – o autor. editora independente: publicamos cada livro como se fosse o mais especial do mundo e entregamo-nos a ele Não eu, mas Deus – Biografia espiritual de corpo e alma. Neste momento estamos a preparar de Carlo Acutis o quinto livro: e é o mais especial do mundo, neste Ricardo Figueiredo Participar da Eucaristia é estar momento. Somos minimalistas porque não queremos diante de Jesus, realmente presencomplicar: livros bons e design cuidado para leitores te. Antes de mais, Carlo teve uma consciência muito clara e profunda exigentes. É simples. Não estamos a inventar nada. da presença real de Jesus Cristo Estamos apenas a fazer como sabemos e queremos. na Eucaristia. Tinha uma rara Com modéstia, com orgulho. Felizes por fazermos, percepção deste mistério, que hoje em dia, tantas vezes, é ignorado felizes com o que fazemos.

Paulus Editora

Paulo Kellerman - Minimalista Editora

apoio / divulgação

ou desprezado pelos católicos. Carlo sublinhava este especto de uma forma muito concreta. De tal forma que construiu com a ajuda dos pais uma exposição sobre os milagres eucarísticos no mundo. Viveu verdadeiramente como Apóstolo da Santa Missa e procurava que muitos participassem na celebração. Finalmente, podemos ver na sua vida um binómio fundamental: a comunhão e a adoração eucarísticas. Indissociáveis uma da outra, encontram em Carlo uma profundidade sem igual. Esta é a biografia espiritual de um santo que morreu jovem, mas viveu intensamente cada minuto da vida.

Virgindade 2.0

– Recuperar a inocência Jesús María S. Castignani

Todos sentimos que algo se quebrou dentro de nós quando alguma experiência nos fez perder parte da inocência da nossa infância e aproximou-nos da vida adulta, às vezes de maneira dolorosa. Isso é ainda mais evidente num assunto como a sexualidade, que no nosso mundo é vivida de maneira desinibida e muitas vezes desconectada do amor, do compromisso e da dedicação. Muitos dos nossos jovens entram no mundo das experiências sexuais ainda muito cedo e perdem a virgindade numa idade muito delicada da formação do ser humano. Mais tarde, num encontro com Deus ou numa compreensão mais profunda do que é verdadeiramente a sexualidade humana, essas experiências levam-nos a quererem viver na castidade. Será que é tarde demais? Este livro oferece um itinerário para recuperar a virgindade do coração, através de uma linguagem fácil e directa e de um plano de trabalho muito concreto que permitirá ao Espírito Santo restaurar a virgindade do coração daqueles que a perderam e a querem recuperar. Achas que é impossível? Achas que a virgindade perdida não se pode recuperar? Nada é impossível a Deus, e neste livro encontrarás as respostas às tuas dúvidas.

Neste livro, o capelão da Universidade em Praga partilha as homilias e reflexões que tem feito na sua “igreja vazia”. Apercebendo-se da desorientação global gerada pela pandemia e da ansiedade do povo crente, pergunta: «Será que esta pandemia é um castigo de Deus?» E mostra que não, numa reflexão baseada em crença e razão: as igrejas vazias podem até assumir um valor simbólico para o futuro próximo da Igreja e isso acontecerá se nós, cristãos, tomarmos a sério a nossa vida de crentes. Tomáš Halík desafia-nos a encontrarmos Cristo, para lá do ritual. A reconhecê-lo nas suas feridas – nas da humanidade crente e não crente –, na sua voz de Ressuscitado, e quando nos fala intimamente, pelo Espírito que traz paz e afasta o medo. Também no cristianismo algo tem de morrer para poder ressurgir de uma forma nova e transformada. Talvez devamos aceitar, como Kairós, a abstinência de serviços religiosos e de actividades da Igreja, como uma oportunidade para pararmos e reflectirmos, profunda e empenhadamente, diante de Deus e com Deus.

Pergaminho À venda em www.pergaminho.pt O Médico Médium: A Cura da Tiroide Anthony William

Hoje em dia, estamos cada vez mais conscientes da importância da saúde hormonal, e sobretudo do papel central que a tiróide desempenha nesse campo. Cada vez mais pessoas se têm vindo a aperceber de como os problemas de tiróide podem causar fadiga, insónia, ansiedade, má circulação, problemas intestinais, flutuações de temperatura, aumento de peso, dificuldades de concentração, falta de memória, palpitações cardíacas e prisão de ventre. Contudo, essa tomada de consciência não tem resultado em curas – pelo menos, até agora! Anthony William, o Médico Médium, revela neste livro como a tiróide deve ser vista como um «sinal de alarme» do organismo: os problemas com esta glândula são muitas vezes sintomáticos de problemas mais profundos e generalizados e, se nos apercebermos a tempo e os soubermos interpretar, podemos tratá-los de raiz. Mais ainda, poderemos aprender a ler e interpretar o nosso corpo – sem cair nas armadilhas de diagnósticos contraditórios ou ineficazes – e resgatar a nossa energia e vitalidade.

Prisioneiros da Mente Augusto Cury

Theo Fester parece ter tudo na vida: é um poderoso magnata e empresário de renome mundial, pai de três filhos orgulhosos e bem-sucedidos. Mas o seu início de vida foi dramático: filho de um sobrevivente do Holocausto, tornou-se empreendedor para sobreviver à dor do pai, à pobreza e ao bullying na infância, tornando-se especialista em reinventar-se. Conseguiu ser um dos homens mais ricos do mundo, mas toda a riqueza e o poder não conseguem esconder a verdade: a família Fester está não só falida, como também dilacerada por disputas e rancores. E é apenas um exemplo de tantos milhões de pessoas que vivem prisioneiras dos seus próprios egos – de anónimos a celebridades, de miseráveis a milionários. À beira da morte, o mega-empresário usará estratégias incríveis para libertar os seus filhos dos cárceres mentais e fazer deles pessoas mentalmente saudáveis – e descobrirá que é mais fácil acumular uma riqueza material do que enriquecer espiritualmente. Conheça os seus próprios cárceres mentais, neste romance cativante e inesquecível.

fala, e u q o d u m m u é ro « O liv nde, um surdo que reuspeoguia, P. António Vieira, um cego q Teólogo/Escritor (1608-1697) » um morto que vive


sugestões de leitura • 29

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Guerra & Paz Editores Dicionário de Fátima: Factos e Figuras Hélder Guégués

Fátima, desde o primeiro dia até à vinda do Papa Francisco em 2017. Todos os factos importantes, todas as figuras, todas as aparições de Nossa Senhora desde Maio de 1917, foram recuperados e compilados nesta obra, que reúne 300 descrições dos factos e das figuras do universo do culto de Fátima. Um marco do século XX em Portugal, e em particular da Igreja Católica, as aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos, Lúcia dos Santos, e Francisco e Jacinta Marto, na Cova da Iria, em Fátima, são celebradas, todos os anos, por milhões de peregrinos que rumam ao Santuário erguido no local. Mas será que sabemos tudo sobre este fenómeno centenário? Será que a maioria se recorda, por exemplo, da tantas vezes esquecida primeira aparição do anjo, em 1916? Para esclarecer as dúvidas de crentes e não crentes, Hélder Guégués, autor, revisor e tradutor em publicações periódicas cristãs, organizou um documento que reúne os principais factos, figuras e aspectos fundamentais do maior fenómeno religioso em Portugal, o culto do Santuário de Fátima.

Deus e o Coronavírus Victor Correia

À venda em www.guerraepaz.pt Vamos ler!

- Um cânone para o leitor relutante Eugénio Lisboa

Finalmente, um cânone provocador e transgressor em que prevalece a alegria de ler livros. Eugénio Lisboa propõe-nos um pequeno cânone da literatura portuguesa: os 50 livros e os 35 autores que todos, sobretudo leitores relutantes, deviam ler. Trata-se de um convite sedutor à aventura e ao prazer da leitura. O autor explica: «Entre nós, parece haver o culto, de um snobismo provinciano, da “dificuldade”, do “aborrecido”, do “opaco”, da “circunvolução”, do “arrebicado”, do “complicado”, que confundem com o “complexo”.» Contra esse snobismo e contra a chatice, Eugénio Lisboa escolhe livros que vão encantar os seus leitores, abrir-lhes portas e iluminar realidades. Eis o princípio que guia este livro: «A leitura é, para os grandes leitores, um prazer, uma instrução e uma terapêutica… não há dúvida de que a grande literatura nos abre grandes e novas perspectivas sobre o mundo em que vivemos: fala-nos de lugares e de pessoas, de ideias e de emoções, de conflitos humanos e de aventuras que nos enriquecem.»

Epidemias, verdadeiros perigos e falsos alertas

Este livro contém uma análise inédita e polémica no mercado editorial português sobre a pandemia provocada pelo novo coronavírus: a pandemia tendo como fio condutor a questão de Deus e a questão de Deus tendo como fio condutor a pandemia. Trata-se de uma investigação que também mostra como as religiões encararam a pandemia, assim como as grandes polémicas por ela levantadas: a recusa do encerramento dos templos, a tese de que a pandemia foi um castigo de Deus, a rejeição religiosa das vacinas, o charlatanismo religioso e as superstições, a ineficácia das orações contra o coronavírus, a relação dos medos e das teorias da conspiração sobre o coronavírus com a atitude religiosa. Por outro lado, este livro apresenta os seguintes problemas: Deus é considerado um Ser perfeito, todo-poderoso, bondoso e preocupado com a Humanidade. Sendo assim, porquê o Seu silêncio, tendo permitido que esta tragédia acontecesse? Afinal onde está Deus? Deus existe realmente?

Prof. Didier Raoult

Diário de um corpo sem memória

WOKE – um guia para a justiça social

Em 2015, Fernando Correia, voz maior da rádio portuguesa, nome grande do desporto e da televisão, abriu-nos as portas da sua dor no Piso 3, Quarto 313. No livro, Fernando deu-nos a conhecer Vera, a sua companheira de uma vida, presa à impiedosa doença de Alzheimer, sem possibilidades de recuperação. Agora, o autor regressa ao tema com um livro que mostra a forma como tem vivido este contacto com Vera e a forma como um corpo sem memória pode transmitir angústias, dores, prantos e incertezas através de uma alma amiga. São relatos de uma enorme fé, um crer apoiado em olhares, reacções e expressões faciais, que permitem a estes dois eternos companheiros atravessarem juntos o deserto que se estende à sua frente. Nesse deserto, há-de surgir, sugere-nos o autor, um oásis de luz que os irá conduzir à redenção procurada. Este é um livro de ajuda e de espiritualidade, servindo-se de factos reais em tempo real. Um relato comovente do confronto de um homem com a ausência e a saudade num tempo de distâncias.

Considerado um dos melhores livros do ano em Inglaterra, este é o retrato do delírio que invadiu uma legião de activistas, que julga querer bater-se pela justiça social. Titania McGrath é uma «activista interseccional» que luta pela justiça social com uma bandeira arco-íris no perfil do Facebook ou chamando nazi a quem pense votar num partido conservador. Em suma: os que defendem a liberdade de expressão são cripto-fascistas. Mas será que Titania existe? Na verdade, ela é apenas a genial invenção do comediante Andrew Doyle, o verdadeiro autor de um livro que satiriza a loucura activista destes tempos, desde o fundamentalismo de direita como uma certa visão da esquerda progressista que distorce o que é o progresso. A melhor forma de desconstruir o perigo do radicalismo é a sátira. Em WOKE assistimos à irrisão por absurdo das loucuras identitárias, do radicalismo feminista, e das extravagâncias de género, da deposição de estátuas e do cancelamento da cultura. É um livro político? É, garantimos, o livro cómico mais sério do ano.

Da gripe das aves à COVID-19 Ou de como o medo e o pavor comandam mais as decisões dos políticos do que o realismo e a «calma das velhas tropas». O mundo do futuro, como Bill Gates vem avisando, será um mundo de ameaças e ataques virais que poderão ser dez vezes piores do que a Covid-19: não sabemos quando chegarão, nem que tipo de vírus serão ou se serão alguma doença nova. Perante o inexplicável, como é que nos podemos preparar para algo que ainda desconhecemos? Conhecendo a História. E quem melhor para nos contar a História dos vírus e das pandemias do que um especialista de reputação mundial, que descobriu as maiores bactérias e que foi o primeiro a identificar a bactéria da Peste Negra? Longe dos alarmismos e do sensacionalismo diário, Didier Raoult usa a análise e a racionalização, baseando-se em estatísticas e comparando pandemias (do Antraz, ao Ébola, passando pela cólera, o tifo, a gripe das aves, a gripe A − H1N1, o Zika, a varíola, o chicungunha ou os coronavírus SARS e MERS).

Titania McGrath

Fernando Correia

O Livro dos Amantes

– Grandes histórias de amor

José Jorge Letria

Páginas que ardem de amor e desejo. Incendeiam este livro histórias de amores arrebatadores como os de D. Pedro I e D. Inês de Castro, Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, Almeida Garrett e a viscondessa da Luz, Ava Gardner e Frank Sinatra, Oscar Wilde e Lord Alfred Douglas, John Lennon e Yoko Ono, Snu Abecassis e Francisco Sá Carneiro. Afinal, como escreveu Luís de Camões, o amor é «fogo que arde sem se ver». O fogo que arde neste livro pode não se ver, mas queima. Os grandes amores desafiam as barreiras do tempo e do espaço e, muitas vezes, é a sua dimensão trágica que os mitifica e eterniza. Nestas páginas há histórias de amor heterossexual e homossexual, antigas e modernas, famosas e menos conhecidas, mas todas elas capazes de nos fazer suster a respiração. Provas de que o amor não pode ser contrariado e é capaz de vencer o preconceito, a intolerância, a perseguição, a vergonha ou a fama. Este é o 22.º título da colecção “Livros CMTV”, resultante da parceria entre a Guerra e Paz e o Grupo Cofina.

O Salteador da Infância Perdida José Jorge Letria

Este é um livro repleto das lembranças da infância contadas em episódios isolados e da sua memória e perspectiva enquanto criança, mas com reflexões que apenas podem ser lidas à luz do homem que José Jorge Letria foi ao longo da sua vida e do homem é ainda hoje. Estas são as suas memórias afectivas, sendo também um retrato de um país cinzento em contraste com o colorido da infância, num tempo histórico que faz parte do imaginário de todos, com as memórias a terem lugar em Cascais na segunda metade dos anos 50 e na primeira dos anos 60. Estas são rememorações contadas como quem fala e em que as histórias se entrelaçam no tom das lembranças que entrecruzam o ontem, hoje e o amanhã, pontilhadas pela escrita poética de Letria que lhes confere a mais livre e pura de todas as linguagens, como é também a linguagem da infância. Esta é a sua escrita dos pássaros, que libertou na sua infância, e cujo canto, que se ouve, luminoso e próximo, nos liberta e ilumina numa viagem pelos corredores da memória até encontrarmos a arca da felicidade perdida.

Salazar em New Bedford Rui Correia

Durante os críticos anos 30 do século XX, Portugal e toda a sua imprensa viviam sob uma rigorosa e adunca censura. Entretanto, nos Estados Unidos da América, o “Diario de Noticias”, um jornal quotidiano em língua portuguesa publicado em New Bedford, Massachusetts, expressava a sua fidelidade à liberdade de expressão. Distante de Portugal, mas nunca arredio, acolheu nas suas páginas as opiniões e as causas de todo o espectro político luso-americano. Ali pode ler-se o que monárquicos, republicanos, socialistas, liberais e fascistas sentiram e escreveram, livremente, sobre Portugal. O “Diario de Noticias”, editado entre 1919 e 1973, constitui um escaparate inédito e prodigioso para uma redescoberta da comunidade portuguesa imigrante nos EUA e do seu fervilhante activismo político, facto que se deve ao exílio em solo americano de jornalistas, políticos e mesmo ministros que ali escapavam à polícia política portuguesa. Salazar é, neste diário de New Bedford, o grande protagonista, mas de uma forma que, decerto, não quereria.

Editorial Planeta

À venda em www.planetadelivros.pt Acredita – coisas boas acontecem

Um longo caminho para casa

Sofia Castro Fernandes traz-nos um livro escrito com o coração. Vivemos tempos duros, perdemos muita coisa, mas aprendemos grandes lições de vida: sobre escolhas difíceis, sobre desapego, sobre pessoas que julgávamos conhecer e sobre nós próprios. Há três bússolas que norteiam a vida: amor, fé e coragem. São impossíveis de separar, dividir, ordenar ou viver sem elas. São o combustível para a nossa vida, são direcção para tomar decisões, são força para superar adversidades, dias nublados, coisas e pessoas que nos obrigam a parar e a questionar. Este livro reúne pensamentos, textos e desabafos da autora escritos durante o tempo de confinamento, durante este ano em que vivemos mais isolados. Uma espécie de diário, que partilha com os leitores, que a ajudou a superar medos, dúvidas, temores, toda a ansiedade que sentiu (e ainda sente) pelo que é incerto, impermanente e invisível. Podemos escolher procurar sempre o raio de sol que nos diz que há recomeços, há futuro à nossa espera. Podemos sempre acreditar que coisas boas acontecem.

Baseada em factos reais, este é um romance arrebatador de amor e sacrifício que nos leva até aos bastidores da Segunda Guerra Mundial. Sabia que os pombos-correio desempenharam um papel crucial no conflito e contribuíram para a vitória dos Aliados? Que a Operação Columba, desenvolvida pelos Serviços Secretos Britânicos recrutou mais de 200 mil pombos-correio ao Serviço Nacional de Pombos para transportar mensagens em código entre Inglaterra e a França ocupada pelos nazis? Em 2012, em Surrey, no sudeste de Inglaterra, um homem, que estava a fazer obras numa antiga casa, descobriu os restos mortais de um pombo-correio que, preso à perna, tinha uma mini-cápsula com uma mensagem em código, que ainda hoje não foi descodificada. Esta descoberta foi noticiada em todo o mundo e despertou a atenção e o interesse de Alan Hlad que, ao longo da pesquisa para este romance, veio a conhecer mais sobre a importância que os pombos-correio tiveram na Segunda Guerra Mundial.

Sofia Castro Fernandes

Alan Hlad


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poesia/ /obituário

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

. Poesia .

DesenhodaMelita

O grito de Abril

Amor d’alguém Não vou negar Bastou-me o teu olhar A tua tristeza encoberta De uma solidão Onde se parte à descoberta Penetra-se no teu coração Deixa-me colmatar Essa mágoa elementar Desses castanhos d`olhos tristonhos Da tua face bonita Ao meu coração são sonhos Não crês, mas acredita Amar-te será complementar-me Se for preciso humilhar-me Ajoelhar-me-ei ao pé de ti Pedir-te-ei o teu coração Que serei eu, sem ti desde que te vi Acaba com a minha solidão Vaz Pessoa

. obituário . AGRADECIMENTO

(Cancelas – Batalha)

João dos Santos Moreira da Silva

N. 20.02.1949 • F. 23.03.2021 Sua esposa, filhos, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A família deixa um especial agradecimento ao IPO de Coimbra, especialmente à Dr.ª Sheila Martins, Dr.ª Judy Paulo, Dr-ª Marisa Rosete e enfermeira Ana Rocha, bem como ao Hospital de Santo André – Leiria, principalmente à Unidade de Hospitalização Domiciliária, e também à Funerária Espírito Santo pelo acompanhamento e dedicação. A todos, o nosso muito obrigado.

Está no caminho, A ser silenciado Tudo fala devagarinho E cada vez mais sacrificado. Como mudaram os valores, Tanto que o povo lutou Semearam longas dores E o tempo mudou. Parecia lua de mel, Foram momentos de ilusão Agora o sabor é amargo fel É triste tal desilusão. Difícil caminhar nesta situação, Estamos os valores a perder Algo alcançado pela revolução É triste o momento a viver. Sem força para vencer, O grito de Abril Aos poucos a morrer Parecem animais no canil. Em casa parados... é triste, É um momento fatal O povo assim não resiste Sem subsídios até o Natal. Sem piedade nem justiça. Vamos bem alto gritar Não tenhamos preguiça Aos poucos já nos estão a matar. Em cada hora uma surpresa, Uma enorme traição A vida é vivida com tristeza E o que se vai vendo dói o coração. Abril 2012 José António Carreira Santos

QUOTAS e ASSINATURAS

Lembre-se que poderá pagar as quotas de sócio e a assinatura do jornal ao balcão do CRG. Obrigado!

AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

João Miguel dos Santos Frazão Pedro

Júlia Henriques Vieira Pequeno

N. 17-02-1976 • F. 29-03-2021

N. 27-06-1938 • F. 17-03-2021 Suas filhas, genros, netos e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente, como era seu desejo, vêm de forma reconhecida, agradecer todas as manifestações de carinho, nesta altura de profunda dor e sentimento de perda, bem como agradecer a todos os que acompanharam a sua querida familiar até à última morada, esperando agora que descanse em paz. Que Deus a guarde no Céu, como nós a guardamos no coração… Até um dia!

Sua esposa, filhos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido, apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado.

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OBITUÁRIO

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

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a fechar • 31

Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

. Tintol & Traçadinho .

. telefones úteis . 112

Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”

244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 101 244 765 497 244 764 080 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007

Já entregaste os papéis do IRS?

Ainda não... tenho de perguntar ao meu advogado onde posso “encaixar” como rendimento aquele dinheiro que te roubei aí da caixa...

...quer dizer...eu não roubei, tu é que emprestaste...quer dizer, não emprestaste, porque já era meu...quer dizer... não era, porque não existe...

Pagazé

.fotodestaque. DR

. ficha técnica Registo ERC . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about Director . Composição . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Equipa JG . Adelino Rito, Ana Margarida Rito, Ângela Susano, Cristina Agostinho, Diogo Alves, Isabel Costa, Miguel Santos. Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Eusébio, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Márcio Lopes, Miguel Portela, Saul António Gomes. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10). NIF . 501101829. Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede proprietário/editor/redacção . Centro Recreativo da Golpilheira - Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 910 280 820 / 965 022 333. Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira E-mail: geral@jornaldagolpilheira.pt

Filipe (10.06.1921 * 09-04-2021)

Filipe Mountbatten, duque de Edimburgo, mais conhecido por Príncipe Filipe (ou melhor, “marido da rainha de Inglaterra”). Faleceu aos 99 anos. Nesta foto, partilhada pelo historiador e nosso colaborador Saul Gomes, surge ao lado da esposa, Isabel II, numa visita ao Mosteiro da Batalha, em 20 de Fevereiro de 1957.

. recordar é viver .

. ficha de assinatura .

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de Joaquim Vieira R. Leiria, 73 - Cividade 2440-231 GOLPILHEIRA Tel/Fax 244767839 Tlm. 919640326 lenacopia@sapo.pt WWW.LENACOPIA.PT

Abril de 1997. Via Sacra pelas ruas da Golpilheira. Enfeitaram-se os 14 pontos das estações e o povo participou em massa, cantando e rezando, como era hábito na Quaresma fazer-se com mais intensidade. Há alguns anos que não se faz. Agora que a pandemia não permite que se faça... talvez a saudade seja ainda maior. Fica a ideia, para o próximo ano, se Deus quiser... | LMF LMF

Assistência técnica, venda e aluguer de equipamentos de impressão e consumíveis


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Jornal da Golpilheira • Março / Abril de 2021

Solidez. Responsabilidade. Eficácia. Proximidade. Simpatia. Amizade. São apenas algumas das características do banco da (nossa) terra.

Com votos de FELIZ PÁSCOA Procure as nossas Medidas CA - Covid-19 Estaremos consigo e com a sua empresa, para o que der e vier...


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