Jornal da CIC #30

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Acompanhe os casos de covid-19 no Brasil, Paraná e Curitiba

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Sancionada a lei que proíbe corte de luz, água e gás durante a pandemia

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Brasil é um dos países que menos realizam testes para covid-19

Curitiba, abril de 2020

#30 CONTEÚDO / INOVAÇÃO / CIDADANIA WWW.JORNALDACIC.COM.BR ESTA EDIÇÃO DO JORNAL DA CIC DESCANSOU POR 24 HORAS ANTES DE SER DISTRIBUÍDA, PARA MINIMIZAR AS CHANCES DE CONTAMINAÇÃO. LAVE AS MÃOS ANTES E DEPOIS DE LER.

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GRUPO NA CIC ARRECADA UMA TONELADA EM DOAÇÕES Aulas na rede municipal estão suspensas até pelo menos 2 de julho

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Armazém da Família Vila Sandra reabre na terça-feira (05/05)

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FAS entrega cestas básicas para famílias dos estudantes

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BOAS NOVAS

Jornal da CIC abril de 2020

MAPAS MOSTRAM OS CASOS DE COVID-19 NO MUNDO, BRASIL E PARANÁ

FAS RECEBE MAIS 1.500 KITS DE ALIMENTOS DO GRUPO MUFFATO Essa foi a segunda doação feita pelo grupo à FAS. A primeira aconteceu no dia 17, com a entrega de 2.080 kits. Para esta quarta-feira (29/4), está programada mais uma remessa, desta vez de 1.420 cestas. Cada kit contém arroz, feijão, óleo, café, sal, açúcar, farinhas de mandioca e trigo.

Foto: Ricardo Marajó/SMCS

PLENÁRIO APROVA AMPLIAÇÃO DO PAGAMENTO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

CASOS CONFIRMADOS EM 25/03/2020 MUNDO: 3.222.107 BRASIL: 102.000 PARANÁ: 1.514 CURITIBA: 623

O projeto segue para sanção. O autor, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cobrou uma rápida sanção para os beneficiários receberem logo o pagamento.

PREFEITURA LANÇA SITE INÉDITO E APROXIMA OS FEIRANTES DE SEUS CLIENTES EM CURITIBA Moderno e bem otimizado, o site Feiras Livres reúne “bancas virtuais”, onde a população encontra hortifrutigranjeiros, carnes, pescados, frios, cereais e outros produtos comercializados, além dos contatos dos feirantes, como telefone, redes sociais e outras plataformas próprias de vendas. No momento da venda, feirante e cliente negociam diretamente por WhatsApp.

GOVERNADOR SANCIONA LEI QUE PROÍBE CORTE DE LUZ, ÁGUA E GÁS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Via AEN

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou

nesta quinta-feira (23) o texto aprovado pela Assembleia Legislativa do Paraná que proíbe o corte no fornecimento de luz, água e gás para a população mais vulnerável enquanto perdurar as medidas de restrição de combate à pandemia de coronavírus. O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB), e o primeiro secretário, Luiz Claudio Romanelli (PSB), acompanharam nesta manhã a sanção da lei nº 20.187. O texto será publicado no Diário Oficial do Estado ainda nesta quinta-feira e a partir de então já estará em vigor. Traiano destacou que a medida assinada e aprovada por todos os deputados “tem um valor muito importante no campo social. Nós temos famílias desamparadas, sem condições financeiras para pagar conta de água e luz e o desemprego permeando em todo o estado. É uma forma de socorrer essas pessoas que estão em maior grau de vulnerabilidade”. Já Romanelli lembrou que os deputados estão empenhados em aprovar as medidas necessárias para minimizar efeitos econômicos da pandemia. “É uma das ações que os deputados estão fazendo para mitigar o impacto da pandemia do coronavírus. Neste momento, temos que proteger a vida e cuidar, especialmente, dos mais pobres, daqueles que precisam da ação imediata do governo. Neste sentindo, Assembleia e governo trabalham deforma conjunta, unidos na proteção dos paranaenses". O governador Ratinho Junior destacou que a lei atende especialmente a população mais vulnerável do Estado, sem esquecer também dos pequenos e médios comerciantes. “É uma medida muito importante que só reforça a preocupação do Governo com a área social, principalmente com as famílias mais humildes. O Estado tem se dedicado muito a amenizar o impacto de toda essa questão econômica decorrente da pandemia”. Terão direito ao benefício famílias com renda total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00) ou até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50), idosos com mais de 60 anos de idade, pessoas diagnosticadas com coronavírus - COVID-19 ou outras doenças graves ou infectocontagiosas, pessoas com deficiência, trabalhadores informais, comerciantes enquadrados pela lei federal como micro e pequenas empresas e microempreendedor individual.

Legislação

A lei estabelece diretrizes e medidas de saúde para o enfrentamento e intervenção imediata em situação de

emergência em caso de endemias, epidemias e pandemias, inclusive do coronavírus – COVID-19, no Estado do Paraná. Além de proibir as concessionárias de serviços de energia elétrica, gás, água e esgoto de realizar o corte no fornecimento de serviços neste período, especificamente enquanto durar as medidas de isolamento social da pandemia do coronavírus – COVID-19, o texto ainda proíbe que as operadoras de planos de saúde que operam no Paraná cobrem taxas adicionais dos pacientes para procedimentos de diagnóstico e tratamento do novo coronavírus. Já os estabelecimentos comerciais e industriais passarão a ter a obrigação de esterilizar equipamentos, especialmente balcões, máquinas de pagamento, comandas, carrinhos e cestas de compras, visando a prevenção de doenças contagiosas. Como também está previsto na lei, o Estado vai regulamentar o pagamento parcelado das dívidas geradas durante o período. Quem não cumprir as determinações estará sujeito à multa de até 500 UPF/PR (Unidade Padrão Fiscal do Paraná). Com base na UPF/PR de abril de 2020, os valores ultrapassam R$ 50 mil.

União

CRISE REFORÇA IMPORTÂNCIA DE APOIO A TRABALHADORES Para auxiliar os trabalhadores, a FAS implantou o atendimento remoto, feito pela internet. O e-mail atendimentosine@curitiba.pr.gov.br começou a funcionar no dia 23 de março com o objetivo de orientar as pessoas sobre os serviços que até então eram ofertados presencialmente nas dez unidades municipais do Sistema Nacional de Emprego (Sine).

POLÍCIA CIVIL ABRE INSCRIÇÕES PARA 400 VAGAS A Polícia Civil do Paraná abre nesta segundafeira (04) inscrições para seu Concurso Público 2020. Os candidatos podem se inscrever até as 17h do dia 02 de junho.

VENTILADOR PULMONAR CRIADO PELA USP É APROVADO EM TESTES O ventilador pulmonar emergencial desenvolvido pela Escola Politécnica (Poli) da USP passou pelas etapas finais de testes. Os próximos passos serão o envio dos documentos relativos ao projeto aos órgão competentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Aadoção de medidas emergências no enfrentamento ao novo coronavírus foi proposta em três projetos similares: o projeto de lei 167/2020, de diversos deputados e encabeçado pelo deputado Arilson Chiorato (PT), o projeto de lei 170/2020, do deputado Delegado Francischini (PSL), e o projeto de lei 180/2020, dos deputados Delegado Francischini (PSL), Soldado Fruet (PROS), Michele Caputo (PSDB) e Delegado Fernando Martins (PSL). As propostas foram unificadas e tramitou na forma de um substitutivo como projeto de lei 167/2020, assinado pelos 54 deputados estaduais. O governador Ratinho Junior destacou o trabalho conjunto do Governo com a Assembleia Legislativa do Paraná na busca de soluções que amparem a população durante o enfrentamento ao coronavírus. “A Assembleia Legislativa tem nos ajudado muito neste momento, apoiando no planejamento e na execução das ações. União para fazer com que a questão seja menos difícil para todos os paranaenses”.

Foto: Jornal USP

EXPEDIENTE DIREÇÃO: Larissa Santin- 0011466/PR Razão Social: Larissa Bonilauri Santin CNPJ:28.650.673/0001-06 *distribuição gratuita


OMS CRIA ALIANÇA INTERNACIONAL, MAS BRASIL É DEIXADO DE FORA Por: Mariana Lima/ Observatório do Terceiro Setor

COM ISOLAMENTO, RELATOS DE BRIGAS DE CASAIS CRESCEM 431% Por: Mariana Lima/ Observatório do Terceiro Setor

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Foto: Jean-Marc Ferre | ONU

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Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou uma reunião com os principais presidentes e lideranças mundias, no dia 24 de abril, para criar uma nova aliança internacional. O objetivo da criação desta iniciativa é acelerar a produção e distribuição de tratamentos para controlar a pandemia e garantir a chegada de uma vacina contra a Covid-19 o mais cedo possível. Para cumprir esses objetivos, a aliança conta com um fundo de R$ 45 bilhões. Apesar de historicamente liderar o assunto de acesso a medicamentos, o Brasilnão foi convidado para participarda cúpula política e parte do governo não estava nem sabendo da realização do evento. Quem liderou o encontro foi o presidente da França Emmanuel Macron, e o evento contou ainda com a participação de nomes como Bill Gates e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. A realização do evento visa marcar um compromisso de que qualquer tratamento ou vacina que seja desenvolvida será alvo de esforço internacional para que seja acessada por todos os países. No encontro, um fundo de US$ 8 bilhões foi lançado para financiar a produção e distribuição de medicamentos, além de ser destinado para o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde. Areunião contou a presença de grandes empresasfarmacêuticas mundiais. A chanceler alemã Angela Merker e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também discursaram no encontro. A questão do acesso a medicamentos foi uma bandeira defendida por diferentes governos brasileiros. No início do século XXI, o governo brasileiro e o francês estabeleceram um mecanismo para permitir o acesso a remédios aos mais vulneráveis, o Unitaid. Na reunião de abril, Paris assumiu a bandeira sem a presença do governo brasileiro. O encontro teve um tom de apoio irrestrito ao multilateralismo, posicionamento que não é compartilhado pelo Itamaraty. A representação da América Latina na aliança ficou com o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado. OMS vs. Bolsonaro Em meio ao encontro, a OMS aproveitou para rebater as críticas do presidente Jair Bolsonaro contra Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização. De acordo com diplomatas em Genebra, os comentários do presidente brasileiro agravam ainda mais o mal-estar entre a agência e o governo brasileiro.

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m levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FSBP) junto à empresa de pesquisas Decode Pulse revelou que os relatos de terceiros sobre brigas de casais aumentaram 431% após o início do isolamento social para combater o avanço do novo coronavírus. Para a realização do levantamento foram analisadas 52.315 menções no Twitter, entre as quais 5.583 apontavam para a ocorrência de violência doméstica contra mulheres. Nas últimas semanas, diversos estudos vêm mostrando como as violências física e sexual estão aumentando durante o isolamento, e como a pandemia afeta mais severamente as mulheres em uma série de questões, como perda do emprego. O estudo realizado pelo FBSP verificou que, além do aumento das mensagens na rede social, 25% dos relatos foram publicados às sextas-feiras; 53% foram registrados à noite ou durante a madrugada, entre 20h e 3h da manhã; e 67% dos relatos foram feitos por mulheres. Denúncias Outro aspecto analisado pelo estudo foi a questão na denúncia da violência. De acordo com o levantamento, as vítimas confinadas em casa estão com dificuldades para denunciar seus agressores, pois, na maioria das vezes, são casos de lesões dolosas que demandam a presença física das vítimas para registrar o boletim de ocorrência (BO). Foram levantados os números dos BOs em cinco estados, revelando que somente no Rio Grade do Norte houve um aumento neste registro (+34%). Entre março do ano passado e março de 2020, as denúncias de violência doméstica caíram no Ceará (-29,1%); Acre (-28,6%); Mato Grosso (-21,9%); e Rio Grande do Sul (-9,4%). Homicídios e feminídios aumentam A análise também se estendeu para os feminicídios e homicídios de mulheres, utilizando dados fornecidos pelas secretarias estaduais de segurança de São Paulo, Pará, Acre, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Norte, em uma comparação entre março de 2019 e março deste ano. Os resultados apontaram para uma ascensão da violência doméstica e familiar. Em Mato Grosso, os registros de feminicídio foram de 2 em março de 2019 para 10 em março de 2020, representando um aumento de 400%. São Paulo registrou um aumento de 46,2% nos casos de feminicídio, indo de 13 para 19. Em relação aos casos de homicídio no estado, foram de

Guarda Municipal / Patrulha Maria da Penha

Deve ser acionado quando a mulher estiver com medida protetiva, sofrendo ameaças, o atendimento será feito pela viatura mais próxima. Ligue 153 – funciona 24h, durante todos os dias da semana.

Disque Denúncia

Podem ser feitos pela vítima ou por terceiros. Atende também mulheres imigrantes e refugiadas em situação de violência doméstica e familiar. Ligue 180 – funciona 24h, todos os dias da semana.

Polícia Militar

Quando a mulher estiver sofrendo ameaças, o atendimento será feito pela viatura mais próxima. Ligue 190 – funciona 24h, durante todos os dias da semana.

Casa da Mulher Brasileira

Quando a mulher estiver em situação de violência, por parte de algum familiar. Funciona 24h, durante todos os dias da semana. Endereço: Avenida Paraná, 870 – Cabral Telefones: 3221-2701 / 3221-2710

Delegacia da Mulher

Quando necessitar de proteção e investigação dos crimes de violência doméstica, feminicídio e violência sexual. Funciona 24h, dentro da Casa da Mulher Brasileira.

38 para 41, crescimento de 7,9%. No Rio Grande do Sul, de acordo com a secretaria de segurança, os números mantiveram-se estáveis. Já no Rio Grande do Norte saltaram de 1 para 4 casos. No Pará, o mês de março se manteve estável. No entanto, o primeiro trimestre teve um aumento de 185%, passando de 7 para 20 vítimas de feminicídio em comparação com o mesmo período de 2019. O Acre registrou uma diminuição nos homicídios de mulheres, e uma alta no casos de feminicído que passaram de 1 para 2.

BRASIL É UM DOS PAÍSES QUE MENOS REALIZAM TESTES PARA COVID-19 Por: Júlia Pereira / Observatório do Terceiro Setor

Uma pesquisa mostrou que o Brasil é um dos países que

menos realizam testes para Covid-19. A comparação internacional foi realizada pela BBC News Brasil a partir de dados oficiais reunidos pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. De acordo com o Ministério da Saúde, até o dia 20 de abril, foram realizados 132.467 testes específicos para a Covid-19 no Brasil. Outros 56.613 estão em análise. Os números incluem somente os testes realizados na rede pública de saúde. Esse número representa uma proporção de 0,63 teste para cada 1 mil habitantes (ou 63 por cada 100 mil pessoas). O índice fica bem abaixo do visto em países desenvolvidos, como Alemanha (25,11), Itália (23,64) e Estados Unidos (12,08), e abaixo até mesmo do índice de outras nações latino-americanas, como Chile (6,43), Peru (4,44), Cuba (2,65), Equador (1,15), Paraguai (0,83) e Argentina (0,76). O Brasil não está presente no estudo elaborado pela plataforma Our World In Data, da Universidade de Oxford, pois o Ministério da Saúde não divulga dados regulares sobre a situação dos testes. Porém, se o país estivesse presente no levantamento, ocuparia a 60ª posição entre 75 países que realizaram testes para Covid-19 até o dia 20 de abril, ficando à frente somente da Tailândia, Filipinas, Paquistão, Marrocos, Bolívia, Índia, Senegal, México, Uganda, Nepal, Quênia, Indonésia, Bangladesh, Mianmar, Etiópia e Nigéria, respectivamente. Lideram o ranking Islândia (127,58), Luxemburgo, Bahrein, Estônia e Israel. De acordo com a Our World In Data, nenhum país sabe exata-

mente o número de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Os testes mostram apenas mais dados confiáveis sobre casos confirmados. Isso porque um maior número de testes oferece uma amostragem mais fiel ao número de pessoas das quais é possível saber o status de infecção. Além disso, países que possuem um grande número de testes não precisam racionar tanto os exames, como fazem os com baixa capacidade, que precisam reservar os testes aos grupos de alto risco. Com informações mais precisas sobre a quantidade de pessoas infectadas pelo coronavírus, governos podem formular políticas públicas mais específicas, isolando doentes ou grupos mais vulneráveis para evitar a propagação da doença. Em entrevistas coletivas, o Ministério da Saúde admitiu a falta de testes, principalmente, por conta da falta de insumos para a produção deles, uma vez que há uma corrida mundial de países por essas substâncias. No entanto, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que não existe a possibilidade de realizar testes em massa, mas sim usar os testes para “mapear a população de forma que sua amostra reflita o todo”. No último mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu que os países fizessem testes em massa para combater a pandemia. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que testar qualquer caso suspeito de Covid-19 seria essencial para identificar e isolar o máximo de pessoas infectadas e saber quem teve contato com elas para quebrar a cadeia de transmissão. Um país que se destacou com a medida foi a Coreia do Sul, que testou milhões de pessoas e, apesarde nãoterentrado em quarentena como outros lugares do mundo, reduziu drasticamente o número de novos casos e mortes.


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GRUPO NA CIC ARRECADA MAIS DE UMA TONELADA EM DOAÇÕES PARA FAMÍLIAS EM VULNERABILIDADE SOCIAL Por Larissa Santin

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o final do mês de março, Vagner Capone, Paulo Auma, Kety Cristians e Fábio Santos, preocupados com o impacto da covid-19 no município, e em especial na CIC, idealizaram a ação para ajudar as comunidades carentes da Cidade Industrial. “Sempre um tá puxando o outro, volte e meia a gente se envolve com essas ações sociais”, conta Vagner Capone, um dos idealizadores o Projeto "Mãos que Tocam". No início, o grupo não sabia exatamente qual seria o objetivo da campanha, e por fim tiveram a ideia de montar Kits de higiene e produtos de limpeza, contendo água sanitária, sabão em pedra, sabonete, detergente, pasta de dente e outros. “Essa ideia simplificou muito, pois muita gente que não tinha condição de fazer grandes doações acabou doando o pouco que tinha e assim fomos montando os kits de pouco em pouco.", compartilha Vagner. Após o início da campanha o grupo se reuniu em um final de semana para organizar as doações. Em 10 dias conseguiram bater a meta de 500 kits. No total foram mais de uma tonelada de produtos de limpeza arrecadados e distribuídos pelos voluntários. O grupo decidiu distribuir as doações na região do Corbélia, alcançando desde as ocupações da região da 29 de março até a vila 7 de setembro. “Fomos sem avisar ninguém, até para não causar aglomeração. Fomos de casa em casa entregando os kits. No dia estávamos em 9 ou 10 voluntários e tomamos todos os cuidados com higiene, usamos luvas, máscaras.”, afirma Capone. O grupo avisa que a campanha continua. Embora a meta dos produtos de limpeza já tenha sido batida, as doações continuam chegando. Agora os voluntários também estão recebendo doações de alimentos. Doações: Dom capone Pizza Rock (41) 995096644

“Queria agradecer a toda a ajuda. Veio ajuda de todos os lados. Aqui dentro do bairro, teve músicos que ajudaram, pessoal do centro da cidade, de outras cidades e até de Portugal. Esse cara de Portugal deu uma grana para um amigo nosso, padeiro, fazer pães para a gente doar. É muito louco, né?” Vagner Capone

EMPRESAS CRIAM SITE QUE AJUDA A COMBATER O CORONAVÍRUS EM COMUNIDADES Por: Júlia Pereira / Observatório do Terceiro Setor

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m abril, foi lançada a campanha de doações #BoraDoar, com o objetivo de aliviar os impactos do novo coronavírus em comunidades. A iniciativa consiste numa plataforma que funciona como um marketplace de iniciativas sociais e de saúde. O usuário que deseja doar escolhe o projeto que quer ajudar e realiza a contribuição direto do smartphone ou do computador. O valor doado é destinado para uma organização da sociedade civil diretamente, sem intermediações financeiras. A doação é feita pelo site https://boradoar.com.br/ Os projetos cadastrados na rede colaborativa realizam ações como a distribuição kits de higiene em comunidades, hospitais filantrópicos e organizações da saúde. A iniciativa é uma realização das empresas VTEX, Indeva, dLieve, Doare, MBLZ Global e Grupo ITZ; e está sendo apoiado pela PayU e Multifaces.

Kit de higiene distribuído pelos voluntários


COM AGRESSÕES A JORNALISTAS, MANIFESTAÇÃO PRÓ-GOVERNO REPERCUTE NO SENADO Fonte: Agência Senado

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manifestação que reuniu apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em Brasília no domingo (3) repercutiu no Senado. O ato começou com uma carreata pela Esplanada dos Ministérios e terminou em frente ao Palácio do Planalto, onde pessoas se aglomeraram enquanto eram saudadas pelo presidente. Senadores repudiaram os atos que mais uma vez contaram com cartazes pró-intervenção militar e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. Também se solidarizaram com profissionais de imprensa que relataram agressões por parte de um grupo de manifestantes. Outros parlamentares ressaltaram o caráter espontâneo da manifestação. Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se solidarizou com os jornalistas agredidos e manifestou preocupação com as mensagens antidemocráticas.

idente Jair Bolsonaro estimula a violência contra a imprensa.

“Quem se cala frente a atos antidemocráticos e agressões aos profissionais da imprensa é cúmplice da escalada atual contra a democracia”, afirmou.

Tanto a liberdade de manifestação quanto a liberdade de imprensa devem ser respeitadas, defendeu o senador Plínio Valério (PSDB-AM) ao criticar as agressões.

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) também chamou a atenção para o que ele classificou de “agressão selvagem a profissionais do jornalismo”. “Se calarmos diante dessa ignorância prepotente estaremos anunciando caminhos tortuosos até o nosso amanhã”, apontou. Jaques Wagner (PT-BA) lembrou que a agressão a profissionais de imprensa é uma marca de ditaduras e do totalitarismo e “merece contundente repúdio de todos que têm compromisso com a democracia”. “É inaceitável que o cerceamento à liberdade de imprensa marque, no Brasil, justamente o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa”.

Para Fabiano Contarato (Rede-ES), o pres-

“Agridem jornalistas para intimidá-los! Acontece sob a liderança de um presidente que só prega o ódio! Violência jamais será liberdade de expressão! Os profissionais da imprensa têm meu apoio e solidariedade. Sigam firmes em sua missão de nos informar”, escreveu. José Serra (PSDB-SP) foi mais uma senador a se indignar com os ataques relatados por jornalistas que cobriam a manifestação. “Ontem, Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, presenciamos mais um lamentável episódio de agressão à imprensa por apoiadores do presidente. Ato covarde e violento contra a democracia”.

“As agressões de manifestantes contra jornalistas ontem devem ser rigorosamente apuradas e punidas. Esse ato é um alerta para o perigo da intolerância. Assim como o direito dos manifestantes tem de ser respeitado, o mesmo deve acontecer com os jornalistas. J á na avaliação de Arolde Oliveira (PSD-RJ), a manifestação é genuína e democrática. “ A percepção do povo no país é a mais genuína manifestação de democracia. Isso não é estimulado por Bolsonaro, é o povo indignado, com a postura de altas autoridades. Reflitam, ao invés de procurar culpados”, defendeu. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) publicou no Twitter uma série de fotos e vídeos em apoio à manifestação e usou a hashtag

“O povo brasileiro é gigante”, escreveu o senador. Forças Armadas Além de criticar as agressões a jornalistas, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que o presidente Jair Bolsonaro fomenta a instabilidade institucional com declarações sobre o apoio das Forças Armadas ao seu governo. Ela se referiu a uma fala do presidente durante ato, no dia em que o Brasil chegava ao número de mais de 100 mil pessoas contaminadas pela covid-19, com mais de 7.500 pessoas mortas, transmitida por meio de uma rede social. “Os verdadeiros cidadãos de bem estão esgotados de, em meio a luto e dor de milhares de famílias, ainda terem que estar lidando com um presidente que teima em fomentar a instabilidade institucional. É extenuante lutar contra a pandemia com a crise política diária”, disse a parlamentar em seu perfil no Twitter. Humberto Costa (PT-PE) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também criticaram a fala do presidente sobre o apoio dos militares. “Generais disseram que não há qualquer possibilidade de Exército, Marinha e Aeronáutica embarcarem em uma aventura antidemocrática. Bolsonaro está sozinho, navegando numa ilusão. É preciso, já, dar um basta a Bolsonaro”, escreveu Humberto Costa, que defendeu o impeachment do presidente. Alessandro Vieira afirmou que Bolsonaro ainda não aprendeu a respeitar a democracia. “Jair Bolsonaro passou uns 40 anos entre o Exército e a Câmara dos Deputados, está há mais de um ano na Presidência da República e ainda não aprendeu. Mas tem que aprender: democracia exige respeito e independência entre os poderes. Não se governa no grito. Golpe nunca mais”, criticou.

AULAS NA REDE MUNICIPAL ESTÃO SUSPENSAS PELO MENOS ATÉ 2 DE JULHO

Via SMCS

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s aulas presenciais na rede municipal de ensino de Curitiba estão suspensas pelo menos até o dia 2 de julho, conforme o Decreto número 580, publicado no Diário Oficial do Município de 30 de abril. Na semana passada, o prefeito Rafael Greca já havia anunciado que o retorno do atendimento presencial em escolas e creches poderia ser retomado apenas em julho ou agosto, conforme a evolução da pandemia do coronavírus na cidade. A data exata de retorno às aulas – que estão suspensas desde 23/3 - dependerá do número de transmissões na capital do Estado. A volta às escolas já foi adiada duas vezes, com base nas orientações das autoridades sanitárias. A rede municipal tem cerca de 145 mil estudantes, em 185 escolas, 230 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e 95 creches contratadas.

#TodoPoderEmanaDoPovo.

Videoaulas Neste período de isolamento, crianças e estudantes têm acompanhado as videoaulas preparadas pela Secretaria Municipal da Educação, pela TV ou no Canal TV Escola Curitiba no YouTube. A TV Escola Curitiba iniciou as atividades dia 13/4, com conteúdos dos componentes curriculares, conforme o currículo da Secretaria Municipal da Educação. O canal soma 44,5 mil inscritos e mais de 2,4 milhões de visualizações. Estão disponíveis propostas da educação infantil e videoaulas de matemática, língua portuguesa, robótica, geografia, educação física, arte, ciências, história, ensino religioso, literatura, direitos humanos e família, além da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Aos sábados, as aulas são com adaptações metodológicas e tradução em Libras. As aulas são preparadas pela equipe técnica da Educação e estão disponíveis pelo canal 9.2 da TV Paraná Turismo, das 8h às 21h, e no YouTube (canal TV Escola Curitiba). No YouTube, as aulas estão catalogadas por componente curricular (matemática, história, por exemplo) e ano, basta acessar o canal e assistir à aula.


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TRÊS ESTABELECIMENTOS FECHADOS E 23 VISTORIADOS NO FIM DE SEMANA Via SMCS

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inte e três estabelecimentos comerciais vistoriados, três fechados e quatro notificados. Foi esse o resultado dos dois dias de Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), promovida neste sábado e domingo (3/5), em diferentes bairros da cidade. O principal objetivo das fiscalizações foi verificar a adequação dos locais à resolução municipal nº 1/2020, que trata das medidas complementares de prevenção à covid-19. As fiscalizações foram realizadas por equipes da Polícia Militar, Guarda Municipal e fiscais da Secretaria Municipal do Urbanismo. Paralelamente, a Prefeitura de Curitiba promoveu fiscalizações orientativas, com a participação de fiscais da Secretaria Municipal do Urbanismo e Guarda Municipal, em diferentes bairros da cidade. Nestas averiguações os responsáveis pelos estabelecimentos receberam cópias do documento e indicações de como seguir o protocolo do município. . Domingo Na tarde de domingo, fiscais da Secretaria Municipal do Urbanismo expediram notificação determinando a paralisação imediata das atividades em um bar e lanchonete na Rua Deputado Leoberto Leal, no Guabirotuba. No momento da interdição, o local funcionava com as mesas muito próximas umas das outras, ignorando a exigência de distanciamento de 1,5 metros entre os clientes, sem demarcações para fila no caixa, também para evitar aglomeração, e sem controle de entrada e saída de clientes. O estabelecimento foi notificado ainda por irregularidades no alvará de funcionamento. No Cristo Rei, um bar localizado na rua Schiller, também foi notificado devido a irregularidades no alvará. Em outros oito estabelecimentos, vistoriados pelas equipes da AIFU e pela equipe velada da Polícia Militar não foram registradas inadequações. No sábado, a Ação Integrada de Fiscalização Urbana vistoriou 13 estabelecimentos e um bar no bairro Água Verde e uma loja de móveis no Novo Mundo tiveram as atividades paralisadas por não atenderem as determinações para este período de pandemia. Outros três receberam notificações devido a irregularidades no alvará. Por aglomeração e descumprimento de resolução sanitária, bar e loja de móveis são fechados Sem aglomerações Para coibir o agrupamento de pessoas a Prefeitura atuou fortemente nos bairros. Além do trabalho da Aifu foram realizadas fiscalizações orientativas com a participação da guarda municipal e fiscais do urbanismo em dezenas de bares, lanchonetes, distribuidoras de bebidas, lojas e em atividades coletivas em praças. As averiguações tiveram início na noite de quinta-feira (30/4), véspera de feriado do Dia do Trabalho, quando nove comércios que haviam sido denunciados pela população por meio do 156 foram vistoriados. Seis estavam adequados às normas sanitárias, no entanto, cinco foram notificados por apresentarem irregularidades no alvará de funcionamento. Em três dos estabelecimentos não havia atividades no momento da fiscalização.

ARMAZÉM DA FAMÍLIA DA VILA SANDRA REABRE NESTA TERÇA-FEIRA

Via SMCS

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echado para reformas desde o começo de março, o Armazém da Família Vila Sandra, na CIC, será reaberto nesta terça-feira (5/5). A unidade da Prefeitura, que ganhou novo piso de alto tráfego e também teve a pintura interna renovada, volta a funcionar das 8h45 às 17h15, de segunda a sexta-feira, e, das 8h30 às 13h, aos sábados. O Armazém da Família da Vila Sandra reabre seguindo todas as determinações do decreto municipal sobre o combate ao novo coronavírus. Os clientes têm a disposição álcool gel 70%, desde a entrada do estabelecimento, e cartazes estão espalhados por todo o local orientando sobre os cuidados na higienização. “Pedimos que as pessoas busquem ir aos Armazéns em horários com menor movimento, para evitar aglomerações”, diz Ivone Aparecida de Melo, diretora do Departamento de Promoção e Economia Alimentar da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. Atualmente, o programa Armazém da Família conta com 34 unidades, espal-

hadas por toda a capital. Também passaram por reformas nos últimos dois meses os Armazéns Oficinas e Caiuá. Como se inscrever O cadastro para comprar no Armazém da Família pode ser feito on-line, pelo site https:// portalsmab.curitiba.pr.gov.br ou pelo aplicativo Curitiba App, no ícone Armazém da Família. Anualmente os cadastros precisam ser renovados. Dúvidas podem ser tiradas pelo telefone (41) 33503890 ou pelo email: suportecadastro@curitiba.pr.gov.br.


BRASILEIRO NA CHINA: COMO É A VIDA PÓS-PANDEMIA DE COVID-19

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Erasto Santos Cruz vive há dois anos e meio em Zhuhai, na província de Guangdong, e viveu todos os estágios da contenção do vírus pelo governo chinês.

O tradutor e doutorando em Estudos Literários e Interculturais

na Universidade de Macau, Erasto Santos Cruz, 35, conversou com o Jornal da CIC para contar como é o momento pós-pandemia na China. JC - Você já estava vivendo na China quando começou a epidemia. Como foi esse momento? E -No começo da epidemia, eu e minha esposa, que é chinesa, passávamos o dia inteiro em quarentena voluntária, saindo de casa só uma vez por semana para comprarcomida.As ruas estavamvazias e só se podia entrarem estabelecimentos como mercados e farmácias de máscara e depois de termos a temperatura medida por um funcionário que fica na porta. Os chineses agiram de forma muito coordenada com as recomendações do governo e não faltou nada nos mercados e os preços também não subiram. Ficamos nessa rotina por dois meses. JC - Atualmente o vírus está controlado no território chinês, como você recebeu a notícia? E - A notícia da contenção veio duas semanas atrás. Desde a semana passada a minha esposa voltou a trabalhar. De duas semanas para cá o número de casos novos internos é praticamente é zero. As lojas que estavam fechadas começaram a abrir, fábricas voltaram a operar. Há bem mais gente nas ruas. Mas ainda todos de máscara e muitos lugares ainda medem a temperatura antes de se poder entrar, principalmente em condomínio, o que é o caso de onde eu moro. Mas importante frisar que escolas e universidade ainda não voltaram ao normal. Meu doutorado, que é presencial, está sendo feito on-line neste semestre por causa da epidemia, e isso vale para as escolas. Outra coisa importante de mencionar é que, agora no final (espero) da epidemia, a China está muito atenta ao que vem do exterior. Os poucos casos novos e todos vieram de fora. JC - Então tudo já voltou ao normal?

GARIMPEIROS E MADEIREIROS ILEGAIS FAZEM COVID-19 DISPARAR ENTRE INDÍGENAS Por: Mariana Lima/ Observatório do Terceiro Setor

E - Ainda não é como se tudo tivesse voltado ao normal. Ainda há bairros bloqueados em quarentena, pois apesar de o número de casos novos estar muito mais baixo, ainda há os infectados em recuperação. Nesses bloqueio sempre há funcionários do governo controlando a entrada e saída. Somente de pessoal autorizado, claro. Quem está dentro, não sai, e quem está fora, não entra. Mas a grande maioria do povo chinês segue a risca sem reclamar ou causar problemas. JC - O que você observa como fator importante para contenção do vírus no país? E - É cultural o povo chinês confiar muito no seu governo. E também é cultural deles não quererem contagiar os outros. Aqui, o uso de máscaras nas ruas é algo absolutamente comum. É só pegar um resfriado para o chinês usar e tentar evitar de contagiar os outros.Em tempos sem epidemia, impossível você não se esbarrar com pelo menos um chinês de máscara. Aviões que chegam do exterior fazem desembarque em portões específicos, onde já tem um ônibus esperando para levar todos os passageiros para fazer exames. Os que não apresentam sintomas são encaminhados a um hotel para uma quarentena obrigatória de 14 dias, e os que apresentarem algum sintoma, claro, são encaminhados a um hospital. JC - Houve alguma tentativa de quebra de quarentena por razões econômicas? E- Não. De forma alguma. E aqui, o isolamento foi para todos. Até porque os jovens e saudáveis têm um potencial maior ainda de transmissão, pois muitos são assintomáticos, mas infectam as outras pessoas. Pode acontecer de ter o vírus, não saber e contribuir com a morte de um monte de pessoas que fazem parte dos grupos de risco. JC - Algum conselho para nós aqui no Brasil? E - Algo importante a dizer é que, além de todas as recomendações básicas de evitar contato, lavar bem as mãos, desinfetar etc, devemos nos manter saudáveis. Boa alimentação e prática de exercícios. Se uma pessoa saudável pega a doença, trata-se dos sintomas individualmente que tem grandes chances de se recuperar, mas com uma saúde debilitada a história pode ser outra. Pesquisem embasados na ciência e bom senso.

FAS ENTREGA CESTAS BÁSICAS PARA FAMÍLIAS DOS ESTUDANTES Via SMCS

Imagem ilustrativa. Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil, tirada em 01/09/2015

E

stá crescendo o número de casos confirmados de Covid-19 entre indígenas no Brasil. O balanço mais recente da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) relaciona um total de 23 casos confirmados de Covid-19 entre a população indígena. Com informações atualizadas às 17h da última quinta-feira (16/04), o relatório considera outros 25 casos suspeitos, ou seja, que ainda estão sob investigação. Os casos confirmados concentram-se em cinco Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), todos da região Norte do país. São eles: Alto Rio Solimões, que soma oito ocorrências (34,8%); Manaus, com 12 (52,2%) e Médio Rio Purus, Parintins e Yanomami, que têm, cada um, somente um caso (4,3%, cada). Ao todo, 12 pacientes são do gênero feminino e 11 do masculino. A média é de 32 anos de idade, sendo que apenas dois deles têm entre 60 e 79 anos. Uma das vítimas fatais da doença, porém, foi o yanomami Alvaney Xiriana, que tinha apenas 15 anos de idade. Também entram na conta da Sesai 46 casos descartados após testagem, que representam quase metade (48,9%) do total, e seis recuperações, identificadas como curas clínicas. No total, três óbitos de indígenas infectados pelo SarsCov-2 constam dos registros oficiais do governo federal. O Ministério Público Federal (MPF) emitiu nota recomendando ações emergenciais de proteção à saúde dos povos indígenas. O órgão afirma que “as medidas de restrição de acesso em vigor atualmente não garantem proteção territorial suficiente para evitar o contágio dos povos indígenas pelo novo coronavírus”. No entendimento do MPF, a presença “de garimpeiros, madeireiros, dentre outras atividades criminosas” acaba anulando a proteção que políticas sanitárias e de isolamento social poderiam assegurar. O órgão pede que a Fundação Nacional do Índio (Funai) implemente “imediatamente medidas de proteção territorial em todas as terras indígenas identificadas ou delimitadas, declaradas ou homologadas”. O apelo segue na mesma linha de uma mensagem veiculada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

F

amílias de 414 estudantes de escolas especiais que atendem pessoas com deficiência em Curitiba estão recebendo cestas básicas. A entrega é feita pela Fundação de Ação Social (FAS), nas dez regionais da cidade, e atende a um pedido do Departamento de Direitos da Pessoa com Deficiência do município. Nesta quarta-feira (29/4), primeiro dia da ação, 225 famílias foram até as Ruas da Cidadania ou os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) - de acordo com definição dos Núcleos Regionais - para buscar os alimentos. O trabalho segue nesta quinta-feira (30/4). A diretora de Proteção Social Básica da FAS, Cintia Aumann, explica que as cestas básicas são distribuídas a famílias em situação de vulnerabilidade social. No caso dos estudantes, o objetivo é garantir uma alimentação saudável a esse público no período em que as escolas estão fechadas, em função da pandemia do novo coronavírus. “Além das famílias dos estudantes de escolas especiais, a FAS está atendendo todas as pessoas que estão sem alimentos em casa”, explica. A prioridade é para famílias que não recebem Bolsa Família ou não têm direito ao auxílio emergencial pago pelo governo federal. A Regional Cajuru é a que concentra o maior número de famílias de estudantes das escolas especiais que estão recebendo os alimentos. Em seguida vem as regionais CIC, com 54, e Pinheirinho, com 38.


CURITIBA

CONTRA

CORONAVIRUS O QUE FAZER AO CHEGAR EM CASA?

Não toque em nada antes de se higienizar

Tire os sapatos

Coloque suas roupas para lavar

Limpe as embalagens que trouxe antes de guardar

Deixe bolsa e carteira em uma caixa na entrada

Higienize o seu celular e óculos

Tome um banho

Se não puder tomar banho, lave bem mãos, punhos e partes expostas

Saiu com o pet? Desinfete as patinhas dele

DÚVIDAS SOBRE O CORONAVÍRUS: www.curitiba.pr.gov.br |

41 99876-2903


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