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INDUSTRIAL
Março/Abril 2022
Reduza a contaminação em dornas através de uma assepsia especializada Lavadores são aliados
Um recurso muito utilizado para o controle de contaminação nas dornas é o uso de antibióticos Na fermentação para a produção de etanol, as impurezas do mosto, a formação de espumas e os antiespumantes aplicados contribuem para a incrus− tação das dornas, o que gera riscos de contaminação por bactérias pela formação de biofilmes. Esses mi− crorganismos multiplicam−se muito rápido e, com o tempo, pode ocorrer uma seleção resistente aos antibióticos. Assim, a produção de etanol e a vitali− dade da levedura são prejudicadas. Uma assepsia rápida e especializada dos tanques de fermentação é necessária. Assim, a incrustação di− minui em toda a dorna: fundo, paredes e teto e a contaminação não passa entre as bateladas. Com is− so, é possível economizar no uso de ácidos e anti− bióticos, aumentando a eficiência da fermentação. Os lavadores automáticos, como o TankJet® AA290 com 4 bicos, geralmente são os mais reco− mendados, mas cada tanque exige análise de posi− ção, quantidade e vazão. Por terem acionamento elétrico ou pneumático toda pressão é aplicada ao processo de limpeza. Ao utilizar um lavador adequado pode−se ga− nhar até 1 batelada por dia a depender do seu pro−
Concentração de antibiótico utilizada e o resultado das contaminações
Evolução da contaminação no Mosto e no Vinho entre as semanas 5 e 17 com a instalação de lavadores
cesso produtivo, o que representaria um bônus apro− ximado de 5% de etanol produzido diariamente, além da economia de água e vapor na destilação.
Um recurso muito utilizado para o controle de contaminação nas dornas é o uso de antibióticos. Para analisar o efeito sobre a contaminação, foi rea− lizado um experimento com 4 tratamentos, varian− do a concentração de produto em relação ao volu− me de vinho bruto. Os resultados apresentados evidenciam que ao adicionar diferentes concentrações de antibiótico a contaminação foi reduzida proporcionalmente. Con− comitante, houve o ganho de aproximadamente 0,8% no teor alcoólico do vinho no tratamento que rece− beu a adição de 7 ppm de antibiótico. Esse valor re− presenta 700 mil litros de etanol, quando considerada uma produção de 500 m³/dia e uma safra de 180 dias. Os resultados do experimento foram comparados com dados obtidos na prática em uma usina assistida pela Fermentec. Nele, é mostrado o impacto da uti− lização de lavadores de dorna sobre a contaminação. O gráfico mostra a queda da contaminação do vinho após a instalação de lavadores especializados. É possível observar que após a instalação a contamina− ção caiu bruscamente e mais ainda após a lavagem de todas as dornas. A linha em verde representa a con− taminação no mosto e, apesar do aumento progres− sivo da contaminação, a lavagem das dornas possibi− litou manter a contaminação do vinho controlada evitando que se propagasse nas próximas bateladas.
DCBIO discute Transformação Digital A usina se destaca no plantio de cana e gestão agrícola Interessada na discussão e benchmarking sobre a aplicação de tecnologias 4.0, a DCBIO – Della Coletta Bioenergia, de Bariri −SP, recebeu Josias Messias, CEO da Pró−Usinas. Ele foi recebido por Junior Carra, analista de Logística
Agrícola, e Thiago Viola, supervisor de Logística Agrícola da DCBIO. A Usina, que vem se destacando pelas ações de planejamento no plantio de cana, espera maximizar a sua produção com a implementação de ferramentas que integram o con− ceito Usina 4.0, tanto no campo co− mo na indústria. Aliar tecnologia e planejamento fazem parte do com− promisso da DCBio de produzir etanol, açúcar e bioeletricidade de forma sustentável.
Junior Carra, analista de Logística Agrícola; Thiago Viola, supervisor de Logística Agrícola da DCBIO e Josias Messias, da Pró-Usinas
Visita de Josias Messias à Cocal Energia Responsável - André Gustavo Alves da Silva, diretor comercial e novos produtos, Jurandir de Oliveira Junior, diretor agrícola, Paulo Zanetti, diretor superintendente, e Geraldo Borin, diretor industrial
Usina Cocal amplia projeto de biometano Os diretores da Usina Cocal Ener− gia Responsável, André Gustavo Alves da Silva, diretor comercial e novos produtos, Jurandir de Oliveira Junior, diretor agrícola, Paulo Zanetti, diretor superintendente, e Geraldo Borin, di− retor industrial receberam o diretor do ProCana Brasil, Josias Messias, repre− sentante do Road Show Usina 4.0, que promove a Transformação Digital e tecnologias 4.0 nas usinas. O Grupo Cocal vem investindo em projetos que buscam fontes ener− géticas limpas, inovadoras e, ao mesmo tempo, viáveis financeiramente. A planta de biogás de Narandiba – SP,
que recebeu investimentos de R$ 150 milhões, após 20 meses de obra, co− meçou suas atividades em outubro de 2021 e fez sua estreia no dia 3 de ja− neiro de 2022 com a primeira entrega via carreta de biometano, para a em− presa de nutrição animal YesSinergy. A planta de biogás em Narandiba também possui um projeto pioneiro no mundo de rede isolada de gasoduto em parceria com a GasBrasiliano, concessio− nária responsável pela distribuição de gás natural canalizado no oeste paulista.A pre− visão do início da distribuição do biome− tano através da rede isolada de gasoduto é a partir do segundo semestre de 2022.