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GENTE
Fevereiro 2021
Morre Herbert Bartz, pioneiro do Sistema Plantio Direto no Brasil Agricultor foi inspiração a continuar as pesquisas relacionadas ao plantio direto para a cana Pioneiro do plantio direto na pa− lha no Brasil, o agricultor Herbert Ar− nold Bartz, com propriedade em Ro− lândia, no norte do Paraná, morreu nesta sexta−feira, aos 83 anos, de complicações de pneumonia. A im− plantação do sistema menos agressivo com o solo concretizou o sonho de Bartz de produzir alimentos em abundância e qualidade, após enfren− tar a fome na Europa durante a Se− gunda Guerra Mundial (1939−45). “A contribuição de Herbert Bartz para a agricultura brasileira e, particu− larmente, para a paranaense, é inesti− mável. Seu pioneirismo no plantio direto fará com que o sonho de pro− duzir alimentos em abundância e qualidade, que ele transformou em realidade, continue se concretizando por muitos e muitos anos”, disse o se− cretário da Agricultura e do Abasteci− mento do Paraná, Norberto Ortigara. Para Natalino Avance de Souza, presidente do Instituto de Desenvol− vimento Rural do Paraná – Iapar− Emater, “a visão de futuro em relação à agricultura paranaense e brasileira, a coragem com que soube buscar so−
luções para que o solo mantivesse suas propriedades nutricionais e a te− nacidade em aplicar as técnicas em que acreditava fazem dele um dos grandes homens da agricultura na− cional”, elucidou. Paulo Herrmann, presidente da John Deere no Brasil, afirmou ser Bartz um perseverante na busca de soluções para se fazer uma agricultu− ra mais sustentável e mais racional nos trópicos. “O plantio direto é um dos
grandes marcos da evolução e do pro− gresso do agro brasileiro. Hoje, o plantio direto representa mais de 60% de toda a área de grãos plantada no Brasil”, disse. Para Francisco Matturro, presi− dente da Agrishow, Bartz foi um ho− mem que mudou o agro brasileiro.“Só foi possível desenvolver a agricultura no cerrado brasileiro com o plantio direto, como também, a segunda safra no Brasil. Não teríamos condição de
fazer em clima tropical alguma coisa que não fosse com este sistema e o Bartz teve essa competência. Teve a visão de transformar o agro brasileiro através do plantio direto”, alegou. Matturro ressaltou que o agri− cultor contribuiu rigorosamente pa− ra o agro que o Brasil tem hoje. “Es− se agro respeitado e de certa forma até temido pelo mundo. Ele trans− formou a vida das pessoas e a vida do Brasil”, disse. Denizart Bolonhezi, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), lem− brou a importância do produtor rural para o setor sucroenergético. “Herbert Bartz, o “alemão teimoso” de Rolân− dia é a referência a todos que pesqui− sam, difundem e praticam a agricul− tura conservacionista, no Brasil e mundo. Para os profissionais do setor sucroenergético é um exemplo de persistência no aperfeiçoamento do sistema plantio direto e da convicção dos benefícios da palhada. Nossa ins− piração a continuar as pesquisas nesse tema. Sem a insistência dele, talvez es− taríamos usando grade indiscrimina− damente até hoje”, ressaltou.
Setor perde Renato Toniello, sócio proprietário do Grupo Viralcool Empresário tinha 90 anos Renato Toniello, sócio proprietá− rio do Grupo Viralcool, faleceu no dia 29 de janeiro, aos 90 anos. O empre− sário, ao lado dos irmãos, Waldemar (in memorian), Antonio Eduardo (presidente do Conselho de Adminis− tração da Copercana, e José Pedro (, ajudou a desenvolver e tornar com− petitiva a companhia, que processou na última safra 6.952.951 toneladas de cana em suas três unidades (Matriz Pitangueiras; Castilho e Sertãozinho). O Grupo Toniello iniciou no Brasil, em 1886, com a chegada de Eugênio Toniello e foi progredindo com o filho Eduardo, avó e pai de Renato, respectivamente, até os filhos darem continuidade ao legado, crian−
do a Destilaria Santa Inês, em 1968, a Usina Viralcool, em 1984 e a Unida− de Castilho, em 2006. “O Renato Toniello foi um dos vanguardeiros do setor do agro, do etanol. Empreendedor, foi uma pessoa que teve uma grande carreira empre− sarial, mas que nunca perdeu o seu la− do humano, de se relacionar com to− dos de uma forma afetuosa. Deixa uma grande lembrança e um grande legado”, afirmou Arnaldo Jardim, de− putado Federal (Cidadania/SP) e pre− sidente da Frente Parlamentar pela Va− lorização do Setor Sucroenergético. Renato era casado com a sra. Olinda e tinha três filhos, Valter, Re− nata e Teresa (in memorian).