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TECNOLOGIA AGRÍCOLA
Fevereiro 2016
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Gerenciamento exige reavaliação constante do orçamento O gerenciamento da produção agrícola, a partir da reavaliação constante do planejamento, é um trabalho meticuloso que exige envolvimento e atenção de toda a equipe. “A todo o momento, no dia a dia e nos corredores da empresa, estamos digerindo o assunto”, revela Júlio Araújo. Cada setor tem que verificar as suas contas, incluindo itens básicos, como a área para reformar, a área para tratar, o que vai ser feito nesse tratamento, que produto vai ser usado nas áreas de plantio, o que vai ser feito de aplicação aérea – afirma. “É tudo bem discriminado por meio de ferramentas que alimentam fluxos de caixa, a parte contábil e financeira”, ressalta. O planejamento prevê a distribuição de variedades, a introdução de novos materiais, a formação de viveiros, a aquisição de mudas pré-brotadas para a obtenção de alta excelência e rapidez na multiplicação – exemplifica. “Mas, é preciso estar discutindo tudo isto com a equipe e revendo ao longo da safra”, diz. Existe a necessidade de considerar também a época da colheita, a entrega de área de cana, a entrega mensal de matériaprima, a quantidade de ATR, o encerramento da safra – detalha. Os custos de todas as operações e atividades, considerando as variáveis de cada área e período, devem se adequar a um orçamento previamente definido pela empresa. “Lógico que tem revisões, de três a quatro por ano. Há um reajuste a ser
Planejamento prevê a distribuição de variedades
Quando há necessidade de reduzir gastos, diretoria e área agrícola definem atividade ou operação que terá corte
aplicado. Mas, temos uma meta a ser cumprida”, afirma. O reajuste é aplicado até certo ponto. Quando há necessidade de reduzir gastos, a decisão é tomada junto com a diretoria, definindo-se em qual atividade haverá o corte – observa. “Com a crise, não dá para saber quanto custará o insumo, com preço em dólar, daqui a dois, três ou seis meses. Ninguém
compra tudo antecipado. É preciso se desdobrar para atender o orçamento, recorrendo-se a prazos mais extensos possíveis, fixando dólar, entre outras medidas” – comenta. De acordo com ele, é difícil trabalhar sem saber o que vai acontecer. “Tem que ‘brigar’ com o ano agrícola. Existe ainda a variável da questão climática, que é fundamental”, diz. (RA)