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TECNOLOGIA AGRÍCOLA
Outubro 2014
Unimil completa 15 anos com investimentos e expansões Empresa acompanhou o desenvolvimento da mecanização canavieira DA REDAÇÃO
Presente no mercado de peças de reposição para colhedoras de cana-deaçúcar desde 1999, a Unimil tem diversos motivos para comemorar. Com sede na cidade de Piracicaba (SP), a empresa entra na reta final das obras de ampliação de seu parque fabril, que conta com nova área de logística, expedição, recebimento, pintura e máquinas de corte a laser e outros equipamentos. No total são 10 mil m² de expansão. Idealizada e administrada pela família Zotelli, a Unimil acompanhou o desenvolvimento da mecanização canavieira. Quem conta melhor a evolução deste trabalho é Eduardo Zotelli, presidente da empresa. “Crescemos de forma sustentável e acompanhando o mercado. Passamos de uma empresa que apenas comercializava peças de reposição
Eduardo Zotelli, presidente da empresa
de máquinas agrícolas para um grande parque fabril com capacidade de estoque compatível com as necessidades do mercado.” Em 2014, a Unimil inaugura duas novas lojas, situadas em Lençóis Paulista
Empresa investiu em infraestrutura para atender exigência do mercado
(SP) e Maringá (PR). Elas se juntam às outras cinco unidades (quatro filiais) localizadas em regiões estratégicas como as cidades de Ribeirão Preto (SP), Araçatuba (SP), Dourados (MS) e Rio Verde (GO) e ao Parque Fabril em Piracicaba (SP). “Apesar
da crise, temos investido fortemente no negócio. Foram mais de R$ 18 milhões investidos nos últimos dois anos. Nosso foco é buscar produtos inovadores que agreguem melhor custo-benefício ao cliente. Este é nosso grande diferencial”, diz Zotelli, fazendo um paralelo entre a situação econômica do país e os investimentos da Unimil. Ele lembra que neste momento é necessário adaptar-se as novas regras do mercado. “Sabemos quais as necessidades dos produtores e queremos oferecer produtos dentro destes parâmetros”. A empresa conta com maquinários de alta tecnologia como robôs de solda, corte a laser cnc, puncionadeira cnc, célula de pintura a pó, tornos cnc, além de equipamentos na área de controle de qualidade que garantem melhor qualidade dos produtos. A Unimil possui certificação ISO 9001:2008 em todo o processo, e está em fase de implantação da ISO 14001 visando o Meio Ambiente, e a OHSAS 18001 focado na Segurança e Saúde de seus colaboradores, rumo ao Sistema de Gestão Integrado. A empresa possui mais de 430 colaboradores.
Instalação do disco de corte desenvolvido pela Unimil, parafusado por cima
Quatro perguntas para Eduardo Zotelli, presidente da Unimil
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Quais novidades foram apresentadas pela empresa durante a Fenasucro 2014? Eduardo Zotelli: Foram duas grandes inovações, uma no sistema de corte e outra no plantio. Para o corte, levando em consideração a necessidade dos nossos clientes em obter maior eficiência, produzimos e patenteamos uma linha de facas de corte de base sem as tradicionais furações e um disco com sistema de fixação por castanhas onde o aperto das facas é feito pela parte superior do disco corte base, tornando o sistema mais seguro durante a troca das facas, além de aumentar a vida útil do conjunto. Já para o plantio, trata-se de um assoalho móvel. As colhedoras tradicionais contam com um elevador que arrasta a cana sobre o assoalho prejudicando a gema da planta. Nosso produto, que já está em teste em campo e tem previsão de lançamento no fim deste ano em maior escala de produção, permite que o transporte seja feito sem atrito até o transbordo, melhorando a qualidade da cana a ser plantada.
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A Unimil tem investido em melhorias ainda que o momento do setor não seja favorável. Como o senhor avalia este cenário? Sabemos que o mercado tem passado por um período de retração. Todos estão sentindo os efeitos da crise. Mas vejo que é justamente neste momento que precisamos nos preparar para atender os clientes da melhor maneira possível. Oferecer produtos e mão de obra que agreguem eficiência e custo-benefício é fundamental para superarmos as dificuldades. Quais as perspectivas para 2015? Uma coisa é certa. Se nada mudar o etanol será apenas um complemento da gasolina para balancear seu preço. Infelizmente as empresas têm receio de investir no segmento já que ninguém sabe os planos do governo. Diante disto não acredito em grandes melhorias a médio prazo. Ao que parece, criar uma política onde o etanol venha a ser principal matriz energética do Brasil não é interesse do governo. Qual sua sugestão para que o cenário melhore? Vejo que este período de eleições é o momento de saber dos candidatos quais suas propostas para poder cobrá-los no futuro. O que precisamos é de definição. Cabe a nós, pertencentes a cadeia produtiva, entender as promessas dos candidatos e fiscalizar o que será feito no decorrer dos anos.