Jornal Brasília Capital 579

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Brasília, 13 a 19 de agosto de 2022Ano XII - número 579 www.bsbcapital.com.br GRATUITADISTRIBUIÇÃOVice-presidente licenciada da Assecor, Roseli Faria (foto) diz que Bolsonaro privatizou o orçamento público Página 5

RetomadafaceverdadeiradoatualdesgovernoJ.B.Pontes–Página4econômica:onde,carapálida?JúlioMiragaya

Candidato a vice na chapa da senadora Leila do Vôlei, sua correligionária no PDT, o ex-presidente da Câmara Legislativa diz não ter vaidade de ser governador, mas faz questão de governar. “A ideia é fazer uma gestão colaborativa. Leila é uma mu lher forte, guerreira e decidida. Eu tenho a experiência que ela precisa”. Páginas vice que quer governar Entrevista / Joe Valle

6 e 7 Um

Quanto custou a cabeça de Reguffe? União Brasil tirou a legenda do senador para o GDF, mas quer os votos dele para candidatos a deputado federal Pelaí – Paginas 2 e descarrilouMobilidade3 no debate da Band ao Buriti não apresentam propostas consistentes para melhorar o transporte público no DF Chico Sant’Anna – Página 10 A

secretoServidorescriticamorçamentonaLDO DIVULGAÇÃO REPRODUÇÃO

Candidatos

Mesmo barrando a candidatura de Reguffe ao GDF, o União Brasil continua sonhando com os votos do senador para eleger ao menos um deputado federal por Brasília. Um dos herdeiros políticos de Re guffe seria o líder comunitário Da niel Radar, da cidade de Santa.

Brasília Capital n Política/ Pelaí n 2 n Brasília, 13 a 19 de agosto de 2022 - bsbcapital.com.br Roque federal – O advogado e jornalista Paulo Roque (Novo) tinha sido apontado por Reguffe como candidato ao Senado em sua chapa ao GDF. Com a desistência de Reguffe, Roque refez os planos e agora concorrerá a deputado federal. “Va mos fazer uma campanha mostrando que ética, coerência e honestidade são valores fundamentais para um político”.

EX-ASSESSOR – Em 2018, Radar obteve 12.218 votos para deputa do distrital. Chegou a trabalhar como assessor de Reguffe e era um dos nomes que o ex-candi dato contava como certo em sua eventual bancada de apoio na Câmara Legislativa.

PREMIAÇÃO – Esperam, lá adiante, mes mo que não obtenham sucesso nas urnas, alguma compensação nos es paços prometidos por Ibaneis a Ma noel Arruda numa eventual segunda gestão do emedebista.

DÚVIDA – Isto não afasta a dúvida de muita gente quanto a qualquer ou tro tipo de compensação imediata supostamente obtida pelo cacique do União Brasil...

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União Brasil indica herdeiro Quanto custou a cabeça de Reguffe?

DIVULGAÇÃO

Os textos assinados são de responsabilidade dos autores Tiragem 10.000 exemplares. Distribuição: Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo e Executivo, empresas estatais e privadas), Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobradinho, SIA, Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Lago Oeste, Colorado/ Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO), Luziânia (GO), Itajubá (MG), Piranguinho (MG), Piranguçu (MG), Wenceslau Braz (MG), Delfim Moreira (MG), Marmelópolis (MG), Pedralva (MG), São José do Alegre, Brazópolis (MG), Maria da Fé (MG) e Pouso Alegre (MG). C-8 LOTE 27 SALA 4B TAGUATINGA/DF - CEP 72010-080 TEL: (61) Brasília Capital

TROCA – Mas nada disso se confir mou. Na reta final antes das con venções partidárias, após intensas negociações do presidente regio nal da legenda, Manoel Arruda, com Ibaneis, o UB optou por apoiar reeleição do atual governador.

ONDE? – Em caso de cumpri- mento do acordo Ibaneis-Manoel Arruda, o União Brasil comandará duas grandes empresas públicas do GDF – uma da área imobiliária e outra do ramo fi nanceiro. É aguardar para conferir...

SENADO FEDERAL

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CONSOLAÇÃO – Como prêmio de con solação, o UB ofereceu ao senador a opção de concorrer à Câmara Fe deral (na verdade, esta sempre foi a intenção do partido, que investe na formação de grandes bancadas fe derais para aumentar sua cota nos fundos partidário e eleitoral).

FIDELIDADE – Com o afastamento do senador, o UB ejetou Radar à dispu ta de deputado federal, acreditando que Reguffe, por lealdade ao amigo, pedirá votos para ele. Ou seja, mes mo defenestrado pelo partido, o se nador trabalharia para aumentar a votação do partido...

AUTONOMIA – Em março deste ano, ele se filiou ao UB confiando no compromisso de que disporia de muitos milhões de reais para a campanha e que teria autonomia para formar as chapas majoritá ria (vice e senador) e proporcional (deputados distritais e federais).

DECEPÇÃO – Mas, entre os correligioná rios de Reguffe ficou a decepção por perder o maior puxador de votos do partido no DF. Alguns anunciaram desfiliação imediata. Outros tentarão juntar os cacos e seguir em frente.

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Na política, como na vida, tudo tem um preço. Considera do a maior ameaça à reeleição de Ibaneis Rocha (MDB) até o mês passado, o senador José Reguffe (UniãoBrasil - foto ) sucumbiu pre maturamente da disputa, por não terlegenda para concorrer.

FOTOS: REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO DIVULGAÇÃO

BORDÃO – Preterida do projeto de concorrer ao Buriti, Paula Belmon te adotou o bordão da torcida do Atlético Mineiro: “Eu acredito!”, diante da situação seja complicada. Ela inclusive se recusava a fazer qualquer outro tipo de projeção que não fosse a disputa majoritá ria. Mas, nos bastidores, aliados ad mitem que ela concorra à reeleição ou mesmo à Câmara Legislativa. a de agosto 2022 coFlamengo;maiordeclararbasquete,tadosvôlei,corridatar(PDT)AdeTimepesocampanhadeLeilaBarrosapostanoesporteparatenlevá-laaosegundoturnodaaoBuriti.Ex-jogadoradeelatemnachapadedepudistritaisoex-craquedoPipoka.VirãoaBrasíliaapoioaelaoídoloZico,artilheirodahistóriadoeBernardinho,técnidaseleçãobrasileiradevôlei.

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O tradicional debate da Rede Bandeirantes (rádio, TV e You tube), no domingo (7), deu iní cio à campanha eleitoral deste ano. Sete dos 12 candidatos ao GDF foram convidados – por lei, as emissoras são obrigadas a abrir espaço somente àqueles cujos partidos têm representa ção no Congresso Nacional, o que não é o caso do PCO, PSTU, PCB e Democracia Cristã. Até aquela data, o PMN não havia registrado candidatura. ALVO – Líder nas pesquisas, o atual governador Ibaneis Rocha (MDB) foi o principal alvo dos demais concorrentes. E ficou em algumas saias justas, como a acusação de levar recursos de emendas parlamentares para o Piauí, onde tem fazendas; e a prisão da cúpula da Secretaria de Saúde durante a pandemia; e os bilionários recursos repassa dos às empresas de ônibus.

Debate na Band abre campanha ao GDF

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PARTICIPANTES – Pelas regras, os candidatos faziam perguntas en tre si e respondiam questões apre sentadas por jornalistas do Grupo Band. Além de Ibaneis, participa ram do debate a senadora Leila Barros (PDT); o ex-secretário de Educação, Rafael Parente (PSB); o ex-vice-governador Paulo Octá vio (PSD); e os representantes de três federações: o senador Izalci Lucas (PSDB-Cidadania); a assis tente social Keka Bagno (Rede-P Sol); e o deputado distrital Lean dro Grass (PT-PV-PCdo B). Eu acredito!

Brasília Capital n Política/ PELAÍ n 3 n Brasília, 13

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Até o fechamento desta edição, na quinta-feira (11), a deputada Paula Belmonte (foto) ainda apos tava que reverteria, na Justiça, a decisão da direção nacional da fe deração PSDBCidadania que deci diu lançar a candidatura do sena dor Izalci Lucas (PSDB) ao GDF.

J. B. Pontes (*) Para permane cer no poder, Bol sonaro teve que ceder o controle do seu desgoverno ao Centrão e à elite econômica, repre sentada por Paulo Guedes. Bolsonaro sempre pertenceu ao Centrão, um agrupamento infor mal de partidos políticos cujo objetivo principal é “levar vantagem em tudo”. Os parlamentares que o integram são hábeis na prática do toma-lá-dá-cá no jogo sujo da política. E Bolsonaro en tregou a eles o controle da parte mais importante do governo, o orçamento público, em troca do apoio político e, principalmente, para evitar a abertura do processo de impeachment, objeto de mais de 140 requerimentos. E os integrantes do Centrão fizeram e fazem a festa com o dinheiro públi co, por meio do orçamento secretocuja dotação neste exercício alcançou R$ 16,2 bilhões -; das emendas indivi duais e de bancadas infladas (R$ 16,8 bilhões); e da investida sobre os orça mentos de órgãos do Poder Executivo ou a ele vinculados. Alguns exemplos são o Ministério do Desenvolvimento Regional, o Fundo Nacional de Desen volvimento da Educação e a Compa nhia de Desenvolvimento dos Vales o São Francisco e do Parnaíba. Para agradar e alcançar o apoio da elite econômica entregou a gestão da economia a Paulo Guedes, o ”pos to Ipiranga”, que supostamente teria solução para tudo nessa área. Guedes teve, assim, a possibilidade de, com toda liberdade, executar as medidas econômicas e sociais defendidas pelo Instituto Millenium - IMIL, do qual foi ele um dos fundadores, retomando a agenda neoliberal do governo Fernan do Henrique Cardoso. O Instituto Millenium é uma ins tituição formada por um conglome rado de intelectuais ideológicos de direita, favoráveis à proposta neoli beral, cujos mantenedores, parceiros e patrocinadores são, entre outros, a Editora Abril, O Estado de S. Paulo, o Grupo RBS, a Abert, a Universidade Estácio de Sá, Gerdau e Suzano, Por to Seguro Seguros, Bank of America Merrill Lynch e Rede Globo. O IMIL é voltado essencialmente à defesa do direito de propriedade e da livre iniciativa. Defendem privatiza ções, o sistema financeiro, a redução dos direitos sociais, combate qual quer política afirmativa por parte do Estado e faz campanha contra a regu lamentação das comunicações. Atua como um verdadeiro partido político de ideologia direitista. Fica fácil, portanto, entender a agenda econômica e social adotada pelo desgoverno Bolsonaro: sucatea mento do Estado; desvalorização dos servidores públicos; entrega do patri mônio público (privatizações); ampla liberdade para o empresariado; e re tirada dos direitos dos trabalhadores. Os resultados dessa política es tão agora explícitos: os banqueiros, os grandes empresários, o agrone gócio, dentre outros, lucrando como nunca e o Estado cada vez mais fra co e sucateado. Em contrpartida, os trabalhadores e o povo em geral es tão mais pobres e famintos. É esse o governo que agora, no desespero pela possibilidade con creta de não ser reeleito, diante da enorme desaprovação e rejeição popular, quer o voto dos pobres. Lança irresponsavelmente, a me nos de três meses das eleições, um pacote de bondades, válido somen te até o próximo dezembro, para tentar enganar o povo. Tenho certeza de que a sabedoria popular saberá enxergar o objetivo eleitoreiro dessas bondades anun ciadas de última hora, cujo objetivo é comprar o voto popular com recur sos do Tesouro, ou seja, de todos nós. Vamos desmascarar esse imbróglio em outubro, nas urnas eletrônicas. 13 a 19 de agosto de 2022 - bsbcapital.com.br

Brasília Capital n Opinião 4 n Brasília,

Retomada econômica: onde, cara pálida?

Brasil vai fazer a economia bombar neste segundo se mestre, tentando convencer o povo de que vale a pena reelegê-lo. Há alguma verdade neste discurso? Vejamos. Comecemos pelo PIB. Se a econo mia, segundo o IPEA, crescer 1,8% este ano, terá crescido 3,34% no perí odo 2019/22, ou 0,82% na média anu al. Ou seja, o PIB per capita registrará queda nesses 4 anos. Se medido em dólares, a queda será ainda maior. O PIB de US$ 1,449 trilhão em 2021 foi 44,6% menor que o PIB de US$ 2,614 trilhões em 2014, quando a economia do Brasil era a 6ª maior do planeta. Em relação ao mercado de traba lho, Bolsonaro celebra que o desem prego caiu para 9,3% em junho. Mas não há o que comemorar, pois o con tingente desempregado, incluindo os desalentados, chega a 14,4 milhões. O que ele não diz é que no Brasil, após a Reforma Trabalhista, os empregos que têm sido gerados são informais e precários. Os empregos com carteira assinada, muitos temporários ou com jornada intermitente, fecharam ju nho em 35,8 milhões, ou 5,6 milhões a menos que em dezembro de 2014, no governo Dilma (41,2 milhões). Já os assalariados sem carteira assinada atingiram o número recor de de 13 milhões. Somados aos que trabalham por conta própria (25,7 milhões), empregos domésticos (5,9 milhões) e auxiliares familiares não remunerados (1,8 milhão), o total na informalidade chega a 46,4 mi lhões, ou 47,2% do total ocupado, que inclui ainda 11,9 milhões de assalariados do setor público e 4,2 milhões de empregadores. O rendi mento médio caiu 5,9% em um ano, de R$ 2.794 para R$ 2.652. Bolsonaro se vangloria de ter re duzido o preço da gasolina ao con sumidor. Mas isto se deu às custas das receitas dos estados (redução do ICMS), preservando a “pornográfica” distribuição de US$ 27,2 bilhões de di videndos no 1º semestre/22 aos seus acionistas (63% investidores priva dos), superior aos 23 bilhões distribu ídos pelas 5 gigantes privadas do se tor somadas (Exxon, Shell, Chevron, BP e Total). E embora o preço na bomba em julho (média de R$ 5,50) seja 25,6% inferior ao preço médio de maio, ainda é 26,7% superior ao pre ço médio de janeiro de 2019, quando assumiu o governo (R$ 4,34). Bolsonaro diz que estancou a dis parada da inflação. Porém, basta ir ao supermercado para perceber que não passa de deslavada mentira. Se a infla ção oficial em 12 meses está em 11,9%, a inflação para os que ganham até 3 sa lários-mínimos gira em torno de 18%. O resultado é que, segundo a CO NAB, o consumo médio de carne bovi na no Brasil será de 24,8 quilos por ha bitante em 2022, sendo que em 2006 (governo Lula), foi 73% maior (42,8 Kg/hab). A disparada dos preços as sociada à queda da renda do trabalho resultou em aumento da miséria (33 milhões de pessoas passando fome) e do endividamento das famílias: 77% das famílias brasileiras estão endivi dadas, sendo 30% inadimplentes. As políticas do governo propiciam lucros extraordinários para banquei ros, grandes empresários, empresas de petróleo, de energia elétrica e a turma do agronegócio. Tais políticas, além de concentrarem ainda mais a renda e a riqueza, favorecem a escala da inflacionária, que o governo tenta conter aumentando a taxa básica de juros, já em 13,75%. A consequência é o aumento ex traordinário dos gastos com juros da dívida pública, que saltarão para R$ 700 bilhões este ano, e da dívida pública bruta, no patamar recorde de R$ 7,3 trilhões. Bolsonaro não vai quebrar. Ele já quebrou o Brasil e o povo brasileiro. Falta a grande mí dia divulgar a notícia. (*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia AGÊNCIA BRASIL verdadeira face do atual desgoverno DIVULGAÇÃO (*) Geólogo, advogado e escritor

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Júlio Miragaya (*) Nas últimas semanas, o desgo verno Bolsonaro tem alardeado que a economia voltou ao normal, que o desemprego e o preço da cadainflaçãodiminuíram,gasolinaqueafoiestanequeoauxílio

Roseli Faria: Luta contra a primeira do orçamento público

O Sindicato dos Bancários de Bra sília, a Fenae, a CUT e a assessoria jurídica da LBS Advogados se reuni ram com o diretor do escritório da Organização Internacional do Tra balho (OIT) no Brasil, Martin Georg Hahn, para apresentar notícia das denúncias de assédio moral e sexu al na Caixa Econômica Federal, em casos que levaram à demissão do ex -presidente e de outros dirigentes do banco. As entidades destacaram a gravidade das violações da Conven ção 111 da ParticiparamOIT. do encontro com Martin Hahn o presidente do Sindi cato, Kleytton Morais, o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, a secretária de Mulheres da CUT-DF, Thaísa Ma galhães, e os advogados sócios da LBS Advogados, Antônio Fernando Mega le e Fernanda Giorgi. Além de requererem providên cias em relação aos casos de explíci ta e intolerável violação aos direitos humanos na Caixa, as entidades ma nifestaram forte interesse em uma resposta contundente do banco na apresentação de instrumentos de prevenção e de combate aos casos de assédio no trabalho. “Buscamos junto à OIT colabo ração técnica à ampliação de inicia tivas que busquem garantir uma resposta firme aos casos de assédio sexual e moral na Caixa. Estamos cui dando para que as investigações em curso sejam realizadas de boa-fé e de maneira efetiva, com diálogo social verdadeiro, para que não resultem em impunidade, e para que sejam es tabelecidas medidas concretas para que o trabalho na Caixa e no sistema financeiro seja um trabalho digno”, esclareceu Morais. O diretor da OIT ressaltou a im portância da conversa com as re presentações dos trabalhadores e colocou o órgão à disposição, espe

cialmente naquilo que são atividades do mandato da OIT, como prestação de assistência técnica e comparti lhamento de estudos e documentos sobre boas práticas em prevenção e combate ao assédio no trabalho. O escritório da OIT no Brasil irá se empenhar junto ao Departamen to das Atividades dos Trabalhadores (OIT-ACTRAV) pela realização de seminários e oficinas para trabalha dores e trabalhadoras, fomentando também a participação dos empre gadores, “para que haja efetiva saú de e segurança no trabalho e para que as pessoas tenham condições dignas de trabalho”.

Representantes dos bancários levam denúncias de assédio na Caixa Econômica Federal à OIT Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital DIVULGAÇÃO

Brasília Capital n Cidades / Bancários n 5 n Brasília, 13 a 19 de agosto de 2022 - bsbcapital.com.br

Servidores criticam orçamento secreto na LDO

A Associação Nacional dos Servi dores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor) criticou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 publicada na terça-feira (9) pelo governo federal. O texto mante ve o chamado “orçamento secreto” aprovado pelo Congresso Nacional. “Isto é privatização do orçamento público”, atacou a vice-presidente licenciada da entidade, Roseli Faria. A LDO define os parâmetros econômicos que devem ser segui dos no orçamento, como a previsão da taxa de inflação, de 3,3%, cresci mento do PIB de 2,5% e o salário -mínimo de R$ 1.294,00. Estão pre vistos mais de R$ 19 bilhões para as emendas do relator-geral, o que ficou conhecido como orçamento secreto, que Bolsonaro poderia ter vetado, mas não o fez. do uma prática recorrente em seu mandato para manter – ou comprar - apoio dos parlamentares que são escolhidos pelo deputado ou sena dor relator do orçamento sem crité rios objetivos e sem transparência. mentares que barrem essas pautas no Congresso Nacional contrárias aos interesses dos trabalhadores e Segundo Roseli Faria, “é cons tante a luta de representantes dos trabalhadores e das entidades sin dicais contra projetos do governo federal. Neste embate, ela lembra a importância de aliados da Assecor, como sindicatos e associações que atuam na defesa e valorização dos servidores públicos. Entre elas, Roseli Faria cita as 36 entidades que compõem o Ciclo de Gestão e o Fórum Nacional Perma nente das Carreiras Típicas de Es tado (Fonacate), que faz assessoria jurídica e parlamentar e exerce pa pel intermediador e reivindicatório junto aos órgãos supervisores da Carreira (SPI e SOF), à Secretaria de Relações do Trabalho, à Secretaria de Gestão Pública, à Coordenação -Geral de Gestão de Pessoas, ao Con gresso Nacional e à Justiça Federal.

Denúncia de assédio na Caixa é levada à OIT

Candidato a vice-governador do DF na chapa puro-sangue do PDT encabeçada pela senadora Leila do Vôlei, o ex-pre sidente da Câmara Legislativa retorna à política após re ceber “carta de alforria” da família para atuar na vida pública. Sem vaidade, ele disse, em entrevista ao programa Brasília Capital Notícias – eleições 2022, parceria da TV Comunitá Orlando Pontes

Tanto a direita quanto a esquerda estão muito fracio nadas. Não deu para unificar a oposição contra o Ibaneis? Estamos juntos apesar de separados. Precisamos passar por esses momentos de refi namento, para entender que a lógica do todo precisa ser mui to mais importante do que as partes individuais. Cada um vai colocar seus currículos, seus projetos e as pessoas vão escolher. Se houver segundo turno, como eu acredito que haverá, os que têm propostas comuns devem se unir. Quatro anos atrás o se nhor não aceitou ser candida to a governador e agora surge como vice da senadora Leila. O que mudou nesse período para fazê-lo aceitar voltar à política? – Primeiro, mudou minha família, Eu resgatei minhas filhas e a Malunga, que é a minha fazenda e mi nha empresa. Hoje minhas filhas têm uma consciência política. Elas viram o pai de las lutando, trabalhando e hoje elas começaram a ver a necessidade e a importância desse trabalho. Eu fico muito feliz com isso. Eu sou um to mador de decisão, e naquele momento tudo me levava a crer que eu poderia ser eleito. Eu me preparei para gover nar o Distrito Federal. Tive esse problema porque governar é ir para um mar muito revoltoso e cheio de tu barões. Se você não tiver um porto seguro que seja sua re ferência, é possível que você naufrague e não volte. Eu precisava do meu porto, que é a minha família e a fazenda Malunga, que são coisas que eu defendo efetivamente. Me dediquei demais à presidên cia da Câmara. Ficava 24 ho ras dedicado a isso. E perigava eu não conseguir atravessar esse mar revoltoso, porque eu não teria esse porto seguro. Resolvi voltar para minha fa mília. Agora eu estou vivendo a melhor fase da minha vida, com minhas filhas, com meus negócios super sustentáveis, formando gente, trabalhando para ter pessoas mais felizes nas nossas instituições. Será que eu tenho direito de ficar sozinho com isso? Então, a minha filha me colocou à dis posição, me liberou, me deu uma carta de alforria. Ela pró pria começou a participar de ONGs, e está envolvida com essa questão de comida. Você acha que poderia ser sabotado, como foi agora com o Reguffe? – Não acredi to nisso. Eu tinha sido presi dente da Câmara Legislativa, levando o projeto Câmara em Movimento para todas as ci dades. Foi uma experiência fantástica, porque eu ia antes com a equipe fazer oficinas com as lideranças, ouvia as pessoas. Coloquei na minha sala números com as deman das. Fazia uma articulação com o Executivo, já me pre parando para efetivamente ser governador. Caso se elejam, qual será a sua participação num eventual governo de Leila Barros? – Quando fui presi dente da Câmara, eu tive um vice que foi meu parceiro, o Wellington Luís. A gente com partilhou. Eu conversava com ele sobre o planejamento. O vice não era uma peça decora tiva. Portanto, eu assumi com a Leila, perante o (Carlos) Lupi e o (Georges) Michel, presiden tes nacional e local do PDT, um compromisso de compartilha mento. A Leila é uma mulher muito forte, uma guerreira, de cidida a fazer as coisas. Eu te nho a experiência que ela pre cisa. Nos complementamos. Não faço nenhuma questão de ser governador, mas faço questão de governar. Porque eu sei onde estão os gargalos. A gente sabe onde estão as pesso as que entendem dos assuntos. Vamos governar com as pesso as daqui. Se a questão é mobi lidade, tenho uma pessoa com especialização em mobilidade. Vamos criar o Conselho de Mo bilidade do DF com uma visão humanista e mais progressista. Até a semana passada, a garantia de um segundo tur no era a candidatura do Re guffe. Com a saída dele, isto torna-se uma dúvida. Vocês não estão facilitando uma possível vitória de Ibaneis já no primeiro turno? – A gente está num momento da política que é preciso colocar a cara, apresentar propostas e ir para a rua. Hoje nós temos uma fer ramenta sensacional que é a internet, que a gente consegue realmente capilarizar. Temos TVs para falar de projetos, fazer debates. Estamos vivendo uma crise política de polarização. Eu brinco que as pessoas vão visitar a Malunga e se eu levar primeiro no pé de alface dizem que sou Bolsonaro, se eu levar no pé de beterraba, é porque sou Lula. A gente precisa aca bar com isso, e eu estou traba lhando nisso. Eu vou governar junto com a Leila. No projeto do PDT, qual o destino de empresas como a Caesb, a CEB (que depois de privatizada ficou com a iluminação pública) e o Metrô? – Fazer gestão pública não importa se a empresa é pública ou privada. Impor ta o serviço que ela presta. Essa privatização da CEB foi um estelionato. O modelo de gestão que a gente quer fazer passa pela valorização do ser vidor. As pessoas vão poder crescer tecnicamente e ter o mesmo status técnico que te ria um gestor. Então, começa remos a ter gestores que cres cem com a devida formação. Como reconstituir essa máquina pensante? Via concursos? – Sem dúvida. A continuidade de um governo é o gestor público, o servidor público. É ele que fica governo após governo. Não podemos ter um nível de exposição do ser vidor público a uma colcha de retalhos que são os governos. Sai um secretário, a influência política coloca outro que muda todo o staff, às vezes, recomeça do zero. Isto está errado. Brasília corre o risco am biental de falência? – Claro! A gente teve um risco, que foi a falta d’água em Brasília. Aí a gente foi captar do Lago Para noá. Aí o governo quer lotear a Serrinha do Paranoá. Não pode. Simples assim. E colo cam isso como empecilho ao desenvolvimento econômico. Não! Empecilho do desenvolvi mento econômico é não ter re cursos naturais, é não ter sus tentabilidade. E Brasília corre um risco ambiental enorme. O PDT não fez um acordo com outros partidos do cam po progressista em função da necessidade de montar um palanque do presidenciável Ciro Gomes no DF? –Não só isso, mas sim. Porque o PDT está se renovando nesta eleição. A gente precisa fazer isso. Estou chamando de um novo PDT. Estamos fazendo formação com os candidatos, mostrando o que é ser um legislador. É um trabalho de base que precisa existir.

Brasília Capital n Cidades 6 n Brasília, 13 a 19 de agosto de 2022 - bsbcapital.com.br Entrevista / Joe“NãoVallefaço

nenhuma questão de ser governador, mas faço questão de governar”

Um vice não

“Asvãopessoasvisitar a Malunga e se eu levar primeiro no pé de alface dizem que sou Bolsonaro, se eu levar no pé de beterraba é porque sou Lula”

Talvez o maior calo do atual governo seja a Saúde. A privatização como está acon tecendo hoje permaneceria na administração do PDT? Não! Na realidade, o Rodrigo Rollemberg tinha implementa do o Instituto Hospital de Base para dar agilidade aos atendi mentos. Mas, com a criação do Iges, pelo Ibaneis, isto foi am pliado sem nenhum suporte de gestão, sem profissionalismo, sem entender o que é esse mo delo híbrido de saúde. E como resolver o proble ma agora? – Nós vamos criar duas fundações: uma para in sumo e uma para manutenção.

A Secretaria de Saúde vai inves tir muito na promoção de saú de, nos agentes comunitários. A gente vai ter uma ajuda junto com a Universidade.

O Iges desaparece? – Não nesse primeiro momento. A gente vai ter o instituto reco lhido para o Hospital de Base, do tamanho que foi gestado.

O PDT perdeu a identidade com a morte de Leonel Brizola, ou a Educação con tinua sendo a prioridade do partido? – Educação é nossa prioridade. Estamos preparan do um projeto de Cieps 4.0. Pre cisamos formar gente. Pessoas são o tijolo fundamental das instituições. As mudanças que a política faz sem prestar aten ção na gestão agridem as pes soas na perspectiva de futuro. Na questão da mobilida de, o PDT continuaria o pro jeto da Interbairro e nova Saída Norte? – O sistema hí brido precisa acontecer urgen temente. Precisamos colocar trilhos nesta cidade. Precisa mos dar seguimento ao metrô onde for possível. Precisamos integrar isso com o VLT. Vai dar tempo de fazer tudo isso? – Não. Mas dá para começar. Dá para planejar no longo prazo o curto prazo da política. Quando falo de curto prazo da política estou falando de quatro anos. Porque você co meça a licitar, a ter projetos, a su perar as exigências ambientais. Teríamos de volta o Expresso Pequi no Brasília-Anápolis-Goiânia?corredor–Claro! Não tem como não vol tar. É fundamental a gente tra zer as cadeias do agronegócio, especialmente a do algodão e a do couro. A matéria prima está aqui. São cadeias alta “Empecilho

ria com o blog do Chico Sant’Anna e o Brasília Capital, que aceitou o papel de coadjuvante, mas diz que terá atu ação efetiva numa eventual gestão pedetista. O acordo foi patrocinado pelos presidentes nacional e re gional do partido, Carlos Luppi e Georges Michel. Ele ga rante estar preparado para o novo desafio. “Governar é ir para um mar muito revoltoso. Eu não faço nenhuma questão de ser governador. Faço questão de governar”.

DIVULGAÇÃO mente empregadoras. A gente precisa ter planos de curto, médio e longo prazos. Isto não existe mais porque o soluço mandatário não permite. O quê o PDT fez em suas gestões em outros estados que podem servir de modelo para o DF? – O PDT é um par tido trabalhista. Então, temos muitos programas que foram desenvolvidos em Secretarias de Trabalho e implementa dos no Brasil. A gente tem um plano de desenvolvimento na cional. O PDT vocaliza, através do Ciro, a exitosa experiência da Educação no Ceará. É cla ro que a gente vai trazer essas experiências para cá. Por isso falei dos Cieps 4.0. Estou falan do de educação em tempo inte gral, de melhoria da qualidade de vida dos professores e tam bém do combate à fome. Então estamos falando de uma escola que forneceria comida para as pessoas o ano inteiro? – Hoje não podemos ter alimentação escolar. Temos de ter alimentação do escolar o ano inteiro, inclusive nas férias. Nós fizemos alguns projetos que estão ligados à qualidade de alimentação das escolas, es pecialmente da alimentação escolar, onde a produção é local, com formação de nutricionistas. Uma escola que tem comida o ano inteiro para as pessoas. Nas férias, a gente vai trabalhar tra zendo os pais para a escola, que vira o epicentro de mudança das comunidades. A escola é a educação, e educação é proces so de mudança. Mas é preciso ter atração para essas pessoas. Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado tem feito uma gestão voltada à educação. E isto está garantindo a liderança dele nas pesquisas, provavelmente com vitória no primeiro turno. Pode ser um paradigma para a cam panha aqui no DF? – Esta é uma bandeira do PDT. Está no nosso DNA. E no novo PDT esse é o mote de fazer. É o que nós vamos fazer em Brasília. Algum aspecto da rea lidade do DF foi levado em consideração? – Eu fiz um estudo no Itapoã. Em agosto já tinha registro de evasão escolar de 60% dos alunos. E uma das principais razões era a péssima qualidade das escolas. Num raio de 100 metros de qualquer escola tem um bar. Aí o meni no desce do ônibus, não vai à escola e fica no bar jogando sinuca. Então a gente tem um problema seríssimo, porque ali está o traficante que recebe esse menino, acolhe. E o estra go está feito. Aí, a gente come ça a falar que precisa de mais polícia – não que a polícia não seja importante. Mas tem outra coisa a ser feita antes, porque senão a fábrica fica aberta.

Brasílianaturais,desenvolvimentodoeconômicoénãoterrecursosénãotersustentabilidade.correumriscoambientalenorme”“O modelo de gestão que a gente quer fazer passa peladovalorizaçãoservidor”

Vamos conversar com todas as forças de saúde. Nós te remos as UPAs num outro modelo de gestão pública. Do jeito que está elas não amorte cem absolutamente em nada. Constroem UPAs, mas não tem recursos, não tem médi cos nem insumos. Como mudar isso? – Este é um trabalho que eu gostaria muito de discutir e debater. Programa de governo é assim. Eu não vi nenhum governo fa zendo isso. Desde o governo Ro riz não vi nenhum que tenha feito um cronograma de priori dades. O que ocorre é pegar um programa que é mostrado para a população e que depois é dei xado de lado. Nós vamos fazer diferente. São doze pontos. E es ses doze pontos são exatamen te o que nós vamos fazer. Na hipótese de a eleição presidencial ir para o segundo turno sem o Ciro, o PDT do DF vai para Paris ou apoiará o Lula? – O PDT do DF tem posicionamento. Aqui em Brasília nós somos pro gressistas, somos humanistas. E tem um campo do qual a gente precisa estar junto.

Brasília Capital n Cidades n 7 n Brasília, 13 a 19 de agosto de 2022 - bsbcapital.com.br não decorativo

O Diap destaca que, pelo vín culo com as causas que patrocina e defende, a plataforma re flete o pensamento majoritário das entidades sindicais filiadas a ele, da mesma forma que os demais rankings de avaliação parlamentar existentes no País.

Presente ao lançamento da plataforma, a diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio, relata que a plataforma lançada pelo Diap é essencial para demonstrar à sociedade a correlação de forças no Congresso. “O site Quem Foi Quem” é um instru mento importante de luta para dialogar mos com a sociedade e demonstrarmos o papel cumprido pelos parlamentares na defesa de nossas pautas, e como a atual configuração do Congresso tem se posi cionado com relação à agenda da classe trabalhadora e às pautas que dialogam com os direitos humanos”. O Sinpro vai fazer a divulgação perma nente da nova plataforma do Diap, para tor nar o conteúdo disponível para toda a socie dade. “A ideia é colocar em cada escola um cartaz com QR Code que direciona para a página”, diz Luciana Custódio. Com essa plataforma, o Diap oferece aos eleitores e eleitoras a oportunidade de analisar a atuação e votação de cada par lamentar, podendo discernir com nitidez aqueles e aquelas que puseram seu man dato a serviço dos interesses dos trabalha dores e trabalhadoras. “A plataforma foi desenvolvida para aferir o desempenho parlamentar em temas que impactam os direitos dos trabalhadores e os serviços prestados à sociedade, e faz parte de novo projeto de acompanhamento e compartilhamento de informações de domínio públi co, como forma de estimular a participação política e o voto consciente”, afirma Rodrigo Britto, presidente em exercício do Diap. O site faz parte do novo projeto do Diap de acompanhamento e compartilhamento de informações de domínio público, como for ma de estimular a participação política e o votoOconsciente.universode temas é abrangente: abarca desde votações de interesse direto e imediato dos trabalhadores, passando por deliberações sobre temas de interesse geral, como mudanças estruturais que impactam o papel do Estado e marcos regulatórios específicos, como de meio ambiente, fiscal e econômico, dentre outros.

Para o Quem Foi Quem no Congresso Nacional, o Diap definiu critérios para chegar a determinadas matérias votadas nas duas Casas legislativas:

Como acompanhar o desempenho de congressistas?

Diap lança plataforma Quem foi quem no Congresso Nacional INFORME Letícia Sallorenzo Lançada na quarta-feira (10), a plata forma Quem Foi Quem (https://quemfoi quem.org.br/) no Congresso Nacional é uma ferramenta desenvolvida pelo Depar tamento Intersindical de Assessoria Parla mentarDisponível(Diap).online, a ferramenta sistema tiza e organiza informações sobre os votos de deputados (as) e senadores (as) em temas relevantes de interesse dos trabalhado res e da sociedade.

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Informações de domínio público

1) a importância da matéria sob os pontos de vistas político, econômico e/ou social; 2) o registro nominal do voto de cada parlamentar, excetuan do as de forma simbólica, quando não há registro do voto por tratarem de matérias consensuais ou em função de manobras regimentais;3)ograu de disputa entre governo e oposição, exigindo-se em cada votação oposição superior a 20% da Casa do Congres so, no caso da Câmara com di vergência superior a 100 votos; 4) o aspecto temporal das propostas de leis submetidas para votação pelos parlamentares com vigência perma nente ou temporária das políticas públicas; 5) a clareza do dispositivo votado em relação ao objetivo pretendido, de modo a não dei xar margens para dúvidas sobre o conteúdo da votação. Dentro dos critérios menciona dos, serão consideradas de mérito quando houve indicação de posi ção favorável ou contrária a traba lhadores e sociedade; e/ou aquelas informativas, que não tiveram indicação de posição pelo Diap, mas ficarão à disposição para o conhecimento da população.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Critérios

gumas especialidades, mas nenhum es tado brasileiro emprega um percentual da força de trabalho médica disponível do que o Distrito Federal. Corrigir isso é uma questão de von tade política.

INFORME Carlos Fernando Médico, Vice-presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital contratações de profissionais e de que não deixaria faltar insumos. Nada disso se concretizou: faltam profissionais e faltam insumos básicos o tempo todo. E, pior ainda, aumentou o custo da assistência à saúde da popula ção. Gasta-se mais com o IGES do que se gastava quando todas as unidades de saúde estavam sob a administração direta do GDF. E, por causa disso, as unidades de saúde que continuam sob o comando direto do governo dispõem de menos recursos para continuar aten dendo a nossa comunidade. É muito cômodo transferir a responsabilidade pela falta de médicos aos profissionais da área. Mas a verdade é que, garantidas as condições adequa das, não falta médico no mercado de trabalho do DF para preencher as vagas no serviço público. Há limitações em al na profissão tem a noção de que não vai passar suas horas de trabalho em locais esteticamente perfeitos ou com paisa gem privilegiada na janela. Todo mundo quer remuneração justa e condições dignas de trabalho. No caso de quem trabalha em saúde, essas “con dições dignas” incluem o acesso aos meios e recursos para dar ao paciente a assistência de que ele necessita. No caso dos profissionais de saúde empre gados pelo IGESDF e pela Secretaria de Saúde do DF, a rotina é de escassez de recursos e até de limitação de espaço físico e sobrecarga de demanda. Mais incômodos que a eventual dis tância do local de trabalho, os processos de gestão não facilitam a vida dos profissionais de saúde no serviço pú blico local. O próprio IGESDF foi criado com a falsa justificativa de que facilitaria Não é a distância que afasta médi cos das unidades de saúde sob gestão do IGESDF ou da Secretaria de Saúde. O que afasta são as péssimas condições de trabalho, a falta de respeito profissio nal e de meios para dar um atendimen to digno aos pacientes, além de uma definição clara de políticas de saúde adequadas às necessidades das popula ções das cidades do DF. Enfim: é a falta de gestão que afasta médicos da saúde pública do DF. A justificativa do incômodo com a distância foi aventada no início da sema na pela direção do IGESDF para justificar a falta de médicos nas unidades sob sua administração. Obviamente, qualquer trabalhador, em qualquer profissão, preferiria trabalhar mais perto de casa, em locais de fácil acesso. No entanto, quem trabalha com saúde, desde cedo

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O que afasta médico de hospital público é a má gestão

A mobilidade está entre as prioridades do eleitorado do Dis trito Federal. Porém, pelo que foi exposto no debate da BandTV, o tema não recebe a devida aten ção por parte dos buritizáveis, que foram superficiais, sem pro postas e projetos. O que veio a público é desalentador. Rafael Parente (PSB) frisou o de sejo de reintroduzir o transporte por vans, de triste lembrança para o brasiliense. Um meio de trans porte precário, sucateado, com motoristas despreparados apos tando corrida pelas ruas, causando acidentes a todo momento. As vans são improdutivas, transportam no máximo cerca de 20 passageiros; não contribuem para o conjunto do sistema, tor nando a passagem do metrô e dos ônibus mais caras e, em muitos lugares, estão vinculadas ao mun do do crime e servem até para la vagem de dinheiro. Os 3,2 milhões de habitantes do DF precisam com urgência de um sistema de transporte coletivo de massa, com qualidade, conforto e pontualidade. Já são quase dois milhões de veículos a trafegar. É necessário investir em modais que transportem maior quantidade de passageiros, como metrô, VLT, e corredores expressos de ônibus. Vans não solucionarão o problema. Ninguém teve coragem de fa lar sobre o trem regional para Luziânia. Há vinte anos, candi datos prometem implantá-lo e depois esquecem.

Brasília Capital n Cidades n 10 n Brasília, 13 a 19 de agosto de 2022 - bsbcapital.com.br Acompanhe também na Internet o blog Brasília, por Chico Sant’Anna, em https://chicosantanna.wordpress.com Contatos: blogdochicosantanna@gmail.com

Mobilidade descarrilou no debate da Band

DIVULGAÇÃO

Habitantes do DF precisam com urgência de um sistema de transporte coletivo com qualidade

Por Chico Sant’Anna Brasília

Anzol eleitoreiro Subsídios

A candidata do Psol, Keka Bagno, questionou os subsídios bilionários que as empresas de ônibus têm recebido do GDF, sem fornecer, em contrapartida, serviço de qualidade; e a omissão de re alizar nova licitação, tarefa já determi nada pela Justiça, que julgou irregular a licitação realizada na gestão Agnelo. Com menos de um terço do que re passou às empresas de ônibus, Ibaneis já poderia ter feito o metrô chegar à Ex pansão de Samambaia e ao Setor O. Esta última seria um alivio para quem vem de Águas Lindas (GO) e de Brazlândia. Ibaneis preferiu o rodoviarismo. Como recomendou Leila Barros, os candidatos devem andar mais de ônibus, de metrô. Poderiam também pegar van pirata e enfrentar engarrafa mentos às 5h da manhã vindo do En torno. Vivenciem aquilo que seus elei tores experimentam cotidianamente. Foi a primeira parada. Vamos ver como o trem vai andar nos próxi mos debates!

GAMA - SANTA MARIA – Nenhum candi dato falou em trocar por transporte sobre trilhos os projetos atuais de Ibaneis Rocha de criar a via Inter bairros (Samambaia-Plano Piloto) e a construção da Saída Norte 2. Quem falou em novas linhas de metrô foi Leila Barros (PSB). Ela defendeu linha entre Gama e Santa Maria. Como assim? Uma linha solta, desconectada do res tante do sistema metroviário, sem conexão com o Plano Piloto, para onde se destinam 70% dos pas sageiros? Parece mais um anzol eleitoral na busca de importante fatia do eleitorado local. Na gestão de Joaquim Roriz, o projeto de expansão do metrô pre via duas linhas saindo do Gama: uma para a Rodoferroviária e ou tra para Ceilândia. A primeira contava, inclusive, com financiamento liberado pelo governo federal. Mas foi substituí da nas gestões de José Roberto Ar ruda, Rogério Rosso e Agnelo Quei roz pelo BRT-Sul, que não foi capaz de fazer com que os moradores dei xassem seus carros em casa. A da Ceilândia interconectava a parte Sul-Sudoeste do DF - o passa geiro sairia do Setor 0 e chegaria ao Gama, sem ter que ir ao Plano Piloto – e fomentaria um desen volvimento que não fosse Plano Piloto centrista. Se estivesse fun cionando, estudar no Campus da UnB do Gama não seria uma odis seia para quem mora em Ceilân dia, e vice-versa.

A carência de transporte públi co que chegue até o destino final do passageiro é uma realidade no DF. Em alguns pontos, a bicicleta de aluguel foi disponibilizada. Mas não adianta focar a última milha, se todo o restante do circuito está capenga. Urge a conclusão das duas linhas atuais do metrô e a implan tação de novas linhas, além do VLT. Assim como Joaquim Roriz ga nhou popularidade legalizando as vans no DF, a proposta extemporâ nea de Parente parece ser apenas um anzol eleitoreiro para chamar a atenção de motoristas autônomos desempregados.

À coluna, Parente alegou que suas vans serão diferentes: elétricas, cha madas por aplicativo e destinadas ao último trecho da viagem – que os téc nicos chamam de última milha.

Desde 2020, o Conselho Regio nal de Nutricionistas da 1ª Re gião (CRN1), que contempla a ju risdição do DF, Goiás, Tocantins e Mato Grosso, já recebeu mais de 300 denúncias por exercício ilegal da profissão. Como ao Conselho profissio nal só compete a orientação e fiscalização de profissionais ins critos no CRN, os casos de exercí cio ilegal são encaminhados para a Polícia Civil e para o Ministé rio Público – o exercício ilegal da profissão é considerado uma contravenção penal. Devido ao fato de a ciência da Nutrição estar em evidência, mais pessoas têm tentado se passar por nutricionistas, desde estudantes a digital influencers. Muita gente tem cobrado por consultas e pres crito dietas de forma ilegal. No site do Conselho Federal (CFN), a população consegue fazer uma busca rápida para saber se aquela pessoa que se diz nutricionis ta de fato o é. Basta colocar o nome da pessoa e selecionar a região/juris dição - CRN1, CRN2, CRN3... Por que essa informação é im portante? Porque uma dieta pres crita de forma errada pode trazer prejuízos e riscos à saúde. A po pulação precisa estar atenta aos falsos nutricionistas, geralmente autointitulados de coaches.

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(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região @carolromeiro_nutricionista

Você encontra na vida pessoas, lugares e situações necessárias à sua evolução

Professor e palestrante ESPÍRITA José Matos Não existe acaso Você encontra na vida pessoas, lugares e situações necessários à sua evolução. A cada um foi dado algo diferente para que haja inter câmbio, e daí surja o amor, ensinou o Mestre André Luís. Não há acaso. De forma semelhante, ensinou Dr. Inácio Ferreira, psiquiatra e ex-diretor do Sanatório Espírita de Uberaba: “Há mecanismos em nosso inconsciente que nos move uns para os outros”. Faça um retrospecto da sua vida e veja quanta gente de bem apareceu e lhe ajudou de forma significativa. Essas pessoas não apareceram por acaso; apareceram por uma causa; a sua causa de realizar o seu propósito. Há um propósito na vida de cada um, ensinam diferentes Mes tres; há pessoas programadas para lhe encontrar e ajudar, e há pesso as que sabem quem está progra mado pra lhe encontrar e ajudar. Quando foi para Paris, pensando em se estabelecer por lá, Miguel Fa labela foi levado a um médium que o orientou: “Seu lugar não é aqui; vol te para seu país e depois de uma se mana você será procurado por uma pessoa que lhe arrumará emprego. A partir daí sua vida deslanchará”. Miguel conta que aconteceu exa tamente como o médium profeti zou. O mesmo ocorreu com Paul Brunton, autor do livro “India Se creta”. Paul afirma que tudo que um Mestre indiano disse para ele sobre seu futuro, realizou-se. Jerônimo Mendonça, o tetraplégi co de Ituiutaba-MG que mesmo as sim mantinha um orfanato, entrou em crise de abastecimento e recor reu a Chico Xavier, que o aconse lhou: “Procure o Roberto Carlos; ele está na sua esfera de ação”. Chico quis dizer que: Roberto estava programado para ajudar Jerônimo. Procurado, passou a contribuir. Vale a pena recordar Sheakspeare: “Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que su põe a vossa vã filosofia. Jesus: “o que você quiser receber, faça aos outros”. Ele falou de forma semelhante ao Dr. Inácio: “Há meca nismos em nosso inconsciente que nos movem uns para os outros”, de forma natural ou provocada. Quando agimos para o bem dos outros esses mecanismos são acionados e geramos o magnetis mo para a atração e realização do que desejamos a eles.

Cresce o número de pessoas tentando se passar por profissionais da área. Saiba como não ser enganado NUTRIÇÃO Caroline Romeiro Seu “nutricionista” é mesmo Nutricionista?

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