OJB EDIÇÃO 41 - ANO 2025

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ÓRGÃO

A sede da Convenção Batista Mineira recebeu duas visitas especiais: uma comitiva da Convenção Batista do Mato Grosso do Sul, liderada pelo pastor Paulo José, e o executivo da Convenção Batista de Pernambuco, pastor Samuel Trindade. O encontro foi marcado por momentos de aprendizado mútuo, troca de experiências e fortalecimento da parceria entre convenções estaduais. Leia a matéria na página 09.

Legado

Convenção Batista Fluminense reúne mais de 500 pessoas em conferência para líderes de crianças

Reflexão Teológica

ABIBET realiza 12° Congresso de Reflexão Teológica em Belo Horizonte - MG

Côrte Real

Embaixadores e Mensageiras do ABC Paulista se reúnem para segunda edição do projeto

112 anos de história

Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE celebra mais um aniversário

OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista

EDITORIAL

Unidos por um mesmo propósito

Em cada edição de O Jornal Batista, celebramos a beleza da cooperação entre Igrejas e Convenções. Nesta edição, destacamos a Convenção Batista Mineira recebeu com alegria representantes da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense e o executivo da Convenção Batista de Pernambuco, em um encontro marcado por comunhão, aprendizado e fortalecimento dos laços fraternos. A unidade na

diversidade é um dos grandes testemunhos do povo Batista, e encontros como esse nos lembram que seguimos mais fortes quando caminhamos juntos.

Também nesta edição, você confere momentos especiais vividos por nossas Igrejas e organizações: a Convenção Batista Fluminense reuniu mais de 500 líderes de ministérios com crianças na conferência “Legado”, um

tempo de capacitação e inspiração para quem serve às novas gerações; a ABIBET promoveu o 12° Congresso de Reflexão Teológica, reafirmando o compromisso com o estudo sério das Escrituras; e no ABC Paulista, Embaixadores e Mensageiras participaram de mais uma edição do projeto Côrte Real, fortalecendo a integração entre meninos e meninas em suas jornadas missionárias.

Também destacamos o 112° aniversário da Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE mais de um século de fé, serviço e testemunho fiel ao Senhor.

Que estas histórias reacendam o desejo de cooperar, servir e seguir construindo o Reino de Deus com amor e unidade.

Boa leitura. Que Deus te abençoe! n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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O papel dos avós na sociedade atual: âncora, ponte e legado vivo

Luciene Cunha Barbosa

Membro da Primeira Igreja Batista em Vera Cruz, em Goiânia - GO; pedagoga, educadora cristã, neuropsicopedagoga, psicóloga Clínica, mestre em Educação, doutoranda em Educação

“Também recordo a fé sincera que há em ti, que primeiro habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (II Tm 1.5).

O Dia dos Avós, celebrado no Brasil em 26 de julho, é muito mais do que uma data no calendário. É um convite à reflexão sobre a presença multifacetada e cada vez mais vital dessas figuras em nossa sociedade contemporânea. Longe do estereótipo do “vovô no balanço” ou da “vovó na cozinha”, os avós de hoje assumem papéis complexos e indispensáveis, atuando como verdadeiras âncoras em um mar de mudanças, pontes entre gerações e legados vivos para o futuro.

Historicamente, os avós eram vistos como os guardiões da tradição, detentores da sabedoria e da experiência acumulada ao longo da vida. A Bíblia ressalta essa valorização da experiência e da longevidade. Embora essa função continue essencial, o cenário social e familiar do século XXI redimensionou e ampliou dramaticamente o seu protagonismo. Um dos papéis mais evidentes, e muitas vezes sobrecarregados, é o de apoio na dinâmica familiar.

Com o aumento da participação feminina no mercado de trabalho e a

complexidade das rotinas dos pais, os avós emergem como a principal rede de apoio para o cuidado dos netos. São eles que buscam na escola, preparam o lanche, oferecem um colo e, muitas vezes, assumem a responsabilidade primária pela educação e socialização das crianças.

Essa colaboração é fundamental para a estabilidade de inúmeros lares, mas também exige um reconhecimento e uma valorização da energia e do tempo que dedicam, muitas vezes abdicando de seus próprios planos de aposentadoria e lazer. Podemos ver um eco disso na Bíblia, embora de forma indireta, na maneira como a família e a comunidade se apoiavam mutuamente. Embora não exista um versículo específico sobre “avós cuidando de netos na ausência dos pais”, a importância da transmissão de ensinamentos e do cuidado com as gerações mais jovens é recorrente. Por exemplo, em Deuteronômio 6.6-7, os pais são instruídos a ensinar a Palavra aos seus filhos “quando te assentares em tua casa, e quando andares pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”, o que implica uma dedicação constante que, na prática de muitas famílias atuais, é compartilhada pelos avós.

Além do suporte prático, os avós são pontes intergeracionais insubstituíveis. Em um mundo digitalizado e acelerado, onde as relações tendem a ser mais superficiais e a conexão com o passado se fragiliza, eles representam a memória viva. São os contadores de histórias da família, os guardiões das tradições e os transmissores

de valores que moldaram gerações. Essa conexão com o “antes” é vital para que os mais jovens compreendam suas raízes, desenvolvam um senso de identidade e pertença, e aprendam sobre resiliência a partir das experiências de vida de seus antepassados.

A Bíblia está repleta de exemplos dessa transmissão de sabedoria e história de geração em geração. O Salmo 78.4-6 destaca essa função: “Não os encobriremos aos seus filhos, contaremos às gerações vindouras sobre os louvores do SENHOR, seu poder e as maravilhas que tem feito. Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó e instituiu uma lei em Israel, ordenando aos nossos pais que os ensinassem a seus filhos; para que a futura geração os conhecesse, para que os filhos que nasceriam se levantassem e os contassem a seus filhos, […]”.

Os avós, nesse sentido, cumprem um papel fundamental em perpetuar os valores e a história familiar. Mais do que isso, os avós oferecem um tipo de afeto que, por vezes, difere do amor parental. É um amor que, em muitos casos, vem desprovido das pressões e responsabilidades diretas da criação, permitindo uma relação de confiança, cumplicidade e acolhimento incondicional. Esse “porto seguro” emocional é crucial para o desenvolvimento saudável dos netos, oferecendo um espaço de escuta sem julgamento e um incentivo à individualidade. Contudo, é fundamental reconhecer que esse papel não é isento de desafios. Muitos avós enfrentam o dilema de

equilibrar o apoio familiar com suas próprias necessidades de envelhecimento ativo, saúde e bem-estar. A “avosidade” moderna pode ser exaustiva, gerando estresse e, em alguns casos, problemas financeiros e de saúde. A sociedade precisa estar atenta a essas demandas, oferecendo suporte e reconhecimento a quem tanto contribui. O mandamento bíblico de “honra teu pai e tua mãe” (Êxodo 20.12) pode ser ampliado para incluir a honra e o cuidado com os mais velhos em geral, que tanto se dedicam. Em um cenário de rápidas transformações sociais, onde o individualismo por vezes prevalece, os avós são um lembrete vivo da importância dos laços familiares, da sabedoria que vem com a idade e da beleza do cuidado mútuo. Eles são, verdadeiramente, pilares que sustentam a estrutura familiar e social, garantindo que as pontes entre o passado, o presente e o futuro permaneçam firmes. Celebrar o Dia dos Avós é, portanto, celebrar a resiliência, o amor incondicional e a riqueza de uma geração que continua a semear, nutrir e inspirar.

Referências

BÍBLIA SAGRADA. Almeida Século 21. São Paulo: Vida Nova, 2010. https://editorarealize.com. br/editora/ebooks/cieh/2022/ TRABALHO_EV179_MD5_ID59_ TB245_25052022204314.pdf acessado 23\05\2025. https://www.ip.usp.br/LEFAM/ LEFAM/os_avos.pdf acessado 23\05\2025. n

Ensino Bíblico contextualizado: a importância de conhecer o público

Chileijone Rodrigues Almeida Marinho educadora cristã da Terceira Igreja Batista de Araguaína - TO; 2ª vice-presidente da Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil; diretora-executiva da Seção Tocantinense da OECBB

A realidade é que nem toda Igreja tem a mesma realidade. Ensinar a Bíblia exige sensibilidade para adaptar a metodologia ao público.

Ensino para criançasAprendizagem Sensorial

As crianças aprendem melhor quando usamos os sentidos (visão, audição, tato, movimento).

Técnicas eficazes: contação de histórias com objetos, teatros interativos, músicas com gestos.

Exemplo: uma história bíblica pode ser ensinada com fantoches ou desenhos feitos pelas próprias crianças.

Ensino para adolescentes e jovens - Debate e Relacionamento

Adolescentes e jovens não querem

Na passagem de mais um 12 de outubro, quando celebramos o “Dia das Crianças”, precisamos parar um pouco e refletir em como temos agido em relação aos pequenos ou “baixinhos” como foram apelidados por uma apresentadora infantil.

Como preservar os filhos em meio aos perigos da modernidade tecnológica e, principalmente, “virtuais”, sem proibi-los de usufruir de seus benefícios?

Hoje temos informação em tempo real e 24 horas por dia. Essa é a principal função da internet. Se bobear, os filhos sabem mais sobre certos temas que os próprios pais. O tempo não é o mesmo, tudo mudou... e numa correria desenfreada.

Como tudo tem o seu lado bom e ruim, esses benefícios oferecidos também podem transformar-se em grandes males que entram em nossas casas como se fossem um furacão, colocando tudo de pernas para o ar. São tantas inovações que alguns “responsáveis” pelos menores nem conhecem direito: Facebook, Insta-

apenas ouvir, querem dialogar, questionar e construir conhecimentos.

Técnicas: pequenos grupos de discussão sobre temas relevantes, com base bíblicas, rodas de conversa e desafios de leituras bíblicas durante a semana, são eficazes.

Ensino para adultos e idosos - Conectando a Bíblia à experiência de vida

Muitos adultos aprendem melhor quando relacionam a Bíblica com sua história de vida.

Método eficaz: testemunhos, estudos devocionais e perguntas que levem à reflexão sobre a caminhada cristã.

Referências

Bíblia Onilne < https://www.bibliaonline.com.br/nvi/1co/11>. Acesso em 28 de março de 2025.

Bíblia Online < https://www.bibliaonline.com.br/nvi/1pe/3>. Acesso em 28.de março de 2025.

DURÃES; Ivan de Oliveira. RAMIRO; Elana Costa. EDUCAÇÃO CRIS-

Cristo nos faz vitoriosos

“E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade” (Mc 9.24).

Um homem, cujo filho era dominado por um espírito mau, que impedia a criança de falar, foi pedir a ajuda de Jesus. No seu pedido, ele argumentou: “Se o Senhor pode, por favor nos ajude e tenha pena de nós. Jesus respondeu: Seu Eu posso? Tudo é possível a quem tem fé. Então, o pai gritou - Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda! Jesus ordenou ao espírito mau: espírito surdo-mudo, saia deste menino e

TÃ: REFLEXÃO SOBRE DESAFIOS E OPORTUNIDADES. Editora Reflexão, 2018.OLIVEIRA, Flávio Rodrigues de; OLIVEIRA, Dayane Horwat Imbriani de; FERNANDES, Adriano Hidalgo. METODOLOGIA ATIVAS: REPENSANDO A PRÁTICA DOCENTE NO CONTEXTO

Crianças sem controle

gram, WhatsApp... apenas para citar alguns dos múltiplos serviços oferecidos das redes sociais que provocam uma verdadeira “febre do inconsciente coletivo”.

Numa pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Consumo do Reino Unido, entre crianças de 9 a 13 anos, mostrou que os computadores tiram o tempo em família desses pré-adolescentes, ficando mais expostos a anúncios nocivos à sua própria formação psicológica.

Uma outra pesquisa realizada no Brasil aponta que só no início deste ano, o país atingiu um número de 32,9 milhões de pessoas na faixa de 16 anos ou mais que têm acesso à internet. E a maior preocupação para os pais é que, hoje, o uso da internet parece não ser passível de controle. E se já é difícil impor limites dentro de casa, a situação torna-se cada vez pior quando sai dos lares e escolas e toma conta de outros ambientes, como por exemplo, cibercafés e lan houses. Esses espaços estão invadindo as cidades e conquistando a atenção dos adolescentes e crianças, que somam o maior número de frequentadores assíduos desses locais onde as más

companhias são constantes.

Vale muito o sábio conselho de Salomão em Provérbios 22.6: “Educa a criança no caminho em que se deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele”. Por mais difícil que possa parecer o regime de controle e disciplinar da criança, a Palavra de Deus ensina que a criança deve ser educada para obedecer aos pais.

Com o disse uma publicitária: “Meus pais me deram uma excelente educação e eu nunca fiz nada escondido, pois o diálogo era constante dentro de nossa casa. Nasci num lar evangélico e nunca me afastei de Jesus para ‘experimentar o mundo’ porque dentro da minha casa recebi todo o aparato necessário para perceber que Jesus é maravilhoso e que as coisas que o mundo oferece são ilusões. Por essa razão, procuro mostrar aos meus filhos aquilo que diz o apóstolo Paulo no livro de I Coríntios 10.31: “Quer comamos, quer bebamos, façamos tudo para glória de Deus”. É assim que devemos educá-los e ensiná-los. Que nascemos e vivemos para o louvor desse Deus maravilhoso.

As regras valem também para serem aplicadas em relação ao tempo

nunca mais entre nele!” (Mc 9.2225). Por razões que nós ainda não entendemos, Jesus nos revelou que o nosso mundo é o palco onde acontece a batalha entre o bem e o mal, entre Jesus Cristo e os anjos caídos. Terminando Sua profecia, o Senhor declarou - “No mundo, vocês vão sofrer, mas tenham coragem. Eu venci o mundo” (Jo 16.33). A Carta aos Romanos é definitiva, quando nos garante: “Em todo o Universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor” (Rm 8.39).

EDUCACIONAL DO SÉCULO XXI. Revista Aproximação – Volume 02. Número 02. – Jan/Fev/Mar 2020. ISSN: 2675-228X.

OECBB < https://oecbb.com.br/ blog-da-oecbb/ >. Acesso em 15 de março de 2025. n

gasto no computador e aos games que parecem levar o usuário a outro mundo. Tudo em excesso é prejudicial, até mesmo informações e entretenimento. Se até o Bill Gates, dono da Microsoft, faz isso com os filhos, por que não faremos?

Especialistas da área de informática afirmam que, hoje, já existem vários métodos técnicos que os pais podem utilizar para manter os filhos longe daquilo que é inútil. Serviços de bloqueios de portais e filtros de determinadas informações já podem ser encontrados em alguns sites que se dedicam especificamente à criação de softwares pessoais, que podem controlar o acesso daqueles que tentam burlar as regras.

A educação dos filhos é prioridade e ninguém deve ter medo até mesmo de tomar medidas enérgicas para a obtenção de resultados. Como diz em 1 João 5.19: “...o mundo jaz no maligno”. E desta forma não há outra opção para os pais senão a busca pela orientação de Deus para uam ação imediata que levem seus filhos a manterem-se longe das investidas do mal ou você prefere que eles se tornem “crianças sem controle”? n

Olavo Fe ijó
pastor & professor de Psicologia
O espaço da contação de histórias no contexto familiar

Gleyds Silva Domingues

membro da Igreja Batista do Bacacheri - PR; pós-Doutora em Educação e Religião; doutora em Teologia; mestre em Educação; licenciada em Pedagogia e Educação Cristã; bacharel em Direito e Teologia; professora do Programa de Mestrado Profissional em Teologia das Faculdades Batista do Paraná e do Programa de Mestrado em Ministério da Carolina University

Uma prática recorrente que ocorre em diferentes espaços e que aguça a criatividade, imaginação, expressividade e ampliação do vocabulário, está associada à arte de contar histórias. Afinal, não há quem resista uma narrativa cheia de aventuras, suspense, ação e desfechos que trazem emoção. As histórias de fato encantam a mente e o coração das crianças, principalmente, quando são compartilhadas no contexto familiar. Isso porque, elas estreitam laços, afinam relacionamentos, expressam afeto, demonstram dedicação e investimento de tempo de qualidade, estabelecem diálogo e, sobretudo, ensinam valores para a vida. Imagine, agora, a arte de contar histórias que são reais e que falam de pessoas que exerceram uma mis-

são especial no plano providencial de Deus, como os testemunhos de oração, as biografias missionárias e a jornada de personagens bíblicos que enfrentaram situações, apresentando uma resposta e ou decisão.

A partir das narrativas, é possível evidenciar a limitação humana diante da soberania, do governo e da autoridade de Deus. Sua ação expressa a presença da graça, da justiça e da misericórdia estendida, dia após dia para com o ser humano. Ainda, é possível extrair princípios a serem apropriados e vivenciados nas práticas cotidianas.

O que não faz uma boa história contada e compartilhada no contexto da família. A partir dela, é possível apresentar um ensino significativo que marcará a vida das crianças. Observa-se que essa prática foi apresentada por Deus. No livro de Deuteronômio, observa-se a necessidade de guardar os mandamentos do Senhor; e para que isso se efetivasse era preciso contar sobre os Seus feitos e torná-Lo conhecido, pois só assim as gerações poderiam amá-Lo e temê-Lo.

O Salmo 78 reforça a necessidade de os pais contarem as gerações sobre a ação presente do Senhor. Exorta que isso não seja encoberto aos filhos,

mas sirva como um testemunho daquilo que ouviram, viram e aprenderam. Isso evidencia o valor da história na formação e no desenvolvimento da fé.

Observe que não se faz menção a qualquer história, antes é aquela que traz em seu interior princípios valiosos. Não se quer dizer, que as histórias morais não devam ser compartilhadas. O que se reforça é a necessidade de que tenha um valor intrínseco que possa ajudar a criança a compreender sobre o caminho a ser percorrido. Nesse sentido, pode-se utilizar a história como ferramenta de ensino, para que ela possa se apropriar de verdades eternas.

Compete aos que têm a responsabilidade na família de cuidar das crianças e direcioná-las no conhecimento de Deus às seguintes ações: separar um tempo em família para a contação de histórias; compartilhar dos feitos do Senhor em ações cotidianas; testemunhar do amor e da bondade de Deus; ensinar princípios a partir das histórias contadas; promover o diálogo, a partir de perguntas direcionadas que estejam ao alcance da compreensão das crianças; ler para e com as crianças; criar memoriais de aprendizagem em família; cultivar o hábito da leitura e, sobretudo, ensi-

ná-la sobre o amor de Deus.

Observe que são práticas simples, mas que farão toda a diferença no processo formativo da criança. Ainda, oportunizará segurança, equilíbrio, aceitação e experiência real com Deus, uma vez que reconhecerá a sua presença em toda e qualquer situação, podendo confiar no seu cuidado e proteção.

Aos educadores cristãos, cabe propiciar momentos de contação de histórias, criando oportunidades, tais como: o livro do mês da família, tempo devocional, compartilhamento de testemunhos, quadro com fotos da família em seu momento de leitura, criação de uma linha de tempo sobre os livros lidos e os princípios extraídos.

É claro que se pode adicionar outras ações, porque a criatividade é um presente dado por Deus ao ser humano. Assim, não se pode restringir o que será efetivado, antes é preciso estar atento às necessidades e demandas advindas do contexto familiar e eclesiástico e atendê-las, a fim de promover um crescimento saudável e significativo com a fé.

Que Deus possa abençoar as famílias e os educadores cristãos. Essa é minha oração. n

Ansiedade e o Educador Cristão: encontrando paz em meio a missão

Samya Vanessa Soares de Araújo teóloga, educadora cristã, professora e membro da Primeira Igreja Batista de Goiânia - GO

Os dados mais recentes sobre ansiedade no Brasil, mostram que os indivíduos são fortemente impactados pelas consequências físicas, emocionais e sociais.

O Brasil lidera os índices mundiais de transtornos de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brasil é o país mais ansioso do mundo:

Cerca de 9,3% da população brasileira (aproximadamente 19 milhões de pessoas) sofre de transtorno de ansiedade generalizada (TAG) — número que pode ser ainda maior considerando as subnotificações.

A pandemia agravou o quadro

Um levantamento da Fiocruz (2022) apontou um crescimento expressivo nos sintomas de ansiedade entre os brasileiros, especialmente entre mulheres, jovens e profissionais da educação e da saúde.

Crianças e adolescentes

Estudos apontam que cerca de 20% dos adolescentes apresentam sinais clínicos de ansiedade. As pressões escolares, redes sociais e ambiente familiar instável são fatores de risco.

Profissionais da educação

Professores e educadores cristãos também estão entre os mais afetados. A sobrecarga emocional e a falta de apoio institucional contribuem para quadros de ansiedade e burnout

Ser educador cristão é um chamado nobre, mas também carregado de desafios. Lidar com diferentes realidades familiares, preparar conteúdos com excelência, manter o coração firme diante da indiferença espiritual de alguns e ainda tentar equilibrar a vida pessoal e ministerial pode gerar cansaço e, muitas vezes, ansiedade.

A boa notícia é que a Palavra de Deus não ignora essa dor. Pelo contrário, ela oferece direção, consolo e força para seguir firme na missão. Ao meditarmos na Bíblia, encontramos exemplos de servos de Deus que, assim como nós, enfrentaram angústias internas, e podemos aprender com eles a transformar a ansiedade em confiança.

Educadores também ficam ansiosos

Sim, educadores cristãos também sofrem com ansiedade. Mesmo sabendo das promessas de Deus, é possível que o peso do ministério, a sobrecarga emocional e a frustração com resultados lentos causem inquietação. É nesses momentos que a Palavra de Deus precisa se tornar ainda mais viva em nós. Filipenses

4.6-7 nos relembra:

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; pelo contrário, sejam os vossos pedidos plenamente conhecidos diante de Deus por meio de oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.

A paz de Deus não depende de ausência de problemas, mas da presença constante de Cristo.

Personagens bíblicos e a ansiedade no serviço

Moisés - O líder sobrecarregado

Moisés sentiu o peso de liderar um povo difícil. Em Números 11.14, ele clama: “Eu não posso levar sozinho todo este povo, porque é pesado demais para mim”.

Quantos educadores cristãos já se sentiram assim? Tentando “levar tudo sozinhos”, sem apoio suficiente, enfrentando a crítica ou a indiferença. Deus orientou Moisés a repartir o fardo, ensinando-nos a importância da equipe e da partilha.

Elias - O educador que quis desistir Elias, após um grande feito espiritual, desejou morrer (I Reis 19.4). Sentia-se só, com medo e desanimado. Deus cuidou dele com descanso, alimento e uma escuta amorosa. Educadores que vivem ansiosos muitas vezes precisam justamente disso: parar, descansar e ouvir a voz suave de Deus.

Marta - A educadora ansiosa em servir

Marta representa muitos de nós: ocupados, preocupados com tudo, querendo fazer o melhor para Jesus, mas perdendo o essencial — Sua presença. “E o Senhor lhe respondeu: Marta, Marta, estás ansiosa e preocupada com muitas coisas; […]” (Lc 10.41).

Quantas vezes educadores se veem assim? Envolvidos com planejamentos, materiais, escalas e reuniões, mas sem tempo para renovar-se no secreto com Deus.

Orientações bíblicas para o educador ansioso

Ore com transparência Como educador, não tente ser forte o tempo todo. Deus conhece suas fraquezas e espera que você as leve a Ele. Lance suas ansiedades sobre o Senhor (I Pedro 5.7).

Alimente sua alma com a Palavra Educar é dar, mas não se pode dar o que não se tem. Reserve tempo para ler a Bíblia não apenas para preparar lições, mas para sua própria edificação. A Palavra renova o ânimo (Salmos 119.143).

Busque apoio em comunidade Moisés precisou de 70 homens. Elias precisou de um anjo e de Eliseu. Marta precisou de Maria. Você precisa de pessoas. Não isole sua dor.

Lembre-se de que os frutos vêm no tempo de Deus

Em Gálatas 6.9 somos exortados: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois, se não desistirmos, colheremos no tempo certo”. A ansiedade muitas vezes vem da cobrança por resultados imediatos. Deus trabalha no invisível e em silêncio. Confie.

Alguns ensinamentos preciosos… O pastor Russell Shedd afirmou: “A ansiedade é a emoção de quem perdeu a consciência da soberania de Deus sobre os detalhes da vida”. Jay Adams, em “Cristo e os Problemas Humanos”, declara: “A solução cristã para a ansiedade está na mente que foi renovada pela verdade de Deus e treinada a confiar no seu caráter”.

Augustus Nicodemus, em sua pastoral sobre ministério, ressalta: “A ansiedade ministerial é, muitas vezes, o resultado de querermos ser senhores da obra, quando fomos chamados apenas para sermos servos”.

Consequências da ansiedade para o indivíduo

A ansiedade não é apenas um “nervosismo passageiro”. Quando constante ou intensa, ela afeta múltiplas dimensões da vida:

Consequências psicológicas

• Dificuldade de concentração e memória;

• Preocupação constante e pensamentos catastróficos;

• Sensação de descontrole ou medo iminente;

• Insônia e pensamentos acelerados;

• Transtornos associados: fobias, pânico, TOC, depressão.

Consequências físicas

• Tensão muscular e dores crônicas;

• Palpitações e taquicardia;

• Problemas gastrointestinais (náuseas, gastrite, diarreia);

• Sudorese, tremores, fadiga extrema;

• Baixa imunidade (aumentando riscos de adoecimento).

Consequências sociais e espirituais

• Isolamento social e retraimento;

• Queda no desempenho profissional e acadêmico;

• Dificuldade nos relacionamentos interpessoais e familiares;

• Distanciamento da vida espiritual ou sensação de culpa e inadequação diante de Deus;

• Sentimento de inutilidade ou frustração ministerial.

A ansiedade precisa ser reconhecida, compreendida e tratada com seriedade. Deus se importa com o nosso estado emocional, e a fé pode (e deve) caminhar lado a lado com apoio psicológico e médico, quando necessário.

Como disse o pastor Hernandes Dias Lopes: “Deus não nos prometeu ausência de lutas, mas presença em todas elas”.

Conclusão

Você, educador cristão, não está só. Sua entrega, ainda que silenciosa e cansativa, tem valor eterno. A ansiedade pode bater à porta, mas ela não precisa reinar. Confie naquele que o chamou, pois Ele é fiel para sustentar, renovar e frutificar sua missão. Que a sua confiança esteja firmada não em seus próprios recursos, mas no Deus que cuida dos que O servem com amor.

Referências:

• BÍBLIA SAGRADA. Almeida Século 21. São Paulo: Vida Nova, 2010.

• Russell Shedd, Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo (Editora Vida Nova).

• Jay Adams, Cristo e os Problemas Humanos (Editora PES).

• Wayne Grudem, Teologia Sistemática (Editora Vida Nova).

• Augustus Nicodemus Lopes, O que estão fazendo com a Igreja? (Editora Fiel). n

Há diversos povos que ainda não conhecem o Evangelho!

O Evangelho de Jesus Cristo é para todas as pessoas, em todos os lugares. Alcançar os não alcançados não é uma opção; é uma responsabilidade. É fácil olhar para as realidades diferentes da nossa e achar que são difíceis demais, mas precisamos ver com os olhos de Deus!

A missão da Igreja não pode perder de vista aqueles que ainda não ouviram sobre Cristo. O Brasil, apesar de ser um país de maioria cristã, ainda possui muitos grupos e regiões onde o Evangelho é pouco conhecido ou praticamente ausente. O compromisso com os não alcançados exige mais do que palavras. É preciso ação. Igrejas e cristãos devem estar dispostos a sair de sua zona de conforto para ir ao encontro daqueles que ainda não conhecem a Cristo.

Existem diversas barreiras que dificultam essa missão. Em algumas localidades, o desafio é geográfico, como comunidades isoladas, que exigem grande esforço para serem alcançadas. Em outras, a barreira é cultural, como no caso de povos indígenas, comunidades ribeirinhas ou grupos urbanos específicos, que possuem tradições e crenças próprias. Além disso, há contextos em que a resistência ao Evangelho vem do secularismo, do sincretismo ou até de restrições ideológicas.

As grandes cidades brasileiras também fazem parte desse desafio. Muitos imaginam que os não alcançados estão apenas em locais remotos, mas a verdade é que grandes centros urbanos abrigam milhares de pessoas que nunca tiveram um contato real com o Evangelho. Entre imigrantes, refugiados, moradores de rua e até mesmo empresários bem-sucedidos, há aqueles que desconhecem a graça redentora de Cristo e precisam de alguém que lhes anuncie a Verdade.

Para ultrapassar esses desafios, é necessário um compromisso intencional da Igreja. Isso envolve oração constante, envio de missionários preparados e estratégias que respeitem as características de cada povo e cultura.

O Reino de Deus cresce à medida que discípulos e Igrejas permanecem firmes em seu propósito, renovando-se constantemente para levar esperança onde há desespero, luz onde há trevas e vida onde há morte. Essa é a essência do Evangelho: um chamado para impactar, servir e transformar para a glória de Deus. n

Imersão para líderes de crianças, reúne voluntários em dia de aprendizado e inspiração no RJ

Capacitação promovida pela Convenção Batista Fluminense fortalece ministério com crianças e forma novos líderes.

Rodrigo Zambrotti pastor, coordenador de Comunicação da Convenção Batista Fluminense

No último dia 06 de setembro, o Acampamento Batista Fluminense, em Rio Bonito - RJ, recebeu a capacitação “Legado”, uma imersão para Líderes de Crianças, uma iniciativa do Departamento de Educação Cristã da Convenção Batista Fluminense, realizada em parceria com a Lifeshape Brasil.

O encontro, que contou com inscrição gratuita, foi viabilizado graças ao investimento da Convenção Batista Fluminense através do Plano Cooperativo, reforçando o compromisso de investir nas Igrejas e capacitar e fortalecer líderes que atuam no ministério com crianças.

Um dia de imersão

A programação foi cuidadosamente pensada para oferecer conteúdo prático, inspiração espiritual e ferramentas de excelência para quem trabalha diretamente com as novas gerações.

O dia começou com o check-in às 8h, seguido pela abertura oficial às 9h. A partir de então, os participantes mergulharam em uma jornada dividida em quatro grandes eixos:

Know: O que o líder precisa saber? - Reflexão sobre a importância do ministério com crianças.

Feel: O que o líder precisa sentir?

- Um chamado para servir com amor, missão e segurança.

Do : O que o líder precisa fazer? - Práticas de excelência no ministério, como preparar ambientes com propósito, liderar equipes, lidar com imprevistos, aplicar um checklist de excelência, compreender como as crianças aprendem, promover acessibilidade e organizar acampamentos inesquecíveis.

Multiply: Como formar outros líderes? - O desafio de multiplicar liderança e formar novas gerações de servos no Reino de Deus.

O encontro contou com a contribuição de Adriana Fernandes, Cristiane Europeu, pastora Rosane Lima, Gilciane Abreu, Priscila Loyola e pastora Tânia Lima, que compartilharam experiências, práticas e motivações para o ministério infantil.

Mais do que um treinamento, a imersão foi uma oportunidade de reno-

vação espiritual, capacitação prática e fortalecimento da visão missionária. Cada palestrante destacou que cuidar das crianças com excelência é plantar sementes de transformação que marcarão o futuro da Igreja e da sociedade.

A Convenção Batista Fluminense, através do Plano Cooperativo, segue reafirmando sua visão de que “juntos somos mais fortes”, investindo no preparo de líderes e no fortalecimento das Igrejas locais.

Ana Cristina disse que “foi um dia de muito aprendizado. Um dia maravilhoso. Que venham mais dias assim”, comentou.

Segundo Ana Cristina, “foi um dia de muito aprendizado, um dia maravilhoso. Que venham mais dias assim”.

Para Ana Paula, a experiência foi completa: “Saímos transbordando conhecimento. Tudo perfeito! Organização nota 10. Alimentação nota

10. Palestrantes nota 10. Tudo muito bem organizado, para honra e glória de Jesus Cristo”.

A participante Helane destacou o impacto espiritual e a relevância do encontro: “Foi um dia abençoado e edificante. Cada palestra, cada palavra, foi um legado que ficará para sempre. Poder estar novamente em Rio Bonito, após vários anos, e ver as mudanças que nossa denominação fez me encheu de alegria. Um legado de um final de semana seria ainda melhor, pois saí querendo mais — e acredito que muitos também”.

Já Miriam , representando a Serra Litoral, agradeceu à organização: “Pastora Tânia e equipe, nós, da Serra Litoral, somos gratas por tudo. Foi grandioso e já sentimos, em nossas vidas, o quanto foi impactante este dia. Obrigada por nos permitir fazer parte desse legado. Estamos orando pela vida de vocês”. n

Líderes de todo o estado participaram da capacitação

CBM recebe comitiva da CB do Mato Grosso do Sul e executivo da CB de Pernambuco

Encontro inédito fortalece laços entre convenções estaduais e promove aprendizado mútuo.

Katia Brito

jornalista da Convenção Batista Mineira

A sede da Convenção Batista Mineira recebeu duas visitas especiais: uma comitiva da Convenção Batista do Mato Grosso do Sul, liderada pelo pastor Paulo José, e o executivo da Convenção Batista de Pernambuco, pastor Samuel Trindade. O encontro foi marcado por momentos de aprendizado mútuo, troca de experiências e fortalecimento da parceria entre convenções estaduais.

Segundo o pastor Ramon Márcio de Oliveira, diretor-executivo adjunto da CBM, o momento foi histórico, por se tratar da primeira visita de uma equipe completa de outra convenção, e não apenas de seus executivos.

“O pastor Paulo decidiu vir com sua equipe, e entendemos que a melhor forma de os receber seria também como equipe. Preparamos uma logística organizada para que pudessem ter contato com nossas gerências, nossos processos e nossa missão. Foi uma experiência produtiva e abençoadora. Nessas interações, não apenas mostramos o que temos feito, mas também aprendemos e recebemos

contribuições preciosas. É um presente para nós viver esse tempo com convenções irmãs.”

O pastor Paulo José, ministro de Relacionamento e Expansão da Convenção Batista Sul-mato-grossense, destacou a relevância do encontro e a hospitalidade da equipe mineira. “Nos bastidores, entre os executivos, temos conversado sobre boas práticas e reconhecemos que hoje a Convenção Batista Mineira é uma das mais bem desenvolvidas no Brasil. Por isso pedimos ao pastor Marcio este tempo. Saímos daqui impressionados com o cuidado em cada detalhe, desde a recepção até as reuniões com

os gerentes. O amor demonstrado por vocês expressa o próprio amor de Cristo e nos constrange de forma positiva.”

O pastor Marcio Santos, diretor-executivo da CBM, também ressaltou a riqueza da troca: “Foi muito especial ver a interação das equipes. A sinergia criada mostrou que esse formato é ainda mais frutífero. Ganhamos muito e já planejamos visitas de retorno, inclusive a Pernambuco, para dar continuidade a essa parceria.”

Representando Pernambuco, o pastor Samuel Trindade contou como surgiu sua participação na visita e elogiou a forma como a CBM con -

duz seu trabalho: “Caí nesse projeto quase por acaso, mas foi uma oportunidade ímpar. O que mais me marcou foi a afinidade e o capricho no trato humano. Desde a recepção até a gerência, percebemos muito amor, cuidado e excelência. Foi uma verdadeira aula de como uma convenção deve se portar. Louvo a Deus por essa experiência.”

A presença das lideranças de Mato Grosso do Sul e Pernambuco na CBM reforça a visão de cooperação entre convenções estaduais, fortalecendo vínculos, compartilhando práticas e renovando a missão comum de servir às Igrejas locais e ao Reino de Deus. n

12º Congresso Brasileiro de Reflexão Teológica da ABIBET reúne líderes e instituições em BH

Encontro reuniu líderes, estudantes e instituições para refletir sobre teologia pastoral integral.

Estevão Júlio

jornalista na Convenção Batista Brasileira*

Nos dias 16 a 18 de setembro de 2025, aconteceu o 12º Congresso Brasileiro de Reflexão Teológica da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico (ABIBET). O encontro foi sediado pelo Seminário Teológico Batista Mineiro, no Centro de Treinamento e Lazer da Convenção Batista Mineira, em Belo Horizonte - MG.

Com o tema “Por uma teologia pastoral integral: unidade entre pensamento, compaixão e prática”, o Congresso teve como preletores os pastores Raphael Abdalla e Lécio Dornas, que conduziram reflexões voltadas à integração entre fé, estudo e ação ministerial. Ao todo, 83 participantes estiveram presentes, vivenciando momentos de comu -

nhão, aprendizado e troca de experiências.

Durante a programação, também foi realizada a Assembleia Ordinária da ABIBET, no dia 17 de setembro. Na ocasião, foram recompostas comissões de trabalho, aprovou-se o Programa da Disciplina de Introdução à Educação Cristã para o curso de Teologia das instituições filiadas e

duas novas instituições foram recebidas como associadas. A Associação aproveitou ainda para apresentar sua nova logomarca, modernizada sem perder a essência da identidade anterior.

A liderança do ministério Touch Peace também esteve presente, fortalecendo parcerias com as instituições filiadas.

Atualmente, a ABIBET reúne 48 instituições de ensino e prevê alcançar a marca de 50 filiadas na próxima Assembleia, que acontecerá durante a Semana Batista em Salvador - BA, no dia 21 de janeiro de 2026, na Igreja Batista Metropolitana.

*Com informações do pastor Anderson Cavalcanti, diretor-executivo da ABIBET. n

Pr. Samuel Trindade e Pr. Marcio Santos
Pr. Paulo José e Pr. Ramon Márcio
Equipes das três convenções reunidas durante encontro
Centro de Treinamento e Lazer da Convenção Batista Mineira recebeu o Congresso da ABIBET

MCM da Primeira Igreja Batista Universitária do Brasil celebra

46 anos em Duque de Caxias - RJ

Organização completa 46 anos reafirmando unidade e compromisso com o Reino.

Carlos Alberto dos Santos pastor da Primeira Igreja Batista Universitária do Brasil; secretário Executivo da Associação Batista Caxiense; jornalista

Um fim de semana marcado por fé, emoção e gratidão. Assim foram os dias 20 e 21 de setembro, quando a MCM da Primeira Igreja Batista Universitária do Brasil, em Duque de Caxias - RJ, celebrou seus 46 anos de história, reafirmando o lema “Um só corpo. Um só coração.”

Foram noites inesquecíveis, em que o templo se encheu de louvor, comunhão e da presença manifesta do Senhor. A cada canção, cada palavra e cada gesto de adoração, era impossível não sentir a força de uma história construída na fidelidade de Deus e no compromisso de mulheres que se dedicam ao Reino.

A música foi um dos pontos altos da celebração. O Coro Brilho Celeste e o Coro Feminino da PIB em Parque Fluminense, em Duque de Caxias - RJ, emocionaram os presentes com cânticos de adoração. A noite ainda foi abrilhantada pela apresentação da irmã Jocileia Fernandes, da Igreja Batista Vila Leopoldina, e pelas inspiradoras

coreografias dos grupos Adorar-te e Mensageiras do Rei, que traduziram em arte e movimento a beleza do Evangelho.

As mensagens foram ministradas por mulheres que vivem a missão: missionária Maria Helena, mobilizadora da Junta de Missões Nacionais no Rio de Janeiro; Lubia Lilian, da Igreja Batis-

ta Central em São João de Meriti - RJ; e missionária Luiza Freitas, da JMN. Suas pregações lembraram que a gratidão é a marca de todo verdadeiro servo e que cada oportunidade deve ser aproveitada para testemunhar e anunciar o Evangelho de Cristo.

A celebração também foi marcada por reconhecimento e gratidão à diretoria da MCM local. Irmã Genilda (presidente), irmã Titiane (vice-presidente) e todas as irmãs que se dedicaram para que o evento acontecesse com tanto zelo foram calorosamente parabenizadas.

“Este aniversário não é apenas uma data no calendário, mas um marco na história de uma organização que tem impactado vidas e fortalecido a fé de gerações. Que venha o próximo capítulo dessa caminhada abençoada”, declarou o pastor Carlos Alberto, pastor da PIB Universitária do Brasil. n

Embaixadores e Mensageiras do Rei do ABC - SP realizam o II Côrte Real

Wagner Fernandes

Crianças, adolescentes e líderes renovam compromisso com a missão de Cristo.

pastor, conselheiro de Embaixadores do Rei e membro da Primeira Igreja Batista de São Caetano do Sul - SP

No último dia 06 de setembro, a Igreja Batista em Diadema - SP (IBADI), sediou a segunda edição do Encontro Côrte Real, dos Embaixadores e Mensageiras do Rei do ABC, neste ano em que as organizações completam, respectivamente, 77 e 76 anos de trabalho no Brasil.

A atividade contou com 265 participantes no total, incluindo 200 inscritos, conselheiros de ER, líderes de mensageiras, pastores, integrantes de ministério infantil de Igrejas da Associação, e ainda vários voluntários, membros das Igrejas para apoio na cozinha e colaboradores na organização das competições de gincanas bíblicas simultâneas, nas mais diversas modalidades e categorias.

O preletor oficial do Encontro foi o pastor André Castilho de Oliveira, pastor na Primeira Igreja Batista de São Caetano do Sul - SP e missionário da Rádio Transmundial, que trouxe a Palavra após o a abertura com o momento cívico de entrada das bandeiras, hinos e compromissos das organizações.

Evento teve mais de 200 participantes

O pregador iniciou falando sobre identidade, baseado no texto de I Pedro 2.1-10, reforçando a ideia de quem nós somos guia, orienta e muitas vezes determina o que vamos fazer, qual o nosso objetivo na vida. Em seguida fez a exposição do texto, dizendo que coisas que devemos abandonar, como a inveja, e que devemos desejar o alimento espiritual para crescermos. Quem crê que Jesus é a base da nossa vida faz parte de um povo especial e tem a missão de anunciar para pessoas que estão na escuridão, pois existe um lugar de luz: em Jesus. Muitas crianças e adolescentes aceitaram o desafio de participarem dessa missão como líderes, pastores e missionários.

Esta edição do evento contou com uma sala especialmente separada para os Amigos de Missões, atendendo crianças abaixo da idade das organizações, que se fizeram presentes num total de 22 crianças com atividades específicas para sua faixa etária durante todo o dia, dirigidas pela irmã Rebeca Ogg, da Igreja Batista Ebenézer.

Foram arrecadados 419 reais para a missionária Isabela Aguiar do Projeto Pamosi, de Angola, que presta suporte a crianças especiais na cidade de Huambo e deu a palavra no momento missionário do evento. E foram arrecadados ainda, 290 litros de leite, doados para a Cristolândia de Parelheiros, para a Glória de Deus.

Dentre as 10 Igrejas presentes, incluindo Igrejas de outras associações regionais, destaque para a participação da IBADI como a maior delegação com 68 pessoas presentes, e para a Igreja Batista Ebenézer de Diadema nas atividades bíblicas, sendo a vencedora nas gincanas de Embaixadores e de Mensageiras e campeã na classificação geral das igrejas.

O evento, realizado em parceria entre o departamento de mensageiras do Rei e o DAER - Departamento associacional de embaixadores do Rei, foi idealizado no ano de 2024 pelos líderes Ana Paula Mello Pires Marcondes, atual líder das Mensageiras da região do ABC e o conselheiro Astrocélio Queiroz Junior, ambos membros da PIB de São Caetano do Sul. O encontro deste ano contou também com a direção do atual coordenador do DAER ABC, Wesley da Silva Martins.

Que Deus seja louvado na vida dos líderes pela abençoada iniciativa, à IBADI, na pessoa do seu pastor titular, pastor Gilson Hilário da Silva e os 45 voluntários da Igreja no evento. Que mais meninos e meninas sejam retirados das trevas para a Luz de Cristo com a instrumentalidade das organizações Embaixadores e Mensageiras do Rei. n

Celebração da MCM da PIB Universitária

Khalil e Samira Mubarak missionários no Oriente Médio

Levando o Plano da Salvação às crianças do Oriente Médio

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”, (Jo 3.16).

Chegamos até aqui muito gratos ao Senhor e temos muitas bênçãos para compartilhar. Celebre conosco porque, em meios a tantos desafios, desfrutamos a cada dia do cuidado do Senhor.

Embora tudo corra bem, nossa região, aqui no Oriente Médio, continua instável e os recentes conflitos impactam diretamente o trabalho aqui. Além disso, a igreja ainda sofre muita perseguição, especialmente no interior do país. Clame pela paz e pela reconciliação deste povo com o Senhor.

Iniciamos o mês muito animados por tudo que visualizamos pela frente, sabendo que o Pai já está lá. Ore por nosso ministério e pedindo proteção ao Senhor.

Quero destacar uma ação que realizamos, um trabalho específico para crianças, egípcias e sudanesas: Compartilhar o Evangelho com as crianças é sempre um grande prazer. Elas recebem a palavra do Senhor com muita alegria, e sempre oferecemos o melhor para elas de forma que elas compreendam a mensagem bíblica.

Participamos de um culto infantil com crianças sudanesas e egípcias. Foi uma tarde maravilhosa em que compartilhamos o plano da salvação de uma forma um pouco diferente. Recentemente recebemos um presente especial da igreja brasileira: “Missionecas” (boneca missionária) e Carrinhos Missionários com as cores do “Plano da Salvação”. Ao compartilhar a mensagem, mostravamos as cores através dos brinquedos. As crianças ficaram encantadas e prestaram atenção em cada palavra, e depois compartilhamos a mensagem e oramos junto com elas. Convidamos duas crianças para explicar o Plano da Salvação usando os brinquedos, e elas lembraram o significado de cada uma das cores. Ao final, entregamos os brinquedos para as crianças e temos certeza que brincarão e compartilharão a mensagem que aprenderam.

Muitas dessas crianças não possuem brinquedos e entregar os presentes a elas foi muito especial.

Contudo, tivemos outra surpresa: após distribuir os brinquedos às crianças, sobraram algumas bonecas e carrinhos, então alguns adultos se aproximaram e perguntaram se podiam receber os presentes. Resistimos um pouco porque seria apenas para as crianças, mas eles insistiram e começaram a contar o Plano da Salvação, mostrando que também aprenderam a mensagem e compartilhariam a história com outros. Ficamos comovidos e demos a eles.

Samira percebeu que uma mulher ficou visivelmente comovida ao receber a boneca. Quando terminamos a distribuição, aquela mulher se aproximou para agradecer, dizendo que não conseguia ter filhos e essa boneca representaria um filho em sua vida.

A História de Melissa

Nossa oração é para que as bonecas e carrinhos sejam mais um recurso que o Senhor use para, através da Sua Palavra, gerar filhas e filhos espirituais! Ore: pelo novo projeto entre um povo não-alcançado aqui do país; para que o Senhor nos sustente em meio à perseguição; pelas crianças que aprenderam o plano da salvação; por nossa adaptação transcultural; pelo estudo dos idiomas e cursos de capacitação; por nossa saúde física, emocional e espiritual; pela saúde das nossas famílias; e por nosso sustento no campo.

Muito obrigado por sua parceria, oração e sustento. A prosseguir, o Senhor nos ajude!

Participe da Campanha Doe Esperança 2025 e apoie financeiramente os projetos e trabalhos com as crianças. Acesse doeesperanca2025.missoesmundiais.com.br e saiba mais! n

Benjamin e Sarah Vilela missionários no Sul da Ásia

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”, (João 3.16).

Hoje quero compartilhar com vocês, queridas irmãs, o testemunho da jovem Mel e pedir que ore por ela.

Em uma das viagens de 2025 ao interior, Benjamin conheceu uma jovem, Melissa (pseudônimo), que se entregou ao Mestre, havia pouco mais de um ano, após ficar livre de espíritos malignos. Seu crescimento espiritual se desenvolveu de forma rápida e logo entendeu o chamado de anunciar a outros o mesmo Senhor que a libertou. Melissa serve na evangelização de crianças e entende que sua missão é anunciar as boas novas a várias outras pessoas. Mas, seus pais começaram uma perseguição religiosa, principalmente após ela decidir estudar no seminário para melhor desenvolver seu conhecimento e ampliar sua atividade ministerial. Eles ainda queriam forçá-la a ir para fora do país a fim de trabalhar, o que é extremamente perigoso

– muitas meninas que embarcam no sonho de trabalhar fora acabam nas garras de traficantes que as exploram em casas de prostituição. Após ter o visto negado duas vezes, e o passaporte roubado, entendemos que Deus a livrou de um perigo oculto, e a confirmação veio quando Melissa foi contemplada com uma dupla bolsa de estudos (uma para o seminário e a outra para a faculdade).

Porém, seus pais ampliaram a perseguição com agressões e expulsões e retornos à casa. Eles retiveram seus documentos, o que dificultou a inscrição nos estudos e ameaçaram ir à polícia e à mídia contra os irmãos que a ajudam.

Um mês depois, grandes coisas aconteceram com ela. Mais uma vez,

as “portas se fecharam” para o visto no exterior e faltaram alguns documentos para ela, de acordo com as exigências para seguir sua viagem.

Este primeiro ponto nos dá uma grande lição: Deus usa “portas fechadas” para nos ajudar. Nem sempre a porta fechada é sinal de coisa ruim ou falta da ação de Deus. Ao contrário, Ele usa “portas fechadas” para cumprir Seus propósitos e desígnios.

O segundo ponto interessante sobre a Melissa é que sua família reteve seus documentos, de maneira que ela não conseguia se inscrever em curso algum. Mas, nosso Pai poderoso “abriu portas” e ela conseguiu pegar os seus próprios documentos. Aqui fica outra lição: se “porta fechada” pode ser propósito de Deus, quando Ele abre a “porta” tudo fica nítido, novos horizontes dão o convite para explorar e prosseguir.

O terceiro ponto sobre a Melissa é que ela chegou ao seminário com todos os seus documentos e iniciou seus estudos. “Portas fechadas e abertas” possibilitaram essa nova jornada, que abre agora um leque de oportunidades. “Futuras portas” que ela terá que decidir junto ao Pai, mas

por agora, estudar e aprender, conhecer-se e conhecer o Pai, são as lições que ela precisa aprender.

A batalha ainda não terminou. Após esta grande vitória, a sombra da perseguição e problemas ainda a rondam. Com sabedoria e cautela, ela dá os passos para cumprir seus objetivos. Ore para que a Melissa termine seus estudos, descubra sua vocação no Reino e adquira ferramentas e conhecimento para cumprir a missão que lhe foi designada.

No Amor do Pai, Vamos Completar a Missão

Para adotar o casal missionário ou fazer uma oferta única, entre em contato com a Central de Atendimento*: 2122-1901 (cidades com DDD 21) 0800-709-1900 (demais localidades)

WhatsApp: (21) 98055-1818 dias úteis, 8h às 18h (horário de Brasília)

*Observação: O atendimento pelo whatsapp é feito da mensagem mais antiga para a mais recente. Então é necessário aguardar a resposta. Pois a cada nova mensagem recente, você volta para o final da lista. n

Igreja Batista Manancial celebra 25 anos de emancipação em Feira de Santana - BA

Fabio Souza

pastor da Igreja Batista Manancial, em Feira de Santana - BA

Nos dias 20 e 21 de setembro, a Igreja Batista Manancial, em Feira de Santana - BA, comemorou os 25 anos de sua emancipação. Foram duas noites de gratidão a Deus por tudo o que Ele realizou, lembrando as palavras de I Samuel 7.12: “Até aqui nos ajudou o Senhor”.

Com o tema “É tempo de reconstruir”, o evento trouxe reflexões baseadas no livro de Neemias, com preleções do pastor Emerson Dantas, da Igreja Batista Abba, e do pastor João Marcos, da Assembleia de Deus em

Com o tema “É tempo de reconstruir”, evento reuniu membros e preletores para duas noites de gratidão a Deus e reflexões sobre o livro de Neemias.

Mensagens e momentos de louvor fizeram parte da programação de celebração da Igreja Batista Manancial em Feira de Santana - BA

Congresso debate saúde emocional do pastor e da família

Jénerson Alves jornalista, membro da Igreja Batista Emanuel em Caruaru - PE

Foi o primeiro Congresso de Pastores Batistas do Agreste.

No templo da Igreja Batista Me morial em Caruaru - PE aconteceu o Primeiro Congresso de Pastores Batistas do Agreste. O evento, organizado pela Ordem dos Pastores Batistas de Pernambuco (OPBBPE) – Seccional Agrestina, foi realizado no dia 20 de setembro e mobilizou dezenas de participantes, tendo sido considerado um marco na região.

O tema do congresso foi “Saúde emocional do pastor e família”, contando como preletor o pastor e psicólogo Ailton Rocha, da Segunda Igreja Batista em Salgueiro - PE. Ele é conhecido pela população, inclusive

Participantes do Primeiro Congresso de Pastores Batistas do Agreste

por um trabalho de realização de lives nas redes sociais abordando temas relacionados à família, contando com

um bom número de seguidores e um engajamento avaliado de forma muito positiva.

Ainda durante o congresso, foi realizada uma oficina sobre Nutrição e Qualidade de Vida Ministerial, comandada pelos nutricionistas Paulo Neto e Adrielly, que discorreram acerca da temática, também realizando uma interrelação com os princípios da Palavra de Deus.

O presidente da OPBBPE Subsecional Agrestina, pastor Jairo Alves de Siqueira, avalia o evento com muita gratidão a Deus e a cada congressista e palestrante. “O congresso foi um momento especial de edificação, comunhão e aprendizado; um dia inteiro dedicado ao fortalecimento físico, emocional e espiritual daqueles que servem ao Senhor na liderança de Suas igrejas”, declarou. n

Cultos em celebração da emancipação da Igreja Batista Manancial, em Feira de Santana - BA

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

Primeira Igreja Batista em Aracaju - SE celebra 112 anos de história

Lideranças passadas e presentes são lembradas em celebração de aniversário.

Sandra Natividade membro do Conselho Editorial de OJB

A longevidade da Primeira Igreja Batista de Aracaju - SE (PIBA), liderada pelo pastor Paulo Sérgio dos Santos, seu presidente, celebrou 112 anos oficialmente em 19 de setembro de 2025. A Igreja é para Sergipe o marco da denominação Batista no Estado, fato ocorrido ainda no início do século XX, exatamente no dia 19 de setembro de 1913, contando com a fidelidade de irmãos na fé vindos da Primeira Igreja Batista de Penedo - AL, que a organizaram pela instrumentalidade do pastor Horácio Gomes de Araújo, seu primeiro pastor.

As celebrações ocuparam os dias 19 a 21 deste setembro, tendo como orador pastor Joel Bezerra, da Igreja Batista do Recife - PE, aquela que deu a escritora Leonice Ferreira da Silva inspiração para escrever, em 2003, a obra “Primeira Igreja Batista do Recife - Episódios de sua história”. Pastor Joel foi benção de Deus naqueles dias passeando na Bíblia falando sobre ações práticas da Palavra que devem ser seguidas pelos que a adotam e amam; o carro chefe das citações fo ram os livros de: Atos, Efésios, Isaias, Salmos, Colossenses, Coríntios, Fili penses e I Tessalonicenses.

A realidade da Palavra de Deus ficou impregnada nos evangélicos participantes dos cultos e no grande número de visitantes que passaram pela Igreja naqueles dias celebrativos. No quesito música houve a participa ção do grande coro capitaneado pelo Coral Vozes de Sião, Coral Marquivaldo Lima Leite, grupos de louvor, grupo vocal composto por descendentes do primeiro pastor da Igreja, radicados no eixo RJ - Brasília, como também participação especial da cantora Esther de Jesus. Naqueles dias, a PIBA recebeu outorga de placas comemorativas e homenagens da Convenção Batista Sergipana, Associação dos Diáconos Batistas do Estado, Associação de Esposas de Pastores Batistas e da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil secção de Sergipe.

pastor, vê-se nitidamente um filme das dificuldades e superações iniciais desde pastor Horácio Gomes de Araújo, Eutychio Vasconcelos, Félix Joaquim de Moraes, Djalma Cunha, Coriolano C. Duclerc, John Mein, Silas Alves Falcão, David Mein, José Bernardo de Oliveira, Ivan Freitas, Donald Burchard McCoy, Otoniel Marques Guedes, Jabes Nogueira até os dias atuais com o pastor Paulo Sérgio.

A Igreja mais antiga dos Batistas sergipanos é responsável pela implantação do maior número de Igrejas instaladas na capital e interior do estado. Continua crescendo não somente na quantidade da membresia, mas, na construção e reconstrução de vidas ao lado de Cristo Jesus, Senhor nosso. Quando os anos vão passando é inevitável vir a memória o trabalho e os feitos visíveis dos que nos antecederam sejam membros e/ou seus pastores, já estamos no décimo quarto

A liderança dos homens que o Pai tem colocado ao longo dos anos nesta Igreja, o estudo contínuo da bíblia e a sã doutrina Batista ensinada, tem feito com que a membresia trabalhe, envolva-se no firme propósito de resgatar e salvar vidas observando o que nos ensina a palavra de Deus em João 13.34 “... Que vos ameis uns aos outros”; é a Igreja amando, saindo das quatro paredes e evangelizando. Foi para isto que Deus nos criou.

A história não está estática, vê-se claramente como anda e envolve ou-

tros até geograficamente distantes. Vi isto em 2023, por ocasião dos 110 anos da PIBA, quando lancei a obra sob o título “Memórias da Igreja Batista pioneira em Sergipe”, elencando personagens que foram exemplos de vida cristã na Igreja local: João Heleodoro do Nascimento - primeiro tesoureiro da Igreja; e do a época jovem Mário Barreto França; contando no lançamento do livro com a presença de bisnetas do personagem João Heleodoro, vindas de Campos dos Goytacazes - RJ e do estado do Espirito Santo, respectivamente, como também a presença do sr. Uilson, ex-prefeito de Maricá - RJ, amigo do personagem Mário Barreto França.

Neste 2025, em seus 112 anos, a história se repetiu na PIBA, vindo a Aracaju netas e bisnetas de Horário Gomes de Araújo e João dos Passos Oliveira, fato tão esperado na história, pelo fato de ser Horácio o pastor que organizou a Igreja, (1913) e o segun-

do, por permitir que em sua casa a Igreja ainda sem sede própria (fato só ocorrido em 1920) se instalasse, ato de grandeza que nos leva ao livro de Atos, onde o Espírito Santo capacita o homem a ser testemunha viva na expansão do evangelho de Cristo, e João dos Passos o foi.

Assim, tivemos em Aracaju - SE uma delegação procedente do Rio de Janeiro e Brasília composta por familiares do saudoso pastor Horácio Gomes e do diácono João dos Passos, grupo liderado pela professora Irenita Araújo Monterio, que em conjunto com irmãs e tia apresentou belo madrigal no aniversário da Igreja. As gerações se encontrando por força da história que é envolvente e atuante chegando nos dias atuais.

Desta forma, a história se cumpre. A Deus Pai, Filho e Espírito Santo, nossa eterna gratidão. Que a PIBA continue a avançar em sabedoria e graça. n

Fachada da PIB Aracaju - SE Pr. Joel Bezerra, preletor da celebração
Pastores e líderes da PIBA
Celebração de 112 anos da PIB Aracaju - SE

1. A palavra fé é recorrente na epístola aos Hebreus, especialmente no capítulo 11. Rienecker e Rogers afirmam que o termo usado no verso 1, fala de certeza, segurança. Essa palavra tem uma série de conotações e usos, em geral, essência, substância ou fundamento, garantia, atestação, documentos que atestam ou dão evidência de propriedade. Evidência, prova. A palavra era usada nos papiros para denotar provas legais de uma acusação.

2. Fé é uma palavra tão pequena, mas de uma importância muito grande. O escritor aos hebreus diz que sem ela é impossível agradar a Deus (11.6). A fé é a certeza das coisas que se esperam e a convicção dos fatos que não se veem (11.1). O conceito de fé passa pela Palavra de Deus, pois esta é a sua semente (Romanos 10.17). A fé é um dom de Deus para que creiamos nEle e na Sua Revelação. Revela, em Cristo Jesus, a salvação, a santificação e a glorificação. A salvação tem a ver com Cristo e a Sua obra na cruz em nosso lugar; a santificação tem a ver com o selo do Espírito Santo (Efésios 1.1314) e a consequente presença plena dEle em nós; e a glorificação revela que nós seremos perfeitos conforme a determinação do Pai e esta realidade acontecerá no céu, onde não haverá mais lágrimas, decepção, morte, enfermidade, angústia e limitações.

3. Flávia Gomes afirma que o insight de Lutero sobre o significado da justificação e salvação foi, possivelmente, o catalisador crucial da Reforma. O ponto principal da virada foi quando ele descobriu, lendo Romanos, que nossas obras não nos tornam justos. É Deus que declara justo os que, pela fé, confiam no que Ele fez por eles em Cristo e não no que podem fazer por si mesmos. Qualquer coisa que nos faça sentir confiança em nós mesmos é, em última análise, obra da Lei. Nesse viés, Lutero critica as indulgências, penitências.

4. Guy Waters declara que a doutrina da justificação somente pela fé é um tesouro precioso em posse da igreja. Jamais devemos considerar esse tesouro como de pouca monta. Só é mantido por labor duro, paciente e persistente na Palavra de Deus. Mas certamente hoje eles insistiram: como dar qualquer coisa menos do que isso ao Salvador, que nos deu nada menos que a si próprio por nós?

5. A experiência da fé é uma experiência de confiança na fidelidade de Deus. Que Ele cumprirá tudo o que prometeu nas Escrituras. Viver pela fé é experimentar cada dia o cuidado amoroso do Pai. É ter a certeza de que Ele fará o que determinou antes dos tempos eternos. Andar por fé é descansar na segurança de Deus Pai. Saber que nada nos poderá separar do Seu amor que está em Cristo Jesus,

Vivendo pela fé

nosso Senhor (Romanos 8.39). Abraão via o invisível com os olhos da fé e vislumbrava o filho da promessa. Jacó perseverou crendo nos atos de Deus na História do seu povo. José cria que o Pai tiraria o povo da escravidão do Egito. Todos os profetas de Deus viveram pela fé. Profetizaram no solo da fé. Foram fiéis ao Senhor sabendo que Ele agiria no momento oportuno. Criam que o Pai trabalha para aqueles que nEle esperam (Isaías 64.4).

6. Fé não é crença. Sabemos que a crença está atrelada à religião meramente formal e legalista. A fé, por sua vez, está intimamente ligada ao evangelho que liberta o homem e proclama o perdão de Deus em Cristo Jesus. A fé salvadora produz santificação e glorificação. Ela enseja obras que glorificam a Deus. A fé genuína não é estéril, mas ativa e produtiva. Por ela somos justificados e temos paz porque aponta para a suficiência da obra de Cristo na cruz e na ressurreição (Romanos 5.1,2). A fé tem a capacidade de olhar para o ontem, o hoje e o amanhã. Olha para Jesus Cristo que é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hebreus 13.8). Vislumbra a esperança concretizada pela obra de Redentor. A fé traz benefícios inumeráveis para o cristão: Acalma o coração, produz uma mente saudável e uma disposição nova a cada dia. Ela elimina a ansiedade, pois o seu foco é o Reino de Deus e a sua justiça (Mateus 6.33).

7. A experiência do crer vislumbra as possibilidades coerentes com a Palavra de Deus. Confia que Deus fará tudo segundo a Sua vontade soberana e para a Sua glória. A fé em Cristo Jesus desenvolve em nós sintonia, sinergia e simpatia. Homens e mulheres de fé são coerentes em sua expressão. São tratados e sabem lidar com os outros. Criativos e proativos. A sua mente é renovada. As suas forças são multiplicadas (Isaías 40.29-31). Há alegria em sua vida mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Paulo e Silas estavam presos, mas exerceram a sua fé no Redentor ao cantar à meia noite, pois a fé cristã produz paz e alegria. A fé enseja obediência. O exercício do crer glorifica a Deus. Revela a fortaleza de Deus e a fraqueza do homem. A autossuficiência de Deus e a insuficiência do homem. A independência de Deus e a dependência do homem (2 Co 3.5).

8. Se desejamos dar prazer ao Senhor, deleite ao Seu coração, precisamos exercer a nossa confiança, a nossa fé em Sua fidelidade. Jesus nos ensinou que tudo é possível ao que crê porque a fé aponta para o poder incomparável de Deus. Exerçamos a nossa fé para a salvação dos perdidos, a edificação da Igreja de Jesus e a glorificação do Deus Soberano, o galardoador dos que O buscam de todo o coração, pois sem fé é impossível agradá-lO. n

OBSERVATÓRIO

Lourenço Stelio Rega

No artigo anterior procurei demonstrar que a Igreja não é um fim em si mesma. Mas o instrumento de Deus para que a missĭo Dei, isto é, a missão do próprio Deus se cumpra. Busquei esclarecer que essa missão dEle tem como núcleo essencial (em inglês core) restaurar toda criação e criatura, em que ele se lançou a partir de Gênesis 3.15 (o protoevangelho, ou primeiro Evangelho), quando prometeu que do descendente de Eva viria concretizar esse propósito essencial. E esta passou a ser a história de Deus e toda a narrativa da Bíblia, como livro por ele inspirado, vai descrever essa missão de Deus em cada ato e momento da linha do tempo descrito. Então a Bíblia passa a ser uma espécie de grande narrativa dessa história de Deus, uma metanarrativa divina, como um grande varal em que tudo está dependurado nele, a história de Israel, de Judá e da Igreja, que, diante dessa grande narrativa, passa a assumir o papel de povo de Deus participante no cumprimento da missĭo Dei, pois Deus dos dois povos (judeus e gentios) fez um só povo – a Igreja (veja Efésios 2 e Romanos 9 a 11).

Nesse ponto procurei explicar que, ao longo do tempo, fomos desenhando a vida e atividades da igreja focalizando o seu papel de conquistar o mundo para as Boas Novas, cumprindo a MISSÃO DA PROCLAMAÇÃO e a IGREJA COMO MENSAGEM, com o desafio de levar o Evangelho onde ainda não foi alcançado, semear novas igrejas, evangelizar etc. A ênfase nesse aspecto tem sido o trabalho missionário, evangelístico; o envio de vocacionados ao campo missionário. Temos aqui o desenvolvimento do que chamamos de MISSÕES

Procurei demonstrar que, para que a missĭo Dei se cumpra integralmente, o próprio Deus quer mais, muito mais, quer nos trazer de volta ao Plano da Criação de modo a que o Evangelho vá além de uma mensagem abstrata e apenas verbal, e venha a se encarnar em nossa vida no cotidiano, transformando-a de modo que nossa história, nossas decisões, nossas ações venham a espelhar o Plano da Criação, venham espelhar aquilo para o qual fomos criados, que foi abandonado pela rebeldia no Éden (Gênesis 3).

Temos aqui o desafio de Jesus em sermos sal e luz (Mateus 5.13ss), e, Paulo fala que somos embaixadores do reino (I Coríntios 5.20). E aqui descobrimos que a igreja tem também a MISSÃO DA PRESENÇA, e isto, envol-

ve a IGREJA EM e COM MOVIMENTO, sendo a tradução e vitrine desse Plano da Criação, um povo de contraste diante do mundo decaído e rebelde. Por isso dizemos que cada cristão não vai à Igreja, pois todos nós somos a igreja onde estivermos e quando em celebração estamos juntos adorando a Deus como igreja também.

Assim, muito mais do que ter apenas uma missão, a Igreja tem diante de si, de sua essência, o desafio de cumprir o que chamamos de DIMENSÃO MISSIONAL tendo a missĭo Dei, como seu ponto de partida, seu fundamento. Vamos relembrar o missiólogo Christopher Wright que afirma: “[…] não é tanto que Deus tenha uma missão para a igreja, mas que Deus tem a igreja para sua missão . Deus trouxe a Igreja à existência (como o povo em continuidade espiritual orgânica com Abraão) porque Deus é Deus de toda a criação e de todas as nações e Deus está propositadamente trabalhando em toda a história para a reconciliação e redenção de ambos. E Deus cria e chama seu povo redimido para ser cooperadores dele em sua missão redentora no curso da história terrena, então para ser seus reis, sacerdotes e servos na vida gloriosa, contínua e proposital da nova criação por toda a eternidade” (A Grande História e a Grande Comissão, cap. 9, está sendo publicado em português, pela Editora Vida).

O que eu posso deduzir com tudo isso? Essencialmente que o desafio que temos diante de nós – a igreja, o povo de Deus, e cada um de nós que foi alcançado pelas Boas Novas – é muito maior do que possamos imaginar.

Por um lado, temos o desafio de conquistar o mundo para Cristo, por meio da pregação das Boas Novas, desenvolver a obra missionária e evangelizante, despertar e preparar novos missionários, semear novas igrejas, torná-las autossustentáveis cumprindo a missão da proclamação, tendo a igreja como mensagem. Isso temos feito de forma abrangente e com eficiência. Com certeza, poderemos ainda mais dinamizar e ampliar nosso alcance.

Um outro desafio que temos de investir é o cumprimento da missão da presença da Igreja, de cada cristão, no mundo aprofundando o papel da igreja como e em movimento em todos os aspectos da vida pública, no mundo dos negócios (veja o movimento Business As Mission – BAM), no exercício da vida profissional, na sociedade em geral, no meio ambiente em que cada

Futebol é o que mesmo? Parte 3

um de nós vive e atua. O ponto aqui é lembrar dos OUTROS SEIS DIAS que seguem o importante dia da celebração – o domingo.

Assim, a Igreja não é uma mera instituição que deva estar voltada a si mesma com uma visão centrípeta, ou mesmo um fim em si mesma. Com esse enorme desafio o que Deus faz é tornar a IGREJA COMO NOVA HUMANIDADE, um povo vivendo na prática cotidiana uma nova vida, transformada e transformadora, demonstrando ao mundo sem Cristo a vida concreta que foi perdida lá no Éden como novas criaturas (II Coríntios 5.17).

Com o missiólogo Michael Goheen, aprendemos que “a igreja não é um corpo religioso, mas a nova humanidade que é uma imagem da vontade de Deus no final da história universal para trazer unidade a todas as coisas no céu e na terra sob Cristo (Ef 1.10; 2.11- 22) […] A Igreja é um povo enviado ao mundo sete dias por semana como testemunhas do reino de Deus, em contraste com a Igreja como um povo reunido [apenas] um dia para adoração [e ocupação institucional e religiosa]” (Tornando-se uma Igreja missional).

Vamos marcar muito mais gols quando compreendermos e concretizarmos nosso papel na presença no cotidiano da vida ao lado dos progressos missionários que temos alcançado. Vamos lembrar que a “missão “é uma questão de presença – a presença do Povo de Deus no meio da humanidade e a presença de Deus no meio de seu povo […] A evangelização do mundo não é principalmente uma questão de palavras ou ações: é uma questão de presença – a presença do povo de Deus em meio à humanidade e a presença de Deus em meio ao seu povo” (Robert Martin-Achard).

É novamente Michael Goheen que nos ensina que “a missão não visa principalmente a propagação ou transmissão de convicções intelectuais, doutrinas, ordens morais etc., mas a transmissão da vida de comunhão que existe em Deus” (Tornando-se uma Igreja missional, citando Newbigin).

Quantos gols temos feito ao desenvolvermos nosso papel no mundo como igreja, como cristãos, como famílias cristãs, como profissionais cristãos? Qual diferença nós estamos fazendo – cada um de nós cristãos –no mundo em que vivemos, na vida pública nestes outros seis dias?

Vamos lembrar que a criação decaída aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Romanos 8.18ss). Neste sentido o mundo

precisa mais do que uma mensagem verbal, precisa de que essa mensagem das Boas Novas estejam se concretizando na vida de cada um de nós. Pois a nova humanidade é nova, e é humanidade, por demonstrar uma nova perspectiva de vida. O missiólogo Lesslie Newbigin nos desafia que “a contribuição mais importante que a igreja pode dar para uma nova ordem social é ser ela própria uma nova ordem social” (Truth to Tell). Tenho visto ao longo do tempo que vamos ao mundo, levamos pessoas a Cristo, depois as trazemos para dentro da vida eclesiástica, as preparamos para cumprir seu papel interno da Igreja, servir com seus dons de serviços, contribuir, frequentar os cultos e reuniões. Isso é uma visão centrípeta, voltada para dentro da própria Igreja, fortalecendo suas atividades, seu funcionamento institucional e mesmo até como organismo voltado para si. E tudo isso é muito bom, mas precisamos progredir e devolver esse cristão ao mundo para ser um cristão sem fronteiras para ali exercer a sua presença transformada e transformadora, cumprindo o seu papel seguindo o desafio que Jesus nos deixou: “assim como o Pai me enviou, eu envio vocês” (Jo 20.20,21).

O membro da Igreja vai fazer gols ao contribuir com a obra missionária, e deve prosseguir e fazer gols por meio de sua presença no mundo. Assim, precisamos devolver ao mundo os membros das igrejas para que possam assumir seu papel cristão como governantes, juízes, promotores, empresários, executivos, profissionais liberais, funcionários públicos e de empresas privadas, motoristas de taxi etc. e ali seguir o que Jesus apontou “quem me vê a mim, vê o Pai que me enviou” (Jo 12.45). Então quem ver um de nós, seja qual for nosso papel na vida pública, deverá ver Deus e Jesus se manifestando por meio de nossas decisões, de nossa influência na sociedade, em nossa vida profissional, como sal, luz, embaixadores. Aí, então, marcaremos gols na vida prática e cotidiana cumprindo a visão centrífuga que Deus também espera de nós, pois Jesus pediu isso na oração sacerdotal – “rogo Pai não que os tire do mundo, mas que os livre do Maligno” (Jo 17.15-21). Todos fomos enviados ao mundo para ali cumprirmos a missĭo Dei. Aí marcaremos gols, cumprindo o papel para o qual fomos chamados.

Preparei algumas figuras ilustrativas para concluir essa série para o próximo artigo. n

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