Região Alta - 25 e 26/05/24

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Entidades de Encantado se mobilizam para construir moradias

Criada nesta semana, Associação SOS Habitar Vale do Taquari buscará recursos no Brasil e no exterior

ENCANTADO

Um grupo de entidades e voluntários de Encantado fundou a Associação SOS Habitar – Vale do Taquari com o propósito de construir habitações para famílias de trabalhadores desabrigados na região. Conforme explica a presidente da Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E), Raquel Cadore, motivados pela solidariedade de que “Morar é Existir”, empresários, profissionais liberais e voluntários pretendem, por meio da associação, criar um fundo de contribuições privadas, sem recurso público, para edificar residências para as famílias desabrigadas pelas cheias no Vale. As prefeituras participam do projeto, denominado “SOS Habitar”, por meio da utilização de áreas que já pertencem ao município em locais seguros,

longe de áreas com risco de alagamento e deslizamento; com infraestrutura de estradas e pavimentação, e articulando o fornecimento de energia, água, saneamento; além dos serviços essenciais como escolas, unidades de saúde e transporte público.

O “SOS Habitar” deseja proporcionar assistência humanitária imediata e reconstruir comunidades resilientes, destinando moradia digna e sustentável. Para isso, o objetivo é mobilizar recursos no país e também no exterior, visando erguer prédios e dar apoio contínuo na recuperação da região.

Segundo o presidente da Associação SOS Habitar, Rafael Fontana, é preciso haver mobilização de todos os setores da sociedade para oferecer aos desabrigados moradias de construção rápida que garantam condições dignas de habitação.

A associação trabalha no desenvolvimento de um edital para estabelecer critérios de seleção para acesso às moradias, que serão destinadas por meio da modalidade Cessão de Uso por um tempo determinado. Os detalhes ainda estão sendo debatidos internamente e passarão pelo crivo do Ministério

atender famílias que não são beneficiadas por programas sociais de habitação dos governos municipal, estadual ou federal; trabalhadores que mantém vínculo empregatício nas cidades onde serão feitas as construções, preferencialmente aqueles com carteira assinada, MEI’s e profissionais liberais vinculados ao INSS que tiveram sua residência atingida ou interditada pela Defesa Civil. Para dar mais transparência, os doadores saberão o destino de sua contribuição, com a informação do endereço do imóvel construído, inclusive com a identificação do “apadrinhamento”. Ainda haverá auditoria externa para fiscalização dos recursos recebidos.

Modelo das moradias

A primeira etapa contemplará Encantado, onde a ação iniciou, uma vez que já existem áreas disponíveis para construção no bairro Lambari. Pelo menos 96 moradias devem ser contempladas nesta fase, que prevê edifícios de até quatro pavimentos. Cada apartamento terá em torno de 50 metros quadrados, com dois quartos, cozinha, banheiro e área externa. Também serão propostos apartamentos com três dormitórios, e o conjunto habitacional contará com área de lazer. A projeção de valor a ser buscado nessa primeira etapa é de R$ 12 milhões.

Doações

Informações sobre formas de doações podem ser obtidas no site soshabitar.com.br

Público, bem como do governo municipal. Dentre eles, são considerados: intenção de

“A opção de construir edifícios de apartamentos se deu também pela escassez de áreas públicas disponíveis para abrigar tantas pessoas atingidas. Com os edifícios, conseguimos dar condições de moradia digna a um número maior de pessoas utilizando uma menor área”, explica a arquiteta Eliza Bergamaschi, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale, a Aseavale, e

voluntária da iniciativa.

Conforme a arquiteta, as edificações projetadas serão moduladas e adaptáveis aos locais onde forem inseridas.

“A modulação contribui na sustentabilidade da edificação, na economia de materiais, na rapidez e agilidade de execução, além de facilitar a adaptabilidade ao local de inserção”, diz.

As diretrizes do projeto poderão ser utilizadas em iniciativas semelhantes em outros municípios, com organizações e estruturas próprias e com construções conforme as realidades e necessidades das cidades, inclusive com outros modelos de edificação.

“A mobilização da iniciativa privada é importante para construir moradias dignas principalmente aos trabalhadores de nossas empresas que precisam de apoio, pois muitos perderam suas residências”, salienta o presidente da Associação dos Amigos de Cristo, Robinson Gonzatti, que também apoia a campanha. Ele observa ainda que a entidade é integrada por pessoas comprometidas e voluntárias, que estão convocando a colaboração de toda a comunidade. Inicialmente, entre as entidades envolvidas no projeto, além da Associação dos Amigos do Cristo, estão a ACI-E, Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), Ordem dos Advogados do Brasil (subsecção de Encantado), Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale (Aseavale) e Câmara Técnica Ambiente Empresarial (Prodel), além do apoio de voluntários. A iniciativa buscará a integração das prefeituras da região e dos Governos do Estado e Federal. Também, pretende buscar a cooperação de empresas fornecedoras de materiais de construção. Poder Judiciário, Ministério Público e Câmara de Vereadores de Encantado também já tiveram acesso a detalhes da proposta da associação.

Fim de semana, 25 e 26 maio 2024
Primeira fase do projeto deve contemplar 96 moradias BRYAN BICCA Apresentação da associação ocorreu nesta semana na sede da ACI-E

Nova mobilização pelo asfaltamento da ERS 129

Inspiradas nos exemplos da reconstrução da ponte de Nova Roma do Sul, lideranças de Roca Sales e da região se mobilizam para formar uma associação. A primeira conversa ocorreu nesta semana e reuniu empresários, representantes de entidades e agentes públicos. A missão é buscar recursos para as obras de asfaltamento da ERS129, no trecho de seis quilômetros que liga Roca Sales a Colinas, e também para a construção de uma ponte sobre a galeria da Avenida General Daltro Filho, entre o Curtume e a JBS (foto). Desde

a tragédia de setembro, e a cada nova inundação, o Rio Taquari avança pelo local e deixa a Cidade da Amizade e municípios vizinhos divididos.

As duas obras são tratadas como prioridade, a fim de garantir a sobrevivência econômica da região alta do Vale do Taquari. Uma avaliação preliminar aponta que seriam necessários R$ 20 milhões. Embora o grupo reconheça dificuldades por se tratar de uma estrada de responsabilidade do Estado, a ideia é encontrar alternativas legais para viabilizar o projeto o mais rápido possível.

diogofedrizzi@grupoahora.net.br

Fomos avisados!

Durante a intensa e necessária cobertura do Grupo A Hora sobre a histórica catástrofe climática de maio, separei um tempo para revisar as anotações que havia feito no seminário sobre enchentes realizado em fevereiro deste ano na cidade de Muçum. Naquele sábado de sol, dois especialistas convidados anteciparam os tristes episódios que presenciamos nos últimos dias. Primeiro foi o professor da UFRGS, o japonês Masato Kobiyama, autor da inesquecível frase de que “lugar bonito, é lugar perigoso”, ao se referir às características geográficas do Vale do Taquari e ao perigo crescente de deslizamentos em montanhas e encostas devido à ocupação dessas áreas por habitações. “Vocês devem se preocupar com a inundação, mas não esqueçam dos deslizamentos. Os dois ocorrem com chuva”, alertou. A outra do japonês, e que precisamos aceitar e trazer para a nossa rotina urgentemente, é de que “educação e treinamento dos cidadãos sobre técnicas de evacuação salvam vidas”. Depois, foi o professor Walter Collishonn, que afirmou, com base em argumentos científicos, que os três estados do Sul do país estão no centro de preocupantes eventos climáticos nos próximos anos. E isso é muito sério!

Jacaré furioso

Impressionantes as imagens que presenciamos e os relatos que ouvimos de moradores, tão logo tivemos acesso à região do Vale do Jacaré, local onde, lamentavelmente, um dos tantos deslizamen-

tos arrastou casas e tirou a vida de uma pessoa. Um casal ainda está desaparecido. Os vizinhos Alexandre Graciola e Elton Lappe (foto) vivenciaram os momentos mais tensos e abrigaram famílias

Ideia interessante!

Entre os assuntos debatidos pelo prefeitos da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) com o governador Eduardo Leite na visita a Encantado, um dos que me chamou a atenção positivamente foi a sugestão do prefeito Jonas Calvi de disponibilizar o futuro Centro de Inovação Tecnológica, que será instalado no antigo campus da Univates, no Bairro São José, como um espaço estratégico para a implantação de ações e estudos voltados à prevenção de novos desastres climáticos.

Em meio ao triste cenário que presenciamos nos últimos dias, que tal compartilharmos notícias animadoras? Selecionei algumas da semana.

• A Dália Alimentos retomou a operação dos frigoríficos de suínos e de aves nesta semana;

• Em entrevista à Rádio A Hora 102,9 FM, os diretores da Fontana SA, Maurício e Ricardo Fontana, garantiram a manutenção dos mais de 200 empregos, apesar de a indústria ser impactada com a quarta enchente em oito meses.

• Diversas empresas encantadenses que não foram atingidas pela cheia só dependem do restabelecimento da infraestrutura logística para voltar a trabalhar a pleno. É o caso da Divine Chocolates.

• Iniciativas voluntárias se somam a tantas ações que buscam a reconstrução de nossa região. Uma delas é a SOS Habitar, associação que pretende construir 96 apartamentos em Encantado.

• O Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) de Encantado, liderado pelo empresário Robison Gonzatti, repassou seis televisores de 50 polegadas para o videomonitoramento da cidade.

• Presidente da CIC-VT, Angelo Fontana, revelou que empresários da serra vão doar estruturas metálicas para reconstruir 11 pontes e pontilhões do interior dos municípios do Vale do Taquari.

em suas casas. E ainda hoje se impressionam com a gigante pedra que desceu a montanha. A foto do colega Matheus Laste também revela as marcas da devastadora passagem do Arroio Jacaré pela região do moinho, na ERS 332.

• A outra é o Recupera Muçum, programa que concentra esforços para juntar R$ 6 milhões e adquirir uma área de terras de 60 hectares, afastada do risco de alagamentos, a fim de disponibilizar lotes de terrenos para novas moradias e estabelecimentos comerciais e industriais muçunenses. Uma das líderes desse movimento é a empresária Jeanine Sangalli (foto).

Depois dessa nova tragédia, será que os futuros candidatos de Encantado, Roca Sales e Muçum, por exemplo, têm noção dos desafios e dos pepinos que terão que descascar caso obtenham sucesso nas eleições de outubro?

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Eu pergunto!

Voluntariado e resiliência dão ânimo e energia na limpeza

Comerciantes e moradores trabalham em conjunto para agilizar o processo

REGIÃO ALTA

Asituação no bairro Jacarezinho, em Encantado, também desafia o esforço e empenho de seus moradores nesse momento de limpeza e reconstrução. O comerciante Paulo Rocha, 59, é o proprietário da Bodega d’Lourdes e revela que a enchente de maio foi um duro golpe porque além de ter sido maior, ela perdurou por mais tempo. “Trouxe muita lama e foi violenta. Na nossa rua, 10 casas foram levadas pela correnteza. Além da parte financeira, mexeu com o emocional de todos”, comenta.

A limpeza de seu estabelecimento foi dificultosa, porque eles passaram duas semanas sem acesso à água. “Mas o lado bom é que surgiu muitos voluntários, e eles nos dão ânimo, essa força para levantar a cabeça e trabalhar.

A maioria deles são de fora, e a ajuda deles é maravilhosa. A solidariedade de todas essas cidades nos traz energia e esperança”, ressalta Rocha.

Segundo o comerciante, agora, ele tem duas opções: desistir e virar as costas para o que construíram, ou levantar a cabeça e reconstruir sua história. “Nós vamos fazer tudo novamente, optamos por retomar o negócio.

O comerciante Paulo Rocha é o proprietário da Bodega D’Lourdes em Jacarezinho

Claro que vamos pensar em reconstruir de outras formas, com ideias diferentes, mas vamos reabrir nosso estabelecimento. Não podemos fugir da nossa história, vamos enfrentar nossos problemas e tentar resolvê-los”, finaliza.

Igreja e Salão

Comunitário

Segundo o presidente da comunidade São Carlos, Jaderson Agostini, 45, a maior diferença no trabalho de limpeza é que nas cheias do ano passado a água veio, mas não deixou lama, o que implica em um transtorno

O presidente da comunidade de São Carlos, Jaderson Agostini, está organizando a limpeza da igreja e salão comunitário em Jacarezinho

e serviço maior agora em maio. “Em 2023, só com os lava jatos nós conseguimos limpar tudo, agora é preciso de máquinas pesadas, porque os braços cansam

José Luiz Bonzanini é o responsável pela Redlar em Muçum. Loja salvou menos de 20% do que havia em estoque

demais, só com elas para nos auxiliar”, afirma. O trabalho segue sendo feito

por moradores e profissionais da prefeitura, mas toda ajuda é bem-vinda. “Conseguimos bastante gente para ajudar, pessoas que eu não conheço e de cidades que nunca fui, mas que vieram até aqui para nos auxiliar. No sábado e domingo, 19, mais de 40 pessoas estavam aqui na limpeza. Durante a semana, o trabalho segue, mas com menos gente”, esclarece Agostini.

Conforme o presidente, as cheias desse mês implicarão em um nível de reconstrução que não foi necessário no ano passado. “Temos que reconstruir parte da sacristia, cozinha, balcões e a copa também. O altar ainda estava sendo trabalhado desde a enchente de 2023, estamos fazendo tudo em pedra para não ter tanta manutenção. Então tem bastante trabalho pela frente”, aponta.

Ajuda de fora

A expectativa pela vinda dos voluntários para auxiliar os municípios do Vale do Taquari existia, mas com um receio. Com todo estado sendo afetado pela catástrofe climática, muitos prefeitos estavam cientes que o número de pessoas vindo auxiliar na limpeza seria consideravelmente menor que aquela vista em setembro. Isso, de certa forma, se concretizou, mas o apoio recebido tem sido essencial para reforçar o ânimo e energia dos moradores.

Em Muçum, o responsável por gerenciar a unidade da Redlar na cidade (e proprietário da filial em Roca Sales), José Luiz Bonzanini, auxiliava alguns colaboradores na limpeza da loja de móveis. “Graças a Deus temos muitos voluntários se doando e nos ajudando aqui. Se não, levaríamos meses só para limpar o espaço. Não salvamos 20% do que tinha em estoque aqui em Muçum, e a loja de Roca Sales foi destruída”, revela Bonzanini.

Desmoronamento atinge carro e fecha acesso a Putinga

Movimentação do terreno bloqueia a rodovia. Motorista sofreu ferimentos e foi encaminhado para atendimento hospitalar

Um desmoronamento atingiu uma van e fechou o acesso principal ao município de Putinga. O motorista sofreu ferimentos leves e foi encaminhado para atendimento hospitalar. O sinistro ocorreu na quarta-feira, 22. A movimentação de massas trouxe pedras de grandes proporções que

interditaram a ERS 435. No local, já havia registro de deslizamento de terra na semana da catástrofe climática, no início

Deslizamento foi duas vezes maior que o desmoronamento que ocorreu nesse mesmo trecho no início do mês

do mês. Após limpeza do trecho, o tráfego havia sido liberado. A Brigada Militar isolou a área e solicitou para que os condutores não se aproximem do local, ainda instável.

Segundo o prefeito Paulo Lima, o deslizamento no local foi o dobro do tamanho daquele que ocorreu durante as chuvas do início do mês. “Estávamos baixando a guarda, já nos trabalhos de desobstrução, e acabamos por ter esse acidente no dia mais quente da semana. A terra e as pedras levantaram o veículo que, felizmente, não foi soterrado e parou ao ficar prensado em uma árvore”, revela. Devido às chuvas na quintafeira, 23, as equipes só puderam

começar a trabalhar na limpeza da via na sexta-feira, 24. “Conseguimos desobstruir um pequeno trecho, que permite a passagem de veículos pequenos, e mesmo assim só vamos deixar passar se for de extrema urgência porque não há segurança nenhuma até que façamos uma avaliação mais completa”, reforça o prefeito. A alternativa para acessar o município é por Linha Paredão, em Anta Gorda. “Nós abrimos uma via de acesso no nosso interior pela 332, uns 10 quilômetros antes de chegar no trevo de Ilópolis. Que é a via que estamos usando para escoar a nossa produção. São cerca de 20 quilômetros pelo interior, mas tem acesso para a nossa cidade”, explica Lima.

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Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
PUTINGA
MATHEUS GIOVANELLA LASTE FOTOS BRAYAN BICCA DIVULGAÇÃO

EGR constrói desvio na ERS-129 após deslizamento de terra

Serviço para viabilizar a passagem foi liberado após avaliações criteriosas realizadas por geólogo e engenheiro geotécnico

Um desvio provisório e emergencial começou a ser construído pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) no início da semana no local onde ocorreu o desmoronamento de 100 metros da ERS-129, no quilômetro 88, entre Muçum e Vespasiano Corrêa. A estrutura foi afetada devido às fortes chuvas que atingiram o Estado.

A medida está sendo executada após a atuação do Governo do Estado e da Secretaria de Logística e Transportes (Selt) para agi-

EGR espera concluir desvio no trecho próximo ao deslizamento na semana que vem

lizar a vistoria do geólogo Teófilo Costa e do engenheiro geotécnico Felipe Gobbi, ambos à serviço da Defesa Civil, no local do desmoronamento. Na ocasião, também estiveram presentes o

Divulgação

Reunião com diretoria da Calçados Beira-Rio contou com a presença do prefeito Amilton Fontana e do arquiteto Jonas Haefliger

Executivo detalha

projeto do novo distrito industrial

Empreendimento será instalado em área de 36 hectares, a cerca de 4 km do centro em local não alagável

O Executivo iniciou um roteiro pelas empresas locais para a apresentação e detalhamento do projeto do novo distrito industrial, a ser instalado em área de 36 hectares na Linha Júlio de Castilhos, a cerca de 4 km do centro e não alagável. A primeira reunião ocorreu com

a Calçados Beira-Rio, representada pelo diretor João Arcanjo Henrich, gerente Joares Danieli e supervisora administrativa, Ane Muller. Representando o governo municipal de Roca Sales, estiveram o prefeito Amilton Fontana e o arquiteto, Jonas Haefliger. Conforme Fontana, a proposta visa oferecer um espaço seguro para a realocação de empreendimentos de pequeno, médio e grande porte, de modo que estes prossigam com as atividades no município. O terreno receberá toda a infraestrutura necessária para possibilitar os investimentos.

Desmoronamento de 100

metros na ERS-129 deixou uma cratera na estrada que levava a Vespasiano Corrêa

diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr e o prefeito de Muçum, Mateus Trojan.

A previsão é concluir a construção do desvio na semana que vem. No entanto, a EGR destaca que, visando a segurança dos usuários, conforme orientação dos técnicos, inicialmente, a passagem provisória estará disponível apenas para

automóveis, a fim de avaliar o fluxo e as condições de segurança para os demais tipos de veículos. O trecho funcionará no sistema pare e siga devido às reduzidas dimensões da via.

Paralelamente, a EGR continua trabalhando na pavimentação de três quilômetros da estrada vicinal da Linha São Luís, que servirá como desvio alternativo,

visando aprimorar a trafegabilidade de veículos de emergência e da população que se desloca entre Muçum, Vespasiano Corrêa, Dois Lajeados e Guaporé, com previsão de conclusão dos trabalhos até o fim do mês. A empresa realizará medidas de conservação do restante do segmento, além de disponibilizar equipe para controlar o fluxo de veículos, buscando minimizar eventuais transtornos no local.

Segundo o diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr, as ações da estatal e da Selt são pautadas pela segurança dos usuários e a construção de um desvio próximo do local onde ocorreu a ruptura só poderia ser realizada após uma avaliação técnica das condições geotécnicas que apontasse a viabilidade do novo trecho, o que ocorreu na semana passada, permitindo o início dos trabalhos.

Vanacôr ressalta, ainda, que essas intervenções objetivam oferecer uma alternativa de locomoção ao Vale do Taquari, região fortemente impactada pelos eventos climáticos. “A EGR está agindo de forma emergencial na pavimentação desses desvios e está planejando a reconstrução completa do trecho, com a elaboração de uma licitação que deverá ser publicada nos próximos dias”, complementa Vanacôr.

Serviços de obras continuam nas estradas de Doutor Ricardo

O maior desafio encontrado foi a desobstrução das estradas que dão acesso às comunidades e moradias

O governo municipal de Doutor Ricardo vem realizando serviços nas localidades do município atingidas pelas cheias. A desobstrução de estradas continua sendo o maior desafio, para possibilitar o acesso básico às comunidades e moradias. Recomenda-se muito cuidado e atenção redobrada a todos os motoristas que usarem as vias em qualquer direção. No interior é possível verificar a quantidade de danos que as águas deixaram, mudando a paisagem à beira dos rios, independente do tamanho. Seja o riacho que passa pela gruta Nossa Senhora de Lourdes, o Rio Zeferino, entre outros que mudaram o seu curso normal, estabelecendo o leito em local diferente. No caso do Rio Zeferino, a ponte foi destruída e o leito avançou lateralmente, mudando de lugar a passagem da água. Há beira deste rio, após

a devastação, o ex-morador da comunidade do Zeferino, Genor Mariotti, encontrou a vala que foi cavada há cerca de 40 anos e que foi utilizada passa assar o churrasco de seu casamento, estando em sua propriedade que foi totalmente levada pelas águas, restando as aves que permanecem no local.

Preocupação com a energia elétrica

A prefeitura vem trabalhando para que a energia elétrica

seja restabelecida o mais breve possível no município, mantendo contatos com a concessionária responsável para restabelecer o serviço. Para energia elétrica chegar com qualidade em Doutor Ricardo, está se fazendo a troca de vários postes que foram levados pelas enchentes, ou seja, refazer o caminho da chegada ao município. Nesta semana, vários caminhões estão trabalhando na cidade e já religando vários pontos.

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ROCA SALES
DOUTOR RICARDO REGIÃO ALTA fotos Matheus laste Ponte destruída na localidade do Zeferino Divulgação

Dália retoma operações nos frigoríficos de suínos e aves

Medidas adotadas

após o evento climático do ano passado ajudaram a mitigar os efeitos da cheia de maio

Apesar de permanecerem inoperantes por 15 dias devido à grande inundação de maio, os frigoríficos de suínos em Encantado e de aves em Arroio do Meio, que já retomaram as operações desde a segunda-feira, 20, passaram por adaptações após as enchentes do ano anterior, minimizando os impactos da tragédia climática.

De acordo com o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, a experiência das cheias em setembro e novembro do ano passado levou a Cooperativa a adotar ações importantes para reduzir as consequências da maior catástrofe climática do estado. “Nos preparamos para enfrentar essa tragédia e, portanto, as fábricas de rações mantiveram seu funcionamento normal por meio de geradores”, afirma.

Ele relata que o Complexo Industrial Lácteo em Arroio do Meio retomou após alguns dias o envase de leite UHT, em pequena escala, embora tenha levado mais tempo para retomar a produção de leite em pó devido à falta de abastecimento de energia elétrica.

Otimista, Piccinini detalha que a unidade mais atingida foi o frigorífico de suínos, localizado na matriz em Encantado, mas que a recuperação foi rápida e eficiente. “Mesmo com a equipe reduzida,

Operações no frigorí co de suínos, em Encantado, recomeçaram nessa semana

Nos preparamos para enfrentar essa tragédia e, portanto, as fábricas de rações mantiveram seu funcionamento normal por meio de geradores”

GILBERTO ANTÔNIO PICCININI PRESIDENTE DO CONSELHO DA DÁLIA

pois muitos colaborados também tiveram suas casas atingidas, conseguimos realizar a limpeza de forma bastante rápida”, afirma.

Já o Complexo Industrial Avícola em Arroio do Meio foi pouco atingido pela inundação, mas ficou impedido de operar pela falta de energia elétrica na localidade. Inicialmente, a retomada será com menor volume de produção e em breve, a projeção é atingir a capacidade produtiva normal da indústria.

O gestor agradece aos associados e colaboradores por seus esforços para superar a situação o mais rapidamente possível. “Agradecemos imensamente aos associados, funcionários e empresas gaúchas, catarinenses e paranaen-

ses que se solidarizaram conosco, apoiando a cooperativa por meio de parcerias na entrega de rações e ainda, adquirindo suínos vivos da Dália, a fim de evitar perdas na produção agropecuária”, reconhece Piccinini, destacando a ajuda mútua de outras empresas, inclusive de fora do estado.

No entanto, Piccinini ressalta que o maior desafio é a falta de acesso aos municípios da região.

“Muitos de nossos associados foram afetados pela falta de rações e pela impossibilidade de entregar sua produção devido à destruição de pontes, principalmente na ERS 130, que liga os municípios de Arroio do Meio a Lajeado”, destaca.

Ainda sobre a infraestrutura logística, o presidente executivo,

Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, ressalta a importância de priorizar a reconstrução das rodovias na região. “Mesmo aos poucos, conseguimos retomar todas as operações industriais e seguiremos em frente, mas é fundamental restaurar a economia do Vale do Taquari o quanto antes. Isso exige a reestruturação das rodovias, tanto para a mobilidade dos nossos produtos e recebimento de insumos quanto para o deslocamento dos colaboradores”, afirma Freitas. O dirigente também enfatiza que ainda é cedo para mensurar os prejuízos dos associados e da cooperativa, mas destaca a necessidade de novas linhas de financiamento para grandes empresas.

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VALE DO TAQUARI KASTENES CASARIL/DIVULGAÇÃO

Diretores da Fontana S.A. garantem retomada e manutenção dos empregos

Empresa não descarta buscar área fora da cota de inundação para instalar parte das atividades

Os desafios após mais uma enchente que atingiu as estruturas de uma das potências do município de Encantado, considerada uma das grandes marcas do Vale do Taquari, a Fontana S.A. segue com atividades suspensas desde 30 de abril. Conforme os diretores da empresa, Ricardo e Maurício Fontana, ainda não há uma data para a retomada das atividades. São cerca de 260 colaboradores. Parte auxilia na limpeza das estruturas, outros receberam férias. Em entrevista à Rádio A Hora 102,9 os dirigentes garantiram a manutenção dos empregos.

Na cheia de setembro, a área de expedição foi invadida pela água e

“Elaboramos um plano de contingência, o que garantiu a retirada de parte das máquinas novas e equipamentos eletrônicos.”

alcançou a marca dos 3,30 metros. Nesta de maio, ultrapassou os 4 metros. Máquinas foram novamente tomadas pela água. Segundo os diretores, três linhas de produção ainda estavam paradas desde o ano passado devido à complexidade.

Com todos os desafios superados dos episódios de setembro e novembro, agora, trouxe uma novidade que é a infraestrutura rodoviária. “O que já era muito difícil, ficou ainda mais. Acesso a recursos de equipamentos, guindastes, materiais necessários para a recomposição do parque fabril, vai passar por esse percalço de não poder ir e vir ou restrições”, destaca Maurício.

Os tanques de armazenamento, por exemplo, tiveram grande impacto na enchente passada, mas não com tanta gravidade como agora. “O parque fabril tem e vai ter que passar por uma reestruturação maior do que nas outras cheias na parte de deslocamento de tanques e instalações externas”, acrescenta Ricardo.

Já no setor do laboratório que faz as análises e controles de qualidade de produção foi possível retirar todos os equipamentos. “Muitos

O que já era muito difícil, cou ainda mais. Acesso a recursos de equipamentos, guindastes, materiais necessários para a recomposição do parque fabril, vai passar por esse percalço de não poder ir e vir ou restrições”

equipamentos foram salvos e estão intactos para serem reutilizados. Desafio grande é o acesso, o que dificulta a chegada de recursos, guindastes para colocar as instalações em dia”, diz Maurício.

A empresa aguarda um laudo mais técnico sobre o que afetou internamente os equipamentos para uma possível retomada das produções. “Nos primeiros dias não é possível fazer muita coisa, sem luz e água. Muita lama, são cerca de 30 mil metros quadrados de área construída com sujeira em todos os cantos”, afirma Ricardo.

Medidas emergenciais

Com nove décadas de existência da empresa, ao longo do período foi possível construir uma reputação e credibilidade no mercado, fazendo com que fornecedores e parceiros financeiros prorrogassem os prazos de pagamento por 90 dias, além de bancos também prorrogando e dando carência nos pagamentos e financiamentos. “Essas ações nos garantem um fôlego nesse período de recuperação. As medidas que estão sendo tomadas são para preservar ao máximo o time de ponta”, salienta Ricardo.

Uma nova área

Sobre permanecer ou não no atual endereço, a Fontana estuda a possibilidade de buscar uma nova área para instalações, apesar de diversas burocracias. Segundo eles, parte da empresa, a mais delicada, que é a produção de sabonetes, produtos líquidos e expedição, pode ser retirada da planta atual, que ficaria apenas com a linha de óleo químico, estação de tratamento e acessórios para essas produções. “As plantas de acabamento de sabonetes sairiam. Essa é a ideia inicial, mas não confirmada”, revela Maurício.

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MAURÍCIO FONTANA DIRETOR FONTANA S.A. Diretores Ricardo e Maurício Fontana participaram de entrevista no estúdio da Rádio A Hora em Encantado DIOGO FEDRIZZI Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

Atleta de Encantado é convocada para seleção feminina de futsal

Stephanie Busolli passará por um período de treinos para representar seu país no Sul-Americano Sub-20 que ocorre em outubro

Brayan Bicca brayan@grupoahora.net.br

ENCANTADO

Aala do clube Londrina Futsal, Stephanie Busolli, 20, natural de Encantado, recebeu nessa semana a notícia que foi convocada para integrar a equipe da seleção brasileira. A atleta passará por um período de treinos para definir se ela vai vestir a amarelinha e jogar pelo seu país no Sul-Americano. O técnico da seleção, Márcio Coelho, convocou 16 atletas para um período de treinamentos entre os dias 9 e 15 de junho, em Magé-RJ, visando o Sul-Americano Feminino Sub-20 que ocorrerá em outubro. Segundo Stephanie, a convocação surgiu por meio de trabalhos

feitos dentro de quadra, que vem sendo efetuados desde o momento que foi transferida do futebol para o futsal. Ela agradece ao clube atual pelo apoio. “Tudo é fruto de um trabalho diário. Não poderia deixar de citar o Londrina Futsal, clube que abriu as portas para mim esse ano”, destaca a atleta.

A jogadora ressalta a sensação única de receber essa notícia, algo que muitos jovens e até mesmo esportistas almejam alcançar. “Com certeza é um momento muito importante na minha vida, um sonho meu e da minha família que agora realizo”, frisa Stephanie. O pai da jogadora, Celso No-

nemacher, reforça sua felicidade com a notícia e afirma que irá para Chapecó, ver o último jogo da filha antes da viagem. “A sensação é enorme e não poderia ser melhor, bem no dia do meu aniversário. Iremos para Chapecó assistir um jogo dela e no dia seguinte ela já viaja para se apresentar no Rio de Janeiro. Chapecó foi onde tudo começou”, aponta Nonemacher.

Trajetória

Busolli começou com o esporte em sua escola, jogando campeonatos escolares com o professor, Paulo Guedes, que foi essencial na sua jornada como atleta. Conforme Stephanie, foi com ele que ela aprendeu todos os principais fundamentos para seguir carreira no esporte. Após sair da escola entrou para o time Fenix Encantado, que leva atualmente o nome de E.C Encantado. Jogando um campeonato de campo pelo time, a Copa Encantado em 2017, onde a equipe feminina da Chapecoense fez parte.

A atleta se destacou e logo foi chamada para fazer parte da

Com certeza é um momento muito importante na minha vida, um sonho meu e da minha família que agora realizo”

categoria de base do clube em Chapecó, onde ficou por seis temporadas compondo o projeto Associação Desportiva Lourdes Lago (ADELL), no qual competia tanto no futebol como no futsal, e assim conquistou diversos campeonatos regionais, estaduais e nacionais.

Em 2023 decidiu seguir sua carreira apenas no futsal. Jogando em Pindamonhangaba-SP, pela equipe do Guerreiras Pinda Futsal, conseguiu fazer boas partidas pelo Campeonato Paulista Sub 20 e Adulto. Em 2024 passou a compor a equipe do Londrina Futsal, clube que disputa Paranaense Adulto e Sub 20, Liga Nacional e outros campeonatos.

A HORA Região Alta | 7 Fim de semana, 25 e 26 maio 2024
Stephanie Busolli, atleta do time feminino Sub-20 do Londrina Futsal DIVULGAÇÃO STEPHANIE BUSOLLI ATLETA DO LONDRINA FUTSAL

Cruzadas

Tipo de pilha

Designação infantil para o genitor

Caixa de água aquecida Dano

Alcaloide extraído do cacto peiote Vocábulos com significações opostas

Pedra, em tupi Time catarinense É sagrada na Índia Poeira vegetal

(?) Costa: gravou a canção "Baby"

Fardo; peso

Vontade (fr.)

Ivone Lara, sambista carioca

Partícula de sobrenomes escoceses

"Caçador de (?)", sucesso de Milton Caso, em francês

C opo

a

ÁRIES: Contatinhos, paqueras e rolês com a galera vão ganhar poderosos estímulos e surpresas incríveis estão previstas.

TOURO: Boas novas também estão previstas à tarde e viagem ou passeio com o mozão deve agradar em cheio.

GÊMEOS: Encontros, agitos e rolês com amigos podem colocar você em contato com alguém que é seu número e a atração será imediata.

CÂNCER: Nos assuntos do coração, alguém que conhece bem deve atrair sua atenção. A dois, saberá aparar arestas com o mozão.

LEÃO: A vida amorosa estará pra lá de protegida e gratas surpresas devem rolar nos contatinhos.

VIRGEM: Talvez tenha várias coisas para resolver em casa, mas vai contar com disposição para ir atrás do que for preciso e saberá administrar bem o seu tempo.

Aposte alto no

humor e mostre o tamanho da sua simpatia, só não convém descuidar da saúde.

ESCORPIÃO: Não pode e não deve sair gastando com diversão ou coisas supérfluas. Se tem um mozão, aposte no bom humor e maneire no ciúme.

SAGITÁRIO: Na paixão, não tem pra ninguém! No romance, um clima descontraído e prazeroso estará no comando.

CAPRICÓRNIO: Boa notícia é que vai se sentir mais à vontade em companhia dos parentes e tende a curtir momentos descontraídos ao lado deles.

AQUÁRIO: Nos assuntos afetivos, amor e amizade vão caminhar lado a lado e o companheirismo vai crescer com o xodó.

PEIXES: Você pode ter a sensação de que precisa se virar nos trinta para zerar as pendências, mas se depender das estrelas vai dar conta de tudo.

8 | A HORA Região Alta Fim de semana, 25 e 26 maio 2024 PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Solução www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL BANCO 1 3/ars — cas — itá. 4/élan. 6/boiler — retrós. 7/salobre. 9/mescalina. AC S ARA CO TE AR FE LI PE NE RE DM AT T CI CL OM OTO R CU SR EG O CA VI AR AR S SA LO BR E AA AI TA G A L L V A CA CO R P APA IC AR G A BO IL ER I MA LI LM AC ME SC AL IN A AN TO NI MO S Menear o corpo com graça e agilidade Continente de origem do atabaque A protagonista do processo penal Sábado da malhação do Judas Substância usada no tratamento da caspa Fio de seda torcido para costura
Penta (?) fogo: agir como o incendiário
(?) Motta, cantor
Cinema
formal
Sulco
arado
(?), a internet de alta velocidade
Luiz (?) Scolari, técnico do
Bicicleta dotada de propulsor
de "Outono no Rio" (?) Damon, ator do
Iguaria da culinária russa Forma de tratamento
(abrev.)
deixado pelo
Banda
A mais antiga
Caminho marítimo Arte, em latim
forma de
música medieval Sentimento base da crendice
poços perto da
Neste lugar A do céu
azul
Estado dos EUA A água comum em
orla
é
LIBRA:
Horós
bom
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