A Hora – 06 e 07/12/2025

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Fim de semana, 6 e 7 dezembro 2025 | Ano

Histórias que transformam vidas

AOS GUARDIÕES

Projeto lançado nessa sexta-feira pelo Grupo A Hora e a Girando Sol, reconhece importância dos voluntários que moldam a identidade regional e seguem essenciais para instituições, comunidades e famílias do Vale do Taquari.

CONTRATO ASSINADO

Estado oficializa Ponte dos Vales

Obra deve iniciar em janeiro, após análise do projeto executivo

Assinatura do documento ocorreu nessa sextafeira, 5, após período de incertezas sobre a viabilidade da nova estrutura. Prazo para contratação acabava neste sábado, 6, junto ao encerramento do decreto de calamidade em decorrência da cheia

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

O Vale e as candidaturas Viabilidade e construção coletiva. Só assim voltaremos a eleger deputados.

de maio de 2024. Nova travessia, que irá ligar Estrela e Cruzeiro do Sul, sobre o Rio Taquari, tem prazo de execução de 18 meses. Etapas são projetadas de forma simultânea para agilizar processo de construção.

PÁGINAS | 6 e 7

OPINIÃO | VINI BILHAR Novo ciclo de expansão Presidente da Sicredi Ouro Branco relembra trajetória e detalha planos ao futuro.

OVale tem na essência algo que antecede governos, modelos de gestão e até mesmo a própria noção moderna de serviço público: a capacidade das pessoas assumirem responsabilidades umas pelas outras. Neste alicerce, o voluntário é mais do que um complemento na vida regional. Foi assim na formação das primeiras comunidades, na manutenção das escolas locais, nos mutirões que ergueram salões e igrejas, nos clubes de serviço que sustentam projetos há décadas e, mais recente, nas respostas coletivas às tragédias climáticas. Reconhecer essa força é um gesto simbólico. Mais do que isso, uma necessidade. A rede que dá suporte ao Vale depende, cada vez mais, de pessoas dispostas a dedicar tempo, talento e energia em prol do coletivo.

Reconhecer quem faz, estimular quem virá e manter viva uma das marcas mais fortes do Vale, nesta base se sustenta o Tributo aos Guardiões.”

Ao mesmo tempo, Organizações da Sociedade Civil enfrentam o desafio da renovação. O risco de esvaziamento é real. É nesse contexto que nasce o projeto Tributo aos Guardiões, uma iniciativa conjunta do Grupo A Hora e da Girando Sol. Ele tem propósito claro: identificar, documentar e dar visibilidade às histórias de quem sustenta, silenciosamente, parte essencial do tecido social do Vale. São homens e mulheres que fazem a diferença.

Ao instituir o Troféu Lenira Maria Klein, o projeto traduz essa memória em um exemplo de alguém que dedicou a vida ao cuidado e à formação de crianças e jovens, com firmeza, generosidade e compromisso. Reconhecer quem faz, estimular quem virá e manter viva uma das marcas mais fortes do Vale. Nesta base se sustenta o projeto.

Fundado em 1º de julho de 2002

“O espiritismo é uma fé raciocinada, não é uma fé de aceitação tácita”

RosângelaJustinoSoares, 70,évice-presidente doutrinária no Centro EspíritaLéonDenis,em Lajeado.Elainiciousua trajetórianoespiritismo aos 13 anos, na sua cidade natal,CampoGrande,Mato GrossodoSul.Professora, mestre em letras, veio paraoValedoTaquari há mais de três décadas, ondeseguesuajornadano espiritismo

Luciane Eschberger Ferreira lucianeferreira@grupoahora.net.br

Como o espiritismo surgiu na sua vida?

Eu nasci em família espírita. Ainda na minha cidade Natal, Campo Grande, frequentava o centro espírita e, aos 13 anos, me colocaram à mesa numa reunião mediúnica, para exercitar a mediunidade. Eu era a mascote do grupo de senhoras.

Quando você começou a estudar o espiritismo?

Saí de Campo Grande e fui estudar em uma universidade em Curitiba. Lá, tinha a mocidade espírita. Fiz parte de um grupo muito bom, a maioria era universitários de várias partes do país. Ali foi minha melhor experiência. Por cinco anos, participei de estudo efetivo do espiritismo e da mediunidade em uma casa filiada à Federação Espírita do Paraná, dentro das linhas de Alan Kardec.

Geralmente, por que as pessoas procuram a casa espírita?

Um percentual muito alto vem em um momento de dor, pela perda de um entre querido, por exemplo. As

pessoas vêm em busca de consolo. Esta foi a pergunta feita por uma liderança católica muito querida. “Por que alguém que tem uma religiosidade forte, quando tem uma perda, procura espiritismo?” Eu falei: porque ali ela vai ter uma resposta e um consolo. Quando você é esclarecido, a sua mente e seu coração se coadunam nas explicações. O espiritismo é uma fé raciocinada, não é uma fé de aceitação tácita. Tem que pensar muito, refletir, ver, racionar, quando você tem isso o consolo se faz mais plenamente.

Quais são os princípios básicos?

Os cinco princípios básicos do espiritismo são: Deus único, a imortalidade da alma, a reencarnação, a comunicação dos desencarnados e a pluralidade dos mundos habitados.

O que difere o espiritismo das outras religiões?

A maior parte das religiões aceitam o Deus único. Todas aceitam a imortalidade da alma, as características que vemos na divindade se aproximam. As diferenças vão

começar a acontecer na questão das múltiplas existências, na reencarnação, na comunicação dos espíritos e na pluralidade dos mundos habitados. Muitas linhas religiosas não têm isso como base teórica.

Como você conceituaria o espiritismo?

O espiritismo é sempre Jesus e Alan Kardec. O espiritismo sem os ensinamentos de nosso senhor Jesus Cristo não seria o que é. Esta força moral e espiritual vem do mestre Jesus. É dele que promanam os nossos conteúdos morais e espirituais. Alan Kardec perguntou aos espíritos que o orientaram qual seria o exemplo, o modelo moral a ser seguido. A resposta foi Jesus. Jesus é nossa forma moral e espiritual. Os espíritos vieram nos contar da sua realidade, da sua sociedade, que tudo continua, que tudo se organiza, que há um intercâmbio constante, não só no centro espírita, mas de pensamento a pensamento, nas nossas vivências diárias. Não é uma experiência unicamente religiosa, é uma experiência humana com intercâmbio entre os dois planos da vida.

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Viabilidade e Construção Coletiva:

Por onde passam as candidaturas do Vale?

OVale do Taquari fracassou em 2018 e em 2022. A nossa pujante região, tão reconhecida pelo cooperativismo, associativismo e pela força e coragem dos empresários e trabalhadores, falhou miseravelmente nas últimas duas eleições e não elegeu agentes políticos para nossa vital representação nos parlamentos gaúcho e federal. Fomos incompetentes ao ponto de não elegermos um só agente político nos dois pleitos passados, mesmo contando com mais de 200 mil

eleitores aptos ao voto. A bem da verdade, é um misto de incompetência com egocentrismos, interesses partidários obscuros e pouco olhar à viabilidade e à construção coletiva. Portanto, e se de fato queremos mudar essa vexaminosa realidade, eu sugiro aos eleitores que cobrem – e verifiquem – se existe, junto aos seus respectivos e futuros candidatos, a viabilidade real de vitória e um verdadeiro olhar à construção coletiva. Caso contrário, e na minha humilde opinião, é voto jogado fora.

Pré-candidatura de Lucchese: o despertar e a legitimidade

rodrigomartini@grupoahora.net.br

TRIBUTO AOS VOLUNTÁRIOS

Todos podem ser um “guardião”

O Grupo A Hora e a Girando Sol lançaram nessa sexta-feira o projeto “Tributo aos Guardiões”. A proposta é singela: “localizar, registrar e reconhecer, de maneira permanente, o trabalho de voluntários do Vale do Taquari”. E o propósito é certeiro. Ao documentar histórias que muitas vezes os próprios protagonistas gostariam de manter no anonimato, ou na discrição de quem não está pensando nos holo fotes, o projeto eterniza atos nobres que precisam, de uma forma ou de outra, inspirar novas gerações de voluntários e voluntárias. Ou seja, e além de enaltecer e homenagear o que já se fez, o Tributo aos Guardiões também é uma semente para outros tantos feitos que ainda precisam de mãos e mentes voluntariosas para transformar ainda mais a nossa sociedade regional.

Na sexta-feira escrevi sobre o tabuleiro político e os pré-candidatos às eleições de 2026. Naturalmente, e de acordo com diversos critérios jornalísticos e “sensoriais”, dei maior destaque a quatro prováveis postulantes ao cargo de deputado estadual: Roberto Lucchese (que deve assinar com o MDB), Marcelo Caumo (ainda no União Brasil), Maneco Hassen (sempre no PT) e Mateus Trojan (o jovem líder

Carine ainda estuda convite do PSD

A notícia divulgada em primeira mão pelo Grupo A Hora é um dos principais fatos políticos deste e do próximo ano. A pré-candidatura do empresário lajeadense Roberto Lucchese a deputado estadual estremeceu o tabuleiro político regional e, acima de tudo, pode ter iniciado um processo de “despertar” do eleitor. E eu explico. Alçado de forma orgânica ao posto de líder regional após a reconstrução histórica da Ponte de Ferro, Lucchese conquistou legitimidade junto a uma ainda imensurável parcela de eleitores do Vale do Taquari. E, não por menos, esses eleitores dão mais ouvidos e atenção a ele do que aos agentes públicos já presentes no sempre conturbado e polêmico meio político. Justa ou não, essa é a realidade. Diante disso, e observando as recentes entrevistas de

Lucchese, é possível afirmar que muitos eleitores vão despertar e levar mais a sério o apelo regional e institucional por votos em candidatos do Vale. Aliás, e ao defender tal bandeira, com legitimidade, Lucchese pode inclusive beneficiar a outros possíveis candidatos da região.

Prefeita de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil) tem participado de diversos eventos públicos e isso, naturalmente, também chama a atenção de caciques, políticos e articulistas de outras siglas partidárias. E já não é segredo que o PSD, o novo partido do governador Eduardo Leite e de dezenas de prefeitos e prefeitas gaúchas, já fez convites para atrair e filiar Carine. O prazo para definição é março. E ela segue indecisa. Especialmente após junção entre o União Brasil e o PP, a União Progressista (UP), e cuja presidência municipal da federação pode cair no colo dela. Sobre isso, aliás, o que mais preocupa Carine é não deixar a direção da federação para os adversários.

do MDB). Também citei alguns nomes ventilados como pré-candidatos, como Luís Benoitt (PL), Everton Pacheco (PSD), Vavá (MDB) e Carlos Ranzi (MDB). E deixei de citar outros agentes já citados nos bastidores, como Fabiano Diehl, Márcia Scherer e José Scorsatto. Ah, e me perdoem se eu esqueci algum outro nome. Mas vamos combinar: já passou longe da conta...

- Em 23 de junho deste ano, o Grupo A Hora divulgou. “Lajeado estuda regulamentação para veículos autopropelidos”. Pois bem. Passado quase meio ano daquela manchete, e o projeto de lei (ou decreto) ainda não foi encaminhado e anunciado pelo Executivo municipal. Ainda há expectativa de que algo seja enviado à câmara em 2025. Mas é provável que fique para 2026.

- O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou os recursos referentes à denúncia de “abuso de poder econômico” contra a campanha de Gláucia Schumacher (PP) em 2024. O caso se refere à pintura do comitê, que teria sido orientada por um servidor municipal em horário de serviço. A justiça local já havia arquivado a denúncia. O advogado de defesa é Natanael dos Santos.

- Em Estrela, o vereador Felipe Diehl, do PL, é ventilado no PP. E o vereador Volnei Zancanaro, do PP, é ventilado no PL.

- Nesta semana, e após cinco anos, o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa (PDT), recebeu de volta o celular apreendido pela Polícia Federal em novembro de 2020, em meio às denúncias feitas durante o período eleitoral. E é bom esclarecer: O gestor público foi inocentado das acusações em todas as instâncias. Só faltava mesmo receber o aparelho de volta.

vinibilhar@grupoahora.net.br

“Cooperativa se aproxima de 120 mil associados em 2025 e abre um novo ciclo de expansão”

Fundada em 1981 por 24 produtores rurais de Teutônia, o Sicredi Ouro Branco consolidou-se como impulsionadora da qualidade de vida na região. Em entrevista na sede da cooperativa, no bairro Languiru, Teutônia, o presidente Neori Ernani Abel, no cargo desde 2019, destacou a trajetória de desenvolvimento construída ao longo de 46 anos.

Quais pilares explicam a força econômica e a rápida retomada do Vale?

Neori Ernani Abel - São dois pilares centrais. O primeiro é seu forte potencial econômico, construído ao longo de décadas e sustentado por empresas centenárias como a Fruki, com 102 anos, e marcas tradicionais como a Florestal e a Cooperativa Languiru, que completa 70 anos. Instituições financeiras consolidadas, como o Sicredi, e empresas mais jovens, como a Docile, reforçam essa base histórica, também presente no Vale do Caí. O segundo pilar é a resiliência

demonstrada após as enchentes. A rapidez da retomada surpreende e levanta a questão: por que a recuperação é tão intensa? Nossa cultura empreendedora, consolidada ao longo do tempo, ajuda a explicar. Mesmo novos moradores e empresas se inspiram nessa tradição de produtividade e inovação. A combinação entre história, vocação empreendedora e capacidade de reinvenção torna o Vale singular e sustenta sua força para reconstruir e avançar.

Quais impactos as cooperativas geram no desenvolvimento regional?

Neori - Pesquisas FIPE realizadas em 2023 e 2024 mostram que municípios com forte presença de cooperativas de crédito registram avanços significativos em comparação aos demais. O PIB per capita é, em média, R$ 3,8 mil maior nessas localidades, e há geração de 25 empregos adicionais para cada mil habitantes. A massa salarial cresce R$ 115 por pessoa e o número de estabelecimentos formais aumenta 3,2 por mil habitantes. Na zona rural, a área plantada tende a ser maior, indicando estímulo à produção. O impacto social também se destaca: municípios com coopera-

Indicadores

Dólar: R$ 5,43 + 2,31%

Ibovespa: 158.062,30 ( - 3,89% )

PIB ANUAL: 1,8%

PIB TRIMESTRAL: (-) 0,1%

tivas têm menos beneficiários do Bolsa Família e mais matrículas no ensino superior. Os resultados reforçam o papel das cooperativas como agentes de desenvolvimento econômico e social.

O que explica o forte aumento de associados pós-pandemia?

Neori - Crescemos muito acima da média histórica, mesmo sem campanhas de adesão, impulsionado pela maior confiança da comunidade no modelo cooperativista. O interesse por uma instituição focada nas pessoas e no impacto social refletiu-se em resultados expressivos. Nos aproximamos de 120 mil associados e projetamos chegar a 135 mil em 2026. A marca dos 100 mil, celebrada recentemente, já ficou para trás, abrindo espaço para um novo ciclo de expansão.

Como o Sicredi equilibra expansão física e inovação digital?

Neori - Enquanto grande parte do sistema financeiro reduz sua presença física, o Sicredi segue em direção oposta e amplia o número de agências, muitas delas projetadas para a convivência. Fortalecemos as soluções digitais, mantendo o aplicativo como referência

em segurança e usabilidade. Equilibramos o físico e o digital. É o associado quem escolhe como quer ser atendido. Alguns preferem operar apenas pelo celular; outros valorizam o atendimento presencial; muitos combinam os dois modelos. Essa variedade de perfis orienta a estratégia da cooperativa, que evita mudanças bruscas e avança simultaneamente na expansão física e no investimento tecnológico, garantindo proximidade e autonomia.

Qual a visão do Sicredi para um 2026?

Neori - Apesar de o passado oferecer aprendizados, a atenção agora se volta ao futuro. E 2026 deve exigir prudência. Não enxergamos mudanças relevantes no curto prazo, sobretudo na taxa de juros, que tende a permanecer elevada em meio às incertezas globais. A recomendação é adotar cautela e manter estratégias adaptativas, prontas para ajustes conforme o cenário evolua. Ao mesmo tempo, incentivamos os associados a buscar a cooperativa para dialogar sobre investimentos e planejamento, reforçando a construção de um futuro sustentável.

Presidente do Sicredi Ouro Branco RS/MG, Neori Ernani Abel

PONTE DOS VALES

Com contrato assinado, intervenções devem iniciar em janeiro

Assinatura do documento que viabiliza a construção da travessia sobre o Rio Taquari ocorreu nessa sexta-feira, 5. Nos próximos dias, consórcio alinha projeto executivo. Andamento da obra poderá ser acompanhado pelas câmeras do projeto Vale Vivo

OVale do Taquari vive a expectativa do início das obras da Ponte dos Vales. O contrato que viabiliza a construção da nova travessia entre Estrela e Cruzeiro do Sul foi assinado nessa sexta-feira, 5. Nos próximos dias, o consórcio responsável pela execução da estrutura deve alinhar o projeto executivo e as primeiras intervenções estão

previstas para janeiro.

A assinatura do contrato ocorreu em meio a um momento de preocupação por gestores e líderes regionais. A janela legal para oficialização do processo de contratação com recursos do Fundo Plano Rio Grande (Funrigs) encerrava hoje, 6 de dezembro, junto à vigência do decreto de calamidade declarado pelo governo estadual em razão da tragédia climática de maio de 2024.

O projeto, que estava em análise na Procuradoria-Geral do Estado (PGE), era etapa obrigatória

antes da confirmação da obra pelo Daer. O diretor de Indústria da Acil, Nilto Scapin, celebra o andamento dos trâmites e reforça a importância da nova estrutura para a região. “Ainda há algumas etapas burocráticas para superar, mas o recurso está garantido”, comemora.

A nova travessia irá ligar a Transantarita, em Estrela, à ERS-130, em Cruzeiro do Sul. O projeto prevê 3,1 quilômetros de extensão, com vão principal de 1,2 quilômetro. O método construtivo será o ABC (Accelerated Bridge

Estrutura será construída sobre o Rio Taquari, entre municípios de Estrela e

Construction), caracterizado pelo uso de módulos metálicos e frentes simultâneas para acelerar etapas.

O contrato prevê investimento de R$ 288,57 milhões, com prazo de execução em 18 meses. A previsão é que a ponte seja finalizada entre março e abril e 2027, dentro do prazo estabelecido para aplicação dos recursos do Funrigs.

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
Cruzeiro do Sul

Chamamento Público com proposta de R$ 288,5 milhões, uma redução de 19,5% em relação ao estudo apresentado pelo governo estadual. O modelo de contratação é integrado, e une fases de projeto e execução em um único contrato, o que garante agilidade e menor risco de sobrepreço.

Diferentes etapas da obra devem avançar de maneira simultânea como forma de agilizar o processo. Segundo o Daer, o modelo garante rapidez sem comprometer a qualidade da nova estrutura. Na opinião de Scapin, a presença de empresas gaúchas também deve colaborar com o andamento das intervenções.

“É um consórcio formado por

Temos

que vibrar

com essa conquista. Era um sonho região e conseguimos conquistar.”

entre diferentes partes da região em caso de grandes cheias, a estrutura também deve facilitar o acesso a outras localidades do estado e impulsionar o setor logístico.

“Foram muitos movimentos até que a construção fosse garantida. É uma estrutura fundamental para o Vale do Taquari e para o Rio Grande do Sul. Temos que vibrar com essa conquista. Era um sonho região e conseguimos conquistar”, afirma Scapin.

Acompanhamento em tempo real

empreendimentos que conhecem a realidade do Rio Grande do Sul e que possuem expertise no ramo. O contato com os responsáveis pela obra também fica facilitado pela proximidade”, avalia o diretor. A expectativa é que o cronograma seja detalhado à comunidade da região.

Alternativa

A Ponte dos Vales é considerada uma via alternativa à travessia na BR-386, que hoje concentra todo o fluxo entre Lajeado em Estrela. Além de garantir deslocamento

A população poderá acompanhar o andamento da construção da Ponte dos Vales em tempo real pelas imagens exclusivas das câmeras do Vale Vivo. Do dispositivo instalado na Casa do Morro, em Cruzeiro do Sul, também é possível observar a obra do parque resiliente no antigo Passo de Estrela. Para acessar o conteúdo, basta acessar os canais do projeto.

Prazo previsto pelo Estado para execução da obra é de 18 meses. Modelo construtivo segue o utilizado na ponte de Agudo

Cronograma da obra:

– Meses 1 a 4: sondagens, projeto executivo e detalhamento técnico

– Meses 5 a 8: fundações com estacas embutidas em rocha

– Meses 9 a 12: construção dos pilares e lançamento das vigas metálicas

– Meses 13 a 16: execução da laje de rolamento e acessos

– Meses 17 a 18: pavimentação, drenagem e entrega

Sobre a Ponte dos Vales:

– Extensão total: 3,1 quilômetros

– Localização: liga as ERS-130, em Cruzeiro do Sul, e a Transantarita, em Estrela

– Cota elevada: estrutura acima do nível máximo da enchente de 2024. Garante operação mesmo em cheias históricas

– Faixas: duas pistas de 3,6 metros e acostamentos de 2 metros.

– Fluxo estimado: 11 mil veículos/dia

A força silenciosa de quem ajuda a transformar vidas

Uma região construída pelo trabalho conjunto, muitas vezes de forma voluntária. Projeto do Grupo A Hora e da Girando Sol se propõe a contar a história de quem se dedica para ajudar o próximo

Para fazer o bem, basta querer. Uma frase simples e cheia de significados. Serve como mantra para milhares de pessoas que fazem do voluntariado uma missão de vida. Como forma de reconhecer histórias que fazem a diferença na sociedade, o Grupo A Hora e a Girando Sol apresentaram na manhã dessa sexta-feira, 5 de dezembro, o projeto Tributo aos Guardiões, iniciativa que vai encontrar, documentar e valorizar o empenho dos voluntários do Vale do Taquari.

Como essência na formação regional, há uma linha invisível. Ela passa pelas escolas comunitárias, pelos salões de baile que viraram centros sociais, pelas associações, nos grupos religiosos, pelas sociedades de canto, pelas associações de bairro. Cada ponto dessa linha foi amarrado por alguém que disse “eu ajudo”. Antes mesmo

CLÁUDIO ANDRÉ KLEIN

Ter o nome da mãe no Tributo aos Guardiões nos enche de orgulho. Ela foi uma pessoa inspiradora. A gente vai se dando conta disso com o tempo. Para nós, esse projeto é uma homenagem marcante. Estamos sensibilizados e agradecidos.”

Detalhes

O Tributo aos Guardiões será avaliado por um comitê, formado por nomes do Grupo

A Hora, da Girando Sol e de Organizações da Sociedade Civil.

Eles serão responsáveis por:

• Escolher 30 voluntários em 2026

• Livro vai reunir todas as histórias

• A história dos selecionados será contada em multiplataforma (jornal + rádio + vídeo)

• Evento anual entrega o Troféu Lenira Maria Klein

• Marcado para 5 de dezembro de 2026, Dia Internacional do Voluntariado

Conselho formado

Evento na sexta-feira apresentou os nomes do comitê:

• Gilmara Scapini: Coordenadora da Parceiros Voluntários de Lajeado

• Gilberto Soares: Viva o Taquari–Antas Vivo e coordenador estratégico de programas de educação do A Hora

• Glória Villa: Integrante do Rotary Club de Encantado há mais de 20 anos

de existir a palavra voluntariado, existia o gesto. “Há 200 anos, quando essa região tinha poucos habitantes, em especial indígenas e depois os açorianos, chegaram os imigrantes. Alemães e italianos, com a promessa de terra fértil, chegaram e encontraram florestas. Uns precisavam dos outros para sobreviver. Esse foi o primórdio do associativismo, tão presente hoje em dia. Nossas comunidades aprenderam assim. Ajudar faz parte do DNA

Lembro da minha infância, no interior de Arroio do Meio. Tínhamos nove hectares de terra. No máximo seis dava para aproveitar. Tinha anos de seca, de muita chuva. Outros de safra cheia. Lembro, muitas vezes, os vizinhos traziam o que tinham para nos ajudar. O alimento nos sustentava no dia, na semana, às vezes, o mês todo.”

Descendentes de Lenira Maria Klein. Com mais de 30 anos dedicado ao voluntariado, exdiretora da Slan dá nome ao troféu do projeto Tributo aos Guardiões

• Ito Lanius: empresário

e líder comunitário

• Verônica Dadalt: Girando Sol

• Fernando Weiss: Grupo A Hora

dessa região”, afirma o diretor executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss.

Diretor da Girando Sol, Gilmar Bourscheid, reforça: “lembro da minha infância, no interior de Arroio do Meio. Tínhamos nove hectares de terra. No máximo seis dava para aproveitar. Tinha

anos de seca, de muita chuva. Outros de safra cheia. Lembro, muitas vezes, os vizinhos traziam o que tinham para nos ajudar. O alimento nos sustentava no dia, na semana, às vezes, o mês todo.” Esses anos de dificuldade moldam o caráter. Tanto que hoje, um dos princípios da atuação do empresário é contribuir com a comunidade. “Todos nós podemos contribuir com uma vida, com uma pessoa que está em dificuldade. Ter esse desprendimento é algo grandioso. Dentro da nossa empresa, temos

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Projeto Tributo aos Guardiões foi apresentado na manhã dessa sexta-feira, no auditório do Sicredi Integração RS/MG, em Lajeado. Propósito é reconhecer e valorizar a atuação dos voluntários na região
Colaboração
Andréia Rabaiolli
FOTOS: FILIPE FALEIRO E ANDRÉIA RABAIOLLI

como propósito sempre contribuir e tentar fazer a diferença.”

Para o diretor editorial e de produtos do Grupo A Hora, Fernando Weiss, o projeto é uma resposta àquilo que define o Vale do Taquari. “Nossa região tem no voluntariado uma das grandes marcas do seu desenvolvimento. Em todas as cidades, há alguém que doa tempo, recursos e parte da própria vida para manter de pé uma instituição ou um serviço que o poder público não alcança”, resume. O Tributo aos Guardiões foi lançado em cerimônia na sede

do Sicredi Integração RS/MG, com centenas de integrantes de Organizações da Sociedade Civil (OCSs). Ao longo de 2026, serão escolhidos 30 nomes. As histórias desses líderes comunitários vão compor reportagens especiais, entrevistas, conteúdos em vídeo e um livro.

Além da realização do Grupo

A Hora e da Girando Sol, o projeto conta com o patrocínio do Grupo Imec, Nimec Logística, Rota Indústria Gráfica, Fliegen Confecções e Colégio Madre Bárbara.

MARIA OTÍLIA

Agradeço a tê-la como exemplo. Ela sempre foi exigente nos estudos, sem jamais perder o carinho. Foi professora de matemática, ajudou a fundar a Slan. Sinto orgulho e admiração por tudo que ela construiu.”

Homenagem e emoção

Lenira Maria Müller Klein (in memorian). O nome da exdiretora da Sociedade Lajeadense de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Slan) será o mais alto reconhecimento aos voluntários. No dia 5 de dezembro de 2026, o troféu vai homenagear voluntários da região.

“A dona Lenira é símbolo de uma entrega silenciosa e profunda. O troféu leva seu nome para manter vivo esse legado”, realça Fernando Weiss.

Para a família Klein, há um misto de emoções. Da saudade pelos momentos vividos em família, os aprendizados sobre caráter, conduta e, em especial, fazer as coisas com amor. “Ter o nome da mãe no Tributo aos Guardiões nos enche de orgulho. Ela foi uma pessoa inspiradora. A gente vai se dando conta disso com o tempo. Para nós, esse projeto é uma homenagem marcante. Estamos sensibilizados e agradecidos”, emociona-se o médico pneumologista, Cláudio André Klein.

A filha de Lenira, a arquiteta e urbanista Maria Otília Müller Klein relembra a inteligência da mãe. “Agradeço a tê-la como exemplo. Ela sempre foi exigente nos estudos, sem jamais perder o carinho. Foi professora de matemática, ajudou a fundar a Slan. Sinto orgulho e admiração por tudo que ela construiu.”

Nossa região tem no voluntariado uma das grandes marcas do seu desenvolvimento. Em todas as cidades, há alguém que doa tempo, recursos e parte da própria vida para manter de pé uma instituição ou um serviço que o poder público não alcança.”

Sensibilidade para transformar vidas

Há 200 anos, quando essa região tinha poucos habitantes, em especial indígenas e depois os açorianos, chegaram os imigrantes. Alemães e italianos, com a promessa de terra fértil, chegaram e encontraram florestas. Uns precisavam dos outros para sobreviver. Esse foi o primórdio do associativismo, tão presente hoje em dia. Nossas comunidades aprenderam assim. Ajudar faz parte do DNA dessa região.”

Pensa só, é uma organização feminina. Fundada para alertar sobre os riscos do câncer de mama. Pode dizer, mas o que um homem está fazendo ali?

Na verdade, a liga hoje atende muito mais. Cerca de 40% são homens.”

Para além do círculo familiar, Lenira tocou centenas de pessoas. Entre elas estão Ana Paula Thesing e Fabiane Maria Mattje. “Quem trabalha na Slan tem algo diferente no coração. É o amor por uma causa e pela instituição”, diz Fabiane. Ela é a atual diretoria da organização. Mas o caminho começou na infância. Tinha cinco anos e foi até os 14 anos como aluna. Em seguida, continuou, como voluntária. “Cresci como pessoa e como profissional.” Fabiane se formou como professora, muito pela referência de Lenira Maria Klein. “Foi sempre muito amorosa, de coração aberto. Enquanto caminhava devagarinho, abraçava a todos.”

A generosidade de Lenira aparecia nos gestos simples. Na sala, mantinha um piano, tratado como relíquia. “Era valioso para ela e, mesmo assim, nos deixava tocar. Me emociono ao falar dela.” Ana Paula hoje é diretora comercial da BIMachine. Hoje guarda na memória o carinho que recebeu na Slan. “Viemos de Três Passos à Lajeado em 1989 e minha mãe começou a trabalhar e colocou meu irmão e eu na Slan.

Lions Pérola do Vale, de Arroio do Meio, esteve representada por Eduardo Chiarelli (e), Carla Dientsmann e Jackson Schneider

Liberações parciais antecedem término da obra de duplicação

Fluxo de veículos foi permitido de forma preliminar na elevada de acesso ao Montanha e no viaduto do bairro Conventos. Ainda há pendências antes do trecho estar 100% concluído

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

Duas liberações parciais de obras de arte. Trabalhos intensificados nos trechos e pontos ainda inacabados. A duplicação da BR-386 chega aos seus últimos momentos no trecho entre Lajeado e Marques de Souza, com perspectiva de conclusão ainda este ano. É o que projeta a ViaSul, concessionária da rodovia. A duplicação chega a 99% de conclusão, conforme a última atualização divulgada. Apesar disso, a liberação formal dos 20,3 quilômetros entre as duas cidades dependerá de uma vistoria e aceite da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), condição obrigatória para validar o término e o encerramento do contrato.

Na quinta-feira, 4, à tarde, a concessionária autorizou a passagem de veículos no viaduto do bairro Conventos, apenas no sentido capital/interior, no quilô-

Via marginal nas imediações do Olarias é um dos pontos mais atrasados

metro 342. A estrutura está localizada nas proximidades do posto provisório da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Apesar disso, o retorno, por debaixo da estrutura ainda não foi liberado.

Já no começo da tarde dessa sexta-feira, 5, a ViaSul liberou o fluxo parcial de veículos na elevada de acesso ao bairro Montanha, no quilômetro 345 da rodovia. O trânsito só é permitido, neste primeiro momento, no sentido interior/capital. Motoristas que trafegam pela estrutura podem acessar o Centro da cidade sem precisar acessar a via paralela. Com o acesso à elevada, a expectativa da PRF e da ViaSul é que terminem as filas de veículos na pista marginal, o que faz o

trânsito fluir definitivamente no trecho que era um dos mais lentos até o momento em razão das obras.

Partes ainda pendentes

No viaduto de Conventos, segundo informações da ViaSul, resta a instalação de placas, muretas de concreto e defensas metálicas. No quilômetro 344, a via lateral entre o Country Club e a Moamar, na divisa dos bairros Olarias e Centenário, ainda não tem pavimentação e é uma das obras mais atrasadas no trajeto entre Lajeado e Marques de Souza.

CINTIA AGOSTINI PRESIDENTE DO CODEVAT

Agora a gente encerra esse ciclo de cones na rodovia. E isso vai trazer melhorias imediatas em mobilidade, segurança e custo logístico, Se eu levo menos tempo para ir até Marques de Souza ou Porto Alegre, isso é ganho de produtividade.”

O trecho de Marques de Souza (quilômetro 325) até a Rodovale, em Conventos (quilômetro 342) está concluído, todo duplicado. Hoje equipes trabalham somente na manutenção, roçadas e tapa buracos.

Já no pacote de obras da terceira faixa, entre Lajeado e Estrela, entre os quilômetros 349 e 350, as intervenções na ponte sobre o Rio Taquari estão na fase final, com execução da calçada de passeio.

A liberação do retorno no acesso à ERS-129, no bairro São José, depende justamente da conclusão dessa estrutura.

Demora além do previsto

A presidente do Codevat, Cintia Agostini, lembra que o trecho demorou muito além do previsto

– Duplicação (Marques de Souza – Lajeado) Lajeado (km 343–345. Trecho entre os bairros Conventos, Olarias, Bom Pastor, Imigrante, Centenário): concluir marginais, drenagem, passeio e pavimentação.

– Viaduto do Montanha (km 345): estrutura parcialmente liberada. Fluxo total deve ser permitido nos próximos dias

– Viaduto da PRF (km 342): estrutura parcialmente liberada. Fluxo total deve ser permitido nos próximos dias

para ser concluído. Por contrato, a obra deveria ter sido finalizada no primeiro semestre de 2023. “Esse nosso trecho está dando o dobro do tempo que tinha sido previsto”, salienta.

Embora reconheça que parte do atraso se deve aos eventos climáticos extremos, ressalta que também ocorreram problemas com a gestão e a operação da ViaSul. Lembra que a concessionária chegou a se distanciar das necessidades da comunidade, retomando o diálogo somente nos últimos meses.

“Agora a gente encerra esse ciclo de cones na rodovia. E isso vai trazer melhorias imediatas em mobilidade, segurança e custo logístico, Se eu levo menos tempo para ir até Marques de Souza ou Porto Alegre, isso é ganho de produtividade.”

Preocupações

Uma das maiores preocupações das autoridades regionais é a decisão da ViaSul em postergar a duplicação entre Marques de Souza e Fontoura Xavier, medida tomada sem diálogo. “Nos preocupa essa relação particularizada da concessionária com a ANTT, quando decidem postergar uma obra prevista sem que o comitê tripartite saiba. Ficamos sabendo por acaso”.

Sobre a revisão quinquenal e as solicitações de novas obras na concessão e execução de projetos, como o estudo de viabilidade técnica para a nova ponte entre Lajeado e Estrela, Cintia afirma que ainda não há retorno da ANTT após a audiência pública. “Não temos prazos e ficamos sem condições de dar informações”.

FOTOS: GABRIEL SANTOS
Fluxo de veículos na elevada do Montanha é permitido no sentido interior/capital

TECNOLOGIA GAÚCHA

Conectividade contínua posiciona BlueStation como serviço essencial

Solução autônoma oferece internet e energia para recarga de dispositivos em tempo integral, com capacidade de atuar como referência em situações de crise energética e climática para a população

Muito além de atender situações extremas, a BlueStation tem demonstrado que é uma solução criada para o cotidiano das comunidades. A Unidade Autônoma de Comunicação (UAC) instalada em Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, segue em operação semanas após o tornado que devastou a região, no início de novembro. Mesmo depois do pico da emergência, o equipamento permanece ativo, com internet e energia em tempo “integral” para moradores, trabalhadores locais e equipes de órgãos de segurança. A permanência da unidade evidencia seu papel principal como solução essencial para garantir conectividade estável onde ela não existe ou é insuficiente. Em dias comuns, a BlueStation funciona como um ponto comunitário de acesso à internet, com wi-fi liberado, recarga de celulares, monitoramento de ambiente e dispositivo de aviso sonoro. Tudo com autonomia energética baseada em painéis solares. É um recurso que fortalece a vida local, melhora o acesso a serviços digitais e amplia a inclusão em regiões que enfrentam limitações estruturais. Ou seja, não depende da rede elétrica ou de infraestrutura local, o que a torna relevante tanto para comunidades rurais quanto para áreas urbanas que enfrentam apagões, instabilidade de sinal ou baixa cobertura digital. Mas quando ocorre um evento climático severo, o equipamento ganha outra finalidade e “passa a ser uma referência da presença do governo”. A mesma estrutura usada no dia a dia é adaptada em minutos para atender protocolos de emergência. A internet se torna controlada e prioriza o envio de mensagens essenciais, o que garante que a população consiga avisar familiares, equipes de

resgate e órgãos públicos sobre a situação local. Essa flexibilidade é o diferencial da UAC da Waytec: ser uma ferramenta útil todos os dias, mas indispensável quando importa. Para além das emergências

Criada em Guaporé (RS), a BlueStation reúne, em um único

módulo autônomo, energia solar, internet e telefonia, sistema de alertas e imagens em tempo real. Ela não desliga nunca. Ao permanecer ativa, após a emergência no Paraná, o módulo reforça sua vocação: não ser apenas uma resposta a crises, mas uma solução contínua e essencial de conectividade pública. Uma tecnologia brasileira pensada para fortalecer comunidades, apoiar políticas públicas e ampliar o acesso à comunicação em qualquer circunstância.

“Quando eu vi a equipe na cidade, logo pensei: tomara que eles estejam aqui com o equipamento! Seria uma ajuda fundamental”. A frase de Ademar Lopes, da Defesa Civil de Brasília, traduz o alívio que a UAC trouxe ao restabelecer a comunicação entre os moradores, a Defesa Civil e os órgãos de segurança de Rio Bonito do Sul, no Paraná. A cidade, com pouco mais de 13 mil habitantes, teve 90% das construções danificadas, após a passagem de um tornado.

“Queremos agradecer à BlueStation que deu o amparo

Quando eu vi a equipe na cidade, logo pensei: tomara que eles estejam aqui com o equipamento! Seria uma ajuda fundamental”.

desde a primeira hora. O sinal de internet foi muito importante nas primeiras horas e segue nos atendendo até hoje. Obrigada pela parceria e por essa belíssima atitude”, destaca o vereador de Rio Bonito do Sul, Edinho Camargo.

Jéssica R, Mallmann jessica@grupoahora.net.br
ADEMAR LOPES DEFESA CIVIL DE BRASÍLIA
BlueStation é utilizada para facilitar a conectividade pública
Unidade autônoma de comunicação permanecerá no Paraná até o necessário

Empresário aposta no cooperativismo e na experiência de líderes nacionais para ampliar influência política na região

Lucchese quer colocar o Vale no centro da agenda política

Empresário e líder responsável pela reconstrução da Ponte de Ferro, Roberto Lucchese entra no meio político em busca de uma vaga no Legislativo gaúcho. Pré-candidato, ele já movimentava os bastidores há algum tempo, com pesquisas de intenção de voto e consultas a empresários influentes, como o presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau.

“Teve um conselho que ouvi do seu Gerdau e que lembro todos os dias: ‘Seja menos combativo e mais propositivo; é combatendo com propostas que se avança’. Após uma escuta ativa e análise conjunta, decidimos que sou pré-candidato à Câmara Legislativa.”

Lucchese aposta no desenvolvimento e no protagonismo do Vale do Taquari. “O Vale precisa mostrar força e tamanho, não para provar nada, mas para ocupar seu espaço legítimo”, afirma. Ele pretende levar o cooperativismo da região para o meio político, ampliando o alcance de suas propostas. Em contato com o governo estadual há algum tempo, sobretudo com o vice-governador Gabriel Souza (MDB), o empresário participa de discussões sobre o desenvolvimento da região de forma assídua. Ele ressalta, porém, que se trata de uma construção natural com todos os partidos e pessoas que compartilham o mesmo interesse.

“Seja menos combativo e mais propositivo; é combatendo com propostas que se avança”

O que se deve esta decisão de concorrer?

Recebemos muitas mensagens, conversamos com inúmeras pessoas, ouvimos lideranças políticas e empresariais, algumas inclusive com projeção nacional. Também realizamos uma pesquisa em todas as cidades da região. Esse conjunto de movimentos evidenciou algo claro: o Vale não só precisa, mas quer um deputado que seja daqui, que esteja presente nos momentos bons e, sobretudo, ao lado da comunidade nas situações difíceis e nas grandes decisões. Depois de amadurecer essa compreensão e dialogar profundamente com todos, tomamos uma decisão. Hoje, afirmo que sou pré-candidato.

Tu não tem medo de sair da iniciativa privada para a política?

Coragem para fazer o que precisa ser feito. E essa coragem não é minha, é nossa. Quando falo em representar o coletivo, não estou falando de um projeto individual. Falo de todos nós, juntos, nessa caminhada. O Vale precisa ocupar esse espaço. Alguns dizem que somos uma região desunida; eu vejo de outra forma. No cooperativismo, por exemplo, somos referência: ninguém age por cidade isolada, e sim como uma rede sólida de união e força. É nesse espírito que acreditamos que a mesma lógica de colaboração, pode ser levada para o ambiente político, como alternativa para elevar o nível de representatividade e decisão em favor da nossa região.

Coragem para fazer o que precisa ser feito. E essa coragem não é minha, é nossa. Quando falo em representar o coletivo, não estou falando de um projeto individual. Falo de todos nós.”

Marcelo Caumo, Maneco Hassen e Mateus Trojan são também pre-candidatos, como você observa isso?

Em relação ao Marcelo Caumo, temos uma proximidade grande. Tenho profundo respeito pela trajetória que construiu e seria uma honra estar com ele ao nosso lado nesta caminhada. Sabíamos que, até então, ele era pré-candidato a deputado federal e que estava com intenção de alterar. Agora, naturalmente, ele e o partido precisam avaliar o melhor caminho para ele. Mas o Vale não pode esperar. Sobre o Mateus Trojan, é um político jovem, que vem ganhando destaque na região em que atua. Temos uma boa relação e uma trajetória de diálogo. Ele representa essa nova política que está surgindo. Sabemos que ele integra o partido do vice-governador e, de alguma forma, é evidente que teremos que conversar sobre o que é melhor para todos. Contar com ele também seria motivo de orgulho.

Como o MDB entende a sua aproximação?

Nos últimos anos, o vice-governador Gabriel Souza convidou a participação nas grandes decisões da região, tornando natural a aproximação com seu partido. Mas o essencial continua sendo a construção ampla, envolvendo todos os partidos e pessoas comprometidas com o Vale. A cada etapa, o projeto amadurece, sobretudo na definição dos próximos passos.

Paulo Cardoso paulo@grupoahora.net.br
CAROLINA LEIPNITZ/DIVULGAÇÃO

Deputados terão cinco dias para indicar membros.

Vinte parlamentares assinaram pedido entregue à presidência do Legislativo

RODOVIAS GAÚCHAS

AA Assembleia Legislativa abriu, nessa sexta-feira, 5 de dezembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a modelagem, os critérios técnicos e os impactos financeiros das concessões de rodovias estaduais. A decisão foi assinada pelo presidente da Casa, Pepe Vargas (PT), após pareceres favoráveis da Procuradoria da casa.

Com a autorização, as bancadas têm cinco dias para indicar titulares e suplentes. Após as indicações, a CPI será instalada e definirá presidente, vice, relator e plano de trabalho. O requerimento foi protocolado pelo deputado Paparico Bacchi (PL), com apoio de outros 19 parlamentares de diferentes

Assembleia instala CPI para investigar concessões

partidos. A comissão terá como foco os Blocos 1 e 2, ainda em fase preliminar de licitação, e o Bloco 3, Caminhos da Serra Gaúcha, que já está em execução.

O pedido se baseia em apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (Informação Técnica 34/2025) e da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs).

Os órgãos identificaram falhas nos cálculos que, segundo o requerimento, podem inflar o custo

de capital e elevar tarifas, contrariando o princípio da modicidade tarifária. Também foram registradas fragilidades na modelagem, estudos de demanda desatualizados e falta de transparência nas audiências públicas.

Impacto regional

O Bloco 2 prevê cerca de 415 quilômetros de rodovias nas regiões do Vale do Taquari e Norte, incluindo trechos das ERSs 128,

129, 130, 135, 324 e 453. O edital estima tarifa máxima de R$ 0,19/ km a partir de aporte de R$ 1,5 bilhão do Funrigs.

Conforme o deputado Paparico Bacchi, sem o subsídio, a tarifa superaria R$ 0,30/km. Para o requerimento, o modelo impõe “dupla cobrança”: primeiro pelo uso de recursos públicos do fundo e, depois, pelo preço do pedágio.

“Estamos diante de um projeto que transfere o peso das concessões ao contribuinte e usa dinheiro pú-

Composição inicial da CPI

PL

Paparico Bacchi; Kelly Moraes

Republicanos

Capitão Martim

Gustavo Victorino

Podemos

Claudio Branchieri

PP

Rodrigo Lorenzoni

PT

Miguel Rossetto; Stela Farias; Halley Lino; Valdeci Oliveira; Laura Sito; Adão Pretto Filho; Sofia Cavedon, Zé Nunes; Jeferson Fernandes

PCdoB

Bruna Rodrigues

PSOL

Luciana Genro; Matheus Gomes

NOVO

Felipe Camozzato

blico para garantir lucro privado”, critica. Para ele, o modelo contém “falhas estruturais” e riscos ao equilíbrio financeiro do Estado.

Blocos 1 e 3

O Bloco 1, com escopo semelhante, prevê tarifa de R$ 0,21/ km, mas com estudos baseados em 2023, considerados defasados. O Bloco 3 soma atrasos de 15 meses nas obras, tarifas ajustadas entre R$ 0,21 e R$ 0,24/km e aportes adicionais de R$ 19 milhões (2024) e R$ 86 milhões (2025).

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Grupo reúne deputados oposicionistas da esquerda a direita. Bancadas tem cinco dias para indicar titulares

CULTURA

DA PAZ

Rede integrada reforça proteção a jovens

Programa Cada Jovem Conta revisa o ano, discute vulnerabilidades e aprimora estratégias conjuntas

LAJEADO

Arede do programa Cada Jovem Conta, iniciativa vinculada ao Pacto Lajeado Pela Paz, realizou nesta semana, o último encontro deste ano para analisar resultados, alinhar estratégias e fortalecer a atuação conjunta dos diversos setores que compõem o programa.

Durante a manhã, equipes participaram de um momento de avaliação dos indicadores e compartilharam percepções sobre os atendimentos realizados no ano. A proposta foi identificar avanços, ajustar procedimentos e construir uma programação mais integrada para os próximos anos. No turno da tarde, a palestrante Katiane Boschetti abordou a importância da pacificação de conflitos dentro da rede, destacando a necessidade de uma gestão colaborativa e de um diálogo constante entre os profissionais envolvidos.

A coordenadora do Cada Jovem Conta, Laura Faleiro Kirchheim, classificou 2025 como um ano desafiador, marcado por

ocorrências significativas desde o final de 2024. Segundo ela, muitos casos acompanhados pelo programa apresentaram evolução e superação de situações de vulnerabilidade.

“Hoje a gente vê que a rede está muito alinhada, integrada nessa posição de atuar conjuntamente, num olhar protetivo para essas crianças que estão inseridas no programa.”

Um trabalho de articulação conjunta

O Cada Jovem Conta atua como uma ponte entre setores

essenciais da rede de proteção, assistência social, saúde, Conselho Tutelar, Ministério Público, além de entidades como a Slan e parceiros como bancos de oportunidades e o CIEE. O grupo realiza reuniões bimensais para discutir casos mais complexos, que envolvem altos níveis de vulnerabilidade ou situações de violação de direitos.

Segundo a assistente social Jennifer Sugo, no programa CJC, o profissional da Assistência Social tem um papel fundamental na promoção de direitos, no desenvolvimento integral e na proteção social dos adolescentes atendidos.

“Sua atuação é pautada na articulação com os demais profissio-

nais da rede, buscando construir caminhos e estratégias, na escuta qualificada do adolescente e de seus familiares, no fortalecimento das potencialidades, e na construção de possibilidades que favoreçam autonomia, desenvolvimento, inclusão e participação social, tornando o jovem protagonista da própria história.”

Com base nessa articulação ampliada, as equipes buscam encaminhamentos mais adequados às necessidades de cada adolescente atendido, ampliando oportunidades e fortalecendo o acompanhamento intersetorial.

A coordenadora do Pacto Lajeado Pela Paz, Tânia Rodrigues, reforçou o impacto positivo das ações integradas. “O Pacto

O Pacto é essa bandeira de mobilização, de cultura de paz, prevenção da violência, e a todo momento estamos colhendo resultados positivos.”

Hoje a gente vê que a rede está muito alinhada, integrada nessa posição de atuar conjuntamente, num olhar protetivo para essas crianças que estão inseridas no programa.”

é essa bandeira de mobilização, de cultura de paz, prevenção da violência, e a todo momento estamos colhendo resultados positivos.”

O encontro encerrou com o compromisso de manter e aprofundar o trabalho cooperativo, consolidando o programa como uma referência na proteção e promoção de direitos de jovens no município.

JENNIFER SUGO/DIVULGAÇÃO
Palestra com Katiane Boschetti abordou a importância da pacificação de conflitos dentro da rede

Mudança no mercado expõe contraste entre vagas e trabalhadores

Cidade vive cenário de pleno emprego, mantém centenas de postos em aberto enquanto programas sociais tentam aproximar população vulnerável das oportunidades

Arelação entre trabalhadores e empresas em Lajeado está mudando. Ao mesmo tempo em que o comércio reforça placas de “contrata-se” e a indústria amplia a produção, a cidade convive com índices que indicam escassez de mão de obra. No entanto, o paradoxo aparece tanto nos corredores das grandes empresas quanto nas ruas do centro: há emprego,

mas nem sempre há quem queira ou consiga ocupar a posição. Segundo o coordenador da agência FGTAS/Sine de Lajeado, Everaldo Delazeri, o cenário atual é de “quase pleno emprego” no Vale do Taquari. Ele estima que o índice real de desemprego formal seja próximo de 4% da população economicamente ativa, isso sem colocar na equação as pessoas que optam por trabalhos informais. “As pessoas que não estão formalmente empregadas estão fazendo alguma atividade. De alguma forma elas estão trabalhando”, afirma.

Pleno emprego e vagas não preenchidas

Para Delazeri, parte da resistência está ligada às jornadas oferecidas. Supermercados e lojas que exigem trabalho noturno ou aos fins de semana enfrentam maior dificuldade para contratar. “Quando a vaga envolve sábados ou horário noturno, a resistência aumenta. E como há abundância de vagas, muita gente escolhe empregos de segunda a sexta e em horário diurno”, explica.

Migração e produção industrial

Se, no comércio, a resistência se dá pelo horário e pela escolha do trabalhador, na indústria a situação é outra. Investimentos federais e estaduais em infraestrutura na região, estimulou a imigração. Com isso, muitas empresas buscaram alternativas fora do país. Frigoríficos e cooperativas passaram a recrutar trabalhadores em países vizinhos. “Se hoje a região deixasse de contar com

a mão de obra imigrante, várias linhas de produção teriam que fechar”, afirma Delazeri. Segundo ele, a chegada desses trabalha-

Fabiano Lautenschläger

dores é tanto espontânea quanto induzida, empresas estabelecem contato em regiões estratégicas, divulgam condições de trabalho e facilitam o processo de adaptação.

Emprega Mais

Enquanto o Sine descreve um mercado competitivo e com escolhas, a Secretaria Municipal

do Desenvolvimento Social vê barreiras invisíveis que impedem parte da população de chegar às vagas existentes. O programa Emprega Mais Lajeado, lançado há

Hoje, se a região deixasse de contar com a mão de obra imigrante, várias linhas de produção teriam que fechar.”

pouco mais de um mês, foi criado para atender pessoas inscritas no Cadastro Único, em situação de vulnerabilidade.

A secretária Eliana Ahlert Heberle explica que o programa não se resume a encaminhar currículos, mas acompanhar cada candidato, com apoio de mentores do Pacto pela Paz, ajudando desde a aquisição de documentos até o preparo para entrevistas. “Nós queremos pegar na mão da pessoa. Se ela veio até aqui e demonstra vontade, vamos ajudar a caminhar”, afirma.

Comércio vê disputa por trabalhadores e falta de interesse

Nós queremos pegar na mão da pessoa. Se ela veio até aqui e demonstra vontade, vamos ajudar a caminhar.”

No centro de Lajeado, lojas que esperam reforço para o período de Natal também enfrentam dificuldades, mesmo oferecendo vagas imediatas. Segundo Marina Giacomolli, gerente da Divine Chocolateria, tenta contratar para atendimento, os interessados desistem quando entram no aspecto financeiro. “Alguns demonstram interesse inicial, mas acabam não seguindo adiante em função da faixa salarial oferecida.”

O caso resume o contraste, enquanto parte da população em vulnerabilidade precisa de apoio para se conectar às vagas, trabalhadores com maior mobilidade ou qualificação disputam horários, benefícios e flexibilidade. Outras vagas seguem abertas não por falta de trabalhadores, mas porque o formato de trabalho, ou os valores deixaram de ser atrativo frente às opções disponíveis.

ELIANA AHLERT HEBERLE
EVERALDO DELAZERI
Busca por candidatos para as vagas têm sido cada vez mais desafiadora diante da vasta oportunidade
FABIANO LAUTENSCHLÄGER

Xirú e Pré-Mirim revelam espetáculos que serão levados aos palcos

Essência da Tradição apresenta pré-estreia das invernadas

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

VENÂNCIO AIRES

OGrupo Folclórico

Essência da Tradição faz neste sábado, 6, no Clube Leituras, em Venâncio Aires, a pré-estreia oficial das invernadas Xirú e Pré-Mirim.

A partir das 20h, o público poderá conhecer pela primeira vez os espetáculos que serão apresentados ao longo de 2026, em uma noite que une jantar, surpresa, emoção e a construção artística de meses de ensaios dedicados.

A categoria Xirú apresenta o espetáculo “O Tempo e a Dança”, uma reflexão sobre as marcas que o tempo deixa e sobre como cada

movimento transforma histórias em memória. Segundo Edison Aquino, sócio-fundador e oficineiro do grupo, a estreia trará a beleza da nova pilcha, a expressividade dos dançarinos e elementos coreográficos que remetem a relógios, máscaras e ao ritmo marcante do tic-tac, símbolos que conduzem a narrativa.

A Xirú conta com 30 dançarinos e chega ao palco com uma coreografia que dialoga diretamente com os valores do Essência da Tradição: respeito às raízes, evolução constante e compromisso com a cultura gaúcha. Para Edison, o objetivo em 2026 vai além da participação em festivais.

“Nosso foco é levar ao público uma experiência autêntica, que valorize a identidade do grupo e a paixão pela dança”, reforça.

Já a invernada Pré-Mirim apresenta o espetáculo inspirado na magia dos vagalumes, conduzido por 20 crianças que expressam,

em cena, a beleza das pequenas coisas, a amizade e o encantamento pela natureza. A coreografia inclui movimentos leves, giros, ‘piscadinhas’ e músicas de atmosfera lúdica. “É uma apresentação cheia de magia, cores e movimento. As crianças estão dedicadas e cheias de energia”, conta Edison.

Rotina intensa

A rotina de ensaios das duas invernadas tem envolvido intensa participação das famílias e da comunidade, que auxiliam na logística, na motivação e na construção do ambiente coletivo que sustenta o grupo. “Pais, amigos e apoiadores são fundamentais. Eles fortalecem o espírito de união que caracteriza o Essência da Tradição”, afirma. Os ingressos com jantar custam R$ 45, com cardápio de churrasco (galeto, rês, porco e salsichão), arroz, maionese e saladas diversas. A entrada sem jantar custa R$ 20.

Disputas seguem regulamento da MTG e 24ª RT, com modalidades individuais, taça e duplas, além de provas para quarteto, prenda, vaqueano e mirins

Festa Campeira reúne laçadores e shows em Sanga Funda

Evento iniciou na quinta-feira e segue até domingo, com provas de laço, atrações musicais e programação para todas as categorias

A 22ª Festa Campeira movimenta a comunidade de Sanga Funda, em Bom Retiro do Sul até domingo, 7. Organizado pelo Piquete Cabanha da Fé, o evento reúne competidores de diversas categorias e oferece uma programação que mescla tradição, esporte e música. As disputas seguem regulamento da MTG e 24ª RT, com modalidades individuais, taça e duplas, além de provas para quarteto, prenda, vaqueano e categorias mirins.

A abertura ocorreu na quintafeira, dia 4, com show de Cristiano Quevedo às 21h. Na sexta-feira, ocorreu as primeiras provas, como raspada individual, seguida pelas disputas das Forças A, B, C e D, que oferecem premiações que chegam a R$ 3 mil. No sábado, as atividades começam às 8h com laço em diversas modalidades e seguem com provas de prenda,

duplas e quartetos. A tarde terá vaca parada, e à noite o baile é comandado por Paulinho Mocelin e grupo Luz de Candeiro. No domingo, 7, a programação inicia às 7h com a final da Taça Individual, seguida de laço retardatário, mata-mata da laço dupla do rodeio, laço a pé e finais das modalidades. A organização reforça que todas as armadas serão cerradas e que os animais precisam estar acompanhados de GTA. Em caso de mau tempo, o calendário pode ser ajustado para garantir o andamento das provas. As inscrições variam conforme a categoria, com valores entre R$ 80 e R$ 650, e incluem opções gratuitas, como o laço vaqueano e menina. A festa conta com amplo apoio de empresas e entidades locais, além da Prefeitura de Bom Retiro do Sul. A transmissão ao vivo será feita pelo Mega Rodeio, e o sistema Mundo do Laço dará suporte às provas.

Ensaios ocorrem semanalmente para deixar tudo pronto para a apresentação deste sábado
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Lajeado forma turma de guardiões ambientais

Em defesa do meio ambiente, grupo junta-se aos 41 estudantes que participaram das edições anteriores do projeto

LAJEADO

Os 22 alunos da 5ª turma do projeto Guardiões Ambientais Mirins (GAM) se formam neste sábado. A cerimônia ocorre a partir das 9h, no Laboratório de Inovação Governamental e Social de Lajeado (Labilá), e é aberta à comunidade. Os estudantes participaram do curso de educação ambiental prático e teórico durante todo o ano de 2025. A bióloga Edith Ester Zago de Melo é responsável pela formação, com aulas no Jardim Botânico de Lajeado e visitas a outros locais, como o Aterro Sanitário e o Canil Municipal. Conforme Edith, o programa busca ensinar e proporcionar um ambiente de conhecimento

“Quando os estudantes levam adiante o conhecimento, estão cumprindo a missão dos guardiões, isso torna o projeto significativo.”

a respeito às questões ambientais. “As crianças aprendem sobre a vida na terra e na água, como devemos cuidar dos nossos resíduos, compostagem, restauração da natureza, cuidado com a fauna, mudanças climáticas e demais temas relacionados.”

Os assuntos, conforme a bióloga, tocam os estudantes de forma diferente. Alguns se interessam mais pela fauna, outros pelos conteúdos relacionados à reciclagem e manejo de resíduos sólidos, poluição plástica, outros se encantam pelo desenvolvimento vegetal.

Edith destaca que intenção é despertar nas crianças o senso de cuidado e empatia com nosso planeta. “O conhecimento é fundamental para que saibam como agir para cuidar da natureza.” O espaço do Jardim Botânico, onde ocorrem as aulas, proporciona o contato direto com a natureza e oportuniza que as crianças vejam, escutem, sintam e se encantem com a natureza, acrescenta.

Multiplicadores

Para Edith, um dos fatores mais importantes do projeto GAM é a disseminação do aprendizado. As crianças dividem o conhecimento com a família, com os colegas.

“Quando os estudantes levam adiante o conhecimento, estão cumprindo a missão dos guardiões, isso torna o projeto significativo.” Ela acredita que a educação ambiental deve ser contínua, da Educação Infantil à vida adulta. O projeto busca ser um marco na vida dessas crianças. “Esperamos que elas sempre se lembrem que são guardiões ambientais e possam seguir agindo da melhor maneira no planeta, buscando mais conhecimento.”

Edith percebe que a educação ambiental tem sido abordada com maior frequência nos últimos tempos. Uma das razões é a necessidade real. “Não é de hoje que precisamos mudar nossas atitudes, acredito que a sensibilização é imprescindível para que haja uma mudança.” A bióloga acredita que a educação ambiental precisa, além de passar conteúdo, criar um espaço para o encantamento e o amor pela natureza. “Uma criança que ama uma borboleta, não vai matar uma lagarta. Por dois motivos: porque ela aprendeu que a lagarta vira borboleta e porque ela se encantou pela borboleta.”

Aprender e ensinar

Bianca Bonato Wilgen, 11, é uma das formandas. Ela conta que o projeto foi muito importante, porque aprende a cuidar do meio ambiente e preservar e amar a natureza. Bianca ainda destaca agora sabe separar o lixo e fazer composteiras. Aprendeu sobre os animais, os biomas e sua importância. “O que eu mais gostei do projeto foi estar lá, presente, aprendendo coisas que muitas pessoas não sabem para eu poder ensiná-las.”

Sobre o projeto

O GAM é um projeto de educação ambiental com atividades práticas e teóricas que envolve alunos de 10 a 12 anos. A atividade é gratuita, ocorre nas terças-feiras à tarde. No fim de cada temporada, os participantes recebem placas com seus nomes para adotar uma árvore do Jardim Botânico. A ideia é que as crianças sigam realizando ações de preservação e cuidado do meio ambiente.

EDITH ESTER ZAGO DE MELLO BIÓLOGA
Alunos vão ganhar uma placa com seus nomes para adotar uma árvore no Jardim Botânico
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Líderes articulam a Feira Estadual do Mel

Câmara Setorial debate evento, qualidade do produto e inclusão do mel na merenda escolar

Aproposta de criação da Feira Estadual do Mel ganhou espaço central na reunião da Câmara Setorial da Apicultura e Meliponicultura, realizada na terça-feira, em formato híbrido. A iniciativa, apresentada pelo analista agropecuário e florestal da Secretaria da Agricultura (Seapi), Nadilson Roberto Ferreira, busca estru-

turar um evento anual dedicado exclusivamente à promoção da cadeia produtiva do mel no Rio Grande do Sul.

Segundo Ferreira, a demanda por um encontro estadual é crescente entre apicultores e meliponicultores, que veem na feira uma oportunidade de ampliar mercados, divulgar produtos e qualificar a troca de conhecimentos técnicos. Para ele, a inclusão da feira no calendário oficial fortalece a visibilidade do mel gaúcho e evidencia o papel das abelhas na polinização e na sustentabilidade dos sistemas produtivos.

A proposta também prevê a articulação com instituições públicas e privadas, de modo a reunir pesquisa, extensão rural, agroindústria familiar, inovação tecnológica e ações educativas voltadas à cultura alimentar do mel. A expectativa é que a feira possa se

tornar referência para negócios e atualização profissional, além de incentivar práticas de qualidade e boas condições sanitárias na produção.

Desafios estruturais

Durante o encontro, o coordenador da Câmara Setorial, Patric Lüderitz, relatou tendências discutidas no Congresso Mundial de Apicultura (Apimondia), realizado em setembro, como o avanço de tecnologias de manejo, a necessidade de atenção à qualidade do mel e os desafios envolvendo tarifas e contaminantes que dificultam exportações para mercados exigentes como Estados Unidos e União Europeia. Outro ponto relevante foi a atualização cadastral dos apiculto-

Expectativa é de que o projeto da feira avance na formatação e seja consolidado como novo espaço

res gaúchos. Antes da pandemia, o Rio Grande do Sul contava com cerca de 30 mil produtores; hoje são 22 mil registrados. Segundo o fiscal agropecuário Gustavo Nogueira Diehl, responsável pelo Programa de Sanidade Apícola do RS, o levantamento atualizado permitirá dimensionar o número real de colmeias e o potencial produtivo do Estado.

Além da feira, a reunião incluiu a apresentação do documento técnico que embasa o projeto de inclusão do mel na merenda escolar. Elaborado pelo nutricionista e analista de saúde José Augusto Sattler, o estudo será encaminhado à Secretaria da Educação do RS e defende a inserção do mel no Plano Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A medida pode alcançar 2,2 milhões de estudantes e gerar impacto relevante para o setor, especialmente para agricultores familiares.

Estevão Heisler projetoagro@grupoahora.net.br
ESTEVÃO HEISLER

Criatividade, elegância e técnica

Evelise Ribeiro

Arquiteta e urbanista

Evelise Ribeira Arquitetura

@arqevelise_ribeiro

Porto Alegre se prepara para receber um novo e marcante capítulo no universo do design e da construção civil. Uma tradicional marmoraria da capital apresenta o projeto de seu futuro showroom, um espaço concebido para unir elegância e técnica — uma proposta que já desperta atenção no setor.

A iniciativa, projetada pela arquiteta de Lajeado, Evelise Ribeiro, contempla a demolição integral das estruturas atualmente existentes, medida necessária para atender às exigências regulamentares e possibilitar a criação de um ambiente completamente redesenhado.

A previsão é de que as obras tenham início no próximo ano, dando vida a um espaço pensado nos mínimos detalhes para proporcionar uma experiência de visitação mais fluida, inspiradora e alinhada às tendências contemporâneas.

O projeto foi elaborado para suprir todas as necessidades operacionais do showroom, valorizando a funcionalidade, o conforto e a valorização das rochas ornamentais em composições que evidenciam sua beleza natural. “Além da estética, o novo espaço destaca o compromisso com acessibilidade, segurança e respeito às diretrizes construtivas da cidade, integrando soluções atuais”, destaca a arquiteta.

Mais do que uma simples renovação visual, o futuro showroom representa um reposicionamento da marca e a construção de um espaço que pretende encantar, informar e aproximar o público do universo da pedra natural. A proposta é criar um ambiente que traduza excelência, cuidado e inovação desde a concepção até sua execução.

Com esse projeto, Porto Alegre ganha a promessa de um novo ponto de referência no setor — um exemplo de como planejamento, criatividade e responsabilidade técnica podem transformar espaços e ampliar possibilidades.

Lente Social

Um século de história

Para marcar o centenário da Vinagres Prinz, os empresários Walter, Janaína e Jônia Koller, receberam amigos, parceiros e colaboradores para um jantar festivo na Societá Italiana Tutti Fratelli no último sábado, 29. Fundada em 1798, na Alemanha por Gaspar Prinz, a marca chegou a Lajeado em 1925, quando a indústria foi inaugurada por Joseph Martin Prinz e Alfredo Fett. A família Koller, que já vinha do ramo vinagreiro, integrou a trajetória da marca a partir da aquisição em 1995. A noite de sábado, além de celebrar o sucesso e relembrar os desafios, também foi marcada pelo reconhecimento e homenagem de colaboradores com décadas de trabalho na Prinz.

Sunset reúne moda e networking

Para celebrar a chegada do verão, as empresárias Ane Stefani, Leocadia Scheffer, Rute Oppliger, Malu Giacomolli e Bia Vigolo receberam diversas convidadas para o Bosco

Noite de celebração

A administração municipal de Arroio do Meio celebrou junto à comunidade os 91 anos de emancipação no dia 28 de novembro. Para marcar a data, ocorreram diversos eventos culturais, shows e a escolha da nova corte do município. Com muita simpatia, beleza e conhecimento, foi escolhida como Rainha Daniela Branchi, 1ª Princesa Tais Bruismann e 2ª Princesa Cíntia Aislin Ferreira. Parabéns às novas soberanas!

Sunset. O evento ocorreu no dia 26 de novembro, nas dependências do charmoso Villa Bosco, em Lajeado. A noite foi marcada por desfile de modas, networking e muita celebração.

Reconhecimento aos líderes comunitários

A sexta-feira, 5, foi especial para o voluntariado do Vale do Taquari. Em evento no auditório da Sicredi Integração RS/MG, o Grupo A Hora e a Girando Sol lançaram o projeto Tributo aos Guardiões. A iniciativa reconhece a importância de líderes comunitários e valoriza as histórias daqueles que doam o tempo e a vida pelo voluntariado Ao longo de 2026, serão selecionados 30 voluntários para contar suas trajetórias e reunir os perfis em um livro, além de uma premiação com o troféu Lenira Klein.

Lisi Costa Leila Franz
Cláudio André Klein, Maria Helena Jacques, Maria Otília Müller Klein e Caio Klein
Jaqueline Gabiatti, Fabiano Pivotto, Dante Proveti e Luise Trombini
Renato Mallmann e Marceli Träsel
Janaína, Walter e Jônia
Ane Stefani, Leocadia Scheffer, Rute Oppliger, Malu Giacomolli e Bia Vigolo Bibiana e Rute Oppliger, mãe e filha promovendo conexões com clientes

UMAS & OUTRAS

OS NÚMEROS SÃO MUITO INGÊNUOS

Estatísticas e demais estudos oficiais em geral são importantes fontes de informação, mas precisam ser avaliados de forma um pouco mais aprofundada, pra conhecer melhor a realidade objetiva dos fatos e sem enfiar goela abaixo apenas águas superficiais.

Em tempos recentes parece que virou moda a criatividade aplicada em mudanças de réguas, que em muitos casos refletem mais interesses político-ideológicos temporários do que reais aprimoramentos nas medições.

Aos fatos que interessam e apenas como exemplo: estatísticas de geração de emprego são publicadas mensalmente e há muito tempo por órgãos oficiais.

Na real detectam apenas o local de registro oficial da contratação trabalhista, sem entrar em detalhes sobre cada domicílio de origem, muito menos onde será realmente aplicada a geração de renda consequente da sempre saudável geração de emprego.

Uma coisa é a sede administrativa de algum empreendimento, outra coisa é onde está localizado ou sendo projetado o parque in-

dustrial, comercial ou de serviços, com respectivas vagas efetivas.

O ¨emprego¨ pode ser oficialmente gerado num determinado ponto geográfico, mas a ¨renda¨ conseqüente pode estar sendo aplicada em outros.

Raros estudos qualitativos apurados sobre esse tema são feitos, mas já existiram inclusive por aqui. E pelo jeito continuam a ser muito válidos, embora pouco conhecidos.

PAVIMENTAÇÕES COLORIDAS

Pavimentações e recapeamentos com o chamado asfalto CBUQ (concreto betuminoso usinado a quente) é uma baita mão na roda pra ruas, avenidas e ainda mais para estradas e rodovias.

Além dele tem a opção do usinado a frio (não muito eficiente) e o próprio concreto em si, que até já foi utilizado para pavimentar a Av. Farrapos no tempo do finado Getúlio e alguns trechos da FreeWay, aqui pelas bandas do sul. O CBUQ com corantes já é utilizado regularmente para dife-

AVALANCHE DE INFORMAÇÕES

Hoje em dia vive-se quase um tsunami de informações, contrainformações, narrativas a dar com pau, versões diversas, revisionismos, manchetismos, contradições e contradismos generalizados, factóides travestidos de relevâncias, propaganda político-ideológica, aparentemente uma confusão danada e dando margem a um festival de cortinas de fumaça. E tudo se disseminando em velocidade cada vez mais rápida e com maior amplitude. O que ocorreu nas Conchinchinas hoje de manhã até o meio-dia o assunto já chegou na Bossoróca! E viceversa e versa-vice.

Selecionar o que é realmente relevante, associado a informações confiáveis, abordando fatos e circunstâncias com a devida amplitude dentro dos sempre limitados espaços de tempo é uma tarefa a cada dia mais difícil. Ossos do ofício. Valores, princípios, paradigmas, tudo agora é aparentemente relativo. O importante parece ser seguir a moda temporariamente predominante, mesmo que seja apenas as atuais pantalonas, que por sinal são bem mais folgadas e confortáveis que as tais vestimentas ¨fitness¨ e suas respectivas molduras, que eram tipo camisas de força.

renciar pistas de trânsito específicas e bem boladas, daria até pra criar uma ¨avenida¨ gremista ou colorada lá pras bandas da Arena ou do Beira-Rio.

Em determinadas rotas internas de alguns parques nacionais norte-americanos também existe a pavimentação feita com um betume incolor, que é agregado ao solo facilitando a vida e a acessibilidade de caminhantes, ciclistas e estradeiros em geral sem ¨desfigurar¨ a paisagem natural.

É uma boa, vale conferir.

BIRUTA DE AEROPORTO

Podem até não existirem em livros acadêmicos, mas certos princípios são mais que milenares, tipo assim: não administre por exceções!

Elas até podem existir, mas em casos muito específicos e por tempo bem determinado.

Se deixar criar mais exceções do que regras a organização costuma ir pro brejo, gerando mais conflitos potenciais do que soluções efetivas.

LIVRE

PENSAR

Narrativas costumam se disseminar e até se consolidar rapidamente. História objetiva depende de mais tempo e costuma ser a senhora da razão.

(autoria incerta)

SAIDEIRA

Nôno pro neto:

- Decidi aplicar todas as minhas reservas da aposentadoria em gado!

- Ôpa! E o que rendeu, vô?

- Três quilos e meio de carne moída...

ARTIGO

A política e o direito do inimigo

“Aos amigos os favores, aos inimigos, o rigor da lei” Nicolau Maquiavel

Para o filosofo e jurista alemão Carl Schmitt (1888-1985), nenhuma sociedade ou movimento político sobrevive sem a construção simbólica (ou real) de um inimigo. Isso ocorre porque a política essencialmente é a administração do conflito, não a sua eliminação.

Duvidar dessa teoria seria esquecer, no atual momento brasileiro, o antipetismo e o antibolsonarismo, dois movimentos que se caracterizam por alimentar a criação e perpetuação de inimigos claros e bem definidos, bem como da utilização das instituições para fins políticos. Essa lógica do inimigo está presente no nosso dia a dia e a radicalização dela advinda, invadiu a vida social, psicológica e profissional dos brasileiros. Graças a ela conseguimos explicar fenômenos recorrentes na sociedade brasileira, no direito e na economia como o comportamento de grupos que preferem destruir, criticar ou hostilizar, ao invés de construir, trabalhar e perseverar.

Mas sigamos com o pensamento de Schmitt. Para ele a capacidade de identificar e decidir quem é o inimigo público é prerrogativa fundamental do líder ou líderes. O inimigo, por si só, não é mau ou moralmente inferior, mas sim alguém que representa uma ameaça eleitoral ou existêncial a sobrevivência daquele grupo.

Identificado o inimigo, são também os líderes quem decidem sobre quando e como usar o estado de exceção, aquele momento em que as normas legais comuns podem ser suspensas para lidar com a ameaça do inimigo e preservar a unidade política. Claro que nas sociedades modernas essa suspensão vem muitas vezes disfarçada com a capa da defesa da soberania, da luta contra a corrupção ou de algum outro interesse maior.

A teoria do direito do inimigo foi utilizada pelo agora ministro do STF, Cristiano Zanin, na defesa de Lula. Para ele houve uma instrumentalização do sistema de justiça para fins políticos com vistas a transformar Lula num inimigo a ser abatido.

Argumentou ainda que um “estado de exceção” foi criado para o caso específico de Lula e outros alvos da Lava Jato, resultando em suspensão de direitos e garantias processuais, como o princípio da imparcialidade judicial e o devido processo legal. Tudo isso sob a justificativa de combater uma ameaça maior, no caso, a corrupção.

Curiosamente o ex-defensor se vê agora na função de juiz e os atuais defensores de Bolsonaro e alguns juristas críticos ao ativismo judicial, utilizam novamente Schmitt para argumentar que mais uma vez o sistema de justiça, especialmente o STF, tem aplicado o “direito penal do inimigo”, só que dessa vez contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados.

A tese consiste em que ao negar garantias plenas ou ao tratar Bolsonaro como uma ameaça existencial à democracia, a Justiça estaria a agir politicamente, e não estritamente sob a égide do direito neutro

O certo é que independente do lado que você estiver, as ideias de Carl Schmitt continuam servindo como um referencial teórico poderoso para interpretar a radicalização política, bem como os atuais conflitos institucionais do Brasil.

PS: agora que você chegou até aqui cabe citar que Carl Schmitt foi um importante membro do partido Nazista e um antisemita radical.

365 VEZES NO VALE

Patrocínio

De pesque e pague a parque aquático: conheça o Centro de Lazer Arroio Grande

Um dos destinos mais famosos do veraneio do Vale do Taquari passou por várias transformações no decorrer de sua história. Inaugurado em 1997, o Centro de Lazer Arroio Grande atendia inicialmente apenas com pesgue e pague. Hoje, se transformou num parque aquático completo e cheio de experiências.

A mudança ocorreu quando Neusa e Alcindo Körbes resolveram apostar na instalação de piscinas, a partir de 2013. Para dar conta de todas as demandas, o casal conta com o apoio dos filhos Caetano e Bernardo.

O amplo espaço de banho tem três profundidades: 50 cm, um metro e 1,3 metro. O que diferencia o Centro de Lazer são os toboáguas como Kamicaze, Surfline e a Xícara Maluca. Há também tirolesa, parque infantil e três novidades para essa temporada: a cancha de bocha, espaço com churrasqueiras e o pedalinho com valores pagos a parte.

A pesca no local ainda é permitida nos açudes que ficam ao lado da área de banho. Quem optar pelo pesque e pague pode trazer seus próprios equipamentos ou alugar itens no local. Também é possível limpar o peixe no local.

Restaurante

Na área gastronômica, o restaurante do parque oferece um cardápio variado com pratos à la carte, lanches e porções durante a semana. Nos fins de semana atende com bufê completo, sendo que no domingo o almoço ganha incremento do churrasco e pratos à base de peixe.

Detalhe para o ambiente moderno do restaurante reconstruído após um incêndio registrado em 2022.

Funcionamento

O Centro de Lazer Arroio Grande está localizado na Estrada Geral Arroio Grande, nº 3965, a cerca de cinco km do trevo de Arroio do Meio. O acesso é pavimentado e conta com sinalização ao longo do trajeto.

O atendimento ocorre de terça a domingo. Os valores para acessar piscinas são R$ 40,00 de terça a sábado e R$ 50,00 no domingo. Crianças até 3 anos não pagam. Crianças de 4 a 9, o custo é R$ 25,00 e idosos têm 50% de desconto. Interessados também podem adquirir passaporte para toda a temporada: R$ 300,00 para criança de 4 a 9 anos e R$ 400,00 a partir de 10 anos e adultos.

Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (51) 999 466 054 ou nas redes sociais do Centro de Lazer Arroio Grande.

e lanches ou pratos a lá carte na

Área ampla de banho cheia de toboáguas radicais fazem a alegria dos frequentadores no vereio do Centro de Lazer Arroio Grande
Passeio de pedalinho, área com churrasqueiras e cancha de bocha são as novidades da temporada
Além dos ingressos diários, público pode optar por passaportes com direito a entrada livre por toda temporada de verão
Restaurante do Centro de Lazer atende com bufê nos fins de semana
semana

Grupo Tholl leva espetáculo de Natal

Evento inédito no município ocorre neste domingo, no Parque Poliesportivo

Neste domingo, 7, Cruzeiro do Sul viverá as emoções do projeto cultural “É Natal na Constelação do Cruzeiro do Sul”. O evento, marcado para as 20h no Parque Poliesportivo, terá como atração um espetáculo inédito no município, “A Noite de Natal”, do Grupo Tholl, uma montagem consagrada nacionalmente pela beleza, técnica e sensibilidade.

A chegada do Tholl representa muito mais que um evento artístico: simboliza um gesto de esperança, reconstrução e acolhimento para uma comunidade que enfrentou, no último ano uma das maiores tragédias climáticas do nosso Estado. Com música, poesia corporal e visualidade encantadora, “A Noite de Natal” promete tocar profundamente o coração das famílias cruzeirenses, celebrando a união e a força que marcaram o ano.

A secretária de Educação, Cultura e Esportes, Roselene Marmitt destaca a importância da apresentação numa época tão significativa. “Trazer o Grupo Tholl para Cruzeiro do Sul é realizar um sonho coletivo. Depois de tudo o que nossa cidade viveu, oferecer um espetáculo dessa grandiosidade é um presente, um respiro

OBITUÁRIO

JADIR ANTONIO RAMBO, 53, faleceu na sexta-feira, 5. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Santa Clara do Sul.

DECIO FRANCISCO JANTSCH, 67, faleceu na sexta-feira, 5. O velório ocorre na Capela Velatória Católica de Poço das Antas. O sepultamento ocorre neste sábado, 6, às 8h, no Cemitério Católico de Poço das Antas.

SOENIR INÊS JUNG, 78, faleceu na quinta-feira, 4. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Hidráulica, em Lajeado.

ANSELMO PEREIRA CARDOSO, 89, faleceu na quinta-feira, 4. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Pinhal, em Bom Retiro do Sul.

ALBINA SPADER DALAZEN, 92, faleceu na quinta-feira, 4. O sepultamento ocorreu no Cemitério Santo Agostinho, em Encantado.

Apresentação será a partir das 20h, de domingo, 7

e uma forma de reafirmar que seguimos de pé, unidos e cheios de esperança. Será uma noite para lembrar que a arte cura, acolhe e renova”, comenta.

Para Ana Lúcia, da Affecto Assessoria e Produção Cultural, é muito emocionante poder contribuir com essa realização inédita para Cruzeiro. “Participar da chegada do Tholl é uma honra imensa. Saber que este espetáculo tocará crianças, jovens e adultos justamente em um momento de reconstrução torna tudo ainda mais significativo. O Tholl traz luz, magia e sensibilidade, sentimentos que Cruzeiro do Sul merece e precisa”, afirma.

Saiba mais

Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, o evento “É Natal na Constelação do Cruzeiro do Sul” é uma promoção do Ministério da Cultura. Tem apoio é da administração de Cruzeiro do Sul, câmara de vereadores de Cruzeiro do Sul e Rotary Club de Cruzeiro do Sul e produção cultural da Affecto Assessoria e Produção Cultural. O patrocínio Ouro é da Companhia Minuano de Alimentos, enquanto o Patrocínio Prata é do Grupo Brenner. Patrocínio Bronze de Construschorr Materiais de Construção, Lojas Dullius, Docile, Kero Doce Distribuidora, Reis Distribuidora, Sicredi e Grupo Pegasus.

Forma usual de ação do Hamas e do Hezbollah

Deve ser selecionado antes de se iniciar a digitação de um texto no Word

Grande onda 1.000, em romanos

Clínica obstétrica

E não

A parte couraçada do crocodilo Angstrom (símbolo)

Empresa que estoca e transporta alimentos a baixíssimas temperaturas

Tonelada (símbolo)

Mentira (gíria) O gol, no futebol (?) turco: a sauna a vapor Sigla do Estado de Missouri (EUA)

Bebida alcoólica espessa e doce Embalagem da pasta de dentes

Despida Maleta Rede, em inglês Midnight (?), banda australiana pioneira nas preocupações ecológicas Foguete russo lançador de satélites artificiais Torpes; vis (fem.)

Espaço cruzado por precárias pontes de cordas, nos Andes Permitir Patrícia (?), apresentadora do "Encontro"

Sucesso do Biquini Cavadão Possuir

HORÓSCOPO

ÁRIES: A agitação típica do seu signo pode dar um tempo e você terá mais paciência, sobretudo no convívio com as pessoas próximas e o love.

TOURO: Reviravoltas do tipo novela das nove não estão descartadas, mas você vai contar com coragem, perseverança e disposição.

GÊMEOS: Interesses nanceiros vão concentrar as atenções, só convém administrar a grana com pulso rme e investigar promessas de lucro.

CÂNCER: Na paixão, a vontade de encontrar um love vai crescer e quem está a m de alguém não hesitará para dar um passo mais sério.

LEÃO: A saúde também se fortalece com essas vibes e sua vitalidade estará tinindo, só convém controlar a pressa, principalmente no trânsito.

VIRGEM: As inibições do seu signo vão cair por terra e deve sobrar ousadia para envolver o crush. O romance vai contar com vibes mais estimulantes.

mento menos indeciso, pode resolver muitas coisas com o seu pessoal, inclusive com o mozão.

ESCORPIÃO: Você terá mais con ança para expor suas opiniões, divulgar seus interesses e saberá convencer os outros sem gastar tanto vocabulário.

SAGITÁRIO: O melhor é que suas ideias criativas vão trabalhar em favor dos seus ganhos e as perspectivas de faturar com coisas novas.

CAPRICÓRNIO: Os parentes e as pessoas próximas vão valorizar suas iniciativas e, de quebra, apontando um período top para realizar metas pro ssionais.

AQUÁRIO: Vale se apoiar no seu dom para conversar e fortalecer o diálogo com quem convive, assim não dá ruim com ninguém.

PEIXES: As relações sociais também vão receber estímulos e seu jeito tende a car bem mais ativo e determinado no convívio com amigos e pessoas queridas.

VENÂNCIO
CRUZEIRO DO SUL
DIVULGAÇÃO

FUTEBOL AMADOR

REGIONAL DEFINE PRIMEIROS CAMPEÕES DE 2025

Categorias Master, Veterano e Série B do Regional Aslivata conhecem os melhores times neste fim de semana

Ezequiel Neitzke

ezequiel@grupoahora.net.br

Com menos de 20 dias até o Natal, a Aslivata começa a encaminhar o Regional 2025 – Copa Certel/Sicredi. Os jogos deste fim de semana vão apontar os campeões nas categorias Master, Veterano e Série B.

A primeira final ocorre no sábado, no Bairro Goiabeira, em Bom Retiro do Sul. O Rudibar recebe o São Luiz no Master. No jogo de ida, os times empataram em 2 a 2 em Venâncio Aires. Agora, quem vencer fica com o título. Nova

igualdade leva a decisão para os pênaltis. Na fase classificatória, em 11 de outubro, o Rudibar venceu por 1 a 0.

VETERANO

O domingo inicia com a definição do campeão no Veterano entre Rudibar e Floriano. As equipes de Bom Retiro do Sul se enfrentam no clássico da cidade no Bairro Goiabeira, casa do Rudibar. No jogo de ida, empate em 1 a 1. A situação no Veterano é a mesma do Master. Outro empate leva a decisão aos pênaltis. Quem vencer dá a volta olímpica e conquista o

inédito título da categoria.

SÉRIE B

A decisão ocorre em Boa Vista, Poço das Antas. O primeiro jogo, às 14h, terá CMD, de Muçum, e Delfinense, de Estrela. No jogo de ida, empate em 0 a 0. Quem vencer dá a volta olímpica. Em caso de novo resultado igual, a decisão do título será jogado nos pênaltis. No titular, o 11 Amigos joga pelo empate para ficar com a taça, pois venceu o Delfinense na partida de ida por 3 a 0. Já o time de Estrela tem que vencer no tempo normal para levar a decisão do título para os pênaltis.

AGENDA

SÁBADO

Bom Retiro do Sul – Rudibar x São Luiz (Master)

DOMINGO

Bom Retiro do Sul – Rudibar x Floriano (veterano)

Poço das Antas – CMD x Delfinense (Série B/Aspirante)

Poço das Antas – 11 Amigos x Delfinense (Série B/Titular)

SÉRIE A

Em virtude das finais da Série B, os jogos da Série A entre Poço das Antas x Taquariense (titular) e Brasil x Juventude (aspirante) foram transferidos para 14 e 21.

11 Amigos está a um empate de levantar a taça da categoria titular na Série B

JONATHAN ROCHA/DIVULGAÇÃO

COPA DO MUNDO

MARROCOS, ESCÓCIA E HAITI: BRASIL CONHECE ADVERSÁRIOS

DA FASE DE

Seleção Brasileira

terá pela frente dois adversários que enfrentou na fase de grupos de 1998. Estreia será contra os africanos no dia 13 de junho

ACopa do Mundo de 2026 disputada nos Estados Unidos, México e Canadá tem os caminhos desenhados. O Kennedy Center, em Washington, recebeu nessa sexta-feira, 5, o sorteio da fase de grupos. Cabeça de chave, o Brasil está no grupo C, ao lado de Marrocos, Escócia e Haiti.

Ao torcedor que acredite em sinais, a bolinha do Brasil foi a primeira sorteada. O Grupo C, também, é o mesmo em que estava na última vez que foi campeão, no Penta em 2002.

Com novo formato, onde avançam os dois primeiros de cada grupo mais os oito melhores terceiros colocados, o grupo do Brasil pode ser considerado acessível. Marrocos foi quarta colocada na última Copa e é o adversário mais complicado.

A Escócia volta ao Mundial após 28 anos, enquanto que o Haiti disputa a competição pela segunda vez, sendo a única até aqui em 1974.

A estreia do Brasil na Copa será no dia 13 de junho, um sábado, contra Marrocos. Na segunda

GRUPOS

rodada, enfrenta o Haiti no dia 19, uma sexta-feira. Por fim, fecha a primeira fase contra Escócia no dia 24, quarta-feira.

LOCAIS E HORÁRIOS SÓ NO SÁBADO

A expectativa pelo caminho da Seleção Brasileira na Copa do Mundo segue neste sábado, quando serão divulgados os locais e horários dos jogos. Esta será uma Copa do Mundo complexa, pela primeira vez com 48 seleções.

A comitiva da CBF, com nomes como o técnico Carlo Ancelotti, e os diretores Rodrigo Caetano e Cícero Souza, já está em Washington. Dentro do planejamento da entidade, estão mapeados 35 campos de treinos, em cidades que poderão servir de base para treinamentos de preparação e também antes dos jogos.

EQUIPES EM ABERTO

As 48 seleções só estarão completas em março, quando ocorrem a Repescagem Europeia e a Repescagem Mundial. Pela Europa, as quatro vagas saem de Itália, Irlanda do Norte, País de Gales e Bósnia na Chave A; Ucrânia, Suécia, Polônia e Albânia na Chave B; Turquia, Romênia, Eslováquia e Kosovo na Chave C; e Dinamarca, Macedônia do Norte, República Tcheca e Irlanda na Chave D. Já a Repescagem Mundial

Fase de grupos

GRUPO A: México, África do Sul, Coréia do Sul e Repescagem Europa D

GRUPO B: Canadá, Repescagem Europa A, Catar e Suíça

GRUPO C: Brasil, Marrocos, Haiti e Escócia

GRUPO D: Estados Unidos, Paraguai, Austrália e Repescagem Europa C

GRUPO E: Alemanha, Curaçao, Costa do Marfim e Equador

GRUPO F: Holanda, Japão, Repescagem Europa B e Tunísia

GRUPO G: Bélgica, Egito, Irã e Nova Zelândia

GRUPO H: Espanha, Cabo Verde, Arábia Saudita e Uruguai

GRUPO I: França, Senegal, Repescagem Mundial 2 e Noruega

GRUPO J: Argentina, Argélia, Áustria e Jordânia

GRUPO K: Portugal, Repescagem Mundial 1, Uzbequistão e Colômbia

GRUPO L: Inglaterra, Croácia, Gana e Panamá

Agenda do Brasil

1ª RODADA - 13 DE JUNHO

(SÁBADO) - Brasil x Marrocos

2ª RODADA - 19 DE JUNHO

(SEXTA-FEIRA) - Brasil x Haiti

3ª RODADA - 24 DE JUNHO

(QUARTA-FEIRA) – Brasil x Escócia

Horário e local ainda a definir

Congo, Jamaica, Nova Caledônia na Chave 1 e Iraque, Suriname e Bolívia na Chave 2. Avançam para a Copa a campeã de cada chave.

Caetano
FOTOS: DIVULGAÇÃO

RODADA DE DOMINGO TRANSFORMA O FUTURO DO INTER

Colorado não depende apenas de si para permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro. Time entra em campo com obrigatoriedade de vitória e na torcida por resultados paralelos

AGENDA

SÁBADO – 18H30MIN

OInternacional vive neste domingo, 7, um dos dias mais importantes da sua história. Sem o poder da decisão em mãos, o Colorado precisa vencer o Bragantino e torcer para resultados paralelos para evitar o segundo rebaixamento. Ao fim da 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, o clube saberá como será o seu futuro em 2026. A situação é delicada, mas ao torcedor é permitido sonhar. A Rádio A Hora transmite a partida e acompanha a rodada com transmissão a partir das 14h em cobertura especial. Esta não é a primeira vez que o Inter chega na última rodada envolvido na briga contra o rebaixamento. Para ser mais preciso, será a quarta vez. A primeira foi em 1999. Na rodada final, o Inter enfrentou o campeão da Libertadores, Palmeiras, treinado por Luiz Felipe Scolari. Para não depender de outros jogos, cabia aos colorados vencer os paulistas em casa. Coube a Dunga, então reserva do time, fazer o gol salvador. Em 2002, o Inter viveu uma situação parecida com a atual. Entrou na última rodada em 24º de 26 times. Além de ganhar do Paysandu em Belém, teria de contar com um em três resultados paralelos: o Palmeiras não vencer o Vitória, o Paraná não superar o Figueirense ou um empate entre Portuguesa e Bahia. Deu certo. O time gaúcho fez 2 a 0 no Mangueirão, gols de Mahicon Librelato

Mirassol x Flamengo

DOMINGO - 16H

Fluminense x Bahia

Botafogo x Fortaleza

Corinthians x Juventude

Santos x Cruzeiro

Atlético-MG x Vasco

Internacional x Bragantino

Vitória x São Paulo

Ceará x Palmeiras

Sport x Grêmio

e Fernando Baiano. Palmeiras e Paraná perderam. Morador de Lajeado, Thiago Matos era lateral do Inter em 2002. Não viajou para a partida decisiva, mas estava no elenco. “Iniciamos o ano de forma vitoriosa, fomos campeões gaúchos, tivemos algumas trocas de treinadores. O Brasileiro começou com o Guto Ferreira, depois o Celso Roth, e nas últimas rodadas o Cláudio Duarte. São várias similaridades com o caso atual”. Matos lembra como o técnico soube lidar com a questão emocional dos atletas, o que foi preponderante para a permanência. “Muito inteligente por parte do Claudião, ele trabalhava o motivacional. Não tinha muito o que acrescentar em campo naquela hora, somente a palavra e a cabeça dos atletas. Ele deixou um ambiente leve, de forma que nos preocupássemos apenas com o campo. Apenas em jogar futebol. Graças a Deus as coisas aconteceram. Fomos vitoriosos e

DO QUE O INTER PRECISA PARA ESCAPAR

derrota do Inter, o segundo rebaixamento do clube será decretado.

contamos com os resultados paralelos para manter o clube na Série A do Campeonato Brasileiro.” Se a rodada deste domingo encerrar como a final de 2002, o Colorado seguirá na elite.

NA ÚLTIMA VEZ, O REBAIXAMENTO

Em 2016, a situação era tão ruim como a de agora. Para não ser rebaixado, o Inter teria de vencer o Fluminense e tirar quatro gols de diferença para o Vitória, que enfrentaria o Palmeiras, já campeão, em Salvador. Ou que o Sport não ganhasse, em casa, do já rebaixado Figueirense. Os pernambucanos ganharam, os baianos perderam, e o Inter ficou no empate, sacramentando a primeira queda.

O Inter precisa antes de tudo vencer o Bragantino, além de contar com combinações de resultados para não ser rebaixado para a Série B. Para escapar do segundo rebaixamento da sua história, o Inter terá de torcer por dois de quatro resultados. Empate ou derrota do Vitória, que tem 42 pontos, para o São Paulo no Barradão. Derrota do Fortaleza, que soma 43 pontos, para o Botafogo no Engenhão. Caso o Fortaleza empate, o Inter necessita tirar dois gols de saldo para passar o adversário. Derrota do Ceará, com 43 pontos, para o Palmeiras no Castelão. Derrota do Santos, com 44 pontos, para o Cruzeiro, combinado a tirar uma desvantagem de sete gols de saldo. Se apenas um dos cenários se realizar, ou em caso de empate ou

PROVÁVEL TIME

Após a derrota para o São Paulo, o elenco colorado ganhou folga na quinta-feira e treinou apenas na sexta-feira a tarde. Realiza um último trabalho no sábado, quando o time deve ser definido.

Uma provável escalação tem: Rochet; Aguirre, Vitão, Mercado e Bernabei; Thiago Maia, Bruno Gomes e Alan Patrick; Carbonero, Vitinho e Borré.

NO MEIO DO CAMINHO, O BRAGANTINO

O time paulista vem de goleada contra o Vitória em jogo atrasado da 34ª rodada. O Bragantino ainda tem chances de terminar o campeonato na oitava posição, o que poderia lhe render uma vaga

Em 2002, Inter venceu o Paysandu por 2 a 0 e torceu por resultado paralelo para evitar rebaixamento.  Mahicon Librelato marcou um dos gols

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Técnico que mais comandou o Inter na história, Abel Braga pode aumentar a idolatria caso salve o time na última rodada

na fase preliminar da Libertadores do ano que vem.

CLASSIFICAÇÃO

AMBIENTE LEVE

ÚLTIMA RODADA VALE DINHEIRO AO GRÊMIO

A última rodada do Campeonato Brasileiro aponta o jogo entre Sport x Grêmio como um dos menos decisivos. Adversário do Tricolor, o clube pernambucano está rebaixado há mais de um mês, enquanto que o clube gaúcho tenta no máximo chegar na primeira metade da tabela. A partida ocorre às 16h, na Ilha do Retiro, em Recife.

Além de disputar melhor colocação, o Grêmio também mira vaga à Copa Sul-Americana. Por maior que seja a decepção na busca de objetivos maiores, o clube se mobiliza para terminar o campeonato com mais uma vitória e de forma digna.

Suspenso na última partida, Amuzu retorna ao time para a rodada final

O time titular dos paulistas deve ter: Cleiton; Nathan Mendes, Gustavo Marques, Alix Vinicius e Juninho Capixaba; Gustavinho, Gabriel e Jhon Jhon; Lucas Barbosa, Eduardo Sasha e Isidro Pitta.

Caso vença, combinado com resultados paralelos, o Grêmio pode terminar em nono lugar. O que garante um valor maior de pagamento pelo rendimento do time no campeonato. O pior cenário aponta que com derrota,

o time caia para o 15º lugar. Pelos valores do ano passado, a diferença de premiação paga pela CBF foi de R$ 12 milhões do nono ao 15º colocado. O último time da temporada

deve ter: Tiago Volpi; Marcos Rocha, Gustavo Martins, Wagner Leonardo e Marlon; Cuéllar, Camilo, Pavon (Alysson), Willian (Edenilson) e Amuzu; Carlos Vinícius.

RICARDO

Enquanto isso…

Melhor capa de revista – A Sociedade de Editores dos EUA escolhia a melhor capa de revista dos últimos 40 anos (entre 1965 e 2005). A vencedora foi a revista Rolling Stone, de janeiro de 1981. Na capa, estava uma foto de John Lennon e Yoko. A foto foi tirada no dia 8 de dezembro de 1980, por Annie Leibovitz, horas antes do beatle ser assassinado em Nova York.

HBB inaugurava serviço de radioterapia

O Hospital Bruno Born, de Lajeado, inaugurava o Serviço de Radioterapia e Medicina Nuclear do Centro de Tecnologia Avançada, prédio que ainda estava em construção na rua Júlio de Castilhos. Os equipamentos de radioterapia seriam, em especial, para o tratamento de câncer e foram importados dos Estados Unidos. Ao todo, na época, foram investidos US$ 1,4 milhão em equipamentos. Até então, o tratamento oncológico precisava ser feito fora do Vale do Taquari. A primeira etapa do CTA tinha levado cinco anos para ser construída e a estrutura completa só foi inaugurada em 2015.

A então prefeita Carmen Regina e o presidente do HBB, Ernany Bender

Sábado é

- Dia Nacional do Extensionista Rural

- Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Santo do dia 6: São Nicolau

Domingo é

- Dia lnternacional da Aviação Civil

- Dia Nacional da Assistência Social

- Dia Nacional da Silvicultura

- Dia do Médico Cirurgião Plástico

Santo do dia 7: Santo Ambrósio

Santo Antônio

construía ginásio

O Colégio Santo Antônio, de Estrela, iniciava a construção do ginásio coberto da escola para práticas esportivas e sociais. Estava sendo montada a estrutura metálica para a cobertura em alumínio. Na época, a ideia era inaugurar o novo complexo junto aos festejos do centenário de Estrela, em maio de 1976. A verba para a construção vinha em parte de recursos federais e o restante foi angariado junto à comunidade através de eventos e campanhas.

Os vereadores municipais aprovavam o projeto de lei de criação da Fundação Estrela da Manhã de Ensino Superior (Femes). Na época, foi anunciado o fechamento da faculdade de férias em Estrela, que funcionava junto ao atual IEEEM desde 1972.

Chamado de “Curso Intensivo de Férias para a Formação de Professores de Primeiro Grau’’, o projeto era desenvolvido pela Universidade de Passo Fundo no Centro Educacional Estrela da Manhã e incluía aulas nos meses de julho, janeiro e fevereiro.

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Felipe Diehl próximo do PP

Movimento interessante está prestes a ser formalizado em Estrela. Atualmente vereador pelo Partido Liberal (PL), Felipe Diehl está de “malasprontas” rumo ao Progressistas. Não chega a configurar uma surpresa, pois parceiros políticos próximos dele fizeram o mesmo movimento. É o caso do ex-ministro Onyx Lorenzoni e o deputado estadual Rodrigo Lorenzoni (filho de Onyx).

Diehl reuniu-se inclusive com o presidente do PP, Covatti Filho e recebeu um indicativo de apoio da sigla para concorrer a deputado estadual em 2026. Em 2024, ele somou 184 votos na disputa para câmara de vereadores em Estrela e herdou a cadeira no Legislativo por Canigia e Pida assumirem funções no governo municipal. Em 2022, Felipe contabilizou 9.363 votos na disputa para deputado federal.

Aliás, o PP e o União Brasil serão um só com a federação consolidada. A presidente poderá ser Carine Schwingel. No caso do PL, integrar o governo estrelense é uma realidade no momento. Porém, o PP não. Zancanaro e Eder Follmann são as únicas vozes de oposição ao grande grupo aglutinado com muita habilidade pela prefeita. Em tempo: para trocar imediatamente de sigla sem abrir mão do mandato em Estrela, Diehl carece de uma liberação do PL. Caso contrário, poderia confirmar a troca apenas na janela de 2028.

Justiça manda apagar postagem

Em caráter liminar, o juiz Marcelo da Silva Carvalho deferiu o pedido para que Luis Gustavo da Silva Reinke remova o vídeo nas plataformas Facebook e Instagram no perfil @lajeadomilgrau onde o responsável pela página acusa a suplente de vereadora, Daiane Bauer, de ameaçá-lo com uma arma nos bastidores de uma sessão da câmara de Lajeado. Ele chegou a registrar boletim de ocorrência sobre os supostos fatos.

A decisão impede que novas publicações depreciativas com o uso do nome de Daiane sejam feitas pelo perfil. No dia 17 de janeiro, as partes têm audiência sobre este mesmo processo. Em debate, indenizações e o mérito da questão. Mais postagens do mesmo perfil desencadearam ações judiciais. Em tempo: Jornalismo é coisa séria e não por acaso existe um curso superior para formar profissionais aptos a desempenharem a função.

ARTIGO

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

O desafio do desapego

Muitos empreendedores, especialmente aqueles que nasceram dentro de empresas familiares, enfrentam um grande desafio. E, ao contrário do que muitos imaginam, esse desafio nem sempre é sobre gestão. Na maioria das vezes, é sobre apego. A história se repete em dezenas de negócios: o dono da empresa foi quem fez tudo nascer. Colocou talentos, energia e, muitas vezes, arriscou o próprio patrimônio para tirar a ideia do papel. Foi para o balcão vender, negociou com fornecedores, acompanhou a produção, a distribuição, o caixa. Viveu o negócio no detalhe. Contratou colaboradores que permanecem há décadas e viraram quase parte da família. Mas o tempo passa. A família cresce, os interesses mudam, e o mercado evolui num ritmo que não espera. As oportunidades de escala, de digitalização e de novos modelos exigem outra forma de condução. E chega o momento inevitável: a hora de decidir passar o bastão. De entregar o poder a um sucessor.

E aí surge a pergunta que inquieta muitos fundadores: como renunciar àquilo que construí durante toda a vida?

Afinal, não são apenas números ou processos. É história, identidade, propósito, ego. É difícil aceitar que alguém possa tocar aquilo que sempre esteve sob o meu olhar.

Rapidinho...

- Não foi nesta semana que a CPI instalada na câmara de Lajeado avançou. Sem os laudos da perícia contratada para apurar a veracidade das 50 denúncias em serviços feitos pela empresa PDS Obras, os primeiros dias de dezembro não tiveram novidades.

- Engana-se quem acredita que a pré-candidatura de Roberto Lucchese para deputado estadual iniciou nos últimos dias. Faz tempo que ele se movimenta nos bastidores e sabe bem qual a estratégia para somar votos em cada microrregião do Vale. Isso inclui até conversas com prefeitos de diferentes siglas.

- Por Encantado a ACI-E incorporará a CDL. Haverá um diretor da área de comércio. O principal debate atual é: como aproveitar o movimento de turistas no Cristo Protetor e Boulevard no Centro da cidade. E o assunto é bem delicado.

- Por fim, uma pergunta: como será aproveitada a antiga sede do Daer, na área central de Lajeado? Além deste colunista, tem mais gente cheio de curiosidade e interesse.

A sucessão, porém, não acontece de um dia para o outro. Ela precisa ser tratada como um processo”

A sucessão, porém, não acontece de um dia para o outro. Ela precisa ser tratada como um processo, não como um ato isolado. E esse processo começa pela compreensão de que o papel do fundador muda. Ele deixa de ser o responsável por fazer tudo acontecer e passa a ser o orientador, o guardião do legado. Essa mudança exige preparo emocional, porque envolve reconhecer limites e aceitar que a empresa precisa de novas ideias para continuar crescendo.

No lado operacional, a transição precisa ser organizada. Empresas familiares carregam patrimônio intangível: reputação, confiança, relacionamentos sólidos. Preservar isso é tão importante quanto governança. E o sucessor precisa ter espaço para trazer novas práticas, conectar a empresa às tendências do mercado e buscar um novo ciclo de desenvolvimento.

O ponto mais sensível é construir confiança entre gerações. O fundador entender que permitir inovação não é desrespeitar a história. E o sucessor compreender que modernizar não significa apagar o que foi construído. É uma ponte necessária. No final das contas, sucessão não é perder poder é garantir continuidade. E, para isso, existem caminhos que podem ser iniciados cedo, enquanto o fundador ainda está ativo: buscar apoio externo, contar com consultorias especializadas, preparar o processo com clareza e, criar um conselho consultivo que ajude a orientar decisões e reduzir conflitos. Para quem deseja permanecer no negócio, essas ações fortalecem a governança e distribuem responsabilidades. Para quem deseja sair, o caminho é parecido: organizar a casa, profissionalizar estruturas e planejar a transição com diálogo e transparência. Já vi isso na prática e a mudança deixa de ser um salto no escuro e se transforma em um movimento seguro para todos.

DIVULGAÇÃO

Fim de semana, 6 e 7 dezembro 2025

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 18º | MÁX: 39º O sábado fica firme na maior parte do dia, com sol e alguma nebulosidade. Porém, durante a tarde, podem se formar instabilidades na região.

Na pele, o alerta

Mudança de hábitos e proteção diária ainda são os principais aliados contra o câncer de pele, que continua batendo recordes de incidência

“Este será o grande desafi o da Medicina nos próximos anos: qualifi cação adequada”

Médica formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com residência em Medicina de Família e Comunidade pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre/UFRGS e Doutorado em Ciências da Saúde, Maiara Conzatti possui, ainda, pós-graduações em Dor Crônica e Cuidados Paliativos (PUC Minas) e em Terapia Cognitivo-Comportamental (PUC Paraná). Atualmente, é pós-graduanda em Obesidade pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO).

O que te fez escolher a profissão e como foi esse início?

Não posso dizer que escolhi a Medicina, pois não saberia dizer porque escolhi. Acredito que tenha sido escolhida pela profissão. O início foi muito difícil. Baixa autoconfiança, muito medo, muitos desafios e poucas pessoas para me auxiliarem (não tenho médicos na família), mas ao mesmo tempo foi uma fase de muito aprendizado. Depois de formada e das minhas especializações, entre 2019 e 2024, fui professora da Faculdade de Medicina da Univates, com atuação no ensino, pesquisa e extensão na área da atenção primária à saúde. Com publicações científicas e capítulos de livros voltados à medicina clínica e à atenção integral à saúde, em maio de 2025 lancei o curso Revolução do Tratamento da Obesidade, em parceria com o TelessaúdeRS, com o objetivo de qualificar médicos para o manejo clínico da obesidade com base em evidências e estratégias centradas no paciente. Hoje, atuando em diferentes frentes da Atenção à Saúde, faço atendimentos clínicos na Unidade Básica de Saúde de Roca Sales, na Clínica Terapêutica Novo Começo e em consultórios em Lajeado e Encantado. Também faço parte do corpo clínico do Hospital Beneficente Santa Terezinha (HBST) de Encantado e atuo como supervisora do Programa Mais Médicos, vinculado ao Ministério da Saúde.

Quais os maiores desafios da profissão hoje?

EDITORIAL

Mais atenção à pele

Entre todas as estatísticas de saúde pública, há uma que continua crescendo. O câncer de pele segue sendo o mais frequente no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ele representa cerca de 30% de todos os diagnósticos oncológicos do país. Mesmo assim, por vezes, esse tipo de câncer é tratado como banal.

Lidar com informações erradas que muitos pacientes encontram na internet, por exemplo, e precisam ser esclarecidas para um bom acompanhamento e tratamento médico.

Como você percebe a área hoje e o que nota como evolução daqui pra frente?

Temos enfrentado grandes desafios com o aumento do número de profissionais médicos, infelizmente muitas vezes sem a qualificação necessária. Este será o grande desafio da Medicina nos próximos anos: qualificação adequada.

Lembra de algum momento marcante de

EXPEDIENTE

Textos e fotos: Paulo Cardoso

algum paciente que passou por você?

Diversos. Já são quase 10 anos na Medicina e acredito que já impactei positivamente muitas vidas. Alguns que se destacam foram os casos de pacientes que não teriam sobrevivido sem um adequado atendimento e hoje vivem bem suas vidas graças a condutas adequadas. Sinto um orgulho enorme de encontrar essas pessoas na rua e saber que elas não estariam com a gente se tivéssemos demorado alguns minutos a mais no atendimento ou se não tivéssemos conduzido a situação como fizemos.

Textos: Bibiana Faleiro

Parte disso se explica pela aparente simplicidade do tema. O câncer de pele costuma começar pequeno, visível, às vezes mais incômodo para o espelho do que para a saúde, no início. É justamente essa familiaridade que o torna traiçoeiro. Mesmo com campanhas anuais e orientação consistente dos dermatologistas, muitos pacientes ainda chegam ao consultório com lesões que poderiam ter sido tratadas meses antes, quando bastariam procedimentos mínimos.

O dado mais incômodo talvez seja este: a grande maioria dos casos de câncer de pele não melanoma — que são os mais comuns — poderia ser evitada com medidas relativamente simples de fotoproteção. Ainda assim, o uso regular de protetor solar está longe de ser um hábito consolidado entre os brasileiros. O

Brasil é um país de clima ensolarado, mas não necessariamente de cultura preventiva. Isso não significa adotar uma postura alarmista. O sol é parte essencial da nossa rotina, da nossa economia e até da nossa identidade. Mas é possível conviver com ele de forma mais responsável. Não se trata de transformar a praia em território hostil ou de demonizar o bronzeado; trata-se de entender que informação só cumpre seu papel quando vira prática. Os especialistas são unânimes em um ponto: detecção precoce salva vidas e evita sequelas. E essa é uma das raras áreas da saúde em que o paciente tem papel central — basta observar a própria pele, notar mudanças, buscar avaliação ao menor sinal de dúvida. É simples, mas exige constância.

O câncer de pele não é um vilão novo, tampouco um inimigo invisível. É um problema conhecido, com causas conhecidas e soluções igualmente conhecidas. O desafio, agora, é fazer com que esse conhecimento saia do terreno das campanhas de verão e passe a fazer parte da rotina. Porque, no fim, o que falta não é alerta — é adesão.

Boa leitura!

Diagramação: Lautenir Junior Coordenação: Felipe Neitzke

Câncer de pele: da alta incidência ao avanço das técnicas de tratamento

Avanço das técnicas cirúrgicas e diagnóstico precoce mudam o cenário da doença mais comum entre os brasileiros, mas prevenção continua sendo o principal aliado

Ocâncer de pele é hoje o tumor maligno mais incidente no Brasil, responsável por cerca de 30% de todos os casos de câncer registrados no país. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 20232025, o país deverá registrar anualmente cerca de 220 mil novos casos de câncer de pele não-melanoma — aproximadamente 102 mil em homens e 118 mil em mulheres. Apesar de grande parte desses tumores apresentar baixa letalidade quando diagnosticados e tratados precocemente, a doença representa um risco. Em especial nas regiões Sul e Sudeste, onde fatores como pele clara, exposição solar ocupacional e histórico de vida ao ar livre se combinam, o risco cresce e exige atenção redobrada. Profissionais alertam que o diagnóstico precoce e a prevenção são fundamentais para reduzir mutilações, complicações e até mesmo óbitos evitáveis. No Vale do Taquari, essa realidade motivou a criação de um centro de referência

Lesões pequenas podem ser removidas no consultório e têm alta taxa de cura quando tratadas cedo — por isso, qualquer ferida que não cicatriza deve ser avaliada

no atendimento ao câncer de pele. “Faltava na região um lugar onde o paciente pudesse chegar, ser acolhido e resolver tudo em um só caminho. O diagnóstico já é um impacto; o percurso até o tratamento não pode ser um fardo extra”, explica o cirurgião Andréas

é peça-chave no rastreamento: o exame completo do corpo revela tumores escondidos em regiões que o próprio paciente não enxerga

Câmara. A proposta reúne dermatologistas, cirurgiões oncológicos, plásticos e de cabeça e pescoço, agilizando desde a suspeita até a confirmação da doença e o tratamento definitivo.

Tipos de câncer de pele Embora existam diversos subtipos, três concentram a maioria dos diagnósticos. O mais frequente é o carcinoma basocelular, considerado o menos agressivo, mas longe de ser inofensivo. “Ele raramente se espalha, mas cresce localmente. Se negligenciado, pode causar deformidades importantes e exigir cirurgias mutilantes”, alerta o médico. A ausência de sintomas costuma ser um dos maiores perigos: pequenas feridas que não cicatrizam ou lesões discretas são frequentemente ignoradas por meses ou anos. O carcinoma epidermoide é o “intermediário” em agressividade. Surge principalmente em áreas expostas, como rosto e couro cabeludo, e tem maior tendência a se disseminar para

Dermatologista

gânglios linfáticos do pescoço.

No extremo oposto está o melanoma, menos comum, mas potencialmente letal devido à alta capacidade de metástase. “É a doença que mais nos preocupa em termos de velocidade e gravidade”, diz Câmara.

Apesar de menos frequente em pessoas negras, o câncer de pele também aparece nesse grupo. A maior quantidade de melanina protege parcialmente, mas não torna ninguém imune. “A cor da pele não dispensa o cuidado”, reforça.

Diagnóstico

O processo costuma começar pela dermatoscopia e pela biópsia — geralmente feita no próprio consultório. O fragmento enviado ao laboratório revela qual é o subtipo e orienta a estratégia terapêutica.

O cronograma, quando não há complicações, é relativamente rápido. Cerca de um mês entre a suspeita inicial, a confirmação, a cirurgia e o resultado final da peça operatória. Exames de imagem, como tomografia ou ultrassom, são reservados para casos mais avançados, quando

linfonodos.

“Quanto antes tratarmos, maiores as chances de cura e menor o dano estético e funcional”, enfatiza o cirurgião.

Avanços no tratamento

Além das terapias sistêmicas, como a imunoterapia usada sobretudo em tumores mais agressivos, o grande salto recente no tratamento cirúrgico é a cirurgia micrográfica de Mohs.

“Ela permite analisar 100% das margens durante o ato cirúrgico, algo que a técnica convencional não faz”, explica Câmara. Na prática, significa remover apenas o necessário, preservando ao máximo os.

A técnica já está disponível no Vale do Taquari, realizada em parceria com patologistas especializados.

é necessário avaliar profundidade da lesão ou possível disseminação para

Acompanhamento contínuo Para a dermatologista Edna Weissheimer, compreender o câncer de pele como uma doença de curso crônico, e não um episódio isolado, é essencial para reduzir complicações e aumentar a taxa de cura. “O paciente que tem um câncer de pele tem risco aumentado de ter outros. A pele já traz alterações microscópicas, invisíveis a olho nu, que podem originar novas lesões ao longo do tempo”, explica.

Cuidado e tecnologia transformam a recuperação da mobilidade

Orthoped Lajeado inaugura neste sábado um novo espaço dedicado a soluções de saúde e bem-estar, oferecendo suporte completo para a reabilitação e o dia a dia dos pacientes

Odesenvolvimento das habilidades sociais não acontece de um dia para o outro e, segundo o psicólogo e orientador educacional do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat), Vitor Krüger, entender esse processo é importante para que as famílias saibam quando estimular, quando ser pacientes e quando buscar ajuda.

Ele lembra que a infância e a adolescência são fases marcadas por mudanças contínuas, em que linguagem, comportamento, autonomia e interação social amadurecem de forma gradual.

Krüger reforça que acompanhar os marcos de desenvolvimento é uma forma de identificar quando uma criança ou adolescente está apenas vivendo algo próprio da idade, como vergonha na apresentação de um trabalho ou dificuldade nas primeiras amizades, e quando sinais persistentes podem indicar a necessidade de apoio médico ou psicológico.

“Há momentos esperados de timidez, como na adolescência. Às vezes, participar de um grupo de teatro ajuda a desinibir”, pontua.

Temperamento e ambiente

Segundo o profissional, dois fatores centrais moldam o desenvolvimento social: o temperamento, que tem raízes genéticas, e o ambiente, especialmente o funcionamento familiar.

Uma criança mais introvertida, por exemplo, não deve ser forçada a agir como alguém expansivo, mas também não deve ser privada de oportunidades de interação.

“É preciso respeitar esse estilo, entendendo que ele funciona como um termômetro”, explica o psicólogo. O objetivo não é mudar quem ela é, e sim ajudála a se adaptar aos diferentes contextos sem sofrimento.

A escola e outros espaços coletivos passam a ter ainda mais peso na adolescência, fase em que o jovem constrói identidade junto ao grupo de pares. Quando o ambiente exige mais habilidades sociais do que o adolescente ainda tem condições de oferecer, isso pode gerar sofrimento.

O especialista lembra que, ao falar de habilidades sociais, é comum focar nas crianças quietas, tímidas ou mais retraídas. No entanto, o extremo oposto, comportamentos agressivos, falta de empatia ou tendências ao bullying, também demanda atenção. “O cuidado com o outro é essencial. Quando o jovem demonstra pouco interesse em compreender ou respeitar o outro, isso também não é adaptativo.”

Saúde em casa

Criar oportunidades de

convivência, estabelecer limites claros e ser exemplo dentro de casa. Essas são algumas das bases para que crianças desenvolvam habilidades sociais saudáveis. Para a psicóloga da infância e da adolescência Deise Lopes Craide, a formação social começa muito antes da escola e exige envolvimento ativo dos adultos. Deise cresceu em um ambiente onde encontros sociais eram rotina: o churrasco do domingo, o chimarrão no fim da tarde, a pizza em família. “Para mim, sempre foi natural estar entre pessoas. Hoje vejo

o quanto isso fez diferença no meu desenvolvimento”, conta. Essa experiência pessoal, diz ela, é também um ponto de alerta: “Nos dias de hoje, encontros presenciais são ainda mais fundamentais. As crianças precisam vivenciar relações reais”.

De acordo com a profissional, se há algo que as crianças aprendem rapidamente, é observar o comportamento dos adultos.

PAULO CARDOSO

A promessa que você não precisa deixar pro ano que vem

Anutricionista Alana Kolling dá três dicas simples para cuidar de si e curtir dezembro sem exageros e nem culpas.

Todo fim de ano é a mesma história, né? A gente começa dezembro cheia de planos, mas depois de três confraternizações e meio panetone, já bate aquele pensamento clássico: “ah, agora só em janeiro”.

Mas e se eu te disser que você não precisa esperar virar o ano pra se sentir bem

de novo? Pensa comigo: não existe nenhuma lei dizendo que dezembro é o mês oficial da bagunça. Isso é só uma crença coletiva que a gente repete há anos — e que só te deixa mais cansada, mais inchada e menos animada pra curtir as festas como você merece. E cuidar da alimentação agora não significa dieta chata, viu? Significa só dar um mínimo de carinho pro seu corpo, sem radicalismo. Pra te provar que isso pode ser leve de verdade, aqui vão 3 dicas práticas pra encaixar no seu dia e aproveitar tudo com mais consciência.

1 - Não pule refeições “pra compensar”: Chegar em festa morrendo de fome é pedir pra exagerar. Coma normal durante o dia, com proteína e fibras, para manter seu corpo estável e evitar aquele impulso de devorar tudo.

2 - Escolha seus momentos especiais: Ninguém precisa comer tudo só porque tá na mesa. Pegue o que você realmente ama, aproveite com calma e saboreie de verdade. Isso reduz o exagero e aumenta o prazer.

3 - Entre um drink e outro, beba água. Hidratação é o segredo da leveza. Intercale, dê pequenas pausas, perceba se ainda é fome ou só automático. Seu corpo agradece e você aproveita muito mais.

Salada refrescante antiinflamatória

Ingredientes

- 1 xícara de melão ou manga picada

- 1 pepino picado

- punhado de folhas verdes (rúcula ou alface)

- 1 colher de sopa de semente de abóbora

- Suco de 1/2 limão

- 1 fio de azeite

- Hortelã picadinha

- Sal e pimenta a gosto.

Modo de preparo

Misture tudo, finalize com limão, azeite e hortelã. Fica super refrescante, diurética e com baixíssima caloria, perfeita pra dar aquela desinchada.

Pressão estética impulsiona busca por “canetas emagrecedoras”

Medicações que prometem perda de peso rápido se tornam fenômeno, mas especialista alerta para efeitos colaterais

Amagreza volta a ocupar o centro do imaginário coletivo como símbolo de necessidade. Nas publicidades, corpos esguios retomam o protagonismo, enquanto surgem novos aliados para sustentar esse ideal: as chamadas “canetas emagrecedoras”, que acendem sinal de alerta entre especialistas.

Criadas inicialmente para o tratamento da diabetes e, depois, da obesidade, essas medicações se transformaram em um fenômeno no mercado de beleza, impulsionadas por narrativas que prometem um emagrecimento rápido, possível e tecnologicamente respaldado.

Entre janeiro e setembro deste ano, foram vendidas 2,34 milhões de unidades, movimentando R$ 3,1 bilhões — quase cinco vezes mais que no mesmo período do ano passado, segundo dados da Neotrust.

Acompanhamento

Com tirzepatida em sua composição, o medicamento age sobre os hormônios que regulam o apetite e a glicose, provocando mudanças profundas no metabolismo. Por isso, seu uso exige acompanhamento médico rigoroso e a necessidade de receita para compra. Apesar disso, o mercado paralelo se fortalece, impulsionado pela alta demanda e pela venda de produtos ilegais ou falsificados. Para a endocrinologista Ramona Reckziegel, embora sejam seguras quando usadas corretamente, algumas pessoas precisam de atenção redobrada. “Antes de prescrever, preciso conhecer o paciente: sua saúde metabólica, histórico cardiovascular, funcionamento de fígado e rins, relação com a alimentação e uso de outros medicamentos. Fora do contexto correto, o risco é desnecessário”, explica.

Contraindicações

Há contraindicações bem estabelecidas, conforme menciona a endocrinologista. “A aplicação deve ser evitada em pessoas com histórico

Mounjaro e Ozempic estão entre as mais procuradas. Cada uma delas custa mais de mil reais

pessoal ou familiar de câncer medular de tireóide, síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2 e alergia ao composto.”

Também exigem atenção redobrada pacientes que já tiveram pancreatite, indivíduos com cálculos na vesícula, doença renal avançada, idosos frágeis, usuários de insulina sem ajuste adequado e quem possui histórico de compulsão ou restrição alimentar.

Efeitos adversos

No médio e longo prazo, o uso sem supervisão especializada pode desencadear náuseas intensas, vômitos e desidratação — efeitos que também repercutem no coração, favorecendo arritmias, especialmente em quem já convive ou desconhece uma doença cardíaca.

“O pâncreas também merece atenção, a pancreatite pode surgir em usuários predispostos ou expostos a doses inadequadas. Fígado e rins, por sua vez, podem ser afetados de forma secundária, sobretudo pela desidratação ou pela combinação com outras substâncias, algo frequente na automedicação”, explica a especialista.

Possível rebote

Um estudo da revista cientifica Jama Network Open revela que 82% das pessoas que perderam peso com o método recuperaram ao menos 25% do que haviam eliminado um

ano após interromper o uso. Benefícios como a melhora da pressão arterial e do colesterol também se perderam entre quem mais recuperou peso. Para Ramona, o emagrecimento eficaz depende de continuidade.

PAULO CARDOSO

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A Hora – 06 e 07/12/2025 by Jornal A Hora - Issuu