A Hora 13/05/2020

A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020 | Ano 17 - Nº 2587 | Avulso: R$ 2,50

SEM DESFECHO

STJ absolve suspeito de sumiço de Jacir Potrich Anta Gorda. O dentista Carlos Patussi foi inocentado no caso do desaparecimento do gerente bancário Jacir Potrich.

Decisão do Superior Tribunal de Justiça encerra ação judicial 18 meses após o sumiço. Página 8

Fechamento da edição: 21h

PRESSÃO REGIONAL

Estrela recorre à Justiça pela revisão da bandeira Município prepara ação judicial para contestar classificação do governo do estado A classificação do Vale do Taquari como a única região com bandeira vermelha no estado gera inconformidade em lideranças locais. Por meio de ofício, a Câmara de Indústria e Comércio do Vale pede auxílio ao Estado para ampliar leitos e questiona quais investimentos serão feitos na região.

O prefeito de Estrela convocou reunião ontem para buscar uma reação coletiva por parte dos municípios. Sem consenso entre os gestores, Rafael Mallmann decidiu pela via judicial para exigir a revisão da bandeira.

Segundo ele, dois novos leitos não foram considerados.

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EQUILÍBRIO GABRIEL SANTOS

Quarentena gera angústia e ameaça a saúde mental

ALÍVIO NO CAMPO

Especialistas alertam para crescimento de crises de ansiedade, síndrome do pânico e depressão. Pesquisa revela aumento de consultas psiquiátricas. Página 9

REINVENÇÃO

Setores se adaptam às novas medidas Entre os segmentos mais impactados pelas restrições, salões de beleza, restaurantes e academias buscam alternativas para reduzir prejuízos. Página 6

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Estigma para o Vale Empresários temem desgaste da imagem regional.

EDITORIAL Reação à bandeira Líderes do Vale do Taquari contrapõem critérios do estado.

CHUVA BEM-VINDA

Após quase três meses sem precipitações expressivas, a chuva desta semana traz alívio ao campo e favorece as pastagens Página 6 de inverno. Produtores comemoram volta da umidade em meio à estiagem histórica que assola o meio rural

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

ABRE ASPAS

“O voluntariado cria consciência de que a cidade é para todos” ARQUIVO A HORA

A artista Angela Reale, 63, natural de Sarandi e moradora de Encantado desde 1980, é uma das criadoras do projeto Voluntário Minha Cidade + Bonita, que revitaliza espaços no município.

Entre seus anseios, está a vontade de fazer “algo a mais” por Encantado.

LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

• Qual a tua inspiração enquanto artista?

A mente é maravilhosa e a curiosidade, a troca de ideias, as noites de insônia, as viagens pelo mundo, tudo amplia a inspiração para criar. Temos inúmeras ferramentas na internet para soltar a criatividade e realizar obras que embelezem a cidade.

Quando surgiu teu interesse pela arte?

•

A arte em geral sempre esteve comigo.

Gosto de inventar, escrever, de teatro. Fui voluntária na Emater/Ascar/RS (2001 a 2003) com paisagismo em igrejas do interior.

Comunicação e arte vivem comigo e me dão energia para levantar e pensar: o que mais poderia fazer?

• Como o seu trabalho auxilia a comunidade?

O voluntariado cria consciência de que a cidade é para todos e que deve ser cuidada pelos que nela vivem. Se fala muito em desenvolvimento turístico na região, que gera empregos como na indústria. Mas, para isso ocorrer, as cidades precisam se adaptar e ter atrativos

para trazer pessoas e fazer a economia girar.

O mosaico especificamente é uma técnica simples e muitos me ligam perguntando como fazer e se podem ornamentar suas casas ou algum local no seu bairro. Isso me deixa feliz, pois é uma mudança de paradigma.

• O que é e como surgiu o Projeto Voluntário Minha Cidade + Bonita?

Há muito tempo sonhava em fazer algo para a cidade que ficasse como um marco de que é possível quando se quer realizar.

Em 2018, idealizei o projeto com o objetivo de revitalizar áreas públicas devolvendo-as à população para que ao passar percebem o quanto a cidade pode ser interessante.

Busquei parceiros para dar andamento ao projeto. Empresas e comunidade doaram azulejos e demais materiais para dar continuidade às obras. Para participar e colaborar, as pessoas podem fazer o contato comigo ou com a parceira Dani de Conto.

• Quais obras já fez no município de Encantado?

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br financeiro@jornalahora.inf.br logistica@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS

CEP 95900-104

Fizemos a escadaria de azulejos ao lado do Centro Administrativo. Após, trabalhamos na Escola Monsenhor Scalabrini onde fizemos um painel de mosaico com os alunos e professores, utilizando restos de azulejos.

Esse trabalho foi coordenado pela professora Franscismara Sehn. Agora trabalhamos no muro externo da Escola Érico Veríssimo com obras de nove artistas locais que pintaram quadros. A ideia é transformar o muro numa galeria a céu aberto.

O projeto maior, é a revitalização do Viaduto Santo Antão, no centro da cidade, que será revestido com flores de mosaico confeccionadas por voluntários. É lindo de ver as flores que já foram feitas.

• As obras com azulejos têm ligação com a Escadaria do Selarón, ponto turístico no Rio de Janeiro?

Essa é uma pergunta que muitos fazem por ser um ponto muito conhecido. Na realidade, não foi nela que me inspirei, mas sim em várias que conheci durante minhas andanças, pois existem muitas pelo mundo, tanto de azulejos como em pinturas.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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EDITORIAL

Pressão regional

C

resce a insatisfação dos líderes locais com as medidas impostas ao Vale do Taquari, devido à classificação de bandeira vermelha para a região. Em documento entregue ao Estado, por exemplo, os prefeitos da Amvat questionam os critérios do Piratini e pedem auxílio para que o Vale saia do quadro de alto risco para covid-19.

Destaque negativo na imprensa nacional, O Vale se tornou a área mais crítica do território gaúcho, e as medidas estipuladas pelo governo do estado afetam diretamente a economia regional e geram apreensão de entidades de classe e organizações. Os primeiros a reagirem foram os comerciantes, que solicitam a permissão ao menos das modalidades de tele-entrega e pague e leve.

Pressionados por diversos segmentos, prefeitos dos municípios do Vale do Taquari se articulam e buscam possíveis

O Vale se tornou a área mais crítica do território gaúcho, e as medidas estipuladas pelo governo do estado afetam diretamente a economia regional” saídas para a série de bloqueios a uma das regiões mais prósperas do RS. Ainda ontem, gestores das principais cidades se reuniram para tentar alinhar argumentos e estatísticas para contrapor a classificação do Vale no novo modelo de distanciamento social controlado do estado.

O encontro, no entanto, não estabeleceu nenhum encaminhamento consensual e frustrou a expectativa de municípios do entorno de Lajeado, que não possuem tantos casos mas também são afetados pelas restrições. Antes mesmo da revisão já anunciada do sistema de bandeiras para o próximo sábado, aumenta a pressão para uma possível reclassificação ainda durante a semana.

Embora a preocupação com a situação econômica seja extremamente legítima, não se pode perder de vista a necessidade de uma estratégia efetiva para conter o avanço da pandemia na região. Desde a confirmação dos primeiros casos no Vale, o comportamento social quanto às recomendações de isolamento foi muito tímido, inclusive com uma adesão à quarentena abaixo da média estadual.

A comunidade regional precisa ter em mente que, além de preservar vidas, achatar a curva de contágios é condição para a retomada da normalidade nas atividades econômicas. Junto com a disponibilização de novos leitos de UTI, frear a propagação do vírus é a principal variável para a determinação da cor da bandeira.

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Município vai à Justiça pedir revisão da bandeira vermelha DIVULGAÇÃO

Governo de Estrela prepara ação judicial para questionar base de dados usada pelo estado

UTIS NO VALE A região conta hoje com 23 leitos de UTI. São 18 vagas no Hospital Bruno Born, em Lajeado, e outras cinco no Hospital Estrela.

MATHEUS CHAPARINI

Até o fim da tarde de ontem, o HBB tinha 14 leitos UTI ocupados,

matheus@jornalahora.inf.br

78% do total

ESTRELA

O

prefeito Rafael Mallmann anunciou que o município vai ingressar com uma ação judicial questionando a base de dados utilizada pelo governo do estado para decretar a bandeira vermelha para o Vale do Taquari. A região é a única do estado com essa classificação.

Ação se baseia no artigo 4º do decreto estadual, que coloca que as medidas e indicadores podem ser modificados diante de evidências científicas. “É isso que estamos pedindo, que o estado reavalie a partir das informações técnicas que temos. Protocolamos dois leitos, que não foram contabilizados, e temos dois leitos ocupados por pacientes de outras macrorregiões”, diz Mallmann.

Uma reunião convocada pelo prefeito de Estrela, Rafael Mallmann saiu sem encaminhamentos. O objetivo do encontro era

Já o HE, estava em 100% da capacidade, com cinco leitos ocupados

Após tentativa de buscar consenso regional em reunião, prefeito Rafael Mallmann decidiu pela via judicial

apresentar aos demais prefeitos a discordância em relação à classificação e buscar uma reação coletiva.

O encontro acabou sem encaminhamentos. Em seguida, Mallmann se reuniu com sua equipe e decidiu pela ação judicial.

Dois novos leitos De acordo com Mallmann, dois novos leitos de UTI foram protocolados na última sexta-feira, 8, e não foram contabilizados a tempo pelo estado. Além disso, o prefeito destaca que dois pacientes de outras regiões estão internados na

UTI de Estrela. “Se baixássemos este indicador, com certeza a região seria bandeira laranja e não vermelha”, afirma.

O prefeito encaminhou ofício à Central de Leitos do estado, à secretária da Saúde, Arita Bergmann e ao Hospital Estrela pedindo que pacientes de outras regiões não sejam transferido para o Vale.

“Primeiro o estado tem que comprovar que não encontrou leito em nenhuma região com indicador mais brando que o da nossa região. Se não, o Vale do Taquari sai prejudicado”, avalia.

CIC questiona investimentos do estado A Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) encaminhou ontem ofício ao governador solicitando uma audiência para tratar do tema. No texto, a entidade manifesta preocupação com a disponibilidade de leitos de UTI na região e pede apoio do estado.

“Queremos solicitar auxílio por parte do governo do Estado na viabilização de novas unidades de

Se forem viabilizados outros 12 leitos (sete em Estrela e cinco em Encantado), a região chega a 35, um aumento de 43%.

tratamentos intensivo. Precisamos saber quais os investimentos erecursos de saúde que serão destinados para a região”, diz trecho da nota.

A CIC - VT congrega 20 entidades empresariais municipais, que somam cerca de 3,5 mil empresas associadas.

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Mensalidades RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Gastos em Estrela A Câmara de Vereadores de Estrela aprovou a criação de uma Comissão Especial para avaliar contratos firmados para combater o novo coronavírus.

A iniciativa do vereador e presi-

dente do Legislativo João Braun (PP) busca verificar a origem e o destino dos recursos disponibilizados pela União, bem como os detalhes de todas as dispensas de licitação. Aguardemos!

Secretaria de Inovação A Câmara de Vereadores de Encantado pode vetar o projeto de lei do Executivo para criação de uma Secretária l de Ciência Tecnologia e Inovação. Opositores questionam a origem da

matéria. Para alguns, o texto encaminhado ao Legislativo é cópia de lei aprovada em Pato Branco (PR). Em razão disso, e da pandemia, a proposta tende a ser rejeitada em plenário.

A dor sem Seguro A decisão judicial que suspendeu o frigorífico da BRF, em Lajeado, é de difícil digestão. No verão de 2014, entrevistei produtores que perderam milhares de frangos em função da queda de energia e consequente calor nos aviários (foto). Naquele momento, lembro o sentimento de inoperância perante a desgraça, e o sofrimento compartilhado com familiares e vizinhos dos homens do campo. É difícil pensar que eles podem

passar pelo mesmo pesadelo em breve. E é duro de compreender a falta de um “Seguro” para um eventual prejuízo.

O Diretório Central de Estudantes (DCE) da Univates protagoniza um abaixo-assinado para solicitar a redução das mensalidades na Universidade do Vale do Taquari. A meta dos organizadores é atingir três mil assinaturas. Por outro lado, membros da reitoria já reafirmaram eventual contrariedade com uma redução linear dos valores.

Um estigma social atinge o Vale

S

erá difícil apagar essa mancha vermelha imposta indiretamente pelo Governo do Estado. A classificação do Vale do Taquari como a única região de alto risco no Rio Grande do Sul já causa sérios danos à imagem do Vale dos Alimentos. Pelo Estado e Brasil afora, o nome da nossa principal cidade já ecoa injustamente como um dos principais maus exemplos deste doloroso e confuso combate ao novo coronavírus. E agora? Como faremos para apagar esse estigma após o turbilhão da Covid-19?

Não será fácil. Empresários da região relatam extrema preocupação com a imagem de Lajeado, que também é reconhecida como uma das cidades-polos do comércio varejista do Estado. E tal reconhecimento não nasceu da noite para o dia. Pelo contrário. Foram anos de trabalho coletivo para emplacar o Vale do Taquari na vitrine comercial do sul do país. Hoje, porém, é forte o temor de que tudo isso possa descer água abaixo com essa pandemia.

No nosso Brasil de céu anil, todos sabem, basta uma notícia ruim para

Empresários da região relatam extrema preocupação com a imagem de Lajeado”

depenar toda uma boa reputação.

Não será fácil, reforço. O período pós-pandemia será ainda mais competitivo e duro para empreendedores e trabalhadores em geral.

Será preciso atrair novas empresas, criar novos negócios, inovar na qualificação dos nossos serviços e atrair mão de obra qualificada e novos estudantes e pesquisadores. Tudo isso sob o injusto estigma de uma cidade “contaminada”, ou de uma cidade “irresponsável”, que “não soube fazer o tema de casa” e evitar a propagação desse famigerado vírus.

Não será fácil. O cenário mais pessimista também prevê sérios da-

nos aos produtos e serviços genuinamente locais e vendidos mundo afora. Um reconhecido empresário lajeadense alerta. “Vão ‘matar’ Lajeado. Não dá mais para dizer que somos da cidade. Já nos olham como se fôssemos doentes. Logo, logo os produtos do Vale do Taquari serão discriminados nas gôndolas dos supermercados. Isso vai ficar muito feio”. É um alerta, reforço, caso as informações sobre a nossa região permaneçam estritamente negativas.

Diante disso, é de suma importância que o Vale do Taquari se posicione fortemente contra esse estigma mal explicado. Afinal, somos uma das regiões que mais investiu em testes para detectar possíveis infectados pela Covid-19. Somos uma das regiões que mais investiu e garantiu novos leitos de UTI para tratamento do novo coronavírus, e onde as instituições se mostraram proativas no combate à pandemia, tanto no âmbito político, civil ou judicial. E essas verdades precisam constar na contestável balança escolhida pelo Governador.

“Elementar, meu caro Watson!”

O famoso detetive Sherlock Holmes nunca existiu, exceto nas histórias criadas pelo escritor britânico Sir Arthur Conan Doyle. O personagem se tornou um mito na Inglaterra, e posteriormente no mundo todo. E em suas apa-

rições, um jargão ficou mundialmente conhecido: “Elementar, meu caro Watson”. Trata-se da icônica frase dita por Holmes ao seu colega Dr. Watson, depois de resolvido outro caso complicado.

Pois bem, em Santa Cruz do

Sul, o MP denunciou o vereador André Francisco Scheibler (SD) e pediu afastamento do cargo, o que foi acatado pela Justiça.

Conforme a denúncia, ele utilizava veículos públicos em obra pertencente ao filho, e também

exigia parte dos salários de seus assessores parlamentares. Ainda de acordo com o MP, o vereador mantinha dois assessores parlamentares “sem qualquer controle de horário e de efetivo trabalho prestado”.

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Prefeito pede Vereadores debatem união regional impactos da interdição para ampliar UTIs de frigorífico da BRF Para o Vale sair da bandeira vermelha, Marcelo Caumo diz ser necessário que mais hospitais viabilizem leitos de terapia intensiva FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

LAJEADO

D

iante da tendência de estagnação nos contágios no Vale do Taquari, em especial em Lajeado, diversas entidades da região, sejam civis ou públicas, buscam sensibilizar o Estado para um abrandamento na bandeira de riscos.

Ter uma avaliação mais positiva

depende de variáveis que vão do número de óbitos, de novos infectados, de pacientes curados, mas principalmente da capacidade de atendimento do setor público.

Na análise do prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, é preciso um esforço conjunto de todas as cidades para que mais hospitais tenham leitos de UTI. Dois processos estão em andamento, nos hospitais de Encantado e de Arroio do Meio.

ENTREVISTA MARCELO CAUMO - PREFEITO DE LAJEADO

“É o somatório de leitos que fará a diferença” A Hora – Como você avalia as medidas de contenção adotadas em Lajeado?

Marcelo Caumo – Estamos diante de um inimigo invisível e de uma situação inédita, onde é muito difícil prever como será a evolução da epidemia. Tivemos aqui iniciativas diferenciadas, como a compra pelo município de sete respiradores; a organização de planos de atendimento hospitalar conforme aumento da demanda; a adoção do uso obrigatório da máscara em abril.

Uma análise preliminar dos dados nos demonstra que as medidas de contenção contiveram a curva e evitaram um crescimento exponencial das contaminações.

Felizmente em Lajeado conseguimos nos preparar, e a rede hospitalar vem dando a resposta e o atendimento adequados até o momento. Mas devemos lembrar que é fundamental que a expansão do atendimento que tivemos aqui possa acontecer também em outros municípios.

– O que Lajeado precisa fazer para reduzir o índice de contágio, passando da bandeira vermelha para a laranja?

Caumo – Estamos observando uma melhora nos últimos dias no ritmo de crescimento dos casos.

Isso não deve nos fazer relaxar e sim reforçar a importância dos cuidados e do distanciamento social, que é um ponto decisivo para

que o aumento de casos não prejudique nossa avaliação para a definição da bandeira. Para sairmos da bandeira vermelha é fundamental a ampliação da capacidade hospitalar, em especial de UTIs. Conseguimos, em parceria com o Hospital Bruno Born, expandir nossa capacidade local até o limite técnico possível.

Agora entendemos que é momento de outras cidades concentrarem esforços nisso. É o somatório de leitos que fará a diferença.

– Em quanto tempo acredita que será possível uma volta à “normalidade”?

Não acreditamos que seja possível falar em “volta à normalidade” no espaço de poucos meses. Infelizmente o vírus seguirá presente e circulando no nosso Estado e no país. Por isso será fundamental apreendermos a conviver com ele nesse período e mantermos cuidados constantes. As regiões que terão mais sucesso na retomada econômica não vão ser aquelas que apenas saírem antes das restrições, mas sim aquelas que conseguirem sair de forma consistente, mantendo a retomada das atividades econômicas em paralelo ao distanciamento social. Em Lajeado seguiremos trabalhando com responsabilidade e equilíbrio, procurando conciliar questões da saúde pública com a econômica.

DIVULGAÇÃO

MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

E

m mais uma sessão virtualizada realizada na noite de ontem, os vereadores de Lajeado repercutiram a situação crítica que o município vive por conta da pandemia do coronavírus.

Um dos assuntos mais abordados pelos parlamentares foi a interdição, por 15 dias, das atividades do frigorífico da BRF, que emprega mais de 2 mil pessoas.

O presidente Lorival Silveira (PP) veiculou um vídeo institucional da empresa para os demais parlamentares, mostrando tudo o que a BRF tem feito para garantir a segurança de seus funcionários. Ele também questionou porque a Justiça pediu a suspensão total apenas das atividades deste frigorífico “Por que para a Minuano ficou apenas em 50% e a BRF teve que fechar 100%? Esse comparativo eu não consigo entender. Tem que relevar o que esse pessoal (os trabalhadores) estão passando. Lá, eles tomavam café, almoçavam”, comentou o parlamentar.

Apenas dois projetos de lei foram votados e aprovados ontem. Um deles corrigia um valor de abertura de crédito especial. Outra matéria, que

Vereadores realizaram mais uma sessão virtual ontem à tarde

foi aprovada após acordo entre as bancadas, abre crédito suplementar de R$ 483 mil no orçamento, visando a conservação e manutenção de vias urbanas.

Já Sérgio Kniphoff vê “inabilidade” do chefe do executivo, motivando a ação do MP que resultou na interdição parcial e total dos frigoríficos.

Críticas ao governo

Corte de CCs passa em branco

O vereador Paulo Tori (MDB) voltou a pedir a reabertura do posto de saúde do bairro Conservas, fechado desde março. “Isso é muito preocupante, pois as pessoas aqui do Morro 25, e das Nações que usavam esta unidade estão apavoradas”, comenta. Integrante da base aliada, Mariela Portz (PSDB) também defendeu a reabertura da unidade.

O governo, porém, não escapou das críticas. Éder Spohr (MDB) diz que o prefeito Marcelo Caumo “perdeu a mão” e que só vê medidas contundentes do governo do estado e do Ministério Público.

Protocolado na câmara há quase um mês, o projeto de lei que extingue 19 cargos em comissão do legislativo municipal está em análise na comissão de justiça e redação. Entretanto, a matéria passou batida na sessão de ontem.

Proponentes do projeto, os vereadores Ildo Salvi e Mariela Portz – ambos do PSDB – acreditam que a matéria será aprovada em plenário. A proposta prevê uma economia de R$ 1,6 milhão por ano aos cofres públicos com a extinção dos cargos, a grande maioria de assessores parlamentares.

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Serviços impactados buscam alternativas às novas restrições Restaurantes, salões e academias criam formas de se adaptar às novas medidas e reduzir prejuízos MATHEUS CHAPARINI matheus@jornalahora.inf.br

MATHEUS CHAPARINI

em função da bandeira vermelha.

Hoje, Evelin atende dez alunos por meio de videochamada e outras 15 por consultoria virtual, onde os treinos são gravados em vídeo e enviados. “A academia chegou a reabrir por alguns dias, mas não fui lá. Meus alunos de adaptaram bem às aulas on line, então a gente optou por se prevenir”, diz.

VALE DO TAQUARI

Do buffet às viandas

esmo sem saber o tamanho do impacto que a pandemia teria sobre sua atividade, Evelin Steffens se adiantou à crise.

Personal trainer e professora de pilates, ela buscava novas formas de trabalho por meio da internet. Um mês antes do início das restrições, criou a modalidade de videoaula.

“Foi muita coincidência. Meu namorado mora em Bento Gonçalves e algumas amigas de lá me pediam”, conta. No dia 20 de março a academia em que trabalha fechou.

Evelin estima uma redução de 35% no número de alunos, em função do impacto econômico da pandemia.

Academias, salões de beleza e restaurantes estão entre os serviços mais impactados pelas restrições anunciadas pelo governo do estado

Com o serviço de buffet proibido na região, os restaurantes adaptam o serviço para perder o mínimo possível de clientes. Um estabelecimento no Centro de Lajeado, estima que o movimento teve uma queda de 70% do início da pandemia até o veto aos buffets.

Com a suspensão da modalidade, as viandas, antes voltadas quase exclusivamente a empresas, aumentaram cerca de 30%.

“Estamos improvisando. Procuramos colocar três ou quatro tipos de carnes para ter opção para quem retira a vianda no restaurante”, conta o proprietário, Airton Camini.

Com a queda no movimento, a equipe foi reduzida. Dos cinco funcionários, três foram suspensos por 60 dias. O restaurante conta ainda com três membros da família no trabalho.

M

“O que me salva é que não pago aluguel e tenho energia solar, então meu custo operacional é baixo.

Estamos remando, trabalhando só para pagar as contas”, conclui.

Duplo impacto da crise Desde o início da pandemia, o barbeiro Maurício Sbrussi se habituou a conviver com fechamentos e reaberturas do salão que divide com um tatuador, no bairro Universitário. Nessa segunda-feira, chegou a criar expectativas com o anúncio de que a atividade passou a ser considerada essencial pelo governo federal. Em seguida, ficou sabendo que esta matéria cabe aos estados e municípios, por decisão do STF. “Vi que saiu um decreto presidencial de que podia, mas saiu um municipal de que não pode. Isso deixa o cara meio confuso, sem saber o que está valendo”, diz.

No seu caso, o impacto foi duplo.

“Estou sofrendo bastante com as restrições, principalmente porque a Univates está sem aulas. Eu tenho bastante clientes que vem dali. No início de semestre, que é momento de atrair nova clientela, chegou a pandemia”, conta.

Com a pandemia, a personal trainer Evelin intensificou as vídeo-aulas GABRIEL SANTOS

Sem o buffet, restaurante teve aumento na venda de viandas

Chuva traz alívio ao campo e favorece pastagens de inverno GIOVANE WEBER

Média registrada na região passou de 80 milímetros. Produtores comemoram volta da umidade

64 mm

Setembro

384 mm

Outubro 197 mm

Novembro Dezembro

GIOVANE WEBER

49 mm 215,4 mm

Janeiro 79 mm

Fevereiro

VALE DO TAQUARI

“A

77 mm

Agosto

weberjornalismo@gmail.com

chuva é uma bênção. A gente estava com saudade do barulho no telhado. Apesar de não reverter as perdas provocadas pela estiagem, é primordial para as pastagens de inverno, já que a silagem colhida foi de qualidade inferior e perda de 40% na produtividade”, observa o produtor Caciano Zimignani, de Forquetinha.

Com a volta da umidade, mais um hectare de aveia será semeada para servir de alimento às oito vacas leiteiras, cuja produção chega a 120 litros por dia. “Com pouca oferta de pasto verde, a produtividade caiu 25%. Outro problema é o preço, estabilizado em R$ 1,18,

VOLUME DE CHUVAS

Março Abril Chuva expressiva volta a ser registrada após quase três meses

nos últimos três meses. Tomará que a situação mude”, diz.

Na propriedade de Valério Beuren, em Lajeado, a última vez em que média passou de 35 milímetros em 24h foi em 8 de fevereiro. Segundo ele, a falta de chuva impactou na oferta de pasto para os animais e prejudicou a germinação da aveia. “Em nove horas o acumulado passou de 80 milímetros. É muito bom. Agora, se Deus quiser, a estiagem ficará

para trás”, comemora.

A Metsul Meteorologia alerta para mais instabilidade. Alguns prognósticos afirmam que o acumulado de chuva pode superar os 100 milímetros até hoje na região. “Amanhã teremos uma queda na temperatura com mínima de 11 graus e máxima de 17 ao longo do dia.

O tempo firma e não temos previsão de chuva até segunda-feira”, adianta o meteorologista, Luiz Fernando Nachtigall.

21,8 mm 39,6 mm

Maio

Mais umidade

80 milímetros (até as 18h)

Conforme o gerente adjunto da Emater Regional de Lajeado, Carlos Augusto Lagemann, a chuva proporciona maior disponibilidade de água no solo visto o encurtamento dos dias e o menor número de horas de sol. “Com isso temos menos evaporação. Ainda é possível ampliar a oferta para animais e consumo humano”, destaca.

Também favorece as culturas de outono e inverno, além da produção leiteira. Com isso o produtor

Fonte: NIH – Univates

consegue implantar as pastagens.

“Garante uma melhor germinação. As já semeadas, terão desenvolvimento melhor”, resume.

Apesar do volume, entende ser insuficiente para recuperar os lençóis freáticos e fontes e assim ter estoques de água para retomar a criação de animais e para o consumo humano, seja no interior ou nas cidades.

Conforme levantamento a falta de chuva trará uma perda financeira de R$ 256,6 milhões nas lavouras de soja, milho grão e silagem.

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RESTRIÇÕES AOS FRIGORÍFICOS

Ajuste em medidas sanitárias pode reduzir suspensão Secretário de Agricultura, Luiz Covatti Filho, afirma que Estado tenta intermediar acordo entre frigoríficos e Ministério Público do Trabalho para retomada dos abates.

Suspensão judicial é tema de reuniões diárias e situação foi apresentada para o Ministério da Agricultura e da Saúde FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ESTADO

O

esforço concentrado por entidades representativas das empresas, dos produtores rurais e de autoridades políticas busca uma alternativa para evitar a continuidade das suspensões dos trabalhos em cinco frigoríficos gaúchos.

Desde a semana passada, quando uma liminar mandou fechar a BRF e suspender 50% da produção na Minuano Alimentos, o grupo de diversas forças sociais se reúne para debater os prejuízos dessa situação e também formas de garantir o atendimento aos requisitos de seguran-

Sobre o local e os abates, a BRF informa que avalia as melhores medidas para definir o destino de aves e suínos

ça à saúde do trabalhador.

Na tarde dessa segunda-feira, o cenário gaúcho, com números de trabalhadores dessas unidades contaminados pela covid-19 foi apresentado ao Ministério da Agricultura e da Saúde. Por meio de uma videoconferência, o encontro teve como objetivo atualizar as informações e apresentar quais medidas estão em andamento para evitar contágios, conta o secretário estadual de Agricultura, Luiz Covatti Filho.

Dados levados ao Estado dão conta de que, se a situação não for resolvida e o fechamento da unidade da BRF de Lajeado for mantida, poderá ocorrer o abate de 4,5 milhões de aves e quase 50 mil suínos, resultando em impactos ambientais e econômicos negativos.

MPT e BRF debatem solução, diz secretário De acordo com Covatti Filho, a primeira preocupação deve ser com a saúde dos trabalhadores.

Com isso, é preciso corrigir alguns protocolos apontados no despacho da corte gaúcha.

Pelo fato de o processo estar no Judiciário, não há o que o Executivo, seja do RS ou da nação, possa fazer. “Tudo deve ocorrer dentro do processo. O que nós afirmamos é que vamos ter uma equipe de servidores para agilizar a aprovação de projetos de melhorias e adequações nas plantas das fábricas.”

No caso da suspensão total da BRF, Covatti Filho afirma que o Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu condições para a retomada do diálogo. A partir da aplicação dos ajustes apontados pela promotoria, acredita

ser possível uma retomada dos trabalhos antes dos 15 dias de suspensão.

Segundo ele, depois de feitos os ajustes e avaliados pelos técnicos, será anexado ao processo o documento, onde constarão mais garantias de controle referentes a infecção na fábrica.

Conforme a Secretaria da Fazenda de Lajeado, as duas empresas estão entre as cinco maiores em retorno de impostos ao município. A BRF está em primeiro lugar no ranking de ICMS, com cerca de R$ 11, 2 milhões. Isso representa 20% de toda produção da cidade que volta para os cofres públicos.

A Minuano ocupa a 4ª posição.

Em valores, alcançou em 2019 o montante de R$ 2,5 milhões em ICMS para Lajeado. O total corresponde a 6% do imposto gerado por empresas da cidade. Juntas, empregam cerca de 4 mil pessoas.

Promotor explica razões para interdição LAJEADO

O Promotor de Justiça Sérgio Diefenbach participou ontem do programa A Hora Bom Dia, da Rádio 102.9.

Ele esclareceu os motivos que sustentaram a ação do Ministério Público (MP) contra os frigoríficos da BRF e da Minuano em Lajeado.

Diefenbach explicou que o pedido de suspensão das atividades foi formado por diversos lados da comunidade do Vale do Taquari. “A decisão não tem cunho político ou influência, mas foi um pedido de mais promotores da região que também expressaram preocupação com os casos nos frigoríficos.”

Conforme o promotor, o MP está ciente dos impactos econômicos e dos animais que serão perdidos neste meio tempo, porém as ações são pensadas na vida das pessoas.

“Seguimos conversando com com as empresas. Ainda com a ação ajuizada, não paramos de tentar encontrar soluções”, esclarece. Para ele, a preocupação é maior com a situação das famílias.

Referente aos posicionamentos das empresas, Diefenbach questiona a testagem em massa que deveriam ser feitas. “Ainda não tenho o número de confirmados e testados nos frigoríficos. As empresas se comunicam por meio de notas e diz que está tudo bem. E eu tenho duas opções: ou eu defendo o povo de Lajeado ou acredito na nota da empresa”, conclui.

Conforme o promotor, as empresas estão se adaptando, trabalhando com as mudanças necessárias e orientando seus funcionários. “Apesar das cautelas tomadas pelas empresas, não pareceu suficiente para o MP para que evitasse a transmissão do vírus”, esclarece.

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

CASO POTRICH

Único suspeito é inocentado Decisão do STJ encerra ação contra o dentista Carlos Patussi por suposto envolvimento no sumiço do gerente de banco, Jacir Potrich ARQUIVO A HORA

FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

13 de novembro de 2018 – Jacir Potrich é visto pela última vez indo em direção ao quiosque do condomínio que dividia com Carlos Patussi.

23 de janeiro – Patussi é preso em Capão da Canoa como o principal suspeito do desaparecimento de Potrich. Ele ficou encarcerado por uma semana.

11 de abril – MP denuncia Patussi pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver do gerente de banco.

No mesmo dia, Justiça de Encantado aceitou a denúncia e o dentista passou a ser réu. Entretanto a juíza Jacqueline Bervian negou o pedido de prisão preventiva.

13 de abril – MP entra com recurso no Tribunal de Justiça solicitando a prisão preventiva de Potrich.

24 de abril – Delegado Márcio Marodin, da Polícia Civil de Anta Gorda, entregou inquérito e ratificou as denúncias feitas pelo MP contra Patussi.

26 de abril – Patussi foi preso preventivamente por supostamente ameaçar familiares de Potrich. Encarceramento durou 48 horas.

ANTA GORDA

O

desaparecimento de Jacir Potrich segue um mistério mesmo passados mais de 18 meses do último dia em que o gerente de banco foi visto, em Anta Gorda.

Nesta semana, o caso ficou ainda mais enigmático com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que inocenta Carlos Alberto Weber Patussi e encerra a ação contra o dentista e único suspeito apontado pelas autoridades policiais e Ministério Público (MP).

Patussi não respondia pelo crime desde agosto de 2019. Na época, o Tribunal de Justiça (TJ) do Rio Grande do Sul decidiu pela suspensão da ação por falta de provas.

Entretanto o Ministério Público do Estado (MP-RS) recorreu ao STJ. A 6ª turma do STJ foi responsável pelo julgamento da ação, sob relatoria de Sebastião Reis Junior. O ministro encaminhou para parecer do Ministério Público Federal. O

RELEMBRE O CASO

30 de agosto – Em decisão unanime de três desembargadores do Tribunal de Justiça, o processo foi interrompido. Na decisão, os desembargadores afirmam que as circunstâncias são frágeis para que se considere a possibilidade de que Patussi seja o autor do homicídio.

Gerente de banco está desaparecido faz mais de 18 meses Potrich foi visto pela última vez em condomínio que dividia com Patussi

subprocurador-geral da República, Moacir Mendes Sousa, deu parecer no sentido de não dar provimento ao recurso do MP-RS. Ainda em março de 2020, o relator, o ministro acolheu o parecer do MPF e entendeu que o recurso deveria ser improvido. Não houve recurso contra a decisão, que transitou em julgado na segunda-feira, 11.

Para o advogado de Patussi, Paulo Olímpio Gomes de Souza,

o fim do processo confirma a inexistência de provas do homicídio no condomínio onde moravam Patussi e Potrich.

“Haviam outras possibilidades investigativas que foram descartadas. Seguiram apenas a acusação contra Patussi com uma série de indícios que foram desmoralizados pela prova técnica da polícia científica”, criticou.

Conforme Olímpio, o sofrimento

de Patussi e familiares diminui com o fim do processo, entretanto a família ainda sente o impacto do abalo emocional devido à acusação.

“Caso ficará sempre em aberto” Responsável pela acusação de Patussi, o promotor André Prediger lamentou a decisão do STJ. Para ele, o fim do processo contra o dentista

vai contra “a opinião de todos os profissionais que atuaram no caso: delegado, promotor e juíza”.

Reforça ainda que o desaparecimento de Potrich segue inacabado.

“Um caso como este ficará sempre em aberto”. Conforme o promotor, a polícia seguirá as investigações e pode desarquivar o processo contra Patussi ou iniciar um novo processo contra outro suspeito, caso houverem provas.

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

EFEITOS PSICOLÓGICOS

Quarentena amplia angústias e ameaça a saúde mental Especialistas alertam para crescimento de crises de ansiedade, síndrome do pânico e depressão durante a pandemia. Conforme pesquisa, profissionais da área registram mais procura de pacientes desde o início do avanço do vírus FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

PAÍS

T

rabalhadora de uma indústria de produção de embalagens no Vale, Cândida (nome fictício, pois a entrevistada não aceitou sua identificação), aumentou o consumo de remédios para dormir. Reconhece que está mais nervosa e com dificuldades de relaxar, inclusive com episódios de insônia. “Só consigo dormir depois de tomar a medicação”, afirma.

Mãe de uma menina de quatro anos, ela teme pelo futuro e também alguma contaminação dentro da família. Para voltar ao trabalho, precisa deixar a filha com uma cuidadora, situação que eleva a preocupação quanto aos cuidados com a criança.

O exemplo de Cândida é mais um frente aos casos de pacientes com problemas psicológicos. A pandemia, atestam profissionais da área, elevaram os episódios de crises e também a procura por atendimento, apesar de precisarem ser de maneira remota.

Pesquisa feita na semana passada pela Associação Brasileira de Psiquia-

ENTREVISTA JOANA BÜCKER, psicóloga e professora da Univates

“Na pandemia estamos sempre em estado de alerta”

Atendimentos a pacientes com transtornos psíquicos cresceu quase 50%

tria (ABP) com cerca de 400 médicos de 23 estados e do Distrito Federal (o que corresponde a 8% do total de psiquiatras do país), mostra que 89,2% dos especialistas entrevistados destacaram o agravamento de quadros psiquiátricos em seus pacientes devido à pandemia de covid-19. Os dados foram divulgados pela Agência Brasil.

De acordo com o levantamento, 47,9% dos consultados tiveram aumento nos atendimentos após o início da pandemia. Do total de entrevistados, 44,6% afirmaram ter percebido queda no número de atendimentos,

NÚMEROS

por razões diversas, entre as quais interrupção do tratamento pelo paciente com medo de contaminação pelo vírus, restrições de circulação impostas pelas autoridades e redução no atendimento aos grupos de risco.

A pesquisa mostra também que 67,8% dos médicos receberam pacientes novos, que nunca haviam apresentado sintomas psiquiátricos antes, após o início da pandemia e do isolamento. Outros 69,3% relataram ter atendido pacientes que já haviam recebido alta médica, mas que tiveram recidiva de seus sintomas.

NO BRASIL:

Antes da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS), contabilizou o custo da depressão no mercado de trabalho.

· Dados do INSS de 2018 apontam que as despesas com concessões de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por transtornos mentais e comportamentais alcançou R$ 8 bilhões;

· Na Europa, o custo da depressão relacionada com o trabalho foi estimado em 617 bilhões de euros por ano;

· Transtornos mentais e comportamentais são a 3º causa de afastamento do trabalho. (INSS)

· No mundo, 275 milhões de pessoas sofrem de ansiedade (Fonte: Institute for Health Metrics and Evaluation, Global Burden of Disease Study\2016)

· O Brasil é considerado o país mais ansioso e estressado da América Latina.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 10 anos o número de pessoas com depressão aumentou 18,4%

Doutora em psiquiatria e ciências do comportamento frisa a necessidade das pessoas com transtornos psíquicos continuarem com tratamento para que situação não piore e outras comorbidades surjam.

A Hora – Como você avalia o agravamento dos quadros psiquiátricos?

Joana Bücker – Não há uma resposta padrão e certeira para isso. Penso que um dos grandes motivos é o sentimento de vulnerabilidade que as pessoas têm tido. Nunca passamos por isso antes. Então não temos uma resolução rápida para isso. Essa vulnerabilidade faz com que as pessoas se sintam mais ansiosas, com dificuldade para dormir, para se concentrar.

Isso tudo vai gerando uma maior sensibilidade frente ao que estamos vivendo.

– Como a insegurança e o medo interferem no bem-estar psíquico das pessoas?

Joana – Na pandemia estamos sempre em estado de alerta. Então cada dia é um dia, cada 24 horas as coisas mudam radicalmente. Isso gera um aumento da preocupação, a gente fica com maior nível de estresse, se sente mais cansado. Como se estivesse fora de controle. Isso gera muita incerteza.

– Como as pessoas com algum problema como ansie-

dade, síndrome do pânico ou depressão podem minimizar as crises?

Joana – Pessoas que de fato tem algum transtorno, primeiro devem seguir com acompanhamento que tinham antes da pandemia. Muitos profissionais estão em tele-atendimento. É fundamental seguir tendo esse cuidado. Para quem está começando com algum quadro desses, é importante buscar atendimento.

– Qual o papel da família neste momento?

Joana – O acolhimento é fundamental. É preciso entender que o transtorno mental é real e traz prejuízos, tem consequências graves se não tratado.

– Quais os riscos de uma pessoa com doenças psíquicas não ter acompanhamento?

Joana – O agravamento do transtorno, com a possibilidade de desenvolver outros problemas. Por exemplo, alguém com síndrome do pânico, daqui a pouco não consegue mais fazer suas atividades diárias. Fica com medo de tudo e pode desenvolver inclusive a depressão. Com esse aumento das comorbidades, o desfecho mais trágico é o suicídio. Há uma série de problemas que podem vir de um não tratamento neste momento.

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

CFCs adaptam atendimentos e retomam serviços Governo do Estado autorizou volta das auto-escolas, mas mantém restrições para aulas teóricas. Na região, unidades pensam em aumentar contratações de instrutores para atender demanda reprimida MATHEUS CHAPARINI

Retorno do atendimento segue série de critérios. Aulas práticas podem ser agendadas e teóricas continuam suspensas FILIPE FALEIRO filipe@jornalahora.inf.br

ESTADO

A

pós a interrupção das atividades em razão do novo coronavírus, os Centros de Formação de Condutores (CFCs) do RS reabriram ontem.

A retomada dos atendimentos deverá ser gradual, preferencialmente com agendamento prévio, evitandose aglomerações.

Diretor de Ensino de uma auto-escola de Lajeado, Victor Hugo Machry, conta que nos cerca de 50 dias sem atividades, foram canceladas no mínimo 400 provas de direção e 200 exames teóricos.

De acordo com ele, os agendamentos de aulas práticas estavam lotados e precisaram ser suspensos. O CFC tem 24 funcionários no quadro. Todos tiveram contratos cancelados. Com a autorização do governo, ontem cinco atendentes retornaram ao trabalho.

Apesar das perdas financeiras devido ao período de interrupção, afirma que não pretende demitir funcionários. “Temos um compromisso de atender os alunos. Temos uma demanda reprimida.”

Conforme Machry, ao invés de reduzir o quadro de trabalhadores, há uma previsão de aumentar o número de instrutores. “Só assim vamos conseguir dar conta da demanda que temos.” No primeiro dia de reabertura, foram cerca de 30 atendimentos no que tange o exame médico e psicológico.

Pela determinação do Estado, as aulas teóricas presenciais seguem suspensas, mas poderão ser realizadas na modalidade EAD para alguns cursos (reciclagem e de especialização, por exemplo).

Estão autorizadas as aulas em simulador e as aulas práticas de direção. O exame médico e a avaliação psicológica também serão retomados. Assim, entre outros serviços, quem precisar providen-

ciar a renovação da CNH.

Menos procura pela 1ª habilitação Diretor de outra auto-escola de Lajeado, César Schardong, contabiliza que mais de 2,8 aula foram canceladas desde o dia 23 de março. De acordo com ele, neste período não houve entrada de verbas nos caixas dos CFCs. “Não fosse a decisão do governo de suspender contratos e arcar com os salários, fatalmente teríamos uma quebradeira no setor.”

Para reorganizar o serviço, destaca que o CFC adotou como estratégia entrar em contato com os alunos que tinham aulas agendadas desde o dia 23 de março. Na avaliação dele, no período pós-pandemia haverá um empobrecimento da população. Com isso, acredita que não haverá muita procura à 1ª habilitação. “Talvez tenhamos um retorno gradual lá por agosto, setembro e daí por diante.”

OBRIGAÇÕES DOS CFCS • Uso de máscara descartável, de TNT ou de algodão, de uso individual e atentando para sua correta utilização, troca e higienização; • Distanciamento mínimo obrigatório de 2 metros entre pessoas sem EPI e de 1 metro com EPI; • Distanciamento mínimo de 2 metros nas filas em frente a balcões de atendimento ou caixas ou no lado externo do estabelecimento; • Atendimento realizado de maneira individualizada, restringindo, sempre que possível, a presença de acompanhantes; • Estabelecimento de horários ou setores exclusivos para atendimento de pessoa com idade igual ou superior a 60 anos e aquelas de grupos de risco, conforme autodeclaração.

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

Empresa cria protetor facial e se reinventa em meio à pandemia Produção de equipamentos contra a covid-19 inicia nesta semana com possibilidade de chegar a 7 mil peças por dia

FÁBIO KUHN

Lizot e Gräbin pretendem doar parte inicial da produção para profissionais das atividades consideradas essenciais FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

LAJEADO

A

char alternativas em meio à crise fez os proprietários da RS Usinagem apostarem na produção de protetores faciais. Nesta semana, a empresa iniciará a produção no bairro Centenário, em Lajeado. Um site já foi criado para a venda do produto em âmbito nacional.

“Estávamos procurando algo para alavancar o trabalho neste momento que está tudo parado e também ajudar entidades e pessoas com um produto necessário”, reforça um dos proprietários Jeferson André Gräbin, 44.

Conforme ele, a ideia para produção das máscaras protetoras surgiu de um cliente que não conseguia vencer a demanda dos protetores faciais. “Resolvemos criar alguns moldes de plásticos e deu certo“, relata.

O protótipo da “ProFace19” foi desenvolvido em cerca de duas semanas. Diferente da maioria dos protetores faciais, que possui uma cinta para se ajustar na cabeça, a peça produzida em Lajeado tem hastes na lateral.

“Muitos reclamam que a cinta aperta a cabeça. O protetor facial em forma de óculos fica melhor na cabeça,” exemplifica outro proprietário, Gildo Lizot, 37. O equipamento também é desmontável, facilitando a higienização, e tem o protetor de acrílico que se ajusta a necessidade do usuário.

A máscara de proteção facial é feita com materiais de plástico. Para a armação que parece um óculos, é

utilizado o plástico ABS. Já o escudo será produzido com acetato. O valor das peças ainda é analisado, mas os proprietários já adiantam que o produto se tornará mais barato na compra em lotes.

Ação social Expectativa é iniciar a produção nesta sexta-feira, 15, com a mão de obra de cerca de 20 funcionários que já atuam hoje na empresa do Centenário. Capacidade poderá chegar a 7 mil peças por dia.

Em um primeiro momento, Gräbin e Lizot destacam que parte da

produção deverá ser doada para profissionais da segurança e órgãos de imprensa. “É uma forma de ajudar quem não para nem em meio à pandemia”, justifica Gräbin.

A empresa também estuda uma campanha social para repassar porcentagem do lucro com a venda dos protetores faciais para a campanha da Lívia Teles, menina de Teutônia que busca recursos para medicamento contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME).

Mais informações sobre o produto podem ser acessadas no site: proface19.com.br

OBITUÁRIO ILDO BRAZ FUMAGALLI, 76 anos, morreu segunda-feira em Encantado. O sepultamento ocorreu ontem no Cemitério Santo Antão.

MARIA MARIANA DE SALLES, 90 anos, morreu segunda-feira, no Hospital São João Batista de Nova Bréscia.

O sepultamento foi realizado ontem no Cemitério Católico do município.

Para informar falecimentos, contate o A Hora

FRANCIÉLE CLOSS, 23 anos, morreu segunda-feira, em Venâncio Aires. O sepultamento ocorreu ontem no Cemitério Evangélico de Linha Brasil, interior do município.

NILVA EDINA DE BONA TONUS, 82 anos, morreu ontem no Hospital de Guaporé.

O sepultamento foi realizado no Cemitério União da Serra.

• WhatsApp: (51) 92487689 • Fone: 3710 4200 • E-mail: editor@jornalahora.inf.br

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

Campanha de Lívia chega aos R$ 7 milhões Meta de R$ 9 milhões pode ser revista devido à alta no dólar LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

A

campanha de arrecadação da Lívia Teles chegou aos R$ 7 milhões nesta semana. A família compartilhou a novidade pelas redes sociais. A menina de Teutônia luta para vencer a Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1.

A mensagem publicada no Instagram @liviatls agradece a colaboração. O pai de Lívia, Anderson

Teles, afirma que as arrecadações caíram com a pandemia, mas que neste momento a campanha se reinventa nas redes sociais. “Com parceiros, estamos criando vários eventos online e rifas para potencializar a campanha”, explica.

Alta do dólar A desvalorização do real perante o dólar é um empecilho para o tratamento de Lívia. O medicamento Zolgensma é aplicado em dose úncia e ainda não é registrado no Brasil. O tratamento dependeria de uma viagem ao exterior.

A cura, portanto, custaria 2,5 milhões de dólares. Na atual cotação da moeda americana, o valor

equivale a R$ 13 milhões.

Como o câmbio está muito instável, a família Teles torce por uma queda do dólar. No entanto, não descarta ter que arrecadar mais recursos.

“Ainda esperamos que a cotação possa baixar, mas também isso nos parece cada vez menos provável. Por isso, talvez tenhamos que rever o valor a ser arrecadado quando chegarmos aos 9 milhões”, diz Anderson.

Pedágios virtuais Organizadores da campanha realizam mensalmente pedágios virtuais no lugar dos presenciais.

Cada voluntário tem a meta de arrecadar pelo menos R$ 300 entre amigos e familiares.

CONTAS PARA DEPÓSITO Titular: Lívia Teles CPF: 060.397.140-77 Banco Sicredi Agência: 0119 Conta corrente/ poupança: 34666-0 Banco Brasil Agência: 3188-7 Conta Poupança: 77.777-3 Variação: 51

Banco Caixa Econômica Federal Agência: 3917 Conta Poupança: 00073979-6 Operação 013 Banco Banrisul Agência: 0946 Conta Poupança: 39.065432.0-6 Banco Sicoob Agência: 3039 Conta Corrente: 93.393-7

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

HORÓSCOPO ÁRIES: Novidades chegam de Marte, seu planeta regente. E não, ainda não é uma invasão extraterrestre. É que a partir de hoje o planeta vermelho começa a agir em sua 12ª Casa Astral.

TOURO: Marte dará um impulso incrível para você colocar em prática um ambicioso projeto para o futuro!

Você contará com mais coragem para agir e ousar em suas iniciativas.

GÊMEOS: Se Marte age em favor das suas metas, você é privilegiado (a), sim!

E com isso você será capaz de encarar qualquer desafio para chegar aonde quer.

CÂNCER: O desejo de explorar outros horizontes agora deve falar mais alto, mas nada de arrumar as malas e sair viajar porque o Coronga te pega, viu? Tô falando de horizontes profissionais, ligados ao progresso.

LEÃO: Ativo e destemido seu signo sempre foi e agora passa a receber o impulso de Marte para vencer desafios, podendo superar crises, preocupações e começar uma nova etapa. É pra glorificar de pé, hein, Leão!

VIRGEM: arte começa a dar um rolê em sua 7ª Casa e manda um belo impulso para suas alianças e parcerias. A união faz a força e você tem plenas condições de exercer sua liderança em um projeto.

LIBRA: Marte, que ingressa hoje em sua 6ª Casa, vai te dar mais dinamismo e disposição, garantindo que você contará com doses extras de coragem.

ESCORPIÃO: Mudanças importantes acontecem hoje no céu e quem traz é Marte, que começa a dar um rolê na sua Casa do Prazer, animando o seu astral e anunciando um período mais excitante em sua vida

SAGITÁRIO: Sua relação com os parentes pode ficar mais intensa nos próximos dias e o recado quem manda é Marte, que a partir de hoje passa a se movimentar no setor familiar do seu Horóscopo.

CAPRICÓRNIO: Discrição é uma marca registrada do seu signo, mas esse seu jeito pode mudar a partir de hoje, quando Marte passa a ocupar sua 3ª Casa Astral, área da comunicação.

AQUÁRIO: Embora não tenha um perfil materialista e procure tirar proveito dos benefícios materiais para viver como gosta, você tende a sentir um desejo maior de ganhar dinheiro e melhorar sua condição financeira.

PEIXES: VGraças ao poderoso estímulo de Marte, que começa a brilhar em seu signo, você vai acordar superconfiante e esbanjando energia para correr atrás dos seus sonhos.

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A HORA | Quarta-feira, 13 de maio de 2020

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS Cruzadas

ME LEVA PRA CASA

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL www.coquetel.com.br / © Revistas COQUETEL

HUGO Foi abandonado, junto com a Emília e seus filhotes no bairro Floresta.

Ele é baixote e parrudo, muito simpático, adora brincar e interage muito bem com outros cães.

Interessados podem entrar em contato pelo Whats: (51) 995528190

A situação de Hiroshima em 6/8/1945

Quantidade necessária O grupo de pessoas formado no recreio do ensino fundamental

O eclipse visível no período noturno

A língua da pregação de Jesus

Parte móvel da poltrona reclinável

X e (?): as coordenadas cartesianas

X e (?): as coordenadas cartesianas

O cantor como Orfeu (Ant.)

Posto sob proteção em embaixada

Rio que corta Toronto, no Canadá

Receptores como a parabólica

(?) Baldwin, ator Órgão da ONU

Totalizar País mais populoso da África

Da cor do filhote de panda ao nascer

Romance naturalista de Júlio Ribeiro

Causar aflição a Feitio da abóbada

o oceânico Agrava a hipertensão

,

Benjamin (?), militar e político Conclusão

,

,

UQ

ACUMULOU!

D I A

Concurso nº 1965- 11/05/20

01 02 04 05 06 10 12 16 19 20 21 22 23 24 25

O

Loterias

N O N

nageados 2 de junho u, por seu nte (Lit.)

C A R L O S H E I T O R C O N Y

ACUMULOU!

A E D O

12-14-34-35-37-47

B E A B R A M D A A D O A R N T A E S N I A L S A D M O

Concurso nº 2260- 09/05/20

A R D R A R R I M M O R O R E A C S O O N S M I T A G O R E R O H I M N A S

ao conhecer Vitória. Piatã reclama do comportamento de Jacira para Padre Olinto. Thomas desconfia da paternidade de Vitória. Jacira entrega a Ferdinando as folhas que pegou na oca de Tibiriçá. Thomas leva Miss Liu para ajudar Anna. Leopoldina e Dom Pedro se preocupam com a saúde de João Carlos. Licurgo e Germana veem Avilez e Thomas em uma conversa suspeita. Ubirajara aconselha Piatã a tentar descobrir o que Jacira esconde.

B O M B R E L U N A M I R N A M A M C A D A T A I U C T R A J O E M A S A R A T C P L E O

Solução

Solução

D I A

Parte móvel da poltrona reclinável

67

67

BANCO

3/don — joe — non. 8/aramaica — constant.

(?)-stop: o voo sem escalas

Rio que corta Toronto, no Canadá

O

Descerrar (porta) Divisão do PABX Juro por atraso de pagamento

Da cor do filhote de panda ao nascer

UQ

Grupo sanguíneo do doador universal

aceita se separar de Wallace. Pereirinha muda o visual. Patrícia dá um fora em Antenor. Griselda vai ao restaurante de Celeste. Dagmar termina o relacionamento com Quinzé. Juan Guilherme convida Wallace para morar em sua casa. Paulo e Esther discutem. Teodora procura Quinzé.

(?) Baldwin, ator Órgão da ONU

C A R L O S H E I T O R C O N Y

A língua da pregação de Jesus

Fenômeno oceânico Agrava Sua Alteza a hipertensão Real (abrev.)

Onomatopeia de "espirro" Vício de linguagem de "ambos os dois"

N O N

Romancista de "Quase Gancho Memória" para rede Página da de dormir agenda

Causar aflição a Feitio da abóbada

A E D O

© Revistas COQUETEL

O cantor como Orfeu (Ant.)

B E A B R A M D A A D O A R N T A E S N I A L S A D M O

Quantidade necessária (?) de Estado da cliente do O grupo de pessoas família: bar que "sai trocando formado no recreio do sustenta as pernas" (?) certo: ensino fundamental a casa ter resultado positivo

Benjamin (?), militar e político Conclusão

Posto sob proteção em embaixada

A R D R A R R I M M O R O R E A C S O O N S M I T A G O R E R O H I M N A S

oquetel.com.br

Totalizar País mais populoso da África

B O M B R E L U N A M I R N A M A M C A D A T A I U C T R A J O E M A S A R A T C P L E O

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

"(?) uma!", expressão de espanto (?) Araújo, atriz Etapas regulares de um processo (jur.) (?) Cocker, roqueiro

3/don — joe — non. 8/aramaica — constant.

Libério descobre que Cecília é Rosa Branca. Peter conquista a confiança de Amália. Germana sugere que Elvira faça uma nova simpatia para se aproximar de Joaquim. Diara, Wolfgang e Joaquim pedem que Dom Pedro acabe com a escravidão. Thomas instala Domitila em um hotel e a orienta a permanecer no quarto até realizarem seu plano contra Chalaça.

Thomas encontra Anna com Vitória em seu colo. Thomas finge emoção

(?)-stop: o voo sem escalas

Romance naturalista de Júlio Ribeiro

Marcela descobre o segredo de Tereza Cristina

Novo Mundo

Grupo sanguíneo do doador universal

Receptores como a parabólica

Fina Estampa

Wallace conta sua história para todos e sai ovacionado do octógono.

Juan Guilherme beija Letícia. Pereirinha fica furioso ao encontrar uma pista falsa sobre o tesouro e resolve exigir sua parte no acordo que fez com Íris. Marcela descobre o segredo de Tereza Cristina. Teodora não

Descerrar (porta) Divisão do PABX Juro por atraso de pagamento

A escola de samba de desfile infantil Os homenageados do dia 12 de junho Jeca Tatu, por seu ambiente (Lit.) Madeira(?), ferrovia de Rondônia

Resumo das novelas

Romancista de "Quase Gancho Memória" para rede Página da de dormir agenda

Estado da cliente do bar que "sai trocando as pernas" (?) certo: ter resultado positivo

(?) de família: sustenta a casa

Concurso nº 5266 - 11/05/20

04-10-18-58-72 ACUMULOU!

Lajeado

Arroio do Meio

Estrela

51 3748.0103

51 3716.2221

51 3720.2204

Quarta-feira, 13 de maio de 2020 DIVULGAÇÃO

GRÊMIO

PAUSA PARA RECUPERAR ATLETAS

Lateral-direito Léo Gomes deve voltar aos trabalhos no fim deste mês

Léo Gomes e Marcelo Oliveira estão em fase final de recuperação

A

departamento médico do clube e poderá retornar às atividades no fim deste mês, pouco antes de completar nove meses de afastamento dos gramados.

parada forçada devido ao coronavírus fez bem para alguns jogadores do Grêmio. O lateral Léo Gomes e o zagueiro Marcelo Oliveira seguem se recuperando de lesão e devem estar a disposição de Renato Portaluppi quando os campeonatos retornarem.

Oliveira está liberado para os treinos físicos que serão comandados pelo preparador Márcio Meira. O zagueiro se lesionou em 28 de março do ano passado, ain-

da no Gauchão, em jogo válido pelas quartas de final, contra o Juventude, na Arena. Na ocasião, o atleta rompeu três ligamentos do joelho direito: o patelar, o cruzado anterior e o colateral lateral.

Já Léo Gomes rompeu o ligamento cruzado posterior do joelho direito logo no início do jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil do ano passado, contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada, em 4 de setembro. Desde então, o atleta está entregue ao

TORCEDOR DEIXA UTI COM HINO Nessa segunda-feira, um homem de 49 anos, deixou o Centro de Terapia Intensiva (CTI) no hospital Moinhos de Vento, em

Porto Alegre. O vídeo postado pelo filho nas redes sociais viralizou: o hino do Grêmio era tocado para celebrar a ida ao quarto com os enfermeiros e médicos.

O homem ficou internado 41 dias entre internação na CTI até o vídeo gravado nesta segunda-feira, no qual o paciente inclusive usa a máscara do clube gaúcho.

A responsável pela gravação foi a esposa do homem, que inclusive também precisou ser internado no Moinhos de Vento também

com Covid-19, mas em quadro menos grave.

A postagem do garoto viralizou nas redes sociais na noite desta segunda-feira e fez até o Grêmio celebrar a recuperação do torcedor. A mãe e o filho mais velho fizeram os testes e possuem os anticorpos para a Covid-19, mas o filho menor da família não desenvolveu a doença. Os profissionais da saúde também ostentavam balões e folhas com a bandeira do Grêmio impressa.

INTERNACIONAL

CHUVA ATRAPALHA TREINO DE JOGADORES NESSA TERÇA-FEIRA RICARDO DUARTE

A chuva que caiu ontem no Rio Grande do Sul alterou o cronograma da direção do Internacional. Em razão das condições climáticas, o clube optou por cancelar o trabalho previsto. Como os exercícios ocorrem sempre pelo turno da manhã (a menos em algum caso específico), a nova rotina fica para hoje.

A medida é mais uma de prevenção do clube para minimizar que o grupo contraia alguma doença, como o coronavírus. O Inter criou um protocolo de saúde e segurança para o retorno aos exercícios, reiniciados na semana passada O Colorado, em parceria com o Grêmio, precisou também trabalhar nos bastidores para a manutenção das atividades nos últimos dias. No sábado, o governador Eduardo Leite afirmou que os

treinos da dupla precisariam ser cancelados porque Porto Alegre encontra-se em uma zona de “bandeira laranja”, que significa risco moderado, na estratégia de combate ao Covid-19

SEM PREVISÃO DE RETORNO O futebol feminino ainda aguarda definições do calendário para reiniciar os trabalhos de forma presencial. Sem uma previsão da retomada das competições, as atletas seguem uma rotina de treinamentos de suas residências.

Depois das férias, os trabalhos físicos foram mantidos e adaptados, as jogadoras recebem as orientações para o elenco manter o condicionamento físico por celulares e aplicativos.

Se o clima permitir, treinamentos dos jogadores retornam amanhã, às 9h

Quarta-feira, 13 de maio de 2020

MÍN: 15º MÁX: 20º

Áreas de instabilidade continuam atuando na Região. O dia apresenta condições para chuva.

CATEGORIAS DE BASE

NOLIGAFI PREPARA MAIS UM TORNEIO HISTÓRICO DIVULGAÇÃO/NOLIGAFI

Com 34 times, divididos em duas divisões, competição prevê reinício para o mês de agosto

Elite: Juventus (Teutônia), ALE/Lajeadense (Lajeado), Internacional, Grêmio e São José (Porto Alegre), Cruzeiro (Cachoeirinha), Novo Horizonte (Santa Maria), Juventude (Caxias do Sul), Ipiranga (Sarandi), Vila Nova (Passo Fundo), Genoma Santa Cruz (Santa Cruz do Sul), Novo Hamburgo e Americano (Novo Hamburgo).

EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

O

futebol de base é muito forte no Rio Grande do Sul, com diversas escolas espalhados pelo estado, algumas competições ganham destaque, entre elas está a Nova Liga Gaúcha de Futebol Infantil (Noligafi). O torneio que reúne 34 clubes divididos entre Elite e Iniciação. No total, são em torno de cinco mil crianças que disputam a competição nas categorias sub 11, sub 12, sub 13, sub 14 e sub 15.

Felipe Kssessinski, presidente da entidade, comenta que o torneio deve reiniciar em agosto e o calendário deve seguir o escolar, com jogos até agosto. Segundo ele, voltar agora seria imprudência e irresponsabilidade, mas que a partir do segundo semestre, a situação deva estar controlada. “Esporte é saúde, é vida, é entretenimento, e diferente do futebol profissional onde tem milhares de pessoas nos estádios.

No futebol infantil não se tem isso, não tem aglomerações, então acreditamos que poderemos voltar.”

A competição tem 42 times que

EQUIPES

Intuito da competição é desenvolver ainda mais o futebol de base infantil e promover atletas para o profissional

estão divididos em duas divisões.

Na elite, são 13 times entre eles a AERC Juventus, de Teutônia, e a ALE/Lajeadense, de Lajeado. Já na Divisão de Acesso, 29 clubes disputam o título. Kssessinski conta que a Noligafi só não atende a região sul, em virtude da questão geográfica.

BASE PARA O PROFISSIONAL Um dos intuitos da Noligafi é servir de base para os clubes profissionais, a prova disso é Jean Pyerre,

meia do Grêmio, e Bruno Fuchs, zagueiro do Internacional. Ambos foram campeões do torneio e hoje são titulares nos seus clubes. Outro exemplo fica por conta de Roberto, zagueiro do Internacional, após se destacar no São José e conquistar o título sub 15 com a equipe o jogador foi contratado pelo colorado.

Kssessinski dá outro exemplo. Do elenco campeão da Copa São Paulo de Futebol Jr com o Internacional, 15 atletas participaram da Noligafi pelo Internacional. Além disso, vários atletas que passaram pelo torneio estão na Chapecoense, Figuei-

rense, Atlético-MG e São Paulo.

Para o organizador, além de formar atletas, o principal intuito da competição e das escolas de futebol é formar cidadãos. “O menino que tem essa experiência de ter participado de atividades esportivas se destaca nas atividades onde está inserido, pois sabe trabalhar em grupo, além de lidar melhor com os sentimentos.”

SAIBA MAIS

A Noligafi surgiu em 2012, na época os clubes passavam por uma crise financeira e se uniram para

Divisão de Acesso: AABG (Bento Gonçalves), Avenida (Agudo), Santos e Atlético Gaúcho (Porto Alegre), Marítimo (Carazinho), Escola Anilada (Novo Hamburgo), Chuvas (Capão da Canoa), Aimoré (São Leopoldo), Ser Caxias (Caxias do Sul), SERC Chimarrão (Estância Velha), Bonsucesso (Guaíba), Fabrício Souza (Canoas), União Frederiquense (Frederico Westphalen), CFE e GBM (Ijuí), Ser Santa Rosa (Santa Rosa), Escola do Grêmio (Santo Ângelo), FuteVale (Sapiranga), Brasil (Farroupilha), XV de Novembro (Campo Bom) e Atlético Juniors (Serafina Corrêa).

fazer uma competição forte, mas com um custo menor. Além de Grêmio e Internacional, se juntaram ao projeto a AERC Juventus (Teutônia), Vila Nova (Passo Fundo), Novo Horizonte (Santa Maria), Juventude (Caxias do Sul), São José (Porto Alegre) e Novo Hamburgo (Novo Hamburgo). “O nosso intuito é fortalecer o futebol de base no RS, fazendo com que as escolas cresçam e se desenvolvam.”