Sexta-feira, 3 de junho de 2016
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Encontro relembra histórias dos carros Antigomobilistas se reúnem no dia 19, em evento na Lagoa da Harmonia MACIEL DELFINO
Teutônia
O
primeiro carro é difícil esquecer, principalmente quando for um Fusca 1300 L, ano 1976, vermelho malaga. O publicitário e empresário André Traichel, 39, e a mulher Mariana, 36, adquiriram o Volksvagem pela falta de opção, no ano de 2007. Era o único que o orçamento permitia ter na garagem. Custou R$ 3,5 mil. A única escolha que tiveram foi quanto ao ano de fabricação. Segundo André, queria que ele e o veículo tivessem a mesma idade. “Eu odiava Fusca, mas como não tinha outra opção, decidimos entre ter um Fusca velho ou um antigo. O segundo prevaleceu.” Ao longo do tempo, investiram na restauração e aquisição de peças originais. Foram R$ 15 mil. O reconhecimento veio com a primeira placa preta da cidade, autenticando a originalidade. A parceria durou dois anos de atividades intensas e 70 mil quilômetros rodados. Mariana recorda que a condução foi providencial para a família. “Consegui me formar na faculdade graças ao Fusca. Era o único carro que tínhamos.” Depois, compraram veículo mais novo, mas não abandonaram o clássico, nem a paixão pelo antigomobilismo. Além do VW 76, adquiriram um Fusca 1200, ano 1966, e uma Variant ano 1971. Em cada
André Traichel tem uma relação de amor com seu Fusca 66. Ele investiu R$ 15 mil na restauração do automóvel apelidado de Agostinho
um, investiram R$ 15 mil. Histórias como de André e Mariana se cruzam no 3º Encontro de Veículos Antigos que ocorre no dia 19, na Lagoa da Harmonia. O evento organizado pela Antigomobilismo Teutônia Clube (ATC) não cobra taxa de inscrição para os expositores. No dia do evento, será cobrado R$ 10 de entrada. Haverá food trucks, café colonial no restaurante da Lagoa
das 10h às 15h, animação com DJ Tiago Wi e presença da ervateira Ximango.
Saiba mais A organização da ATC é independente e distoa do Encontro de Carros Antigos que ocorre a cada dois anos no Centro Administrativo. Segundo o organizador do evento, Frederico Wessel, 26, o objetivo é tornar o encontro mais acessível, sem cobrança de
taxas e com menos regras. “É uma confraria de quem gosta de antigos. No ano passado, tivemos 300 veículos e quase quatro mil pessoas.” Wessel recebeu a influência da família no apreço pelo antigomobilismo. Nas visitas a museus e eventos, conhecia carros antigos e ficava fascinado com as cores e modelos. Hoje, tem um Fusca e um Simca Chambord com mais de 30 anos e 80% das peças
originais. O Quantum aguarda completar as três décadas para receber a placa preta. No ano passado, durante a vistoria em Bento Gonçalves, o Simca Chambord chamou a atenção do produtor de um filme. Ele procurava veículos antigos e entrou em contato. Wessel teve sua primeira participação na gravação de um longa. A produção deve estreiar ainda neste semestre.