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Desconstruindo problemas
from A Hora – 01/08/2023
Nossos impulsos nervosos, na passagem de uma célula para outra, sofrem algumas perdas. Sem me aprofundar no tema, tendo em vista estar somente a refletir, diria: elas são diferentes em cada ser humano. Surgem, a partir disso, as necessidades humanas, como: as físicas básicas, as sociais de bens e afetos e as individuais de conhecimento e autoexpressão. Estas, quando mal resolvidas, são responsáveis pelos nossos problemas.
Nesse campo de forças de ideologias diferentes, tal caleidoscópio de ‘eus’, é natural que cada um tenha, em seu radar, o desejo de um futuro mais audacioso. Contudo, as diferenças não podem ser negligenciadas. Ao aceitarmos a possibilidade de contrários, uma paralisia da negatividade; ainda que de forma subjetiva, estaremos a manifestar a desconstrução. Em tal forma de ver a realidade, nos colocamos entre magnificar e pacificar problemas.
A partir desse novo momento humanístico, tal protocolo positivo, nos qualificamos frente a diferença do outro que está diante de nós. Assim, pode-se fazer críticas sem a necessidade de trocar de lado.
Com tais métricas de adesão, entendendo que desconstruir não é destruir o outro, sai do radar a necessidade de esconder os problemas. Ousando ler para além dos conceitos, diria: apesar das rígidas oposições textuais entre magnificar e pacificar problemas, é preciso desconstrui-las. Por reunirmo-nos em caixas de ressonância, onde estão presentes todas as aspirações populares, cabe perguntar: não será, por ventura, o amanhã incerto? O filósofo Jacques Derrida escreveu: “não importa como a foto sai. É o olhar do outro que dará valor”. Essa frase talvez sirva de alerta no enfrentamento de nossas necessidades, sejam elas físicas, sociais ou individuais.
Qual será a diferença entre desconstruir (ação de transformar) e