A Hora - 21/03/2020

A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020 | Ano 17 - Nº 2554 | Avulso: R$ 6,00

Fechamento da edição: 19h

COMO LIDAR COM SUSPEITAS E SINTOMAS

Especialistas esclarecem dúvidas para o período de isolamento Página 8 e encarte especial da Unimed

IMPACTO NA ECONOMIA

Saídas para superar a crise

Diante de uma conjuntura inédita, empresários e trabalhadores são forçados a se reinventarem para manter os negócios Homeoffice, videoconferências, tele-entregas e horários especiais a grupos vulneráveis. À medida que a pandemia avança, autoridades impõem medidas restritivas que transformam o

meio empresarial. Para manter atividades, empreendedores e funcionários precisam se adaptar. No Vale, empresas já inovam e buscam alternativas para amenizar os impactos. Página 8 FABIO KUHN

ROTINA ALTERADA

Região se prepara a uma nova realidade Toque de recolher, comércio fechado e diversas restrições de circulação e acesso a estabelecimentos. Em reunião nessa sexta-feira, prefeitos do Vale definiram uma série de medidas para tentar proteger a região do avanço da pandemia.

Página 11 Máscaras pelas ruas e filas na entrada dos supermercados fazem parte do novo cenário

OPINIÃO ADAIR WEISS

Equilíbrio emocional Mais do que proteger a saúde física, é necessário cuidar da mente.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

A imprensa não para É momento do bom jornalismo mostrar a sua importância.

Página 2

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

ABRE ASPAS

“Aconselho as pessoas a ensinarem desde cedo sobre a diversidade” ARQUIVO PESSOAL

Érika Black, 28 anos, divide a rotina de modelo alternativa e esteticista com maternidade. Após definir seu estilo e identidade, ela foi aceita em importantes agências do país e do mundo e realizou o sonho da adolescência.

LAURA MALLMANN laura@jornalahora.inf.br

• O que é ser uma modelo alternativa?

É ser um modelo do que não se encaixa nos padrões. Uma modelo alternativa pode ter tatuagens, modificações corporais, ser plus size, ou não. O leque de opções dentro desse mercado é vasto. O padrão é ser diferente, ousada, ter atitude.

• Como começou no meio?

Meu sonho desde a pré-adolescência era ser uma Suicide Girl (agência do exterior famosa no mundo). Após a fase adulta, já com meu estilo mais definido, entrei para um grupo de recrutamento da Agência Gibi Girls, o maior portal de modelos alternativas do Brasil. Esse é um grupo para mulheres, que sentem essa vontade de ser modelo alternativa. Permaneci postando fotos do meu portfólio por cerca de quatro anos.

Neste tempo, fui recrutada pela agência Inked Models BR e logo após pela sonhada Suicide Girls, como modelo “hopeful”. Essa classificação de modelo acessa o site e envia os ensaios para equipe responsável para análise. Assim que aceito, o material fica disponível para associados do site e as modelos recebem o cachê.

• Como você se sente sendo modelo alternativa?

Sou muito apaixonada pelo que eu faço, gosto muito dos ensaios, da realidade que tudo isso representa... Sinto que o mercado brasileiro precisa expandir muito ainda comparado ao exterior, mas essa evolução está chegando aqui e se fortalecendo aos poucos.

• Como concilia o trabalho de modelo com a sua rotina?

Sou maquiadora profissional e esteticista.

Acho que uma coisa completa a outra. Sempre gostei da arte no geral e acho que o alternativo me inspira. Consigo conciliar os meus ensaios fotográficos com meus horários como maquiadora. Existem também os eventos de tatuagem por todo Brasil, onde compareço sempre que possível e participo de desfiles e concursos.

• O que mudou na sua vida com essa experiência?

Desde o empoderamento até a representa-

Contatos eletrônicos: Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Marketing e Inovação: Sandro Lucas Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

assinaturas@jornalahora.inf.br comercial@jornalahora.inf.br faturamento@jornalahora.inf.br financeiro@jornalahora.inf.br logistica@jornalahora.inf.br redacao@jornalahora.inf.br

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tividade. Nós, alternativos, fazemos partes de uma “minoria” e é sensacional poder representar e dar voz á todo um movimento.

• Já sofreu algum preconceito?

Infelizmente, sim. Principalmente na nossa região, as pessoas estão acostumadas com “padrões normais”, e sei o quanto é difícil aceitar o “diferente” para pessoas que foram educadas desde cedo a refutar as exceções. Por isso, insisto e aconselho as pessoas a ensinarem desde cedo sobre a diversidade e pluralidade para as crianças, para que elas possam ser o que quiserem ser e respeitem as diferenças, tenham empatia.

Respeito a todas as pessoas.

• Para quem tem curiosidade pela profissão e quer ingressar neste meio, tens algum conselho?

Seja você mesma, quem você quer ser. Invista no que deseja para você e se permita. Se desprenda dos padrões pré-moldados pela sociedade. Tenha atitude.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Impressão Zero Hora Gráfica

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EDITORIAL

Resistência e esperança

O

Vale do Taquari busca, da maneira que pode, se proteger contra o avanço da pandemia. Fechamento do comércio em todas as cidades, toque de recolher às 20h e mais uma série de restrições para reduzir os riscos de contágio serão realidade nos próximos dias.

Acertam os prefeitos da região em adotarem medidas mais drásticas como as decididas em assembleia extraordinária dessa sexta-feira, 20. A pandemia avança pelo Brasil de forma muito preocupante e, embora a região ainda não tenha nenhum caso confirmado, é possível que surjam nos próximos dias.

Nesta semana, um grupo de cientistas de sete universidades analisaram o ritmo da multiplicação dos casos no Brasil e constataram que a evolução da pandemia em território nacional está muito semelhante ao registrado na Itália, país que apresenta o quadro mais grave e já superou a China no número de fatalidades.

Em território nacional, são cerca de 700 casos confirmados. Até o fechamento desta edição, eram oito mortes.

Mais do que as quantidades em si, o que

A situação é delicadíssima e precisa ser enfrentada com muita responsabilidade. As próximas semanas serão totalmente atípicas” assusta é a velocidade de propagação dos contágios.

A situação é delicadíssima e precisa ser enfrentada com muita responsabilidade. As próximas semanas serão totalmente atípicas e exigirão comprometimento, seriedade e equilíbrio emocional por parte da sociedade.

O cenário é de apreensão e lembra tempos de guerra. Pior. Num conflito onde o inimigo pode estar em qualquer lugar, se multiplica e desafia a ciência a encontrar a cura. Como em todo confronto, a disciplina é crucial para sobreviver. Proteger os mais vulneráveis e seguir à risca as orientações das autoridades médicas compõem a melhor tática.

O desespero e o pânico nada contribuem em momentos como esse. União, solidariedade e inteligência são indispensáveis para que a nação consiga atravessar a crise. A edição deste fim de semana volta-se quase que integralmente ao mais relevante tema do momento e, de modo propositivo, aborda aspectos que podem auxiliar a comunidade a se proteger e a buscar alternativas.

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Discernimento Seguir as recomendações das autoridades de saúde é o que de mais valioso podemos fazer para enfrentar o coronavírus. O resto é histeria e desinformação.

ADAIR WEISS adairweiss@jornalahora.inf.br

COLAPSO ECONÔMICO E SOCIAL, SE NÃO TIVERMOS SERENIDADE Momento é de manter a calma.

Precisamos ser fortes. Vai passar.

A

histeria em torno do coronavírus pode agravar a situação do Brasil e levá-lo à maior depressão econômica e social de sua história, se não tratarmos o tema com a devida serenidade. O fechamento parcial de setores produtivos e geradores de empregos tende a ser um tiro no pé, se providências urgentes e severas não forem impostas para acabar com a doença.

Nosso maior inimigo não será o coronavírus, e sim, o clima de medo e letargia que se avizinha.

Precisamos ser rápidos e fechar questão para controlar o vírus, mas tão importante é cuidar do amigo, dos familiares e dos vizinhos para que todos mantemos a calma e a serenidade e, principalmente, seguir as orientações dos órgãos de saúde.

Se o sacrifício é fechar o comércio e ficar em casa alguns dias, tudo bem. O problema será a imprudência e negligência que poderão estender a paralisaçao a períodos insuportáveis ou inimagináveis.

O Brasil estava retomando o fôlego. A greve dos caminhoneiros ensaiou um caos econômico e social, mas foi vencido pela nossa força. Agora, um novo teste herculano se abate sobre nós. É um inimigo invisível, mas real.

Junto com ele vem a ameaça ainda mais perigosa: a de um colapso

econômico e social sem precedentes, se o governo e a população não agirem rápido, repito.

Ao cidadão, compete colaborar ao máximo. Levar a sério e adotar o que recomendam as autoridades sanitárias e médicas. Ao governo, urgem medidas para preparar o caixa público e injetar recursos volumosos nas pequenas e médias empresas. Às organizações capitalizadas ou, minimamente, preparadas para se alavancar no crédito, se impõe um exercício de resiliência e coragem. Afinal, vai ter vida após o coronavírus, seja na região, estado, país ou no mundo.

Não podemos pregar terra arrasada. Países que sofreram guerras no passado se recuperaram e tornaram grandes potências. O Brasil nunca viveu uma guerra, mas o coronavírus é uma amea-

O Brasil nunca viveu uma guerra, mas o coronavírus é uma ameaça real que precisamos levar a sério. Não é brincadeira.”

ça real que precisamos levar a sério. Não é brincadeira.

Não gosto da comparação com a Itália e nem com a Espanha.

Afinal, são dois países pequenos, com área geográfica reduzida, onde a contaminação se dissemina muito rápido, sem falar da população idosa em maior número.

O Brasil é continental, pode fazer isolamentos e controlar o vírus com mais eficiência, basta todos colaborarem.

Ficar alguns dias em casa custará caro para todos nós.

Nenhum trabalhador ou empregador será poupado. Todos pagaremos a conta, e temos de nos empenhar para garantir resiliência.

Precisamos ser fortes, agir com equilíbrio e ter empatia, pois estamos juntos no mesmo barco. Todos temos familiares, amigos ou colegas nos grupos de risco. A contaminação e mortes vão haver. Mas nada pode ser pior que o desespero e a histeria, ou a negligência de que isso é “bobagem”.

Os momentos de tensão revelam os fortes e nobres, que pensam adiante. Vamos pensar, calaborar e encorajar os profissionais que precisam continuar trabalhando, pois os serviços essenciais precisam seguir em frente.

Encerro a minha coluna para manifestar esperança, coragem e otimismo no Brasil, e em todos nós. Não será o coronavírus que vai nos derrubar, mas precisamos respeitá-lo.

Ainda que a luta será árdua, alguns padecerão e muitos persistirão, Repito, vai haver vida após o coronavírus.

Uma nova rádio diante do cenário Muitos dos caros leitores podem se perguntar sobre a ousadia neste momento difícil para iniciar um novo projeto. A Hora estreia terça-feira, dia 24, a nova grade de programação.

Apesar do cenário de incertezas momentâneas, nossos profissionais estão ávidos e entusiasmados com o novo empreendimento.

Pessoalmente, já olho para daqui há três meses. Não resta dúvida do enorme esforço e desafio a enfrentar, mas a convicção e entusiasmo de que a pandemia é passageira são, infinitamente, maiores do que qualquer medo ou desesperança.

Não pretendo usar máscaras, e tão pouco gostaria de contrair a doença, mas estou ciente da minha vulnerabilidade e responsabilidade como cidadão.

Me alimentar bem, dormir direito, tomar muita água, fazer meditação para manter o equilíbrio do corpo e da mente tem fortalecido minha coragem e esperan-

ça, a qual tento compartilhar, inclusive, aqui.

Se ainda assim, a vida pregar uma peça, então terei feito a minha parte.

Acredito no empreendedorismo, na cooperação e no equilíbrio para prosperar.

Com estes pensamentos durmo à noite, levanto pela manhã e encaro os desafios que se avizinham. O maior aliado no combate ao coronavírus é se ocupar com notícias verdadeiras, serenas e propositivas, apesar do cenário. Cuidado com as fakenews ou os tolos extremistas que tentam relativizar o problema ou, do contrário, pintar o caos generalizado.

Por isso, convido a todos para sintonizarem a freqüência 102.9, a partir da próxima terça-feira, para ouvirem a Rádio A Hora.

Será um prazer tê-lo na nossa companhia, porque acreditamos que algo melhor sempre está pela frente.

Abraço fraterno e até terça!

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RODRIGO MARTINI Sugestões, críticas, contrapontos: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

Parque Piraí

A empresa Mais Lucchese Construtora e Incorporadora Ltda foi a única concorrente e venceu licitação para a ampliação do Parque Piraí, em Lajeado. O empreendimento será custeado pelo Governo Municipal por meio de permuta

de imóveis públicos, localizados no mesmo bairro São Cristóvão. O contrato foi assinado nessa quinta-feira, em meio aos decretos sobre o novo coronavírus, pelo prefeito Marcelo Caumo e os empresários Roberto e Gustavo Lucchese.

PSB em Lajeado

Sempre “On” para você não ficar “Off”

C

om os devidos cuidados, a imprensa não vai parar perante a pandemia do novo coronovírus. Tal como nas guerras mundiais e outras catástrofes ou epidemias mundo afora, jornalistas permanecem “On” para a população não ficar “Off”. E não será diferente neste momento delicado de quarentena no Brasil, o que gera um paradoxo com a recente onda de criminalização dos veículos de comunicação. Diante desse cenário, é a chance para o bom jornalismo comprovar a sua importância!

Não tenho procuração para defender colegas. Se as críticas estão mais fortes do que outrora é preciso fazer uma auto-crítica.

Muitas queixas são pontuais. Há, sim, uma militância (de ambos os lados) exacerbada dentro de

É o momento para o bom jornalismo comprovar e reforçar a sua importância!”

muitas redações, o que compromete a veracidade dos fatos e “entorta” a verdade. Foi assim durante o governo do PT, e ficou ainda mais evidente após a vitória de Jair Bolsonaro, que passou a ser implacavelmente vigiado pela grande mídia.

Sei que é papel da imprensa vigiar os passos do Presidente da República. Mas não é nosso papel optar só por manchetes

Muita calma nessa hora!

Já é possível perceber o nervosismo das pessoas no trânsito, nos supermercados e agências bancárias do Vale do Taquari. Há uma tensão natural em função da pandemia, que tende a ficar ainda pior com a quarentena. É preciso

trabalhar a saúde mental de quem vai ficar isolado em casa, sozinhos ou não. O ser humano não está devidamente habituado para viver enclausurado e os riscos de contrair outras doenças são grandes.

Nossos heróis!

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o PSB Lajeado suspendeu um encontro para dezenas de pessoas, mas não adiou a filiação de dois novos correligionários nessa quarta-feira. Em um encontro com grupo reduzido, e com a presença do deputado federal Heitor Schuh e do presidente

estadual do partido, Mário Bruck, foram confirmadas as filiações do advogado Fábio Gisch e da jornalista Carolina Gasparotto. Gisch é cotado para ser o candidato a vice-prefeito, fazendo dobradinha com o ex-suplente de Deputado Federal e ex-PT, Daniel Fontana.

Troca-troca de partido Em Estrela, após os vereadores Marcelo Braun, Débora Martins e Nelson Tillwits deixarem respectivamente o PSDB e o MDB para assinarem com o PRB, outro parlamentar pode

estar com as malas prontas para trocar de partido. Élio Kunzler (PTB) recebeu um interessante convite do Partido Verde (PV).

Mas ele ainda avalia a possível transferência para o PL.

negativas, sob o risco de minar a credibilidade do chamado “Quarto Poder”. Porém, os leitores/ouvintes/telespectadores precisam atentar para uma obviedade: como em qualquer segmento, há bons e maus profissionais. E tal como em outros segmentos, os bons pagam pelos ruins. E é assim que eu avalio os “ataques” ao jornalismo.

Dito isso, volto a falar da importância da imprensa. Um povo sem acesso à informação de qualidade sempre será um povo refém e acuado. Em um momento de risco como esse, a propagação de Fake News pelas redes sociais pode gerar um tormento ainda maior do que em tempos anteriores.

Portanto, é de suma importância que a população em geral auxilie o trabalho dos jornalistas. Nós estamos nas ruas para que vocês fiquem bem informados.

Surreal!

É uma triste constatação.

Mas somente em momentos como esses, de medo e apreensão, é que nós somos capazes de reconhecer os heróis que movem e cuidam do nosso país.

E são tantos. Nesse momento específico, devemos citar com mais louvor os profissionais da área da saúde e da segurança pública, os produtores de alimento, e os caminhoneiros.

Por que se essa turma resolver parar de vez....

Eleições ameaçadas!

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já cravou que o calendário eleitoral não poderá ser modificado. Mesmo assim, há forte apreensão em Brasília.

Congressistas iniciaram movimento em defesa do adiamento das eleições municipais previs-

tas para outubro de 2020. Isso porque o Ministério da Saúde aponta para aumento dos casos de contaminação entre abril e junho, e a situação só se estabilizaria a partir de julho. As campanhas iniciam no dia 16 de agosto.

Milhares de gaúchos optaram por um refúgio no litoral norte do estado. Muitos são do Vale do Taquari.

Mas os “locais” não gostaram dessa “migração” fora de temporada. Em Capão da Canoa, pedras foram utilizadas para impedir o acesso à cidade. E no card da Prefeitura Municipal, um recado: “Fique em casa. Quarentena não é férias”.

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020 Apresentado por

Dália Alimentos cria Grupo de Prevenção ao Coronavírus CUIDADOS SÃO IMPLEMENTADOS GRADATIVAMENTE EM TODOS OS SETORES E ESTABELECIMENTOS DA COOPERATIVA

A

Cooperativa Dália Alimentos, preocupada com a propagação do Covid-19, criou um grupo para tratar sobre a implementação de um pacote de medidas contra o vírus que está infectando pessoas de vários países do mundo. Reuniões quase que diárias estão sendo realizadas pelo grupo constituído por profissionais das áreas da Saúde, da Segurança do Trabalho e do Setor Pessoal da cooperativa.

Algumas medidas já foram implementadas na cooperativa, tais como a aplicação de álcool gel, afixação de cartazes informativos e obrigatoriedade da higienização das mãos ao acessar a empresa.

A mesma sistemática foi adotada nos supermercados em Encantado e Arroio do Meio e em toda a rede de agropecuárias.

Quanto aos funcionários, a Dália mantém um cuidado especial, ficando estabelecido pela Direção o afastamento das atividades os empregados que sejam pacientes com doenças imunossupressoras e autoimunes e pessoas com sintomas de gripe ou com febre. Aos idosos com mais de 65 anos é optativo permanecer em quarentena e gestantes fica a critério do médico de confiança da grávida em como proceder. A Dália Alimentos possui cerca de 2,5 mil funcionários.

Ainda no protocolo do grupo, os atendimentos odontológicos fo-

Sandra explanou situação durante reunião no centro administrativo

ram suspensos temporariamente, os atendimentos médicos restritos, com exceção para exames admissionais, demissionais e retornos ao trabalho, com número limitado de pessoas circulando no ambulatório.

A utilização de máscara nos setores produtivos e de atendimento, o aumento da frequência na limpeza de portas, acessos, corrimãos e materiais de uso coletivo e de higienização em ambientes de circulação de pessoas também são ações adotadas. Bloqueio da utilização das digitais no ponto eletrônico, somente uso do crachá e distribuição de copos descartáveis nos bebedouros, além do cancelamento de viagens e reuniões internas e externas e a utilização de vídeo-chamadas e envio de áudios via redes sociais integram o plano de medidas.

Também está inclusa a utilização do Programa Rádio Dália a fim de orientar os associados acerca dos cuidados a serem adotados para a prevenção da pandemia. Incentivo às compras online, através do site super.dalia.com.br com vistas de evitar aglomerações nos supermercados.

O Grupo de Prevenção ao Coronavírus Dália conta com os seguintes

profissionais: médico coordenador de medicina do trabalho, Clairton de Pauli; médica do trabalho, Evelise Dias Frohlich; odontóloga, Carla Schramm Freitas; médico veterinário, Luis Gus-

tavo Goulart do Nascimento; engenheiro Segurança do Trabalho, Luis Henrique Wendt; controller, Rene Luiza Gianisella e supervisora Setor Pessoal, Sandra Simonis Lucca.

Crianças filhas de funcionários Representantes do Setor Pessoal da Dália Alimentos participaram, no dia 17 de março, de uma reunião na sede do Centro Administrativo de Encantado para tratar sobre o fechamento temporário das escolas municipais de educação infantil (Emei’s). A Dália é a única empresa que colabora com o município, auxiliando com o valor de R$ 89,98 por criança, filhos de empregados da cooperativa, que totalizam 112 alunos. Lembrando que 128 funcionários da Dália possuem filhos em creches do município, principalmente os de origem haitiana, e não possuem com quem deixar as crianças enquanto trabalham.

Estiveram na reunião o prefeito Adroaldo Conzatti, as secretárias municipais de Educação, Greicy

Weschenfelder e de Saúde, Clarissa Pretto, as diretoras e mães representantes do Conselho de Pais e Mestres (CPM). Após debate, em que a supervisora do Setor Pessoal da Dália Alimentos, Sandra Simonis Lucca, expos a preocupação da cooperativa em relação ao coronavírus e também o alerta enquanto aos pais, que são funcionários e não tem com quem deixar os filhos. “Muitos de nossos funcionários possuem filhos pequenos, que necessitam das creches por não ter com quem deixar seus filhos.

Com isso, os pais precisam ficar em casa, faltando ao trabalho, tornando a linha de produção inviável”. A decisão do chefe do Executivo, até segunda ordem, foi a de manter o funcionamento das Emei’s normalmente.

FOTOS: CARINA MARQUES

Aline e Natã são jovens aprendizes e estão aproveitando a oportunidade de começar uma carreira

Produzido por: AI da Dália Alimentos

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

RESILIÊNCIA EMPRESARIAL

Empreendedores buscam saídas para manter os negócios Home office é adotado principalmente por serviços não considerados essenciais. Supermercados estão se adequando ao decreto estadual e criam horário específico para atender clientes do grupo de risco MATEUS SOUZA mateus@jornalahora.inf.br

LAJEADO

F

uncionária do setor de Custos e Orçamentos da Univates, Tailana Juchum, 30, é uma entre tantas trabalhadoras da região que tiveram que se adaptar à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Antes mesmo de autoridades anunciarem medidas mais restritivas à circulação de pessoas, ela passou a trabalhar em casa.

Segundo ela, a universidade, preocupada com a comunidade, comunicou já na última segunda-feira para que

funcionários se organizassem para o “home office”. Para isso, contaram com o apoio do setor de TI para que consigam desempenhar suas tarefas longe do ambiente de trabalho.

“Desde o primeiro dia, está funcionando muito bem. Para quem consegue desempenhar sua função de forma remota, deve fazê-la. Não temos outra alternativa no momento e, com o apoio das empresas e organização pessoal, é possível e funciona muito bem. A tecnologia está aí para nos ajudar”, afirma.

Tailana ressalta também a importância das pessoas ficarem em casa também nos períodos do dia que vão além da jornada de trabalho. “As empresas que não medem

esforços e tomaram a iniciativa merecem os parabéns. Somos uma comunidade e precisamos nos ajudar”, opina.

Muitas empresas, nos mais diversos ramos, estão buscando formas de não interromper suas atividades, principalmente aquelas que não desenvolvem serviços considerados essenciais.

Adaptação dos mercados Um dos serviços considerados essenciais para a população, os supermerca-

Tailana aderiu ao trabalho em casa após determinação da Univates

dos também estão se adaptando para melhor atender a população em um período onde o isolamento é recomendado.

Na rede de supermercados STR, o horário de expediente foi reduzido, com o fechamento em todas as unidades ocorrendo às 18h a partir da próxima segunda-feira.

“Também disponibilizaremos um horário específico para atender os grupos de risco. Das 7h30min às 8h30min nas unidades de Lajeado e Estrela, e das 8h às 9h nas demais. Mas estamos abertos

Videoconferência é adotada por empresas para que colaboradores mantenham atividades durante isolamento

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020 MATEUS SOUZA

ENTREVISTA ANDRÉ NUNES DE NUNES, • Economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), admite que o momento é de incertezas, mas acredita na capacidade de empresas se readaptarem a realidade. Ressalta que o trabalho remoto é uma saída fundamental e que, após o avanço da doença ser contido, possa ser implementado cada vez mais nos setores produtivos.

“É uma crise que vai passar” Como as empresas devem se adequar a esse momento?

André Nunes de Nunes - Não sabemos exatamente quanto tempo isso vai durar, o que traz incerteza para os negócios. Alguns são mais impactados que outros, principalmente o varejo. Na prática, o que as empresas devem cuidar diz respeito ao fluxo de caixa, dos pagamentos. Isso é o mais difícil. Vai exigir muito dos gestores. E, mais do que nunca, o empreendedor vai ter que se manter atento aos anúncios do governo. para se adequar às novas realidades. A decisão de hoje pode mudar amanhã”, explica o diretor Lauro Baum. Além disso, os estabelecimentos estão intensificando medidas de higienização do ambiente.

O Imec também utilizará a primeira hora da manhã para atender clientes do grupo de risco. A determinação vale para todas as unidades, segundo o diretor-presidente Leonardo Taufer. Além disso, a empresa vai restringir a capacidade de público em 30% nos estabelecimentos.

“Estamos criando barreiras dentro dos estabelecimentos para garantir o distanciamento entre as pessoas. São uma série de me-

didas que também visam proteger os nossos colaboradores, criando escalas intermitentes de trabalho. É importante contarmos também com o apoio da comunidade”, afirma. Itens como álcool gel, leite e papel higiênico serão limitados por cliente.

Já a rede de supermercados Languiru abriu uma ferramenta online para facilitar a compra e entrega de mercadorias aos clientes. Os pedidos podem ser feitos tanto pelo WhatsApp quanto ligando diretamente para o número (51) 999552048. O serviço está disponível para endereços que se encontram dentro do município de uma das unidades.

Imec colocou avisos para informar horário diferenciado para grupos de risco

Empresa aumenta velocidade da internet A GPS Net, que atua em três municípios da região, tomou medidas para facilitar a vida em tempos de isolamento e distanciamento social. A principal medida, conforme o diretor de mercado, Névio Stefainski, foi a de aumentar a velocidade da internet sem custo para seus clientes.

“Nosso serviço é essencial, pois conectamos hospitais, farmácias, supermercados, empresas de comunicação.

Não podemos deixá-los desassistidas”, comenta Stefainski. O trabalho deve ser concluído até domingo, aumentando até 50% da velocidade contratada.

A medida, em princípio, vale para os meses de março e abril. “Mas essa previsão pode ser prorrogada”, admite Stefainski.

A empresa, a partir de segunda-feira, dividirá seus funcionários em três turmas, concedendo férias em períodos de 15 dias, reduzindo o atendimento presencial. Nas redes sociais, o trabalho é de intensa divulgação aos clientes, com recomendações.

Apoio aos hospitais Com sede em Estrela, a Medical San está se colocando a disposição para ajudar hospitais do Vale do Taquari que necessitem eventualmente de peças. A empresa atua na fabricação de produtos e equipamentos na área da saúde.

Conforme o diretor da Medical San, Mauro Filho, a ideia é contribuir de alguma maneira para o combate à pandemia. “Nossos produtos e acessórios possuem o mesmo padrão para qualquer parte da saúde, é mundial. Então, se os hospitais estiverem precisando de alguma peça, algum componente faltando, estaremos doando para que possam estar com tudo disponível para o atendimento ao público”, explica.

Os micro e pequenos tendem a “sofrer” mais com essa crise.

Como eles devem encarar o momento atual?

Nunes - Essa é a nossa grande preocupação. Ele deve estar muito atento, falar com seu contador, sua área administrativa, para ter uma resposta rápida. Talvez sejam anunciadas com mais detalhamento linhas de financiamento com taxa de juros mais favoráveis, ou dispensar o trabalhador e o governo pagar uma parte. E nosso papel também é passar uma mensagem de alento. É uma crise que vai passar e depois tudo volta ao patamar que estava anteriormente. É importante ter essa visão, fazer com o que o empreendedor fique tranquilo e de que é algo momentâneo.

O home office tende a ser uma medida mais adotada por empresas?

Nunes - Talvez essa seja uma das boas consequências ou aprendizados dessa crise. Muitas pessoas se obrigaram a trabalhar em casa. Sabemos que muitas empresas, mesmo após a reforma trabalhista, ainda tem medo de adotar essa forma de trabalho. Então, é um período de experimentação e pode ser uma herança boa desta crise. Traz benefícios tanto para o empregador quanto para o trabalhador.

Vai ser um ano muito difícil para a economia?

Nunes - Para se ter uma ideia, no final de 2019, quando fizemos o balanço econômico, prevíamos um crescimento de 1,8% para a economia em 2020. Na última segunda-feira, fizemos uma revisão, colocando um pouco do impacto do Coronavírus e também da estiagem. Caiu para 0,1% o crescimento, ou seja, quase nada. O PIB do 1º trimestre será um pouco impactado e o do 2º trimestre será ainda mais. A indústria tinha previsão de 1,4%, mas deve ser de 0,7%

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

PARA SE PROTEGER

Como lidar com sintomas, suspeitas e isolamento Diante de uma situação inédita, são comuns as dúvidas sobre o coronavírus.

Confira dicas de como se portar em meio à crise

SINTOMAS Os principais sintomas da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, são tosse, febre e dificuldade de respirar, no entanto, há outros sintomas.

Há possibilidade de o paciente não sentir todos os sintomas.

• TOSSE SECA • CORIZA

• CANSAÇO • DOR NO CORPO

MATHEUS CHAPARINI

PERGUNTAS E RESPOSTAS Já tem algum caso confirmado em Lajeado?

Quantos suspeitos?

Até o fechamento desta matéria, não havia casos confirmados no Vale do Taquari.

Qual o procedimento em relação às gestantes e aos bebês que nascerão nas próximas semanas?

Se a mãe tiver sintomas respiratórios ou confirmação de infecção deve lavar as mãos antes de tocar no bebê e usar uma máscara facial, se possível, enquanto estiver amamentando ou ainda retirar o leite para fornecer ao bebê

matheus@jornalahora.inf.br

A

próxima semana será de grande isolamento na região, medida que visa reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus.

A Hora reuniu diversas fontes técnicas e oficiais para orientar os leitores como evitar a contaminação, o que fazer caso os sintomas apareçam e como lidar com o isolamento.

A recomendação é que quem não precisar sair de casa não saia. Em caso de idosos e grupos de risco, este cuidado é ainda mais importante.

Os sintomas da doença são muito semelhantes aos de um resfriado comum. Os mais frequentes são tosse seca, febre e fadiga. O paciente que sentir os sintomas deve ficar em casa e entrar em contato com a vigilância sanitária do município. Se houver falta de ar, procure atendimento médico.

Lajeado tem atendimento 24h Orientações 24 h para atendimento exclusivo de pessoas com suspeita de contaminação: (51) 99911-3609 e (51) 99571-3309 Só devem ligar para os celulares, neste momento, pessoas que tenham retornado de viagem ao exterior nos últimos 14 dias ou tenham entrado em contato com alguém comprovadamente contaminado e que, além disso, tenham febre a partir de 37,8°C e sintomas respiratórios.

Em caso de dúvidas

Telefones para informações gerais sobre o vírus 136 • Ministério da Saúde 150 • Vigilância do Estado do Rio Grande do Sul

• DIARREIA

• FEBRE

• DOR DE GARGANTA • DIFICULDADE DE RESPIRAR

• Algumas pessoas podem contrair a doença e não apresentar sintomas • Em média 1 a cada 6 pessoas que contrai o vírus apresenta a forma grave da doença • Cerca de 80% das pessoas se recupera da doença sem precisar de tratamento especial

FORMAS DE TRANSMISSÃO

Posso ficar com a casa aberta, sentar e tomar um chimarrão?

A casa deve ficar aberta, ventilada. O chimarrão está liberado, a recomendação é que ele seja individual. A roda de chimarrão deve ser evitada, por aumentar risco de transmissão. É possível pegar mais de uma vez a doença?

Acredita-se que uma pequena porcentagem da população tenha esse risco. Ainda não estudos conclusivos.

Quando devo usar a máscara?

Use a máscara se estiver tossindo ou espirrando, para evitar transmitir o vírus para outras pessoas ou se estiver cuidando de uma pessoa com suspeita de infecção.

CASOS IMPORTADOS: Pacientes que voltaram do exterior com sintomas

LOCAL: Quando alguém que se contaminou no exterior transmite o vírus para outra pessoa que não viajou

COMUNITÁRIA: Quando não é possível identificar a origem de uma contaminação FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE

FIQUE RECOLHIDO, MAS MANTENHA A SAÚDE MENTAL

• Evite ler apenas notícias sobre a pandemia.

Procure fontes oficiais e confiáveis; • Foque a maior parte da sua energia em as atitudes de prevenção e não somente em acumular informações; • Comece o dia com uma lista de tarefas simples, com pequenas metas diárias. Isto ajuda a construir uma nova rotina; • Se dedique pequenos consertos em casa, ler livros de literatura, exercícios de alongamento, organizar gavetas, cuidar das plantas, cozinhar;

Com a orientação de permanecer o máximo possível em isolamento residencial, é necessário adotar algumas estratégias para reduzir o impacto do confinamento. A psicóloga Alice Grasiela Chaves, mestre em psicologia social e institucional e professora da Univates dá dicas de como manter a saúde mental durante a pandemia.

• Caso a sua ansiedade esteja muito alta, separe 5 minutos, três vezes ao dia, para praticar respiração diafragmática, que consiste em inspirar e expirar lentamente. Isso ajuda a reduzir o ritmo e a sair mais rápido de crises que poderão ocorrer; • Isolamento físico não precisa ser isolamento social. Combine uma chamada de vídeo com seus amigos e/ou familiares, para “jogar conversa fora”; • Evite pensamentos e comentários pessimistas.

Lembre-se que este é um cuidado comunitário, não uma punição.

Quais os pacientes em grupo de risco? Grávidas fazem parte do grupo de risco?

Idosos, pessoas diabéticas, com doenças cardíacas, cardiovasculares, doenças pulmonares crônicas, doenças reumatológicas, pacientes com problema de imunidade.

Grávidas, a princípio, não são grupo de risco. Pré diabetes não é grupo de risco.

Como ocorre a transmissão?

De pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratória expelidas pelo nariz ou boca quando uma pessoa infectada fala, espirra ou tosse.

As gotículas podem ficar depositadas em objetos ou superfícies.

Que cuidados devo ter ao ir ao supermercado?

Supermercado não é passeio.

Entre, pegar o necessário e sair.

Higienizar a mão sempre que possível, não levar a mão ao rosto, evitar filas.

FONTES: MINISTÉRIO DA SAÚDE, SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE LAJEADO, MÉDICO INFECTOLOGISTA GUILHERME E MÉDICA INFECTOLOGISTA MANOELA VAUCHER

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020 Apresentado por

LAJEADO E REGIÃO GANHAM NOVO ALIADO À SAÚDE E BEM-ESTAR

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VIDA CARD CHEGA AO VALE DO TAQUARI E TRAZ CONCEITO DIFERENCIADO DE PLANO ASSISTENCIAL

PLANOS ASSISTENCIAIS

Jéssica R. Mallmann jessica@jornalahora.inf.br

O

Diego Roberti e Guilherme Andrade

pção moderna, econômica e inteligente para cuidar da saúde da família. É com este conceito que o Vida Card chega a Lajeado para agregar qualidade aos serviços clínicos, por preços

À frente da unidade de Lajeado estão os sócios Guilherme Andrade e Diego Roberti. Residentes do município, os empresários perceberam no mercado regional uma oportunidade de aliar qualidade aos

acessíveis. Com sede localizada na avenida Benjamin Constant, - 1968, a empresa iniciou as atividades no último dia 18, e oferece planos a partir de R$ 35.

O Vida Card é um cartão de saúde que está no mercado há mais de 10 anos. Franquia originária de Santa Maria, a empresa conquista o estado pela qualidade dos serviços e atendimento, que visam sempre o bem-estar do cliente, por um preço justo. Hoje, a marca está presente em 12 cidades gaúchas, com clínica médica própria e uma ampla rede de profissionais conveniados.

serviços básicos de saúde. “Em nosso amplo centro de saúde oferecemos consultas médicas, atendimentos odontológicos e exames”, ressalta Andrade.

Por meio do cartão, o cliente pode optar por consultar no espaço Vida Card, ou agendar atendimento com a rede de profissionais credenciados.

“Nosso maior objetivo é viabilizar consultas e exames com valores acessíveis para todos. Com o Vida Card, as consultas com médico especialista ou clínico geral tem agendamento facilitado, na nossa clínica”, salienta Roberti.

Os clientes podem optar por três planos Vida Card. A modalidade básica, a partir de R$ 35, inclui consultas e exames com até 70% de desconto, bem como o empréstimo de equipamentos médico-hospitalares. Neste pacote o titular pode adicionar até quatro dependentes.

Além do plano básico, há as opções Vida Card Plus e Premium, que oferecem seguro funeral, de acidente pessoal e de despesas médico-hospitalares, bem como sorteios se-

manais. “É importante destacar que, com o Vida Card, é possível ter acesso a hospitais e pronto atendimentos, com opções diferenciadas para o pagamento de cirurgias e procedimentos médicos, quando necessário”, afirma Andrade, que destaca que empresas também podem adquirir os planos em pacotes especiais.

CENTRO DE SAÚDE VIDA CARD O Espaço Vida Card de Lajeado possui: • 6 salas médicas • 2 consultórios odontológicos • 2 salas de exames Os atendimentos podem ser feitos pelo telefone (51) 4064-0799 ou (51) 99870-8023. Para mais informações acesse vidacard.med.br Produzido por

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

COOPERAÇÃO HUMANITÁRIA

Solidariedade e união crescem em meio à pandemia FÁBIO KUHN

Inspirados em ações de âmbito estadual e nacional, voluntários da região criam rede de ajuda para auxiliar pessoas em isolamento

PELO MUNDO *Além de entregar marmitas para pessoas em situação de rua em Porto Alegre, integrantes do Cozinheiros do Bem começaram a distribuir kits com máscaras e álcool gel às pessoas em situação de rua.

FÁBIO KUHN fabiokuhn@jornalahora.inf.br

*Também na capital gaúcha, a vizinha de uma livraria pagou o aluguel ao perceber a dificuldade financeira do proprietário em função do avanço do vírus – mais de 30 casos confirmados na sextafeira. “A presença de uma livraria na rua era importante para ela”, ressaltou reportagem do Sul21.

VALE DO TAQUARI

A

ameaça do novo coronavírus motiva o chamado distanciamento social com restrição de contato entre pessoas e pedido de isolamento. Mesmo cada vez mais separada, pandemia inspira a comunidade a ajudar quem mais sofre com o confinamento.

Nas redes sociais, se multiplicam casos de pessoas que se colocam à disposição para realizar, de graça, serviços externos para integrantes do grupos de risco – idosos, diabéticos, hipertensos, pessoas com insuficiência renal crônica, doença respiratória crônica e doença cardiovascular.

Michele Lauane Gollub Rech, 20, é uma delas. A estudante do técnica em radiologia motivou a realizar a campanha após ver ações semelhantes em São Paulo.

“Quem estuda na área da saúde sabe a importância da prevenção.

Espero poder ajudar muitas pessoas”, conta.

A divulgação foi feita pela rede social. Na mensagem, a moradora de Lajeado destaca que a pandemia “vai passar se todos nós tivermos

Michele é uma das pessoas que se voluntariou para auxiliar nas compras de pessoas que integram o grupo de risco REPRODUÇÃO

a conscientização, empatia e amor pelo próximo”. Conforme Michele, amigas de outras regiões se espelharam na publicação para realizar ações semelhantes.

“Quem pode precisa se doar um pouco” Em Roca Sales, a mobilização solidária é encabeçada pela primeira-dama Cássia Fontana, 37.

Até a manhã de sexta-feira, cinco pessoas já haviam solicitado ajuda para compra de produtos nos mercados e farmácias.

Cássia acredita que a procura deve aumentar na próxima semana, com o possível avanço do vírus no estado. “A comunidade

*País com mais de três mil mortos pelo vírus, a Itália repercute na web diversos vídeos de moradores cantando nas janelas e sacadas como forma de integração durante a quarentena, mesmo cada um ocupando espaços distintos; *Na Espanha, um possível instrutor de ginástica deu uma aula coletiva aos vizinhos de quarentena. Cada um estava na varanda de sua casa.

Pubilcação de Cássia oferecendo ajuda em Roca Sales

está percebendo os perigos do vírus”, percebe.

Conforme a primeira-dama, maior preocupação são com os idosos. Dos quase 12 mil habitantes

de Roca Sales, 2,5 mil tem mais de 60 anos. “Nem sempre os idosos têm alguém consigo. Acredito que quem pode precisa se doar. É o legado que vamos deixar depois da

pandemia”, defende.

Além dela, outras três pessoas se colocaram à disposição para auxiliar nos serviços externos e evitar que pessoas do grupo de risco saiam às ruas.

Campanha de Lívia Teles chega aos R$ 5 milhões LAURA MALLMAN laura@jornalahora.inf.br

VALE DO TAQUARI

A campanha Todos pela Lívia chegou aos R$ 5 milhões na noite de quinta-feira. A família compartilhou a novidade pelas redes sociais.

Lívia Teles, a menina de Teutônia, que luta para vencer a Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, precisa de mais R$ 4 milhões para a compra da dose única do medicamento Zolgensma. Ele possibilita a cura definitiva e deve ser aplicado

DIVULGAÇÃO

até outubro de 2020.

A mensagem publicada no Instagram @liviatls agradece a colaboração de todas as pessoas mesmo em meio a pandemia do coronavírus. Com o avanço da Covid-19, a maioria das ações presenciais foi cancelada ou adiada. A campanha se intensifica nas redes sociais.

“Ajudem a espalhar nossa campanha e continuem doando através de depósito”, pede a menagem.

Campanha pela Lívia Em agosto do ano passado, pais e

Em duas semanas, campanha arrecadou mais de R$ 1 milhão

voluntários iniciaram a campanha “Todos pela Lívia”. Saiba como ajudar no Instagram: @liviatls .

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

Região impõe toque de recolher FÁBIO KUHN

Comércio fechado, velórios com hora limitada e decreto coletivo de calamidade foram decisões tomadas nessa sexta por prefeitos da região

O QUE MUDA NA VIDA DAS PESSOAS • Comércio dos municípios do Vale fecha as portas a partir de segunda-feira, por tempo ainda indeterminado. Em Lajeado, lojas já fecham a partir deste sábado.

• As cidades do Vale terão toque de recolher a partir da segunda-feira, 23. A decisão inédita, exige que após às 20h, nada, axceto serviços essenciais, poderá funcionar nos municípios.

• Velórios serão restritos aos familiares e podem durar no máximo 4 horas; • Todos os prefeitos decidiram decretar Estado de Calamidade Pública até a próxima segunda-feira;

JULIANA PISONE

A

mobilização de combate ao coronavírus teve decisão inédita na região. Nessa sexta-feira, prefeitos reunidos em Encantado optaram por implantar toque de recolher às 20h, a partir da próxima segunda-feira. Trata-se de uma das mais enérgicas medidas tomadas frente ao avanço da Covid-19 no país e estado. A ideia é frear ao máximo a proliferação da doença no Vale, ainda que nenhum caso tenha sido confirmado até o fim do dia de sexta.

O prefeito de Imigrante, e vi- Diversas lojas já estão fechadas na área central de Lajeado ce-presidente da Amvat reforça a importância do toque de recolher senso com a comunidade. “Temos cozinha, por exemplo, todos serão e de todas as medidas tomadas pe- muitas demandas a serem atendi- obrigados a fechar as portas.

Em Lajeado, no entanto, relos prefeitos. Temos que ser sensí- das, mas se formos acionados vaveis a este momento turbulento e mos fazer a nossa parte, buscando união realizada durante a tarde fazer nossa parte. A hora de agir é orientação junto ao gabinete de de sexta antecipou o fechamento crise do município”. do comércio para este sábado. O agora”, sustenta. acordo foi entre o poder público, O cumprimento do toque de reCDL e Sindilojas. Para o presidencolher fica a cargo da Brigada Mi- Comércio fechado Outra decisão tomada pelos te da CDL, Aquiles Mallmann, a litar de cada cidade, que passará pelos centros urbanos e orientará prefeitos foi o fechamento total instituição dará todo apoio necescomércio.

Afora os serviços essário aos associados, “ não temos a sociedade.

Para o coronel Luis A HORA | Quinta-feira, 12 de setembro de 2019 | Ano 16 - Nº 2422 | do Avulso: R$ 2,50 Fechamento da edição: 21h Marcelo Maya, a orientação no senciais, como bancos, farmácias, o poder do sim ou do não para o feprimeiro momento é de fazer uma supermercados, MAIS VEREADORES EM LAJEADOpostos de com- chamento, mas a entidade entenação de convencimento e de bom bustíveis e revendedores de gás de de que o momento é de precaução

• Prefeituras da região passam a trabalhar de portas fechadas por tempo indeterminado, com redução no número de servidores.

Equipes de saúde continuam atendendo em regime presencial;

para evitarmos ao máximo a propagação do vírus, para o quanto antes, associados e comunidade em geral, retomarem a rotina normalmente”.

Pela decisão dos prefeitos, o comércio da região ficará fechado por tempo indeterminado. “Como as cidades ficam muito próximas, não poderíamos fechar o comércio apenas em algumas cidades, pois haveria ainda um fluxo migratório”, explica Marcelo Caumo, prefeito de Lajeado.

Indústrias mantêm produção

O QUE PODE ABRIR - Supermercados - Agências Bancárias - Bares e restaurantes (com restrições) - Postos de Combustíveis - Farmácias, clínicas médicas e laboratórios

Por se tratar de um segmento vital para o abastecimento, prefeitos não tomaram nenhuma decisão sobre o setor industrial.

“Somos um Vale de Alimentos.

Proibir a produção de alimentos neste momento pode significar um risco de desabastecimento regional e estadual. Sobre este tema, vamos aguardar uma determinação e encaminhamento em nível estadual”, explica o prefeito de Lajeado.

serão anunciadas. “Assim que tudo voltar ao normal, novos prazos serão dados para a análise das emendas” declarou Silveira.

Os projetos de lei PLC 001, PL 019/20 e PL 143/19 poderão ser com todos os vereadores serão votadas em um grupo do WhatsApp com todos os verea-

dores. A decisão foi tomada por unanimidade.

O prefeito pede que os vereadores se familiarizem com a ferramenta Google Hangouts Meet que permite videoconferências online. Hoje pela manhã aconteceu um teste com o Google Hangouts.

Apenas um é favorável aCâmara ampliar dede 15Lajeado para 17 fará sessão não-presencial

Indecisos são cinco e contrários, sete. Com esse resultado, proposta não avança

ARQUIVO FÁBIO KUHN

PARINI

Plano diretor

A prioridade dos vereadores será a votação de projetos urgentes. A votação do PL 036/19 relativo ao Plano Diretor de Lajeado está suspensa.

Segundo o presidente da Câmara, Lorival Silveira (PP), novas datas de votação da matérias

caliado

ir te

decaanna 3

• Restaurantes e padarias terão que reduzir em 50% o número dos espaços e serão obrigados a implantar precauções, bem como horários especiais de atendimento.

POLÊMICA Ordempossibilidade do diadeserá cumprida por meio votos digitais ampliar para 17 o número de vereadores.

Texto com de as emendas pode ser apresentado na próxima terça Páginas 6 e 7 Comissão parlamentar estuda mudanças na Lei Orgânica. Pelo aumento da população, acima de 80 mil habitantes, o município tem a

LAJEADO

O uso de aplicativo de mensagens instantâneas para a votação foi o meio encontrado para que os parlamentares cumpram as ordens do dia. Em reunião exEDITORIAL traordinária nessa sexta-feira, os

MATHEUS CHAPARINI

Mais vereadores?

Proposta soa como disparate.

OPINIÃO RODRIGO MARTINI

Excesso de pedidos

vereadores de Lajeado definiram estratégia para manter os trabalhos do Legislativo.

A próxima sessão, programada para terça-feira, 24, foi transferida para quinta-feira, dia 26. Dessa maneira, todos os vereadores poCENTENÁRIO dem se acostumar com a novidade.

Posto desativado acumula entulhos Fechado faz quase duas décadas, posto junto à BR-386 é alvo de recla-

são relativas à proliferação de insetos.

Terreno está em dispu-

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

SONHOS ADIADOS

O crescimento dos casos no estado levou moradores do Vale a transferir comemorações como casamentos e formaturas. Atividades serão reprogramadas LAURA MALLMANN Laura@jornalahora.inf.br

C

om os convites entregues e detalhes acertados, as irmãs Dinara Gabriele Hensel, 23, e Daiane Andressa Hensel, 26, contavam os dias para a festa de formatura marcada inicialmente para o dia 28 de março. Recém formadas em Publicidade e Propaganda e em Engenharia de Software, pela Univates, planejavam a festa formatura há cerca de um ano. Tudo estava pronto para receber os convidados em Teutônia.

Os sentimentos de Dinara se misturam entre frustração, decepção e conformidade. “Adiamos um momento tão esperado que estava quase chegando”, conta. O avanço da pandemia do coronavírus no estado fez as irmãs repensarem a necessidade de realizar a festa agora e concordaram na mudança da data para garantir a segurança dos convidados.

“Não teríamos a segurança e a alegria para fazer uma comemo-

ARQUIVO PESSOAL

ração, enquanto o resto do mundo está apavorado. Ao mesmo tempo em que é uma frustração, também temos o sentimento de fazer algo certo. Ninguém nos obrigou a cancelar.”

Foram oito anos de graduação para Daiane e outros cinco para Dinara. Agora, serão mais seis meses de espera. “Talvez o sentimento de conquista, em setembro, já tenha passado. Mas até lá, já terão outras novas conquistas para reunir e comemorar”, prevê.

“Nova data será tão incrível como seria essa” A história é semelhante a do casal Vanessa Bald e Maicon Fernando Egger, que tinha o casamento marcado para este sábado.

Pela importância do momento tão esperado, Vanessa ficou irredutível no começo. “Planejamos nosso casamento há quase um ano, para chegar a dias antes e ter de adiar”, relata.

A decisão do cancelamento foi na quarta-feira. Os dois contam que até o início da semana, a situação parecia tranquila para o dia especial se realizar. “Tínhamos a ideia de manter, porém com o passar dos dias ficou impossível. Muitos convidados já haviam avisado que não compareceriam”, relembra.

Alguns imprevistos aconteceram com a necessidade do adiamento das datas. Conforme Vanessa, quase todos os fornecedores de serviços entenderam a situação e cancelaram as reservas. “Tivemos alguns problemas com as flores da

Casamento de Vanessa e Maicon ocorreria na noite deste sábado. Para eles, a nova data será ainda mais emocionante

ARQUIVO PESSOAL

decoração e com a remarcação das diárias da lua de mel, mas nada que não será resolvido.”

O casal já planeja uma nova data.

Vanessa explica que será preciso conciliar a agenda de todos envolvidos, entre eles fotógrafo, decoradora e salão.

“Acreditamos que o sentimento vai ser melhor ainda. Não é fácil passar por isso agora, mas creio que a nova data será tão incrível quanto seria essa”, acredita Vanessa.

“Precisamos pensar na saúde” O salão de beleza Ponto Xik, especializado em casamentos e formaturas, decidiu paralisar as

Daiane e Dinara comemorariam a formatura no próximo dia 28

atividades por tempo indeterminado. A proprietária Marcia Schmitz, já acompanhava a situação desde o início de março. “Naquele tempo percebi que seríamos afetados e que precisaríamos nos reinventar”, relembra.

Marcia relata que todas as medidas de prevenção foram adotadas. “Reforçamos os modos de prevenção com toalhas descartáveis e álcool gel. Porém, com o medo instaurado, repensamos os modelos de atendimento”, explica.

No salão, foram três sábados especiais para noivas cancela-

dos. “Em seguida, recebemos a suspensão das formaturas”, recorda. Ainda de acordo com Márcia, a decisão de interromper as atividades foi para pensar no bem coletivo. “A quarentena será um momento de reinvenção”, acredita.

Ela se diz otimista já que a região está à frente de outros países com o trabalho de prevenção.

“Não podemos nos comparar a Itália, China, pois já estamos nos preparando”, afirma.

Ela acredita que não há nenhum exagero nos cancelamentos e alertas para fechar o comércio. “Precisamos pensar na saúde.”

Lajeado

Arroio do Meio

Estrela

51 3748.0103

51 3716.2221

51 3720.2204

Fim de semana, 29 de fevereiro e 1º de março de 2020

CORONAVÍRUS

A VIDA SEM ESPORTE Filhos do Vale espalhados pelo mundo relatam a situação em seus países enquanto as competições estão paralisadas por causa da pandemia CAETANO PRETTO caetano@jornalahora.inf.br

N

ão é só no Brasil que a maioria das atividades esportivas estão paralisadas. A pandemia do coronavírus mexe com toda a estrutura do esporte mundial, fazendo com que milhares de atletas fiquem em casa e se preparem para quando as atividades voltarem.

Pelo menos sete atletas possuem ligações com o Vale do Taquari.

De Portugal ao Japão, passando por Itália, Espanha e Macedônia e chegando até os Emirados Árabes Unidos, tudo está paralisado.

Filhos do Vale contam o que presenciam nas ruas destes países e como a pandemia tem alterado as suas rotinas.

“É ALGO DE GRANDE PROPORÇÃO NA EUROPA” Natural de Arroio do Meio, Cássio Scheid, 26, joga no Farense, time da cidade de Faro, em Portugal. O time estava brigando para subir à primeira divisão da Liga Portuguesa quando o campeonato foi paralisado em virtude da pandemia. Agora, as atividades esportivas no país estão paradas por tempo indeterminado. “Não sabemos quando vai voltar ou como vai ficar a situação”, comenta o jogador.

Fora o campeonato, todos os clubes estão proibidos de treinar.

Sendo assim, os jogadores têm recomendações para treinarem em casa, e se for para sair de casa, somente para necessidades básicas, como compras em mercado e consultas médicas.

O caso de Scheid é ainda diferente. O jogador está parado faz dois meses após uma cirurgia no joelho. Para a recuperação, ele realiza tratamentos individualmente com um fisioterapeuta.

Com cerca de 800 casos confirmados, Portugal está entre os países mais afetados pelo coronavírus na Europa e já decretou estado de emergência. Escolas e comércio foram fechados, e a determinação é que a população não saia de casa. “Há um limite de pessoas que podem entrar nos mercados. O restante das pessoas fica em uma fila com uma distância considerável uma da outra”, comenta.

Cássio mantém contato direto com a família em Lajeado. “É algo de grande proporção na Europa, e por isso tento alertá-los sobre os cuidados básicos do dia a dia. Digo que o melhor é permanecer em casa até as coisas acalmarem.”

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 29 d efevereiro e 1º de março de 2020

“É PRECISO DIZER AONDE SE VAI” Rafael Rizzi, 26, mora em Rieti, na Itália, onde joga futsal no Real Rieti. Natural de Lajeado, ele diz que a equipe vinha muito bem nas competições, onde estavam em uma sequência invicta de dez jogos antes de pararem em função do coronavírus. “As expectativas eram ótimas, a princípio brigaríamos em todas as competições. É óbvio que atrapalha, mas por motivos maiores tivemos que parar, agora é esperar e ver o que será decidido”, comenta.

A Itália é o segundo país com mais casos no mundo, atrás da China, e o com maior número de mortes, mais de 3.500. O governo decretou quarentena até o dia 3 de abril e suspendeu todos os eventos esportivos. Depois da data estipulada, voltarão a avaliar a situação.

Rizzi diz que a cidade está toda fechada, apenas farmácias e mercados funcionam, e mesmo assim com horário restrito.

Todo mundo deve ficar em casa e, se sair, é preciso levar um documento que funciona como uma forma de autorização. “É preciso dizer aonde se vai e o porquê. Caso a polícia pare alguém na rua sem o documento, a pessoa pode ser presa e até pagar uma multa de 300 euros”, diz o jogador.

Rafael comenta que não houve nenhuma contaminação em seu clube, e que os atletas receberam uma planilha de treinamentos para serem feitos em casa. Com a família no Brasil, é normal que haja preocupação, por isso Rafael fala todos os dias com os familiares e tenta deixá-los tranquilos. “Não tem muito o que fazer, então é ter calma e manter os cuidados necessários.”

AOS POUCOS, O JAPÃO VOLTA AO NORMAL O japonês Takumi Sugimoto jogou na Alaf no ano passado e estava se preparando para voltar ao Brasil quando a pandemia surgiu. Natural de Kanagawa, cidade com mais de 9 milhões de habitantes, ele diz que a situação no país asiático está amena. “O Japão está melhorando. Tinha parado muitas coisas, como aulas e esportes, mas aos poucos está voltando ao normal”, diz.

O Japão tem cerca de mil casos e 30 mortes devido o coronavírus, mas nenhum caso na cidade de Takumi. “A minha cidade soube lidar e está bem, mas tem casos no meu estado”, comenta o jogador.

“TIVEMOS JOGADORAS COM FEBRE, MAS O CONTÁGIO FOI DESCARTADO”

Natural de Nova Bréscia, Ana Carolina Sestari, 24, é outra filha do Vale que mora na Itália. Goleira no Montesilvano Calcio, ela inclusive é naturalizada italiana, tendo defendido a seleção de futsal do país.

A goleira mora na região de Pescara, onde já houve 15 mortes e mais de 400 casos confirmados. O último jogo que disputou foi no dia 23 de fevereiro, pouco antes da paralisação do país. “Tivemos jogadoras com febre, mas era uma simples gripe. Fizeram o exame e foi descartado o coronavírus, mesmo assim ficamos preocupados. Felizmente não há nenhum caso no meu time”, comenta.

Ana diz que a conversa com a família é frequente, sempre dando a real situação. “Minha mãe me liga e pede como estou, o que está acontecendo. Sempre falo a verdade. A questão é que o Brasil já deveria ter tomado as mesmas medidas que a Itália para assim o vírus não ir para frente.”

CONTINUA >>

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

“QUANTO TUDO NORMALIZAR O CAMPEONATO DEVE VOLTAR”

“MAIS IMPORTANTE QUE O FUTEBOL” Zagueiro do Alavés, da Espanha, Rodrigo Ely, 26, está confinado em casa já faz alguns dias. A Espanha é o quarto país com mais casos no mundo, já são mais de 18 mil, com cerca de mil mortes. “A Espanha toda está em alerta. Todos os lugares fechados, todo mundo em casa por ordem do governo. Há policiamento na rua controlando as pessoas e chegam até a multar quem está fora de casa sem necessidade”, comenta Ely, natural de Lajeado.

O Alavés, time na qual joga, é uma equipe de primeira divisão da Liga Espanhola. Sete profissionais do clube deram positivo para o coronavírus, sendo três atletas. “Fizemos o teste por recomendação da Liga, até pela questão da continuação ou não do campeonato. Fiz o teste e deu negativo. Tenho companheiros e pessoas próximas que deram positivo, mas estão todos sem sintomas” comenta.

O zagueiro conta que está confinado dentro de casa com a família desde o início da semana. É uma recomendação do governo, mas ele diz que é por vontade própria também, pois é uma forma de prevenção e de frear a situação.

A temporada estava em linha com o objetivo do clube, que é a permanência na primeira divisão. “Estávamos em uma boa dinâmica, mas o mais importante agora é a saúde de todo mundo. Fizeram mais do que bem em parar a temporada para se concentrar só no combate do Covid-19”, salienta.

Os planos para as próximas semanas são ficar em casa, onde Rodrigo tem uma academia para manter a forma para quando voltar a jogar. “Preciso manter a parte fí-

sica, mas também fazer a minha parte como cidadão para combater o vírus, que é algo muito mais importante que o futebol em si.”

“JÁ FUI TESTADO E FELIZMENTE DEU NEGATIVO” Maiky Reiter, 34, mora em Abu Dhabi e é professor de jiu-jitsu nas forças armadas dos Emirados Árabes Unidos. Ele conta que o país já teve 140 casos, mas nenhuma morte.

“O sheik tomou precauções desde o começo.

Escolas fecharam e o exército tem trabalhado apenas na parte burocrática”, comenta.

Reiter conta que uma das últimas medidas tomadas foi vetar a entrada de turistas e até residentes que viajaram para fora do país. O governo garantiu também que não irá faltar nada para a população, principalmente em relação à comida e medicamentos.

Ele conta que para entrar na base militar é obrigatório o uso de máscaras, além de ser necessário medir a temperatura corporal. “Já fui testado e felizmente deu negativo”, comemora.

Morando dez anos em Abu Dhabi, Reiter mantém conversa diária com os familiares que moram em Estrela e Cruzeiro do Sul. “São horas de diálogo sobre os acontecimentos, sobre o que fazer e como se comportar.

Eles logo entenderam a seriedade da situação e estão se cuidando.”

Paulo Eduardo Carvalho, o Padu, já brilhou com a camisa do Lajeadense e hoje está no Makedonija Gjorce Petrov, sexto colocado no campeonato da Macedônia, mais uma competição que está parada e sem data para voltar. “Essa semana teve uma reunião na UEFA e eles debateram sobre a ideia de terminar a temporada agora, mas não foi aceito. Então, a princípio, quando tudo normalizar o campeonato deve voltar”, conta ele.

Com uma população de 2 milhões de habitantes, a Macedônia tem cerca de 50 casos de Covid-19, mas nenhuma morte. Segundo Padu, a situação no país é mais tranquila que no Brasil, com as lojas e mercados ainda funcionando. “As pessoas compram só o necessário e em todos os lugares tu é atendido por alguém de máscara e luva, além de ter álcool em gel na entrada e na saída”, comenta.

O atacante havia perdido os últimos jogos por causa de uma lesão no metatarso, e com a parada já conseguiu se recuperar. Ele foi titular nas três primeiras rodadas do campeonato, tendo feito gol inclusive.

Com família em Roca Sales e em Caxias do Sul, ele conta que a preocupação maior não é sobre a sua situação na Macedônia, mas sim a do Brasil. “No começo eles ficaram preocupados, mas a situação está mais preocupante no Brasil do que aqui.”

COVID-19 NO ESPORTE Daniele Rugani – Zagueiro da Juventus Blaise Matuidi – Volante da Juventus Patrick Cutrone – Atacante da Fiorentina Germán Pezzela – Zagueiro da Fiorentina Jonathas – Atacante do Elche Ezequiel Garay – Zagueiro do Valencia José Gayà – Lateral do Valencia Eliaquim Mangala – Zagueiro do Valencia Mikel Arteta – Técnico do Arsenal Callum Hudson-Odoi – Atacante do Chelsea Kevin Durant – Ala do Brooklyn Nets Rudy Gobert – Pivô do Utah Jazz Donovan Mitchell – Armador do Utah Jazz Earvin Ngapeth – Jogador de vôlei francês Sean Payton – Técnico do New Orleans Saints

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A HORA ESPORTE | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

AMADORES

EC AMERICANO/COROAS

CINQUENTÕES JOGO DO DIA 7 DE MARÇO

JOGO DO DIA 14 DE MARÇO

No sábado passado tivemos uma perdido bastante equilibrada, com a vitória do time Vermelho por 3 x 2. Outro destaque ficou por conta do belo gol de Elito Giongo. Ele colocou a bola no ângulo do goleiro, a pena que foi contra.

Os gols do jogo foram marcados por Flávio e Inácio (Azul). Os gols do time vermelho foram anotados por Elito (contra), Secco e Batata.

O time Azul jogou com Locatelli. Eliton, Jorge, Dário, Imério, Ezequiel, Henrique, Inácio, Belmonte, Dinho, Tonho, Alex e Flávio.

Já o time Vermelho atuou com Valmir, Gemelli, André, Ari, Wikert, Ilson, Celso, Schosler, Osório, Batata, Souza,Valmor, Félix e Seco.

A arbitragem esteve a cargo de Altevir, auxiliado por Adão e Gerevini.

A partida do dia 14 de março entrou para a história dos Cinquentões do EC Americano Coroas. Pela primeira vez, a partida não teve gols.

O time Azul atuou com Valmir, Valmor, Ari, Pingo, Félix, Wilson, Inácio, Carson, Flávio, Seco, Belmonte e Otto. Já o time Vermelho atuou com Locatelli, Ito, Dário, Imério, Wickert, Ezequiel, Régis, Reni, Schossler, Batata, Dinho e André.

Décio Bresciani foi o árbitro da partida.

Ele foi auxiliado por Gerevini e Régis.

DESTAQUES TIME AZUL: FLÁVIO E HENRIQUE TIME VERMELHO: ARI E ANDRÉ

DESTAQUES TIME AZUL: VALMIR E SECCO TIME VERMELHO: EZEQUIEL E ITO

MOMENTO ÚNICO

PAUSA DAS ATIVIDADES

No primeiro jogo do ano, o Leodir Degasperi pediu um autógrafo ao goleador do dia: Dinho Berté

Em virtude do coronavírus, os atletas do EC Americano Coroas optaram por dar uma trégua nos amistosos da sábado de tarde.

Flávio e Henrique foram os destaques do time Azul

Ezequiel e Ito foram os melhores jogadores do time Vermelho

ÚLTIMOS CAMPEONATOS SÃO CANCELADOS Copa Serrana e os municipais de Venâncio Aires e Nova Bréscia foram os últimos a pausarem os municipais. Definição ocorreu na quinta-feira EZEQUIEL NEITZKE

A rodada deste domingo da Copa Serrana foi cancelada EZEQUIEL NEITZKE ezequiel@jornalahora.inf.br

N

a edição de quarta-feira, o A Hora mostrou um levantamento sobre a situação dos campeonatos municipais. Até a data da reportagem dez confirmaram a paralisação e três tinham confirmado a rodada para este fim de semana.

Porém, em nota oficial publicada nessa quinta-feira, a Copa Serrana – competição que integra os clubes do Vale do Sampaio, e o Municipal de Venâncio Aires, decidiram por paralisar a competição.

“Vamos parar neste fim de semana e analisar como estará a situação na próxima semana. As equipes e atletas desejam jogar, mas precisamos seguir tudo em conjunto para cuidarmos da saúde”, relata Jarles Dreissig, organizador da Copa Serrana.

Outra competição que aderiu as paralisações nessa quinta-feira foi Nova Bréscia. Segundo Kléber Zambiasi, o municipal deve retornar assim que a situação melhorar.

“Vamos analisar semana a semana. Não temos como dar uma data certa para o retorno.”

SITUAÇÕES DO MUNICIPAIS Ari e André tiveram a atuação destaca pelo lado Vermelho Bom fim de semana.

Se beber, não dirija!

Seco e Valmor foram os destaques pelo lado Azul Esporte Clube Americano/Coroas Esta história não pode parar!

Arroio do Meio – Em um primeiro momento, a competição será paralisada até o dia 31 de março; Bom Retiro do Sul – O municipal está paralisado por tempo indeterminado.

Boqueirão do Leão – A rodada do fim de semana está cancelada.

A previsão é que o municipal seja paralisado por 30 dias.

Progresso – A rodada do fim de semana está cancelada. A cada semana será estudado se terá ou não os jogos das quartas de finais.

Nova Bréscia – A rodada de domingo está confirmada. A tendência é de que a partir do dia 29 a competição a competição deve ser paralisada.

Roca Sales – Até segunda ordem, a competição está paralisada.

Taquari – A rodada deste domingo foi cancelada. A cada semana os clubes irão se reunir para analisar o desenvolvimento do municipal.

Teutônia – A competição está suspensa temporariamente.

Travesseiro – A competição está suspensa temporariamente.

Venâncio Aires – A competição está suspensa por 15 dias.

Copa Serrana – A rodada deste domingo foi cancelada. A cada semana os clubes se reunirão para analisar o desenvolvimento do municipal.

Copa Aslivata - A competição está suspensa temporariamente.

Copa Integração - A competição está suspensa temporariamente.

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

IDEIAS

Este é um espaço fixo de colunistas convidados pelo A Hora. Cada um escreve um artigo mensal, em espaços previamente estabelecidos e reservados.

CAROLINE LIMA E SILVA

Psicóloga (CRP 07/16371) Mestre em Psicologia - UFRGS

H

á um momento na vida da gente em que o ciclo natural das coisas se inverte: quando nossos pais envelhecem de tal forma que nós também passamos a cuidá-los como um dia eles fizeram conosco. E isso, talvez, seja um dos mais belos ensinamentos que a vida nos dá – o sentido não-linear, mas circular e cíclico do movimento das relações da existência. Ainda mais que hoje em dia a expectativa de vida é bem maior do que

Ser pai e mãe de seus pais tempos passados, com maiores informações sobre saúde e tecnologias para o campo da Medicina. Entretanto, nos deparamos com o crescente número de doenças psíquicas e degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson, que se apresentam grandemente em idosos.

Tais patologias revelam a faceta humana que, não raras vezes, deixamos à margem do conhecimento por simples preconceito, já que vivemos num mundo ainda respaldado pelo culto da juventude e da saúde perfeita.

Enfrentar a doença significa refletirmos também sobre as nossas vulnerabilidades e, mais do que isso, sobre a nossa finitude, o que desconstrói as nossas tolas ideias de controle sobre a vida e o tempo.

Nesse sentido, muitos filhos têm assumido

HUGO SCHÜNEMANN

de lado a amargura da falta de paciência, a intolerância com as limitações apresentadas, a vontade de que tudo fosse do nosso jeito. E podemos nos perguntar: “Por que temos, como sociedade, tanta dificuldade em tratarmos nossos idosos com dignidade e respeito?” Eles são pessoas como nós, que refletem aquilo que, muitas vezes, não queremos ver.

Assim, que nossa sociedade amadureça para o estreitamento das relações com os idosos, a exemplo de civilizações orientais que há muito já se deram conta disso. Ser pai e mãe é amar. Simples assim.

Caroline escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ela: carolswasthya@yahoo.com.br

MARCO D. ROCKEMBACH

Médico oncologista e diretor técnico do Centro Regional de Oncologia (Cron)

Presidente do Sindicomerciários

COVID-19 De súbito, nossa estrutura social, narra estrutura econômica e de desenvolvimento, são postos em cheque. As deficiências, as ausências mazelas começam a brotar por todo o lado.

Escolhas politicas equivocadas do passado e do presente diminuem as perspectivas para o futuro. O medo e histeria se disseminam. Fake News brotam a todo instante. A má fé e a ideologia terminaram por atrapalhar ainda mais a situação.

Tanto já foi dito.

O que surpreende é que, apesar de um evento assim estar previsto já há algum tempo, fomos incapazes de nos precaver.

Primeiro veio a crise. Agora chega a doença. Veremos os mortos. E ao final , chegará a conta.

Os irresponsáveis começaram a desdenhar a gravidade da situação e expondo outros indivíduos a um risco desnecessário e criminoso. Os canalhas aumentaram o preço de itens, para lucrar com a desgraça alheia.

O sistema posto a prova, vai rachar e talvez ceder. Serão dias difíceis e longos.

Talvez solitários. Dias de apreensão.

Um país muito desigual fica evidente.

Muito Evidente. Falta álcool em gel em alguns bairros, em outros não há agua tratada para higienizar as mãos.

Alguns estocaram papel higiênico, como se diarreia fizesse parte do quadro, enquanto outros não tem esgoto tratado, ou sequer privado.

Descobrimos que tem Brasileiros que podem trabalhar de casa, mas há outros que devem comparecer ao trabalho para que o caos não se instale.

Verificamos que o modelo econômico precisa ser revisto, seja na forma de sua

o papel de cuidadores de seus pais, e nesse contexto há um ensinamento maravilhoso para todos nós: que a vida convida as pessoas a se colocarem no lugar do outro sem que notem, simplesmente porque este é o fluxo natural da existência. Poder ser “pai e mãe” de seus próprios pais não tem sentido heróico, mas sim humano, sensível e renovador para os paradigmas que trazemos, muitas vezes, engessados em nossos padrões mentais. Significa a chance do resgate de gerações através da compreensão de que a ajuda ao outro nos ajuda também. Curamos nossas feridas da alma. Descobrimos que só o amor liberta.

Exercer a “parentalidade de nossos pais” converte-se em oportunidade de gratidão, de bem querer e solidariedade, quando deixamos

produção, seja na forma de renumeração.

Sei que isso tudo vai passar. E que a maioria de nos vai sobreviver ao vírus e suas consequências. E que no futuro vamos falar da crise do vírus do COVID 19 como alguém comenta de um acidente no qual se envolveu apenas com danos materiais.

Mas precisamos mais, muito mais.

Precisamos que as instituições saiam fortalecidas. Precisamos que os planos e as prioridades sejam revistas. Precisamos definir em que país queremos viver e criar nossos filhos e netos. E precisamos ter planos, muitos planos.

Planos sérios, reais, amplos, que nos permitam enfrentar os desafios na próxima pandemia. Que nos permitam enfrentar as catástrofes que virão. E que sejam tão bons que possam evitas parte, se não todas as catástrofes e desastres que virão.

Planos que permitam corrigir distorções históricas do desenvolvimento da nossa sociedade.

Precisamos planejar nosso futuro, olhando os erros do nosso passado. Os erros do nosso presente. Precisamos ter um plano A de desenvolvimento e enfrentamento de crises, que seja bom, muito bom, ótimo. E precisamos de um plano B caso o plano A não seja suficiente.

A COVID 19 esta ai. Vai contaminar muita gente. Matar outro tanto. E custar caro.

Não é possível que ao final deste período, a gente não tenha aprendido nada.

Hugo escreve sempre no 1º e 3 º fim de semana do mês.

Fale com ele: hugo.schunemann@gmail.com

Nota conjunta do Sindicomerciários e Sindilojas É de conhecimento de todos que, nos últimos dias, a situação do corona vírus (COVID-19) tem deixado a população em estado de preocupação e alerta com a confirmação de novos casos de contaminação, especialmente em nosso Estado. Entendemos que o momento exija a adoção de medidas que visem reduzir as chances de propagação dessa pandemia.

Cuidados preventivos: Para se evitar a propagação da doença, é preciso engajamento de toda a sociedade.

Os empresários podem colaborar implementando os seguintes cuidados em seus estabelecimentos: Verificar se os locais de trabalho estão limpos e higienizados. Superfícies como pisos, corrimão, mesas, cadeiras, além de telefones, maçanetas e teclados precisam ser limpos regularmente com hipoclorito de sódio a 1% ou álcool a 70%, uma vez que a contaminação em superfícies é uma das principais maneiras pelas quais o Covid-19 se espalha.

Disponibilizar dispensadores de álcool gel/higienizadores de mãos em locais de destaque, acessíveis no local de trabalho, e certificar-se de que sejam recarregados regularmente.

Exibir cartazes e informes orientando sobre a lavagem adequada das mãos com água e sabão ou a higienização com álcool a 70%. Além disso, identificar os locais para a lavagem com água e sabão, que é a principal medida para se evitar a doença.

Orientar sobre a etiqueta respiratória ao tossir ou espirrar, usando sempre a curva interna do cotovelo, cuidado que ajuda a impedir a propagação do Covid-19.

Estimular as equipes de profissionais de saúde e segurança ocupacional para orientar e adotar ações de educação em saúde e medidas de prevenção (como a produção de materiais informativos), principalmente quanto à lavagem das mãos e a higiene respiratória.

Garantir aos profissionais e colaboradores com sintomas do Covid-19 o afastamento imediato e a licença médica.

As entidades orientam os empresários a manterem todos os colaboradores informados com base em fontes seguras, tais como o Ministério da Saúde, as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como identificar se um caso é suspeito de contaminação por coronavírus! É preciso que o paciente reúna, pelo menos, as seguintes características. Se isso acontecer, oriente-o para que contate os canais disponibilizados em cada cidade: • Febre alta • Dificuldade para respirar, tosse seca, diarreia.

• Ter retornado de viagem ao exterior ou contato direto com alguém que tenha viajado nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas.

Considerando os fechamentos de escolas e creches, solicitamos a compreensão dos empregadores, em relação às trabalhadoras que precisem faltar para administrar os cuidados em relação a seus filhos.

A Lei Nº 13.979, de 6 de Fevereiro de 2020, esclarece dúvidas a cerca da dispensa ao trabalho Salientamos que todas estas orientações, visam a manutenção das lojas abertas e trabalhadores em atividades, mas esse objetivo só será possível se todos observarem juntos as medidas de prevenção para evitar a transmissão do vírus.

Sendo o que tínhamos para o momento, as direções dos Sindicato profissionais e patronal, agradecem a sua atenção e compreensão.

Marco escreve sempre no terceiro fim de semana do mês. Fale com ele: sec.lajeado@seclajeado.com.br

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A HORA | Fim de semana, 21 e 22 de março de 2020

ardemio@bewnet.com.br

ARDÊMIO HEINECK

Outras faces do Em Pouso Novo, funcionários da área da saúde realizaram uma campanha nesta semana para conscientizar a população a permanecer em casa para reduzir os riscos de contaminação. Com cartazes, manifestaram a seguinte frase em uma postagem nas redes sociais: “Nós estamos aqui por você! Fique em casa por nós!”

Mande sua foto para o A Hora.

WhatsApp (51) 9 92487689.

FRASES DA SEMANA “Se parar a indústria parar, haverá um grande colapso.

São carnes enviadas diretamente aos mercados”

“Não levei a sério e contraí o vírus” Valdecir Folador,

presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), sobre a necessidade de manutenção das atividades na indústria de alimentos.

Isadora Coutinho,

estudante de Taquari que realiza intercâmbio na Irlanda, infectada pelo coronavírus.

coronavírus

Nas viradas de ano me recolho por um minuto e me pergunto: o que o novo ano reserva? Neste 31 de dezembro, noite cálida e gostosa com a brisa marinha da Rainha do Mar, me fiz o mesmo questionamento, entrando 2020 prevenido para muitas coisas, menos para esta pandemia instalada.

Inimaginável que algo aassim sutil, mas extremamente efetivo pudesse, em tão pouco tempo, desequilibrar nosso universo terreno, tecnificado, que fazia-nos sentir poderosos e indestrutíveis. Terá o coronavírus um dedo divino para afastar-nos um pouco do materialismo, da imoralidade, da crescente falta de valores e de ética, trazendo-nos de volta à redescoberta de sentimentos espirituais e humanitários? À desaceleração do ritmo frenético das nossas vidas? Vejam, por exemplo, de quantas reuniões nos livramos, no momento. E o que mudou sem elas?

No curso de Economia que fiz na FATES (hoje UNIVATES) nos anos 70, estudávamos as grandes calamidades e guerras sob a ótica dos efeitos que tiveram no reordenamento da humanidade. Da mesma forma, as projeções de um crescimento populacional desproporcional, da falta de comida, de água, de moradias, de hospitais, de civilidade, etc. Certo dia Gilberto, colega meio fatalista, pediu a palavra e defendeu a ocorrência da terceira Guerra Mundial como mecanismo de reordenamento populacional, econômico e social.

Foi vaiado.

Pois aí está. Nos encontramos em meio à Terceira Guerra Mundial com o coronavírus.

Tontos com as informações e em meio a manipulações que visam enriquecer uns poucos.

Mesmo as guerras, que mataram milhões, por detrás tinham, como motivação, os interesses de poucos. Historicamente é assim.

Desde que Adão e Eva caíram em pecado, é assim. Caim não matou Abel por isto? Jacó não atraiçoou seu irmão Esaú visando poder e riquezas? Sodoma e Gomorra, as sete pragas do Egito também não nos passam algo?

Sabe-se que este tsunami – que no momento atinge outros países – vai nos pegar. Por hora, em nosso meio são pequenas ondas, as marolas de que falávamos no início da grande crise econômica de 2007/2008. As medidas preventivas e de orientação até agora adotadas, corretíssimas. Também de parabéns a população que, mesmo atônita, faz a sua parte nos cuidados recomendados.

Apenas para contribuir com a reflexão e ações em andamento, cuidaria para que, quando a grande onda chegar, de maio a julho, não termos nos apavorado muito cedo a ponto de, naqueles momentos, não termos mais forças para corrermos para as montanhas onde a água não nos atinge.

Ao invés de repisar a falta de capacidade do sistema de saúde, focaria em criar estruturas de guerra para o atendimento da população infectada pelo coronavírus, com pico previsto no inverno. Em nenhum inverno, nos últimos anos, tivemos vagas suficientes nem mesmo para atendimento das doenças comuns à estação. Nossa região, por exemplo, para uma população de 360 mil habitantes deve contar com cerca de 15 leitos de UTI e algumas dezenas de respiradores com oxigênio.

Quem sabe, utilizar-se parques de eventos no Estado, o exército com hospitais de campanha e estudantes de medicina em final de curso? Assim, montar-se as estruturas necessárias. Também manter, ao máximo possível a atividade econômica e o nível de emprego e renda. Senão, a depressão e a busca pela sobrevivência podem gerar estragos maiores.

Sem esquecer que a praga maior é a fome. Barriga vazia e filho implorando por comida põe as barreiras morais lá nos calcanhares. Quanto à mídia, fundamental sua atuação. Louve-se os órgãos regionais. Informam e orientam bem e na medida. Um exemplo às grandes redes que têm o assunto como pauta única há mais de mês, mas numa linha que mais assusta do que informa e orienta.

Fim de semana 21 e 22 de março de 2020

SEM ESPORTE

PELO MUNDO

Não é só no Brasil que a maioria das atividades esportivas estão paralisadas. A pandemia do coronavírus mexe com toda a estrutura do esporte mundial. De Portugal ao Japão, passando por Itália, Espanha e Macedônia e chegando até os Emirados Árabes Unidos. Filhos do Vale do Taquari relatam a situação em seus países enquanto as competições estão paralisadas.

MÍN: 23º MÁX: 40º

O sol aparece com nebulosidade variável no Vale.