A Hora – 30/04/25

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Quarta-feira,

CONHECIMENTO, CULTURA E PENSAMENTO CRÍTICO

Escolas tradicionais aderem a movimento pela leitura

Programa do Grupo A Hora visa despertar o interesse do público infanto-juvenil

Para além de incentivar a leitura, o Programa Leia quer transformar o Vale do Taquari em um território do conhecimento. Com apoio das escolas, caderno exclusivo será um elo entre o lúdico, a informação e o aprendizado

com os jovens. Para aproximar ainda mais os públicos, uma mascote simpática, a Capivara Leitura, ajuda a resgatar o prazer da leitura no papel e formar mentes mais críticas e criativas desde a infância.

Principal acesso entre municípios da parte alta do Vale, a 332 tem investimento confirmado pelo Estado. Recuperação da rodovia até Soledade deve ser concluída em 2026.

CADERNO | Região Alta

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI

Avanços e muitos desafios

Após um ano da tragédia climática, a demora na entrega de casas preocupa.

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

Três nomes do MDB para 2026

Sigla cogita Mateus Trojan, Germano Stevens e Márcia Scherer como candidatos.

OPINIÃO | VINI BILHAR

Fruki e Sicredi no Top of Mind Marcas estão entre as mais lembradas pelos consumidores gaúchos.

Um ano entre os escombros e lições

Carências

expostas no pós-inundação

Atragédia de 2024 escancarou a fragilidade dos sistemas essenciais do Vale do Taquari. Quando a água subiu, faltou energia, água e até rotas de fuga. Um ano depois, as melhorias ainda são insuficientes para garantir resiliência diante de novos eventos extremos. A destruição das redes de energia e o colapso no abastecimento de água mostram que investimentos em infraestrutura básica não podem esperar. As concessionárias anunciam tecnologias modernas, como religadores automáticos, estruturas mais robustas para casos de novos episódios extremos, mas ainda é preciso avançar, em especial sobre onde estão as áreas de risco.

Os abrigos são a última linha de defesa para quem perde tudo. Se não forem resilientes, organizados e dignos, falham no propósito de proteger vidas.”

Outro aprendizado fundamental é o funcionamento dos abrigos. Mesmo em Lajeado, município com mais recursos e planejamento, houve erros na entrega de doações e pessoas ficavam dias com a mesma roupa molhada.

A promessa de um software de gestão de abrigos, com investimento de R$ 750 mil através da Consulta Popular, está em trâmite. Enquanto isso, cidades como Cruzeiro do Sul seguem sem estruturas fixas adequadas, dependendo de projetos futuros sem recursos garantidos.

Os abrigos são a última linha de defesa para quem perde tudo. Se não forem resilientes, organizados e dignos, falham no propósito de proteger vidas. O Vale do Taquari precisa transformar o trauma de 2024 em ações concretas antes da próxima cheia.

à

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Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

“Acordo com o sentimento de satisfação por ter escolhido a cooperativa”

LediThereziznhaGiongo, 68, é natural de Roca Salesegraduadaem Letras(Português,Inglês, Espanhol).Atualmente é secretária executiva na Dália Alimentos, empreendimentoem quecompletou50anos como colaboradora na semanapassada.Com umcargoimportantee decon ançanamaior empresadeEncantado, Ledi viu em sua rotina as principaistransformações ocorridas nesse meio séculodeatuação.

Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br

O que a motivou a começar a trabalhar na Dália?

A Dália fez parte da minha vida desde meu nascimento, pois meu pai era associado. Sempre o ouvia falar na cooperativa e fui acalentando o sonho de aqui trabalhar. Concluído o ensino fundamental (antigo ginásio), busquei realizar esse sonho.

Quais foram as maiores mudanças que você presenciou na empresa ao longo dessas cinco décadas?

Costumo dizer que aqui entrei menor e hoje já sou avó, ou seja, sou da época do empirismo e me introduzi na era da tecnologia. Logo, as mudanças e transformações ocorridas nesse espaço de tempo foram e são muito significativas. Por isso, sou um ser privilegiado, que circulou com naturalidade entre tempos tão distintos, pois trabalhei com telefone discado e máquina de escre-

ver, que não mais existem e, por outro lado, estou perfeitamente adaptada às mudanças tecnológicas.

O que você diria para um jovem que está começando agora na Dália ou em qualquer outra empresa?

Paciência, resiliência e muita curiosidade são fundamentais para o aprendizado que vai além dos bancos escolares. Estes são muito importantes, mas há outro, muito significativo, que é a prática, a convivência, os erros e os tropeços, assim como o bom hábito de ouvir, que muito nos impulsionam ao crescimento, seja pessoal ou profissional. E, nunca deixe de se auto desafiar, porque isso permite descobrir habilidades nunca imaginadas.

Como gostaria de ser lembrada por colegas e pela comunidade da cooperativa?

Como alguém que contribuiu para que a Dália se transformasse em referência de gestão pela qualidade, de crescimento econômico e social de quem dela faz parte e,

principalmente, que fez parte de uma equipe que sempre buscou melhorar a qualidade de vida das pessoas, porque esta é a missão da Dália.

O que mais te orgulha em fazer parte da história da Dália? Todas as manhãs acordo com o sentimento de satisfação por ter escolhido (e por ela ser escolhida) a Dália para trabalhar. Convivo com os gestores por décadas e sempre sou surpreendida por projetos que buscam levar renda e qualidade de vida às pessoas do campo, os associados, como também a nós, seus empregados. Foi essa condição que me manteve aqui, porque a Dália se desenvolve por meio de valores que aprendi com meus pais e que me guiam desde a mais tenra idade: é possível, sim, desenvolver e perpetuar um empreendimento atuando de maneira honesta, clara, transparente, respeitando a legislação e o meio ambiente. Então, como não ser feliz com esse trabalho? É a minha vida, a minha extensão, assim como a minha família.

ABRE ASPAS

Filiado

ARQUIVOPESSOAL

A Hora prepara programa de incentivo à leitura

Primeiro encontro

reúne diretores de escolas particulares para apresentar a iniciativa. Próxima reunião ocorre com gestores da rede municipal e estadual

Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Incentivar a leitura e o pensamento crítico é o principal objetivo do Programa Leia, apresentado nessa terça-feira, 29, a diretores de escolas particulares da região, na sede do Grupo A Hora. Esse foi o primeiro encontro. Na próxima semana, a equipe apresenta o programa a diretores das redes estadual e municipal, reforçando a importância da iniciativa, que será oficialmente lançada ainda em maio.

LEIA é a sigla para Ler, Entender, Interpretar e Aprender, e traduz o propósito do movimento: despertar o interesse pela leitura de forma engajadora

RODRIGO

Oportunizar às crianças e aos jovens experiências no contato com materiais impressos, é estar em busca da garantia de direitos para este ser em desenvolvimento.”

e contínua. Mais do que retomar o hábito de ler, o programa busca resgatar o prazer da leitura no papel, um hábito que fortalece a memória, amplia o vocabulário e melhora o desempenho escolar.

Engajar escolas

Nesta primeira apresentação, o objetivo foi engajar os diretores para que se tornem aliados do movimento, incentivando professores e alunos a mergulharem no

VANDERLEI

O público infantil geralmente não é contemplado pelos jornais. O programa vem para mudar essa lógica.”

universo da leitura. “Como grupo de comunicação, temos o compromisso social de instigar a leitura e o pensamento crítico”, destaca o diretor Adair Weiss, que revela: o programa está sendo pensado há mais de um ano. O diretor do Colégio Cenecista João Batista de Mello, (Mellinho), Vanderlei Kraemer, reforça a relevância da proposta. “O público infantil geralmente não é contemplado pelos jornais. O programa vem para mudar essa lógica”, afirma.

MARIA

Essa ação demonstra uma grande sensibilidade e um verdadeiro compromisso com a valorização da pessoa humana.”

O Vale da Leitura

Mais do que incentivar a leitura, o Programa Leia nasce com o propósito de se tornar uma referência nacional. Para isso, foi estruturado em etapas. Um de seus pilares é colocar o estudante no centro do processo. Entre as ações está o lançamento do caderno LEIA-ME, uma publicação especial destinada ao público infantil, que será distribuída duas vezes por semana dentro do jornal A Hora.

Colorido, interativo e recheado de histórias, o “LEIA-ME” chega com a missão de tornar a leitura divertida e acessível para os alunos das escolas da região. “O projeto LEIA quer estimular a leitura de forma leve e criativa, aproximando os jovens do jornal e da informação com propósito”, explica o coordenador estratégico Gilberto Soares. A ideia é que, no futuro, a região também seja reconhecida como O Vale da Leitura.

Caderno LEIA-ME e a Capivara Leitora

Com edições duas vezes por semana, o caderno LEIA-ME será entregue nas escolas e nas casas como um incentivo à leitura analógica. Textos em forma de diário, desafios de raciocínio lógico e narrativas envolventes farão parte da publicação. A mascote do projeto será Nara, a Capivara Leitora, personagem criada para encantar os pequenos e conduzi-los de forma lúdica ao universo dos livros. Com carisma e curiosidade, ela será a porta de entrada para a imaginação e o conhecimento.

ENTENDA O PROGRAMA LEIA

O LEIA é um movimento multiplataforma do grupo A Hora com o objetivo de estimular o hábito da leitura no papel, envolvendo escolas, professores, alunos, famílias e comunidades da região do Vale do Taquari. O LEIA é um projeto guarda-chuva, com diversas frentes integradas que reforçam o valor do jornal, do livro impresso e da leitura como ferramenta de saúde mental, inclusão e desenvolvimento.

Atrativos do Caderno LEIA-ME

Diagramação diferenciada, colorida e lúdica

Textos divertidos que instigam curiosidade

Interatividade com o leitor, com a Selfie dos estudantes Desafios de Lógica

Entrevistas mantendo o tom de voz lúdico, direto ao público infanto-juvenil

Programa Leia foi apresentado a diretores de escolas particulares da região, na sede do Grupo A Hora

Trojan, Stevens

e… Márcia Scherer

OMDB terá candidato a deputado estadual em 2026. É fato. A sigla não vai abrir mão de ter representante regional na luta por uma vaga assembleia legislativa e, por óbvio, vai declinar de qualquer articulação por uma candidatura suprapartidária em nome do Vale do Taquari. Uma postura que muito provavelmente será seguida por outros partidos constituídos em nossa região, infelizmente. Ou seja, a possibilidade de um mesmo Vale apresentar um excessivo número de candidatos (as) já é quase uma certeza. Mas, e voltando aos planos do MDB, a

coordenação regional trabalha hoje com ao menos três nomes. Além dos prefeitos reeleitos de Muçum, Mateus Trojan, e de Imigrante, Germano Stevens, que já declararam publicamente a disposição para concorrerem, a sigla também precisa compreender os anseios e desejos de Márcia Scherer, que já concorreu a deputada federal – inclusive assumindo por algumas semanas como suplente no congresso – e estadual. E cujo nome sempre é lembrado nas eleições municipais e gerais. Aliás, o nome do exvereador Carlos Ranzi também não está descartado pelos líderes emedebistas...

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

TIRO

- Atenção, leitor: a coleta de lixo no bairro Moinhos, em Lajeado, será realizada no período da noite, a partir das 20h. Isso já ocorre nos bairros Centro, Americano, Florestal, Hidráulica e São Cristóvão, sempre a partir das 20h. Nos demais bairros, o recolhimento segue a partir das 7h.

- Foi confirmada ontem a federação entre os partidos Progressistas e União Brasil. Juntas, as siglas representam a maior fatia do congresso nacional. E por aqui colocam um ponto de interrogação nas pretensões do ex-prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, que recentemente trocou o PP pelo UB

- Ainda sobre união de partidos, a Executiva Nacional do PSDB aprovou a fusão com o Podemos. E a relação entre os dois partidos anda bem estremecida em Lajeado em função do pedido dos tucanos pela cassação de mandato do vereador Antônio Oliveira (Podemos).

- Em Teutônia, o vereador Moisés Cardozo (PSD), o popular “Cavalinho”, levanta uma bola interessante. Ele solicita um estudo por parte do Executivo para utilizar o material retirado dos rios com o programa de desassoreamento para melhorar os acessos de propriedades rurais.

- A licitação para uma terceira ponte sobre o Rio Forqueta entre Lajeado e Arroio do Meio deve ser aberta em maio. O recurso é federal, mas deve contar com contrapartidas municipais. Será uma travessia de concreto, com dois sentidos, e muito próximo à histórica Ponte de Ferro.

Fórum das Entidades questiona o Free Flow

A próxima pauta do Fórum das Entidades será a implantação do modelo automático de cobrança de pedágios, o free flow, que está no escopo do processo de concessão das nossas rodovias estaduais. E, antes de mais nada, é importante frisar que as

entidades representadas não são radicalmente contra os pedágios. Pelo contrário. O que se colocará em debate é o local determinado aos pórticos do free flow, com ênfase às cobranças em trechos urbanos e nas divisas de algumas cidades.

“Não sou candidato”,

Ex-deputado federal, ex-deputado estadual, ex-secretários estadual, ex-diretor do Detran e atual presidente do Cetran, Ênio Bacci (União Brasil) participou de um recente debate no programa Conexão Regional, cujo tema era a ausência atual de representantes do Vale do Taquari na assembleia e no congresso. E ele foi taxativo ao afirmar, sem ser questionado, que não é candidato para 2026. Entretanto, e nas entrelinhas, Bacci deixou no ar, sim, uma possibilidade de concorrer.

Amsol + Amvat + Amvarp

Ontem, em Colinas, representantes da novíssima Associação dos Municípios do Sol Nascente (Amsol) realizaram novo encontro para debater, especialmente, sobre o futuro do Hospital Teutônia. E eles também receberam a visita do presidente da sexagenária Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Moisés de Freitas, que já articulou uma reunião nesta sexta-feira entre os seus representados e os integrantes da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), em Venâncio Aires. Ou seja, e mesmo com tantas associações, os líderes políticos seguem próximos.

- Ainda sobre a enchente, alguns novos gestores estão com dificuldades para atender às mais diversas promessas – públicas ou não – dos antigos gestores. Especialmente às empresas.

Homenagem a Adroaldo no Jardim do Acolhimento?

Gilson Conzatti é filho do saudoso ex-prefeito de Encantado, Adroaldo Conzatti, um dos precursores do Cristo Protetor. Cotado para ser candidato a prefeito em 2028, ele também está na luta para garantir uma justa homenagem ao pai junto ao complexo religioso. A ideia inicial era instalar, aos pés do Cristo Protetor, a estátua em tamanho real de Adroaldo (foto). Entretanto, a negociação não avançou. Diante disso, Gilson procurou o atual prefeito, Jonas Calvi (PSDB), para sugerir a colocação da singela estátua junto ao futuro Jardim do Acolhimento. Resta saber se Calvi vai levar adiante a proposta desta justa homenagem a quem sempre acreditou no projeto.

Centro Regional de DC e Batalhão dos Bombeiros

Chefe da Casa Militar e da Defesa Civil (DC) gaúcha, Luciano Boeira concedeu entrevista anunciou que o processo licitatório para a construção do Centro Regional de DC no Vale do Taquari deve sair ainda no primeiro semestre. Entretanto, e

isso precisa fazer parte do debate, é tão ou mais importante ao Vale a instalação de um Batalhão do Corpo de Bombeiros na região – hoje só temos quartéis. Não podemos aceitar menos do que isso após tudo que passamos em 2023 e 2024.

COLETA DE LIXO

Empresa amplia número de catadores e espera regularizar serviço

Reclamações sobre acúmulo de resíduos gera cobrança da população. Município mantém equipe de apoio em caso de erros nos itinerários

LAJEADO

Diante das reclamações da comunidade, do acúmulo de resíduos nas calçadas e falhas operacionais, o serviço de recolhimento de lixo em Lajeado dá sinais de retomada da normalidade. A coleta passou por uma série de ajustes desde a troca de empresa responsável e enfrenta os desafios de um contrato emergencial, com revisão na forma de operar e de

uma logística complexa.

A empresa Coleturb Soluções Ambientais passou a operar em 13 de abril. Segundo a gerente-geral da empresa, Elisângela Amaral, as falhas iniciais se devem a um conjunto de fatores, desde a inexperiência dos trabalhadores até a dificuldade de mobilidade em determinados bairros.

No entanto, com nove equipes em campo — cinco atuando pela manhã e quatro à noite —, a coleta foi normalizada nesta semana. “Regularizamos toda a coleta na segunda-feira. Retiramos o acumulado. Agora, estamos conforme o previsto”, afirma.

O contrato com a Coleturb tem validade de seis meses, sem o planejamento de longo prazo que os contratos licitados oferecem, diz a diretora. Isso impõe limites à estrutura de atendimento. “O custo operacional precisa ser diluído em um período muito curto. Diferente de um contrato de cinco anos, onde é possível investir mais

Logística de transporte do lixo até o aterro sanitário não está previsto em contrato no cronograma de coleta dos bairros, diz representante da Coleturb

em frota, manutenção e treinamento”, relata. Mesmo com o quadro de funcionários preenchido e, segundo a empresa, com efetivo até acima do previsto, o fator humano ainda é um desafio, pois parte dos

trabalhadores não têm experiência anterior em coleta urbana. “Estamos formando profissionais na prática. Isso exige tempo. É normal que ocorram falhas operacionais enquanto o time se estrutura”, reconhece.

Além disso, houve relatos de problemas mecânicos em veículos. Um dos casos ocorreu no bairro Montanha, quando um caminhão que não pertencia àquela

rota ficou parado. “São situações que precisam de resposta rápida da oficina, mas fazem parte da rotina de uma operação como essa”, diz Elisângela.

A nova divisão de roteiros também passou por revisões. Bairros com maior complexidade de acesso, como Moinhos D’Água, Bom Pastor e Conventos, têm exigido ajustes logísticos. Nessas regiões, a coleta pode levar até três horas só de deslocamento até o aterro sanitário, além de mais quatro horas de coleta efetiva. “Muitos contratos não consideram o tempo de deslocamento, o que compromete a produtividade das equipes”, relata a gerente. A coleta noturna ocorre nos bairros São Cristóvão, Florestal, Centro, Hidráulica e Americano, com início às 20h. Já a coleta diurna segue o cronograma estabelecido, com recomendação para que os resíduos sejam colocados nas ruas até duas horas antes do horário previsto.

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Em 30 de abril do ano passado, o acumulado de chuva passava dos 500 milímetros e comprometia o abastecimento de água, a distribuição de energia e forçava as assistências sociais dos municípios a preparar ginásios, salões e albergues para receber os flagelados UM ANO DEPOIS

O aprendizado nos serviços básicos e nos abrigos

Lista de obras da Corsan

Bom Retiro do Sul todo o sistema foi refeito, com equipamentos elevados e nove poços perfurados para suprir emergências;

Taquari nova adutora sob o arroio, para garantir o abastecimento em caso de alagamentos;

Estrela perfuração de poços fora da área de risco, com vazão suficiente para manter a cidade em caso de cheia;

Cruzeiro do Sul nova adutora e nove poços, dos quais três foram aproveitados;

Roca Sales reconstrução completa das tubulações e perfuração de poços em locais seguros;

“Foi um pesadelo. Não gosto nem de lembrar. Saí de casa entre o dia 29 ou 30 de abril. Fiquei até 22 de maio no abrigo”. Maria Liana Matias da Silva, foi uma das 1.336 pessoas que estavam nos ginásios destinados pelo governo de Lajeado durante a tragédia de maio do ano passado.

Naqueles dias de 2024, a região começava a entender a magnitude da inundação. Em 30 de abril, o Rio Taquari se aproximava dos 28 metros, número que indica uma cheia de grande porte.

Como a chuva não parava, os serviços públicos estavam em alerta, com a missão de retirar as pessoas das áreas de risco.

“Não consegui salvar quase nada. Foi só a televisão. O resto perdi tudo”, relembra a aposentada de Lajeado, Leda dos Santos,70. “Estávamos preparados para aquelas enchentes corriqueiras. Não para o que aconteceu no ano passado”, relembra o coordenador da Defesa Civil do município, Marcelo Maia. Mesmo em Lajeado, maior município da região, com mais poder aquisitivo

Encantado três poços artesianos estratégicos para manter o abastecimento quando a estação de tratamento parar;

Arroio do Meio adequação no sistema elétrico e adoção de um modelo misto de operação.

e um plano de contingência estabelecido para crises, os abrigos não estavam preparados. Houve problemas na logística para entregas de roupas e cobertores. O centro de distribuição estava no bairro Montanha. Havia problemas no deslocamento de veículos, tudo demorava, pois a interrupção do trânsito chegava nas ruas centrais. “Lembro que fiquei uns dois dias com a mesma roupa. Estava molhada, com frio e muito assustada”, emociona-se Rosilene Cardoso, que na época morava na rua Marechal Deodoro.

Um ano depois, as respostas ainda estão em formulação.

“Estamos reestruturando todas as etapas da nossa atuação na gestão dos abrigos. As equipes passam por formações e, para o básico, alimentação, higiene e roupas, passa por

Estávamos preparados para aquelas enchentes corriqueiras. Não para o que aconteceu no ano passado.”

MARCELO MAIA

COORDENADOR DA DEFESA

CIVIL DE LAJEADO

credenciamento das empresas fornecedoras e organização dos donativos”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Eliana Heberle. Em termos regionais, a Consulta Popular do ano passado escolheu como um dos projetos prioritários o investimento

de quase R$ 750 mil para desenvolver um software gratuito para os municípios capaz de fazer a gestão e monitoramento de abrigos, doações, necessidades de alimentação, higiene e limpeza para famílias atingidas por eventos climáticos extremos.

Cidade ilhada

Cruzeiro do Sul não tinha acesso. Na secundária, por

Lajeado, pela Av. Beira Rio, ou pela ERS-130. “Nenhum de nós estava preparado. Não havia rota entre bairros, todas as ligações estavam bloqueadas. Se alguém precisasse ser removido do hospital, não tinha como”, diz o prefeito, César Marmitt. Na época, estava fora da administração. Assumiu em janeiro. “Eu fui um dos atingidos. Minha casa foi invadida pela água. Sai com a roupa do corpo. Fiquei três dias nas ruas tentando ajudar a socorrer as pessoas.” Os abrigos funcionavam de forma improvisada. “Quando assumimos a administração, percebemos que não se tinha cadastro de quem estava onde nos abrigos, nem controle de entrada e saída. As famílias ficaram espalhadas entre ginásios, salões, igrejas, sem registro formal”,

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Em Lajeado, onde a Corsan atende cerca de 50 mil economias, a situação é parcialmente resolvida

reafirma.

Hoje, a administração projeta a construção de um pavilhão fixo, anexo ao ginásio no futuro novo bairro de Passo de Estrela. “Estimamos que até 30% da população possa precisar de remoção num próximo evento. Mas ainda não temos área definida nem recursos. Estamos buscando apoio no Estado e em Brasília.”

Entre as medidas em curso, estão um plano de logística para remoção com caminhões terceirizados, reestruturação do fornecimento emergencial de alimentação e kits de limpeza, e um protocolo de resposta por setores. “Tudo precisa estar pronto antes do próximo período crítico”, diz o prefeito.

Energia e abastecimento

A chuva começou em um sábado, dia 27 de abril de 2024. Na segunda, 29 de abril, o alerta de enchente foi feito. No outro dia, serviços básicos, como abastecimento de água e distribuição de energia elétrica começaram a falhar.

de Desenvolvimento (Codevat), Cintia Agostini.

A concessionária mais impactada foi a Certel, com danos estruturais em postes, cabos e linhas de transmissão. “Estamos acostumados com temporais que quebram de 70 a 80 postes. Neste último foram quebrados 1,2 mil postes”, relembra o vicepresidente, Daniel Sechi. No ápice da inundação, passou dos 40 mil associados sem luz.

Um ponto crucial nas ações da

Certel para a reconexão da região, foi o investimento em tecnologias de redundância de rede e em inteligência artificial (IA), a fim de garantir a continuidade do fornecimento em situações adversas. Também foi ampliado o uso de religadores automáticos, dispositivos que permitem à equipe monitorar e restabelecer o fornecimento de energia de maneira remota.

Na área da RGE, o investimento

“A inundação escancarou a fragilidade das estruturas básicas. Energia, água, saneamento: nada disso suportou o impacto”, avalia a presidente do Conselho

Estamos reestruturando todas as etapas da nossa atuação na gestão dos abrigos. As equipes passam por formações e, para o básico, alimentação, higiene e roupas...”

Os aprendizados

Abrigos e Assistência Social

Criação de cadastros formais em abrigos. Capacitação de equipes e fornecedores credenciados.

Software regional para gestão de doações e necessidades básicas em elaboração.

Água

Adoção de poços artesianos e reservatórios fora das áreas de risco. Plano de crise para mobilizar técnicos e equipes de suporte. Expansão das redes de poços em áreas abastecidas apenas pelo Rio Taquari.

Elevação na altura de equipamentos elétricos e para instalação de geradores

para tornar a rede mais resiliente às intempéries passou dos R$ 7 milhões. Foram trocas de postes, religadores telecomandados. Segundo o consultor de negócios da RGE, Cristiano Guedes, estas obras são importantes investimentos para as regiões beneficiadas, pois “são focadas na qualidade do fornecimento e para tornar a rede mais moderna e mais robusta.”

Corsan: 95% das obras corretivas foram feitas

A Corsan admite os impactos da tragédia e apresenta avanços na reestruturação dos sistemas de abastecimento de água na região. Segundo o superintendente Regional de Relações Institucionais, Lutero Cassol, houve dificuldades e aprendizado.

Abrigos, logística de socorro, abastecimento de água e de energia

Logística e Mobilidade

Planos de remoção por setor com caminhões próprios e terceirizados.

Definição de rotas alternativas para manter o acesso em áreas de risco.

Busca por áreas seguras para instalação de estruturas emergenciais.

Energia Elétrica

Investimento em redundância de rede e inteligência artificial. Mais religadores automáticos para reconexão rápida e remota.

“Foi uma catástrofe. Perdemos muitas vidas. A natureza respondeu com força às agressões humanas. A principal lição é que precisamos de estruturas robustas, mesmo que nem sempre isso seja suficiente diante de eventos extremos”, afirma. Cassol reconhece que, em várias cidades, a água invadiu pontos de captação que nunca haviam sido atingidos antes. “Corrigimos entradas, redesenhamos estruturas, realocamos equipamentos. Hoje, tudo está em funcionamento com proteção elétrica e hidráulica em níveis mais altos.”

Em Lajeado, onde a Corsan atende cerca de 50 mil economias, a situação é parcialmente resolvida. “Todas as entradas de água na linha da inundação foram elevadas. Reestruturamos a casa de bombas, mas ainda falta a nova subestação e a plataforma de geradores.”

Maria da Silva cou mais de 20 dias no abrigo e hoje

vinibilhar@grupoahora.net.br

VINI BILHAR

Fruki: 101 anos e quatro prêmios no Top of Mind 2025

AFruki Bebidas foi premiada em quatro categorias no Top of Mind RS 2025, anunciado nesta segunda, em Porto Alegre. A empresa se destacou com as marcas Fruki, Água da Pedra e Elev Energy Drink. A Água da Pedra levou, pela 11ª vez seguida, o título de água mineral mais lembrada pelos gaúchos. A marca Fruki

conquistou o segundo lugar entre os refrigerantes mais lembrados e mais amados. Já o Elev Energy Drink entrou pela primeira vez no Top 3 da categoria Energéticos. A cerimônia ocorreu no Teatro da FIERGS, reunindo os principais nomes do mercado gaúcho. Os prêmios marcam uma data especial: os 101 anos da Fruki, celebrados

• Taxas - A Casa Branca chamou a Amazon de “hostil” nesta terça-feira, dia 29. Segundo o site Punchbowl News, a empresa planejava mostrar aos consumidores o impacto das tarifas de Trump nos preços. A Amazon negou a intenção após a reação do governo. O caso ocorre em meio à entrada em vigor das novas tarifas sobre produtos importados.

• Contas públicas - As contas do governo federal fecharam março com superávit primário de 1,1 bilhão de reais. O dado foi divulgado nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional. É uma melhora em relação a março do ano passado, que teve déficit de 1,08 bilhão, já corrigido pela inflação.

nesta terça-feira. Segundo o diretor Júlio Eggers, os resultados refletem a aposta em inovação e rebranding.

A pesquisa é realizada desde 1991 pelo Grupo Amanhã e Engaje Pesquisas. Com cerca de cem categorias, o Top of Mind é referência entre os gestores do estado. E confirma a força das marcas que fazem parte da vida dos gaúchos.

FRASE

DO DIA

Na visão do BC e todos diretores, a comunicação de março passou muito bem para esses 40 dias e segue vigente. Estamos respondendo a uma dinâmica de inflação desafiadora, o que justifica a extensão do ciclo de alta dos juros para maio”.

Sicredi entre as mais lembradas de 2025

O Sicredi também está entre as dez marcas mais lembradas pelos gaúchos, segundo a pesquisa Top of Mind RS 2025. Além disso, o Sicredi foi o nome mais citado na categoria cooperativa de crédito. A pesquisa pergunta qual empresa vem primeiro à mente do entrevistado.

Desde a criação da categoria, em 2012, o Sicredi lidera a lembrança entre os gaúchos. A instituição atua em centenas de

municípios e reforça seu papel no desenvolvimento local. Para o diretor Leandro Gindri de Lima, o reconhecimento mostra que o trabalho diário é percebido. Segundo ele, o Sicredi deixa uma marca positiva na vida de milhões de pessoas. A pesquisa é considerada a principal do Brasil no ranking de marcas regionais. A cooperativa marca presença como referência em cooperação e credibilidade no estado.

Consórcios crescem mais de 180% em um ano

Quase um ano após as enchentes, o Rio Grande do Sul mostra sinais de retomada.

Os consórcios registraram alta de 180% neste período. O volume saltou de 243 milhões em 2023 para 682 milhões de reais neste ano.

A maior procura foi por consórcios de imóveis, com crescimento

de 117%. Também houve alta nos consórcios de automóveis e veículos pesados. A empresa aponta mudança no perfil do consumidor e busca por mais planejamento. O setor registra 12 meses seguidos de recordes de venda. E se consolida como alternativa segura na retomada econômica gaúcha.

GABRIEL GALÍPOLO, PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, AO G1.

FOTOS DIVULGAÇÃO

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Gustavo Adolfo inicia

testes em robô de inteligência artificial

Com objetivo de facilitar processos para professores e agilizar atendimento

interno, recurso próprio da instituição entra em fase experimental

Schwambach* daniely@grupoahora.net.br * Estagiária sob a supervisão de

LAJEADO

OCentro de Educação

Básica Gustavo Adolfo inicia nova etapa ao colocar em operação um robô de inteligência artificial. O sistema, desenvolvido com recursos próprios, passa por testes neste mês e tem função voltada à automatização de tarefas administrativas, como envio de dados escolares e organização de informações solicitadas por famílias.

“O robô vai alimentar automaticamente campos com dados que antes exigiam busca manual. Isso inclui históricos escolares e registros acadêmicos”, explicou o diretor Edson Wiethölter. A proposta busca reduzir o tempo dedicado a atividades operacionais e ampliar a agilidade no atendimento.

“Vamos ganhar em eficiência sem substituir o trabalho humano”, acrescentou Wiethölter.

A automação respeita as normas de proteção de dados.

O robô vai alimentar automaticamente campos com dados que antes exigiam busca manual. Isso inclui históricos escolares e registros acadêmicos”

EDSON WIETHÖLTER

DIRETOR DO GA

O colégio também desenvolve projetos de reconhecimento facial e pesquisa aplicada. “A pesquisa deixou de ser exclusividade da universidade. A escola que não se atualiza fica para trás, e isso compromete a qualidade do ensino”, afirmou o diretor.

Junto da inovação tecnológica, a instituição retoma um dos marcos de sua trajetória. A partir de 2026, o colégio passa a atender crianças com quatro meses de idade. Até então, a faixa começava a partir dos três anos, em alguns casos, dos dois anos.

“Há muito tempo a comunidade nos pede esse atendimento. O espaço já está pronto, com poucos ajustes pendentes. O processo legal deve se concluir em dois ou três meses”, informou Wiethölter. A ampliação representa um retorno às origens da escola, fundada na década de 1960 como a primeira no Rio Grande do Sul

Venda de ingressos reforça sucesso da 17ª Fenachim

Shows nacionais com Diego & Victor Hugo, Livinho e Raça Negra impulsionam procura e prometem noites de casa cheia no Parque do Chimarrão

VENÂNCIO AIRES

Com a proximidade da 17ª edição da Fenachim – Festa Nacional do Chimarrão –, o clima de expectativa toma conta de Venâncio Aires e região. E um dos principais indicativos do sucesso desta edição é a grande procura por ingressos para os shows nacionais.

Sistema tem função voltada à automatização de tarefas administrativas

com estrutura projetada para a Educação Infantil. “Outras instituições adaptaram seus espaços. Fomos pioneiros, porque atendemos uma necessidade real da época, com famílias chegando do interior e mulheres ingressando no mercado de trabalho”, relembrou o diretor.

A instituição também projeta uma nova unidade para 2026, conforme o planejamento da direção. “Vamos formar a 25ª turma do Ensino Médio neste ano e seguimos com nosso cenário estruturado para crescer”, destacou Wiethölter.

Famílias interessadas em garantir vagas, tanto para o berçário quanto para outras etapas, podem entrar em contato pelo telefone ou WhatsApp (51) 3714-3214.

Até o momento, mais de 1,7 mil entradas já foram comercializadas para o show de Diego & Victor Hugo e Livinho, marcado para o dia 3 de maio. A apresentação do grupo Raça Negra, que celebra 40 anos de carreira no dia 10 de maio, contabiliza mais de 2,4 mil ingressos vendidos.

As atrações, em parceria com uma produtora, ocorrem no Ginásio Poliesportivo do Parque do Chimarrão, que recebe uma estrutura especial para garantir segurança, conforto e uma experiência memorável ao público. As apresentações nacionais estão entre os momentos mais esperados da programação da festa.

Segundo a secretária executiva da Fenachim, Deizimara de Souza, o movimento tem sido intenso, especialmente na semana que antecede o evento. “A resposta do público está sendo muito positiva. Estamos muito felizes com a procura antecipada e queremos reforçar o convite para que todos venham viver essa grande festa conosco. Os shows nacionais serão momentos únicos dentro da programação da Fenachim”, afirma. Os ingressos estão à venda em

pontos físicos autorizados e também pela internet, com opções de diferentes modalidades de pagamento. A organização orienta que o público compre apenas pelos canais oficiais, garantindo assim a segurança da aquisição.

“A expectativa é de lotação máxima para as duas noites, marcando mais um sucesso da Fenachim”, projeta Deizimara.

A 17ª Fenachim acontece de 1º a 4 e de 7 a 11 de maio no Parque do Chimarrão. Além dos shows, a festa contará com uma ampla programação cultural, exposições, gastronomia, atrações infantis, competições e diversas atividades para toda a família. Mais informações podem ser conferidas no site oficial da festa, www.fenachim.com, e nas redes sociais da Fenachim.

Passaportes

Além dos ingressos para shows nacionais, uma novidade para quem deseja participar da Fenachim sem escolher dia e nem hora. É o passaporte promocional que garante entrada liberada em todos os dias da festa e nos shows nacionais. Por apenas R$ 150, o passaporte promocional pode ser adquirido no site www.minhaentrada.com.

Ele dá acesso aos nove dias de evento e aos três shows nacionais na modalidade arena. Além disso, ainda estão disponíveis modalidades com estacionamento ou apenas o estacionamento. Os passaportes promocionais também serão disponibilizados conforme lote.

Daniély

Felipe Neitzke

DIVULGAÇÃO

Shows nacionais ocorrem no Parque Poliesportivo de Venâncio Aires

EM QUATRO MESES

Mais de 150 infrações por uso de celular foram aplicadas em Lajeado

Autuações foram registradas pela guarda municipal e Brigada Militar

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

LAJEADO

Entre janeiro e 25 de abril, mais de 150 motoristas foram autuados por manusearem o aparelho celular enquanto dirigiam pelas ruas de Lajeado.

Os números são do banco de dados da Guarda Municipal e da Brigada Militar, que têm intensificado as fiscalizações nas vias públicas com apoio de videomonitoramento.

Segundo o chefe operacional do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), José Gabriel Becker, a Guarda Municipal registrou 109 infrações por uso de celular

nesse período. Ele explica que o crescimento nas autuações está ligado ao uso de câmeras de segurança espalhadas pela cidade e às operações presenciais realizadas pela corporação.

Em 2024, o departamento registrou em 12 meses em torno de 400 infrações.

A Brigada Militar, também atua na fiscalização. Em abril, foram registradas 155 infrações de trânsito pela BM, das quais 24 envolveram motoristas usando o celular. No mês anterior, março, foram 352 infrações no total, com 48 casos específicos desse tipo.

Multa

e pontos na carteira

De acordo com números do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), referentes ao ano de 2024, cerca de 675 brasileiros se arriscam todos os dias ao utilizar o aparelho enquanto dirigiam, o que significa que, a cada hora, 28 condutores negli-

Infrações são detectadas pelo policiamento nas ruas e pelo videomonitoramento

NÚMEROS

109 INFRAÇÕES

- Entre 1º de janeiro e 20 de abril

- Departamento de Trânsito de Lajeado

- Brigada Militar

24 INFRAÇÕES

- Entre 1º e 15 de abril

48 INFRAÇÕES

- Em março de 2025

genciaram a atenção ao volante, reforçando uma das principais causas de sinistros de trânsito no Brasil. No total, foram registradas em 2021, 246.438 infrações de trânsito por uso de celular no país. Por isso, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) afirma que o condutor que segurar ou manusear o telefone enquanto dirige está cometendo infração gravíssima. No Brasil, usar o telefone celular ao dirigir implica em multa de R$293,47 e a soma de sete pontos na carteira.

GABRIEL

Caravana Educame chega à escola Jacob Sehn

Trupe vai interagir com os estudantes e abordar o tema água, na manhã de hoje

Luciane Eschberger Ferreira lucianeferreira@grupoahora.net.br

CRUZEIRO DO SUL

AEscola Municipal de Ensino Fundamental Jacob Sehn, no bairro Glucostarck, recebe a caravana do programa Educame - Educação Ambiental na Escola. A ação ocorre na manhã de hoje e envolverá 204 alunos da pré-escola ao 5º ano – no total, a instituição atende 352 alunos. A trupe apresentará a peça teatral “Educa-me, por quê?” O teatro mostrará de forma lúdica como ocorrem as enchentes e porque é necessário cuidar do meio ambiente. O personagem “Por Que” vai interagir com as crianças. Conforme a diretora Lenice Janete Bohnenberger, a escola foi severamente afetada na enxurrada de 2024. “Nossa escola tem 37 anos e nunca havia sido atingida

por enchentes. Em setembro de 2023, a água chegou a 1m, em novembro, apenas sujou as salas”, lembra Cleonice. No entanto, em maio de 2024, a Jacob Sehn ficou submersa, seis salas foram destruídas e todos os móveis e equipamentos, perdidos. A volta às aulas no ambiente escolar ocorreu 87 dias depois, graças ao auxílio de uma empresa de Panambi, que adotou a instituição. “Aqui, temos tudo novo, tudo doado.” Além do prejuízo material, a enchente de 2024 deixou marcas emocionais, com a perda de estudantes e de familiares. “Ainda temos alunos que moram em abrigos.”

Diante deste contexto, a escola mobiliza-se para participar de ações que envolvam o meio ambiente e a preservação. Um exemplo foi a participação na mostra itinerante “Olho D’Água – Artes Líquidas e Águas Visuais”. Com o apoio do Instituto Aegea e da Corsan, a ação esteve em Cruzeiro do Sul na semana passada. Hoje, o programa Educame abordará a educação ambiental por meio de teatro e música.

A programação ainda prevê a oficina “Repórter Ambiental

Educame – Educação

Ambiental na Escola

O programa Educame foi lançado em 2024 com a publicação do livro e da cartilha, elaborados para professores e estudantes, respectivamente. Este ano, passou a abranger concurso cultural estudantil, suplemento impresso mensal, monitoramento da qualidade da água de rios e arroios da região e as caravanas nas escolas. A ação leva teatro, oficinas temáticas, entre outras atividades às instituições de ensino.

O roteiro da Caravana Educame começou pela Emef Alfredo Lopes da Silva, em Lajeado. Depois, partiu para a escola Pedro Jorge Schmidt, em Estrela,e rumou à Emef Barra da Forqueta, em Arroio do Meio. Hoje estará na Jacon Sehn, em Cruzeiro do Sul.

Mirim. As duas turmas do 5º ano vão receber informações básicas para identificar o que é notícia na escola, no bairro e na comunidade. Também vão aprender a elaborar um texto.

Chefes de famílias Curandeiro indígena

CRUZADAS

Maratonista aquática baiana, foi campeã olímpica nos Jogos de Tóquio Raio (abrev.) Eu, em francês

Personagens como Lady Tremaine, Cruella de Vil e Malévola (Cin.)

Feito de antemão Utensílio do lar

Transferir (bens) Signo chinês

Dispositivo mecânico que atrela carros Pegar, em inglês

Atletas como os do hóquei

Deserto; despovoado

Seu símbolo é o "Y" (Quím.) Generoso

típica da criança travessa (pop.)

Categoria gramatical própria do verbo

Joana d'(?), heroína francesa Planta trepadeira Dez, em inglês

2/je. 3/arc — get — ten. 4/ring. 5/danza.

ÁRIES: Aproveite também para enviar currículos, apresentar propostas ou esclarecer mal-entendidos com alguém próximo. 21/03 a

TOURO: Assuntos de família e da casa pedirão decisões. Na dúvida, siga a intuição que estará forte nesta fase.

GÊMEOS: Será um ótimo momento para se projetar e fortalecer a imagem pro ssional. Conquiste espaços!

CÂNCER: O dia será agitado, conte com concentração e sintonia com sua força interior para dar conta das demandas sem se esgotar.

LEÃO: O cenário será positivo para fortalecer amizades e também para iniciar relações inspiradoras.

VIRGEM: Atualize seu currículo, prepare uma apresentação ou marque uma reunião com alguém in uente e invista na sua imagem pública.

Estudos (?): analisam os tremores de terra

LIBRA: Uma conversa com alguém de fora pode renovar sua fé na vida. Atividades culturais, aulas ou leituras losó cas farão bem nesta fase.

ESCORPIÃO: Uma renovação no amor ou no ambiente de trabalho trará alívio. Um novo empreendimento trará conquistas na carreira.

SAGITÁRIO: Se estiver só, um encontro casual pode despertar paixão. Circule, amplie amizades e intensi que atividades de grupo.

CAPRICÓRNIO: Caminhadas, massagem ou treino farão grande diferença na sua disposição física. Fortaleça a posição no trabalho com inovações.

AQUÁRIO: Aproveite a inspiração para escrever, desenhar, gravar um vídeo ou dançar. Aposte na espontaneidade e encante!

PEIXES: Valorize sua história e rme raízes. Aproveite também para organizar a casa, criar um clima aconchegante e receber pessoas queridas.

Escola Jacob Sehn ca no bairro Glucostarck e foi reconstruída depois da enchente

Na escola Barra da Forqueta, em Arroio do Meio, alunos e professores celebraram o título de escola “Embaixada do Meio Ambiente”

LUCIANE ESCHBERGER FERREIRA

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COPA DO BRASIL

GRÊMIO PERSEGUE PRIMEIRA VITÓRIA COM MANO

Tricolor joga contra o CSA, em Maceió, pela partida de ida da terceira fase

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

OGrêmio segue o cronograma de jogos longe de Porto Alegre. Depois de jogar na Argentina e em Salvador, desta vez vai para Maceió enfrentar o CSA pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil. O jogo no Estádio Rei Pelé ocorre às 21h30min, com transmissão da Rádio A Hora.

Mano Menezes não tem tido facilidade nas primeiras partidas com os três jogos longe de Porto

Alegre. Depois de dois empates, o técnico vai em busca da primeira vitória no retorno ao Tricolor. Com dois dias para treinar na Bahia antes de viajar a Alagoas, o técnico esboçou uma mesma base de time que jogou no fim de semana. A única alteração no time titular deve ser a entrada de João Pedro no lugar de Igor Serrote.

O provável time titular tem: Tiago Volpi; João Pedro, Jemerson, Wagner Leonardo e Marlon; Dodi, Villasanti e Cristaldo; Edenilson, Cristian Olivera e Braithwaite.

PRIMEIRO JOGO DE FELIPÃO

A partida em Alagoas marca também o retorno de Felipão ao Grêmio, agora como coordenador

técnico. Ele foi apresentado na tarde de ontem, ainda em Porto Alegre, e depois viajou para o Nordeste.

Na coletiva de apresentação, o ídolo gremista destacou. “Não quero voltar a ser técnico. Vou tomar essa parte administrativa e tenho que aprender também. Vou fazer minha parte. Vou procurar auxiliar a parte de campo, a medida que for solicitado e a medida que possa participar. A parte do campo é do Mano e ele sabe o que precisa fazer.”

ADVERSÁRIO ESTÁ INVICTO NA SÉRIE C

Maior campeão de Alagoas, o CSA não chegou na final do Estadual neste ano, sendo eliminado pelo ASA na semifinal. Na Copa

do Brasil, passou por Boavista, do Rio de Janeiro, e Tuna Luso, do Pará, para chegar na terceira fase. Na Série C do Campeonato Brasileiro, acumula uma vitória e dois empates nas três primeiras rodadas.

O elenco tem como jogador mais conhecido o experiente volante Camacho, de 35 anos. Comandado pelo técnico Higo Magalhães, o time titular deve ter: Gabriel Félix; Felipe Albuquerque, Betão, Marcão e Roberto; Camacho, Gustavo Nicola e Vander; Brayann, Tiago Marques e Guilherme Cachoeira.

Depois de dois empates na SulAmericana e Brasileirão, Mano busca primeira vitória

LUCAS UEBEL/DIVULGAÇÃO

CLUBE ORQUESTRA VENÂNCIO AIRES SE

APRESENTA NO CIRCUITO DOS VALES/OMEGA

Show será gratuito para quem estiver presente na Praça da Igreja Matriz, a partir das 8h15min

OCircuito dos Vales 2025 segue valorizando o talento regional e proporcionando experiências completas ao público. No dia 4 de maio, quem estiver em Venâncio Aires poderá aproveitar, antes mesmo da largada da corrida, o som contagiante da Clube Orquestra Venâncio Aires. A apresentação, marcada para as 8h15min, ocorrerá na Praça da Igreja Matriz e é gratuita.

A atração faz parte do projeto Cultura em Movimento, que ao longo do ano reúne diferentes manifestações artísticas nos even-

Clube Orquestra Venâncio Aires é um coletivo musical criado em 3 de junho de 2023

tos do Circuito dos Vales. A Clube Orquestra Venâncio Aires é um coletivo musical criado em 3 de junho de 2023, reunindo músicos de diversos grupos do município

de Venâncio Aires. Sob a batuta do maestro Daniel Böhm, o grupo já se apresentou em cidades como Porto Alegre, Gramado, Florianópolis e Curitiba, por meio de

projetos financiados pela Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet).

“Nos apresentamos em shows, bailes e festas, com um repertório bastante diversificado. Para

Venâncio Aires, preparamos algo especial, misturando Jovem Guarda, Pop, Rock e uma sessão exclusivamente Gaúcha”, explica o maestro.

Com duração de uma hora, o espetáculo terá a participação de músicos de 18 a 71 anos, com instrumentos que vão de violinos e flauta transversal a trompetes, guitarra e percussão. A ideia é oferecer um show dinâmico, enérgico e cheio de alto astral, em sintonia com o espírito vibrante do evento esportivo.

Sobre a integração entre música e esporte, Daniel Böhm destaca: “É uma excelente iniciativa. Agrega ainda mais valor à ocasião, intensifica a importância da música e do esporte na vida das pessoas, especialmente em conjunto, e oportuniza ao público um evento ainda mais completo.”

O evento é uma realização da Omega, em parceria com o Circuito dos Vales, e reforça a proposta de promover saúde, bem-estar e cultura para todos os públicos.

EQUIPE DE LAJEADO PARTICIPA DA OLIMPÍADA DAS APAES

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

A Apae de Lajeado estará presente na XXII Olimpíada Especial das Apaes – Edição Estadual, com a participação de nove atletas que participaram da etapa regional e se classificaram para a estadual. O evento ocorre de 1 a 4 de maio, na Ulbra, em Canoas.

As modalidades esportivas que eles disputarão são atletismo, corrida 100m, 200m, e 4x100, prova de campo salto em altura, bocha paralímpica, bocha 3° idade e ginástica rítmica. Os alunos treinaram para esta etapa com muita disciplina e

empenho para garantir uma vaga na etapa nacional que será realizada no final do ano em Brasília. Os atletas serão acompanhados pelos professores de Educação Física

Magiela Cristina Dresch e Jackson, além das professoras Mariana, Marilene e a mãe Catarina Elizete da Silva. Estarão presentes os atletas Riquelme, Jossiel, Kaue, Wesley, Roque, Eduarda, Raquelly, Alda e Quesia.

Segundo a professora Magiela Dresch, será um momento de superação e reencontro com os amigos atletas de várias Apaes do estado. “A expectativa de estar no evento

e ficar longe de casa permite aos alunos uma experiência única que vai ficar marcada para sempre em suas vidas”.

Estarão presentes os atletas Riquelme, Jossiel, Kaue, Wesley, Roque, Eduarda, Raquelly, Alda e Quesia

Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

por Raica Franz Weiss

Auto e Moto Passeio da JCI

A 11ª edição do famoso Auto e Moto Passeio Regional, promovido pela Câmara Júnior de Lajeado (JCI), reunia quatro motos e 101 carros, que percorreram mais de 200 quilômetros pelo Vale do Taquari. A trilhas passavam por Lajeado, Estrela, Forquetinha, Sério, Canudos do Vale, Boqueirão do Leão e pelas comunidade de Alto Conventos, São Vítor, Paredãozinho, Araguari, Colônia Jardim, Picada Jararaca, Picada Stumpf, Linha Raia e Pedras Brancas.

Naquele ano, o presidente do projeto Auto e Moto Passeio era Alex Schmitt. O evento foi criado na década de 1980 e ficou conhecido como o Rally da JCI. A primeira edição ocorreu em 1983, como uma forma de arrecadar fundos para a Vovolar. A última edição foi realizada em 2008.

Passeata unia escola em Pouso Novo

Cerca de 400 pessoas participaram da chamada passeata pela Arte de Viver em Paz. Professores, alunos e comunidade escolar da Escola Estadual Pouso Novo caminharam pelas ruas da cidade com camisetas brancas, balões e cartazes. A atividade fazia parte das festividades pelos 17 anos de emancipação do município, comemorados em 29 de abril.

Vencedores por categoria em 2005:

ASPIRANTES

Caminhonete – Felipe

Dieter e Daiane da Silva

Jeep – Vitor Machry e Sergio Barili

Motos – Fabrício Diedrich

Passeio feminino –Daniela Schroeder e Debora Goldmeier

Passeio masculino –Maurício Lohmann e Rafael dos Santos

EXPERIENTE

Hoje é

- Dia do Ferroviário

- Dia Internacional do Jazz

- Dia Internacional do Cão-Guia

Santo do dia: São Pio V

Caminhonete – Nilto

Scapin e Cleverton

Modesti

Jeep – Fernando Veit e Alessandra Veit

Passeio – Leandro Caser e Evandro KIpper

A jovem Maria Cristina, de São Jerônimo, era escolhida como Namorada do VIII Campeonato Abebeano de Futebol de Salão do Vale do Taquari (Cafsvat). Naquele ano, a competição ocorreu em Taquari e Maria recebeu a faixa da lajeadense Vera Lúcia dos Santos, Namorada de 1974, no salão da Sociedade Alvi-Negro de Taquari.

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Entre atrasos e avanços, passou um ano

Há exatos 12 meses narrávamos o caos absoluto no Vale do Taquari e parte do estado. A enchente, de fato, freou bruscamente o desenvolvimento da região e o mais grave: tirou vidas.

Todos os dias ainda somos impactados pelos efeitos da catástrofe de 2024 e ainda vai demorar para que esta realidade seja alterada. Passados 12 meses, ocorreram avanços importantes. O principal é a recuperação das ligações entre municípios. O maior exemplo está na ponte da ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio. Nossa infraestrutura e logística regional

e entre os bairros de uma mesma cidade não está 100% recuperada, porém evoluímos. Graças a resiliência do nosso povo, muitas empresas se recuperaram e em operação estão, o que proporciona emprego e renda.

Mas existem muitas ressalvas.

A mais dolorosa é a habitação. O aluguel social é um “analgésico”, mas não pode valer como solução definitiva. Vejamos: se a previsão é entregar casas em 2027, 2028... que se firme parcerias para compras de casas e apartamentos em fase de construção, que se enquadrem nos limites de programas como o “Compra Assistida” por exemplo.

Necessário intensificar a recuperação ou reconstrução de escolas e isso é um alerta específico ao estado. Estamos com pendências para retomada do ritmo no turismo também, muito em relação aos passeios do Trem dos Vales, sem data para serem retomados.

Uma resposta efetiva dos nossos governos não pode esperar mais 12 meses. Em especial a disponibilização de casas. Não há desenvolvimento sem moradia. Que as imagens tristes do ano passados fiquem ainda mais para trás e alcancemos a plena recuperação.

Inspiração em Florianópolis

Na última semana, uma comitiva de Lajeado esteve em Florianópolis, Santa Catarina, para conhecer a solução adotada pelo governo local para solucionar o problema com cabos de telefonia e internet em via pública.

O problema é antigo e deixa a cidade menos bonita, especialmente as principais avenidas do Centro. Além de estética, há sérios riscos de acidentes de trânsito e incêndios.

Em síntese, há multa aplicada as concessionárias pelo acúmulo de fios. E pelo que relataram os lajeadenses que lá estiveram, a fiscalização é efetiva. Integraram a comitiva os vereadores Lorival Silveira (PP), Neco Santos (PL), além do procurador-geral do município Natanael Zanatta e a secretária de Serviços Urbanos,

Elisete Mayer. Na próxima terça-feira, 6, os detalhes apresentados em Floria-

nópolis serão repassados para a prefeita e podem ocorrer investimentos nos próximos meses.

ARTIGO

TANARA SCHMIDT

Engenheira Ambiental

Adaptação para além da reconstrução

As mudanças climáticas, que antes eram vistas como uma ameaça distante, tornaram-se uma realidade constante nas cidades. No Rio Grande do Sul, e especialmente no nosso Vale do Taquari, os eventos climáticos extremos têm se tornado frequentes e infelizmente intensos. Enchentes, estiagens prolongadas, deslizamentos e temperaturas extremas já impactam não apenas a infraestrutura urbana, mas também os ecossistemas e a segurança das pessoas. Um ano após as grandes enchentes que atingiram nosso Vale, ainda estamos no processo de reconstrução, mas é urgente que comecemos a pensar além, buscando soluções duradouras e estratégias de adaptação para o futuro. A requalificação ecológica, social e econômica das cidades requer atenção urgente. Esse novo cenário demanda a adoção de um modelo de desenvolvimento urbano centrado na resiliência climática e na adaptação dos territórios. A prioridade deve ser a prevenção de riscos, a proteção ambiental e a promoção da justiça social, elementos estes que contribuirão para o desenvolvimento e a garantia de que todas as áreas da comunidade possam se adaptar aos novos desafios. Para garantir qualidade de vida, é preciso tornar os ambientes mais resistentes aos desafios da sociedade atual. Caso contrário, os danos aos serviços essenciais, como água, alimentos e energia, serão maiores, causando prejuízos econômicos e, principalmente, perdas de vidas.

As mudanças climáticas, que antes eram vistas como uma ameaça distante, tornaram-se uma realidade constante nas cidades.”

A intensificação dos eventos climáticos extremos — como inundações, secas, deslizamentos e ondas de calor — trouxe consigo uma série de riscos para as populações urbanas e os ativos das cidades. Esses riscos têm se agravado pela rápida e, muitas vezes, desordenada expansão urbana, que nem sempre está preparada para lidar com os impactos das mudanças climáticas.

No Vale do Taquari, um dos principais desafios é a fragmentação das ações entre os municípios. Embora todos compartilhem a mesma bacia hidrográfica e enfrentem eventos climáticos concomitantes, cada município ainda adota medidas isoladas, sem uma articulação eficaz entre as cidades vizinhas. Esse modelo fragmentado compromete a eficácia das ações e aumenta a vulnerabilidade coletiva. Por isso, estratégias regionais integradas se mostram fundamentais. A criação de consórcios e planos intermunicipais de adaptação, além de sistemas de monitoramento compartilhados, pode fortalecer significativamente a capacidade de resposta e prevenção. No entanto, muitos municípios enfrentam obstáculos significativos para implementar projetos de adaptação. As restrições orçamentárias, somadas à falta de infraestrutura adequada no setor ambiental, à escassez de equipes técnicas e à desinformação sobre os programas e recursos disponíveis, dificultam ainda mais os esforços locais para enfrentar as mudanças climáticas.

Os municípios têm um papel crucial neste processo, pois é no nível local que as decisões sobre o uso do solo, o crescimento urbano e as obras de infraestrutura são tomadas. Porém, muitos ainda carecem de ferramentas essenciais.

Especialista em Mudanças

Climáticas

Diretora Técnica do Instituto Verbena Brasil Ltda

Quarta-feira, 30 abril 2025

Fechamento da edição: 18h

Caravana chega a Cruzeiro do Sul

Após atividades de conscientização ambiental em escola de Arroio do Meio (foto), caravana de projeto do Grupo A Hora vai hoje para o bairro Glucostarck, em Cruzeiro do Sul. Instituição ficou submersa durante cheias do ano passado e foi reaberta 87 dias depois. Programação atende mais de 200 alunos

PÁGINA

REGIÃO ALTA | |

ERS-332 será reestruturada para impulsionar economia

Com recursos do Furings, obra entre Encantado e Soledade será executada por etapas e deve ser concluída até 2026

REGIÃO ALTA

Principal acesso a parte alta do Vale, a ERS-332 conecta os municípios de Encantado, Relvado, Doutor Ricardo, Anta Gorda, Putinga, Ilópolis, Arvorezinha e Soledade. A rodovia também possibilita a chegada a Nova Bréscia e Coqueiro Baixo. Na primeira semana de abril, o secretário estadual de Transportes e Logística, Juvir Costella, declarou que a região teria “uma nova ERS332”. A empresa responsável pela execução da obra já foi contratada, e o projeto executivo está em avaliação pelo Daer.

As melhorias incluem recuperação do pavimento, obras de contenção, reforço e recuperação de cabeceiras e pontes. Diante do aumento expressivo no tráfego de veículos pesados, a estrutura da rodovia será preparada para suportar cargas de até 45 toneladas. O trecho entre Encantado e Soledade tem quase 100 km e vai receber investimento de R$ 200 milhões, com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Furings).

Em entrevista a Rádio A Hora na semana passada, o governador

Estamos com muita expectativa para que tudo que foi anunciado seja feito em breve. São duas etapas, duas empresas que irão fazer o trabalho, a MPX fará de Encantado até Linha Cordilheira e é um investimento muito bom para todas essas cidades ligadas pela 332”

DEBRUNES BIOLCHI

EMPRESÁRIO

do RS, Eduardo Leite, reforçou o encaminhamento das obras em rodovias estaduais, com mais de R$ 1,3 bilhão já contratados pelo Daer. Além da 332, a ERS-130 e a ERS-129 (R$ 50 milhões) também receberão melhorias.

Expectativa

A remodelação da ERS-332 é uma obra importante por diversos fatores para a região. Para o turismo é o trecho conhecido como “Rota da Erva-Mate”, principal via de escoamento da produção e entrega de insumos ao principal polo ervateiro do Estado. E também há outros segmentos econômicos em Doutor Ricardo, Relvado, Putinga, Ilópolis, Anta Gorda e Arvorezinha. Segundo o Daer, o trecho até Arvorezinha já recebeu uma camada asfáltica para tapar os buracos mais salientes.“Estamos com muita expectativa para que tudo que foi anunciado seja feito em breve. São duas etapas, duas empresas que irão fazer o trabalho, a MPX fará de Encantado até Linha Cordilheira e é um investimento muito bom para todas essas cidades ligadas pela 332”, enfatiza Debrunes Biolchi, empresário de Doutor Ricardo que utiliza a rodovia diariamente.

A previsão é que as obras de melhorias sejam concluídas até o fim de 2026. A ERS-332 não integra o plano de concessão das rodovias, mas existe a expectativa que em cinco anos ela possa ser incluída.

Empresário de Doutor Ricardo, Debrunes Biolchi, tem negócios em outros municípios e utiliza a rodovia diariamente

Daer informou que o trecho até Arvorezinha já recebeu uma camada asfáltica para tapar os buracos

Concessão da Lagoa voltará à Câmara

diogofedrizzi@grupoahora.net.br

DIOGO FEDRIZZI

O projeto sobre a concessão da Lagoa da Garibaldi à iniciativa privada voltará ao Legislativo de Encantado. Antes da sessão de segunda-feira, 28, o prefeito Jonas Calvi (PSDB) e a secretária de Turismo, Karina Mezomo, conversaram com os vereadores. O bate-papo buscou alinhar as ideias a respeito do assunto (foto).

Na legislatura anterior, a matéria chegou a ser analisada, mas sem avanços. Como não foi votado, o texto precisou ser

O

arquivado após o encerramento do mandato. Aliás, não é de hoje que, além da lagoa, o governo tem planos de viabilizar a privatização do Parque João Batista Marchese e do Parque Multiesportivo (Caminhódromo).

de Moresco

O PT de Encantado tem novo presidente. O jovem historiador Marcos César Cadore lidera a diretoria executiva. Candidato a prefeito nas últimas eleições, Luciano Moresco não integra o grupo. E esse fato, lógico, chama a atenção e movimenta os bastidores.

Há quem veja caminho livre para o advogado buscar novos espaços e voltar a concorrer a prefeito em 2028. Isso se confirmando, cairia por terra a desculpa de eleitores que não votaram em Moresco por ser do PT? Quando questionado sobre esses assuntos, o morador do Jacarezinho prefere o silêncio. E nesse caso, o silêncio de Moresco, já diz muito.

O Cristo e as eleições de 2026!

Encantado recebe de 11 a 14 de junho a terceira edição do Seminário Nacional de Cidades Inteligentes. O evento é organizado pela União de Vereadores do Brasil (UVB), liderada pelo encantadense Gilson Conzatti. Conhecidos nomes da política brasileira são especulados para estarem entre os painelistas convidados. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o prefeito de Chapecó-SC, João Rodrigues (PSD), e o prefeito de Sorocaba-SP, Rodrigo Manga (Republicanos) participaram da recente Marcha de Gestores e Legislativos Municipais a Brasília e se mostraram empolgados com a possibilidade de conhecer o Cristo Protetor e a farta gastronomia da Suinofest. Como os três miram as eleições de 2026 de olho nos cargos de governador e presidente, vale uma chegadinha mais perto do Protetor!

Quando será anunciado o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Encantado?

Perto de completar dois meses da aprovação da reestruturação administrativa na Câmara, o governo de Encantado ainda procura um nome para assumir a nova pasta.

- A semana marca um ano da maior tragédia climática do Vale do Taquari. E o feriado da quinta-feira, 1º de maio, merecerá uma cobertura especial da Rádio A Hora 102,9. Vamos voltar a locais impactados pelas inundações e deslizamentos em Encantado, Roca Sales e Muçum. Vale conferir, a partir das 8h.

- “Não quero mais ver alguém sentar na minha frente e pedir para eu ‘dar um canetaço’”. O desabafo foi do prefeito Jonas Calvi (PSDB), quase no nal da primeira audiência pública sobre o plano diretor de Encantado.

O empresário Robison Gonzatti foi reconduzido à presidência do Conselho Comunitário PróSegurança Pública (Consepro) de Encantado por mais um mandato. Os dois vices são Rudimar Conzatti e Alessandro Bratti. Rafaela Donida, Felipe Giaretta, Ricardo Bouvie e Daiana Dacroce completam a diretoria executiva.

Além do apoio às forças de segurança da cidade, a entidade tem trabalhado na manutenção, qualificação e ampliação do sistema de videomonitoramento. Além do Consepro, Robison lidera a Associação Amigos de Cristo e sabe que o aumento considerável do fluxo de turistas atraídos pelo monumento exige cada vez mais atenção com a segurança.

O comentário é quase unânime de quem nos visita diariamente na unidade do Grupo A Hora, no centro de Encantado: “Difícil encontrar lugar para estacionar!” De olho na retomada do rotativo, o governo local já realizou duas reuniões com a Zona Azul, empresa responsável pela

administração e cobrança do serviço que está suspenso desde a enchente de maio do ano passado. Porém, há um impasse jurídico nas negociações. A empresa sugeriu alterações no contrato. O governo busca um “meio-termo” a fim de ficar adequado à atual legislação municipal.

- A secretária de Desenvolvimento Social de Encantado, Jaqueline Taborda (PSDB), participará da sessão da Câmara na próxima segunda-feira, 5. Os vereadores querem esclarecimentos sobre os projetos do governo para o bairro Navegantes, devastado pelas históricas enchentes.

- “E se chovesse hoje o que choveu em maio de 2024, quantos barcos teríamos para salvar as pessoas”, foi a pergunta do vereador de Encantado, Diego Pretto (PP), na tribuna desta semana. Outra preocupação do progressista refere-se à necessidade de preservar documentos, dados e fotogra as das tragédias.

- Presidente da Câmara de Encantado, Joanete Cardoso (PSDB) aproveitou a recente viagem a Brasília para articular recursos para o projeto de revitalização das calçadas.

- Ainda repercute a surpreendente performance do maestro Guilhermo Santiago com sua Orquestra de Garrafas na 3ª Jornada da Espiritualidade. A maioria da plateia que estava no Auditório Sicredi jamais imaginou que um dia teria a capacidade de executar a Nona Sinfonia de Beethoven com pedaços de garrafas pet. E o músico gaúcho nos mostrou que nada é impossível!

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VALORIZAÇÃO À CULTURA

Festivais do filó celebram a cultura italiana

Atrações iniciam na próxima sexta-feira, 2, e seguem durante o mês de maio

Conhecido como a “Terra do Filó”, o município de Doutor Ricardo dá início na sexta-feira, 2, à programação especial da Stimana Italiana e do tradicional Filó, eventos que resgatam e celebram as raízes culturais italianas da comunidade. As atividades se estendem até o final do mês, com encontros em diversas comunidades, apresentações culturais, jantares típicos e muita música.

A programação inicia na Linha Leopolda, com filó a partir das 19h e show da dupla Zé e Elias. A entrada é gratuita, e os participantes são convidados a levar um prato típico para compartilhar. As bebidas serão comercializadas pela comunidade local.

No dia 9 de maio, o Filó acontece na Linha São Paulo, também às 19h, animado pela dupla Jairo e Airton. Seguindo a tradição, cada família deve levar uma iguaria típica da culinária italiana para contribuir com a confraternização.

No dia 15 de maio, o Ginásio Municipal Vagner Radaelli recebe o Sarau Cultural da Terra do Filó, aberto ao público, a partir das 19h. O evento promete reunir diversas manifestações artísticas e culturais, preservando o espírito comunitário dos antigos filós.

Já no dia 20 de maio, a Melhor Idade Felicitá promove seu

filó, também no Ginásio Vagner Radaelli, a partir das 19h. Com entrada livre, o encontro reforça o valor da tradição entre as gerações mais experientes. O dia 24 de maio marca um dos pontos altos da programação, com o 1º Encontro de Corais organizado pelo grupo Amici Del Filó. A recepção aos corais está marcada para as 17h30 no Salão Paroquial, seguida pelas apresentações na igreja matriz, às 18h. Às 20h30, no Salão Paroquial, ocorre o Jantar Típico Italiano e show com o grupo Sul da Itália. As fichas para o jantar custam R$ 60 e podem ser adquiridas pelo WhatsApp nos contatos (51) 99866-8463 (Jorge) e (51) 99965-9287 (Eliana), além dos pontos de venda Supermercado Ricardense, Piuttosto e Restaurante Sabor da Colônia. Encerrando a programação, no dia 30 de maio será realizado o 19º Filó de Doutor Ricardo. A celebração inicia com missa em talian, às 19h, na igreja matriz São Caetano, seguida da degustação de pratos típicos e show-baile com Thaina e Thairine – Família Azzolini, das 19h às 23h, no Salão Paroquial. Os ingressos antecipados custam R$ 50 para maiores de 12 anos e R$ 25 para crianças entre nove e 12 anos. Na hora, o valor será de R$ 70, sujeito à disponibilidade. A compra pode ser feita via Pix para (51) 99642-4884, com envio do comprovante para o número (51) 99781-7685 (Mariana).

Memória e pertencimento

O19º episódio do programa O Segredo da Infância, da Rádio A Hora em parceria com o Espaço Flores. Ser, foi marcado por emoção, memória e pertencimento. O estúdio recebeu a professora Lisiane Maria Chanan Christ e os alunos Ana Júlia Potrich, Luis Fernando Schuck e Joaquim Caetano Brum, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Porto Quinze, de Encantado. A conversa com a mediadora Ana Fausta Borghetti revelou os bastidores do projeto “Releitura da Escadaria de Azulejos”, realizado em homenagem aos 110 anos do município.

Localizada entre as ruas Monsenhor Scalabrini e Júlio de Castilhos, a escadaria foi revitalizada em 2018 com restos de azulejos, em um trabalho voluntário do projeto Minha Cidade Mais Bonita. Desde então, o espaço passou a integrar os pontos turísticos de Encantado. Essa história inspirou os alunos. “A proposta era que fizéssemos algo para lembrar o aniversário de 110 anos de Encantado. Pensamos na escadaria de azulejos, porque não é um dos pontos turísticos mais conhecidos”, contou Ana Júlia.

A ideia inicial era pintar desenhos. Depois, evoluiu para a construção de uma pequena maquete com caixa de leite. “Mas não era o que eu imaginava. Na minha cabeça era ir além”, disse a professora Lisi. A virada aconteceu quando o aluno Inácio levou para a escola uma maquete maior, feita em casa com apoio da mãe. “No dia seguinte, vimos uma escada mais bonita e decidimos adotar a ideia do Inácio e da mãe dele”, completou Ana Júlia.

A maquete cresceu junto com o projeto. Os alunos se aprofundaram na história do lugar, visitaram a escadaria e outros locais com intervenções artísticas, como o painel da Igreja Matriz e o viaduto do Santo Antão. “O meu colega Miguel deu a ideia da gente chamar as idealizadoras que revitalizaram a escada para conversar com a gente”,

relatou Luis Fernando. Assim, a escola recebeu a visita da arquiteta Daniela de Conto, da professora aposentada Angela Reale e dos artistas Adelton e Bruno. “Eu confesso que quando eu não conhecia a história da escadaria, eu pensava: ‘poxa, é só uma escadaria normal, colorida’. Agora que já sei da história e do esforço, eu reconheço que a escadaria é um símbolo de esforço”, disse Joaquim.

A interdisciplinaridade esteve presente em todas as etapas. “Usamos matemática para encontrar as medidas, português para se comunicar certo com os colegas, trabalho em equipe e geometria”, lembrou Joaquim.

O projeto foi desenvolvido na escola, mas contou com forte envolvimento das famílias. “A maquete foi construída em casa.

A decoração, sim, foi feita em sala de aula, fazendo a releitura da obra”, explicou a professora.

A escuta ativa e o acolhimento das ideias foram centrais para o sucesso da atividade. “O que eu trago para nós pensarmos é o

quanto nós educadores precisamos estar abertos para ouvir. A partir de uma caixinha, de um pintar na folha do papel, nasceu esse projeto lindo”, refletiu Lisi. Para Ana Júlia, a vivência deixou marcas. “A partir do momento que conhecemos a história da escada, o esforço que os voluntários tiveram, ela passou a ter mais valor. Sempre cuidei, mas agora vou cuidar mais ainda.”

A mediadora Ana Fausta destacou a importância de saber que tem pessoas de Encantado que tiram o tempo para fazer um trabalho como esse. “Elas doam o seu tempo em prol da comunidade. É assim que se constrói uma cidade, uma cultura”, enfatizou. A experiência da EMEF Porto Quinze mostra como a escola pode fortalecer vínculos com a cidade. “É um conhecimento para o resto da vida. O maior ensinamento é que todos possuem saberes diferentes, e quando a gente une esses saberes é de uma riqueza muito grande”, concluiu a professora Lisi.

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Realização:

Professora Lisi, Luis Fernando, Joaquim, Ana Fausta e Ana Júlia com as maquetes da escadaria produzidas pelos alunos

DIOGO FEDRIZZI

DOUTOR RICARDO

Tradicional evento lota o Salão Paroquial do município

Maestro leva música e lições de

Guilhermo Santiago foi um dos convidados da terceira edição do evento e mobilizou a plateia com a Orquestra de Garrafas

Diogo Daroit Fedrizzi

diogo@grupoahora.net.br

Colaboração: Jéssica Mallmann

ENCANTADO

Gaúcho de Herval, morador de São Bernardo do Campo, em São Paulo, o maestro Guilhermo Santiago surpreendeu o público da 3ª Jornada da Espiritualidade, que ocorreu domingo, 27, em Encantado.

Primeiro, ele pegou um pedaço de cano PVC, fez furos com a furadeira, transformou em uma flauta e tocou um trecho do clássico Bolero, de Ravel, acompanhado pelo ritmo das palmas vindas da plateia. Em seguida, organizou o público em grupos, distribuiu pedaços de garrafas pet e organizou como se fosse uma orquestra, em que os sons provocados pelas batidas das garrafas reproduziam a Nona Sinfonia de Bethoven e a brasileira Asa Branca.

“O que procuramos transmitir com essas duas dinâmicas é uma mudança da forma de você entender e enxergar novas possibilidades na vida. Simbolizam a questão da diversidade, da atitude, do time, da ‘Com+Unidade’. Qualquer

um de nós é capaz”, explicou o profissional, que abordou o tema “A Arte do ‘In’ Possível”. Santiago sabe tocar mais de 100 instrumentos. Sua história de vida é marcada pelas experiências de morar na rua e em uma tribo indígena. “A palavra ‘tupi’, da grande Nação Tupi, significa ‘flauta em pé’. Os indígenas desse grupo acreditam que o nosso corpo é uma flauta, e cada vez que a gente fala, essa flauta é executada. Aí pensei, por que não dá para representar que essa pessoa seja uma flauta em pé?”, comentou o profissional, proprietário do estúdio Musaikos.

Imersão de 12 horas

Além de Santiago, outros 14 painelistas compartilharam suas vivências. Foram 12 horas de programação, que iniciou

ao amanhecer com meditação e bênçãos no Cristo Protetor e seguiu com as palestras no Auditório Sicredi. Associativismo, paz, felicidade, ecologia, liderança, saúde mental e energia foram temas explorados pelos convidados.

“A Jornada da Espiritualidade é uma ponte entre o que fomos e o que podemos ser. Um encontro com a alma do nosso tempo. Que possamos caminhar juntos, com fé, coragem e amor, na construção de um legado que inspire gerações. Cada patrocinador, apoiador, parceiro é muito importante, pois sustentam esse caminho. Cada pessoa tocada é uma semente que floresce para que a espiritualidade ocupe o seu lugar no coração de cada um”, disse Raquel Cadore, presidente da Associação Comercial Industrial de Encantado (ACI-E),

a obra nasceu da gratidão de inúmeras pessoas que se uniram para tornar realidade um grande desejo.

entidade organizadora do evento.

“Para continuarmos sendo resilientes, é fundamental mantermos nossa espiritualidade em equilíbrio, e é por isso que eventos como este são tão importantes”, acrescentou o prefeito Jonas Calvi, ao lembrar as dificuldades enfrentadas recentemente pela comunidade, especialmente em função das enchentes ocorridas em 2023 e 2024.

Painéis trazem re exões sobre fé e vida

Na abertura das palestras, o presidente da Associação Amigos de Cristo, Robison Gonzatti, falou sobre o poder do associativismo na construção do Cristo Protetor, símbolo da união comunitária.

“Fé, devoção e gratidão, esses são os três pilares que sustentam a nossa associação”, destacou. Gonzatti lembrou ainda que

A coordenadora Tânia Fröhlich Rodrigues, do Pacto Lajeado pela Paz, abordou a importância da paz interior como ponto de partida para transformar o ambiente coletivo. Em sua fala, ela reforçou a força do pertencimento como motor das boas ações. “Falar sobre o Pacto pela Paz é refletir sobre um movimento que, assim como o Cristo Protetor, desperta a vontade de pertencimento. As pessoas querem se envolver, fazer parte”, ressaltou.

O casal Sérgio Diefenbach e Danielle Harth trouxe uma proposta que uniu música, poesia e reflexão para falar sobre o “Tempo da Felicidade”. Diefenbach alertou para a importância de valorizar o momento presente. “Quantas vezes dizemos: ‘quando eu tiver tempo’. Precisamos avançar, mas não com muita pressa”, observou. Já Danielle destacou a necessidade de equilibrar a vida cotidiana com a busca pela felicidade. “É a ciência que nos ensina a intencionar

Maestro Santiago surpreendeu a plateia com a “Orquestra de Garrafas”

Primeiras atividades ocorreram ao amanhecer no Cristo Protetor

JÉSSICA MALLMANN

Juraci participou pela primeira vez da Jornada

Cristiane cou impressionada com a dinâmica do maestro Santiago

POWERFUL DREAM AGÊNCIA DE MARKETING

vida à Jornada da Espiritualidade

a positividade. O tempo da felicidade exige equilíbrio”, afirmou, referindo-se à Ciência da Felicidade.

Também presente na jornada, o Grupo Front, que teve atuação fundamental na região durante as enchentes,

compartilhou sua visão sobre liderança e empreendedorismo. Representados pelo vicepresidente Gustavo Ferreira e

“Momento transformador”

Que possamos caminhar juntos, com fé, coragem e amor, na construção de um legado que inspire gerações”

pela diretora Juliana Vasconcelos, reforçaram o papel do empreendedor comprometido com o bem coletivo. “Empreender é atender a um chamado da vida.

É a vida nos convocando para agir com presença, maturidade, responsabilidade e consciência”, afirmaram.

O doutor em Educação Jorge Trevisol encerrou a programação com a reflexão “O Dinamismo Espiritual e Suas Possíveis Amarras”, com apresentações musicais ao lado do filho, Moisés Rafael. Trevisol destacou a importância da inquietação como impulso para a espiritualidade. “Toda a vida carrega, no fundo, a presença de Deus, mas apenas a vida que encontra essa conexão pode ser chamada de vida eterna”, afirmou. “As experiências de dor e prazer são necessárias para o nosso crescimento e evolução. Tudo o que está ao nosso redor carrega uma mensagem espiritual pronta para nos ensinar”.

As amigas Edaiana Cemin e Janete Rosane Voss acordaram cedo para vivenciar as primeiras atividades no Cristo Protetor. “É um momento único, maravilhoso e emocionante. A vida nos desafia o tempo todo, por isso precisamos praticar diariamente a espiritualidade”, disse Edaiana. “É um momento transformador. Acordar e já me preparar para estar em um local que nos faz desenvolver a fé e a espiritualidade, para que a gente se torne uma pessoa melhor para nós mesmas”, acrescentou Janete. Juraci Burghardt esteve na jornada pela primeira vez e espera retornar no próximo ano. “Foi ótimo. Cada palestrante teve seu valor. Aproveitei um pouco de cada”, disse. Já Cristiane Ritt tem sido presença assídua. “Estivem nas três edições. A gente sai renovada. Desde o início, muita emoção no Cristo Protetor. Todos os palestrantes sempre agregam, é de encher a alma. Me encantei com o maestro. Foi uma palestra dinâmica, que envolveu todo mundo”, ressaltou.

O que procuramos transmitir com essas duas dinâmicas é uma mudança da forma de você entender e enxergar novas possibilidades na vida”

GUILHERMO

DIOGO FEDRIZZI

Sérgio Diefenbach e Daniela Harth abordaram a temática sobre o Tempo da Felicidade

DIOGO FEDRIZZI

Amigas Edaiana e Janete acompanharam a meditação no Cristo Protetor

JÉSSICA MALLMANN

CTG Giuseppe faz apresentação no feriado

Evento marca a retomada oficial das atividades artísticas do CTG e tem entrada gratuita

ENCANTADO

OCTG Giuseppe Garibaldi realiza na quinta-feira, 1º de maio, a partir das 16h, uma apresentação aberta à comunidade dentro do projeto cultural “Dançando Nossas Origens III”.

Com entrada gratuita, o evento contará com apresentação das invernadas Mirim, Juvenil e Adulta, acompanhado de música ao vivo, marcando a retomada oficial das atividades artísticas do CTG em 2025, que compreende participações em eventos como Festmirim, Juvenart e Enart. O projeto Dançando Nossas Origens III é uma realização do CTG Giuseppe Garibaldi e do Ministério da Cultura, por meio do Governo Federal – União e Reconstrução. Conta com patrocínio de Baldo S.A, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Goemil, Stabil Argamassa e Concreto,

O evento contará com apresentação das invernadas

Turbosul Transportes, Farvale, Farmácia Central – Rede Associadas, Pretto Veículos e Supermercado AGF. Segundo o coordenador artístico do CTG, Ismael Girardi, o evento representa um momento de conexão com a comunidade. “O projeto

valoriza nossa história e fortalece as novas gerações no tradicionalismo. Poder abrir as portas do CTG para esse momento especial é uma forma de agradecer e compartilhar com a comunidade o trabalho intenso que vem sendo feito por todas as invernadas”, afirma.

Evento reúne 17 corais em Coqueiro Baixo

COQUEIRO BAIXO

No último sábado, 26, a Igreja da Capela São José, em Coqueiro Baixo, sediou a 12ª edição do

Encontro de Corais. A programação contou com apresentações de 17 corais e grupos de canto vindos de diferentes cidades da região e do Estado. As apresentações

demonstraram uma diversidade de vozes e repertórios. Entre os participantes estavam os grupos locais Bella Coqueiro e Vozes de Cristal. Durante o evento, foi realizada uma homenagem a ex-integrantes do Coral Bella Coqueiro, em alusão à trajetória e história do grupo ao longo dos anos.

Após as apresentações, o público foi convidado a um jantar de confraternização no salão comunitário, seguido de baile com a Banda Contagem Regressiva. O encontro tem sido uma forma de incentivar atividades culturais ligadas ao canto coral e promover intercâmbio entre os grupos.

A igreja da Capela São José foi o local escolhido para sediar a 12ª edição do Encontro de Corais

Mirim, Juvenil e Adulta

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365 VEZES NO VALE

FÁBIO KUHN

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Um ano após enchente, Camping Decker se reestrutura e abre temporada de inverno

Muito popular no veraneio do Vale, o Camping Decker manterá as atividades durante o outono e inverno. A aposta do empreendimento de Sério será na gastronomia e na abertura de visitação para acampamentos.

O destino já atendia no período mais frio do ano com cafés coloniais agendados, mas essa será a primeira vez que manterá o restaurante e a área de camping abertos também. Os acampamentos poderão ocorrer nas sextas, sábados e domingos. O restaurante estará aberto nos finais de semana com lanches. Para maio, será iniciada uma série de eventos com cafés coloniais e refeições temáticas (veja no quadro). O camping também abrirá para eventos particulares com possibilidade de contratação do serviço de cozinha e cardápio a escolha do cliente.

Responsável pelo restaurante, Andrea Rafaela da Rosa destaca

que um dos diferenciais é a comida com tempero caseiro.

Em atividade desde 1996, o Camping Decker está localizado em uma antiga represa do arroio Sampaio, no limite de Sério com Venâncio Aires. Com uma infraestrutura invejável, alia contato com a natureza e a boa gastronomia.

A represa preservada até hoje se tornou cartão-postal. Na sombra das árvores estão espalhadas dezenas de churrasqueiras. O camping possui ainda campo de futebol e bocha. Um dos diferenciais do empreendimento é priorizar o sossego e clima familiar.

Em maio de 2024, o camping foi invadido por mais de cinco metro das águas do arroio Sampaio. A vegetação foi arrancada pela correnteza, sem contar os prejuízos inimagináveis na estrutura. Conforme a proprietária Elisângela Decker, o recomeço só ocorreu graças ao pedido dos clientes.

Mais informações sobre o

10 HOSPEDAGENS

Divulgamos nessa semana uma lista com hospedagens que valem a pena conhecer no Vale do Taquari. Na foto está uma das opções: o Chalés Valle di Pietre (Dois Lajeados). O QR Code abaixo permite acesso ao vídeo divulgado no Instagram do 365 vezes no vale.

ALMOÇOS E JANTARES NA TEMPORADA

10/05 (sábado às 19h30min): café colonial do Dia das Mães)

16/05 (sexta-feira às 21h): feijoada 23/05 (sexta-feira às 19h30min): evento Só Elas

25/05 (domingo ao meio-dia): almoço com massas

6/06 (sexta-feira às 19h): jantar com polenta 14/06 café 19:00 sábado

29/06 (domingo ao meio-dia): almoço com carnes 12/07 (sábado às 19h):

café colonial

27/07 (domingo ao meio-dia): almoço com peixe

9/08 (sábado às 19h):

café colonial

24/08 (domingo de meio-dia):

café colonial

13/09 (sábado às 19h):

café colonial

21/09 (domingo ao meio-dia): almoço alemão

04/10 (sábado às 19h):

café colonial

26/10 (domingo ao meio-dia): rodízio de pastéis e pizzas

ponto turístico no WhatsApp 51 99803-7156 (Elisângela para os acampamentos), 51 99908-6545 (com Andrea para a gastronomia) ou na página @camping. decker no Instagram.

Área de acampamentos poderá ser aproveitada nas sextas-feiras e ns de semana

Docile mira o futuro com alta tecnologia

Apoio do conselho consultivo, criado em 2010, orientou os sócios sobre a importância de diversificar os investimentos e garantir a sustentabilidade pessoal e institucional a longo prazo

ENTREVISTA

• RICARDO HEINECK - Presidente da Docile

“As diferenças podem ser complementares”

do um desafio novo.

Jessica R.

jessicamallmann@grupoahora.net.br

Uma empresa 100% brasileira, que cultiva um legado familiar e se reinventa em meio a inovação e a sustentabilidade. A Docile foi fundada em 1991, em Lajeado, mas sua história começou muito antes, quando Natalício Heineck introduziu a família na produção de doces. A tradição foi levada adiante por seus filhos, Nestor e Paulo, e hoje é tocada com espírito empreendedor pela terceira geração: os irmãos Ricardo, Fernando e Alexandre.

“Começamos com uma loja de balas e depois viramos distribuidora. No início, meu pai não queria ser uma indústria, mas os filhos insistiram”, lembra o atual presidente da empresa, Ricardo Heineck. O que antes era uma pequena fábrica montada com um equipamento de embalar usado e um misturador improvisado, hoje tornou-se uma empresa de doces de referência mundial.

“Reinvestimos 100% dos lucros na empresa até 2016. Tudo o que tínhamos estava ali”, conta Ricardo. A mudança de mentalidade veio com o apoio do conselho consultivo, criado em 2010, que orientou os sócios sobre a importância de diversificar os investimentos e garantir a sustentabilidade pessoal e institucional a longo prazo.

Hoje, a estrutura da Docile impressiona. A empresa opera com tecnologia de ponta, automação e mais de 2,6 milhões de quilos de doces produzidos por mês. Produz mais de 2,6 milhões de quilos de guloseimas por mês, atendendo todo o mercado brasileiro e exportando para mais de 50 países. Os processos e produtos são certificados pela British Standards Institution Brasil (BSI Brasil) com o selo ISO 9001. Além disso, a Docile foi a primeira empresa de seu segmento a conquistar e ter renovada a reconhecida certificação internacional de segurança de alimentos FSSC22000.

Origem do nome

O nome “Docile” foi fruto de uma transição estratégica. Antes chamada Glucoamido, por comercializar glicose e amido, a empresa buscava um nome mais sonoro e internacional. “Docile tem boa sonoridade em português, italiano, espanhol e inglês. E remete a doce. Foi uma escolha muito feliz”, explica Ricardo. A identidade visual também tem raízes na história familiar. O formato que circunda a marca representa o “splash” da massa de bala ao ser jogada sobre a antiga mesa de mármore da fábrica, como fazia Nestor.

A governança também evoluiu. O conselho se mostrou um divisor de águas. “Nos ajudou a identifi-

Wink - Qual a importância da família para quem se tornou um profissional e empreendedor tão importante para nossa cidade e mercado?

Ricardo - A gente sempre ouve que a família é a base da sociedade e é uma coisa realmente fundamental. Felizmente temos o pai e a mãe vivos. O pai como um exemplo de trabalhador, de humildade, e a mãe sempre segurando as pontas com a família. Só tenho a agradecer por tê-los junto com a gente. Assim como a herança que eles deixaram de respeito, humildade, força de trabalho… é realmente a base de tudo.

Wink - Onde tu estudaste? A tua mãe é professora, chegaste a ser aluno dela?

Doces Sonhos que Embalamos

por Charles e Tânia Tonet

A história de 80 anos de dedicação da família Heineck à produção de guloseimas é retratada em “Doces Sonhos que Embalamos”. Neste livro, os autores remontam a história da fabricação de açúcar no Brasil, passando pelo desenvolvimento das indústrias de balas, a criação da primeira fábrica da família, de Natalício Heineck, até chegar ao desenvolvimento da Docile. É uma oportunidade de conhecer a família e descobrir a história de uma empresa sólida e que trabalha com um produto especial.

Ricardo - Não fui, somente os meus irmãos. A mãe sempre foi uma batalhadora, super decidida. Uma mulher forte que permitiu que o pai tivesse a dedicação para o negócio. Estudei no Grupo Florestal, depois no João Batista de Mello, Castelinho. Depois comecei em engenharia mecânica, meio ano de administração na PUC, depois passei no Banco do Brasil, onde trabalhei por três anos e nove meses.

Wink - O que te levou a sair do Banco?

Ricardo - Na verdade, o pai nunca foi um estimulador de trabalharmos no negócio, talvez por não querer misturar a questão da família. Na época, trabalhar no Banco do Brasil foi muito bom, era um concurso super concorrido. Foi meio que a minha salvação. Mas em um determinado momento, o pai me convidou para voltar e trabalhar na Florestal. Como eu não gostava tanto da rotina do banco, acabei abraçan-

especializados e evoluímos muito em gestão e marketing. Quem pode ter um conselho, tenha”, destaca. Além da excelência operacional, a Docile aposta na sustentabilidade como valor. Recicla mais de 97% dos resíduos sólidos, trata e reutiliza a água e evita a emissão de mais de 750 toneladas de CO² por ano.

O programa “O Meu Negócio” foi apresentado por Rogério Wink e transmitido ao vivo na Rádio

A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de

Wink - Da Florestal que área tu desenvolveu e que experiências foram importantes para tu utilizar na Docile?

Ricardo - Eu cheguei na empresa assumindo a parte de compras. A empresa era pequena ainda, então foi bonito assumir a parte de compras. Tive que aprender as coisas na marra e, como comprador, adquiria embalagens, negociava contratos… mas vendo as embalagens, que deixavam a desejar na parte estética, me questionava sobre pagar a mesma coisa por um layout feio ou bonito. Então, comecei a me envolver um pouco mais na questão de marketing, desenvolvendo embalagens e produtos. Foi um aprendizado bacana que tive, um movimento que me ajudou muito na construção e na história. Hoje, temos uma Docile muito focada em desenvolvimento de produto.

Wink - Como é trabalhar com o Fernando e o Alexandre? A relação dos irmãos, como é?

Ricardo - Nós somos muito diferentes, mas o que sempre tivemos é respeito. Temos ideias muito diferentes sobre tocar o negócio. Faz alguns anos, contratamos uma psicóloga que ajudou a entender, efetivamente, que as diferenças podem ser complementares. Falar é fácil, mas na prática era uma dificuldade. Nós somos sócios há 38 anos, desde a época da pequena lojinha de bala. E todas as decisões que tomamos até hoje, mesmo que em alguns momentos um ou outro teve que engolir um “sapinho”, foi em comum acordo. A gente nunca precisou fazer uma votação. Isso tanto entre nós três quanto no conselho.

Marcauten, Dale Carnegie, Black Contabilidade, Motomecânica, Sunday Village Care, Construtora Giovanella, Pórtico Pré-fabricados, Lajeado Imóveis, Construtora Diamond, BIMachine, Lorenzon Plásticos, e Sheeren e Perosso Gestão Tributária.

DEIVID TIRP

Mallmann

Ricardo Heineck participou do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 28

car nossas deficiências e focar em vendas. Nada adianta ter o melhor produto se não houver comercialização. Trouxemos conselheiros