A Hora – 24 e 25/05/25

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Fim de semana, 24 e 25 maio 2025 | Ano 22 - Nº 3852 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)

Estado avalia projeto de ponte

Governo Leite abre chance de investir com recursos do Funrigs em estudo de viabilidade para obra entre Cruzeiro e Estrela

Líderes regionais vivem a expectativa da viabilização da nova ponte sobre o Rio Taquari. Projeto cadastrado no Estado precisa de aval do governador Eduardo Leite para avançar. Ao todo, custo estimado, incluindo acessos pela Transantarita, em Estrela, e

PROJETO LEIA

Para aprender com Nara, a Capivara

A presença dos pais no desenvolvimento emocional dos filhos é fundamental para o crescimento e bem-estar da criança. A interação nas atividades diárias fortalece o vínculo e promove o desenvolvimento de habilidades. Com a mascote Nara, confira o primeiro LEIA-ME.

PRODUÇÃO DE PEIXES

pela ERS-130, em Cruzeiro do Sul, está avaliado em R$ 280 milhões. Além de servir de alternativa à BR-386 e oferecer uma nova ligação entre os Vales, obra é considerada essencial para não deixar a região isolada em eventuais novas enchentes.

Investimentos para melhoria estrutural visam ampliar mercado de pescados

PÁGINAS | 10 e 11

PÁGINAS | 6 e 7

OPINIÃO RODRIGO

MARTINI

Distúrbios da tireoide: entenda sintomas, riscos e tratamento

O complexo da Polar Alterações no funcionamento da glândula podem apresentar mudanças em diferentes partes do corpo.

OPINIÃO

VINI

BILHAR

Governo recua com tarifa do IOF

NESTA EDIÇÃO

OPINIÃO

HENRIQUE

PEDERSINI

Os pedágios e a câmara de Lajeado

Uma ponte para o futuro

OVale do Taquari precisa, com urgência, de uma nova ponte sobre o Rio Taquari. Agora, com o projeto entre Estrela e Cruzeiro do Sul, espera-se a confirmação de recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Essa é uma demanda estratégica para garantir segurança viária, melhorar a infraestrutura logística e impulsionar o desenvolvimento econômico de toda a região.

A atual ponte na BR-386, entre Lajeado e Estrela, já não suporta com eficiência o fluxo crescente de veículos e cargas. Além disso, durante as enchentes ficou clara a fragilidade e o risco, de a cada cheia, a região ficar isolada, prejudicando o transporte de mercadorias, o acesso a serviços essenciais e a mobilidade de milhares de pessoas.

Entidades empresariais, municípios e a comunidade cobram uma resposta concreta. A região não pode mais esperar por soluções paliativas”.

Por isso, a nova ponte, com traçado elevado e conexões diretas à BR-386 e ERS-130, resolveria esse problema histórico, garantindo uma rota segura mesmo em situações de emergência.

Do ponto de vista econômico, a obra é um investimento que trará retorno imediato. O Vale do Taquari é um dos principais polos produtivos do estado, com forte presença da agroindústria, comércio e serviços. Uma nova travessia divide o tráfego, facilita o escoamento da produção e integra os municípios.

O Vale do Taquari está unido em torno dessa causa. A região não pode mais esperar por soluções paliativas. É preciso garantir uma infraestrutura que proporcione segurança, eficiência e crescimento sustentável.

- Lajeado - RS

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Diretor Executivo: Adair Weiss

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“Empresários precisam revigorar a região”

Jeferson Jair Bianchini nasceu em Gravataí, viveu a infância em Canudos doVale e tornou-se empreendedoremLajeado. Dainfânciasimples,nacasa dosavós,aprendeu“ase virar”.Hoje,éproprietário de um restaurante no bairro Florestal e acaba de inaugurarumapetiscaria na avenida Beira-Rio, uma das áreas mais afetadas pelaenchentedemaio. Aapostadeleédeque, no verão, os clientes vão frequentaroambienteao arlivre,paraaproveitar avista.Temconvicção: empresárioseinvestidores precisamapostarnas regiõesqueforamafetadas. OValeprecisaprosperar comaajudadetodos.

Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Como sua infância o influenciou a se tornar empreendedor?

Fui criado pelos meus avós porque minha mãe tinha de trabalhar em Porto Alegre. Vivi uma vida muito simples. Meus avós me ensinaram o que sei hoje. Quando adulto, virei empresário do ramo de restaurantes. Abri meu primeiro bar e restaurante no Bairro Florestal, há 17 anos. Mas eu sempre tive vontade de inaugurar um negócio maior.

Por que abrir um negócio em na beira do rio, área atingida pela enchente?

A petiscaria surgiu a partir do momento que o antigo dono do

restaurante local preferiu fechar as portas. Nos conhecemos há muito tempo. Disse a ele, que eu seria o primeiro interessado em adquirir o local. Fiz o investimento, limpeza, reforma e inauguramos. Acredito ser um dos melhores pontos de Lajeado, no verão.

Como você vê os investimentos em Lajeado e região?

Lajeado é uma cidade rica, a população tem muito a prosperar. A região é composta de pessoas acolhedoras. Gostamos de frequentar bares e restaurantes. Gostamos de festejar, de reunião com os amigos. Somos um vale forte. Temos muito a aproveitar, em função destas características.

Como você vê a recuperação da região?

Nossa região foi muito atingida pela enchente, mas estamos nos recuperando rapidamente. Em questão de tempo, vamos prosperar na mesma velocidade do que antes, ou mais. O Vale possui um povo forte e unido. Nunca esqueceremos a tragédia, mas se não investirmos na avenida Beira-Rio, a região ficará abandonada.

Como investidores, precisamos fazer a nossa parte. A avenida Beira-Rio, por exemplo, é um dos melhores lugares para aproveitar o m de tarde, é excelente”

Empresários precisam revigorar as regiões atingidas.

O que você diria os investidores do Vale?

Como investidores, precisamos fazer a nossa parte. A avenida Beira-Rio, por exemplo, é um dos melhores lugares para aproveitar o fim de tarde, é excelente. No verão, quando o calor chegar, não haverá outro local com uma vista tão atraente.

Filiado à
Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari
ANDREIA RABAIOLLI

Um Vale e quatro associações

OVale do Taquari possui representantes em quatro entidades municipalistas. Um fato inédito. Além da sexagenária Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), temos gestores da região na Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) e Associação dos Municípios do Sol Nascente (Amsol). E o Vale também possui representante na Granpal, a Associação dos Municípios da Região Metropolitana da Grande Porto Alegre, onde o prefeito de Taquari, André Brito (PDT), assumiu recentemente a presidência com

o aval do prefeito da capital gaúcha. Ou seja, vivemos uma realidade associativista bem diferente se comparado há década passada, quando a Amvat era praticamente a nossa única entidade representativa dos Executivos municipais. Agora, se esse boom de associações é bom ou ruim ao Vale só o futuro irá nos contar. Será preciso torcer para que a maturidade atual dos respectivos presidentes persista em outras gestões. Afinal, seria muito ruim para o Vale do Taquari uma eventual indisposição e/ou ruptura entre os grupos. Muito, mesmo!

Prédio da Polar: um hub para potencializar empresas

O histórico prédio da antiga cervejaria Polar já foi parcialmente reocupado com espaços públicos. Entretanto, ainda há muita área nobre a ser explorada no icônico ponto em Estrela. E o governo municipal já percebeu. Aliás, a atual prefeita Carine Schwingel (União Brasil) já agiu durante a passagem como Secretária de Desenvolvimento no governo passado, ao levar o Centro Empresarial de Inovação, Tecnologia e Qualifica-

ção (Ceiteq) para dentro da nobre estrutura, em 2023. Desta vez, o plano é mais audacioso e prevê a atração de novas (ou já consolidadas) empresas para o local. Com vista ao Rio Taquari, e no coração central da cidade, o prédio tem capacidade para receber mais de 80 diferentes empreendimentos. Um hub para revigorar o centro e remobilizar a economia deste município que acaba de completar incríveis 149 anos de vida.

A divulgação de fotos de membros do Partido Liberal (PL) – o secretário parlamentar Felipe Diehl e o vereador Canigia – com a prefeita de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil), causou alvoroço nos bastidores. O encontro serviu para aproximar o governo estrelense do gabinete do deputado federal Marcelo Moraes (PL), conforme as legendas das imagens nas redes sociais. Entretanto, o fato incomodou a Executiva do PL estrelense que entrou em contato com este colunista para esclarecer. “O PL de Estrela não é base do governo e não apoia o governo municipal. É um fato isolado (as fotos), pois vivemos em uma democracia. Mas não tem nada a ver com o posicionamento do PL de Estrela. No momento, trabalhamos para formar candidatos próprios à prefeitura, ou apoiar a oposição em 2028 por meio de uma coalizão. Já conversamos com João Braun (PP) e Jair Wermann (Novo)”, sustenta Adiel Krabbe. o presidente da Executiva do PL.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

E a área do DAER?

O governo de Lajeado ainda não decidiu o que fazer com a nobre área que pertencia ao Daer, no entroncamento da Av. Benjamin Constant com a Av. Alberto Pasqualini. Em março passado, em entrevista para a Rádio A Hora, a prefeita Gláucia Schumacher (PP) falou sobre a intenção de apresentar um projeto de “uso misto” do terreno avaliado em quase R$ 20 milhões, além de acelerar a ampliação da travessa Cristiano Schmidt, via que conecta a Rua João Abott com a Av. Benjamin Constant. E a partir da indefinição do poder público, “pipocam” sugestões. Já teve vereador pedindo uma nova prefeitura no local. Empresários defendem uma permuta com a iniciativa privada em troca da construção de ferramentas públicas em outros pontos da cidade (creches ou postos de saúde). E há quem defenda a construção de um terminal rodoviário municipal na área frontal do terreno, reservando o restante da área para investimentos por parte da iniciativa privada.

“PL não apoia governo de Estrela”

Comitiva do Vale no Peru

Prefeito de Encantado, Jonas Calvi, e o Coordenador Regional da Defesa Civil, Helio Schauren, representam o Vale do Taquari na Missão sobre Respostas a Emergências e Desastres, evento organizado pela OIM (órgão ligado à ONU) e que ocorre entre 22 e 25 de maio em Lima, no Peru. O objetivo é trocar experiências em preparação e resposta a emergências, facilitar o intercâmbio de melhores práticas entre o governo do Rio Grande do Sul (e o Vale) e entidades peruanas sobre acolhimento emergencial, com ênfase em

estratégias locais e comunitárias para inundações. A escolha de Lima se baseia na experiência com inundações sucessivas nos últimos anos e eventos históricos relacionados ao fenômeno El Niño (especialmente em 1983 e 1997), o que fortaleceu o Sistema Nacional de Gestão e Riscos de Desastres, algo fundamental ao nosso Estado, e, claro, ao Vale do Taquari. Também participam da comitiva o Secretário Estadual de Desenvolvimento Social do RS, Roberto Fantinel, além de representantes da OIM Brasil e do SESC.

TIRO

- Teutônia celebra 44 anos neste sábado em meio a um momento ímpar ao desenvolvimento da cidade. Considerada um “porto seguro” durante os períodos mais angustiantes das recentes tragédias climáticas, o município tem recebido novos moradores e investidores. E mais. A Cooperativa Languiru já demonstra sinais positivos de sobrevivência no mercado.

- A Cooperativa Certel, nascida em Teutônia, celebra na próxima terça-feira, a partir das 10h30min, o reestabelecimento da Hidrelétrica Salto Forqueta, situada no Rio Forqueta, entre Putinga e São José do Herval. A estrutura foi duramente atingida pela enchente de maio de 2024.

- Encantado sedia a terceira edição do evento Cidades Colaborativas, dentro do Seminário Brasileiro do Municipalismo. O evento ocorre entre os dias 10 e 14 de junho e conta com apoio da Amvat, Amat, CIC/VT, Amturvales, Famurs, UVB, entre outros dos setores público e privado.

- Maneco Hassen (PT) confirmou que o governo federal prorrogou por mais seis meses o período de funcionamento da importante Secretaria de Reconstrução no RS, um elo entre líderes regionais e os representantes do presidente Lula.

vinibilhar@grupoahora.net.br

IOF: ruídos no mercado e recuo do governo

OImposto sobre Operações Financeiras (IOF), criado para regular o mercado financeiro, tornou-se uma fonte fixa de arrecadação, afetando diretamente o consumidor em operações como câmbio, compras no exterior e empréstimos. O recente recuo do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, na proposta de elevar o IOF sobre remessas de fundos ao exterior, com alíquota prevista de 3,5%, não acalmou o mercado. Relatórios de instituições financeiras apontam descoordenação no governo, risco à credibilidade e conflito com normas do FMI e da OCDE. A medida foi interpretada como controle de capitais, com impacto direto sobre o câmbio e a política monetária. O ministro Fernando Haddad alegou que o recuo visou evitar especulações e garantir

um ambiente favorável a investimentos. A alíquota de 1,1% para pessoas físicas foi mantida. Fontes do governo afirmam que o impacto da mudança representa menos de 10% da previsão de arrecadação do novo IOF, estimada em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. Ao que parece, o

Lançamento

governo brasileiro demonstra falta de clareza em suas ações voltadas à economia, gerando incertezas e prejudicando a credibilidade econômica do país. É urgente a necessidade de movimentos mais exequíveis e menos ambíguos vindos do Planalto Central.

da Docile mira festas juninas

A Docile lança o inédito Marshmallow Paçoca, ampliando seu portfólio com foco nas festas juninas. O produto foi apresentado na APAS Show, que aconteceu na primeira quinzena de maio, em São Paulo. Segundo o presidente Ricardo Heineck, a novidade reforça o pioneirismo da marca e responde ao desejo dos consumidores por experiências surpreendentes. Em embalagens de 150g e 220g, o doce estará disponível em breve no site da Docile e em pontos de venda de todo o país. A inovação aposta na conexão emocional com os brasileiros durante o São João, data valorizada por 68% dos entrevistados e por 90% no Nordeste.

Sicredi Ouro Branco conecta comunidades

A Sicredi Ouro Branco RS/MG inicia na próxima semana o projeto “Sicredi na Comunidade”, com eventos em todos os municípios onde atua no RS e MG. A iniciativa reforça a proximidade com os associados e a transparência da cooperativa, que apresentará seus resultados e impactos sociais e econômicos na região. As reuniões

terão a presença do presidente Neori Ernani Abel e do diretor executivo Francisco José Diel, seguidas de confraternizações com a comunidade. A confirmação de presença pode ser feita nas agências ou pelo WhatsApp (51) 3358-4770. A ação ocorre durante o Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU.

CULTURAL

Rosenir Ayardes Advogada

Claudia Schmitz An triã

PALESTRA

Direito Imobiliário

29/5 | quinta-feira

19h às 22h

Espaço Alma Diamond Americano | Lajeado

Ingressos limitados. Contato: (51) 99210 - 6087

• Aves - Os 19 países e a União Europeia que impuseram embargo total à carne de frango brasileira respondem por 45% das exportações do setor. Com as restrições, o Brasil deixa de vender 222 mil toneladas por mês, o que pode gerar perdas mensais de até US$ 402 milhões, segundo a Secex.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Prefeitos garantem integração entre associações

Mesmo com criação da Amat e a Amsol, gestores descartam divisão da força regional e mantém diálogo em temas estratégicos em paralelo de demandas locais

Em debates de projetos que impactam o desenvolvimento da região, busca por recursos financeiros, auxílio em momentos de crise, compras coletivas ou parceria para cons-

Seguimos sendo Vale, mas precisamos lutar por nossas questões locais também”

RENATO ALTMANN

PREFEITO DE TEUTÔNIA

Criar uma nova associação só é prejudicial quando tem rupturas, descontentamentos.

Hoje a relação está 100% boa com todos os gestores”

trução de pontes ou pavimentação de ruas. Em todas estas demandas, a característica marcante no Vale do Taquari é a mobilização conjunta dos prefeitos articulados dentro das associações de municípios. Apesar de novos grupos terem sido criados nos últimos anos, os presidentes destas entidades garantem que o crescimento regional segue como prioridade e os núcleos em cada setor do Vale representam a oportunidade de discutir pautas locais e manter a união de esforços para os temas mais abrangentes. O exemplo mais recente está na Associação dos Municípios do Sol Nascente (Amsol). Fundado em março deste ano, o grupo é liderado pelo prefeito de Teutônia, Renato Altmann, que não considera a formação do grupo como uma desconexão com o restante das cidades.

“Há demandas diferentes dentro da nossa região. Há prefeitos da Amsol na diretoria da Amvat, porém temos pautas próprias em várias frentes. Seguimos sendo Vale, mas

precisamos lutar por nossas questões locais também”, acrescenta. A Amsol prioriza a conquista dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Ouro Branco (HOB). As articulações envolvem o governo estadual e a iniciativa privada para a obtenção de recursos na casa dos R$ 15 milhões.

Relação entre

Amvat e Amat

Em junho de 2022, os municípios da parte alta anunciaram a desfiliação da Amvat, a mais antiga associação de municípios da região, criada em 1961. O afastamento ocorreu por posicionamentos distintos no debate sobre a concessão de rodovias e a discussão sobre um reposicionamento da praça de pedágio situada na ERS-130, em Encantado.

Por mais que descartem uma unificação, as entidades mantêm uma construção de temas estratégicos e sustentam no Consórcio Intermunicipal de Serviços (Consisa-VT) um vínculo oficial.

Para o presidente da Amvat e do G-8, o prefeito de Sério, Moisés de Freitas (MDB), a forma como ocorreu o rompimento não foi a adequada, porém o assunto está superado. “Criar uma nova associação só é prejudicial quando tem rupturas, descontentamentos. Hoje a relação está 100% boa com todos os gestores”, analisa.

Freitas exemplifica que a Amvat

A formação das associações regionais

AMVAT – Arroio do Meio, Bom Reitor do Sul, Boqueirão do Leão, Canudos Do Vale, Capitão, Colinas, Cruzeiro do Sul, Estrela, Fazenda Vilanova, Forquetinha, Imigrante, Lajeado, Marques de Souza, Mato Leitão, Paverama, Poço Das Antas, Pouso Novo, Progresso, Santa Clara do Sul, Sério, Tabaí, Taquari, Teutônia, Travesseiro, Venâncio Aires, e Westfália

AMAT  Roca Sales, Encantado, Muçum, Doutor Ricardo, Relvado, Nova Bréscia, Coqueiro Baixo, Anta Gorda, Vespasiano Corrêa, Dois Lajeados, Guaporé, Arvorezinha, Putinga, Ilópolis, Santa Tereza, Itapuca, São Valentim do Sul, Capitão e Travesseiro

AMSOL - Teutônia, Westfália, Colinas, Imigrante, Boa Vista do Sul, Poço das Antas, Fazenda Vila Nova e Paverama

G8  Sério, Marques de Souza, Progresso, Boqueirão do Leão, Santa Clara do Sul, Cruzeiro do Sul, Canudos do Vale e Forquetinha

funciona como um grande guardachuva para os grupos regionalizados e oferece suporte nos debates considerados mais estratégicos, com ou sem vínculos associativos. “O que for conjunto alcançamos um a mão para o outro”, conclui.

Amat estabelece prioridades

A Amat integra 19 cidades e tem na presidência o prefeito de Muçum, Mateus Trojan (MDB). Segundo o gestor, as especificidades de cada parte do Vale modificam o que é tratado como prioridade e provoca

espaços para construções direcionadas.

“Quando é preciso a gente junta esforços e solicita as situações de maneira conjunta. Um exemplo é a concessão de rodovias e o formato do Consisa-VT, nosso consórcio que atende as cidades para diversos serviços”, comenta. Trojan detalha que a Amat tem na recuperação das ferrovias para a retomada dos passeios do Trem dos Vales, a ponte de Santa Bárbara do Sul, pavimentação da ERS-129, entre Roca Sales e Colinas e recuperação do projeto denominado “Pelos Caminhos do Pão e Vinho”, que aproxima o Vale da Serra.

VALE DO TAQUARI
VALE DO TAQUARI

Ligação estratégica para impulsionar economia e mobilidade

Região aguarda sinal verde do Estado para construção de nova ponte sobre o Rio Taquari. Estrutura projetada entre Estrela e Cruzeiro do Sul tem potencial para ser alternativa à BR-386 e minimizar risco de isolamento em casos de grandes enchentes

A enchente escancarou a necessidade de alternativas. Ficamos ilhados. E quando isso acontece, toda a logística e os serviços colapsam”

O que se busca é uma ponte resiliente. E é preciso aceitar que investimentos alternativos como esse levem mais tempo”

Líderes de entidades, empresários, gestores públicos e a comunidade. O Vale do Taquari vive a expectativa da confirmação do Estado em liberar recursos para a construção de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, entre os municípios de Estrela e Cruzeiro do Sul. O projeto está em análise para financiamento via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Resta o aval definitivo.

Avaliada em R$ 280 milhões, a nova estrutura integra um projeto robusto de mobilidade, interligando a BR-386 e a ERS130. Para além de beneficiar os municípios envolvidos, a proposta também cria uma rota alternativa entre os vales do Taquari e Rio Pardo, com potencial para desafogar o trânsito da rodovia federal na ligação com a região metropolitana e a Serra. A extensão total da ponte, conforme o projeto apresentado,

é de 1.260 metros, entre acessos de ambos os lados, elevações e o trecho central de 300 metros. Do lado estrelense, o traçado iniciaria a partir da Transantarita, de fácil conexão com a 386. No lado cruzeirense, o acesso seria pela 130, próximo a uma antiga saibreira, e passaria nas proximidades da entrada da cidade.

Entre as lideranças ouvidas pela reportagem, o sentimento é de otimismo. Em reuniões recentes com autoridades gaúchas, como o vice-governador Gabriel Souza, houve a sinalização, por parte do Estado, em priorizar a obra para os próximos anos.

Projeto estratégico

Presidente do Codevat, Cintia Agostini acredita em uma decisão

“nos próximos dias” e mantém o otimismo sobre o projeto, sobretudo por o governador ter considerado “pertinente e necessária” a obra da nova ponte. A proposta entregue ao Estado, segundo ela, é o “melhor tecnicamente” e, sendo bem visto pelo Estado, tem grandes chances de aprovação.

“Eles [o governador e o vice, Gabriel Souza] sempre viram com bons olhos. É um projeto pensado estrategicamente, pois nos atende bem, suporta nossas necessidades. Não apenas as de deslocamento, da mobilidade e logística, mas também nas questões de resiliência climática. E lembramos que não é só o Vale do Taquari. Falamos de cerca de metade do Estado que circula na nossa região e depende dessa

Precisamos de uma alternativa robusta [à ponte da 386], que se mantenha operacional mesmo em situações críticas”

passagem”, frisa.

A viabilidade também é defendida pelo diretor de logística da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e empresário, Nilto Scapin. Responsável por apresentar o projeto a prefeitos e vereadores durante reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), cita a obra como “fundamental e necessária” à logística e economia gaúcha. “É importante não somente para os Vales. O Estado não pode ter apenas a alternativa LajeadoEstrela. O projeto já foi estudado e se configura como muito viável econômica e tecnicamente. Precisamos elevar o patamar das rodovias gaúchas. Agora é esperar pela decisão do governador e do vice”, pontua.

É um projeto pensado estrategicamente, pois suporta nossas necessidades.

Solução ao isolamento

Interdições da ponte da BR386 e o risco de isolamento após enchentes reforçam a urgência de uma alternativa à ponte do Rio Taquari. As inundações expuseram a vulnerabilidade da infraestrutura viária do Vale. E, mesmo após obras de recuperação, a estrutura atual entre Lajeado e Estrela permanece com a mesma altura, suscetível a novas interrupções em caso de enchentes.

Para empresários do setor logístico, a construção de uma nova ponte representa muito mais do que uma solução emergencial. “A ponte atual continua sujeita a interdições. Se houver uma nova cheia, ela pode ser bloqueada novamente. Precisamos de uma alternativa

Não apenas as de deslocamento, da mobilidade e logística...”

O projeto já foi estudado e se configura como muito viável econômica e tecnicamente. Precisamos elevar o patamar das rodovias”

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Do lado de Estrela, o traçado iniciaria a partir da Transantarita, de fácil

conexão com a 386. No lado de Cruzeiro do Sul, o acesso seria pela 130

robusta, que se mantenha operacional mesmo em situações críticas”, afirma Diego Tomasi.

O traçado elevado da nova ponte, lembra ele, evita áreas suscetíveis à inundação e, por isso, deve ser tratada como prioridade pelo governo estadual. “Essa continuidade elevada torna o projeto ainda mais interessante. Mesmo com cheias de grande porte, o trânsito seguiria garantido. O projeto é viável financeiramente e se encaixa nos recursos do Funrigs. A região precisa e merece essa estrutura”. Já Andressa Scapini, integrante da diretoria do Setcergs, salienta a importância da nova ligação para as grandes indústrias sediadas na região, que exportam também para países vizinhos. “É imprescindível termos rotas alternativas de escoamento da produção. E não é só pelo transporte. Também fortalece o turismo, melhora a mobilidade urbana e amplia o atendimento em situações de emergência”, observa. Uma segunda ponte, para Andressa, é uma resposta à altura dos desafios enfrentados com as catástrofes climáticas. “A enchente escancarou a necessidade de alternativas. Ficamos ilhados. E quando isso acontece, toda a logística e os serviços colapsam. Precisamos garantir que a região não fique refém de um único acesso”.

Expectativa

nas cidades

Estrela e Cruzeiro do Sul estão entre as duas cidades mais

impactadas pelas inundações históricas. E, ao passo em que a nova ponte representa um ganho logístico para ambas, também abre novas possibilidades para o desenvolvimento. Por isso, os gestores municipais demonstram grande expectativa com o projeto. No caso de Estrela, o projeto se soma à proposta de duplicação da Transantarita, municipalizada

Local projetado para nova ponte

É um projeto que atende as necessidades da região, não somente de Estrela”

ano passado. A prefeita Carine Schwingel acredita que a via deve se tornar a principal entrada do município, sobretudo por conta dos investimentos projetados, tanto do setor público quanto da iniciativa privada. “É um projeto que atende as necessidades da região, não somente de Estrela. Foi constatado, junto ao governo do Estado, que a duplicação da via está interligada à construção da nova travessia que vai ligar o Vale do Taquari ao Vale do Rio Pardo, pois o acesso à nova ponte será feito pela Transantarita”, comenta Visão de futuro compartilhada por Dingola, prefeito de Cruzeiro do Sul. O traçado passa por dentro do município, tendo como ponto de partida a ERS-130, num dos locais em plena expansão após a enchente de maio. “A ponte representa agilidade no escoamento da produção, segurança para o tráfego e ainda abre novas possibilidades para o turismo entre os municípios. Estamos engajados nessa mobilização”, opinou, em reunião recente da Amvat.

Fatores considerados para nova ligação:

– Local com terreno mais alto em relação à cheia histórica;

– Planejamento viário consistente, ligando o maior número de municípios e retirando parte do tráfego local da rodovia mais sobrecarregada do Vale;

– Alternativa de contingenciamento para melhorias nas pontes existentes;

– Menor quantidade de desapropriações para implantação;

– Alternativa com segurança hidrológica à ponte sobre o Rio Taquari, em caso de cheias em igual patamar ou maiores que maio de 2024.

Longo prazo

Professora do curso de engenharia civil da Univates e especialista em pontes, Rebeca Schmitz destaca a importância da futura travessia para a região. Segundo ela, por ser um investimento de grande porte, a comunidade precisa entender

Dados técnicos:

Nova ponte entre Estrela e Cruzeiro do Sul

Trecho a ser implantado: 3.120 metros de extensão total

Ponte: 1.260 metros

– Acesso lado esquerdo: 480 metros

– Elevada lado esquerdo: 680 metros

– Trecho central: 300 metros

– Elevada lado direito: 280 metros

– Acesso lado direito: 1.380 metros

um provável longo prazo para execução.

“O que se busca é uma ponte resiliente. E é preciso aceitar que investimentos alternativos como esse levem mais tempo. Por mais que se tenha um senso de urgência, nem sempre é possível executá-los tão rápido”, observa. Em relação à obra da ponte em si, ela destaca a importância de se trabalhar com um projeto robusto, e precisa ser executado por uma empresa capacitada técnica e economicamente e preparada para eventuais imprevistos.

FELIPE NEITZKE

Três pessoas são indiciadas pela morte de sete alunos da UFSM

Polícia Civil entende que acidente ocorrido em Imigrante foi causado por negligência de motoristas, empresa de transportes e núcleo de manutenção da universidade Gabriel

ESTADO

Três pessoas foram responsabilizadas pelo acidente que vitimou sete estudantes da Universidade Federal de Santa Maria. Essa é a conclusão da Polícia Civil no inquérito que apura as causas do ocorrido na estrada da Rota do Sol (VRS-863), em Imigrante, no dia 4 de abril. Além dos mortos, outras 26 pessoas ficaram feridas. A conclusão da investigação foi apresentada na manhã dessa sexta-feira em coletiva de imprensa na delegacia de Teutônia. As três pessoas foram indiciadas

por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Haverá indiciamentos também por 21 lesões corporais. Os indiciados pela polícia são o motorista do ônibus, de 42 anos, que, segundo a polícia, não agiu conforme as técnicas de segurança na condução do veículo e não tinha conhecimento da rota. “Os laudos mostram que, ao descer aquela serra, ele não acionou o freio motor. Poderia ter reduzido a marcha e, assim, descido em velocidade controlada. Isso não foi feito.”

Outro indiciado é o responsável pelo núcleo de transporte da universidade, de 28 anos, que deveria manter o ônibus em condições adequadas. A última revisão geral, conforme a polícia, foi feita em 2023. “As lonas de freio estavam gastas. E houve negligência ao não determinar os consertos na frota da UFSM.”

A terceira indiciada é a representante da empresa que contrata os motoristas, de 53 anos, que não cumpriu uma série de requisitos contratuais de qualificação, pois os motoristas não

Hidrelétrica Salto Forqueta

Paulo Cardoso* centraldejornalismo@grupoahora.net.br

*Estagiário sob a supervisão de

Usina entre São José do Herval e Putinga recebeu investimento de R$ 50 milhões. Obras foram executadas durante um ano PUTINGA

A Hidrelétrica Salto Forqueta, da Cooperativa Certel, localizada entre os municípios de São José do Herval e Putinga, retomará suas atividades na próxima terça-feira, 27.

A barragem sofreu um desmoronamento na ombreira direita durante a cheia de maio de 2024

Inquérito do delegado de Teutônia, José Romaci Reis possui 1078 páginas

tinham conhecimento da rota, não utilizavam formulários de checklist, e não possuíam cursos de preparação para transporte de passageiros e direção defensiva.

O processo

Reis detalhou em coletiva que a investigação se prolongou porque a Polícia Civil aguardava os resultados da perícia mecânica realiza-

DETALHES

Três indiciados por homicídio culposo;

21 vítimas também buscam responsabilização por lesão corporal;

40 pessoas ouvidas ao longo da investigação;

Inquérito com 1.078 páginas

da pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). Mais de 40 pessoas foram ouvidas ao longo do processo, que possui 1.078 páginas.

Para a conclusão da investigação, a polícia consultou depoimentos de testemunhas e vítimas, laudos periciais e documentos da universidade. Reis afirmou também que nenhum dos ocupantes fazia uso do cinto de segurança, pois os equipamentos estavam presos aos bancos.

e passou por um processo de recuperação que durou um ano, com um investimento superior a R$ 50 milhões. O vice-presidente da Certel, Daniel Sechi, destaca que, em termos de potência, a usina manterá sua capacidade original. No entanto, a estrutura foi ampliada e hoje alcança 150 metros de extensão.

Mesmo com o alto valor investido, o presidente da cooperativa, Erineo Hennemann, afirma que não houve reajuste na tarifa para os consumidores. Ele reforça que os valores são regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Tudo foi planejado. Organizamos uma estratégia e estruturamos um plano de ação, definindo prazos e buscando os recursos necessários. O inves-

Vice-presidente da Certel, Daniel Sechi

timento foi viabilizado por meio de empréstimos e parcerias”, explica.

Felipe Neitzke
GRASI NABINGER

POTENCIAL INEXPLORADO

Com água de sobra, aquicultura do Vale busca estrutura para crescer

Região tem potencial natural, consumo crescente e produtores interessados, mas falta organização, assistência técnica e política pública. Especialistas veem oportunidade desperdiçada no setor

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

Aregião tem clima, relevo e recursos hídricos favoráveis à produção de peixes. Água abundante, produção diversificada nas propriedades e mercado consumidor. Mesmo assim, a piscicultura permanece restrita a experiências pontuais, na maioria das vezes voltadas à subsistência, sem escala, tecnologia ou cadeia organizada.

É o que afirma o engenheiro agrônomo da Emater/RSAscar, Diego de Oliveira. Para ele, a piscicultura tem um enorme potencial produtivo e de geração de renda que ainda não deslanchou por falta de organização setorial, incentivo público e cultura empreendedora.

“O produtor aqui tem recursos naturais, tem demanda, mas ainda não acredita no peixe como

Aqui a maioria ainda cria para consumo próprio. É uma piscicultura de quintal. Poucos fazem manejo adequado, monitoram a qualidade da água ou pensam em logística de venda”

DIEGO DE OLIVEIRA ENGENHEIRO AGRÔNOMO DA EMATER/RS-ASCAR

uma alternativa de renda. Ele prefere investir R$ 2 milhões em um aviário do que R$ 100 mil em um viveiro de peixes”, afirma. Em termos de país, o comércio de pescado cresce de forma escalonada nas últimas décadas. Hoje, cada brasileiro consome em média 9,5 quilos de peixe por ano, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É menos do que frango (45,3 kg per capita) e carne bovina (24,8 kg), mas mostra um mercado com demanda crescente e espaço para novos produtores.

“O Vale tem um público, especialmente de tilápia. Mas falta peixe. O que chega no supermercado vem de fora, principalmente do Paraná, que lidera a produção nacional”,

aponta Oliveira. A ausência de uma cadeia estruturada compromete a competitividade regional. O RS produziu 14 mil toneladas de peixe em 2021, segundo o IBGE. Enquanto isso, o Paraná ultrapassou as 170 mil toneladas, com cooperativas organizadas, assistência técnica contínua e frigoríficos integrados à produção.

“Aqui a maioria ainda cria para consumo próprio. É uma piscicultura de quintal. Poucos fazem manejo adequado, monitoram a qualidade da água ou pensam em logística de venda. Falta profissionalismo e apoio técnico. E também falta coragem do setor público de assumir que o peixe pode ser estratégico”, avalia o técnico da Emater.

Conforme a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), em 2023, a produção nacional passou das 887 mil toneladas e gerou uma receita de R$ 9 bilhões. A cadeia emprega cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos. O Brasil ocupa a quarta posição no mundo em produção de tilápia, espécie que representa 65% da produção do país. Na última década, a produção de peixes cresceu 53,2%.

Cadeia fragmentada

Região tem clima, relevo e recursos hídricos favoráveis, mas piscicultura permanece restrita a experiências pontuais

A inexistência de políticas públicas específicas para o setor, aliada à descontinuidade de programas anteriores, travou o avanço da piscicultura. Nos últimos anos, iniciativas de frigoríficos em Venâncio Aires, ou de unidades familiares em Progresso foram desativadas ou operam em baixa escala. Hoje, há apenas um frigorífico

em vias de ser regularizado no Vale do Taquari, localizado em Bom Retiro do Sul. Uma segunda unidade está em construção no mesmo município, com expectativa de operação ainda neste ano. “Sem frigorífico, não tem como garantir padrão, escala e qualidade. E sem garantia de escoamento, o produtor não entra no ramo”, diz Oliveira. Mesmo com as limitações, experiências pontuais demonstram que é possível obter renda com peixe, afirma. “Em Cruzeiro do Sul, um produtor familiar adaptou três açudes, com um ciclo de tilápia por ano. Com

DIVULGAÇÃO

manejo e venda direta, obtém renda bruta de até R$ 18 mil anuais, com investimento inicial de R$ 40 mil.”

Em Progresso, conta Oliveira, outro produtor investiu em tanques-rede e faz manejo com base técnica, controlando pH, temperatura e densidade. “Quando há assistência, o produtor vê resultado. Mas isso ainda é exceção. Falta escala e estrutura para replicar”.

Do hobby aos negócios

O que começou como um lazer de fim de semana em uma propriedade rural no interior de Bom Retiro do Sul se transformou em uma proposta de cadeia produtiva completa, com foco em piscicultura estruturada, frigorífico e, em breve, uma feira para fortalecer a aquicultura

A consultoria pesquisou o mercado local de consumo. “Vimos que o potencial é muito grande. Não há políticas para merenda escolar ou para refeições que são oferecidas em refeitórios das empresas. Há muito espaço para crescer.”

Produção de 70 toneladas

Entre 2017 e 2019, Hauschild ainda morava em Brasília. Mesmo à distância, a produção se manteve. “Foram dois anos produzindo 70 toneladas de peixe vivo para frigoríficos.”

Com o retorno definitivo ao Vale do Taquari em 2022, o projeto ganhou nova escala. “Percebemos que não bastava produzir. Era preciso pensar a cadeia como um todo.”

O projeto evoluiu. A propriedade recebeu melhorias com uso de tanques com geomembrana e testes de piscicultura indoor, com aquecimento solar da água. Está em andamento a estruturação de um frigorífico com inspeção sanitária adequada, considerado essencial para que o peixe da região tenha valor agregado. Para Hauschild, é preciso pensar a piscicultura de maneira completa. “É necessário ter alevinos, ração, abate com inspeção, produtores engajados. Não adianta só colocar peixe na água. Tem que pensar da porteira para fora também.”

regional. Essa é a trajetória do advogado Mauro Hauschild.

Ao comprar uma propriedade em Sanga Funda, distrito do município, pensava apenas em um lugar para descanso. Durante os dois primeiros anos, a área com açudes foi usada de forma esporádica. “Contratamos um funcionário que tinha experiência com peixes e nos alertou que o espaço tinha potencial produtivo”, lembra. A primeira fase foi amadora: transformaram o lago principal em seis tanques, de uma forma empírica e sem conhecimento técnico.

“Percebemos que não bastava colocar peixe na água”, relembra. Foi quando buscaram apoio da Emater e de consultores técnicos para profissionalizar o sistema. Firmaram parceria com a Univates, por meio de uma empresa incubada no Tecnovates.

O que falta para o peixe deslanchar no RS

Especialistas apontam três fatores centrais para a piscicultura sair da informalidade e virar alternativa real de renda:

Organização de cadeia: com frigoríficos, políticas de integração e canais de comercialização;

Assistência técnica contínua: com foco em manejo, sanidade, qualidade de água e planejamento produtivo;

Política pública clara: com crédito, regulamentação ambiental específica e incentivos para novos produtores.

Produção no país

Estimado em mais de 848 mil toneladas

Destaque para a tilápia (63% do total)

Representa mais de R$ 6,8 bilhões por ano

Primeira feira regional sobre aquicultura

Despertar o interesse dos produtores e ajudar na organização da cadeia. Essa é a proposta da 1ª Feira Regional da Aquicultura (Aquibom). O evento está marcado para os dias 7 a 9

Consumo por pessoa de proteína animal

kg

kg

kg

kg

de novembro de 2025, no Parque Municipal de Bom Retiro do Sul. A iniciativa surge no momento em que o agronegócio regional busca alternativas para diversificar a produção e enfrentar os impactos das mudanças climáticas. A aquicultura — atividade que envolve a criação de organismos aquáticos, como peixes, moluscos e crustáceos — tem se mostrado uma opção viável e rentável.

Com expositores de equipamentos, painéis técnicos, tanques demonstrativos e experiências gastronômicas, o evento quer atrair produtores, estudantes, gestores públicos e investidores. Entre os temas estarão o uso de energia solar na piscicultura, a produção sustentável, o consumo na merenda escolar e a necessidade de políticas públicas permanentes.

O diferencial da feira, segundo Hauschild, é a abordagem integrada: “Queremos discutir a cadeia completa, envolver desde o produtor até o consumidor final. Estamos em um ponto de virada. Se organizarmos a cadeia, investirmos em tecnologia e envolvermos o poder público, a aquicultura pode ocupar um espaço importante na economia do Vale”, conclui Hauschild.

Diego de Oliveira, engenheiro agrônomo da Emater, se especializou em piscicultura e ajuda produtores da região com assistência técnica
MAURO HAUSCHILD ADVOGADO
DANIÉLY SCHWAMBACH
DIVULGAÇÃO

RIO FORQUETA

Avança na demolição da antiga ponte da 130

Estrutura destruída pela enchente de maio de 2024 foi substituída por uma nova ponte, inaugurada em abril.

Operação executada pela EGR não interfere no trânsito na rodovia

ESTADO

AEmpresa Gaúcha de Rodovias (EGR) avança na demolição da antiga ponte da ERS-130 sobre o Rio Forqueta, entre Lajeado e Arroio do Meio. A estrutura colapsou em 2 de maio de 2024, durante a catástrofe climática que devastou o Rio Grande do Sul. A operação, iniciada no dia 14 deste mês, faz parte do contrato da nova ponte, inaugurada em 10 de abril

deste ano.

Nesta etapa, a EGR utiliza um equipamento específico para a retirada das ferragens da antiga estrutura. A máquina já iniciou os trabalhos nessa quinta-feira, 22, no lado de Arroio do Meio, onde a ponte já está totalmente destruída. A empresa responsável pela demolição também será encarregada do descarte correto do material metálico.

Enquanto isso, os rompedores hidráulicos continuam atuando no lado de Lajeado, fragmentando o restante da estrutura em blocos de concreto. Após a conclusão dessa fase, a nova máquina será deslocada para o lado de Lajeado para coletar as ferragens remanescentes.

Os blocos de concreto provenientes da demolição serão reaproveitados como entroncamento e serão posicionados nas margens do Rio Forqueta. A iniciativa tem como objetivo estabilizar as

encostas e prevenir processos erosivos, promovendo uma solução sustentável ao aliar engenharia e preservação ambiental.

Durante toda a operação, o trânsito sobre a nova ponte deve fluir normalmente, sem qualquer impacto para os motoristas.

Calçada de pedestres da nova ponte

Em outra frente de trabalho, a EGR liberou nessa terça-feira, 20, a calçada de passeio da nova ponte da ERS-130, sobre o Rio Forqueta, entre Lajeado e Arroio do Meio.

Com guarda-corpos para garantir mais segurança a pedestres e ciclistas, a estrutura teve as defensas adaptadas para permitir o acesso e agora conta com atenuadores de impacto, que reduzem os danos em caso de colisões.

Empresa utiliza equipamento especí co para a retirada das ferragens

Calçada de passeio foi liberada para uso nesta semana

INICIATIVA AMBIENTAL

EMEF Arlindo Back inicia reflorestamento às margens do Rio Forqueta

Ação ambiental ocorreu no Camping do Irineu e envolveu alunos e parceiros em plantio de 75 mudas nativas em área atingida pela enchente de 2024

Jéssica R Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br

ARROIO DO MEIO

Oreflorestamento às margens do Rio Forqueta ganhou novos aliados, em Arroio do Meio. O Grupo Ambiental (GA), formado por alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arlindo Back,

protagonizou uma ação de conscientização e cuidado ambiental ao plantar 75 mudas de árvores nativas. A iniciativa foi idealizada junto ao Camping do Irineu, área de lazer afetada pelas enchentes de 2024.

O plantio fez parte do ciclo de ações da terceira edição do projeto Juntos Plantando Árvores, promovido pela Estação Semear, em parceria com a Certel Cooperativa, o Fundo Casa Socioambiental e a Vital Terra. Ao todo, o projeto realizou 16 ações neste ano, com o objetivo de reflorestar áreas degradadas e sensibilizar a comunidade para a importância da preservação ambiental. Antes do plantio, os estudantes participaram de um almoço coletivo e de uma roda de conversa sobre a importância das árvores para a vida. “Aqui plantamos 75 mudas de sarandi e caliandras para auxiliar na reconstrução des-

se espaço”, explicou Laíza Pitol, da Estação Semear. A iniciativa também fortaleceu os laços entre escola e comunidade. Viviana Casaril, proprietária do camping, destaca o impacto da enchente e a importância de ações como essa. “O nosso espaço foi bastante atingido pela enchente do ano passado. Ficamos com as atividades paradas por um período e precisamos revitalizar”, lembra. “Ficamos felizes porque entendemos que também temos uma função social: embora sejamos um estabelecimento, temos a função de receber escolas e adolescentes para fazer parte do ensino”.

Além da ação no Rio Forqueta, o GA da EMEF Arlindo Back realiza diversas ações focadas no meio ambiente. A exemplo, há ações de coleta de resíduos, plantio de chás e produção de repelente natural.

Plantio fez parte do ciclo de ações da terceira edição do projeto Juntos Plantando Árvores
JÉSSICA R MALLMANN

UMAS & OUTRAS

De réguas e regras

Diz o ditado que toda a regra tem exceção. E as réguas também, inclusive as que medem parâmetros socioeconômicos.

Todas são úteis e necessárias, desde que as mesmas medições se mantenha no tempo e não se mudem as estatísticas conforme

interesses políticos de plantão. Projeções de relevo a nível estadual e até nacional não são novidade por aqui, já vem de mais tempo. Mas além de algum destaque em especial é importante salientar que nenhum dos municípios da região fica fora dos dez por cento melhor classificados no país, mes-

mo que eventualmente apareça numa ¨rabeira¨ localizada. São quase cinco mil e quinhentos municípios nesse Brasil cor-de-anil diversificado e continental, quem se classifica entre os quinhentos com melhor nível de desenvolvimento tem mais é que soltar foguetes.

ARTIGO

Infância sem fim

“Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais!”

Casemiro de Abreu

Ainfância como um período dedicado a aprendizagem e as brincadeiras e rememorado como o período mais feliz da vida, é uma invenção social recente. Até por volta do século XII não havia uma concepção de infância e muito menos algo específico voltado para ela. Na idade média a criança era vista como um adulto em miniatura: trabalhavam nos mesmos locais e até usavam as mesmas roupas.

Pois surgiu a ideia de implantarem uma baita cuia de chimarrão lá pros lados do morro Monte Belo em Venâncio Aires, com 17 metros de altura, para aproveitar a imagem e a sinergia com a Capital do Chimarrão.

Tomara que evolua, talvez até associada com outras belos projetos “aparentados” com o tradicionalismo gaúcho, juntando os pelegos.

Se alguém não quer, tem quem quer.

É realmente uma pena que determinadas áreas estejam temporariamente fora do cenário de investimentos, mas que já tenham sido alvo de importantes estudos para implantação de eixos de

CINE BRASIL APRESENTA

inovação, bem como de centros de logística, inclusive com implantação de porto seco alfandegado. Estudos existem, quem procura acha. E podem ser implantados em outras localidades.

Flexibilizações Ecogeopolíticas

(duplo com) Quebrando Grilhões Artificiais

MICROS E MACROS

Lá pelos idos da década de 70 foram implantados seis “macros” distritos industriais aqui pelas bandas do sul, com recursos públicos estaduais e federais. Mais especificamente em Gravataí, Cachoeirinha, Rio Grande, Santa Maria, Montenegro e Butiá. Seguiam uma “lógica” econômica, baseada na descentralização metropolitana da grande Porto Alegre, implantação da Freeway e BR-101, porto marítimo, polo petroquímico,

áreas de mineiração/energética e outras milongas mais. Fiquei sabendo que além da macro área industrial, onde se inclui importante montadora de veículos e fornecedoras, Gravataí também está implantando diversos micros distritos industriais/comercias em áreas municipais ociosas, com a devida aprovação do legislativo municipal e das respectivas comunidades. Mal não faz.

SAIDEIRA

O Nôno não toma jeito...conversando na cancha de bocha:

- Que mal lhe pergunte, qual a sua profissão?

- Sou advogado.

- Mas que tal, tchê! Dia desses ainda vou precisar dos seus serviços.

- Ande sempre na linha e pode contar comigo!

- Sei não...mas se eu andar sempre na linha talvez não precise nunca.

Troco uma picanha reborn por uma abóbora, pago a diferença.

Por não haver distinção entre adulto e criança, cabia a elas aprender as tarefas do dia a dia, trabalhando e ajudando os mais velhos nos serviços. Pouco tempo após o período de amamentação, a criança já passava a fazer companhia aos adultos para que aprendesse a servir e trabalhar. Foi no decorrer do século XVII que são dados os primeiros passos para a separação do adulto e da criança através da escolarização. Um dos maiores contribuintes para tal mudança foi a igreja, que além de criar escolas, teve um papel fundamental ao associar a imagem das crianças com a de anjos.

De lá para cá as famílias foram diminuindo, os cuidados com as crianças aumentando e o período de cuidados dos pais chegou até a adolescência.

A infância se tornou um local especial, protegido, ampliado e considerado essencial para uma vida adulta saudável. Na opinião de Freud, a infância é crucial na formação da personalidade, sendo um período de intenso desenvolvimento psicossexual e emocional. Ele descreve a infância como um palco onde as primeiras experiências, especialmente as relações com os pais, moldam o sujeito ao longo de sua vida.

Por isso, já adultos, em momentos de crise existencial, existe uma tendência de “retornarmos” a infância. A regressão, enquanto mecanismo de defesa na psicologia, é esse retorno a um estado de desenvolvimento anterior, frequentemente infantil, para lidar com situações de estresse ou conflito interno. A regressão pode manifestarse em diversas formas, desde chorar copiosamente, exibir comportamentos emburrados, comer excessivamente ou recorrer a ofensas.

Tudo isso para dizer que o tal bebê reborn pode ser usado como um mecanismo de defesa contra a realidade, como uma forma de negar a falta de um filho ou a perda de um bebê, ou como uma forma de projetar desejos e fantasias relacionadas à maternidade. Uma mulher adulta ao exagerar e não distinguir entre a realidade e a imaginação, está no fundo voltando a infância e implorando por cuidado e carinho. Mais do que julgamento, elas precisam é de terapia.

Do Festival do Chucrute à Europa: Grupos Folclóricos lançam sétima turnê

Segundo baile típico da 57ª edição do festival ocorre neste sábado, 24. No domingo, dançarinos apresentam espetáculo que será levado à Alemanha, Áustria e Eslovênia.

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

Oencerramento do 57º Festival do Chucrute é marcado pelo lançamento da 7ª Turnê dos Grupos Folclóricos de Estrela pela Europa. O segundo baile típico e o café colonial ocorrem neste fim de semana, dias 24 e 25, no Centro Comunitário Cristo Rei, com a expectativa de superar o público das festas anteriores.

Durante o primeiro baile típico, cerca de 2,5 mil pessoas estiveram presentes. Segundo o coordenador dos Grupos Folclóricos de Danças de Estrela, Andréas Hamester, a noite foi marcada pela presença de pessoas de fora da região e também do estado, o que comprova o sucesso e a tradição do festival ao longo de 57 edições.

A preparação para a festa ocorre durante a semana. Integrante da comenda organizadora há mais de 20 anos, Ernani Sehn diz que os dias que antecedem os bailes exigem presença constante no Centro Comunitário Cristo Rei. Além da ornamentação do espaço, o preparo dos alimentos é feito por voluntários.

“Para a segunda festa, vamos terminar de arrumar algumas mesas e parte da decoração que está faltando. Mas hoje, o dia é praticamente dentro da cozinha. Após o fim do baile, ainda tem a preparação do café colonial e também o lançamento da turnê que deve atrair milhares de pessoas”, comenta Sehn.

Superação encenada

A retomada do Festival do Chucrute após as cheias é marcada por uma encenação dos Grupos Folclóricos. A apresentação, com duração de aproximadamente oito minutos, retrata quatro aspectos vivenciados pela população durante as enchentes. O coordenador Andréas Hamester diz que a peça foi pensada para emocionar o público.

São quatro atos que trazem cenas sobre dor, indiferença,

doação e superação. “Buscamos mostrar a dor que a população sentiu e também a indiferença de algumas pessoas em relação à tragédia. Mas representamos as doações e também o simbolismo da retomada, da necessidade de recomeçar a vida”, conta Hamester.

O coordenador relembra que o momento, a ser repetido no segundo baile, emocionou o público durante a primeira festa. “Essa retomada também representa a nossa superação. Por isso sensibilizou tantas pessoas. Além da ornamentação e da gastronomia, temos a dança que é a alma do festival”, afirma.

Lançamento da turnê

No dia 30 de maio, 50 integrantes do grupo, entre eles músicos e dançarinos, embarcam rumo à Europa para a sétima turnê, a 21ª internacional da história do grupo. A viagem terá 26 dias de duração e apresentações em diversas cidades, incluindo Berlim, Gmunden, Ehrenfriedersdorf, Munique e Heidelberg. O retorno ao Brasil está previsto para o dia 26 de junho.

Antes do embarque, os grupos fazem uma apresentação especial de estreia durante o Café Colonial do domingo. O espetáculo que será levado à Alemanha, Áustria e Eslovênia será encenado na oportunidade. “Será um momento muito bonito e simbólico. É a primeira vez que mostramos o espetáculo completo ao público e queremos compartilhar com a comunidade o resultado de muito trabalho e dedicação,” destaca Hamester.

O espetáculo que será levado à Europa é um destaca a tradição cultural e brasilidade. No repertório, estão quadros de danças folclóricas tradicionalistas gaúchas, danças folclóricas alemãs, forró, quadrilha, batucada, escola de samba e carnaval de salão. Todas as apresentações contam com figurinos típicos e música ao vivo.

Festival deve bater recorde de público neste sábado
Mais de 500 dançarinos se apresentam durante o tradicional baile
FOTOS: DIVULGAÇÃO

160 ESTANDES

Suinofest conclui venda de todos os espaços do Festival de Compras

Feira multissetorial consolida a força comercial da região e atinge lotação máxima a pouco mais de duas semanas do evento

Se a expectativa da organização era registrar um dos maiores eventos já realizados nos 30 anos de Suinofest, em termos de espaço comercial esse objetivo já foi alcançado. O Festival de Compras – uma das principais atrações do evento – já está com 100% dos estandes vendidos.

Neste ano, o espaço contará com mais de 160 estandes, distribuídos em três setores: o tradicional “Pavilhão Ouro Branco”, o novo espaço temático “Avenida da Imigração” e a “Área Externa” que concentrará o setor de veículos e a praça de alimentação”. Ao todo, serão 4,7 mil metros quadrados de área ocupada, reunindo empresas de diversos segmentos e de diferentes regiões do Estado.

“A confirmação da ocupação total reforça o sucesso da comer-

cialização, iniciada há pouco mais de dois meses, e consolida o evento como uma das maiores vitrines de negócios da região”, comenta a presidente da Suinofest, Raquel Cadore.

A Suinofest 2025 acontece nos dois primeiros finais de semana de junho, no Parque João Batista Marchese, e é uma realização da Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E), com apoio da Administração Municipal. O patrocínio é de Cooperativa Dália Alimentos, Sicredi Região dos Vales, Check Mate - uma marca Baldo S/A, Sistema Ocergs, Banrisul, BRDE, Machado Agropecuária e Ciamed. O patrocínio cultural é

CIDADE EM RECONSTRUÇÃO

Fasa - By Darling Ingredients, Postos Buffon, Baldo S/A, Pretto Veículos e Diamaju. Esta proposta foi fomentada pelo Programa Retomada Cultural RS - Bolsa Funarte de Apoio a Ações Artísticas Continuadas 2024. Conta com o estímulo da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura – Governo FederalUnião e Reconstrução.

Expositores do Pavilhão Ouro

Branco

Clip Tabacaria Encantado, F84 Store, Di – Vetro, Madewest Me-

Muçum celebra 66 anos com programação gratuita e diversificada

Shows, feira do livro e cinema ao ar livre estão entre as atrações

MUÇUM

A partir de segunda-feira, 26 até 31 de maio, uma programação especial celebra a retomada das comemorações do aniversário do município, com shows de Os Serranos, Banda Rosas e Swing da Cor, além de feira do livro, cinema ao ar livre e a divertida Discoteca do Chacrinha.

Muçum completa, no dia 31

de maio, seus 66 anos de emancipação político-administrativa. E para marcar mais esse capítulo da história do município, uma programação especial, repleta de cultura, tradição e momentos de confraternização, acontecerá em diversos locais da cidade. Após um ano marcado por desafios, quando as tradicionais festividades precisaram ser adiadas em virtude dos eventos climáticos que atingiram a região, a Semana do Município 2025 simboliza união e esperança. Um dos diferenciais da programação deste ano é que nenhuma das atrações terá custos aos cofres

públicos municipais. Todos os shows e apresentações foram viabilizados por recursos vinculados e projetos culturais, como o PNAD (Política Nacional Aldir Blanc) e o Serranos - Viva o Rio Grande do Sul.

Para o prefeito Mateus Trojan, a festa deste ano representa muito mais do que o aniversário do município: “Em 2024, devido aos eventos climáticos e à dor vivida por tantas famílias, não pudemos comemorar como gostaríamos. Este ano, celebramos com o coração cheio de esperança e vontade de recomeçar. Cada momento dessa programação representa

EXPOSITORES DA ÁREA EXTERNA (Veículos e alimentação)

AcquaBlu, São Roque Acabamentos, Triauto Proteção Veicular, Tramontini Máquinas, DR Sul Veículos, Nissan, Mondial Caminhões e Ônibus, Motomecânica Lajeado, LL Veículos, Carhouse Hyundai, Pretto Veículos, Fernando Multimarcas, Estilo e Tradição, Exclusive Piscinas Lajeado, KiDelícias Crepe Suíço, Mister Dog Delicioso, Frango Crocantche, Diego Veturazzi, Charles Crepes Suíços, Arquiteta da Pizza, Du Marcos Lanches.

sas E Cadeiras, Machado Agropecuária, Sul Aquece, Sicredi Região Dos Vales Rs, Univates, Éder Boaro Imóveis, Vinhos Lermen Jaeger, Santo Cristo Artes Sacras, Denise Wedig, Exito Confecções, Lajeado Consorcios e Servicos Financeiros, Ulfer, Energia Propria, Top Cuias, Danusa Da Rosa Gamalho, Good Star, Costa Mar Turismo Hoteis e Hospedagem, Priorita Consorcios, Sandra Regina Reis, Hospital Beneficiente Santa Terezinha, Plano De Saúde São Camilo – Encantado, Doces Litoral, Leonardo Ferreira Alves, Brasrede Telecom, Adri Modas, Bell Tok Distribuidora De Cosmeticos, Sos Utilidades, Meninas

Laços, Lucia Oliveira, Sabores Da Casa, Fox Curitiba Fotografias, Malharia Pe Da Serra, Vital Fisio, Alle Hair, Zapata Rivas, Nykolas Andrade Dos Santos, Bionapure, Dandara Marques Nicolau, Magia De Brincar, Tatiane Frutas, Globilhares, Conceitodospes_Nh, Fhantasy Moda Íntima, Almeida Monitoramento, Sicoob São Miguel, Mci Solar, Evaporsul, Susan Mirela, Capital Da Moda, Brick do Kiki, Sandér Confecções, Mundo Magico, Natalia Variedades, HS Consórcios, Ivanize Colchoes, Estilo Urbano, AEJ Acessórios, Cresol Encantado, Master Sono, Fenix Confecção, Unimed, Doceria Diomar Borges, Foliari Colchoes, Crisfertec Solucoes Industriais e Fgtas.

do Município 2025 simboliza união e esperança

a celebração de uma história de 66 anos de lutas e conquistas, e honra uma população que ama essa cidade, e se orgulha da força

e dos feitos conquistados ao longo desses anos! Que seja uma semana de alegria para todos”, desejou o prefeito.

de
Semana
FÁBIO KUHN/ARQUIVO

365 VEZES NO VALE

365 VEZES NO VALE sorteia ingressos da Suinofest e experiências em Encantado

Dois ingressos para o salão gastronômico da Suinofest, uma hospedagem em pousada turística, rodízio de pizza para duas pessoas e uma espumante. Esses são os prêmios do sorteio organizado pelo 365 vezes no vale para marcar a realização do maior festival gastronômico de carne suína do RS. A premiação totaliza cerca de R$ 1,5 mil.

O sorteio será lançado domingo no Instagram do @365_vezes_no_vale. Não há cobrança para

participação. O interessado apenas terá que seguir as páginas dos parceiros da ação, marcar um amigo na área de comentários e compartilhar a publicação.

A ação se estenderá até o meio-dia de 5 de junho quando ocorrerá o sorteio e divulgação do vencedor nas plataformas do 365 vezes no vale.

Premiação

O vencedor ganhará dois ingressos da Suinofest para a sexta-feira,

dia 13 de junho.

A diária para duas pessoas será na Taiúva Cabanas com data a ser combinada. Localizado na Linha Azevedo, interior de Encantado, é uma hospedagem sofisticada com piscina particular, banheira de imersão e até trilha para uma cascata.

Os outros prêmios são cortesia de empreendimentos localizados no Boulevard Encantado. O Marquês Gastronomia oferecerá rodízio de pizza para duas pessoas, enquanto o Lídio Carraro presenteará o vencedor com uma espumante da linha Nature.

Patrocínio

Venâncio Aires foi o destino final da primeira press trip da história do Vale do Rio Pardo. O tour ocorreu na quinta-feira com enfoque na boa gastronomia, história e nos empreendimentos que fazem a cidade ser conhecida como Capital Nacional do Chimarrão. Passou pela Ervateira Elacy, Escola do Chimarrão, Café Colonial Ledi Maggioni, Museu e Igreja Matriz São Sebastião Mártir. Um vídeo sobre o tour está disponível no QR Code.

Sobre a Suinofest 2025

Considerado o maior festival de carne suína do estado, a Suinofest ocorre dos dias 6 a 8 e 13 a 15 de junho, no Parque João Batista Marchese.

Com cobrança de entrada, o Salão Gastronômico permitirá quatro horas de consumação livre por dia. São 60 pratos disponíveis, além de chopes, espumantes e vinhos.

Além da gastronomia farta, a Suinofest também é um evento de negócios, networking e diversão. A Feira Comercial, Industrial e de Serviços contará com mais de 150 expositores. Haverá ainda atrações culturais e praça de alimentação no parque.

Conhecimento científico marca a

A ciência e o caráter foram pilares na formação da família Haetinger. Essa trajetória começou com o professor Armindo Frederico Haetinger, há 85 anos e perdura até hoje

história da família Haetinger na busca por uma educação sólida iniciou-se com o professor Armindo Frederico Haetinger, que lecionou no CEAT entre 1940 e 1984. Guiados pelo raciocínio autônomo e pela confiança no saber científico, os seis filhos desenvolveram pensamento crítico desde cedo, impulsionados pelas experiências vividas no colégio.

A família formou professores, um matemático, uma bancária, uma advogada e uma analista — mostrando que o conhecimento cria oportunidades e deve estar a serviço da coletividade.

Legado

A bancária Karla Haetinger cultiva amizades que floresceram nos tempos de escola. Ela ingressou no CEAT na década de 1950, vivenciando as delícias do jardim de infância e os desafios do Ensino Médio. Ao lado do pai, o professor Armindo, compartilhou a crença no poder do conhecimento.

“Ele tinha um método diferenciado de ensinar. As aulas eram contextualizadas com a época, por exemplo, com a revolução francesa”, relata Karla.

O professor ensinava a pensar,e esse legado foi transmitido aos filhos.

Na sala de aula, havia línguas, filosofia, latim, inglês e desenho. “Como polivalentes, os professores ensinavam três matérias”, relembra.

No CEAT, os Haetinger aprenderam matemática, dominaram a língua portuguesa, prepararam-se para o vestibular e assimilaram a ética — que não se ensina como disciplina, mas como

postura de vida.

“Quando você aprende na infância, leva para a vida”, ressalta Karla.

Autoconfiança

Para a advogada Andrea Haetinger, família e escola caminham juntas na formação de valores, ética e cidadania.

“O que a gente aprendia em casa, a escola complementava”, ressalta.

O conhecimento assimilado no colégio a levou ao vestibular de Direito, e a autoconfiança adquirida na escola foi decisiva para seu desempenho.

“Adquiri autoconfiança para buscar a verdade, a justiça e lutar pelo que é certo.”

Andrea acredita na educação como formadora da sociedade:

” O que a gente aprendia em casa, a escola complementava”

Andrea Haetinger

” As lições que aprendi foram fundamentais para minha construção.”

Ana Krüger Thomé

advogada analista administrativa

“A educação dá asas. Quando um professor ensina uma criança, ele desenvolve sonhos — seja pela disciplina, no esporte ou nas habilidades que

essa criança vai desenvolver na escola.”

À Andrea advogada, olhando para a Andrea estudante, ela diria:“Não falte às aulas.

” É um colégio inovador. Meu filho merece isso.”

Thales Thomé profissional de animação 3D

Todas as lições vão trazer aprendizados importantes.”E foi nessa frequência que a sala de aula ajudou a lapidar sua profissão.

Família Haetinger: no DNA a força do conhecimento que atravessa gerações

história da família Haetinger

Raciocínio lógico

Matemático e professor, Claus Haetinger ingressou na escola aos quatro anos. Viveu o CEAT da infância à universidade, levando para o ensino superior o pensamento lógico e criativo, que hoje transmite aos estudantes.

“A função da escola é fazer com que a pessoa consiga ter opinião própria. A escola informa, mas também precisa formar”, acrescenta.

O raciocínio lógico — base de sua trajetória científica — teve raízes na escola. Claus foi professor do CEAT e de universidades no Rio Grande do Sul. Na escola, aprendeu a liderar nos 15 anos em que esteve à frente da comissão organizadora da gincana do colégio.

Claus foi um estudante ativo nas atividades extracurriculares. O atletismo o destacou como estudante. Em uma das olimpíadas escolares, carregou a tocha olímpica — foto que ainda hoje traduz o orgulho daquele

momento.

“Acredito que todas essas atividades na escola me direcionaram para a área de ensino, como docente na área de matemática”, aponta.

Seu filho também estudou no CEAT. Hoje, Claus reflete sobre os desafios da educação:“A principal habilidade que a escola pode legar a um estudante é a capacidade de buscar o seu conhecimento por conta própria.”Não é fácil, mas difícil não é impossível.

Para aprender e construir lembranças

Ana Krüger Thomé passou 15 anos no colégio, dos 3 aos 18 anos. As vivências escolares influenciaram sua trajetória.

“Sou cria do CEAT. As lições que aprendi na escola foram fundamentais para minha construção como pessoa”, reflete.

Ana se formou em Turismo e atua como analista administrativa — duas áreas distintas que revelam sua ampla capacidade de aprendizado, desenvolvida no ambiente escolar.

As memórias daquela fase ainda ressoam: amizades que perduram.

A gente pode construir lembranças maravilhosas na escola”, enfatiza.

Hoje, seu filho Miguel Thomé estuda na mesma escola.“Espero que o Miguel tenha as mesmas oportunidades que tive.”As memórias se repetem, e ajudam a consolidar o legado dos Haetinger.

Tecnologia

fez a diferença

Thales Thomé, pai de Miguel e marido de Ana, recorda das aulas de informática ainda na primeira série.

“Quando vi o computador, fiquei encantado.”

Hoje, ele trabalha com animação em 3D e reconhece a influência da escola em sua escolha profissional. Para Thales, o CEAT sempre esteve na vanguarda pedagógica, com um olhar social atento às pessoas e ao futuro delas.“É um colégio inovador. Meu filho merece isso”, afirma, ao projetar os horizontes de Miguel.

A função da escola é fazer com que a pessoa consiga ter opinião própria”, Claus Haetinger matemático e professor

Quando você aprende na infância, leva para a vida”

Karla Haetinger,

amizades e ensinamentos

que marcaram sua vida

Apresentado
FOTOS: ANDRÉIA RABAIOLLI
bancária
Miguel inicia a jornada

Publicações Legais

CRUZADAS

Resumo após a transmissão de um jogo de futebol na TV Índice calculado pela Fundação Getúlio Vargas

Trump (Polít.) Literatura de (?), expressão da cultura nordestina

Festa popular boliviana Administração (abrev.)

Esporte dos jóqueis

Produto de higiene a que é adicionado o flúor

de Andrade

Instituição do Vaticano reformada pelo Papa Francisco Emperrado; parado Museu

Período de 24 horas Caldo de galinha

Costurado (?) Ciata, a matriarca do samba Ilha, em francês (?) Araujo, atriz Detentora do CNPJ

"Farsa de (?) Pereira", de Gil Vicente

Estrutura ausente no girocóptero

Exposição resumida de algo Cura; sana Museu de Arte do Rio Enfeitar

Partido Socialista Operário Espanhol Despidos Código do usuário da internet

3/île — log. 4/asse. 5/irerê. 11/serigráfico. 15/carnaval de oruro.

HORÓSCOPO

ÁRIES: O momento pede atitude e você está com tudo para conquistar o que deseja. Inicie projetos, marque reuniões e diga o que pensa com clareza.

TOURO: Use o dia para resolver pendências, organizar a casa ou retomar um plano que exige decisões e coragem.

GÊMEOS: Ideias criativas marcarão sua presença nas reuniões de trabalho e nas redes. Fale, poste, proponha algo novo.

CÂNCER: Um balanço dos últimos tempos nalizará um longo ciclo e iluminará os próximos passos na carreira.

LEÃO: Conversas com pessoas queridas de longe reforçarão os desejos de mudança. Embarque em experiências, o universo conspirará a seu favor.

VIRGEM: Movimente o que estava parado. Um acerto nanceiro ou assunto familiar será resolvido com mais agilidade do que você imagina.

LIBRA: Novidades na equipe ou a entrada num novo grupo animarão o clima. Harmonia nas relações e clima carinhoso no amor.

ESCORPIÃO: Treino, caminhada ou mudança na alimentação poderá melhorar sua disposição e desempenho.

SAGITÁRIO: Se estiver só, cheiro de paixão no ar, alguém especial chegará para car e balançar suas certezas. Fertilidade em alta!

CAPRICÓRNIO: Reencontros carinhosos e harmonia familiar darão um sabor especial ao dia que trará resgates do passado e fortalecimento das suas bases afetivas.

AQUÁRIO: Comece uma fase mais gostosa no amor, fortaleça uma parceria e encerre processos do passado.

PEIXES: Será um bom momento para decisões de vida que trarão mais conforto e segurança.

Lente Social

Jornada debate futuro da alimentação

O futuro da alimentação de forma saudável e consciente foi um dos temas debatidos durante a 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício, que ocorreu de 20 a 22, promovida pela Acil, no Clube Tiro e Caça (CTC), em Lajeado. A abertura da jornada contou com a palestra do co-fundador do Nutri Ingredients Summit (NIS), Adriano Pegorelli, com o tema "O futuro da saudabilidade: o que vem por aí?”. A abordagem foi um resumo do que o público conferiu em toda a programação.

A Hora lança Programa LEIA

Trocar as telas pelo papel e resgatar a leitura nas escolas e famílias é o objetivo do programa Leia - Ler, Entender, Interpretar e Aprender. A iniciativa, do Grupo A Hora, foi lançada na noite de quinta-feira, 22, no Teatro Univates, e surge como uma resposta aos impactos do analfabetismo funcional e ao uso excessivo das tecnologias.

O lançamento reuniu 600 pessoas, entre secretários de educação, professores e leitores, que conheceram as ações do programa, desenvolvidas em diferentes plataformas do Grupo A Hora.

Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro
Tânia Gräff com o palestrante da noite Adriano Pegorelli
Adriana Meneghini Lermen e Bruna Trojaike Gräbin Sandra Pretto, Elen dos Santos e Solange Hochscheidt
Simone Mattei Chiella, Claudia Finatto, Bruna Cenci Capitânio e Luciana Conti Grando viream de Dois Lajeados para prestigiar o lançamento

Gincana mobiliza equipes e muda rotina da cidade

Programação iniciou nessa sexta-feira e segue até domingo. Tarefas ocorrem ao longo do fim de semana. Resultados serão divulgados ao final do evento

A6ª Gincana Arroio do Meio promete movimentar a comunidade local e regional neste fim de semana. O evento, que ocorre na Rua de Eventos e na Praça Flores da Cunha, iniciou nessa sexta-feira, 23, e segue até este domingo, 25. A programação

diversificada reúne integração, cumprimento de tarefas, apresentações artísticas, show musical e muitas surpresas.

Com quatro equipes participantes – Curê, Hure Pook, Schtena e Vem Cô Chico – a Gincana Arroio do Meio teve abertura oficial com uma solenidade no palco instalado na Rua de Eventos. Na sequência, iniciou o cumprimento de tarefas e as provas do rally, que se estenderam até a madrugada. Neste sábado, a partir das 9h, na rua Dr. João Carlos Machado, ocorre o tradicional desfile e a tarde cumprimento de tarefas gerais. Às 18h30min será feita a escolha do Rei e Rainha, seguida por tarefa show. O domingo inicia com provas de enigmática – da meia-noite às 8h – e, durante o dia, haverá o cumprimento de

tarefas gerais.

Para as 17h30min de domingo está programado o show da banda Bico Fino Brother’s Band e, na sequência, a divulgação do resultado. A premiação é de R$ 3,5 mil para a equipe campeã, R$ 3 mil para o segundo lugar, R$ 2,5 mil para o terceiro lugar e R$ 2 mil para o quarto colocado.

A 6ª Gincana Arroio do Meio é promovida pelo município e está sendo organizada pela Blackout Gincanas e Eventos.

Em virtude da programação da gincana, a Rua de Eventos estará fechada até às 12h desta segundafeira, 26. Já neste sábado, por conta do desfile, a rua Dr. João Carlos Machado estará fechada. O desvio será pela rua Theobal-

PROGRAMAÇÃO

SÁBADO, DIA 24: 9h – Desfile das equipes na rua Dr. João Carlos Machado, culminando na Rua de Eventos; 18h30min – Desfile dos candidatos a Rei e Rainha da 6ª Gincana Arroio do Meio, no palco principal, na Rua de Eventos; Na sequência – com o tema ‘Luzes do West End’, as equipes terão de apresentar um número musical

inspirado em um dos grandes espetáculos do distrito teatral de Londres, incluindo canto, dança e interpretação;

DOMINGO, DIA 25: 0h até 8h – Provas da Enigmática 8h às 12h e das 13h30min às 17h –Cumprimento de tarefas 17h30min – Show com a Bico Fino Brother’s Band e divulgação do resultado do Kaffer.

As ruas São José e a Bento Gonçalves vão concentrar as equipes, e as demais transversais, até a rua de Eventos, estarão com o trânsito limitado durante o desfile, não

sendo possível cruzar a Dr. João Carlos Machado. Além disso, nos três dias de evento, o entorno da Praça Flores da Cunha vai estar com o trânsito limitado. Haverá sinalização.

ARROIO DO MEIO
Última edição da gincana ocorreu em 2023

DIVISÃO DE ACESSO

ARENA ABRE AS PORTAS À TORCIDA APÓS DEZ MESES

Partida do Lajeadense contra o Esportivo, neste domingo, tem transmissão da Rádio A Hora

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Aespera acabou. Dez meses depois do último jogo em casa, o Lajeadense e a apaixonada torcida voltam à Arena Alviazul. Neste domingo, 25, às 18h30min, o Dense recebe o Esportivo pela segunda rodada do Gauchão Série A2. O jogo tem transmissão da Rádio A Hora.

A última vez que o Lajeadense jogou em casa ocorreu no dia 15 de julho de 2024, quando venceu o Passo Fundo por 1 a 0 na ida das quartas de final da Divisão de Acesso. Na partida seguinte, o clube foi superado nos pênaltis e deu

Para voltar a atuar em casa, o Lajeadense deu um trato especial no gramado, trabalho muito bem feito pelo “faz tudo” Jacaré

adeus ao sonho de retorno à elite.

O estádio foi, inclusive, o ponto forte da temporada passada. Em oito jogos, foram seis vitórias e dois empates. Se manter o retrospecto neste ano, o Lajeadense terá pontuação para primeiramente fugir da parte baixa da tabela, e também para buscar classificação às quartas de final.

CLASSIFICAÇÃO AGENDA

O clube endossa a importância da força em casa e da participação do torcedor. “A presença do

torcedor é um combustível extra que nossos atletas e comissão precisam para uma boa partida. A presença do torcedor é fundamental para podermos atingir nossos objetivos e contamos com o apoio do público regional nesta partida contra o Esportivo”, destaca a vice-presidente de marketing e comunicação, Danielle Mallmann

TORCIDA

COMEMORA RETORNO

O momento de regressar a Arena após quase um ano é comemorado pela torcida. Um dos torcedores símbolos do clube é Arthur Schneider, 17, que mantém a página @lajeadense_sports nas redes sociais. “Estar na Arena, para mim, sempre foi um sentimento

Arthur Schneider mantém uma página dedica ao Lajeadense e está ansioso para voltar à Arena

de pertencimento, de pertencer aquele local, de pertencer aquele ambiente, de pertencer aquele grupo de apaixonados pelo time da cidade. E poder voltar depois de muito tempo para esse local, é motivo de muita alegria”, diz.

A expectativa para domingo é de começar a jornada em casa com o pé direito. “Sempre espero a vitória. Quando se trata de uma partida na casa do Dense, o palco das maiores

conquistas do nosso clube, a expectativa do triunfo é maior ainda. O primeiro jogo em casa é um passo muito importante na caminhada para o tão sonhado acesso à elite.”

CAPACIDADE REDUZIDA

O clube tinha uma pendência com o Corpo de Bombeiros Militar em relação ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios da Arena, onde eram cobradas adequações no estádio. A liberação para uso na competição foi condicionado a redução de público para 2.800 pessoas. Para voltar a atuar em casa, o Lajeadense deu um trato especial no gramado, trabalho muito bem feito pelo “faz tudo” Jacaré, responsável por cuidar do estádio. A iluminação também passou por eventos testes e está apta a receber uma partida noturna.

INGRESSOS

Os ingressos para o jogo podem ser comprados nas lojas DMF Esportes do Centro e do Lajeado Shopping, e pelo site Eleven Tickets. O valor é de R$ 20 a arquibancada geral, R$ 35 a social e R$ 55 a cadeira. A meia entrada é de R$17,50, sendo que crianças de até 12 anos não pagam.

Segue até este domingo, 25, a promoção “Combo Geral Alviazul”. Por apenas R$ 80, o torcedor pode acompanhar todos os sete jogos do Lajeadense em casa na arquibancada geral. A opção é uma boa pedida para o torcedor fiel que acompanha todos os jogos do clube. A compra do combo também ocorre através do site Eleven Tickets.

GABRIEL SANTOS

ÀS 11H

RETROSPECTO NAS MANHÃS DE DOMINGO É ANIMADOR AO GRÊMIO

Tricolor recebe o Bahia na Arena em busca da vitória para deixar a zona de rebaixamento do Brasileirão

Na zona de rebaixamento com nove pontos em nove rodada, o Grêmio tem a necessidade urgente de voltar a vencer no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o Tricolor recebe o Bahia, na Arena, às 11h. A Rádio A Hora transmite o confronto.

O Tricolor está na zona de rebaixamento e precisa de um bom resultado para se afastar do perigo. Com a eliminação na Copa do Brasil, resta ao Grêmio a disputa do Brasileirão e da Sul-Americana.

A principal dúvida na equipe para o jogo está na lateral-direita, que pode contar com o retorno de

João Pedro. Caso ele não comece, a opção é improvisar Ronald. Sem Jemerson, suspenso, a dupla de zaga será formada por Wagner Leonardo e Kannemann. Monsalve é ausência por lesão e Cristaldo deve ser o armador gremista.

O provável Grêmio tem: Tiago Volpi; João Pedro (Ronald), Wagner Leonardo, Kannemann e Marlon; Dodi, Villasanti e Cristaldo; Kike Olivera, Amuzu e Braithwaite.

RETROSPECTO

POSITIVO NO HORÁRIO

A CBF implementou em 2015 os jogos do Brasileirão às 11h de domingo. Desde então, o Grêmio soma 17 partidas no horário. O horário traz mais boas lembranças aos gremistas. São nove vitórias, cinco empates e três derrotas, um aproveitamento de 62%.

A primeira vez, em 2015, foi um empate em 3 a 3 com a Ponte Pre-

Fora dos relacionados no meio de semana, Cristaldo pode ser titular contra o Bahia

ta, em Porto Alegre. Também na Arena, o último jogo foi a derrota de virada para o Atlético-MG, no ano passado.

FOCO NA LIBERTADORES

BAHIA DEVE PRESERVAR TIME

Na 6ª posição do Brasileirão, o foco do Bahia está na Libertadores, na quinta-feira, contra o Inter. O jogo vale vaga na próxima fase.

O técnico Rogério Ceni deve preservar atletas por isso. O provável time titular tem: Marcos Felipe; Gilberto, David Duarte, Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre, Everton Ribeiro e Acevedo; Cauly, Kayky e Willian José.

NA PORTA DO Z4, INTER DEVE PRESERVAR

TIME CONTRA O LANTERNA SPORT

enfrenta o lanterna Sport, ainda em busca da primeira vitória. A partida ocorre às 16h, com transmissão da Rádio A Hora.

O Inter escalou força máxima no meio de semana e avançou na Copa do Brasil. Com foco na Libertadores, quando enfrenta o Bahia na próxima quinta-feira, 29, Roger Machado deve preservar boa parte do time.

O jogo é traiçoeiro. O Sport ainda não venceu ninguém, mas vê no Inter com foco desviado a boa oportunidade de ganhar pela primeira vez. Ao Colorado, o problema é a pontuação. Com 10 pontos, o Inter pode entrar na zona de rebaixamento caso seja derrotado.

A tendência é de que jogadores que não tenham reposição imediata ou de reconhecida qualidade

sejam preservados. São os casos de Aguirre, Vitão, Bernabei, Fernando, Alan Patrick e Wesley. Victor Gabriel deixou a partida em Florianópolis ainda no primeiro tempo e é desfalque.

O provável Inter tem: Anthoni; Nathan, Rogel, Juninho e Ramon; Ronaldo e Thiago Maia; Gustavo Prado, Romero e Bruno Tabata; Ricardo Mathias.

RUBRO-NEGRO DESESPERADO

O clube de Recife faz um dos piores inícios da história do Brasileirão, com apenas 2 pontos em nove rodadas. O péssimo início fez o Sport já trocar de técnico. Saiu um português, Pepa, e chegou outro, Antônio Oliveira.

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

MOMENTO MARCANTE

ÁRBITRO DO VALE DÁ MAIS UM PASSO RUMO À ELITE E ESTREIA NA SÉRIE B

Dez anos depois de iniciar na arbitragem, Juarez de Mello Júnior será árbitro assistente no confronto entre Athletico-PR e Athletic-MG, em Curitiba

Passo a passo, começa a despontar do Vale do Taquari mais um árbitro de destaque no cenário do futebol brasileiro. Dez anos depois de iniciar na arbitragem, o lajeadense Juarez de Mello Júnior, 35, sobe mais um degrau na hierarquia do futebol nacional. Neste sábado, ele estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, na partida entre Athletico-PR e Athletic-MG.

A partida válida pela 9ª rodada da segunda divisão é um marco na carreira do árbitro assistente, que teve de passar por categorias de base, Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho, Gauchão, Séries D e C do Campeonato Brasileiro, até alcançar o segundo patamar do futebol nacional.

A oportunidade é comemorada por Júnior. “Sempre almejei chegar na Série A do Brasileiro, e estou muito feliz por receber essa oportunidade valiosa em poder trabalhar na Série B. Sei o quanto é difícil chegar aqui, lutei para este momento, são mais de 10 anos nesse sonho, agradeço a todos meus familiares por estarem sempre ao meu lado”, diz.

Júnior sabe que a arbitragem brasileira passa por um momento

Manter-se atualizado, estudar o jogo, reassistir as partidas que trabalhou e dedicar-se a trabalhos físicos para estar em forma na beira do campo são atributos do dia a dia do pro ssional

de crise, mas com foco acredita que pode ser parte de uma importante renovação. “Com pés no chão e humildade, é focar no jogo e fazer o que sempre fiz. Vou continuar buscando meu espaço em vôos cada vez maiores.”

Manter-se atualizado, estudar o jogo, reassistir as partidas que trabalhou e dedicar-se a trabalhos físicos para estar em forma na beira do campo são atributos do dia

a dia do profissional que é árbitro assistente. “Me dedico 100% tanto em preparação física, mental e teórica. Olho muitos jogos na televisão e trabalho muito no amador, aonde eu consigo treinar para estar preparado quando for escalado no profissional”, explica.

LONGA CAMINHADA

Alcançando o segundo nível do futebol brasileiro, Júnior não esquece as raízes e lembra as primeiras oportunidades no futebol amador do Vale do Taquari. “Sou eternamente grato à ARA,

Pivi Arbitragem e a Solar. Figuras como o Taxa, o Farelinho e o Pivi, que me deram as primeiras oportunidades e a quem, até hoje em dia, eu sempre tento voltar para contribuir com o meu trabalho”, destaca.

Júnior está no quadro da Federação Gaúcha de Futebol desde 2014, ano em que iniciou a se dedicar a arbitragem, tanto profissional quanto amadora. Em 2021 foi promovido a primeira divisão do Gauchão e ao quadro da CBF. No mesmo ano, esteve no seleto grupo de 54 árbitros que participaram de um curso pertencente ao programa de renovação da arbitragem brasileira. Em 2023, foi selecionado para o curso de jovens talentos da Fifa. “Nestes cursos tive previlégio de aprender muitas coisas, que pude levar para meu crescimento dentro de campo.”

Entre os jogos marcantes, destaca a primeira semifinal de Gauchão que trabalhou, em 2023, entre Ypiranga e Grêmio. “Fiquei muito feliz e emocionado por estar escalado nessa grande partida, isso mostrou para mim, que eu

estava no caminho certo”, lembra. Desde lá, seguiu trabalhando em jogos de base e nas séries D e C do Campeonato Brasileiro. São 22 jogos na D, em especial de equipes gaúchos. Na terceira divisão, teve as viagens mais longas, para partidas em Belém, no Pará, e em Goiania, Goiás.

ESTREIA NA SÉRIE B

Depois da longa caminhada, Juarez de Mello Júnior repete os feitos de árbitros como Leandro Vuaden, Altemir Hausmann e Rafael Klein, e ascende à segunda maior divisão do país.

A estreia ocorre neste sábado, às 16h, na Liga Arena, em Curitiba. O jogo é importante e exige erro mínimo, pois o Athletico-PR está pressionado apenas na 13ª colocação, enquanto que o Athletic está em 15º e pode entrar na zona de rebaixamento se perder. O jogo tem arbitragem gaúcha. Lucas Horn é o árbitro principal. O outro assistente é Lúcio Beiersdorf Flor.

Semi nal do Gauchão entre Ypiranga e Grêmio, em 2023, é apontado como um dos momentos marcantes da carreira

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
FOTOS ARQUIVO PESSOAL

FUTEBOL AMADOR

VALE DO TAQUARI ENCERRA MAIS DUAS COMPETIÇÕES

Municipal de Roca Sales e Taça

Intermunicipal conhecem os campeões neste domingo

OVale do Taquari conhece mais campeões neste domingo. Roca Sales e a Taça Intermunicipal conhecem os campeões. Os jogos iniciam às 13h30min.

Em Roca Sales, o Botafogo recebe o XV de Novembro pela partida de volta da semifinal. No confronto de ida, a equipe venceu de virada e agora joga pelo empate para conquistar mais um troféu. Já o XV necessita vencer no tempo normal para levar a decisão aos pênaltis. O jogo tem transmissão do Grupo A Hora em live no Youtube do A Hora Esportes. No aspirante, o Copalto joga pelo empata para dar a volta olímpica, já o XV necessita vencer duas vezes para conquistar a taça.

TAÇA INTERMUNICIPAL

O Canabarrense está a um empate de conquistar o tricampeonato consecutivo. No jogo de ida, venceu o Poço das Antas, em

SÁBADO

DA VOLTA

AGENDA

AGENDA

PROGRESSO  SEMIFINAL/JOGO

São João x Cruzeiro (veterano)

São João x Amizade (titular)

DOMINGO

TAÇA INTERMUNICIPAL

Canabarrense x Poço das Antas (titular)

Canabarrense x 11 Amigos (aspirante)

IMIGRANTE  SEMIFINAL/JOGO

DA VOLTA

Cruzeiro x Canarinho

Riograndense x Ecas

ESTRELA  SEMIFINAL/JOGO DE VOLTA

São Luís x Aimoré Alto da Bronze x União

BOM RETIRO DO SUL 

SEMIFINAL/JOGO DE IDA

Lesionados x Grêmio

Poço das Antas. Os visitantes tem que vencer no tempo normal e nos pênaltis para ficar com a taça. No aspirante, quem vencer fica com o troféu. Novo empate leva a decisão aos pênaltis.

DEFINIÇÕES

EM ESTRELA E

IMIGRANTE

Em Imigrante, os vencedores da semifinal disputarão o título da série Ouro. Já os perdedores jogarão a Prata. Na partida de ida, os dois

Aecosajo x Limitados

BOQUEIRÃO DO LEÃO 

SEMIFINAL/JOGO DE IDA

5 de Junho x Esportivo

COPA SERRANA  QUARTAS DE FINAL/VOLTA

River Plate x Santo Antônio

Avante x Assespe

São Luiz x AERT

LAJEADO  QUARTAS DE FINAL/ JOGO DE IDA

Guarani x Montanha

Internacional x São José

Brasil x Projeto Guarani

PAVERAMA  ÚLTIMA RODADA

Brasil x União

Guaíba x Laranja Mecânica

Taquari – última rodada

Taquariense x Furacão

Juventude x Colorado

jogos terminaram empatados sem gols. Em caso de nova igualdade, a decisão vai para os pênaltis. Já em Estrela, os confrontos ocorrem no Bairro Alto da Bronze. Na primeira partida, o Aimoré joga pelo empate para se classificar. O São Luís tem que vencer no tempo normal e nos pênaltis para seguir na busca do título da Prata. Na Ouro, o Alto da Bronze aposta no fator casa para vencer o União e levar a decisão para os pênaltis. Já o União, atual campeão, joga pelo empate para decidir novamente a competição.

Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Botafogo está a um empate de conquistar o título municipal de Roca Sales
DIVULGAÇÃO

44 anos de Teutônia

Conhecida como a Capital Nacional do Canto Coral, a cidade leva já em seu nome uma referência à colonização alemã do território: Teutônia, que remonta ao antigo povo teutão.

A povoação da localidade por imigrantes alemães começou por volta da década de 1860. Conforme dados da administração municipal, em 1858, o comerciante Carlos Schilling, adquiriu terras para dar início à colonização de Teutônia. Registros mostram que, nesse mesmo ano, a câmara de vereadores de Taquari oficializou a criação da Colônia Teutônia.

A primeira picada aberta em Teutônia foi a Glück Auf (hoje Bairro Canabarro), dividida em 48 lotes já no ano de 1858. A Pi-

cada Hermann (Linha Germano) foi aberta em 1860, seguida pela Picada Boa Vista e Frank.

Os primeiros movimentos a favor da independência política de Teutônia iniciaram ainda em 1963. Mas somente em 1981, foi criado o município de Teutônia. Na época, a comunidade escolheu o dia 24 de maio como aniversário porque foi nesta data que ocorreu o plebiscito que aprovou a emancipação da cidade.

em 1947

Câmara entregava títulos de Cidadão Teutoniense

Há 20 anos, a câmara de vereadores de Teutônia realizava uma sessão solene em comemoração aos 24 anos de emancipação do município. Na noite, foram entregues títulos de Cidadão Teutoniense ao tradicionalista Leodi Luiz Pavi, ao escrivão da Polícia Civil de Teutônia, Telmo Paulo Rodrigues de Oliveira, e ao presidente do Corpo de Bombeiros, Francisco Abrahão.

A Defesa Civil do Estado anunciava a instalação de 500 pluviômetros no Rio Grande do Sul, um equipamento para cada cidade do Estado, que mediria a quantidade de chuvas em cada local. O objetivo era antecipar situações de alerta às comunidades, em especial, em razão das enchentes. O projeto era uma parceria com a Brigada Militar e o Banrisul. Um total de 500 pluviômetros tinham sido repassados ao Estado. Eles seriam instalados nos postos da

Brigada Militar de cada cidade. As unidades da BM colocariam as informações do equipamento no sistema da Defesa Civil do Estado. No Vale do Taquari, seriam instalados 14 pluviômetros que fariam leituras três vezes ao dia. O sistema começou a operar no início de 2006 e as informações poderiam ser consultadas no site da Defesa Civil. Ao todo, 491 cidades receberam os pluviômetros, que faziam a leitura do nível de chuvas todas as manhãs.

Dia da Infantaria

Dia do Datilógrafo

Dia do Telegrafista

Dia do Vestibulando

Dia Nacional do Café

Dia Nacional do Cigano

Dia Nacional do Milho

Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia

Dia da Indústria

Dia do Massagista

Dia Nacional da Adoção

Dia do Trabalhador Rural

Dia Internacional das Crianças Desaparecidas

Dia do Orgulho Geek

Dia da Costureira

Dia Internacional da Tireoide

Dia da África

Sábado é
Domingo é
Santo do dia 24: Nossa Senhora Auxiliadora
Santo do dia 25: Santa Maria Madalena de Pazzi
Inauguração da Praça Teutônia Norte
O Centro Administrativo sendo construído, por volta de 1985

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Dias intensos na câmara de Lajeado

As próximas duas ou três semanas serão intensas no Legislativo da maior cidade do Vale e existe mais de um motivo para a agitação no plenário e bastidores. O debate principal envolve a polêmica dos pedágios e o projeto que tramita na casa para uma “não anuência” de Lajeado aos pontos de cobrança no município. O projeto partiu da bancada do PL e Paula Thomas (PSDB) pediu mais tempo para analisar o texto. Teoricamente, a pauta retorna à pauta no início de junho. Também, no começo do próximo mês, ocorre a audiência pública sobre a concessão de rodovias provocada por vereadores do PL.

A prefeita Gláucia Schumacher chamou para o gabinete os presidentes de associações de água para uma conversa. A ideia é amadurecer o debate sobre o aditivo com a Corsan/Aegea. O

assunto está ligado umbilicalmente com o Legislativo. Afinal, 12 vereadores posaram para a foto com o material de uma campanha pela manutenção das associações. Há ainda o repasse solicitado por vereadores de diferentes bancadas de R$ 1,5 milhão para o mutirão de cirurgias eletivas. Ocorreram cobranças públicas e de bastidores para a presidente Ana da Apama (PP) assinar a

liberação.

E tem mais: a proposta sobre as cotas raciais em concursos públicos do município, os primeiros movimentos relacionados as eleições de 2026 e as crescentes cobranças relacionadas a UPA, no bairro Jardim Botânico.

O “apagar das luzes de maio” e o começo de junho, serão de bons e polêmicos e debates na casa do povo.

Aval do governador

ARTIGO

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

Geração prateada: novas oportunidades

OBrasil está envelhecendo. E, com isso, uma transformação silenciosa vem mudando a cara da economia e da sociedade: o avanço da geração prateada — pessoas com mais de 50 anos, ativas, experientes, conectadas e com alto poder de consumo. Segundo estudo da FGV e do IBGE, essa faixa etária, que hoje responde por cerca de 24% do consumo das famílias, será responsável por 35% de tudo que se consome no país até 2044. Isso representa um impacto direto nos mais diversos setores: saúde, alimentação, turismo, lazer, finanças e até tecnologia. Mais do que consumir, a geração prateada influencia. Muitos são os pilares das famílias, participam das decisões dos filhos, ajudam financeiramente, mantêm negócios, compram imóveis, veículos e viajam com frequência. Seu papel vai além do consumo: envolve presença, exemplo, cuidado e liderança familiar. Em um cenário onde os jovens enfrentam mais dificuldades, muitos lares contam com o suporte financeiro e emocional dos mais velhos.

Na próxima semana o secretário de Parcerias e Concessões do RS, Pedro Capeluppi, apresenta ao Governador Eduardo Leite os levantamentos técnicos para a concessão das rodovias do Bloco 2, o que inclui as ERS: 128,129 140 e a RSC-453.

O “ok” de Leite será a senha para acionar os líderes do Vale do Taquari e anunciar o valor por quilômetro rodado (atualmente R$ 0,23) e o cronograma de obras. Outra expectativa é um aumento no aporte do Funrigs, previsto inicialmente em R$ 1,3 bi.

Uma redução considerável no volume de obras ou postergação para o final da concessão é a tendência. A expectativa é para uma reunião técnica ainda em maio.

Rapidinho...

- De acordo com o líder de governo na câmara, Lorival Silveira (PP), Lajeado encaminha em 90 dias edital para concurso público voltado ao preenchimento de cargos no município. Há grande expectativa, em especial, por vagas na educação. O certame do ano passado foi cancelado por irregularidades na aplicação da prova.

É importante lembrar que não estou falando de um grupo homogêneo. A geração 50+ inclui desde recém-aposentados cheios de planos até pessoas com mais de 70 anos que seguem empreendendo, viajando, estudando ou cuidando de familiares. No Sul do Brasil, essa realidade é ainda mais presente: temos uma população mais envelhecida que a média nacional e com maior expectativa de vida. É comum ver casais acima dos 60 anos ativos na comunidade, no campo ou no comércio local.

O Brasil está envelhecendo. E, com isso, uma transformação silenciosa vem mudando a cara da economia e da sociedade: o avanço da geração prateada”

Essa mudança demográfica exige uma nova forma de atendimento. Empresas que tratam esses consumidores com pressa, despreparo, perdem espaço. A geração prateada valoriza atendimento humanizado, clareza na comunicação, acessibilidade nos espaços físicos e soluções pensadas para suas reais necessidades. Gosta de ser ouvida, respeitada e bem tratada. É também uma geração que gosta de marcas com propósito, que entende o valor do tempo e da qualidade de vida. Não se trata apenas de oferecer produtos, mas de criar experiências significativas. Negócios que investem nesse relacionamento constroem vínculos duradouros e conquistam clientes fiéis. A boa notícia é que as oportunidades são muitas. Aqui no Vale, por exemplo, cresce a demanda por serviços personalizados de saúde, turismo fora de temporada, cursos voltados à terceira idade, atividades físicas adaptadas, residenciais com estrutura diferenciada, entre outros. O mercado está aberto. Quem enxergua esse público com o valor que ele merece vai colher muitas oportunidades.

A geração prateada não está à margem da economia. Ela está no centro. Participa, escolhe, decide e investe. Quem souber atender bem esse público terá acesso a um segmento estável, fiel, em crescimento acelerado e com alto potencial de consumo. Uma população que quer viver mais, mas também melhor — e que está disposta a pagar por isso. Oportunidades existem para todos os setores.

Fim de semana, 24 e 25 maio 2025

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 14º | MÁX: 21º

No sábado, o sol até aparece por alguns intervalos, mas, ao longo do dia, a nebulosidade se intensifica e ocorrem pancadas de chuva.

Atenção aos sinais

Muitas vezes silenciosos, os distúrbios da tireoide podem apresentar mudanças significativas no corpo. Prevenção e monitoramento são essenciais UMA PUBLICAÇÃO DO FIM DE SEMANA

Páginas 4 e 5

EDITORIAL

Em equilíbrio

Silenciosa, discreta e, muitas vezes, esquecida. A tireoide, glândula localizada na parte anterior do pescoço, pode ser pequena no tamanho, mas tem grande impacto na saúde. Ela é responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo, o funcionamento do coração e o equilíbrio emocional, e cumpre um papel vital no organismo. Mas, quando algo não vai bem, os sinais nem sempre são evidentes.

Distúrbios da tireoide, como hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos e câncer de tireoide, afetam milhões de pessoas no Brasil e no mundo, muitas delas sem sequer saber. Cansaço excessivo, ganho ou perda de peso sem explicação, alterações no humor, queda de cabelo, difi culdade de concentração e alterações menstruais são alguns dos sintomas, frequentemente confundidos com estresse, envelhecimento ou outras condições.

Por isso, informação e prevenção são fundamentais. A realização periódica de exames simples, como dosagem dos hormônios, além de ultrassonografi a da região cervical quando indicada, pode detectar de forma precoce alterações que, se tratadas a tempo, garantem qualidade de vida e evitam complicações mais sérias. É preciso também romper com a ideia de que só deve investigar quem sente algum sintoma evidente. Distúrbios da tireoide podem permanecer silenciosos por muito tempo, especialmente em mulheres. Cuidar da tireoide é cuidar do equilíbrio do corpo inteiro. Em um momento em que tanto se fala de autocuidado e bem-estar, olhar para esse pequeno órgão é um gesto de responsabilidade com a própria saúde.

Boa leitura!

EXPEDIENTE

AGENDA

Dança, cultura e solidariedade

A 10ª edição do Dança Bom Retiro registra um novo recorde ao evento. O sétimo maior festival de dança do estado tem mais de 1,2

mil inscrições. Grupos de todas as regiões do estado, e de fora dele, divididos em dez categorias, participam da competição. Com

início no dia 28 de maio, a programação se estende até o domingo, 1º de junho. Na data, o município comemora 66 anos de emancipação.

Lajeado recebe

Dia do Desafio

Imigração italiana em exposição

A Casa de Cultura de Lajeado recebe, até dia 30 de junho, a exposição cultural “150 anos da Imigração Italiana no RS”, organizada pela Società Taliana Tutti Fratelli. A visitação é gratuita e aberta à comunidade. A exposição apresenta a indumentária italiana, utensílios domésticos, retratos, fotografias, documentos, equipamentos utilizados na lavoura, entre outros objetos. O espaço fica aberto das 8h às 11h30min, e das 13h30min às 16h45min, e nas sextas-feiras, das 8h às 14h, sem fechar ao meio-dia.

Textos: Bibiana Faleiro

Diagramação: Lautenir Azevedo Junior

Lajeado será palco de uma programação especial no Dia do Desafio 2025, marcado para 28 de maio. A iniciativa é promovida pelo Sesc, e convida a população a praticar ao menos 15 minutos de atividade física e participar de ações solidárias. As atividades serão concentradas no Parque dos Dick, com opções para todas as idades, além de pontos de arrecadação de leite de caixinha em diferentes locais da cidade. A programação tem o apoio da prefeitura de Lajeado e reforça a importância de unir saúde, lazer e solidariedade em um único movimento coletivo.

Festival do Chucrute

Uma das festas mais tradicionais de Estrela, o Festival do Chucrute está de volta após um ano de pausa em razão das enchentes. A programação oficial da 57ª edição iniciou no dia 3 de maio com o Desfile Típico dos Grupos Folclóricos de Danças Alemãs. Os tradicionais bailes típicos já ocorreram no dia 17 e tem nova programação neste sábado, 24, no Centro Comunitário Cristo Rei.

Coordenação e edição: Felipe Neitzke

Dança Bom Retiro

Campanha conscientiza sobre prevenção de queimaduras

Tema deste ano é a violência contra a mulher. Evento, no dia 6, discute o assunto na Univates

Prevenir acidentes causados por queimaduras é o objetivo da campanha Junho Laranja, que prevê uma série de atividades para discutir o tema. Este ano, a iniciativa busca refletir sobre a violência contra a mulher relacionada às queimaduras. Em Lajeado, uma das atividades ocorre no dia 6, no Teatro Univates.

O momento, aberto ao público, conta com a apresentação de uma peça teatral dirigida por Anderson Balhero, que aborda as situações mais comuns

ENVATO/REPRODUÇÃO

de queimaduras e como preveni-las. O evento inicia às 19h30min. À nível nacional, a campanha é uma iniciativa da Sociedade Brasileira

de Queimaduras (SBQ) e também busca por melhorias nas políticas públicas de atendimento às vítimas de queimaduras. De acordo com a entidade,

o tema deste ano foi motivado pelo número de notícias de vítimas de feminicídio ou tentativa de feminicídio, nas quais o fogo ou substâncias corrosivas, como o ácido, foram utilizados como meios de agressão à mulher. Atual vice-presidente da SBQ, a enfermeira Dra. Raquel Pan estuda a temática desde 2018. Naquele período, além dela, pesquisadores da Austrália e do Canadá fizeram uma revisão sobre a ocorrência de violência por queimaduras contra mulheres e meninas no mundo. Um dos principais desafios encontrados pelas pesquisadoras foi a escassez de dados sobre esse tipo de violência, resultado da subnotificação.

Serviço

Peça teatral sobre Junho

Laranja

Data: 6/6

Horário: 19h30min

Local: Teatro Univates

“A gente tem visto diferentes formas de violência contra a mulher, incluindo as queimaduras. Então, é importante a gente falar sobre esse assunto para as pessoas relatarem para o centro de tratamento, unidades de emergência, de pronto atendimento, que recebem os pacientes queimados em diferentes regiões do nosso país”, reforça Raquel.

A campanha ainda tem o objetivo de sensibilizar profissionais de saúde, comunidade e vítimas sobre a importância da notificação e denúncia dos casos de violência por queimaduras, além de promover formas de colaboração para a redução da ocorrência.

Todos os anos, campanha busca prevenir acidentes com queimaduras

Hormônios em equilíbrio

Fundamental para o funcionamento do corpo, a tireoide influencia desde o coração até o metabolismo e o humor. Especialistas alertam para a atenção aos sintomas em busca do diagnóstico precoce

Por trás de sintomas como cansaço, ganho ou perda de peso, ansiedade e até alterações no ritmo intestinal, pode estar um desequilíbrio hormonal, causado por uma glândula pequena, mas essencial, a tireoide.

Localizada na parte inferior do pescoço, ela é responsável por produzir hormônios que regulam todo o metabolismo do corpo. Responsáveis, por exemplo, por garantir que órgãos como o coração e o cérebro exerçam suas funções de forma adequada. E, quando há uma superprodução ou quando ela não atinge a quantidade necessária, surgem os problemas, que podem variar e incluir, inclusive, um câncer. Os chamados distúrbios da tireoide afetam, em especial, as mulheres, com uma proporção que varia de 5 a 7 mulheres para cada homem. O câncer de tireoide também é mais frequente entre o público feminino. Segundo o

É uma verdadeira engrenagem. Dependendo da demanda do organismo, a produção hormonal pode aumentar ou diminuir.”

Ramona Reckziegel, endocrinologista

Em descompasso

Médico cirurgião de cabeça e pescoço, Dr. Marco Seferin explica que quando há alterações no funcionamento da tireoide, ela pode ocasionar o hipotireoidismo, quando a glândula produz menos hormônio do que o necessário, ou hipertireoidismo, quando há produção excessiva de hormônios, acelerando o metabolismo.

No primeiro caso, o metabolismo fica mais lento, gerando sintomas como cansaço, ganho de peso, intestino preso, queda de cabelo e pele seca. Já no hipertireoidismo, os sintomas incluem ansiedade, irritabilidade, tremores, perda de peso, insônia e aumento dos batimentos cardíacos.

O médico ainda cita nódulos que podem se formar na tireoide, sendo a maioria benignos. Mesmo assim, afirma haver uma preocupação crescente com o câncer de tireoide, cuja incidência tem aumentado nas últimas décadas.

O diagnóstico dos distúrbios da tireoide é feito principalmente por meio de exames de sangue, que avaliam os níveis de TSH

Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que cerca de 16,6 mil novos casos sejam diagnosticados por ano.

Segundo Seferin, parte desse crescimento se deve aos avanços no diagnóstico, com maior acesso a exames de imagem que conseguem detectar nódulos muito pequenos, antes despercebidos.

“Mas também existe a possibilidade de que fatores ambientais estejam contribuindo para esse aumento, embora não haja uma relação completamente estabelecida na ciência”, pontua o médico. Entre os fatores suspeitos, estão a exposição à radiação, histórico familiar e, em alguns estudos, até pesticidas e poluição.

O tipo mais comum de câncer de tireoide é o carcinoma papilífero, que costuma ter bom prognóstico e altas taxas de cura. Já tipos mais raros, como o carcinoma anaplásico, são mais agressivos.

“Curamos entre 95% e

99% dos casos, mesmo considerando pacientes com metástases. É uma taxa muito alta”, destaca o cirurgião.

Sinais

Entre os tipos de distúrbios, Seferin cita a tireoidite de Hashimoto como a causa mais comum de hipotireoidismo. Trata-se de uma doença autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca a tireoide, causando inflamação, destruição das células e, consequentemente, falha na produção dos hormônios. Além de afetar a função, essa inflamação também pode levar à formação de nódulos. Em todos os casos de distúrbios, a predisposição genética é um fator importante. “Sempre que a gente investiga, descobre

alguém na família que também teve problema na tireoide”, comenta o especialista.

O médico ainda afirma que o tratamento depende do tipo de alteração. As disfunções hormonais, por exemplo, são tratadas com medicamentos que repõem ou regulam os hormônios.

Já nódulos ou cânceres podem exigir cirurgia para remoção da tireoide. Para quem retira completamente a glândula, Seferin cita como principal mudança na vida, a necessidade de reposição hormonal diária.

“Nos primeiros dois meses, há um período de ajuste até encontrar a dose certa, mas depois disso a vida segue normalmente. É como quem tem pressão alta e precisa tomar remédio todos os dias”, compara.

A tireoide é uma das glândulas mais estudadas no mundo e os avanços tecnológicos têm permitido tratamentos cada vez mais precisos e individualizados, oferecendo mais segurança e qualidade de vida aos

Médico cirurgião de cabeça e pescoço, Dr. Marco Seferin alerta para os sintomas que podem aparecer na região do pescoço

“É uma engrenagem”

Aponte a câmera para o QR Code e confira o programa Saúde em Dia

Fique alerta aos sintomas

Hipotireoidismo

- Sentir-se constantemente cansado e com falta de energia;

- Ganho de peso sem explicação;

- Sensibilidade ao frio e dificuldade em manter a temperatura corporal;

- Mudanças no humor, depressão, irritabilidade e ansiedade;

- Pele seca e áspera, cabelos finos e quebradiços;

- Irregularidades menstruais em mulheres;

- Dificuldade para evacuar e prisão de ventre;

- Dores em músculos e articulações;

- Dificuldade em se lembrar de coisas e em focar.

Hipertireoidismo

- Perda de peso mesmo comendo em excesso;

- Aumento da frequência cardíaca e palpitações;

- Sentir-se agitado, nervoso e ansioso;

- Dificuldade em dormir e insônia;

- Sentir-se sempre quente e intolerância ao calor;

- Suor excessivo e aumento da transpiração;

- Dores e fraqueza nos músculos;

- Irregularidades menstruais em mulheres.

Nódulos na tireoide

- Sensação de caroços ou aperto no pescoço;

- Dor na região da frente do pescoço;

- Rouquidão, mudanças no timbre da voz ou dificuldade para engolir e respirar.

Curamos entre 95% e 99% dos casos, mesmo considerando pacientes com metástases." pacientes.

A médica endocrinologista Dra. Ramona Reckziegel, destaca que o equilíbrio da tireoide depende de uma comunicação precisa com o cérebro. Segundo a especialista, a hipófise, localizada na base do cérebro, produz o hormônio TSH, responsável por estimular a glândula.

“É uma verdadeira engrenagem. Dependendo da demanda do organismo, a produção hormonal pode aumentar ou diminuir”, ressalta a endocrinologista. Crianças também podem ser afetadas por disfunções da tireoide, em especial, pelo hipotireoidismo, que pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento se não diagnosticado a tempo. Por isso, a avaliação da função tireoidiana faz parte dos exames pediátricos de rotina, especialmente quando há sinais como atraso

no crescimento ou ganho excessivo de peso.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico dos distúrbios da tireoide é feito principalmente por meio de exames de sangue, que avaliam os níveis de TSH e dos hormônios T3 e T4. Exames de imagem, como ultrassonografia, também podem ser necessários para avaliar a anatomia da glândula.

O tratamento é simples, mas exige acompanhamento médico contínuo, conforme afirma Ramona. No hipotireoidismo, repõe-se o hormônio que falta. No hipertireoidismo, há opções que vão desde medicações que controlam a produção hormonal até tratamentos definitivos, como cirurgia ou iodoterapia.

Durante a gestação, o funcionamento da tireoide merece ainda mais atenção. Isso porque, até por volta da 18ª a 22ª semana, o feto não possui uma tireoide completamente desenvolvida e depende dos hormônios da mãe. “Se a mulher já tem uma glândula que não funciona tão bem, esse é o momento em que essas alterações podem aparecer ou se agravar”, explica a médica. Se identificado o hipotiroidismo durante a gravidez, é comum que a mulher precise de reposição hormonal temporária, já que a demanda metabólica é maior. “Após o parto, quando essa demanda diminui, muitas vezes não há mais necessidade da medicação”, explica. Já no caso do hipertireoidismo, pode ocorrer uma confusão hormonal natural causada pela semelhança estrutural entre o hormônio beta-HCG, típico da

manter a tireoide em bom funcionamento.

Segundo Ramona, a glândula depende de nutrientes como o iodo, presente no sal iodado, e o selênio, encontrado em alimentos como castanha-do-pará, frutos do mar e carnes. “Com uma alimentação equilibrada, conseguimos suprir essas necessidades”, explica. Suplementações específicas só são recomendadas em casos pontuais, sempre com orientação médica.

Marco Seferin, cirurgião de cabeça e pescoço

gestação, e o TSH, o que pode levar a alterações transitórias que, em geral, se resolvem de forma espontânea após o parto.

Boa alimentação

A especialista ainda destaca a importância de uma alimentação balanceada para

Os avanços no diagnóstico e tratamento são comemorados pelo médica. “Exames como a ecografia e as dosagens hormonais estão mais acessíveis e com custos menores, o que favorece o diagnóstico precoce e tratamentos mais eficazes”. Apesar dos cuidados, não há como prevenir os problemas da tireoide. Por isso observar os sinais do próprio corpo se torna uma ferramenta essencial para evitar complicaçoẽs mais graves e garantir qualidade de vida.

Inverno intensifica cuidados à saúde das crianças

ENVATO/REPRODUÇÃO

Especialista alerta para a prevenção, com vacina e higiene, e destaca a importância de estar atento aos sintomas virais

Achegada do inverno traz com ela consultórios lotados e a preocupação dos pais com os sintomas que afetam as crianças nesta época do ano. Entre os mais comuns, estão a tosse persistente, nariz escorrendo, dor de garganta e febre. Neste período, os vírus respiratórios se espalham

com mais facilidade e afetam, principalmente, o público infantil. “Quando um vírus ataca, ele não escolhe só um lugar. Pode começar com nariz escorrendo, mas também causar dor de garganta, dor no corpo, mal-estar, diarreia. É o corpo todo reagindo”, destaca a otorrinolaringologista Bruna Butzke.

Segundo a médica, a melhor forma de prevenção é a vacina que, muitas vezes, gera dúvidas e receio quanto aos efeitos do imunizante logo após a aplicação. “Isso é um mito. A vacina é feita com o vírus morto, incapaz de causar a gripe.

O que ela faz é preparar o organismo, diminuindo o risco de complicações e quadros

graves”, explica.

Além da vacina contra a gripe, Bruna alerta para a importância de manter todo o calendário vacinal atualizado. Outro imunizante destacado por ela é a vacina pneumocócica, que protege contra bactérias que causam pneumonias, otites e meningites. Ela destaca que algumas vacinas da rede pública não cobrem todos os tipos de bactérias circulantes, sendo recomendado, quando possível, buscar reforços na rede privada.

Atenção ao ouvido

Entre as complicações mais comuns dos quadros virais em crianças, está a otite, inflamação no ouvido. A médica explica que é preciso estar atento, já que nem sempre a criança vai reclamar de dor. “Tem bebês que ficam mais irritados, chorosos ou com febre sem motivo aparente. Já os maiores podem até conviver com a otite sem dor, mas desenvolvem acúmulo de secreção atrás do tímpano.” Esse acúmulo pode afetar, inclusive, o desenvolvimento da fala. “A criança aprende a falar a partir do que ela escuta. Se ela não escuta bem, começa a trocar letras ou atrasar a fala”, alerta.

Sintoma persistente

A tosse é outro sintoma comum no inverno. Bruna destaca que esse é um tipo de defesa das vias aéreas e que o importante, nesses casos, é entender as causas dessa manifestação.

“Não existe um xarope para tosse eficaz e seguro. O que precisa ser feito é descobrir a causa e tratar. Na maioria das vezes, nas crianças pequenas, a tosse vem de quadros virais, acúmulo de secreção no nariz ou alergias.”

Cuidados na estação

- Realizar lavagem nasal com soro fisiológico ou soro hipertônico, especialmente antes de dormir;

- Manter os ambientes arejados;

- Higienizar bem as mãos;

- Evitar uso de descongestionantes nasais e xaropes sem prescrição médica;

- Manter as vacinas em dia.

“Na maioria das vezes, nas crianças pequenas, a tosse vem de quadros virais, acúmulo de secreção no nariz ou alergias.”

Bruna Butzke, otorrinolaringologista

A lavagem nasal é, segundo a médica, o principal aliado no controle dos sintomas respiratórios. Mas ressalta: “A lavagem deve ser ensinada no consultório, não aprendida na internet, porque, se feita de forma incorreta, pode gerar outros problemas.”

Ela também faz um alerta sobre o uso de descongestionantes nasais, principalmente em gotas. “Esses medicamentos podem causar efeitos colaterais sérios, como intoxicação, aceleração dos batimentos cardíacos e, em casos extremos, levar até à internação em UTI.” Por isso, são contraindicados para crianças menores de 12 anos.

Tosse persistente, nariz escorrendo, dor de garganta e febre são alguns dos sintomas da estação

Nutrição oncológica: um suporte essencial ao tratamento do câncer

Écientificamente comprovado que um corpo bem nutrido responde melhor ao tratamento oncológico, conforme afirma a nutricionista

Luisa Arruda, especializada em nutrição clínica e oncológica.

Segundo a profissional, o acompanhamento nutricional especializado em oncologia contribui para uma melhor tolerância ao tratamento.

“A nutrição adequada pode reduzir efeitos colaterais, como fadiga, náuseas e perda de apetite, permitindo melhores desfechos clínicos”.

Além disso, contribui para a preservação da massa muscular que, por sua vez, melhora a resposta ao tratamento e reduz a fadiga associada ao câncer. Também favorece o fortalecimento do sistema imunológico.

“Pacientes bem nutridos apresentam menor risco de infecções e complicações hospitalares”, destaca Luisa. Outro benefício é a melhora na qualidade de vida, já que a nutrição adequada contribui para maior disposição, melhor recuperação e menor impacto dos sintomas.

Segundo a nutricionista, mais do que complementar, a nutrição oncológica é parte ativa do tratamento, que vai muito além das fases da quimioterapia ou radioterapia: começa já no preparo para cirurgias, segue durante o tratamento e se estende à

Mingau de aveia proteico

Ingredientes - 1 banana amassada ou 1 maçã ralada; - 2 colheres de sopa cheias de farelo de aveia ou aveia em flocos finos; - 1 xícara pequena de leite desnatado ou vegetal; - 15g de whey protein; - canela em pó à gosto.

Modo de preparo

Levar todos os ingredientes ao fogo (menos o whey), mexendo até cozinhar. Após o cozimento, adicione o whey mexendo até incorporar bem. Para adoçar, utilize um fio de mel se necessário.

recuperação. Nesse sentido, um ponto-chave é o consumo adequado de proteínas, fundamental para manter e recuperar a massa muscular.

“Tudo isso precisa respeitar a individualidade de cada paciente. Afinal, cada organismo responde de um jeito, e o plano alimentar deve refletir isso”.

APRESENTA

Leveza e sofisticação em um living integrado

Janaína Kuhn

Janaína Kuhn Arquitetura CAU A113104-4 @janainakuhn.arq (51) 99559-0595

Leveza, sofisticação e fluidez, sem perder a funcionalidade de um living integrado. Essa foi a premissa do projeto da arquiteta Janaína Kuhn. Segundo a profissional, os ambientes possuem composição espacial coesa e harmônica, marcada por uma paleta de cores neutra, combinada por tons off-white, areia e nuances amadeiradas, com materiais que reforçam a sensação de acolhimento e elegância. O layout foi pensado para promover o convívio familiar. Assim, há total integração entre a sala de estar, de jantar e espaço gourmet. No estar com TV, a escolha por revestimentos texturizados, como o painel com ripado e a pedra natural no volume da lareira, adiciona camadas à composição e confere detalhes ricos à uma base neutra.

Já o mobiliário solto, da Mari Perin e Finger Móveis Planejados, apresenta linhas orgânicas e proporções generosas, reforçando a proposta de bem-estar, conforto e permanência.

Segundo Janaína, a área gourmet se organiza a partir de uma grande ilha central, e, no entorno, são organizados utensílios e eletrodomésticos, além da churrasqueira, bar e cristaleira. Com amplas aberturas, a iluminação natural permeia os espaços. Para controle da incidência solar, os tecidos leves e fluídos das cortinas

dialogam com o restante dos elementos de projeto. À noite, é possível criar diferentes cenários a partir dos efeitos das luminárias, com destaque aos pendentes minimalistas sobre a mesa de jantar.

“A composição, em essência monocromática, traz uma atmosfera suave e atemporal, enquanto os pontos em pedra e madeira aquecem a cena com naturalidade e a vegetação pontual traz frescor e vida”, destaca a arquiteta. Segundo ela, o espaço é uma tradução do viver contemporâneo, acolhedor, funcional e esteticamente equilibrado.

PATROCINADORES

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