Líderes regionais aguardam para os próximos dias (ou horas) anúncio de nova ponte.
Quarta-feira, 21 maio 2025 | Ano 22 - Nº 3849 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)
Contaminação por esgoto mantém água ruim ou péssima
Projeto do A Hora analisa 23 pontos em 12 cidades do Vale. Resultados alertam sobre índice de poluição
OPINIÃO | VINI BILHAR
Protagonismo do BRICS
Volatilidade da economia dita ritmo de bloco formado por países emergentes.
NESTA EDIÇÃO
OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI Análise de projetos
Secretaria de Planejamento de Lajeado acelera a liberação de alvarás em 2025.
FUTURO DE ESTRELA
Doenças respiratórias avançam e pressionam hospitais
UTIs lotadas e baixa vacinação forçam Estado a decretar emergência em saúde por 120 dias
O número de internações por doenças respiratórias cresce no Vale do Taquari e no RS. No Hospital Bruno Born, em Lajeado, sete pacientes estão na UTI com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cinco deles crianças. A vacinação contra a gripe segue abaixo dos 30% na maioria
Construção
dos municípios. Em Teutônia, os óbitos por doenças do tipo dobraram em maio. Com superlotação em hospitais da Região Metropolitana, o Estado decretou emergência em saúde pública. A tendência é de aumento nos casos nas próximas semanas, alerta a Secretaria de Saúde. PÁGINA | 3
O primeiro lote de casas definitivas com recursos do governo gaúcho começa a sair do papel. São moradias no bairro São Bento, do programa A Casa é Sua - Calamidades. Na região, moradores cobram mais agilidade. Já as entregas de imóveis da União pelo Compra Assistida chegam ao contrato de número 500.
Área totaliza 1,3 mil metros quadrados. Município ainda aguarda avanço dos projetos federais
VALE DOS ALIMENTOS Novos planos à Polar e ao Porto Jornada traça futuro do setor
PÁGINA | 10
Intenção é transformar espaços em polo gastronômico e parque de aventura.
Evento técnico com mais de 30 palestras segue até amanhã no CTC, em Lajeado.
PÁGINA | 7
ABRE ASPAS
Negligência
OVale do Taquari enfrenta uma escalada de síndromes respiratórias e isso não pode ser chamado de surpresa. É o resultado do período do ano, mas, em especial pela falha coletiva: a baixa adesão à vacina.
Enquanto as UTIs enchem-se de crianças e de idosos, os números revelam uma verdade incômoda: menos de 30% de cobertura vacinal é mais do que uma estatística – é a evidência de uma falha coletiva. Não há explicação que justifique tamanha negligência em meio a um cenário de alerta em saúde pública.
“Menos de 30% de cobertura vacinal é mais do que uma estatística – é a evidência de uma falha coletiva.”
Só para se ter uma ideia, no Hospital Bruno Born, maior da região, houve um aumento de 23% nos atendimentos respiratórios em um mês, com sete pacientes na UTI. Em Teutônia, as mortes por complicações pulmonares mais que dobraram. Venâncio Aires soma 26 internações apenas em maio. E a tendência, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, é de piora nas próximas semanas. Diante disso, o decreto de emergência assinado pelo governo gaúcho chega com a crise já instalada.
O que torna essa situação frustrante é que poderia ser evitada. A vacina contra a influenza está disponível desde o início de abril. O inverno ainda não começou oficialmente, e os vírus respiratórios seguem em circulação. Há tempo, ainda que curto, para evitar que junho e julho se tornem meses de colapso. Basta que autoridades e cidadãos tratem a prevenção com a urgência que ela merece.
Filiado à
Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104
51 3710-4200
Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke
Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
“O mais gratificante é ver a alegria com que os cães chegam”
Atualmente com 58 “aulunos”matriculados semanalmente, a Pet House foifundadaem2019por LucasRodrigueseMichele Henrich.Ideiasurgiua partirdedemandasque o casal enfrentava com seuspróprioscãesepelo amorquesentiampelos animais, Além de creche o estabelecimento conta com adestramento, hospedagemebanhoe tosa.
Carol Aroldi centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Como surgiu a ideia de ingressar no mercado pet?
Como todo pequeno empreendedor, nosso negócio surgiu a partir de uma “dor” que tínhamos e da paixão pelos animais. O que antes era pensado para ser uma revenda de máquinas agrícolas se transformou na Pet House. Primeiramente, sempre tivemos cães grandes e havia dificuldade em encontrarmos locais que os atendessem bem e os deixassem como esperávamos. Decidimos fazer cursos e abrir o nosso banho e tosa, após isso, um de nossos cães precisou de adestramento pois estava tendo muitos problemas com os cães menores, ele foi, e ao retornar para casa voltou robotizado e pouco obediente sem guia, na tentativa de entender melhor esse processo fomos em busca de aperfeiçoamento e ingressamos no ramo de adestramento também.
Qual o maior desafio de empreender nessa área?
Conscientizar os tutores de que os cães possuem necessidades diferentes de nós humanos, eles precisam ser
cachorros e exercitar seus instintos para serem realmente equilibrados e tranquilos.
Como são escolhidas e formuladas as atividades que são realizadas com eles?
Sempre pensamos em atividades que estimulem os instintos, para que possam expressar aqui o que não podem fazer em suas casas e apartamentos, promovendo assim o bem-estar e o gasto de energia de forma assertiva e eficaz.
No adestramento, o comportamento do dono tem influência sobre como o pet irá reagir e compreender os comandos?
Sim, aqui ensinamos a eles os comportamentos que precisam ter, mas no processo de aprendizagem comportamental, se o tutor não se comprometer com os treinos não conseguiremos ter resultados realmente consolidados, pois o cachorro entende a postura e energia de quem está no comando no dia a dia.
Como a humanização dos pets tem influenciado nesse processo?
Gostamos sempre de lembrar que sim, os cães são nossos filhos, mas não são como crianças, possuem necessidades diferentes. Quando tratamos eles como humanos
causamos uma confusão, pois estamos forçando comportamentos que não são de sua natureza, ocasionando problemas como ansiedade e outras questões comportamentais que prejudicam muito a convivência entre os pets e os seres humanos.
Precisamos proporcionar a eles atividades que os aproximem de suas origens como roer, farejar, cavar, correr, o que acaba sendo difícil de fazer na rotina em casa, por isso, as creches estão se tornando essenciais em sua rotina.
O que torna essa atividade gratificante e qual o maior aprendizado que obtiveram trabalhando com animais?
O mais gratificante é ver a alegria com que os cães chegam, seja quando buscamos em casa ou quando são trazidos pelos tutores, eles amam estar conosco, amam o nosso espaço. Outro fator gratificante é quando podemos melhorar a vida deles juntamente com seus donos. Já tivemos vários casos em que estavam pensando em doar o animalzinho e depois do nosso trabalho desistiram. Ver a alegria dos tutores quando o pet melhora o comportamento também nos move diariamente. O maior aprendizado é que apesar de focarmos muito no bem-estar dos pets, o nosso trabalho é sobre famílias, sobre cuidar não só dos cães mas também daqueles que os escolheram.
FAÇA SUA
ASSINATURA
ALDO LOPES
Atendimentos por síndromes respiratórias crescem 23% em maio
Hospital Bruno Born tem sete pacientes na UTI por SRAG. Cinco são crianças. Nos maiores municípios da região, cobertura vacinal fica abaixo dos 30%. Superlotação em casas de saúde obriga Estado a decretar situação de emergência
Oavanço de doenças respiratórias pressiona a rede pública de saúde na região. Só em Lajeado, a procura por atendimento ambulatorial aumentou 23% entre abril e maio no Hospital Bruno Born. Conforme a casa de saúde, são sete pessoas internadas na UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo cinco crianças.
A baixa cobertura vacinal agrava o cenário: menos de um terço do público-alvo foi imunizado contra a gripe. O cenário ainda é mais preocupante quando se avalia o Rio Grande do Sul. Na Região Metropolitana e na capital, a superlotação de hospitais motiva o governo estadual a decretar situação de emergência por 120 dias.
Entre os sintomas mais comuns relatados nos atendimentos estão febre, tosse e dificuldade respiratória. Segundo a Secretaria da Saúde de Lajeado, ao menos 13 lajeadenses estão hospitalizadas
por SRAG. Três óbitos de moradores da cidade já foram confirmados em 2025.
“Todos os serviços estão com demanda aumentada, especialmente a urgência e a internação pediátrica”, alerta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado, Juliana Demarchi. Ela reforça que a vacina contra a gripe “não elimina todos os vírus respiratórios, mas reduz os riscos de internações e complicações graves”.
Na Unidade de ProntoAtendimento (UPA), a média de atendimentos diários totais (incluindo outras doenças) subiu de 280 para 302 neste mês. Nos postos de saúde, o total saltou de 15,2 mil em abril para 16,9 mil até a segunda-feira, 19 de maio.
Baixa vacinação
Nos sete maiores municípios do Vale do Taquari, a média de cobertura vacinal contra Influenza é de 29,6%, conforme acompanhamento do Ministério da Saúde. Em Lajeado, o índice é de 30,6%, mesmo com mais de 24 mil pessoas incluídas no grupo de risco. Em Arroio do Meio e Encantado, os números não passam de 27%.
Em Venâncio Aires, o Hospital São Sebastião Mártir soma 26 internações por SRAG em maio. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, apenas 29,5% do públicoalvo recebeu a dose da vacina. Relatório da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), há pelo menos quatro vírus em circulação simultânea, como Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza A (H1N1), Covid e Rinovírus.
Rede de saúde
(atendimentos e ocupação)
Hospital Bruno Born
Internações por SRAG (Síndrome
Respiratória Aguda Grave)
Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Total de pacientes internados: 7
5 crianças
2 adultos
Em observação
7 adultos internados
Aumento na procura por atendimento ambulatorial
Comparação entre abril e maio: crescimento de 23%
UPA Lajeado
Março: 9.069 (média de 293 pacientes/dia)
Abril: 8.403 (média de 280 pacientes/dia)
Maio (até 19/05): 5.736 atendimentos (média de 302 pacientes/dia)
Hospital São Sebastião
Mártir (Venâncio Aires) Internações
Abril: 29
Maio (até dia 15): 26
Hospital Ouro Branco (Teutônia)
Casos graves e transferências para UTI
Abril: 3 pacientes
Maio (até ontem, 20 de maio): 3 pacientes
Óbitos por doenças respiratórias
Abril: 3 pacientes
Maio: 7 pacientes
Internados em 20 de maio
Adultos: 5 pacientes
Crianças: 3 pacientes
Vacinação no Vale
*Relatório do Ministério da
(disponível em: infoms.saude.gov.br)
Sete maiores municípios
Doses aplicadas: 23,4 mil
Cobertura vacinal geral: 29,6%
Percentual cobertura vacinal dos grupos prioritários (idosos, crianças, doentes crônicos e gestantes)
Óbitos em Teutônia
A coordenação da emergência do Hospital Ouro Branco alerta para aumento nos atendimentos e internações por infecções como gripe, bronquiolite e pneumonia. Conforme o médico Fábio Cardoso, o número de óbitos por infecções respiratórias mais que dobrou em maio. Foram sete mortes neste mês, contra três em abril.
Até ontem, 20 de maio, haviam oito pacientes internados com quadros respiratórios graves: cinco adultos e três crianças. “O cenário é preocupante. Hoje, as doenças respiratórias figuram entre os dois principais motivos de atendimento na nossa emergência. E com uma gravidade crescente”, alerta o médico.
Risco de mais contágios
A Secretaria Estadual da Saúde prevê aumento de casos nas próximas semanas. A orientação aos municípios é reforçar a imunização e manter ações preventivas, como ventilação em ambientes fechados, higienização das mãos e evitar contato com pessoas sintomáticas. Para a população, o apelo é direto: procurar atendimento médico em caso de febre persistente ou dificuldade de respirar.
Saúde
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
NOVA PONTE SOBRE O RIO TAQUARI Aumenta
expectativa por aval (e aporte) do Estado
Lrodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
- Empresário do ramo de eventos deve investir em área próxima ao Parque Ney Arruda, no centro de Lajeado, e quase às margens do Rio Taquari. A ideia é criar um complexo resiliente de lazer e gastronomia, com ferramentas para mitigar os efeitos das enchentes.
íderes regionais aguardam para os próximos dias (ou horas) a confirmação, por parte do governador Eduardo Leite (PSD) e do vice-governador Gabriel Souza (MDB), do aporte necessário à construção de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, entre os municípios de Estrela e Cruzeiro do Sul. A obra está orçada em R$ 280 milhões e
o projeto foi protocolado faz algumas semanas junto ao Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul, o Funrigs. A proposta é criar uma rota alternativa à BR386, e garantir mais um eixo de conexão entre os vales do Taquari e Rio Pardo com a Serra Gaúcha. Um projeto regional audacioso, visionário, e com a capacidade de revolucionar a logística regional e estadual, criando novos
Turismo de eventos (e negócios)
O programa Frente e Verso desta quarta-feira visita o aconchegante salão social do Clube Tiro e Caça (CTC) para acompanhar a 6ª edição da Jornada Técnica do Setor Alimentício, que iniciou ontem e se encerra amanhã. Um evento técnico e propositivo que deve atrair mais de mil visitantes de diversas partes do país. É o chamado
“turismo de eventos”, ou “turismo de negócios”. Uma vocação lajeadense que inclusive pode ser melhor aproveitada em um futuro próximo. Só para o leitor ter uma ideia, a organização da Jornada da Alimentação realizou levantamento com seis hoteis de Lajeado. Só um relatou 75% de ocupação. Os demais estão lotados entre terça e quinta-feira.
polos de negócios, encurtando distâncias viárias e revigorando comunidades duramente atingidas pelas recentes tragédias climáticas. Acima de tudo, e isso não diminui a importância das decisões políticas, o provável aporte do governo está balizado em argumentos técnicos e estratégicos. Não é custo aos cofres públicos. É investimento.
Conferência das Cidades em Lajeado?
Alô governo municipal, entidades e sociedade civil como um todo em Lajeado: o município pode e deve se prontificar a receber uma etapa municipal da Conferência das Cidades, um movimento capitaneado pelo Ministério das Cidades para promover a mobilização e a participação da sociedade no ciclo de conferências estaduais e, por fim, da 6ª Conferência Nacional das Cidades, agendada para outubro de 2025, em Brasília. A fase nacional coloca em perspectiva a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) em busca de cidades mais inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social. E todos podem participar com ideias, sugestões, projetos, movimentos e afins.
- Aliás, há outros interessantes empreendimentos surgindo às margens do Rio Taquari, em Lajeado. Na Rua Bento Rosa, por exemplo, está em construção uma nova marina. E também foi inaugurado um espaço de paintball junto ao prédio de uma empresa atingida pela enchente.
- A cidade de Encantado celebra a fundação do Lions Clube Encantado. A assembleia festiva ocorre nesta sexta-feira, às 19h, no espaço Multiverso do Boulevard Encantado, no caminho para o Cristo Protetor. O novo Lions tem como clube padrinho o Lions Clube Esteio Centro.
- Em Teutônia, a empresa DG Participações e Construções venceu a licitação para construir a ponte sobre o Arroio Boa Vista, na Linha Pontes Filho, em uma área de 255 m². O recurso de R$ 1,6 milhão é da Defesa Civil Nacional e do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
“Não anuência”, audiência e ofícios sobre pedágios
O tema “pedágios” tem gerado debates e comentários acalorados. E é natural que seja assim. Tratamos de um projeto de concessão para os próximos 30 anos e isso vai impactar outras gerações. Portanto, e por óbvio, o tema divide opiniões, certezas absolutas, e chegou com tudo aos plenários legislativos do Vale do Taquari. Em Lajeado, por exemplo, a câmara deve votar na próxima sessão o PL que declara a “não anuência do Município de Lajeado à instalação de pedágios no sistema “free flow” nas rodovias estaduais que cortam o município”. Ou seja, um ato simbólico contra eventuais cobranças automáticas e sem cancelas de pedágio em solo
lajeadense. O mesmo Poder Legislativo anunciou a realização de audiência pública no dia 2 de junho para debater o tema. Devem ser chamados alguns deputados estaduais e federais, além de líderes regionais. Já em Encantado, o vereador Cris Costa (PSDB) encaminhou ofício à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e ao Ministério Público para cobrar soluções às filas registradas na praça de cobrança manual da ERS-129. Segundo ele, a inauguração do Cristo Protetor alterou o cenário e o fluxo na estreita rodovia. Costa pede intervenção e sugere, inclusive, a abertura das cancelas em momentos de alto fluxo.
Novas conexões em Estrela
O governo da primeira prefeita da história de Estrela quer reconectar a cidade interna e externamente. Além da proposta de um anel viário para conectar os vales do Taquari e Rio Pardo com a Serra Gaúcha por meio da nova ponte sobre o Rio Taquari (ligação com Cruzeiro do Sul) e a duplicação da Trans-Santa Rita, a administração municipal
segue na luta para a construção de um túnel sob a BR-386 para acesso ao bairro Pinheiros, e também inicia um movimento para criar uma ligação viária entre os bairros das Indústrias e o Boa União, nas proximidades do Superporto e do viaduto da rodovia federal, quase junto aos trilhos abandonados da Ferrovia do Trigo.
HABITAÇÃO
Inicia construção de moradias com recursos do governo gaúcho
São dez casas no bairro São Bento, em Lajeado. Área totaliza 1,3 mil metros quadrados. Município ainda aguarda avanço dos projetos federais. Em Arroio do Meio, moradores cobram agilidade
Um ano após a catástrofe climática, começa a sair do papel o primeiro lote de casas definitivas financiadas com recursos públicos em Lajeado. As moradias integram o programa
A Casa é Sua – Calamidades, do governo do RS, e serão construídas no bairro São Bento, em uma
área de 1,3 mil metros quadrados na rua Orlando Sieben.
O município fez a preparação do terreno e agora a empresa responsável começa a execução das obras. A ordem para início dos trabalhos havia sido assinada em fevereiro, durante visita do governador Eduardo Leite ao Vale.
Todas as famílias cujo imóvel foi demolido ou condenado e que aguardam a execução dos projetos habitacionais estarão amparadas pelo aluguel social calamidade até a conclusão dos processos administrativos, técnicos e a entrega das novas moradias”
A empresa KMB, de Gravataí, está a cargo da construção das residências.
As moradias terão 44,33 metros quadrados de área construída, sala e cozinha conjugadas, além de banheiro e dois dormitórios. Todas serão feitas com painéis de concreto pré-fabricado. O programa estadual ainda prevê mais 20 casas definitivas para Lajeado, que serão erguidas no bairro Das Nações. Os lotes já estão em processo de adequação e preparação.
Além destas casas, está em andamento também, no vizinho
bairro Floresta, a construção das casas vinculadas ao projeto “Uma Casa por Dia”, idealizado pela Agência de Inovação e Desenvolvimento Local (Agil). Outras seis já haviam sido entregues. Para Lajeado, está prevista a construção de quase 400 moradias. A maior parte delas são referentes aos programas Minha Casa, Minha Vida Faixa 1 e Calamidade. Há também projetos cadastrados junto à Defesa Civil Nacional, iniciativa privada e, ainda, a assinatura de contratos do Compra Assistida.
Demanda local
Secretária Municipal do Desenvolvimento Social, Eliana Ahlert Heberle afirma que a demanda de Lajeado é por 400 moradias. Segundo a titular da pasta, todos os cadastros encaminhados ao
Governo Federal estão em análise para verificar, primeiramente, a elegibilidade das famílias no Programa Compra Assistida. Conforme Eliana, após essa etapa, será possível mapear as demandas habitacionais e encaminhar, aos demais programas, aquelas famílias que não se enquadrem no Compra Assistida ou que tenham dificuldades na busca de imóveis pelos critérios exigidos.
“Todas as famílias cujo imóvel foi demolido ou condenado e que aguardam a execução dos projetos habitacionais estarão amparadas pelo aluguel social calamidade até a conclusão dos processos administrativos, técnicos e a entrega das novas moradias”, destaca a secretária.
500º CONTRATO
Dois atos relacionados ao programa Minha Casa, Minha Vida Reconstrução ocorrem na manhã de hoje, com a assinatura simbólica do 500º contrato no Vale. O primeiro, às 9h, será com beneficiários de Estrela e Cruzeiro do Sul, na sede da Cacis. Já o segundo, às 11h, será com moradores de Arroio do Meio e Roca Sales, no Clube Esportivo Navegantes. As solenidades são promovidas pela Secretaria de Apoio a Reconstrução do RS e Caixa Econômica Federal.
Pressão em Arroio do Meio
Uma das cidades com maior demanda para novas moradias na região é Arroio do Meio. No domingo, 18, um grupo de moradores do bairro Navegantes, incomodados com a morosidade no processo, se reuniu para cobrar mais agilidade do Poder Público. Mais de 500 famílias foram afetadas pelas enchentes de 2023 e 2024.
Durante o encontro, um documento com 17 questionamentos foi entregue aos vereadores presentes e ao prefeito Sidnei Eckert. A principal preocupação dos moradores diz respeito à moradia definitiva e à destinação dos recursos anunciados para a reconstrução.
Conforme o prefeito, diversos projetos estão em tramitação. No entanto, o andamento depende de processos burocráticos, como a desapropriação de uma área no bairro Medianeira, sinalizada como local para a construção de novas casas. Outro entrave diz respeito à liberação de R$ 55 milhões referentes à enchente de setembro de 2023.
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Ao todo, município será contemplado com 30 casas pelo projeto do Estado
GABRIEL SANTOS
6ª EDIÇÃO
Segundo dia de evento discute segurança de alimentos
Jornada Técnica do Setor Alimentício iniciou na noite de ontem e segue com programação até quinta-feira, 22, no Clube Tiro e Caça, em Lajeado
LAJEADO
Ofuturo da alimentação de forma saudável e consciente é um dos temas debatidos durante a 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício, que iniciou na noite de ontem, 20. O evento é uma iniciativa da Acil, e ocorre no Clube Tiro e Caça (CTC), em Lajeado, com programação até quinta-feira, 22.
A abertura da jornada contou com a palestra do co-fundador do Nutri Ingredients Summit (NIS), Adriano Pegorelli, com o tema “O futuro da saudabilidade: o que vem por aí?”. A abordagem foi um resumo do que o público vai conferir em toda a programação. Nesta quarta-feira, 21, segundo
dia de evento, os inscritos participam do XXI Workshop em Alimentos, além do III Seminário de Qualidade e Segurança em Alimentos, e do V Meeting Empresarial. Já na quinta-feira, ainda ocorre o II Seminário de Inovação e o III Seminário de Carnes e Derivados.
Maior evento do segmento do Sul do país, a 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício espera mais de mil pessoas. A iniciativa reúne 30 palestras com temas atuais, pesquisas e tendências do segmento, além da presença de 50 marcas fornecedoras, de empresas regionais a multinacionais.
O evento conta com apoio do governo de Lajeado e tem parceria dos Grupos Técnicos em Alimentos (GTA) e em Proteína Animal (GTPA).
Evolução do setor
Com o tema “Abrindo portas para novos rumos”, a programação tem como foco a necessidade do setor se manter em constante evolução, adotando métodos de produção
que entreguem diferenciais ao consumidor.
A jornada é voltada ao conhecimento técnico, com foco em qualidade, segurança e processos de compras. Além disso, busca aproximar empresários industriais e demais interessados do setor aos fornecedores, com oportunidades de networking e acesso a novidades em diversas áreas da indústria.
A expectativa é que 25% dos participantes sejam de fora do Rio Grande do Sul, com representantes de estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais e Brasília.
Neste ano, vamos apresentar as nossas tecnologias e soluções inovadoras voltadas para o processo de higienização da indústria de alimentos, com foco principal na etapa de sanitização do processo”
BRANDT
SUPERVISOR TÉCNICO DE HIGIENIZAÇÃO INDUSTRIAL DA LAUNER QUÍMICA
Inovação
A Launer Química, de Estrela, é uma das empresas que expõem produtos durante a jornada. A marca está presente no evento com a Linha de Higienização Industrial, com detergentes ácidos, detergentes alcalinos, detergentes alcalinos clorados, sanitizantes, produtos para tratamento de carretilhas e itens para barreira sanitária.
Para o supervisor técnico de higienização industrial da Launer Química, Cassiano Brandt, participar do evento é importante para estreitar relações com parceiros atuais e criar novas conexões.
“Neste ano, vamos apresentar as nossas tecnologias e soluções inovadoras voltadas para o processo de higienização da indústria de alimentos, com foco principal na etapa de sanitização do processo”, reforça.
Outra empresa presente na jornada é a Capsexpress Indústria
Para participar
Para participar da Jornada, ainda há ingressos disponíveis de forma presencial nos dias de evento. O ingresso, no valor de R$ 220, pode ser adquirido junto ao acesso principal.
Programação
21/05 – Workshop em alimentos, a partir das 8h
21/05 – Seminário segurança de alimentos, a partir das 8h 21/05 – Meeting empresarial, a partir das 8h
22/05 – Seminário de Inovação, a partir das 8h 22/05 – Seminário de carnes e derivados, a partir das 8h
Salão do expositor com visitação gratuita
21/05 das 9h às 19h30min 22/05 das 9h às 17h
Jornada em número
30 palestrantes 50 expositores
Expectativa de 1 mil pessoas
de Suplementos, também de Estrela, que leva ao salão de exposições, materiais de soluções para terceirização de suplementos alimentares, especialidade da marca.
Além disso, o empreendimento leva a linha própria de nutracêuticos, com a marca Bioterah, disponível na Amazon, Mercado Livre e site próprio. “Ter acesso a fornecedores e parceiros internacionais, algo que normalmente só encontramos em grandes feiras de São Paulo, mostra a força e o potencial da nossa região”, destaca o diretor da Capsexpress, Vinicius Guzzo. O profissional acredita que o evento possa se consolidar como um polo de negócios e inovação no setor.
CASSIANO
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
Maior evento do segmento do Sul do país, a 6ª Jornada Técnica do Setor Alimentício espera mais de mil pessoas
FOTOS BIBIANA FALEIRO
A iniciativa reúne 30 palestras com temas atuais, pesquisas e tendências do segmento
VINI BILHAR
Obloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — os BRICS — vem ganhando protagonismo na redefinição da ordem mundial. Antes vistos apenas como mercados emergentes, os países do grupo têm fortalecido sua atuação política, econômica e diplomática, desafiando a hegemonia das potências ocidentais. Com a entrada recente de novos membros, como Arábia Saudita e Irã, o bloco consolida um novo eixo geopolítico. A atuação conjunta em fó-
runs internacionais, a criação de instituições como o Novo Banco de Desenvolvimento e a defesa de uma ordem multipolar evidenciam a busca dos BRICS por maior representatividade nas decisões globais. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB médio do grupo deve alcançar 3,4% em 2024, superando a média mundial de 2,8%. No acumulado do ano, o crescimento do bloco foi de 4%, frente a 3,3% no cenário global. Em paridade de poder de compra (PPC), a participação dos BRICS
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
BRICS: distância geográfica e proximidade econômica Forla lança lentes Mormaii com foco
na economia mundial saltou de 40% em 2023 para uma projeção de 41% em 2024.
A influência também se estende à educação: a UFSM teve proposta selecionada pela Brics Network University, conforme divulgado pela Capes. Ainda que separados por oceanos e continentes, o fortalecimento da relação política e econômica acabam nos aproximando de novos mercados. Ainda que haja um alinhamento político, pelo menos momentâneo, a volatilidade da economia continua ditando o ritmo da parceria.
Empresas do Vale do Taquari presentes na FIEMA 2025
Com foco na renovação e soluções sustentáveis, a 10ª Fiema Brasil começou ontem e se estende até amanhã, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves. Realizada pela Proamb, a feira reúne 130 marcas e promove debates sobre inovação ambiental. Empresas da região, como Folhito, Geoambiental, Univates e Energia Própria, marcam presença. Esta última apresenta seu novo foco: a mobilidade elétrica. Além de já contar com uma estação de recarga em Arroio do Meio, a empresa anuncia investimentos em estações de recarga rápida. Segundo o diretor Guederson, uma recarga de 20 minutos pode ser suficiente para viagens entre Lajeado e Porto Alegre.
A Forla, empresa de Lajeado reconhecida no setor óptico, firmou parceria com a marca de surfe Mormaii para lançar uma nova linha de lentes. O produto foi apresentado nesta semana em Criciúma (SC), em evento exclusivo no Complexo Let’s Drop. A noite contou com convidados, sorteios, transmissão ao vivo e simulador de surfe, destacando o espírito esportivo da novidade. As lentes Mormaii unem tecnologia, conforto e estilo, com proposta voltada a um estilo de vida mais saudável. Após o lançamento em Santa Catarina, o produto será apresentado em Pelotas no dia 27 de maio e, em junho, em São Paulo.
• Gripe aviária - O governo brasileiro solicitou à China que restrinja o embargo ao frango brasileiro apenas ao município de Montenegro (RS), onde foi identificado um foco de gripe aviária. O pedido foi feito oficialmente nesta segunda-feira (19) à Administração Geral das Alfândegas chinesa, responsável pela regulação do comércio internacional no país.
A camurça do Vale que conquistou o mundo
Curtume Rusan se destaca internacionalmente com exportações para os cinco continentes. Material produzido na fábrica é voltado, principalmente, para calçados, bolsas e artigos de moda
Oque começou de forma quase artesanal se transformou em uma das maiores referências em camurça bovina do mundo. Reconhecida por marcas internacionais e presente em cinco continentes, a trajetória do Curtume Rusan iniciou em 1985, quando Rubem Koefender, queria mais do que comercializar couros, mas sim ter um negócio próprio. Na época, consertar sapatos com sola de couro era comum, o que criava uma demanda local constante. A partir disso, nasceu a ideia de produzir a camurça em pequena escala. E desde o início, a prioridade foi a qualidade, característica que a destacou no mercado. Com essa diretriz, a Rusan se especializou exclusivamente na produção de camurça bovina, utilizando matéria-prima selecionada do Brasil, da Argentina e do Uruguai. O primeiro espaço do curtume foi construído na divisa de Lajeado com Cruzeiro, em um terreno que era parte do antigo sítio da família. Com o crescimento do negócio, Rubem negociou com a mãe e os irmãos e adquiriu toda a área, onde hoje funciona a sede do curtume.
“Pouca gente sabe disso, mas o Rusan quase se chamou Esquilo, por fazer alusão a um pequeno
animal, mas trabalhador. Por fim, o nome surgiu da junção do meu (Rubem) com o da minha esposa (Sandra)”, lembra Rubem.
O material produzido pela Rusan é destinado à fabricação de calçados, bolsas e artigos de moda, com destaque para linhas especiais como a Camurça Viena, voltada ao mercado externo e ao público feminino. Ainda assim, o principal segmento atendido pela empresa é o esportivo. Para conquistar grandes marcas internacionais, como a Nike, a diretora Camila Koefender destaca que foi essencial alcançar os rigorosos padrões do Leather Working Group (LWG), certificação que avalia práticas ambientais e de responsabilidade na indústria do couro.
“No final de 2011 fomos auditados, conseguimos ser selo bronze na época. Com essa certificação começamos a entrar no mercado de marcas internacionais. Mas desde 2017 somos ouro e seguimos com a medalha, o que nos proporciona trabalhar com as marcas mais exigentes do mercado”, conta.
Tecnologia e consciência ecológica
Além da alta qualidade, a empresa se destaca pelo compro-
ENTREVISTA
“Família Koefender está envolvida há 115 anos com histórias em curtume”
Wink - A família Koefender sempre teve muitos negócios na área de curtume. Tem alguma explicação para se dedicarem a este modelo de negócio?
Rubem - Acho que a família Koefender está envolvida há 115 anos com histórias em curtume. O curtume Koefender, localizado no Morro 25, em Lajeado, deve ter entre 70 e 80 anos, época em que nosso avô veio e começou. É uma história longa, mas como iniciou esse envolvimento, não sabemos dizer. É interessante que quase todas as cidades do nosso estado começam ao redor de um curtume. Esse modelo é pioneiro em muitos sentidos porque, no interior, quando se começava uma pequena comunidade sempre tinha alguém que se dedicava a isso. E a nossa família começou por aí.
Wink - O que tu fazia antes?
Harvard Business Review Manual de Empresas
Familiares - por Josh Baron & Rob Lachenauer
Este livro traz uma nova perspectiva sobre as causas do sucesso e do fracasso de empresas familiares. Ele ajuda famílias a tomarem boas decisões em conjunto e orientapasso a passo - o gerenciamento de mudanças. Questões-chave sobre patrimônio, específicas às empresas familiares e essenciais para o seu negócio também são abordados por Josh Baron e Rob Lachenauer. Este é um guia completo para ajudar a construir, expandir e preparar empresas familiares para prosperar por gerações.
Rubem - Antes de eu começar o curtume, também era comerciante. Na época, chegar com uma carga de 500 kg ou 1 mil kg não dava o poder de barganha no negócio. Mas ao obter 10 mil kg, aí mudava. Eu juntava de um e outro e quando tinha uma carga boa, começava a negociar. Depois que comecei o Curtume Rusan, ainda comercializei um pouco, mas logo depois me envolvi diretamente nas outras atividades.
Camila, tu fazia o que antes do curtume?
Camila - Estudei na Unisinos, em São Leopoldo, onde fazia Comércio Exterior. Sempre gostei dessa parte de negociação e me interessava muito por línguas, tinha inglês fluente e logo comecei o espanhol. Na época da Unisinos, eu morava em Porto Alegre. Mas quando fui para lá, meu pai disse uma coisa: “filha minha não vai morar em Porto Alegre só estudando, tem que trabalhar”.
misso ambiental. Todo o processo de curtimento é feito com tecnologias modernas, que reduzem o uso de água, tratam resíduos e evitam passivos ambientais. O curtume opera com laudos técnicos atualizados e cumpre rigorosamente as exigências legais e ambientais do setor. Ao exportar para os cinco conti-
Então, desde sempre busquei algo. Comecei com uns estágios e depois me aprimorei na parte do Comércio Exterior e trabalhei em uma seguradora internacional e um trade de carne congelada. Estava bem nos negócios. Eu tinha 23 anos quando o pai me disse que precisava de ajuda e queria passar o negócio para alguém. Voltei em 2011.
Em algum momento tinha a possibilidade de tu não seguir no curtume ?
Camila - É complicada essa pergunta, porque, ao mesmo tempo que tenho total liberdade com o pai em dizer que não quero, tinha muito medo de decepcioná-lo. Então, posso dizer que foi um desafio pessoal. No final, acabei gostando. Não são tudo flores, mas é legal.
Uma família sempre precisa ter equilíbrio. A Sandra, tua esposa, também se envolveu no negócio. Como vocês administram o equilíbrio negócio X família?
Rubem - Quando a Camila veio trabalhar comigo, a Sandra já não atuava mais no curtume. E as coisas foram acontecendo ao natural. Mas sobre a Camila vir para o curtume, eu nunca disse para ela “tu tem que ficar aqui”. Falei que havia uma oportunidade e que o pai não ia continuar a vida toda aqui. Mostrei as possibilidades.
nentes, a Rusan é hoje considerada exemplo de como aliar tradição, inovação e o cuidado com o meio ambiente, para alcançar o mercado global.
CAMILA E RUBEM KOEFENDER • Proprietários do Curtume Rusan
DEIVID TIRP
Jessica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br
Camila e Rubem Koefender participaram do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 19
ANTIGA POLAR E PORTO
Estrela projeta polo gastronômico e parque de aventura
Prédio histórico de 113 anos deve abrigar cerca de 80 negócios. Zona portuária vai passar por adaptações com recursos do Badesul
Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
ESTRELA
Ogoverno de Estrela planeja transformar a antiga Cervejaria Polar em um polo de cultura, inovação e gastronomia. Hoje utilizada como sede de algumas secretarias municipais e como depósito, a área é vista pela administração como um espaço com grande potencial a ser explorado.
Segundo a prefeita Carine Schwingel, a recuperação do prédio e a instalação de equipamentos devem demandar cerca de R$ 32 milhões, com recursos previstos via Funrigs. “O governador assumiu esse compromisso conosco. E, se não for por meio do fundo, será por outra oportunidade”, destaca.
Pensar no per l de negócio adequado e nas possibilidades de uso das áreas pelas empresas, considerando também a proximidade com o Rio Taquari”
JOSÉ ALVES
O projeto já está em andamento e deve beneficiar cerca de 80 pequenos negócios com perfil inovador. A ideia é conceder os espaços sem cobrança de aluguel. Conhecido pela estrutura imponente, murais ao ar livre e pela proximidade com o Rio Taquari, o prédio de aproximadamente 113 anos costuma atrair milhares de visitantes durante eventos realizados na antiga rua que atravessa a companhia. Para a prefeita, o investimento é
justificável diante do potencial de retorno rápido.
Debate regional
Ainda no campo das obras estruturais, o Porto de Estrela também deve passar por adaptações com recursos provenientes de uma linha de crédito do Badesul. O plano é transformá-lo em um centro de eventos e parque de aventura. “Será um projeto sustentável, com sistema de drenagem, parque linear e infraestrutura para práticas esportivas, capazes de resistir a novas cheias”, explica a prefeita.
Em uma área de 50 hectares, as formas de uso e o perfil de negócios do espaço também devem ser repensados a partir da consolidação do projeto, especialmente para viabilizar a instalação de empresas. As reformas são baseadas em Soluções Baseadas na Natureza (SBN), que visam atender simultaneamente a objetivos ambientais e econômicos. Sobre a retomada do porto, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Elaine Alves, destaca as ações recentes de mutirão de limpeza, que deixaram a área apta a receber melhorias.
Também está em discussão a
Recuperação do prédio e a instalação de equipamentos devem demandar cerca de R$ 32 milhões
O governador assumiu esse compromisso conosco. Será um projeto sustentável, com sistema de drenagem, parque linear e infraestrutura para práticas esportivas, capazes de resistir a novas cheias”
CARINE SCHWINGEL PREFEITA DE ESTRELA
potencialização do aeródromo municipal. Entre os principais avanços dos últimos três anos, está a municipalização da área de 24 hectares e a ampliação da pista, que passou de 570 metros para mil metros. A sinalização do trajeto já está em andamento, e agora a administração busca recursos para a pavimentação da pista, estimada em R$ 15
Segundo o diretor-presidente da Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log), José Alves, a intenção é que a obra seja custeada com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), uma vez que o local foi atingido pelas cheias. A expectativa é que, com esses investimentos, seja possível avançar na publicação dos editais para cessão de uso dos hangares. “A utilização do modal aéreo eleva a região a um novo patamar e é preciso tornar essa discussão regional. Pensar no perfil de negócio adequado e nas possibilidades de uso das áreas pelas empresas, considerando também a proximidade com o Rio Taquari”, destaca Alves.
Antiga sede da Polar
- Orçamento: R$ 32 milhões
- Recursos através do Funrigs
- Possibilidade de uso para 80 pequenos negócios
Futuro do Porto
Área de 50 hectares
- Possibilidade de uso como centro de eventos
- Adaptação para parque de aventura (obras resilientes)
- Instalação de empresas e zona portuária
Aeródromo municipal
- Ampliação da pista para mil metros
- Pavimentação estimada em R$ 15 milhões
- Recursos através do Funrigs
Escola Leopoldo Klepker recebe Caravana Educame
Programação voltada à educação ambiental terá teatro e oficina
Luciane Eschberger Ferreira
lucianeferreira@grupoahora.net.br
TEUTÔNIA
Escola Municipal de Ensino Fundamental Leopoldo Klepker recebe, hoje, a caravana do programa Educame – Educação Ambiental na Escola. A iniciativa do Grupo A Hora prevê a apresentação da peça teatral “Educa-me, por quê?” para 260 alunos do turno da manhã. Em seguida, os estudantes do 6º ano participam da oficina “Repórter Ambiental Mirim”.
O vice-diretor Clovis Adilson Hauenstein afirma que é com grande entusiasmo que a Leopoldo Klepker se prepara para receber a Caravana do Educame. “Acreditamos que iniciativas como essa enriquecem o ambiente escolar, proporcionando vivências significativas que contribuem para a formação integral dos nossos estudantes.”
Hauenstein destaca que a troca
Personagem “Por Que” vai animar a turma ao abordar o tema água
de experiências e saberes fortalecerá ainda mais o compromisso com uma educação de qualidade, humanizada e transformadora. “A presença da Caravana do Educame representa, para nós, uma oportunidade de ampliar horizontes, despertar novas ideias e renovar o entusiasmo de alunos e educadores.”
A escola já desenvolve diver-
A chegada da Caravana
CLÓVIS HAUENSTEIN VICE-DIRETOR
soma-se a esse esforço coletivo, reafirmando nosso compromisso com a formação de cidadãos conscientes e responsáveis.”
sas ações voltadas para o meio ambiente e demonstra constante preocupação com temas relacionados à sustentabilidade. “A chegada da Caravana soma-se a esse esforço coletivo, reafirmando nosso compromisso com a formação de cidadãos conscientes e responsáveis. Receber essa iniciativa é motivo de grande alegria, pois reafirma o papel da escola como espaço de aprendizagem, diálogo e construção coletiva do conhecimento”, finaliza.
O programa Educame tem um conjunto de ações voltadas à educação ambiental, entre elas monitoramento da qualidade da água de rios e arroios da região, concurso cultural para estudantes, programa mensal transmitido pela Rádio A Hora e nos demais canais digitais e suplemento impresso encartado no jornal. Tiragem extra permite a distribuição em todas as escolas do Vale.
CRUZADAS
Patrimônio Imaterial de São Paulo (Cul.) Princípios da Inércia e da Ação e Reação
Medidas judiciais Ofensa à religião
Fernão (?), bandeirante paulista
Conquistou Afrodite com sua beleza (Mit. grega)
Rio que corta Berna (Suíça)
Toca o berrante para conduzir o gado Recorte que dá aderência ao pneu
Hidrocarboneto que compõe solventes
(?) natural, combustível econômico de veículos
Puxa com cabo
Novela infantil que foi sucesso no SBT
Data especialmente divertida para crianças
Antiga instituição prisional para menores
Cada folha do calendário
Tipo de pilha
Consistência ideal do molho branco
Animal de minifazendas
Organizador das Olimpíadas (sigla)
Beneficiário do voto de cabresto (Hist.)
O modo de agir do adolescente
Lado favorável de uma questão
Tetracampeão mundial de boxe
Forma sargentos Multidão (pop.)
"(?) ao Burguês", poema modernista
Loja (?), plataforma de venda da
Vitamina (?) e cama: conselho ao gripado
Rogério (?), treinador Acessório de cabelo
Restrição do diabético Comic-(?), feira "geek"
Antiga mensagem naval de socorro
Reginaldo Rossi: o Rei do Brega Pecado, em inglês
3/sin. 6/adônis — on-line. 7/ciclano. 15/virado à paulista.
Solução
Governo projeta construção de sede da BM em área de lazer
Projeto foi enviado à câmara de vereadores. Na última semana, moradores organizaram uma petição com abaixoassinado contra a obra
Ogoverno municipal encaminhou à Câmara de Vereadores o projeto de lei que define a doação de uma área institucional na avenida Carlos Shure, para a construção da nova sede da Brigada Militar. O
terreno possui uma área de 2,1 mil metros quadrados.
Agora, os vereadores analisam a proposta e, na quarta-feira, 21, terão momento de conversa com os moradores da rua, que defendem a permanência do espaço de lazer mantido por eles próprios há 30 anos. Desde então, os proprietários dos lotes administram o espaço com o plantio de canteiros e o corte da grama. Amanhã um relatório será apresentado.
O projeto prevê que, na área institucional definida, fique reservada uma fração de mil metros quadrados do terreno para uso como área de lazer da comunidade.
O projeto para construção de um novo prédio está em andamento pelo Departamento de Logística e Patrimônio da Brigada Militar. O recurso de R$ 1,3 milhão já foi sinalizado pelo governo do Estado. A área construída será de 330 metros quadrados, e a área mínima exigida para o terreno é de 900 metros quadrados. Desde a enchente de setembro de 2023, a 3ª Companhia da Brigada Militar de Arroio do Meio atende em caráter provisório. O antigo prédio da corporação, localizado no bairro Navegantes foi atingido pela cheia e as atividades foram transferidas, de forma provisória, para o Centro. Inicialmente, os atendimentos foram realocados para a rua Dr. João Carlos Machado e, atualmente, a base provisória funciona na Casa Pastoral da Comunidade Luterana São Paulo.
ÁRIES: Apesar dos desejos e cabeça à mil, o dia pedirá calma e tempo para pensar, ordenar ideias e se fortalecer interiormente.
TOURO: Novo empreendimento ampliará perspectivas, você poderá aumentar os rendimentos e descobrir uma vocação.
GÊMEOS: Aproveite para focar nos próprios desejos e necessidades, brilhar e ser quem você é. Equilibre a balança entre a vida pessoal e pro ssional.
CÂNCER: Será um bom momento para se conectar com pessoas de fora, alargar horizontes e fortalecer relações pro ssionais.
VIRGEM: Você poderá subir um patamar na carreira, transformar velhos padrões e encerrar uma situação incômoda.
LEÃO: Será um bom momento para decisões de viagem ou de participação num evento. Aposte em maior abertura social e aprofunde vínculos de amizade.
HORÓSCOPO
LIBRA: Priorize o trabalho e aumente sua produtividade. O foco nos assuntos práticos dará ótimos resultados e agilizará decisões.
ESCORPIÃO: Reformulações tornarão o cotidiano mais leve e agradável. Finalize um projeto e inicie outro. Poder em alta!
SAGITÁRIO: Você terá chances hoje de ampliar o diálogo com a família e expressar sentimentos profundos com clareza e leveza.
CAPRICÓRNIO: Circule, amplie contatos, con ra dicas e aprenda algo novo. Valerá também agendar consultas e dar atenção à saúde.
AQUÁRIO: Crie projetos autorais ou aumente a liderança no trabalho e encontre soluções nanceiras.
PEIXES: Desfaça confusões nas contas e equilibre o orçamento com bons acordos. O dia trará conquistas no trabalho.
ARROIO DO MEIO
DESAFIO DA SERRA DO RIO DO RASTRO
CORREDOR DE LAJEADO
ENCARA DOIS DIAS DE SUBIDAS E LEVA O TÍTULO
DE “GUARDIÃO DA SERRA”
Lucas Zagonel correu 67 quilômetros em uma das provas mais difíceis do Brasil
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Sempre em busca de novos desafios, o corredor lajeadense Lucas Zagonel, 41, se propôs a encarar uma das provas mais difíceis do Brasil. Nesse fim de semana, ele concluiu o “Desafio da Serra do Rio do Rastro – Missão dos Guardiões” ao
completar 67 quilômetros em uma das subidas mais famosas do país.
A Serra do Rio do Rastro é uma formação montanhosa localizada no estado de Santa Catarina. Ela se destaca principalmente pela sua famosa rodovia, a SC-390, que serpenteia pelas montanhas com mais de 280 curvas acentuadas. O local é um dos destinos turísticos mais icônicos do Brasil, conhecido por sua beleza natural, paisagens deslumbrantes e estrada sinuosa. Em meio a este local, surgiu o desafio de encarar a serra. Entre as modalidades disponíveis, a mais difícil é a “Missão dos Guardiões”, que consiste em o atleta completar
25 quilômetros no sábado e 42km no domingo. “Decidi que iria encarar o desafio e logo de cara pensei nos 67km em dois dias. Iniciei a preparação em dezembro, sempre muito focado”, destaca Zagonel. Mais do que a distância, o desafiador é lidar com as altimetrias. Foram 1.920m na prova de 25km e 2.600m na prova de 42km. Para se preparar, Zagonel decidiu aproveitar o Vale do Taquari.
Nos treinos focados em subidas, saiu de Lajeado para ir à Lagoa da Harmonia, em Teutônia, ao topo do Morro Gaúcho, em Arroio do Meio, e ao Cristo Protetor, em Encantado. “Ir de Lajeado ao Cristo foi o mais próximo de encarar a Serra. Sugiro a quem for fazer o desafio, além de tudo a gente conhece um pouco mais da nossa região.”
DOIS DIAS DE PROVAS
Lucas nunca havia ido até a Serra do Rio do Rastro e se surpreendeu com o local. Não conhecia as 284 curvas, e na primeira vez que as desafiou, foi correndo. “No primeiro dia, os 25km, deu para conhecer um pouco da Serra. Foi bem difícil. Como não conhecia, fiz um ritmo um pouco mais forte. Faltando 12km quando a altimetria está mais forte, fiquei muito cansado. Mesmo assim, deu para finalizar legal”, diz.
No domingo o desafio era maior. Uma maratona em subida com mais de 2 mil metros de altimetria. Como havia conhecido o local no dia anterior, conhecia alguns atalhos e dosou a prova, sempre monitorando os batimentos cardíacos.
Mesmo assim, nos 12km, sentiu uma fisgada na perna. Conseguiu ir até o fim mesmo com a dor. Foi quando sentiu uma forte câimbra. “Cheguei no km 41, faltava só mais um para correr, e me paralisou a perna toda. Olhei para frente e vi minha família, acho que foi o que me deu forças para completar a prova”, lembra.
O planejamento era de completar a prova em 4h30min. Mesmo com o problema no fim, o desafio foi concluído em 4h31min, somente um minuto acima da meta. “O esforço nos 67km em subida é o mesmo de uma ultramaratona plana. É algo fora da curva para qualquer prova. É uma prova diferente
de todas as outras, exige estratégia e muita força muscular. Recomendo a todos os corredores.”
O PRIMEIRO DE LAJEADO
Lucas encerrou a prova na 19ª posição entre os 264 atletas. Como concluiu o Desafio dos Guardiões nos dois dias, recebeu o título de “Guardião da Serra”, honraria que irá guardar com muito carinho. “De Lajeado eu sou o primeiro a conquistar isto. É um desafio muito exclusivo. Tem a maratona, mas fazer os dois dias acredito que seja único.”
Para quem pensa em fazer o mesmo, dá dicas valiosas e recomenda a corrida até os pontos turísticos já citados do Vale. “A quem for encarar, corre sempre olhando para o chão. Não olha lá para cima pois parece que o desafio é impossível. Com bastante força de vontade, perseverança e foco, tudo é possível.”
Lucas Zagonel é o primeiro corredor do Vale a completar o desa o dos dois dias
Apoio da família foi fundamental para concluir a prova mesmo com fortes câimbras
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
por Raica Franz Weiss
Polícia apreendia 14,8 toneladas de pedras semipreciosas
Numa casa recém alugada, na rua Nicolau Junges, no bairro Montanha em Lajeado, investigadores da Polícia Civil realizaram a maior apreensão de pedras semipreciosas do Estado em anos. Eram cerca de 14,8 toneladas de ágatas, ametistas
e citrinos escondidas em 11 caixas de madeira e 57 toneis, forrados com serragem. Na época, as investigações apontavam para uma quadrilha
Imec sorteava Corcel e outros prêmios
Os Supermercados Imec faziam a entrega dos prêmios de seu segundo concurso, entre os consumidores das filiais de Lajeado, Estrela, Pantano Grande e Rio Pardo. O prêmio principal era um automóvel Corcel, sorteado para João Felipe Câmara, de Pantano Grande. Entre os outros prêmios, estava um refrigerador, um gravador, uma bicicleta, batedeira, faqueiro, liquidificador, rádio, ferro elétrico e até fogão.
internacional, que pretendia exportar os produtos para lavagem de dinheiro. As pedras estavam avaliadas em mais de R$ 1 milhão.
Teutônia teria Ensino Superior
O Instituto de Educação Cenecista General Canabarro (Ieceg), de Teutônia, apresentava o projeto de implementação do Ensino Superior. O educandário ficava no bairro Canabarro e, na época, o diretor do Ieceg era o professor Celso Forneck. O Ensino Superior funcionaria em paralelo aos cursos técnicos e atenderia a comunidade ao redor de Teutônia, que até então só tinha a Univates como opção. O novo projeto deveria começar a funcionar a partir de 2007. Uma pesquisa estava em andamento para verificar o interesse da comunidade e das empresas no Ensino Superior e qual o curso de interesse. Hoje, o Ieceg oferece Ensino Superior na modalidade Ensino a Distância (EAD).
Hoje é
- Dia da Língua Nacional
- Dia do Afilhado
- Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento
- Dia Internacional do Chá
Santo do dia: Santo Eugênio de Mazenod
HENRIQUE PEDERSINI
Jornalista
“Ok” para construir mais rápido
Que Lajeado tem “uma obra a cada esquina” todo mundo vê. Em vários casos existe até mais de um prédio, casa, loteamento, condomínios e similares. Aos empresários do setor uma preocupação está na liberação dos projetos pelo município. A boa notícia é: os números apontam uma agilidade desde o início da gestão da prefeita Gláucia Schumacher e Alex Schmitt na secretaria de Planejamento, Mobilidade e Urbanismo (Seplan). São contabilizados 564 alvarás de construção em 2025. É mais que 50% dos 1036 registrados nos 12 meses do ano passado e perto do total de 2023. Numa projeção, mantida a performance, Lajeado chegaria a quase 1,6 mil liberações para construções em seu território. Em metragem a proporção impressiona também: 156.100,45 m² aprovados entre janeiro e abril. Em todo 2024 foram 366,8 mil m². Sobre o documento denominado “Habite-
se” o dado do primeiro quadrimestre deste ano aponta para 830 liberações. Em todo 2024 o total foi de 2.201 unidades. Será outro recorde se o ritmo persistir. Sobre o tempo de espera no aval da administração para os empreendimentos residenciais ou comerciais, em janeiro, eram 183 processos “represados”. O levantamento atual indica 32. No começo de 2025, todo o trâmite com a Seplan levava mais de 70
dias. A secretaria garante que hoje resolve em menos de uma semana.
Os números mais positivos são resultado de mudanças nos processos internos da secretaria, uma desburocratização requisitada pelos próprios construtores. Neste caso, a inserção no comando da pasta de um empresário do ramo, caso de Schmitt, surtiu efeito rápido em um dos setores mais pujantes de Lajeado.
Refazer o Censo demográfico?
É sobre o debate de Lajeado ter ou não mais de 100 mil habitantes. O dado oficial indica 96,6 mil, mas tem discordâncias. O número é resultado do Estimativa Populacional divulgada em agosto de 2024 e gera questionamentos entre vereadores, líderes de associações comunitárias e setores da administração.
Rapidinho...
- Durante a escolha do representante de cada bancada na comissão especial do recolhimento de lixo na câmara de Lajeado, Paula Thomas (PSDB) brincou que consultaria seu colega de sigla apontando para Antônio Oliveira (Podemos). O momento arrancou sorrisos dos demais vereadores. Os dois partidos articulam uma junção em âmbito nacional. Enquanto isso, em Lajeado, o PSDB acionou a justiça ao alegar um descumprimento da cota de gênero pelo Podemos na eleição
Afinal, se romper a marca dos 100 mil moradores, aumenta o retorno do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para o caixa de Lajeado, a direitos em programas federais e a atenção de grandes players do mercado econômico.
Um dos argumentos é o bairro Conventos. O IBGE apurou 7,5
de 2024. O impasse tramita no judiciário e pode acarretar na perda da cadeira no Legislativo por Antônio.
- Ainda sobre a câmara de Lajeado, dois temas importantes serão debatidos na reunião das comissões na próxima segunda-feira, 26. Um deles é o projeto sobre cotas raciais em concursos públicos. Empreendedoras do ramo de bronzeamento artificial também são aguardadas para apresentar sugestão sobre o texto que tramita
mil habitantes. Porém os líderes da comunidade sugerem que é o dobro. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) cobrou uma recontagem após a apresentação dos dados nacionais no ano passado. Como fazer isso confesso que desconheço, mas que há um impasse importante aqui, isso não resta dúvida! na câmara. Será uma manhã de assuntos delicados no Genes Shopping, sede do Legislativo.
- O ex-prefeito de Arvorezinha José Odair Scorsatto concorrerá mais uma vez para deputado estadual. Filiado ao PDT por enquanto, ele coordena as agências Fgtas/Sine em todo RS. A representatividade do cargo é a expectativa para ter êxito na votação de 2026. No marketing pré-campanha o nome foi adaptado para José Scorsatto do Trabalho.
IVANOR DANNEBROCK
Gestor
Educacional
E o uso correto das normas cultas de nosso idioma vai de mal à pior
Vocês provavelmente já perceberam como temos problemas galopantes com o mau uso da norma culta da língua portuguesa. São falas, discursos de pessoas públicas… nas redes sociais então é gritante, de tantas asneiras que lemos, com erros absurdos de escrita que doem na alma. Normalmente tenho dificuldades em me calar diante do uso incorreto das normas verbais e escritas da língua portuguesa. Juro que tento me controlar, até porque já tive situações onde o interlocutor não gostou da correção feita. Mas o estrago que faz uma frase dita com erros grotescos de nossa língua nos meus ouvidos é tão dolorida, que muitas vezes, quando me dou conta, já estou corrigindo a pessoa.
Juro que tento me controlar, até porque já tive situações onde o interlocutor não gostou da correção feita”
Sei que as línguas são vivas e sempre existirão alterações, porém adotar formas de uso coloquial erradas, só porque estão sendo usadas por uma parcela da população, continuo vendo como normalização do despautério. Aberrações como: cidadões, mal caráter, imprecionante, todes, chapéis, usar o plural somente no artigo (“os mamão, as mulher, os homem, to contano nos dedo”). Ui, como dói “nozouvido”! Não vejo como uma questão de ser prolixo somente, mas de ser néscio.
Acredito que nós já perdemos a batalha contra esses erros crassos no nosso vernáculo. Há mais de uma década já dispensávamos candidatos ao cargo de professor porque não falavam e/ou escreviam corretamente. E esses profissionais foram contratados por outras instituições escolares e até passaram em concursos públicos. Então podemos esperar o quê? Sem contar que as exigências cada vez são menores, por parte dos cursos que preparam os profissionais. Explico: se aplicarmos provas dos quartos anos que nossos pais tinham que dar conta, em aritmética, geometria e geografia, atualmente grande parcela de alunos cursando cursos superiores não conseguiriam resolver. A exigência na educação formal caiu vertiginosamente, e pior que continua nesse ritmo alucinado de seguir por uma trajetória que não favorece o aprimoramento cognitivo, e ainda permanece em um estado de desenvolvimento intelectual aquém do potencial do ser humano. O correto é exigir cada vez mais, desafiar a inteligência o tempo todo para que cada um se supere. Graças a Deus ainda temos ilhas de exceções. E essas ilhas de excelência justamente têm endereço nas instituições onde é exigido disciplina, foco, ênfase em valores como ética e responsabilidade, onde temos professores qualificados, infraestrutura adequada e um processo seletivo rigoroso que atrai alunos com alto potencial e grande dedicação aos estudos.
ARQUIVO A HORA
Quarta-feira, 21 maio 2025
Fechamento da edição: 18h
14º | MÁX: 20º O dia ainda terá a presença de muitas nuvens e possibilidade de chuva isolada, principalmente na parte Norte do Vale.
MÍN:
Rios e arroios sofrem com despejo de esgoto
Análises apontam índices ruim e péssimo para os rios Taquari e Forqueta e nos 13 arroios monitorados pelo programa Educame. A contaminação mais evidente é por coliformes termotolerantes, o que indica o despejo de esgoto doméstico sem tratamento nos mananciais.
Pág. 6 e 7
Alimentos orgânicos geram benefícios aos estudantes
PÁGINAS 14 E 15
PRESERVAÇÃO
Polinizadores contribuem com a biodiversidade
PÁGINA 12
Sete escolas de seis municípios da região receberam teatro e oficina do programa Educação Ambiental na Escola, do Grupo A Hora.
PÁGINAS 8 E 9
CARAVANA
MERENDA ESCOLAR
Um pontífice em prol do meio ambiente
Eleito no dia 8 de maio, o novo Papa é mais um dos líderes da Igreja Católica a defender a proteção ao meio ambiente e o equilíbrio climático. Ao que tudo indica, Leão XIV dará continuidade aos trabalhos em defesa da natureza, realizado pelo seu antecessor, o Papa Francisco.
Quando Robert Prevost ainda era cardeal, em outubro do ano passado, participou de um seminário em Roma dedicado aos problemas da crise ambiental e do Laudate Deum, dois importantes momentos em que reforçou que o homem não deve ser um tirano em relação à natureza. E alertou sobre as consequências do desenvolvimento tecnológico para o ambiente.
Além disso, o sacerdote destacou compromissos da Santa Sé com a temática ambiental, e enumerou medidas recentes como a instalação de painéis solares e o uso de uma frota de veículos elétricos - a exemplo do papamóvel.
A expectativa é que o Papa esteja presente na COP30, em novembro, que será realizada no Brasil.
Plante Essa Ideia
O grupo de caiaqueiros Manos da Pesca realiza mais uma edição do “Plante Essa Ideia”. A atividade será no dia 31 de maio, a partir das 8h, no Salto do São Caetano, ponto histórico e turístico da cidade de Arroio do Meio. O objetivo é realizar o reflorestamento e recuperação das margens do Rio Taquari.
A programação inclui ainda um percurso de 12km de caiaque entre os municípios de Roca Sales e Arroio do Meio, passando por paisagens naturais que o grupo deseja ajudar a preservar. Os participantes também poderão acampar na área e participar de um almoço coletivo e confraternização no sábado.
Para participar, é necessário realizar uma inscrição no valor de R$ 6. Os organizadores recomendam que cada pessoa leve ferramentas manuais como facão, enxada e roçadeira, além de roupas adequadas para o trabalho e o passeio aquático.
Jornal
3ª Rústica do Meio Ambiente
Em sua terceira edição, a Rústica do Meio Ambiente de Lajeado deve reunir 300 atletas para as categorias adulto, caminhada e infantil. Promovida pela Administração Municipal através da Secretaria do Meio Ambiente e Sesc Lajeado, a prova acontece no domingo, dia 1º de junho, com largada às 8h, no Parque do Engenho (rua Lothar Felipe Christ, 125).
As inscrições seguem abertas até o dia 28 de maio, ou enquanto houver vagas disponíveis, pelo site sesc-rs.com.br/esporte/corridas. Os valores são de R$ 50 para a corrida adulta e gratuito para a categoria infantil. Todos os adultos inscritos receberão camiseta do evento e a entrega dos kits será feita no dia da prova, das 6h30 às 7h45, no local da largada.
TEXTOS
Luciane Eschberger Ferreira
Jéssica R. Mallmann
Grafica Uma/ junto à Zero Hora
FOTOS
Luciane Eschberger Ferreira
Jéssica R. Mallmann
Gabriel Santos
Alunos do 9º ano da EMEF Leopoldo Kepkler, de Teutônia criaram arte da camiseta que marca o encerramento do fundamental
DIA
LK Sustentável mostra como educação ambiental transforma comunidades
Projeto de escola em Teutônia é exemplo de como mobilizar alunos, famílias e comunidade em prol do meio ambiente
Celebrado em 17 de maio, o Dia Mundial da Reciclagem é um convite à reflexão sobre o impacto do consumo e a importância de dar um destino correto aos resíduos. Quando esse debate chega às salas de aula, ele ganha ainda mais força, afinal, educar é também ensinar a cuidar do planeta. A exemplo, o programa Leopoldo Klepker Sustentável (LKS) mostra que a escola pode ser ponto de partida para grandes mudanças. Com ações que envolvem estudantes de todas as idades, professores, famílias e parceiros da comunidade, o programa prova que a transformação começa com pequenas ações.
Criado em 2022, o LKS surgiu da inquietação de professores e direção da EMEF Leopoldo Klepker, de Teutônia. Coordenado atualmente pelo professor e também vice-diretor, Clovis Adilson Hauenstein, o programa foi idealizado para integrar os pilares sustentabilidade, educação financeira e sociedade, de forma prática e participativa. Hoje, o programa abrange todos os alunos da Educação Infantil até o 9º ano do Ensino Fundamental.
Segundo Hauenstein, o programa também proporciona reflexões sobre o futuro do meio ambiente e alerta para o cenário atual, em que o planeta enfrenta um momento crítico de degradação ambiental em diversas frentes. “Precisamos conscientizar e preparar nossos jovens e crianças acerca das transformações oriundas
Entre as ações desenvolvidas está o recolhimento e venda de resíduos
da nossa sociedade. Mas, mais do que isso, é necessário construirmos, coletivamente e colaborativamente, um outro pensamento, levando-nos a praticarmos melhores ações”
Entre as ações desenvolvidas estão o recolhimento de resíduos como papelão, latinhas, garrafas PET e óleo de cozinha usado; campanhas de separação de lixo; plantio de árvores; incentivo à criação de hortas, compostagem e uso racional de água e energia. Além disso, o projeto também promove campanhas solidárias, como arrecadação de roupas, alimentos e ajuda para vítimas de enchentes.
Economia sustentável
No LK Sustentável, a aprendizagem vai além das práticas ambientais ao integrar a educação financeira por meio de uma dinâmica inovadora. Cada ação realizada pela comunidade escolar é registrada em fotos e vídeos e valida pontos, transformados em uma moeda virtual denominada LKS.
Essa moeda não só mede o empenho dos estudantes em práticas ambientais, como também serve como ferramenta de incentivo: ao final de cada período letivo, os LKS podem ser trocados por
prêmios que variam de itens escolares e brinquedos a eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
O sistema gamificado estimula o engajamento dos alunos, ao mesmo tempo em que os ensina a importância do planejamento, da organização e do valor do esforço coletivo. E para a troca efetiva da moeda, o programa conta com a parceria e apoio da Secretaria Municipal de Educação, SICREDI, CooperAles, FortalezaTEC e Lütz Reciclagem e Paletes Teutônia Ltda.
sólidos
Qualidade melhora, mas cenário ainda preocupa
Análise encomendada pelo Grupo A Hora verificou amostras em 23 pontos em 12 municípios da região
A7ª etapa de monitoramento da qualidade da água de rios e arroios da região aponta índices ruim e péssimo nos 23 pontos de coleta em mananciais de 12 municípios. Os resultados não são novidade. Desde 2022, quando o Grupo A Hora contratou o Laboratório Unianálises para fazer a pesquisa, os índices apontavam para as duas piores faixas em uma escala que tem ainda regular, bom e ótimo. O Índice de Qualidade da Água
(IQA) – valor numérico - variou pouco, não o suficiente para sair das duas piores faixas – 0 a 50. O rio Taquari, em Lajeado, por exemplo, tinha IQA de: 21,8, em 2022; 29,14, em 2023; 35,7, em 2024; e 32,71, em 2025. O resultado mostra que, embora haja variação numérica, permanece nas faixas péssima e ruim. Os altos índices de coliformes termotolerantes na água indicam o despejo de esgoto doméstico não tratado.
LISTA DE PONTOS POR CIDADE
ENCANTADO
Arroio Jacaré
Arroio Lambari – depois da cidade
Arroio Lambari – Morro das Antenas
COLINAS
Arroio da Seca
ARROIO DO MEIO
Arroio Grande
FORQUETINHA
Arroio Forquetinha
Forquetinha
LAJEADO
Arroio do Engenho
Arroio Encantado (Parque dos Dick)
TEUTÔNIA
Arroio Boa Vista
Arroio Posses
POÇO DAS ANTAS
Arroio Boa Vista
SANTA CLARA DO SUL
Arroio Saraquá
Santa Clara do Sul
ESTRELA
Arroio Estrela (Cascata Santa Rita)
Arroio Estrela (Ponte da Rua Coronel Britto)
CRUZEIRO DO SUL
Arroio Sampaio
VENÂNCIO AIRES
Arroio Castelhano (ponto de captação da Corsan)
Arroio Encantado que cruza o Parque Professor Theobaldo Dick, em Lajeado, tem
O Educame pergunta e o biólogo Cristiano Steffens responde
- Quais os principais causadores da poluição?
Sem sombra de dúvida é o lançamento de efluentes líquidos, esgoto doméstico, por exemplo, sem o tratamento adequado.
- Como melhorar o IQA (Índice de Qualidade da Água)?
A única maneira é realizar o tratamento dos efluentes líquidos, tanto domésticos como industriais, e somente lançar nos corpos hídricos os efluentes que tenham sido tratados e que estejam dentro dos padrões de lançamentos estabelecidos na legislação;
- O que cada cidadão pode fazer para contribuir?
Evitar o desperdício de água, pois quanto maior o consumo de água, maior é o volume de efluentes líquidos gerados. Caso a cidade tenha o sistema de saneamento já implantado, realizar a conexão da casa ao sistema, para que todo o efluente (esgoto) gerado vá para estação de tratamento e seja efetivamente tratado
Resultado das análises
Caso a cidade não tenha o sistema de saneamento implantado, cada cidadão pode ao menos realizar o tratamento dos efluentes domésticos com sistema de fossa séptica, filtro biológico e sumidouro. Além disso, realizar periodicamente a limpeza e manutenção do sistema para garantir uma maior eficiência.
Comparativo das análises dos rios Taquari e Forqueta de 2022 a 2025
Rio Forqueta, em Arroio do Meio, passou da faixa péssima para ruim
Rio Taquari, em Encantado, se mantém na faixa de qualidade ruim
Arroio Castelhano, no ponto de captação de água, em Venâncio, tem índice ruim
Música e teatro são meios para incentivar a preservação e entender os fenômenos climáticos. Personagem “Por Que” encanta a criançada e, de forma lúdica, incentiva o cuidado com a natureza
Caravana Educame e leva educação ambiental
2 de abril
Emef Alfredo Lopes da Silva, bairro Morro 25, Lajeado
O animado personagem ‘Por Que’ entra em cena para falar sobre água e meio ambiente. Logo puxa uma bacia de alumínio de dentro da mala e compara com a bacia hidrográfica do Vale do Taquari. Quando o utensílio enche, a água transborda. Quando chove muito, ocorre o mesmo com a Bacia Taquari-Antas e causa inundação nos municípios da região. De forma lúdica, com muita música e ação, o Programa Educame – Educação Ambiental na Escola, do Grupo A Hora, iniciou a série de caravanas pela Emef Alfredo Lopes da Silva, no bairro Morro 25.
9 de abril
Emef Pedro Jorge Schmidt, distrito de Delfina, Estrela
A Caravana Educame foi recebida com alegria e entusiasmo na Escola de Emef Pedro Jorge Schmidt, no Distrito de Delfina, em Estrela. Cerca de 200 crianças do jardim ao 4 º ano do Ensino Fundamental participaram da ação, realizada no salão paroquial, ao lado do colégio. Com roupas coloridas e violão nos braços, o personagem “Por Que” agitou a criançada. Mostrou as tantas utilizações da água e destacou a necessidade de cuidar do meio ambiente. Depois, ele entregou uma placa à diretora Carla Inês Steffens, reconhecendo a Pedro Jorge Schmidt como parceira de jornada e concedendo-lhe o título de “Embaixada do Meio Ambiente”.
16 de abril
Emef Professora Odila da Rosa Scherer, bairro União, Venâncio Aires
A Odila Rosa Scherer foi a escola escolhida para o lançamento do Programa Educame em Venâncio Aires. O prefeito Jarbas da Rosa e outras autoridades estiveram na Caravana Educame ao lado da equipe diretiva e cerca de 250 estudantes. Para o prefeito, as questões ambientais devem ser trabalhadas de forma contínua, especialmente com os estudantes, visando prepará-los para o futuro. “Talvez a gente não consiga eliminar as enchentes, mas saberemos preservar e cuidar do meio ambiente.” Depois das autoridades, foi a vez do personagem “Por Que” interagir com as crianças, com muita música e animação.
Lajeado
Venâncio Aires
Educame percorre o Vale ambiental aos estudantes
30 de abril
Emef Jacob Sehn, bairro Glucostarck, Cruzeiro do Sul
23 de abril
Emef Barra do Forqueta, bairro
Barra do Forqueta, Arroio do Meio
Mais de 160 alunos da Emef Barra do Forqueta puderam se divertir e aprender sobre educação ambiental durante a Caravana Educame. O coordenador do Educame, Gilberto Soares, conversou com os estudantes e destacou que educação ambiental é cuidar do meio em que se vive, da sua casa, da escola, do bairro, da cidade. É cuidar do rio, é respeitar as pessoas e tudo que as cerca. Na sequência, as crianças puderam interagir com o personagem “Por Que”, que destacou os usos da água e sua importância para vida. A turma do 6º ano participou da oficina “Repórter Ambiental Mirim”. A escola recebeu a placa de “Embaixada do Meio Ambiente”.
Os 204 estudantes da préescola ao 5º ano da Emef Jacob Sehn receberam o personagem “Por Que” com curiosidade e interação. A peça teatral “Educa-me, por quê?” instigou os pequenos a ampliar seus conhecimentos fazendo perguntas. “Quanto mais perguntarem, mais vocês aprendem!” O personagem destacou a importância da água para a vida. E ao som do violão, cantou: “Porque sim não importa, porque sim não resposta, por quê?” A criançada acompanhou com palmas no ritmo da música. A programação contou com a presença de professores, direção e a secretária municipal de Educação, Roselene Maria Martmitt.
14 de maio
7 de maio
Emef Fransciso Oscar Karnal (FOK), bairro Santo Antônio, Lajeado
Com muita alegria e animação, os alunos da pré-escola e das turmas de 5º, 6º, 7º, 8º e 9º anos assistiram ao teatro e depois tiraram fotos com o personagem “Por Que”. Conforme diretora Isabel Cristina Kich, os alunos recebem as atividades externas sempre com muito empolgação e interesse. Isabel conta que a escola trabalha as questões ambientais na sala de aula. “O Educame vai ao encontro desta proposta.”
Emef Pedro Pretto, EEEM
Monsenhor Senger e Emei
Criança Esperança
Em Travesseiro, estudantes da Emef Pedro Pretto, da Escola Estadual de Ensino Médio Monsenhor Seger e da Emei Criança Esperança participaram das atividades levadas pela caravana do programa Educame – Educação Ambiental na Escola, do Grupo A Hora. Na Pedro Pretto, os estudantes já tinham trabalhado com a cartilha “Pelas Trilhas do Meio Ambiente”. Além disso, o tema ambiental é abordado em disciplina curricular do 1º ao 6º ano.
Arroio do Meio
Lajeado
Estrela Cruzeiro do Sul
Concurso Educame está com inscrições abertas
Confira o regulamento no site e participe. São R$ 25 mil em prêmios
Uma ideia na cabeça e a vontade de cuidar do meio ambiente são os elementos essenciais para participar do concurso cultural do programa EDUCAME – Educação Ambiental na Escola. As inscrições estão abertas nas quatro categorias: Ensino Médio, fotografia; Ensino Fundamental 1º ao 4º ano, desenho; 5º, 6º e 7º anos, cartaz; e 8º e 9º anos, maquete. Podem participar estudantes das redes pública e privada.
O concurso chega à terceira edição e o tema central deste ano é “Água”. Cada categoria terá desafios diferentes: fotografia, maquete, cartaz e desenho – e subtemas que devem nortear as produções (veja quadro).
De acordo com o líder de Projetos Especiais do Grupo A Hora, Rafael Simonis, o Concurso Estudantil EDUCAME é uma das principais iniciativas de educação ambiental da nossa região. “A cada edição, percebe-se um engajamento maior de estudantes e escolas, o que reforça a importância de fomentar a consciência ambiental desde cedo”,
destaca.
Simonis explica que neste ano o tema ‘Água’ foi escolhido por se tratar de um recurso essencial e por tudo o que o Vale do Taquari vivenciou recentemente a partir das catástrofes climáticas. “Queremos, por meio da criatividade e do
olhar das crianças e adolescentes, despertar uma geração ainda mais responsável e conectada com a sustentabilidade. Nosso compromisso é seguir investindo em projetos que transformam realidades e incentivam o protagonismo dos jovens”, enaltece.
CATEGORIAS E TEMAS
ENSINO MÉDIO
Individual Fotografia
“Água: uso consciente para um mundo sustentável”
ENSINO FUNDAMENTAL, 8º E 9º ANOS
Grupo de 4 alunos
Maquete
“Os caminhos da água.”.
ENSINO FUNDAMENTAL, 5º, 6º. 7º ANOS
Dupla de alunos
Cartaz
“Água, essência da vida e do futuro”
ENSINO FUNDAMENTAL, DO 1º AO 4º ANO
Individual
Desenho
“Meu planeta, meu lar”.
Premiação: R$ 25 mil no total.
Regulamento: disponível no site www.grupoahora.net.br. aba EDUCAME
Inscrições: até 15 de agosto Evento no segundo semestre vai revelar os ganhadores
Fotografia é o desafio para os estudantes do Ensino Médio
Insetos e pássaros a serviço da biodiversidade
Agentes polinizadores têm papel fundamental na natureza. As pessoas, também
Em 22 de maio é celebrado o Dia Internacional da Biodiversidadea grande variedade de formas de vida, tanto animal quanto vegetal. Algumas espécies de insetos e pássaros, entre outros animais, têm um importante serviço que contribui na manutenção da diversidade dos vegetais: a polinização. Conforme o zootecnista da Emater/ RS-Ascar, João Alfredo Oliveira Sampaio, 70% das plantas que produzem alimentos precisam de polinização. Sem ela, muitas não conseguem se reproduzir. “E os frutos desta reprodução são os alimentos que consumimos. Se não tivermos os agentes polinizadores - pássaros, insetos e outros - não teremos a produção que precisamos para alimentar a população mundial humana e animal.”
A polinização é a transferência do pólen de uma flor para outra, auxiliando a fertilização e a produção
Se não tivermos os agentes polinizadores - pássaros, insetos e outros - não teremos a produção que precisamos para alimentar a população mundial humana e animal.”
João Alfredo Oliveira Sampaio, zootecnista da Emater/RS-Ascar
de sementes e frutos. As abelhas, tanto as africanizadas quanto as sem ferrão, desempenham este importante papel. Elas, assim como pássaros e outros insetos, são atraídas pela cor,
cheiro e nectar. Ao visitar mais de uma flor, transferem o pólen e contribuem também para diversidade genética dentro de uma espécie. As pessoas também podem contribuir com este processo natural. “É interessante o desenvolvimento de algumas ações no sentido de se criar consciência ambiental.” Sampaio refere-se à preservação da flora, além de iniciativas adaptadas ao espaço que cada um dispõe, como canteiros de flores e de chás, pomares, etc. “Quanto maior a variedade de essências vegetais, maior a oportunidade das espécies terem acesso a nectar e pólen, que são os alimentos básicos, principalmente, de insetos e de alguns pássaros.” Sampaio destaca a importância de se ter uma visão holística do meio ambiente. E cita hábitos que passam despercebidos pelos cidadãos, mas que
• A polinização é uma das formas de reprodução de algumas espécies vegetais. Outras se reproduzem por divisão de tosseiras, por mudas.
• Os insetos polinizadores, como borboletas, abelhas, mariposas, moscas, besouros, formigas e vespas, e também algumas aves e morcegos, são agentes naturais que desempenham um papel fundamental na manutenção da biodiversidade e na produção de alimentos.
• Plantar flores nativas, reduzir e evitar o uso de pesticidas, criar habitats, criar jardins com ampla diversidade vegetal contribuem para manter os agentes polinizadores.
• A maior parte das culturas alimentares do mundo dependem da polinização por insetos, o que inclui frutas, legumes e oleaginosas. Sem esses agentes polinizadores, haveria uma significativa redução na produção de alimentos, o que afetaria o abastecimento de alimentos a níveis globais.
poderiam contribuir muito. “Do nada não estamos separando nosso lixo , fizemos queimadas, usamos desenfreadamente os combustíveis fósseis em nome de um sistema de produção agroindustrial. Temos que ter uma percepção holística quanto ao meio ambiente.”
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Orgânicos na merenda: saúde e sustentabilidade no prato
No Vale do Taquari, escolas públicas incentivam a produção local e transformam a merenda em instrumento de educação alimentar
Amerenda escolar é, para muitas crianças, a principal fonte de alimentação do dia.
E o que vai no prato delas importa não só pelo valor nutricional. Afinal, incluir alimentos orgânicos na rotina das escolas é mais do que oferecer opções saudáveis. É ensinar, desde cedo, de onde vêm os alimentos, quem os produz e como cada escolha impacta a saúde, o meio ambiente e a comunidade. Orgânicos são alimentos produzidos sem agrotóxicos, transgênicos ou fertilizantes químicos. Eles respeitam
o solo, a água, a biodiversidade e a saúde de quem consome, como explica a nutricionista e extensionista da Emater/RS - Ascar, Tatiane Turatti. “Para o alimento ser considerado realmente orgânico, ao menos 95% dos ingredientes devem ser certificados, sem aditivos artificiais. A certificação orgânica é feita por órgãos credenciados, e a fiscalização cabe ao Ministério da Agricultura”.
Para Tati, a escolha por alimentos orgânicos, especialmente no ambiente escolar, é significativa. Um dos maiores benefícios dos orgânicos
para as crianças é a menor exposição a agrotóxicos. “Se sabe que, mesmo em pequenas doses repetidas, essas substâncias podem afetar o sistema nervoso, hormonal e imunológico das crianças”, destaca.
Também sabe-se que os alimentos orgânicos têm, comprovadamente, mais nutrientes e antioxidantes - substâncias que protegem as células. Outra vantagem é a de que,
ao consumir alimentos frescos e de origem conhecida, as crianças desenvolvem uma relação mais positiva e consciente com a comida. Já do ponto de vista social e econômico, Tati reforça que a compra de orgânicos da agricultura familiar fortalece a economia local e valoriza práticas agrícolas sustentáveis. Ao adotar produtos orgânicos, o município também dá exemplo de compromisso com a saúde pública e a preservação ambiental.
Produção escolar
No Vale do Taquari, algumas escolas já dão passos importantes para garantir uma alimentação mais saudável e consciente aos seus estudantes. Com o incentivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), agricultores familiares que produzem alimentos orgânicos ou estão em transição agroecológica podem fornecer seus produtos diretamente às escolas e ainda receber até 30% a mais sobre o valor de referência — conforme previsto na Resolução nº 6/2020 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A medida, segundo Tatti, busca estimular práticas sustentáveis no campo e levar alimentos de maior qualidade às mesas dos alunos.
Foi por meio do PNAE que o Organic Garden, propriedade rural localizada em Forqueta, no interior de Arroio do Meio, transformou sua produção em um elo
Há 5 anos Edna produz alimentos mais saudáveis
direto com a alimentação escolar. Há cerca de cinco anos, a produtora Edna Weizenmann e o marido fomentaram o cultivo de orgânicos da família, prática que já fazia parte da rotina e foi herança da mãe de Edna, uma das pioneiras na plantação de orgânicos na região, junto de outras mulheres.
A produtora conta que, durante a pandemia, o consumo por alimentos naturais e livres de agrotóxicos aumentou, e a propriedade intensificou seu trabalho com entregas em domicílio para Lajeado, Estrela e Arroio do Meio. “No início, achava que não ia dar certo, porque pensava que todo
mundo plantava. Mas percebi que não era bem assim”, conta Edna, que viveu por 20 anos em Porto Alegre e considera ter voltado para o campo um recomeço gratificante.
A diversidade de cultivos de hortifruti é um dos pontos fortes do local. Além de hortaliças variadas conforme a época do ano, o destaque da produção são os morangos, o carro-chefe da propriedade.
Atualmente, apesar de não fazer mais parte do PNAE, os alimentos orgânicos da família também são destinados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),
NUTRI
Tati Turatti
Purê
de Abóbora Cabotiá com Cheiro-verde (orgânico)
Confira uma receita prática com alimentos orgânicos da estação para fazer em casa ou inserir no cardápio do almoço escolar
Ingredientes:
• 1 kg de abóbora cabotiá orgânica (descascada e cortada em cubos)
• 2 colheres de sopa de óleo ou azeite
• 1 cebola média picada
• 2 dentes de alho picados
• Sal a gosto
• Cheiro-verde orgânico picado (salsinha e cebolinha)
• (Opcional) 1 colher de sopa de requeijão ou creme de leite
Modo de preparo:
1. Cozinhe a abóbora no vapor ou em água até ficar bem macia.
2. Em outra panela, refogue a cebola e o alho no óleo até dourar.
3. Amasse a abóbora com um garfo ou bata no liquidificador/ processador, conforme a textura desejada.
4. Misture a abóbora ao refogado e acerte o sal.
5. Finalize com o cheiro-verde picado e, se quiser, adicione o requeijão para um toque mais cremoso.
6. Sirva morno como acompanhamento de carnes ou recheio de tortas e panquecas.
em que a entrega é feita ao CRAS do município, responsável por distribuir os produtos à comunidade.
“Em 2025, Arroio do Meio foi contemplado com um recurso para atender também a escola estadual.
Apesar de não estarmos mais no PNAE continuaremos a auxiliar a comunidade escolar de alguma forma, pois sabemos a importância de ampliar o alcance dos alimentos saudáveis”.