A Hora – 28 e 29/06/2025

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Fim de semana, 28 e 29 junho 2025 | Ano

Seis em cada dez preferem trabalhar por conta própria, mostra pesquisa

A ideia de uma carreira tradicional perde força e faz com que a informalidade avance. Especialistas alertam para um precedente perigoso. Direitos básicos, como auxílio-doença e a aposentadoria ficam ameaçados pelos chamados “empreendedores do desespero”. Entre os mais jovens, mudança cultu-

ral está associada à busca por autonomia, propósito e protagonismo. Nas redes sociais, movimento de aversão à CLT mostra trabalho formal como algo engessado, mal remunerado e pouco estimulante. Tendência crescente de depreciação preocupa tanto empregadores quanto sindicatos.

VALE EM ALERTA , DE NOVO

Obras viárias de grande porte, como alargamentos e aberturas de via, estão nos planos do município para minimizar e solucionar gargalos.

NEGÓCIO FECHADO

Atransformação nas relações trabalhistas parte de uma mudança global nos paradigmas da sociedade. A chamada “aversão à CLT”, que faz seis em cada dez brasileiros preferirem trabalhar por conta própria, reflete tanto anseios por autonomia quanto falhas estruturais no modelo tradicional de emprego. O trabalhador de hoje busca por flexibilidade, propósito e autonomia. Quando opta por se tornar um prestador de serviço ou mesmo um informal, tem perda progressiva de direitos conquistados ao longo de décadas. Essa tensão entre liberdade e proteção social define o debate sobre o futuro do trabalho.

Com 40 milhões de brasileiros na informalidade e 60% dos MEIs fora do sistema previdenciário, constrói-se uma bomba-relógio social”

Neste contexto, o setor produtivo demonstra uma preocupação legítima. A fuga de talentos pode comprometer o desenvolvimento econômico. Junto com isso, a distorção tributária, que sufoca trabalhadores e empresas, aponta para a necessidade urgente de reformas que tornem o trabalho formal mais atrativo para ambos. Essa aversão vai além de questões salariais, em especial na nova geração, jovens profissionais rejeitam não a CLT, mas o pacote associado: ambientes hierárquicos, modelos de gestão de comando e controle. Um modelo distante das expectativas. Essa rejeição cultural ajuda a entender por que 68% dos trabalhadores entre 16 e 24 anos preferem a informalidade, como mostra reportagem nas páginas 6 e 7. Os riscos dessa transição, porém, não podem ser ignorados. As consequências podem ser drásticas, pois muitos se tornaram “empreendedores por desespero”. Com 40 milhões de brasileiros na informalidade e 60% dos MEIs fora do sistema previdenciário, constrói-se uma bomba-relógio social.

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

“Experiências internacionais me fazem querer explorar o mundo sobre duas rodas”

Apósabandonaruma rotina estressante e sem lazer,arepresentante comercial, Lisa Müller, encontrou no ciclismo a liberdade, o bemestareopropósitoque transformaramsuasaúde, suasrelaçõeseseus sonhos—agoramovidos apedaladasaoredordo mundo

Quem era Lisa Müller antes da bike?

Antes de começar a pedalar eu era uma pessoa regrada e presa em uma rotina monótona, sem tirar tempo para o lazer. Focava em ser esposa, mãe e trabalhar o tempo todo, ao ponto de ter diversos problemas de saúde relacionados a estresses decorrentes dessa rotina. Tinha asco de atividades físicas e me sentia desanimada e cansada antes mesmo de começar alguma atividade. Percebendo essas questões, decidi que deveria mudar a pessoa que eu era.

Em que momento e por que você decidiu começar a pedalar?

No final da pandemia percebi um crescimento significativo do esporte ciclístico, e como vinha sofrendo de algumas questões complicadas de saúde, me deixei ser incentivada por uma amiga próxima e comecei minha jornada nos pedais.

Quais foram as principais mudanças que você sentiu após adotar a bicicleta na sua rotina?

Primeiramente saí da rotina e conheci paisagens e lugares que nunca imaginei conhecer. Fiz amizades com pessoas incríveis de todo Brasil. Amizades essas, que carrego no coração e que ficam para toda vida. Também me apaixonei

pela liberdade proporcionada pelos passeios e viagens atléticas com novas amizades e novos ciclos. Além da mudança enérgica do meu bem-estar mental e físico.

Você costuma pedalar sozinha, participa de grupos ou eventos ciclísticos?

Comecei a pedalar com um pequeno grupo que me incentivou e me “carregou”. Por conta da disponibilidade de horários e rotinas, comecei a me exercitar toda semana sozinha, com rotas curtas para manter o treino. Em seguida, percebi que tinha criado um vínculo com novas pessoas e me inscrevi para pequenos eventos ciclísticos e depois para maiores. Com isso, os eventos aumentaram e as amizades também. Adoro pedalar com meu grupo, mas quando necessário, me contento com minha própria companhia.

Quais foram as principais dificuldades que você enfrentou no início?

Não desistir. Chegar em casa fadigada, jurando a mim mesma nunca mais sair para loucuras como essas. Tinha dificuldades para

subir escadas ou até mesmo levantar da cama e, principalmente, me perguntando como os outros tinha mais capacidade que eu. Entretanto, não desisti e continuei treinando, até a exaustão diminuir e o prazer do cansaço ser bom.

Podemos dizer que o ciclismo te deu um novo sentido à vida?

Com certeza, mudou muito minha perspectiva de futuro. Tendo novos objetivos e muito mais motivação para conquistar minhas metas. Quero envelhecer da melhor forma, com muita saúde e sempre com uma boa autoestima e felicidade.

Você tem algum objetivo pessoal ligado ao ciclismo?

Sim, tenho muitos. Inclusive, meus objetivos aumentaram ainda mais quando vivi a experiência em um grupo pedalando por três fronteiras de países diferentes (Brasil, Paraguai e Argentina). Em seguida, participei de outros eventos internacionais, fazendo-me almejar cada vez mais experiências sublimes como essas viajando o mundo com a bike.

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Fundado em 1º de julho de 2002
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Vida nova ao icônico prédio do Hotel

Weiand

OSesc confirmou nesta semana a aguardada compra do antigo Hotel Weiand, instalado desde o início da década de 80 em uma área nobre e estratégica do bairro Moinhos, em Lajeado. Durante quase quatro décadas, a icônica estrutura hoteleira foi um dos símbolos do desenvolvimento regional. Por lá passaram diversas autoridades que, nos próprios ambientes do complexo, definiram movimentos históricos que repercutem até hoje na vida dos cidadãos e cidadãs

da cidade e do Vale do Taquari. Além de diversos eventos em âmbito regional, estadual, nacional e internacional. O Hotel Weiand sucumbiu na pandemia. Mas cumpriu seu papel com excelência e vai restar para sempre na história dos lajeadenses. Agora, e a partir dos trâmites finais dessa complexa – e milionária – negociação, aquela região da cidade vai voltar a respirar vida naquele importante espaço junto à Av. Sete de Setembro. Em resumo, a nobre área vai voltar a servir a sociedade!

Orçamento de Lajeado passa de R$ 3 bi até 2029

O governo de Lajeado vai encaminhar à câmara de vereadores o projeto de lei do Plano Plurianual para o período de 2026 a 2029. E lá constam as projeções orçamentárias da administração municipal para os próximos quatro anos. Em 2026, por exemplo, o

Executivo projeta uma receita de R$ 726,6 milhões; em 2027, R$ 770,7 milhões; em 2028, R$ 806,9 milhões; e R$ 858,2 milhões em 2029. Ou seja, algo em torno de R$ 3,1 bilhões para a atual (e talvez um próximo) prefeita administrar.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

Fórum das Entidades cobra a Antt

O Fórum das Entidades coleciona movimentos em prol da comunidade lajeadense e tem provocado toda a sociedade – incluindo os poderes Executivo e Legislativo – a pensar melhores soluções para problemas crônicos da cidade, e, mais recentemente, da região. Diante da buraqueira em vias pedagiadas no trecho urbano da cidade – são diversos os relatos de avarias, pneus furados e outros problemas verificados em veículos que trafegavam na rodovia federal –, a entidade resolveu “chutar a porta” da Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) para que essa cumpra o principal (e talvez o único) dever constitucional: fiscalizar a concessão. Parabéns ao Fórum. E tomara que outros grupos também “chutem as portas” das agências reguladoras para cobrar o básico: a fiscalização. Caso contrário, será cada vez mais difícil sustentar a importância das concessões…

MDB o cializa pré-candidatura de Mateus Trojan à assembleia

A coordenação regional do MDB vai ficar nas mãos do prefeito reeleito de Imigrante, Germano Stevens, e o pré-candidato a deputado estadual do partido aqui no Vale do Taquari será o prefeito reeleito de Muçum, Mateus Trojan. As especulações se confirmaram na noite dessa quinta-feira, durante a eleição da nova coordenadoria regional. E um fato curioso. Stevens e Trojan chegaram a disputar internamente a mesma indicação. Até poucas

semanas atrás, ambos “brigavam” para ser o pré-candidato a deputado estadual na região. Pelo jeito, houve consenso, Stevens cedeu e Trojan assumiu a vaga. Aliás, Stevens já havia cedido, também, ao prefeito de Vespasiano Corrêa, Tiago Michelon (PL), ao abrir mão da candidatura à presidência do Consóercio Intermunicipal de Serviços, o nosso Consisa. Tudo em prol da construção coletiva e harmoniosa, penso eu.

TIRO

- Governo de Lajeado, vereadores e CDL voltam a debater sobre um projeto de reformulação da Rua Júlio de Castilhos, a principal via do centro da cidade. Vale lembrar que um audacioso projeto foi lançado faz poucos anos, mas infelizmente travou no excesso de capricho e/ou custos.

- Prefeita de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil) pretende oficializar em julho a nomeação de Rafael Mallmann como o novo Secretário de Desenvolvimento Econômico. Só falta o “sim”.

- Ainda sobre o secretariado em Estrela, os diretórios do MDB e do PL são enfáticos: as prováveis nomeações de Ernani de Castro (MDB) e Humberto Canigia (PL) como os novos secretários de Agricultura e Infraestrutura Urbana são ações pessoais e não representam a vontade dos partidos.

- Governos de Teutônia e Fazenda Vilanova estão dispostos a abrirem mão dos investimentos na ERS-128, a Via Láctea. Os gestores municipais não concordam com o novo plano de concessão do Estado e não foram atendidos após as recentes audiências e consultas públicas.

- Assustadora a imagem de uma casa modular incendiando no bairro Jardim do Trabalhador, em Encantado. Era uma das residências provisórias entregues ainda em 2024 pelo Estado para famílias atingidas pela enchente. E só reforça a urgência na conclusão e entrega das casas definitivas.

- Em 6 de junho, o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), o órgão federal responsável pelo monitoramento da bacia Taquari/Antas (entre outras tantas país afora), assinou comunicado enviado aos servidores do SBG/CPRM. No conteúdo, a suspensão, “por tempo indeterminado”, das emissões de passagens aéreas e reservas de hospedagem – salvo algumas exceções. Tudo isso em função de “contingenciamento” e “limitação orçamentária”. Ou seja, o SGB não parece prioridade neste nosso maravilhoso Brasil de céu anil. O importante por aqui é articular reeleições e aumentar o número de deputados – e de suas emendas parlamentares!

“Arca de Noé” no Vale já está patenteada

O grupo de empresários por detrás do projeto de construção de uma réplica da Arca de Noé no alto de um morro em Roca Sales já patenteou a logomarca do empreendimento. A informação foi confirmada na sexta-feira, durante entrevista de Eduardo Salgado ao programa Frente e Verso. Ele é um dos idealizadores do projeto, que ainda carece de projetos técnicos para definição do orçamento e das dimensões, mas cujo objetivo é fomentar a economia regional e incrementar o trade do turismo religioso no Vale do Taquari. A proposta é criar um complexo turístico ligado ao lazer, entretenimento, gastronomia e cultura, conectando o Vale e a Serra Gaúcha. E isso vai demandar muita habilidade por parte dos futuros investidores e, claro, da futura equipe de marketing.

Apesar de previsões mais conservadoras, o mercado de trabalho brasileiro segue surpreendendo em 2025. Com indicadores robustos e uma economia ainda aquecida, os dados apontam para um cenário favorável ao trabalhador — ao menos na superfície.

Em abril, o reajuste mediano dos salários alcançou 5,7%, superando a inflação acumulada de 5,2% pelo INPC. Embora o ganho real esteja um pouco abaixo do registrado em 2024, ele continua positivo e dá fôlego às negociações coletivas.

O desemprego recua. A taxa calculada pelo IBGE chegou a 6,2% no trimestre encerrado em maio, refletindo um contingente de 103,9 milhões de brasileiros

vinibilhar@grupoahora.net.br

O paradoxo do pleno emprego: Dados positivos x Fragilidades ocultas

ocupados.

Esse dinamismo se reflete nos salários. A renda real média

Docile: prêmio de exportação 8 anos seguidos

A Docile foi reconhecida pelo oitavo ano consecutivo com o Prêmio Exportação RS, concedido pela ADVB na categoria Indústria –setor de Alimentos. A cerimônia de premiação ocorre em 14 de agosto, em Porto Alegre. Em 2022, a marca tornou-se a maior exportadora do segmento no Brasil e, em 2024, entrou para o ranking das 100 maiores empresas do mundo no setor, segundo a revista norte-americana Candy Industry. Apenas quatro companhias

avançou 3,1%, com desempenho especialmente expressivo na construção civil, onde os ganhos

Papos

brasileiras integram a lista. A exportação representa 35% do faturamento da Docile, que comemora marcos como a entrada nos mercados da China e do México. “É um ano muito especial para a Docile”, destaca Cristian Ahlert, diretor de Exportação.

chegaram a 7,7%.

No Rio Grande do Sul, o desempenho segue a toada nacional. O estado criou 8.678 novos empregos com carteira assinada em maio, resultado de 142 mil admissões e 133 mil desligamentos. No acumulado do ano, o saldo positivo soma 75.525 vagas formais..

No entanto, quanto mais os indicadores brilham, mais nítidas se tornam algumas contradições. O grupo entre 18 e 24 anos, embora lidere em saldo de vagas (5.438 no RS), também representa um abismo preocupante: o IBGE aponta que cerca de 9 milhões de jovens dessa faixa etária não estudam nem trabalham. Aqui emerge a face menos comentada do atual ciclo de cresci-

mento: a escassez de mão de obra qualificada. Empresários relatam dificuldade crônica para preencher vagas, especialmente nas áreas técnicas e operacionais. O que antes era um diferencial competitivo — a qualificação profissional — começa a perder relevância frente à urgência por ocupação. Em muitos casos, preencher a vaga tornou-se mais urgente do que preencher com o perfil ideal. Em síntese, vivemos um paradoxo. O pleno emprego estatístico convive com o vácuo estrutural da formação, o desalento juvenil e a corrosão gradual da qualificação como base da ascensão profissional. Os números são positivos. Mas, como sempre, os números não contam toda a história.

de Bar da Acil: experiências internacionais no debate

A Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) promove na próxima terçafeira, 1º, às 18h30min, mais uma edição do Papos de Bar. Realizado na Bem Cervejaria, no bairro Carneiros.

Os convidados Fernando Röhsig e Rafael Zanatta compartilharão vivências no exterior, destacando práticas inovadoras e modelos de governança que inspiram desenvolvimento sustentável e melhorias concretas na qualidade de vida. A participação é gratuita, com inscrições pelo site da Acil. O consumo é por conta dos participantes.

preferem trabalhar

Seis em cada dez por conta própria

Fenômeno chamado “aversão à CLT” ganha corpo nas redes sociais e interfere no interesse dos trabalhadores pelo emprego formal. Em meio a um cenário perto do pleno emprego, empresas temem queda de produção. Especialistas apontam para necessidade de revisão das regras trabalhistas

“Eu cansei de ser escada para os outros subir”, “não quero vender metade do meu dia por R$ 1,7 mil”, “ser CLT é ter que andar de transporte público todos os dias”. Publicações feitas em redes sociais e que alimentam a chamada aversão ao trabalho formal.

Para ser motorista de aplicativo, Marcus da Silva, 28, deixou o emprego em uma rede de farmácias.

“Faço os meus horários e ganho mais. Para mim, não compensa ficar oito horas por dia em um lugar, trabalhar fins de semana e ganhar pouco mais de um salário mínimo.”

Atua em horários diversos, em especial no fim da tarde e à noite. Essa escolha tem sido cada vez mais comum entre trabalhadores. Conforme pesquisa Datafolha, 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria a ter emprego formal. Por outro lado, 39% preferem o contrato formal com uma empresa.

O tema mobiliza líderes do setor produtivo. Há um consenso: o modelo atual não atrai mais como

Essa geração não sabe o que é uma carteira assinada. E, pior, não sabe como ela foi conquistada. Não foi presente de político, foi conquistada com suor, luta e enfrentamento”.

antes. A CLT, criada em 1943, não dialoga com a lógica de muitos trabalhadores do século 21.

“Temos que olhar para frente. O país precisa de uma força de trabalho ativa, mas que também se sinta

O país precisa de uma força de trabalho ativa, mas que também se sinta parte do processo. Vamos perder talentos para a informalidade e isso terá impacto direto no crescimento econômico”.

parte do processo. Vamos perder talentos para a informalidade e isso terá impacto direto no crescimento econômico”, acredita o presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado, Joni Zagonel.

A preocupação está em todo o estado e no país. Tanto que a Federação de Entidades Empresariais do RS (Federasul) lançou uma carta aberta à sociedade e aos governos, em que defende uma revisão dos encargos sobre o custo da carteira assinada, para garantir salários maiores aos trabalhadores.

Para o presidente, Rodrigo Sousa Costa, a relação entre contracheque e obrigações tributárias do empregador empurra empresas e trabalhadores para a informalidade e desequilibra a base de arrecadação da seguridade social. “Estamos vendo uma política pública que hoje incentiva a informalidade, em prejuízo do trabalho formal”, afirma.

Segundo ele, a conta não fecha. “Quando uma empresa gasta R$ 3,4 mil para pagar um funcionário e menos de R$ 2 mil chegam na mão dele, o restante é absorvido pelo governo na forma de encargos. Isso cria uma distorção insustentável.”

Conforme o instituto Datafolha, a preferência por trabalhar por conta própria aparece em todas as faixas etárias, mas com mais ênfase dos 16 aos 24 anos. Neste público, 68% acreditam ser melhor atuar

Para conhecer o dé cit de trabalhadores na região, a Acil faz uma pesquisa entre empresas de Lajeado e da região

como autônomo, ante 29% com carteira assinada.

Precarização e doenças da mente

A “pejotização”, ou “uberização” é tema de pesquisa de um dos maiores especialistas em relações de trabalho do país. O professor da Unicamp e doutor em Sociologia do Trabalho, Ricardo Antunes, associa que o descarte de direitos básicos da seguridade cria insegurança e interfere na saúde mental. “Corremos um risco muito grande de no futuro vermos cada vez mais doenças relacionadas ao estresse, à depressão, e até com aumento dos casos de suicídio”, adverte. Esse resultado está relacionado à exigência maior quando se assume funções terceirizadas. “Você só ganha se trabalhar. Se ficar doente, vai ter dificuldades. Pode até pagar um seguro privado, ou previdência privada. Depois, se por algum motivo perder a fonte de renda? Não vai conseguir manter. Isso leva ao desespero.”

De acordo com ele, a expansão dos serviços e das terceirizações está relacionada a uma nova forma de relação laboral. “Não é mais o cronômetro. São as metas. Antes tinha de se produzir tantas peças por minuto. Agora o trabalhador oferece serviços. Precisa atender

Filipe Faleiro filipefaleiro@grupoahora.net.br

uma série de requisitos para conseguir uma remuneração condizente com suas necessidades.”

Sem amparo previdenciário

O presidente do Sindicato dos Comerciários de Lajeado (Sindicomerciários), Marco Daniel Rockenbach, teme os reflexos no futuro do profissional, pois há um apagão de direitos gerados pela informalidade crescente. Para ele, há um “empreendedorismo por desespero”, com um desmonte da proteção social.

Essa ruptura coloca em risco as conquistas históricas da classe trabalhadora. “Essa geração não sabe o que é uma carteira assinada. E, pior, não sabe como ela foi conquistada. Não foi presente de político, foi conquistada com suor, luta e enfrentamento.”

Em cima disso, considera que a desvalorização da CLT é alimentada por um ciclo de frustração e falta de perspectiva. “O jovem olha para os pais que trabalharam 40 anos e mal conseguiram montar patrimônio. Vê isso como fracasso. Aí pensa que o caminho é fazer diferente: virar empreendedor, influencer, entrar no digital. Mas o que vem se criando é uma ilusão de sucesso imediato. E muita gente acaba se frustrando, endividada e sem proteção nenhuma.”

O número de pessoas descobertas pela seguridade social cresce a cada ano. Conforme dados do

A CLT por si só não é o problema. O problema é o pacote completo que muitas empresas ainda entregam com ela: controle excessivo, engessamento, falta de autonomia e um ambiente pouco inspirador”.

IBGE, são cerca de 40 milhões de brasileiros na informalidade. Entre os quase 15 milhões de Microempreendedores Individuais (Meis), 60% não pagam a contribuição mensal e estão fora do sistema de previdência e auxílio-doença.

Labirinto dos ‘penduricalhos’

O presidente do Sindicomerciários também critica a estrutura tributária, que penaliza o trabalhador de baixa renda. “É inadmissível alguém que ganha pouco mais de R$ 2 mil pagar Imposto de Renda.

Corremos um risco muito grande de no futuro vermos cada vez mais doenças relacionadas ao estresse, à depressão, e até com aumento de casos de suicídio”.

Rockenbach, é a Previdência. “Estamos cantando essa pedra há anos: a contribuição previdenciária está em colapso. A reforma ampliou o tempo de contribuição, mas desconsiderou a realidade.”

Sem previdência, sem segurança

“A gente vive um apagão silencioso. As pessoas não pensam no amanhã. E quando pensam, é tarde. A previdência virou algo distante, quase fictício. Mas é ela que sustenta a segurança mínima do país. E nós estamos desmontando isso.”

Liderança em

xeque

Mudança na percepção sobre a CLT no Brasil

Pesquisa Datafolha

Precisamos criar um salário real, digno. Em vez disso, o que vemos é um salário base baixo, cheio de penduricalhos, como o quebra de caixa, auxílio-creche, gratificação disso e daquilo. Tudo isso pra fugir da taxação. Mas o resultado é um trabalhador vulnerável, que mal sabe o quanto ganha, e que não tem estabilidade futura.”

Até nas convenções coletivas é preciso cuidado, diz. “Muitas vezes, se há um aumento direto no salário, o trabalhador entra em uma alíquota maior de Imposto de Renda e acaba recebendo menos.”

O ponto mais crítico, segundo

As empresas ainda entregam um “pacote CLT” ultrapassado, diz o especialista em comportamento organizacional, e diretor da Dale Carnegie Vale do Taquari, Gabriel Garcia. Para ele, um dos fatores que pode estar afastando os jovens do emprego formal é o modelo de liderança.

“A CLT por si só não é o problema. O problema é o pacote completo que muitas empresas ainda entregam com ela: controle excessivo, engessamento, falta de autonomia e um ambiente pouco inspirador”, resume.

Segundo Garcia, há uma ruptura cultural silenciosa em curso. A resistência à carteira assinada vai além da questão tributária ou da remuneração. O que está em jogo, diz ele, é o sentido do trabalho.

“O que estamos vendo é um

Evolução da preferência pelo trabalho com carteira assinada

2022: 77% preferiam trabalho formal com salário menor

2025: 67% ainda preferem CLT, mas queda de 10 pontos percentuais (2022–2025)

Queda de 13% na valorização da formalidade trabalhista

O que pesa mais na decisão dos trabalhadores.

O que é mais importante?

Trabalhar com carteira assinada, mesmo ganhando menos: 67% Trabalhar sem carteira assinada, com salário maior: 31%

Não souberam responder: 2%

Se pudesse escolher, prefere emprego formal ou trabalhar por conta própria?

59% é melhor trabalhar por conta própria 39% preferem manter vínculo trabalhista

Recorte por gênero 62% que priorizam a carteira assinada 71% priorizam a carteira assinada

cansaço com o modelo tradicional de liderança e gestão. E isso não é culpa da geração nova. É uma resposta a um sistema que parou no tempo.”

Na avaliação de Garcia, há um avanço sobre o tipo de empreendedorismo, diferente do que se via nas décadas anteriores. “O empreendedorismo por necessidade sempre existiu. Mas agora vemos o empreendedorismo por identidade. Muitos jovens preferem abrir mão da estabilidade em nome da liberdade. Eles não querem mais ser funcionários, querem ser protagonistas.”

ALERTA DE ENCHENTE

Estado instala gabinete de crise em Lajeado

Previsão aponta até 200 mm de chuva entre sábado e domingo. Defesa Civil projeta cheia superior a 23 metros no Rio Taquari. Municípios ativam planos de contingência

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Ogoverno do Estado retoma o gabinete de crise em Lajeado diante da possibilidade de uma nova enchente no fim de semana. Conforme os alertas da Defesa Civil, o volume de chuva pode chegar a 200 milímetros entre sábado e domingo. Os maiores acumulados nas cabeceiras do Rio Taquari. A previsão é de que o nível do rio supere os 23 metros

em Estrela e Lajeado. Segundo o chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, Luciano Chaves Boeira, a situação é crítica. “Ati-

PREVISÃO DO TEMPO

SÁBADO

No início do dia, tempo estável, com chance de momentos de sol. A partir da tarde, a nebulosidade predomina e avança sobre a região. A chuva se intensifica, com chance de temporais.

Min.: 9ºC

Máx.: 16ºC

DOMINGO

Chuva predomina durante o dia. Durante a tarde, com a chegada da massa de ar frio, tendência de melhora gradual.

Min.: 10ºC

Máx.: 14ºC

SEGUNDA-FEIRA

Nebulosidade variada, com pouca chance de chuva. Frio ganha intensidade.

Min.: 5ºC

Máx.: 11ºC

vamos o Centro de Contingência Central do Estado e reforçamos as equipes operacionais. Em Lajeado, o comitê de emergência vai funcionar no Corpo de Bombeiros, reunindo representantes de todas as secretarias estaduais.” Além do Vale do Taquari, estruturas de emergência também serão montadas em Santa Cruz do Sul e Caxias do Sul. As unidades descentralizadas vão monitorar em tempo real as regiões de maior risco, coordenar planos de resposta e garantir agilidade na proteção da população.

Mobilização nos municípios

Lajeado, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio e Estrela ativaram planos de contingência. Em Lajeado, o Parque do Imigrante volta a ser ponto de acolhimento de famílias desalojadas. A cidade reforçou o monitoramento do nível do rio por câmeras na Ponte de Ferro.

A administração também colocou em prontidão caminhões, equipes de saúde, assistência social, transporte e alimentação.

“Mobilizamos todas as áreas para agir com agilidade conforme a

evolução do cenário”, afirmou o coordenador da Defesa Civil local, Marcelo Maia.

Em Encantado, o coordenador Roberto Pretto alerta para risco de deslizamentos. “Como o solo segue encharcado, há chance elevada de escorregamentos em áreas vulneráveis. Orientamos a população a ficar atenta a sinais como árvores inclinadas, movimentação de terra e água barrenta”, reforça. A cota de inundação da cidade é 12 metros, mas as primeiras casas podem ser atingidas a partir de 14 metros. Em 19 de junho, o nível chegou a 11,72 metros.

Cenário climático preocupa

Segundo o boletim da Defesa Civil estadual, a forte instabilidade climática decorre da atuação de uma frente fria, somada ao fluxo de umidade da Amazônia e à formação de um ciclone extratropical na costa gaúcha. A combinação pode causar chuva volumosa em curto período, com raios, ventos fortes e eventual granizo. Hidrólogos estimam que o solo segue com umidade elevada e com baixo poder de absorção.

Reunião na tarde dessa sextafeira, na Univates, Defesa Civil regional convocou municípios e gestores para mostrar “Volumes superiores a 100 mm em áreas amplas da bacia têm potencial para provocar inundações no Taquari e seus afluentes”, afirma o gerente de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil, Franco Buffon.

Chuva acima da média

De acordo com o Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates, o inverno de 2025 será marcado por instabilidade frequente, com chuvas acima da média, nevoeiros e neblina. O período é de neutralidade climática, sem influência de El Niño ou La Niña. Agosto e setembro devem concentrar os maiores volumes de precipitação, com risco elevado de temporais e vendavais. O contraste térmico favorece a formação de tempestades intensas, em especial na transição para a primavera.

GABRIEL SANTOS

CONCESSÃO DO BLOCO 2

Fórum técnico avalia projeto

do Estado e pede melhorias

Evento da Federasul reuniu líderes empresariais, deputados e prefeitos do Vale do Taquari. Grupo realça que concessão é a melhor forma de garantir investimentos em infraestrutura das rodovias da região Norte e do Vale do Taquari

SÉRGIO GONZALEZ/DIVULGAÇÃO

Aconcessão do Bloco 2 de rodovias estaduais voltou ao centro do debate, agora sob a condução da Federação das Entidades Empresariais do RS (Federasul). Na manhã dessa sexta-feira, ocorreu o Fórum Técnico sobre o pacote apresentado pelo governo Leite. Com a presença de seis deputados estaduais, um federal, três prefeitos, vereadores e dirigentes empresariais, o encontro terminou com um diagnóstico unânime: o projeto precisa de adaptações e melhor detalhamento sobre uso de recursos do Fundo da Reconstrução (Funrigs).

Como principal crítica, o valor do quilômetro rodado, estimado pelo governo em R$ 0,19. A ex-

Adelar Ste er, coordenador do grupo de trabalho, a rma que há obras importantes. Para ele, projeto avançou na comparação com o anterior

pectativa é que o estudo do Volume Diário Médio (VDM), encomendado pela Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), aponte caminhos para uma revisão tarifária e fortaleça o argumento de que o custo pode ser reduzido.

A apresentação do estudo estava prevista para o Fórum, mas precisou ser adiada devido às chuvas, que interferem na entrega dos resultados. Conforme a Câmara da Indústria e Comércio do Vale (CIC-VT), na próxima semana será concluído o levantamento.

A primeira apresentação será para as associações financiadoras (Amvat, Amat e Avat), para depois torná-lo público.

Com isso, a Federasul se comprometeu em liderar a articulação de uma agenda convergente com deputados e entidades empresariais. O intuito é sensibilizar o Estado para ajustes no pacote.

Mais critérios

O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, diz que a entidade é a favor das concessões.

“A discussão não é ser contra ou a favor. Precisamos de obras que mantenham empresas e empregos no RS e de estratégias para evitar repetir erros de concessões mal estruturadas, como ocorreu na área ferroviária”, realça.

O dirigente reforçou que quando um projeto é bom e atende a todos, ele conquista apoio. “O que temos hoje não é isso. É preciso fazer ajustes e ouvir os municípios impactados.” Com a conclusão

do estudo técnico sobre o VDM, a Federasul pretende sistematizar as informações e organizar uma nova rodada de escutas com os setores.

A meta é levar uma proposta alternativa ao governo que reduza distorções e viabilize investimentos sem comprometer o desenvolvimento regional.

Reunião com o Piratini

Com o edital previsto para julho, os prefeitos do Vale querem reunião direta com o governador Eduardo Leite, o vice Gabriel Souza e o secretário Pedro Capeluppi. “Ou nos unimos em uma frente comum, ou seremos ignorados”, defende o prefeito de Sério, presidente da Amvat, Moisés de Freitas. De acordo com ele, foi pedida uma reunião para segunda ou terça-feira. No entanto, a data ainda não foi confirmada pelo governo do Estado.

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

COLÉGIO CASTELO BRANCO

Retorno das aulas confirmado para agosto, diz CRE

Maior escola do Vale está com aulas na Univates desde novembro de 2023.

Investimento acima dos R$ 2,5 milhões garante cumprimento do prazo acertado com a Univates e o Ministério Público

Os cerca de 900 alunos do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, o Castelinho, em Lajeado, têm data para voltar ao prédio histórico. A partir do dia 4 de agosto, as aulas serão retomadas no endereço original da escola.

Segundo a coordenadora regional de Educação (CRE), Greicy Weschenfelder, um esforço conjunto garantiu que o cronograma fosse respeitado. “É uma volta muito esperada. Houve um mutirão para garantir a entrega dentro do prazo estabelecido”, realça.

As obras no Castelinho começaram em dezembro . Após atrasos por falta de pessoal e cobranças da Secretaria Estadual de Obras Públicas (Seop), a empresa contratada reforçou a equipe e ampliou a jornada de trabalho para garantir a conclusão da etapa essencial para o reinício das aulas.

Em julho, o governo reafirmou o compromisso com a comunidade escolar. Ao todo, foram investidos mais de R$ 2,5 milhões na reforma.

Etapas da obra e plano de retomada

O foco da obra foi a resiliência climática. Entre os serviços, estão a troca do piso de madeira, reforços estruturais, reforma de telhado, substituição da fiação elétrica e melhorias no sistema de drenagem.

A vistoria agendada para o dia 27 de julho será conduzida pela 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), pela Seop e pela direção da escola. O objetivo é verificar se todas as condições estruturais, elétricas e sanitárias foram atendidas para receber os alunos com segurança.

Relembre o caso

O prédio do Castelinho está

Aulas no endereço original do Castelinho estão suspensas desde setembro de 2023. Quase dois anos depois, os cerca de 900 estudantes deixam a Univates

interditado desde setembro de 2023. Com isso, os alunos foram transferidos para salas da Univates, em Lajeado, por meio de um convênio firmado entre o Estado e a instituição.

Em novembro do mesmo ano, uma nova cheia agravou os danos. O convênio foi prorrogado para 2024. No fim do ano letivo, a Univates solicitou as salas de volta. Sem acordo, o Ministério Público passou a mediar as negociações. A promotoria cobrou do governo estadual uma definição sobre o destino da maior escola pública da região.

Nas reuniões, o governo chegou a apresentar a proposta de desativar o Castelinho e transferir a escola para outro endereço. A possibilidade gerou forte reação da comunidade escolar e da administração de Lajeado, que se colocou à disposição para assumir o prédio histórico, caso o Estado desistisse do imóvel.

Pressionado, o governo recuou e, com apoio da Univates e intermediação do Ministério Público, firmou compromisso para garantir o retorno ao prédio original ainda em 2025.

LINHA DO TEMPO

SETEMBRO DE 2023

A cheia do Rio Taquari atinge o centro de Lajeado e compromete a estrutura do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (Castelinho). A escola é interditada devido aos danos causados pela enchente.

14 DE SETEMBRO DE 2023

Cerca de 890 alunos do Castelinho recomeçam as aulas na Univates, conforme convênio firmado entre o Estado e a universidade. As turmas são alocadas nos prédios 3, 4 e 6 do campus universitário.

OUTUBRO DE 2023

Início das reformas no Castelinho, incluindo troca de telhado, reforma de assoalho e fiação elétrica.

NOVEMBRO DE 2023

Nova enchente traz mais danos à estrutura

DEZEMBRO DE 2023

Com o fim do ano letivo, a Univates informa que não deseja prorrogar o convênio com o Estado. Com isso, os alunos não teriam local para o recomeço das aulas no ano seguinte.

JANEIRO DE 2024

Iniciam as reuniões mediadas pelo Ministério Público em busca de uma solução para o impasse entre a Univates e o governo do Estado. O Estado solicita a prorrogação do convênio para garantir a permanência dos alunos na Univates.

MAIO DE 2024

Maior inundação da história do Brasil. Danos severos comprometem as aulas no Castelinho.

JUNHO DE 2024

Recomeço das reuniões de mediação sobre o destino do Castelinho. Estado apresenta ao então prefeito, Marcelo Caumo, a ideia de não investir no prédio histórico e de construir uma nova escola Castelo Branco.

JULHO DE 2024

Frente a pressão e ao descontentamento com a possibilidade de fechar o antigo Castelinho, o Estado volta atrás e elabora um projeto para tornar a instituição um exemplo de escola resiliente.

OUTUBRO DE 2024

O governo do Estado anunciou o início das obras de recuperação do Castelinho, com um investimento de R$ 2,6 milhões. O objetivo é reestruturar as salas de aula e garantir o retorno dos alunos ao colégio.

DEZEMBRO DE 2024

No dia 1º é assinada a ordem de serviço que autoriza o início das obras no colégio.

MARÇO DE 2025

A Secretaria Estadual de Educação informa que parte das obras será concluída até julho de 2025, permitindo o retorno das aulas no Castelinho no segundo semestre.

EDITH HEPP, 89, faleceu na sextafeira, 27. O velório ocorre na Capela Velatória Evangélica da Germano Canabarro, em Teutônia.

ROSELI NEITZKE, 57, faleceu na sexta-feira, 27. O velório ocorre na capela da Comunidade de Linha Almeida, em Sinimbu. O sepultamento ocorre neste sábado, 28, às 9h30min, no Cemitério Evangélico da mesma comunidade.

ELLY PEREIRA DA SILVEIRA, 83, faleceu na sexta-feira, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Estrela.

LORENO ANTÔNIO DA LUZ, 65, faleceu na quinta-feira, 26. O sepultamento ocorreu no Cemitério Luterano do Florestal , em Lajeado. OBITUÁRIO

ALBINO ENDERLE, 79, faleceu na sexta-feira, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Santo Antão, em Encantado.

VALE DO TAQUARI
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

NEGÓCIO FECHADO

Sesc inaugura sede e compra Hotel Weiand

Negociação ocorria desde 2023. Projeção é concluir reforma em três anos. Até lá, atividades ocorrem em salas na Avenida Senador Alberto Pasqualini, bairro Americano

desde o começo da década

LAJEADO

Aunidade de Lajeado do Serviço Social do Comércio (Sesc-RS) encerra o primeiro semestre de 2025 com duas conquistas. Uma delas é a inauguração do novo espaço no bairro Americano. A outra novidade é a aquisição do antigo hotel Weiand, no bairro Moinhos, para centralizar a maior parte das atividades disponibilizadas aos associados. Os últimos ajustes foram concluídos nesta semana. O atual endereço compreende 1.055 m²

de estrutura e compreende academia com musculação e pilates, biblioteca, programa Maturidade Ativa, o projeto Criar e os atendimentos em Odontologia, em novo consultório, além da EAD EJA Sesc.

“Importante qualificar o serviço, entregar o propósito que temos com nossas atividades de esporte, lazer, cultura e educação. Tudo livre de inundações, num espaço estratégico”, define a diretora do Sesc/RS, Betina Durayski.

Após a enchente de 2024, o Sesc encerrou as operações no prédio situado na rua SIlva Jardim, Centro Histórico e mudouse para salas ao lado do Serviço

Nacional do Comércio (Senac), na Avenida Senador Alberto Pasqualini. A antiga sede foi atingida pelas enchentes, o que impossibilitou a sequência do atendimento no local.

Investimento

A outra informação positiva é a concretização das tratativas para compra pela Fecomércio-RS do antigo hotel Weiand, instalado na Avenida Sete de Setembro e sem operações desde julho de 2020. A projeção é concentrar as atividades do Sesc e Senac, além do aproveitamento do local para um hotel-escola, voltado à formação profissional. De acordo com o presidente

da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, a aquisição da área e a reforma representam um investimento próximo dos R$ 30 milhões. A área compreende 18 mil metros quadrados e a previsão é que, a partir do início das obras, a estrutura esteja pronta em três anos.

“Os proprietários já nos passaram a documentação e está em tramitação. Pedi que a nossa central no Rio de Janeiro acelere este processo. Avançamos bem com o entendimento da família que era proprietária”, complementa. O Sesquinho, escola de educação infantil que integra o núcleo de serviços oferecidos, atualmente está em atividade na Rua Olavo Bilac, bairro Florestal e atende crianças até cinco anos em turno integral.

Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br
Hotel Weiand está com as portas fechadas
Espaço ca no bairro Americano, longe do risco de novas inundações
HENRIQUE PEDERSINI
DIVULGAÇÃO

RIQUEZA VERDE

O Vale da erva-mate

Polo do Alto Taquari concentra 62% de toda a produção do Rio Grande do Sul. Clima nas regiões mais elevadas garante maior rendimento e produto final de qualidade superior. Alta produtividade e queda na demanda de mercado desafiam setor

Símbolo da tradição gaúcha e primeiro patrimônio cultural imaterial do Rio Grande do Sul, a erva-mate ganha espaço nas lavouras e garante renda para mais de sete mil produtores. A atividade avança nos municípios mais elevados, com clima mais propício para o cultivo, e posiciona o polo do Alto Taquari como maior

produtor do Estado. A região tem como grandes destaques Ilópolis, Arvorezinha e Anta Gorda, que juntos colhem quase metade de toda a safra. A cultura segue em ascensão na região desde os anos 90, quando era predominante apenas em Venâncio Aires. Em 1993, por exemplo, a renomada Capital Nacional do Chimarrão reunia quase 34% das áreas cultivadas no Rio Grande do Sul. Nenhum dos municípios do Vale do Taquari figurava entre os dez maiores produtores gaúchos.

Passadas três décadas o cenário é inverso: cinco municípios do Vale do Taquari estão entre os dez principais e Venâncio Aires, fora da lista. As motivações para a mudança estão principalmente atreladas às características de solo e ao clima, tendo em vistas que a erva-mate gera melhores resultados em altitudes acima de 400 metros. “Isso garante uma produção maior e, principalmente, um produto final mais adocicado que justamente é aquele preferido pelos gaúchos”, avalia o técnico em agropecuária da Emater/ RS-Ascar de Anta Gorda, Fabiano Zenere, que opera há 21 anos junto aos produtores da região.

Soma-se a isso o perfil geográfico. Enquanto em Venâncio Aires predominam grandes e plantas áreas, nas regiões altas a grande maioria das propriedades é menor e com maior declividade de solo. “Em casos de crises no setor ervateiro, os produtores do Vale do Rio Pardo podem optar por outras culturas, como trigo, milho e soja. Aqui na região as opções são mais restritas, pois o acesso de maquinários fica mais limitado”, aponta o assistente técnico em erva-mate da Emater Regional, o engenheiro agrônomo Cezar Burrile.

Zenere corrobora ao destacar que este perfil de propriedades acaba sendo mais propício a implantação de lavouras de erva-mate do que outras culturas.

“Isso porque a extração das folhas é um processo manual e dispensa a necessidade de adentrar nos ervais com maquinários. Então o produtor consegue aproveitar melhor sua área.”

O polo do Alto Taquari concentra 62% de toda a produção do Estado. São cultivados, em média, pouco mais de 20 mil hectares na região, com uma estimativa de integrar cerca de 40 milhões de árvores. Pioneiros das áreas comerciais no polo, Ilópolis e Arvorezinha representam 38%

integra mais de sete mil produtores no RS. No polo do Alto

são cultivados mais de 20 mil hectares, com uma estimativa de integrar 40 milhões de árvores

do total das áreas destinadas à erva-mate no RS. São 6 mil hectares e 4,6 mil hectares, respectivamente.

Cultura de longo prazo

A implantação de um erval requer estudo prévio e tempo para recuperar o capital investido. Isto porque o retorno financeiro se torna garantido apenas no oitavo ano após o plantio. “O produtor vai começar a colher de fato apenas cinco anos depois, mas o lucro demora mais. Até ali praticamente vai ser só investimento”, avalia Zenere. Mas a vantagem está na vida útil produtiva do erval. O extensionista ressalta que apesar de existirem árvores centenárias, a alta produção dura entre 40 e 50 anos. Depois disso, a erveira entra em um processo de declínio e diminui a capacidade de brotação. A maioria dos produtores costuma plantar as fileiras com uma distância de 2,5 metros entre

uma e outra. Dentro da fileira, o recomendado é o distanciamento de 1,5 metro.

Mais oferta, menos demanda

Apesar da expansão nas áreas de cultivo, o setor vem enfrentando desafios comerciais nos últimos dois anos. De acordo com o engenheiro agrônomo Burrile, somente no ano passado a produção aumentou em cerca de 20% no polo do Alto Taquari e, na contramão, as exportações para a Argentina estão reduzindo – até então o maior comprador. “A Argentina estava com problema produtivo e agora se recuperou. Além disso as políticas fiscais do governo estão tornando desvantajoso vender para eles.”

A demanda no mercado interno também diminui. Segundo a Emater, a retração no consumo no Estado chega a 8%. Para Burrile, muito disto se deve ao aumento no custo de vida das famílias. “O maior consumidor de erva-mate é o público com poder aquisitivo mais baixo. Como o custo encareceu, as pessoas acabam gastando mais no que é essencial”, avalia.

A ampliação das exportações, além do estímulo ao mercado

O polo do Alto Taquari integra 73 agroindústrias de erva-mate, entre elas, a da família de Fernanda e Fabrício Nunes de Linha São Francisco, em Ilópolis. Município é o maior produtor do RS
Cultura
Taquari,
ESTEVÃO HEISLER

interno, são fundamentais para equilibrar a balança. “Se nós estamos produzindo bastante, mais do que o mercado absorve, naturalmente o setor vai frear”, destaca Burrile ao avaliar a duração da erva-mate já processada. Embalagens a vácuo mantêm a qualidade original do produto por até um ano, as laminadas tradicionais, em média, 60 dias e as de papel em torno de 30 dias.

Encantado

lidera exportações no país

O polo do Alto Taquari integra 73 agroindústrias de erva-mate e tem o maior exportador do produto no Brasil: Encantado. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 2024 o município foi responsável pela venda de 44,43% para o mercado externo, totalizando 21,8 milhões de quilos, embora produza pouco. A maioria da matéria bruta é proveniente do Paraná. Em segundo lugar aparece Venâncio Aires, com 9,36% - 4,6 milhões de quilos. Arvorezinha também tem grande representatividade com 6,45% - 3,1 milhões de quilos, ficando na sexta posi-

Isso garante uma produção maior e, principalmente, um produto final mais adocicado que justamente é aquele preferido pelos gaúchos”

ção do ranking nacional. Em relação às maiores exportadoras, destaque para Venâncio Aires que saiu da 7ª posição em 2023, quando havia vendido 1,5 milhão de quilos. Arvorezinha quase dobrou as vendas e ultrapassou Nova Prata, apesar de um crescimento, também, de quase 70%.

Em busca das árvores gigantes

Uma campanha desenvolvida pelo Laboratório de Manejo da Vida Silvestre da Universidade de Passo Fundo (UPF) busca identificar as maiores erveiras dos cinco polos. Para isso, lançou o concurso “Árvores Gigantes do RS –2024/2025 – Ano da Erva-Mate” cujas inscrições podem ser feitas até a próxima segunda-feira, dia 30, nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar onde as plantas estiverem localizadas.

Serão escolhidas as 10 maiores erveiras de cada polo ervateiro e, depois, as 10 gigantes do território gaúcho. A divulgação vai ocorrer no dia 21 de setembro (dia da árvore). Para o engenheiro agrônomo e coordenador da Câmara Setorial da Erva-Mate, Ilvandro Barreto de Melo, o RS ainda conta com diversas árvores centenárias.

“Estas matrizes mostram a condição de resistência, de resiliência da árvore que se adaptou às questões ambientais, a todas as alterações que ocorreram, como excesso de chuva, estiagem, frio, neve, muitas mudanças. E estes indivíduos resistiram no tempo.”

Povos indígenas expandiram cultura

Classificada em 1820 pelo botânico francês Auguste de Saint Hilaire, como “Ilex paraguaiensis”, a erva-mate pode medir entre quatro e oito metros de altura, mas a literatura fala que as árvores

podem chegar até 15 metros e viver até 400 anos. “Não existe um registro oficial de qual seja a erveira mais antiga do RS, o que se tem são depoimentos, em que árvores vem desde o bisavô, de gerações passadas e ainda permanecem vivas”, afirma Melo. A planta possui uma história diretamente ligada com a trajetória do povo sul-americano. Os povos nativos guaranis, segundo registros, foram os primeiros a utilizar a erva. Eles habitavam a região das bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai. Esses povos acabaram por difundir o uso do mate com os colonizadores espanhóis, fazendo com que, em meados do século XVI, a extração de erva-mate fosse a atividade econômica mais importante da Província Del Guairá, território que abrangia praticamente o Paraná, no qual se situavam cidades espanholas e reduções jesuíticas. Mais tarde, a erva se tornaria o principal produto paranaense durante o período entre a Emancipação Política do Paraná (1853) e a Grande Crise de 1929, chegando a representar 85% da economia paranaense.

Saiba mais sobre a cultura

- É a segunda principal cultura de lavouras permanentes no RS, com 27,8 mil hectares. Perde apenas para a uva, com 47 mil hectares.

- O RS era líder absoluto em 1993 na produção, com 86,2% de toda a nacional. O Paraná ultrapassou o Estado, passando de 8 mil toneladas para 367 mil toneladas nos 30 anos.

- A produção no país cresceu 224% nos últimos 30 anos, passando de 227 mil toneladas (1993) para 736 mil toneladas (2023).

- A erva-mate é produzida em 185 municípios gaúchos, envolvendo 7,2 mil produtores.

- Entre 2021 e 2023, a produção de erva-mate aumentou 32,1% no Brasil, chegando a 736 mil toneladas.

DANIÉLY SCHWAMBACH

UMAS & OUTRAS

FORMADORES DE PREÇOS

Os chamados agentes econômicos formadores de preço não costumam seguir ¨pelo rabo¨ estatísticas oficiais que medem o passado.

Eles precisam estar permanentemente à frente desses indicadores, até prá manterem suas posições relativas e preservarem sua sustentabilidade econômico-financeira ao longo do tempo.

Não podem, não devem e nem vão esperar cair uma chuvarada prá só depois ir arranjar capas, guarda-chuvas e galochas. Tem seus próprios meios de informações e avaliações antecipadas, inclusive com relação a eventuais medidas governamentais que possam afetar a estabilidade imediata e a previsibilidade futura em suas respectivas atividades. Não custa lembrar aos pequenos

e médios comerciantes, industrialistas, prestadores de serviços: prestem a devida atenção aos agentes econômicos formadores de preços do seu segmento de atuação.

É sempre um farol importante na navegação do chamado ¨mercado¨, onde muitas vezes tem que se encarar a parada feito trapezista sem rede, ou domar um leão no picadeiro sem chicote e nem cadeira.

ARTIGO

Poesia em tempos atômicos

“A melhor parte de ser pai é o momento em que você percebe que não gostaria que sua vida fosse de outra maneira.”

HPelo jeito, passados menos de 30 dias, o possível surto de gripe aviária já foi descartado. Fruto das rigorosas medidas sanitárias tradicionais, eficientes sistemas de alertas e medidas preventivas de contenções para evitar possíveis disseminações em rebanhos. Acordos internacionais costumam prever medidas cautelares de prevenção nas exportações/importações, principalmente em relação a produtos alimentícios e ainda mais quando se trata de proteína animal in natura, congelada ou resfriada.

“Ts”

¨Daqui não saio, daqui ninguém me tira!¨.

Esse é o refrão de uma marchinha carnavalesca das antigas, do tempo em que calcinha ainda era peça íntima, como diz o meu Cumpádi Belarmino.

Folias à parte, talvez sirva prá destacar o sentimento de segurança pessoal e familiar que gera

SAIDEIRA EM PÉ DE IGUALDADE

LIVRE PENSAR

Não dá pra fazer omeletes sem quebrar alguns ovos.

(autoria incerta)

a trilogia dos ¨tres tês¨ e por conseqüência a conquista da sempre saudável paz social.

Isso não é novidade, vem de tempos até pré-históricos, passando por qualquer civilização organizada que tenha evoluído.

Acesso a terra, ao teto e ao trabalho, num país continental e com tantos recursos como esse Brasil

Uma coisa é certa, e mais uma vez foi confirmada: os cuidados sanitários com rebanhos avícolas, suinícolas, bovinocultura de leite ou de corte, entre outros, não fica nada a dever a outros centros avançados de produção de proteína animal.

á quase 6 meses, Emma chegou algumas semanas antes do esperado, trazendo muita alegria a mim e Mel e se juntando ao João Guilherme e a Cecília. Em um tempo onde lições de vida são vendidas em redes sociais eu continuo pensando como Saramago que dizia: “Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro.” Mesmo assim estou plenamente convencido de que a paternidade (ou a maternidade) dividem a vida em antes e depois. Não há cura maior para o egoísmo do que filhos.

E eu, pai de três filhos que sou, já posso contemplar parte da obra dos dois mais velhos enquanto reaprendo com Emma a beleza de ver o mundo cada dia de forma diferente.

A sua maneira Joao e Cecília deram suas boas vindas a recém chegada, mas a Ceci conseguiu traduzir de forma tão bela com palavras a alegria de abrir caminho para a irmã, que resolvi dividir com vocês:

Em(m)im

No começo, era só eu.

Que chegava no silêncio de casa, Apenas meu desenho na geladeira.

E o colo do pai, todo para mim.

Cor-de-Anil, não precisa de conflitos artificiais gerados puramente por interesses político-ideológicos. Temos exemplos históricos de sobra, inclusive aqui pelas bandas do Taquari.

Importante garantir os 3Ts para todas as famílias mais atingidas pelos recentes flagelos que a região passou.

O nôno foi no bolicho de manhã bem cedo e voltou com três garrafas de vinho. A nona berrou na roda:

- Mas eu pedi prá trazer só pão e leite prás crianças!

- Sim, mas com essa cerração toda...não dá prá ver nada!

Era uma noite fria,

Quando eu soube sobre sua vinda. Você estava chegando, sem pedir licença

E o nosso mundo ficou todo rosa

Numa tarde de 15 de janeiro, Apenas recebi, “Ela chegou”

Com 2 meses de antecedência, Você veio para eu decifrar o que era amor.

Emma, um nome curto.

Mas que consegue mudar tudo de lugar

Foi contigo que eu ouvi pela primeira vez

O som do amor em forma de choro.

Ao conviver contigo, Vi traços meus em ti

Vindo do formato do nariz

Ou o jeito ambicioso que é só nosso.

Não cheguei primeiro por acaso.

Vim antes para guardar o teu lugar

Para decifrar nosso caminho

Para te amar mesmo antes de te ver

Hoje, te olho dormindo

Com os braços abertos e os pés encolhidos.

Espaçosa, mas assim, aprendi que crescer é ceder lugar

E mesmo assim, continuar inteira.

Mas aos poucos, percebi.

Ser a promovida a mais velha não é perder o espaço,

É virar raiz.

E ver outra flor nascer, do mesmo chão.

Emma,

Ser tua irmã é verbo.

É aprender a conjugar amor em tudo que não se diz.

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

FÁBIO KUHN

Balneário famoso aposta no fondue para aquecer o inverno

Prato principal são as carnes preparadas pelo próprio cliente. Elas harmonizam com oito tipos especiais de molhos

Conhecido como um dos destinos mais populares do verão, o Centro de Lazer Arroio Grande agora quer consolidar o inverno. Para isso, aposta na culinária e inaugura a primeira sequência de fondue em Arroio do Meio. O jantar é servido em três etapas. Começa com entrada de molho de queijo acompanhado por legumes, batata rústica, pão torrado, goiabada, polenta frita e batata rústica. O prato principal são as carnes (filé de rês, frango, suíno e calabresa) assadas pelo próprio

Floresta Encantada 365 VEZES NO VALE

Em breve, o Boulevard Encantado abrirá ao público mais um atrativo. Se trata da área de preservação ambiental (APP) com árvores centenárias, túnel, decks e riacho. Localizada ao lado do complexo turístico, a floresta oferecerá ao público o contato genuíno com a natureza. Inclusive, a área também faz parte da história de Encantado por ter resquícios da tubulação de uma antiga usina.

Para nalizar o fondue, sobremesa cheia de delicias para serem mergulhadas no chocolate quente cliente e harmonizadas com oito tipos de molhos especiais.

Para finalizar, a sobremesa com frutas e outras delícias para mergulhar no chocolate derretido. O diferencial nessa etapa é a presença da bergamota.

O atendimento ocorre nas noites de sextas-feiras e sábados, com o fondue servido a partir das 19h30min. Para melhor atendimento, solicita-se reserva.

O Centro de Lazer Arroio Grande tem uma das estruturas mais completas para o veraneio na região com piscinas, toboáguas e açude de pesca. O fondue surge como alternativa para movimentar

o amplo restaurante nos dias mais frios do ano.

O chef Bernardo Körbes é responsável pela elaboração dos pratos. Conforme ele, entre os diferenciais está a produção caseira com ingredientes vindos da colônia. “É a comida da vó”, relaciona. Outras vantagens são a proximidade de grandes centros (está a menos de 20 minutos de Lajeado), facilidade de deslocamento com acesso asfaltado até o restaurante e o bom atendimento.

Mais informações e reservas podem ser obtidas no WhatsApp 51 99946-6054 ou pelo Instagram @centrodelazer.arroiogrande.

Patrocínio @jeancaroos_jr

Nos trilhos de trem de Roca Sales, o buraco na parte superior de um túnel de trem se transformou em destino turístico. O Túnel Furado rende belas fotos, como essa feita pelo Jean Carlos.

Use a #365_vezes_no_vale e compartilhe as belezas da região conosco!

No QR Code, tem um vídeo completa dessa novidade

SUSTO NA REGIÃO ALTA

Família escapa de incêndio em casa provisória em Encantado

Fogo destruiu módulo habitacional no bairro Jardim do Trabalhador, mãe e dois filhos saíram ilesos

ENCANTADO

Um incêndio atingiu um módulo habitacional provisório ontem, 27, em Encantado. O contêiner, identificado como unidade 19 entre os 72 instalados na Rua Alegrete, no bairro Jardim do Trabalhador, foi completamente destruído pelas chamas. Apesar do susto e dos danos materiais, ninguém se feriu. Segundo relatos, o fogo começou por volta das 7h. A moradora da unidade, Marciele dos Santos, 34, uma industriária, estava em

casa com seus dois filhos — uma menina de três anos e um bebê de cinco meses — quando ouviu um forte estalo, possivelmente vindo da parte elétrica. Ela amamentava o bebê no momento em que percebeu o início do incêndio e conseguiu sair rapidamente com as crianças.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu conter as chamas, evitando que o fogo se espalhasse para os demais contêineres. As causas do incêndio ainda são desconhecidas e serão investigadas. Os contêineres habitacionais instalados no local são revestidos com resina e, segundo moradores, têm estrutura para instalação de aparelhos como ar-condicionado e aquecedores. Todos, no entanto, estavam sem fornecimento de energia elétrica no momento do incidente.

A família afetada foi acolhida pela assistência social da prefeitura de Encantado. Gilberto Dutra, morador e um dos líderes da

comunidade, reforçou a necessidade de melhorias nas condições de segurança dos módulos. “É uma situação trágica que poderia ter sido muito pior. Já vínhamos cobrando mais atenção da secretaria

de Habitação”, declarou. O pai, Israel Diego, 30, é natural de Novo Hamburgo e junto da esposa, se preocupou apenas com a segurança dos filhos. “Até eu sair de casa estava tudo normal, fui levar o nosso guri mais velho no colégio, quando estava retornando vi de longe a fumaça e voltei o mais rápido que pude. Cheguei e quis saber só das crianças, o resto era bobagem”, contou. A família foi direcionada a outro módulo para poder se estabelecer.

Amparo à família

A secretária de Assistência Social e Habitação de Encantado, Jaqueline Taborda, relatou que, assim que soube do incêndio, uma equipe da pasta se dirigiu imediatamente ao local. A prioridade naquele momento foi acolher a família afetada.

As crianças foram encaminhadas para a creche e a escola, enquanto os pais foram levados à sede da secretaria para receber atendimento em um ambiente mais tranquilo. Jaqueline destacou que a primeira preocupação foi garantir o bem-estar da família e, em seguida,

Bombeiros conseguiram conter rapidamente as chamas, evitando que o fogo se espalhasse para os demais contêineres

providenciar a realocação para outro módulo habitacional, o que foi feito ainda na sexta-feira. A equipe também está auxiliando com roupas, utensílios e demais itens básicos, conforme a necessidade do casal e dos filhos.

A secretária afirmou ainda que, paralelamente ao atendimento emergencial, a prefeitura acionou a empresa responsável pelos módulos habitacionais para vistoriar a estrutura incendiada e tentar identificar o que pode ter provocado o fogo.

Secretário justifica

O secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Carlos Gomes, explica que o método utilizado na infraestrutura evitou que o fogo se espalhasse. “O modelo habitacional é projetado com placa cimentícia interna e externa, e lã de rocha por dentro. Por isso, as chamas não se propagaram aos outros módulos”, comenta. Gomes também esclareceu que os módulos não são contêineres reaproveitados, mas sim estruturas originais do tipo steel frame, montadas sobre chassis transportáveis.

DIOGO FEDRIZZI
MATHEUS LASTE
Marciele (d) conseguiu escapar ilesa do local, junto com os dois lhos
Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br

Lente Social

Para crescer com sustentabilidade

Na noite de quarta-feira, 25, o 2M Coworking, em Estrela, foi palco do Workshop “Excelência que escala: Crescimento Sustentável Começa com Processos Bem Geridos”, promovido por Caroline Rohr, proprietária da Mentoring Consulting. O evento marcou o início do Ciclo Empreendedor, uma iniciativa criada para apoiar empresários e lideranças que desejam crescer com consistência, por meio da troca de experiências reais e aprendizados aplicáveis ao dia a dia dos negócios.

22ª Convenção CDL Lajeado

As novas exigências dos consumidores, liderança de marca e vendas foram assuntos debatidos durante a 22ª Convenção CDL Lajeado, o maior evento de gestão e negócios do interior do RS. A iniciativa teve programação na quinta-feira, 26, e contou com mais de 800 pessoas no Clube Tiro e Caça (CTC).

Sesc de casa nova

O Sesc Lajeado inaugurou a nova unidade nessa sexta-feira, 27 de junho, com a retomada completa dos atendimentos ao público. Localizada na Av. Senador Alberto Pasqualini, 335, no Bairro Americano, a estrutura volta a oferecer todos os serviços que estavam suspensos ou funcionando de

forma parcial desde as enchentes que atingiram a região. Entre eles, estão a academia, com modalidades como musculação e Pilates, a Biblioteca, o programa Maturidade Ativa, o projeto Criar e os atendimentos em odontologia, que agora contam com um novo consultório.

Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro
Caroline Rohr
Micheline Rempel e Lucas Piccinini
Kelvin da Costa, Caroline Luiza, Simone Boni e Rosane Tunnermann
Grasiela Caumo, Marilia Jaeger e Rocheli Kunzel
João Maria, Liane Klein, Etiene Azambuja e Giselda Hahn
Marcelo de Campos Afonso, Betina Durayski e Luis Carlos Bohn

www.coquetel.com.br

Cruzadas

Grito de entusiasmo no flamenco Cosmético usado como realçador de cílios

"Triticum", em relação ao trigo (?) Santana, cantor de "Escreve Aí"

MERCADO DE TRABALHO

Série de filmes com Paulo Gustavo "(?) macaco no seu galho" (dito)

A geração de pessoas nascidas entre 1981 e 1995

Quark up (símbolo)

Mastro de bandeiras Obras distribuídas pelo PNLD (BR)

Muito (apócope) Queijo de soja

Início de poemas

Unidade molecular Neurologista (red.)

Componentes do ecossistema (Biol.)

"Máximo", em MDC Indicado como útil "Você", em chats Enfeita; adorna

(?)-bumbá, encenação folclórica

Tribunal de Contas da União (sigla)

São oferecidas no bufê

"(?) Teológica", obra de Tomás de Aquino

Mascote dos Jogos Olímpicos de 2020

Gênero musical de Amália Rodrigues

Peça que mata vampiros (Lit.)

Produto da cevada usado na cerveja

BANCO

Posição de Beyoncé, para a música

Utensílio para modelar biscoitos (Cul.)

Observatório Nacional (sigla)

(?) free: grátis (ing.)

Ate; aperte

Capital peruana Título (abrev.)

Partido de Lacerda Artigo indefinido (pl.)

Império que conquistou Constantinopla

"(?) Viva", sucesso de Chico Buarque

Game (?): fim de jogo, em inglês

Saco de couro para líquidos

(?)-pronóbis, planta comestível

Taxa acrescida à poupança (sigla)

Cobertura rústica de casas

Unidade de venda da pipoca

O paciente da cirurgiã bariátrica

C opo

ÁRIES: Evite reações impulsivas no amor ou em conversas familiares. O momento pedirá comedimento e foco no que você deseja construir a longo prazo.

TOURO: Esta fase será sentida como um renascimento. Finalize antigos processos e crie bases afetivas sólidas para o futuro.

GÊMEOS: Argumentos inteligentes, respostas rápidas, boas análises e decisões marcarão sua presença com brilhantismo nas interações do dia.

CÂNCER: Pense no que poderá funcionar a longo prazo. Planos de expansão ganharão força e poderão inspirar um novo empreendimento.

LEÃO: Canalize o excesso de energia na atividade física e aproveite também para renovar a imagem, cuidar da beleza e jogar a autoestima para cima.

VIRGEM: O importante será se fortalecer interiormente, respeitar seu ritmo e avaliar prós e contras de uma nova proposta com serenidade.

Corsan abre dez vagas de emprego para cidades do Vale

Oportunidades são para os municípios de Lajeado, Encantado e Bom Retiro do Sul. Saiba quais são as áreas disponíveis

APrincipal curso fluvial da Itália

Solução

LIBRA: Caminhos de maior realização profissional estarão iluminados, fique de olho nas oportunidades e suba um patamar na carreira.

ESCORPIÃO: Ao se posicionar com segurança, você conquista respeito e visibilidade. Lance um projeto ou firme um contrato de trabalho.

SAGITÁRIO: Uma mudança de rota pode ser o que faltava para despertar seu entusiasmo. A semana terminará com escolhas mais ousadas.

CAPRICÓRNIO: Troque confidências com a família, ou alguém do passado, planeje mudanças e reestruture a vida de acordo com as necessidades atuais.

AQUÁRIO: Uma conversa séria poderá mudar o rumo de uma relação profissional ou afetiva. Diálogo franco e direto será seu grande aliado.

PEIXES: O corpo será o primeiro a dar sinais de estresse. Escolha onde colocar sua energia e com quem trocar.

Corsan está com dez vagas de trabalho abertas distribuídas em Lajeado, Encantado e Bom Retiro do Sul. São oportunidades para operadores de Estação de Tratamento de Água (ETA), agente de saneamento de água, agente comercial, técnico em eletromecânica, com a exigência de Ensino Médio completo e Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Há também uma vaga de analista comercial pleno que exige curso superior, preferencialmente em Engenharia ou Administração.

As vagas são destinadas também a pessoas com deficiência (PCDs). Além do salário compatível com a função, os contratados terão como benefício assistência médica, assistência odontológica, vale alimentação ou refeição, valetransporte; seguro de vida, plataforma online de saúde emocional (Zenklub), café da manhã no local de trabalho, auxílio-creche para mulheres com filhos de até 6 anos e 11 meses, licenças maternidade e paternidade estendidas e participação nos lucros e resultados (PLR).

Currículos devem ser encaminhados para o e-mail grazielle.dorneles@@aegea. com.br.

CO

C i DADE :

Lajeado

• Agente comercial

• Analista comercial pleno

• Agente de saneamento de água

• Técnico em eletromecânica

Encantado

• Agente de saneamento de água

• Operador da Estação de Tratamento de Água

Bom Retiro do Sul

• Operador da Estação de Tratamento de Água

Horós
VALE DO TAQUARI

DE ESTRELA ÀS OLIMPÍADAS

BERÇO DA CANOAGEM BRASILEIRA, AECA COMPLETA 40 ANOS

Associação

estrelense

transforma vidas pelo esporte e guarda o marco histórico da primeira remada no país

Foi no Rio Taquari, em Estrela, que a história da canoagem no Brasil começou. Em 1943, o alemão José Wingen colocou pela primeira vez uma embarcação nas águas que banham o município. Dessa paixão pelo remo, quatro décadas depois, em 28 de junho de 1985, nasceu a Associação Estrelense de Canoagem, hoje conhecida como Aeca – Associação de Ecologia e Canoagem. Em 2025, ela completa 40 anos de atuação e resistência, e mantém viva a prática de um esporte que hoje é olímpico, mas que nasceu, no coração do Vale do Taquari. “Somos o berço da canoagem brasileira”, afirma Edson Carvalho, diretor administrativo e financeiro da AECA. “A história deste esporte começou aqui, em Estrela, e é nosso dever preservar e ampliar esse legado”. Atualmente, a Associação ocupa a 6ª posição no ranking nacional, com

Associação ocupa a 6ª posição no ranking nacional

a ambição clara de colocar atletas nas próximas Olimpíadas. Mas os números são apenas uma parte de uma história marcada por superação, dedicação e trabalho social.

QUERO QUE, DAQUI 40 ANOS, MEUS NETOS POSSAM CONHECER ESSA HISTÓRIA E

DIZER QUE O PAI E A AVÓ FIZERAM PARTE DISSO”

ANA JULIA LOTTERMANN PRESIDENTE DA AECA

“Às vezes a gente só vê o atleta no pódio com a medalha no peito, mas tem toda uma diretoria, pais e responsáveis por trás disso”, lembra o treinador Francisco Lepkoski, o Chico. Atleta e atual professor da Aeca, ele fala com orgulho do trabalho coletivo que sustenta a entidade, especialmente após os impactos da enchente histórica de 2024, que destruiu parte da estrutura da sede. “Tínhamos quatro remos e dois barcos para dividir com a equipe toda. E a pergunta que eles faziam era: será que vamos conseguir

continuar?”, recorda. “Mas não podíamos desistir”.

INCLUSÃO E TRANSFORMAÇÃO

A Aeca é feita de conquistas dentro e fora da água. Ana Júlia Lottermann, mãe do jovem Lucas, encontrou na associação uma nova chance para o filho, diagnosticado com autismo. “Ela mudou as nossas vidas. O Lucas se fez pertencente àquele espaço e, quando um filho se sente assim, toda mãe fica feliz”, relata emocionada.

Por meio de projetos como o Estrelas do Rio, idealizado em parceria com o governo de Estrela, os atletas são acompanhados da infância até o alto rendimento, a fim de construir trajetórias com propósito e disciplina.

Segundo Edson, por meio deste projeto e com base em estudos realizados pela equipe da Aeca, ficou claro que o esporte é uma poderosa ferramenta de prevenção social. Ao proporcionar aos jovens uma alternativa para não ficarem vulneráveis à violência e à criminalidade, essas crianças

e adolescentes encontram na canoagem um espaço de disciplina, pertencimento e propósito. “Mais do que formar atletas, a Aeca forma cidadãos”, afirma.

SEMENTES DE UM LEGADO

Exemplo disso são os jovens que hoje estudam Educação Física, inspirados pelos seus professores e treinadores. “Cada ação que fazemos, cada competição que viabilizamos, cada equipamento que conseguimos, é uma semente plantada”, diz Chico. E essa semente continua crescendo. Hoje a Aeca possui um atleta que compõem o quadro de atletas da Seleção Brasileira. Calebe de Almeida, representante do Vale do Taquari, é o único gaúcho chamado para treinar com a equipe nacional.

E a associação almeja ampliar seu alcance, subir no ranking nacional e, quem sabe, levar o nome de Estrela às Olimpíadas. Mas, mais do que isso, quer continuar fazendo o que faz há 40 anos: transformar vidas com remadas firmes e corações unidos.

Jéssica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br
Calebe treina no Centro de Treinamento da Seleção Brasileira, no município de Primavera do Leste, no Mato Grosso
FOTOS DIVULGAÇÃO

DIVISÃO DE ACESSO

DE FOLGA, LAJEADENSE OBSERVA RODADA DECISIVA

Time torce por combinação de resultados que pode mantê-lo entre os quatro primeiros após a 9ª rodada

Com 14 pontos somados em oito jogos, o Lajeadense não entra em campo neste fim de semana pela Divisão de Acesso, mas acompanha com atenção os confrontos da 9ª rodada. Atualmente na quarta colocação, o Alviazul pode terminar a rodada fora do G-4, dependendo dos resultados.

A equipe de Lajeado está empatada em pontos com o Bagé, que tem um jogo a menos e ocupa a terceira posição pelos critérios de desempate. Logo atrás, aparecem Inter-SM (13 pontos), Novo Hamburgo (12), Veranópolis (12) e Passo Fundo (12), todos com chances de ultrapassar o Lajeadense.

RODADA DECISIVA

Os jogos da 9ª rodada podem embaralhar ainda mais a classificação. O Bagé recebe o Aimoré, líder com 19 pontos, no sábado

às 19h. Já no domingo, às 15h, o Passo Fundo encara o Esportivo, e o Glória enfrenta o Real. No mesmo horário, o Inter-SM enfrenta o Gaúcho, enquanto às 15h30min, o Novo Hamburgo recebe o Santa Cruz.

Na terça-feira, às 15h, o Gramadense (vice-líder com 15 pontos) encara o União Frederiquense. O complemento da rodada será na quarta-feira, às 19h, com Veranópolis x Brasil.

Com a briga pelo G-4 acirrada, o Lajeadense precisa torcer por tropeços de seus concorrentes diretos. Se Esportivo, Inter-SM, Veranópolis e Passo Fundo vencerem, o time pode cair para a oitava posição.

OLHO NA RETA FINAL

Faltando apenas duas rodadas para o encerramento da fase classificatória, o Lajeadense se prepara para seus dois últimos compromissos: fora de casa contra o Real, e em casa contra o Glória. Para garantir vaga na próxima fase sem depender de outros resultados, a equipe precisa somar pontos e, de preferência, vencer ambos os jogos.

Enquanto isso, o elenco segue treinando, focado em corrigir erros e manter o rendimento que o colocou na zona de classificação. O técnico e a comissão técnica

Atualmente na quarta colocação, o Alviazul pode terminar a rodada fora do G-4, dependendo dos resultados

avaliam o desempenho até aqui como consistente, mas reforçam a importância de manter a concentração máxima nos dois próximos jogos.

PRÓXIMOS JOGOS

DO LAJEADENSE

Com 14 pontos somados em oito rodadas, o Lajeadense tem

AMADOR

mais seis jogos pela frente. Para garantir uma vaga entre os quatro primeiros e decidir em casa a vaga no mata-mata da Divisão de Acesso, a equipe precisa, no mínimo, manter a média histórica de classificação. Nas últimas edições da competição, a média para garantir vaga no G-4 costuma girar entre 24 e 26 pontos. Considerando esse cenário, o Lajeadense teria que somar pelo menos mais 10 a

AGENDA

SÁBADO

19h – Bagé x Aimoré

DOMINGO

15h – Passo Fundo x Esportivo

15h – Glória x Real

15h – Inter-SM x Gaúcho

15h30min – Novo Hamburgo x Santa Cruz

TERÇAFEIRA 15h – Gramadense x União Frederiquense

QUARTAFEIRA 19h – Veranópolis x Brasil

12 pontos nos seis jogos restantes. Ou seja, três vitórias e um empate.

Já para confirmar a classificação, e para não depender de outros resultados, o ideal é que a equipe conquiste ao menos sete pontos nos últimos seis jogos — o equivalente a duas vitórias e um empate.

A equipe volta a campo no dia 6 de julho contra o Bagé, na Arena. Após isso atua contra Gramadense (fora de casa), Gaúcho (casa), Glória (fora), Aimoré (fora) e Real (casa);

EM CASO DE TEMPO BOM, VALE CONHECE MAIS CAMPEÕES

Boqueirão do Leão define os melhores times da temporada

O fim de semana tem previsão de clima instável, mas caso as condições climáticas permitam, o municipal de Boqueirão do Leão conhecerá os campeões da temporada 2025.

A final entre Esportivo e Independente ocorre em Linha Data. No jogo de ida, empate sem gols. Quem vencer fica com o título. Nova igualdade leva a decisão aos pênaltis. No aspirante, o Esportivo venceu o jogo de ida e está pelo empate.

FINAIS

A partida de ida da final de

Imigrante será na comunidade de Daltro Filho. O Riograndense encara o Cruzeiro na final da Ouro. Os times se enfrentaram na abertura da competição e o Cruzeiro levou a melhor ao vencer por 2 a 1.

Na Prata, a decisão é entre Ecas e Canarinho. No único duelo entre os times, a partida terminou empatada em 2 a 2.

Já em Bom Retiro do Sul a partida de ida é na sede do Rudibar. Grêmio e Aecosajo disputam o título. Antes, Limitados e Lesionados jogam pelo terceiro lugar.

DESTAQUES

Paverama, Taquari e Lajeado também conhecem os finalistas. Jogos ocorrem neste domingo.

JOGOS

CANCELADOS

Ainda na programação esportiva no Vale, a final da Copa Serrana, prevista para este domingo, foi cancelada em virtude da previsão de chuva.

AGENDA

BOQUEIRÃO DO LEÃO nal/jogo da volta

Esportivo x Independente (titular/aspirante)

BOM RETIRO DO SUL nal/jogo de ida

Grêmio x Aecosajo

IMIGRANTE nal/jogo de ida

Riograndense x Cruzeiro

TAQUARI

semi nal/jogo de ida

Taquariense x Juventude

São José x Furacão

LAJEADO

semi nal/jogo de ida

Internacional x Guarani

Projeto Guarani x Brasil

PAVERAMA

semi nal/jogo de ida

União x Laranja Mecânica

Amigos do Morro Bonito x Brasil

DIVULGAÇÃO

Lombada na Av. Pasqualini

A Avenida Senador Alberto Pasqualini de Lajeado recebia sua primeira lombada eletrônica. Na época, era o 33º controlador de velocidade da cidade. A lombada foi instalada logo após o cruzamento da Avenida com a rua Duque de Caixas, em uma descida, no

sentido bairro centro. No mês seguinte, o equipamento seria colocado na outra faixa, no sentido centro-bairro.

Na época, passavam cerca de 600 mil veículos por mês no local, onde a velocidade máxima era de 50 km/h. Um redutor de ve-

Criação da CIC Vale do Taquari

Representantes das associações comerciais e industriais da região se reuniam no antigo Unishopping para a criação da Câmara de Indústria e Comércio (CIC) do Vale do Taquari. A entidade daria representatividade às demandas da classe empresarial. Na ocasião foi aprovado o estatuto e a diretoria provisória.

Na época, o vice-presidente de Integração Regional da Acil Lajeado, Oreno Ardêmio Heineck, assumia a presidência da diretoria provisória, que era composta também por Paulo Fröhlich, Jorge Mörschbächer, Sílvio Grandi, Jocelito Pariz e Gilmar Neitzke. O grupo ficaria na liderança da CIC até março de 2006, quando seria feita uma eleição para o mandato de dois anos. Na reunião, participaram representantes de Lajeado, Estrela, Encantado, Arroio do Meio, Teutônia, Roca Sales e Santa Clara do Sul.

Univates inaugurava

sua 1ª biblioteca

A então Faculdade Alto Taquari de Ensino Superior (Fates, atual Univates) inaugurava a biblioteca de seu recente campus universitário. Naquele tempo, a faculdade funcionava em convênio com a Universidade de Caxias do Sul e estava instalada em um único prédio, inaugurado em 1972.

Na solenidade de inauguração da tão esperada Biblioteca da Fates, marcou presença o Reitor da Universidade de Caxias do Sul, Abrelino Vazzatta, e

o Governador do Distrito L-7 do Lions, Paulo Dias. O Dr. Ney Arruda tinha sido o orador da cerimônia, já que tinha coordenado a campanha de arrecadação de livros e recursos financeiros.

Ao todo, mais de 200 mil cruzeiros foram empregados para a biblioteca, que dispunha de mais de 2 mil livros. As maiores doações tinham sido feitas pelo Lions Club de Lajeado (que Arruda fazia parte), Olvebra e Souza Cruz, duas das maiores

locidade semelhante funcionava na Av. Benjamin Constant, na altura do Hospital Bruno Born. Entre 2001 e 2011, Lajeado chegou a ter 50 lombadas eletrônicas. Em 2014, saíram de funcionamento e hoje a cidade não tem mais nenhum desses equipamentos.

empresas de Lajeado na época. Cada uma dessas instituições tinha doado 15 mil cruzeiros. Na época, a inauguração de uma biblioteca universitária na cidade foi um marco para toda a região. Além disso, o espaço era uma exigência para o funcionamento dos cursos da instituição, que dispunha da Faculdade de Letras e da Faculdade de Ciências Econômicas. Depois da cerimônia, um almoço festivo foi realizado no antigo Restaurante do Engenho.

Sábado é Hoje é - Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ - Dia da Renovação Espiritual

Dia Internacional dos Trópicos

- Dia do Papa

- Dia do Pescador

- Dia do Dublador

- Dia do Telefonista

- Dia do Engenheiro de Petróleo

Santo do dia 28: Santo Irineu
Santo do dia 29: São Pedro e São Paulo

Fim de semana, 28 e 29 junho 2025

Fechamento da edição: 18h MÍN: 9º | MÁX: 16º O dia começa com tempo firme e o sol até pode aparecer com nebulosidade variada no Vale.

No frio, mais cuidado

Pele ressecada, alergias e agravamento de doenças crônicas exigem atenção especial na temporada de inverno.

Páginas 4 e 5

EDITORIAL

Cuidar da pele é saúde

Quando o frio chega, nossa atenção naturalmente se volta para o guarda-roupa, tirando casacos, cachecóis e meias grossas dos cabides e gavetas. Mas há algo que costumamos deixar de lado nessa transição de estação, como a saúde da pele. Diferente do que muitos pensam, é no inverno que ela mais sofre e exige cuidados especiais.

As temperaturas mais baixas, somadas ao vento, à baixa umidade do ar e aos longos banhos quentes, favorecem o ressecamento da pele, que pode levar a coceiras, descamação e até fissuras. Quem já convive com dermatites ou doenças como psoríase e rosácea costuma perceber uma piora nesse período.

Além disso, é no inverno que muitas pessoas relaxam quanto à proteção solar, acreditando que o frio neutraliza os efeitos da radiação. Os raios UVA, que penetram na pele e aceleram o envelhecimento, continuam ativos mesmo em dias nublados e frios. Por isso, o uso diário do protetor solar deve ser um hábito inegociável.

A boa notícia é que o inverno, por outro lado, é a estação ideal para tratamentos dermatológicos como peelings, lasers e aplicações de ácidos, já que a menor incidência solar reduz o risco de manchas e complicações. É o momento certo para investir na recuperação da pele e preparar o corpo para os dias mais ensolarados.

Hidratação constante, uso de sabonetes suaves, consumo adequado de água e acompanhamento com um dermatologista de confiança são passos simples, mas essenciais. O inverno pode até nos convidar ao recolhimento, mas a pele não deve ser esquecida nesse processo. Cuidar da pele no frio é, também, saúde. Boa leitura!

EXPEDIENTE

AGENDA

Para os próximos dias, cultura e solidariedade

Cris Pereira, criador dos personagens Jorge da Borracharia, Pedreiro Dinei e Gaudêncio, se apresenta no Teatro da Univates no próximo domingo,

Celebrar o rock

29, às 18h. O humorista comemora seus 30 anos de carreira com um show especial. As histórias hilárias contadas pelo comediante vão divertir o

Para celebrar o Dia Mundial do Rock, comemorado em 13 de julho, a prefeitura de Lajeado promove a primeira edição da Semana Municipal do Rock, com slogan “Conectando Som, Cidade e Atitude”. A programação ocorre nos dias 12 e 13 de julho, com entrada gratuita, e envolve atividades em diferentes espaços do município. A ação é uma parceria com o Conselho Municipal de Política Cultural e o Setorial de Música, Músicos, Bandas, Orquestras e Corais. O objetivo do evento é fortalecer, apoiar e incentivar o movimento do rock na cidade, oferecendo estrutura e visibilidade a bandas locais.

Textos: Bibiana Faleiro

público, com momentos de leveza e descontração. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Minha Entrada ou na Biblioteca Univates.

Raízes da República Tcheca

O Museu de Venâncio Aires recebe a exposição “Gigantes da Cultura Tcheca”, que destaca a vida e obra de dois ícones da literatura da República Tcheca: Franz Kafka e Karel Čapek. A mostra, também busca valorizar escritores venâncio-airenses com raízes na região tcheca. O destaque vai para Hilda Hilgert Hibner Flores, de 93 anos, que foi homenageada na abertura. Autora de diversos livros sobre imigração, Hilda tem papel importante na preservação da memória cultural dos descendentes de boêmios e alemães.

Solidariedade no inverno

O Sistema FecomércioRS/Sesc/Senac e IFEP promovem, ao longo do mês de junho, a tradicional campanha do agasalho. Até o dia 30, todas as unidades do Sesc e do Senac, bem como os sindicatos empresariais ligados à Fecomércio no Rio Grande do Sul são pontos de arrecadação de agasalhos e peças de inverno, incluindo municṕis do Vale. São aceitos, por exemplo, casacos, blusas, meias, luvas, toucas e cobertores em bom estado de conservação.

Diagramação: Lautenir Azevedo Junior Coordenação e edição: Felipe Neitzke

Cris Pereira na Univates
FOTOS DIVULGAÇÃO

Nova lei garante acolhimento a famílias em luto

Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental assegura apoio psicológico, assistência social e capacitação de profissionais para cuidar com empatia de quem enfrenta perdas gestacionais, neonatais e infantis

Cuidado humanizado e apoio psicossocial a mulheres e familiares que enfrentam a perda de um bebê na gestação, no parto, ou logo após o nascimento, é o objetivo da nova lei nacional, sancionada neste mês. O movimento cria a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental e a temática ganha ainda mais força no mês de outubro, que passa a ser o mês do luto gestacional, neonatal e infantil.

A intenção da lei é garantir acolhimento digno e assistência integral às famílias em luto gestacional, quando há morte do feto até a 20ª semana de gravidez, óbito fetal, após a 20ª semana, ou óbito neonatal, nos primeiros 28 dias de vida.

A política prevê, entre outros pontos, o direito a apoio psicológico

especializado, exames que investiguem as causas das perdas e acompanhamento da saúde mental durante gestações posteriores. Também será obrigatória a capacitação de profissionais de saúde para lidar com situações de luto parental. Entre as medidas previstas, estão a garantia de alas separadas em maternidades para mães enlutadas, o direito à presença de acompanhante durante o parto de natimorto e o acesso à assistência social para os trâmites legais. A nova política modifica a Lei dos Registros Públicos para garantir o direito ao sepultamento ou cremação do feto ou recém-nascido, com participação dos pais na definição do ritual e emissão de declaração com nome, data, local do parto e, se possível, registro de impressão digital ou plantar.

Carinho e acolhimento

Para a ginecologista e obstetra, Luise Secco, a nova lei representa um avanço necessário no cuidado com as famílias que enfrentam, como ela definiu, uma das dores mais profundas que existem: a perda de um bebê durante a gestação, o parto ou logo após o nascimento.

A profissional também

destaca que a lei busca oferece locais reservados nos hospitais para mães que perdem seus bebês, evitando que elas fiquem nos espaços onde outras mães estejam com seus filhos recémnascidos.

“Oferecer registro de natimorto com direito a colocar o nome escolhido para o bebê na documentação e direito a cerimônias de despedida também são atos de humanidade e empatia que agora estão previstos em lei”. Para Luise, este é um marco na forma como a sociedade e o estado reconhecem essa dor.

Conforme a ginecologista e obstetra, os casais que perdem seus filhos durante a gestação podem se sentir sozinhos no enfrentamento desse luto. Segundo ela, a perda gestacional carrega o peso de um silêncio social, porque nem sempre é reconhecida como um luto verdadeiro.

“Quando falamos de uma perda no parto ou logo após o nascimento, falamos de uma dor que pode ser ainda mais solitária, porque as pessoas ao redor muitas vezes não sabem como reagir e acabam evitando o assunto, isolando ainda mais a dor dessa família”.

Para a especialista, justamente por ser tão difícil

É uma forma de dizer que aquele bebê existiu, foi amado, e merece ser lembrado”

Luise Secco, ginecologista e obstetra

este enfrentamento é que a nova lei ganha importância, para que as famílias encontrem, nos serviços de saúde, uma rede de apoio com espaço físico adequado e profissionais treinados para ampará-las. Luise acredita ser importante dar espaço para que os pais possam conhecer o bebê, despedirem-se com dignidade, para auxiliar no processo de luto. “Mais do que isso: é uma forma de dizer que aquele bebê existiu, foi amado, e merece ser lembrado”.

A política prevê, entre outros pontos, o direito a apoio psicológico especializado, exames que investiguem as causas das perdas e acompanhamento da saúde mental

Saúde começa pela superfície

Cuidados com a pele refletem o estilo de vida e ajudam a prevenir doenças. Chegada do frio também requer atenção redobrada

Maior órgão do corpo humano, a pele vai além da estética. Ela forma uma armadura natural, responsável por proteger o organismo contra agentes externos, conservar a hidratação e regular a temperatura corporal. E, por isso, deve receber cuidados também focados na saúde. A pele, conforme afirma a dermatologista Thaís Cachafeiro, reflete diretamente a qualidade de vida. Do brilho natural ao aspecto opaco, da oleosidade excessiva ao ressecamento, mudanças cutâneas podem indicar alterações hormonais, deficiências nutricionais, falta de sono ou até doenças sistêmicas. “Ela pode ser um marcador de saúde importante”, explica a médica.

Além de funções fisiológicas, a pele também influencia a autoestima e o bem-estar. E sua aparência costuma ser um dos primeiros sinais de que algo está em desequilíbrio. O estresse, por exemplo, está entre os principais vilões

A pele reflete diretamente nossa qualidade de vida”

Thaís Cachafeiro, dermatologista

Mitos e verdades sobre doenças de pele

“Psoríase é contagiosa”

• Mito. Não é transmissível.

“Melasma tem cura”

• Mito. Pode ser controlado, mas não eliminado definitivamente.

“Vitiligo pode melhorar sozinho”

• Verdade, mas depende do caso.

“Caspa é só falta de higiene”

• Mito. É causada por inflamação, e pode piorar com estresse e água quente.

aumenta a produção de radicais livres que degeneram as células da pele”, destaca Thaís.

Tipos de pele

Segundo a especialista, é possível reconhecer o tipo de pele sem a necessidade de exames ou aparelhos sofisticados. Basta observar a quantidade de oleosidade ao longo do dia.

“Pele madura precisa de mais hidratação”

• Verdade. A barreira cutânea perde eficácia com a idade.

que produz muito sebo; seca: não produz oleosidade suficiente; mista: oleosa na zona testa, nariz e queixo, e seca em outras áreas; e sensível, que é facilmente irritável.

com o tempo, influenciada por fases hormonais, como adolescência ou menopausa. Por isso, os cuidados devem ser atualizados ao longo da vida.

Cuidados nas estações

A pele também pode mudar

Com a chegada do frio, o número de queixas relacionadas à pele tende a aumentar. A baixa umidade, o uso de água quente e o vento gelado comprometem a barreira cutânea, levando a ressecamentos, coceiras, inflamações e até piora de doenças crônicas como dermatite, rosácea e psoríase.

“O frio resseca, reduz a produção de sebo e agride a pele, especialmente das mãos e do rosto, que ficam mais expostas”, explica a dermatologista.

Thaís ainda alerta que a pele do rosto é mais fina e sensível do que a do corpo, o que exige produtos mais delicados. “Não devemos usar o mesmo sabonete

para o corpo e para o rosto. Sabonetes muito abrasivos podem danificar a barreira cutânea”, afirma.

Já no verão, o foco deve ser o controle da oleosidade e a proteção solar. Mas o filtro solar é indispensável o ano inteiro. “Mesmo dentro de casa, estamos expostos à radiação das telas e da luz artificial”.

A médica destaca ainda que a hidratação interna é tão importante quanto a externa: “beber água diariamente é fundamental para manter a pele viçosa e funcional”.

Ainda, alerta que a pele “madura” tende a ser mais ressecada e sensível, exigindo cuidados especiais. O câncer de pele é uma das principais preocupações na maturidade, especialmente após exposição solar acumulada ao longo da vida. “A prevenção e o diagnóstico precoce fazem toda a diferença.”

Avanços

Entre as inovações mais promissoras, estão os

medicamentos biológicos, que têm sido utilizados com sucesso no tratamento de doenças crônicas como psoríase e dermatite atópica.

“Eles atuam em alvos específicos do sistema imune, com maior eficácia e menos efeitos colaterais.”

Outra tendência é o uso de tecnologias regenerativas, como o ultrassom microfocado e o estímulo de colágeno com moléculas sinalizadoras do próprio corpo. “São recursos que promovem a regeneração natural da pele, com resultados mais naturais e duradouros.”

Segundo Thaís, hoje cada vez mais pessoas buscam não só tratar, mas prevenir o envelhecimento cutâneo. “A partir dos 25 anos já começamos a perder colágeno de forma mais intensa. Por isso, é interessante iniciar cuidados preventivos

DOENÇA

CARACTERÍSTICAS TRATAMENTO

PSORÍASE DOENÇA AUTOIMUNE COM PLACAS AVERMELHADAS E DESCAMAÇÃO

Quando procurar um dermatologista?

• Lesões que não cicatrizam ou crescem

• Manchas que mudam de cor ou formato

• Coceira persistente ou vermelhidão com descamação

• Queda de cabelo intensa ou localizada

• Manchas escuras ou brancas que aumentam

• Qualquer alteração na pele que cause incômodo estético ou funcional

CREMES, IMUNOSSUPRESSORES, BIOLÓGICOS

VITILIGO PERDA DE PIGMENTAÇÃO, MANCHAS BRANCAS FOTOTERAPIA, IMUNOMODULADORES

MELASMA MANCHAS ESCURAS NO ROSTO, PIORAM COM SOL E HORMÔNIOS

MICOSE INFECÇÃO FÚNGICA, COMUM ENTRE OS DEDOS OU EM ÁREAS ÚMIDAS

URTICÁRIA VERGÕES E COCEIRA INTENSA, PODE TER CAUSA ALÉRGICA

ROSÁCEA VERMELHIDÃO E SENSIBILIDADE NO ROSTO, VASOS APARENTES

PROTETOR SOLAR, CREMES CLAREADORES, ÁCIDOS

ANTIFÚNGICOS TÓPICOS OU ORAIS

ANTIALÉRGICOS, CONTROLE DO GATILHO

ANTI-INFLAMATÓRIOS, LASER, CONTROLE DE GATILHOS

DERMATITE SEBORREICA DESCAMAÇÃO E OLEOSIDADE NO COURO CABELUDO E ROSTO SHAMPOOS ESPECÍFICOS, ANTIFÚNGICOS

nessa fase”, recomenda a dermatologista. Entre os tratamentos mais procurados estão os procedimentos que estimulam o colágeno sem alterar

excessivamente a aparência. “Existe uma demanda crescente por naturalidade. Os pacientes querem uma pele saudável, com viço, mas sem parecer artificial”, completa.

Fissura labiopalatina afeta um a cada 550 bebês no RS

Caracterizada como uma malformação congênita, a condição ocorre quando o lábio ou céu da boca não se fecham de forma completa e exige acompanhamento cirúrgico e multidisciplinar ao longo de toda a infância

Com acompanhamento desde os primeiros dias de vida, a fissura labiopalatina é uma condição que atinge cerca de um a cada 550 nascidos vivos no Rio Grande do Sul. A estimativa é de que o estado registre, por ano, cerca de 200 novos casos.

Na região, a instituição que atende crianças com a fissura é a Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio Faciais e Reabilitação Auditiva (Fundef), localizada em Lajeado. No serviço, são cerca de 112 a 114 novos pacientes por ano e o cuidado vai até a adolescência.

Desde outubro de 2023, a fundação opera em um novo espaço junto à Univates, com estrutura ampliada e mais conforto para pacientes e famílias. O cirurgião pediátrico e presidente da Fundef, Alain Viegas, afirma que o atendimento no local é interdisciplinar. “Temos cirurgiões, ortodontistas, fonoaudiólogos, psicólogos, assistente social, enfermeiros e equipe administrativa trabalhando juntos, construindo um plano de reabilitação para cada criança”, destaca.

é a fissura completa transforame, que atinge tanto o lábio quanto o palato e representa mais de 80% dos casos.

A condição tem causas envolvendo predisposição genética, síndromes associadas e fatores ambientais. O uso de álcool, cigarro e drogas durante a gravidez, bem como condições como a hipóxia fetal (baixo suprimento de oxigênio), também podem aumentar o risco.

Por isso, hábitos saudáveis e acompanhamento médico são tão importantes desde o início”, reforça o especialista.

Diagnóstico e tratamento

Segundo Viegas, o diagnóstico pode ser feito ainda durante a gestação, por meio do ultrassom morfológico, mas em muitos casos a fissura só é

Além da reconstrução funcional e estética, o tratamento também busca garantir à criança qualidade de vida e inserção social, já que alterações na fala e na alimentação podem impactar o desenvolvimento.

Em maio deste ano, uma lei federal passou a garantir atendimento obrigatório pelo SUS às crianças com fissura labiopalatina. Na prática, pouca coisa muda para centros como

Prevenção em casa

Acompanhar o calendário de consultas pediátricas e realizar os exames recomendados; Incentivar uma alimentação saudável; Promover a prática de atividades físicas; Limitar o tempo de telas; Estimular o brincar ao ar livre.

Sinais logo ao nascer

Cansaço excessivo durante a amamentação; Falta de ganho de peso adequado; Sudorese excessiva durante as mamadas; Lábios ou extremidades arroxeadas; Palidez repentina ou desmaios durante brincadeiras; Dores no peito ou cansaço fora do habitual em atividades físicas.

a Fundef, que já ofereciam o serviço. Mas a legislação é um avanço importante para ampliar a cobertura em todo o país e reforçar a visibilidade da causa.

Embora o tratamento avance, especialistas destacam a importância da conscientização. “As crianças enfrentam bullying, olhares tortos e comentários cruéis. A maior dificuldade não é a fissura, mas a reação das pessoas a ela”, afirma Viegas.

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Do prato ao bem-estar em cada ingrediente

Quando se pensa em dieta, muitas vezes, se imagina restrições, privações e comidas sem sabor. Mas, com receitas simples e ingredientes funcionais, é possível montar refeições saudáveis, completas, equilibradas e gostosas.

Nutricionista, Raíssa Zanatta afirma que preparar pratos nutritivos, que promovem a saúde, pode ser o primeiro passo para mudanças sustentáveis no estilo de vida de alguém.

Nesse contexto, montar refeições completas, com os três macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras, é essencial para garantir o bom funcionamento do organismo. Cada um desses macronutrientes tem um papel fundamental no corpo: o carboidrato é fonte de energia, a proteína é crucial para a construção e reparação dos tecidos, e a

gordura é importante para a produção hormonal, a absorção de vitaminas e a proteção dos órgãos.

No entanto, mais do que focar nos macronutrientes, Raíssa diz ser possível incluir alimentos funcionais na alimentação, como a banana, o cacau e a aveia. “Os alimentos funcionais são aqueles que, além de fornecerem os nutrientes básicos (carboidratos, proteínas e gorduras), são ricos em micronutrientes (como vitaminas e minerais)”. Esses nutrientes, conforme explica a nutricionista, são essenciais para funções importantes do corpo, como a produção de energia, o fortalecimento do sistema imunológico e a manutenção dos ossos.

Raissa ainda alerta que a deficiência desses micronutrientes, como as vitaminas D e do complexo B, ou minerais como ferro, zinco e magnésio, pode prejudicar o funcionamento

Muffin de banana e cacau

Ingredientes

- 1 ovo de galinha

- 1 banana (70 gramas)

- 2 colheres de sopa de farinha de aveia (30 gramas)

- 1 colher de sopa de cacau em pó 100% (10 gramas)

- 1 colher de sobremesa de fermento químico em pó

- 5 quadradinhos de chocolate meio amargo/70% cacau (25 gramas)

Modo de preparo

Em um recipiente, misture o ovo, a banana amassada, a farinha de aveia e o cacau em pó até obter uma massa homogênea. Acrescente o fermento e mexa delicadamente até incorporar. Distribua a massa em forminhas de silicone, preenchendo até cerca de 3/4 da capacidade. Coloque um quadradinho de chocolate em cada muffin. Asse na air fryer a 180 °C por cerca de 12 minutos, ou no forno pré-aquecido a 180 °C por aproximadamente 20 minutos, até dourar.

Posto de Saúde do Centro tem vacinação até as 20h

A Prefeitura de Lajeado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesa), implantou, desde abril, a Operação Inverno e ampliou os atendimentos nos Postos de Saúde dos bairros Centro, Conventos e Jardim do Cedro.

do organismo. “Procure incluir em sua rotina, alimentos que, além de fornecerem quantidades adequadas de macronutrientes, também sejam ricos em fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos, ou seja, aposte na ‘comida de verdade’, aquela que nutre seu corpo de forma completa e saudável”.

Durante a operação, o horário de atendimento médico ampliado é de segunda a sexta-feira, das 16h às 20h, para toda a população de Lajeado que apresentar sintomas respiratórios.

O Posto de Saúde do Centro tem vacinação disponível para a população até as 20h. A vacinação no posto do Jardim do Cedro ocorre das 7h30min às 11h15min e das 12h30min às 16h15, e no bairro Conventos das 12h30min às 16h15min.

A operação inverno tem

como objetivo disponibilizar mais consultas médicas para avaliação de casos de baixa complexidade, com foco em doenças respiratórias relacionadas ao período de inverno, realizando diagnóstico e tratamento em momento oportuno, com o objetivo de diminuir a busca por consultas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e na emergência do Hospital Bruno Born (HBB).

A ação atende pessoas com febre, sintomas gripais, chiado ao respirar, dor no corpo e dor de cabeça e com suspeita de dengue. A Sesa disponibilizou uma equipe exclusiva de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de servidores administrativos e de higienização para estes atendimentos relacionados à operação.

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APRESENTA

Francielle Hackmann

Francielle Hackmann

Arquitetura e Engenharia www.franciellehackmann.com.br @franciellehackmann.arq 51 995107548

Marcado pela modernidade e integração à natureza, o Tower 120 foi idealizado para transformar

a paisagem urbana de Teutônia. O edifício foi criado pela arquiteta e urbanista Francielle Hackmann, que acredita que a implantação de uma estrutura deste porte pode gerar transformações significativas no tecido urbano e social da região, potencializando a valorização imobiliária e econômica, além de inspirar projetos futuros mais sustentáveis e estimular discussões sobre a qualidade urbana, modernidade e meio ambiente.

A proposta não só atende às necessidades de um edifício comercial contemporâneo, como também promove a integração entre arquitetura e natureza,

Conexão com a natureza

com foco em produtividade, conforto e bem-estar, por meio da biofilia.

Segundo a arquiteta, a base conceitual do projeto está na integração entre a paisagem urbana e a arquitetura, explorando a relação do ser humano com o ambiente natural, mesmo em contextos corporativos.

“Cada pavimento do edifício é envolvido por jardins suspensos contínuos, que acentuam a verticalidade, ao mesmo tempo em que valorizam a leveza visual e a integração com o entorno através de grandes planos de vidros”.

Francielle ainda destaca que a repetição modular das

lajes permite flexibilidade no layout interno, ideal para empresas que valorizam espaços adaptáveis, colaborativos e funcionais, com foco em produtividade, conforto e bem-estar.

Entre as inspirações do projeto, estão sedes corporativas internacionais, que priorizam o design biofílico e a experiência do usuário, adaptando esses conceitos para a realidade urbana local.

“O Tower 120 foi pensado para ser mais do que um espaço de trabalho: um ambiente vivo, que estimula a criatividade, reduz o estresse e agrega valor à imagem das marcas

que ali se estabelecem”, reforça Francielle.

O projeto é composto por 15 pavimentos, com a base comercial, terraço gourmet e torre corporativa com três salas por pavimento e planta livre, podendo ser personalizada. Os materiais foram cuidadosamente escolhidos: a brutalidade concreto aparente, vidro de alta performance, trazendo leveza e integração, e a madeira, proporcionando conforto e elegância.

Ainda, os grandes jardins propiciam a conexão com a natureza, junto com a iluminação, valorizando o desenho limpo da estrutura e reforçando sua identidade.

PATROCINADORES

REALIZAÇÃO

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