Terceira etapa de 2025 do maior circuito de rua do Vale ocorre neste domingo, 20, em Westfália. Cerca de 2 mil pessoas se inscreveram para a prova, de percurso totalmente plano. Irmãs, Maristela e Marisa (foto) terão a oportunidade de correr pela primeira vez “em casa”
Motivos do “boom”
na construção civil
Com 957 alvarás emitidos e área licenciada de 284 mil m², Lajeado vive ciclo de crescimento puxado por verticalização, desburocratização e programas habitacionais
Em seis meses, Lajeado atingiu 92% do total de alvarás emitidos em todo o ano passado, com 284 mil m² de área licenciada, volume recorde desde o início da série histórica. A fila de projetos foi zerada, e a análise ocorre em até 48 horas. O setor atribui o resultado à junção de fatores como migração interna, verticalização, investimento privado e ampliação da faixa de renda no Minha Casa Minha Vida.
PÁGINAS | 10 e 11
OPINIÃO RODRIGO MARTINI
O erro do governo do RS com a nossa região
OPINIÃO VINI BILHAR
Construtora festeja 15 anos com nova campanha
Indústria da construção redefine papel na cidade
Destaque na economia de Lajeado, a construção civil enfrenta a instabilidade diante do cenário de incerteza nacional com arrojo e investimentos. Os números do primeiro semestre revelam um ecossistema empreendedor que soube transformar desafios em oportunidades.
A desburocratização foi um dos catalisadores. A redução do tempo de análise de projetos demonstra como a eficiência pode contribuir. Em cima disso, surge uma revisão no planejamento urbano. Com a verticalização se tem uma resposta à limitação territorial e também estratégia competitiva. Lajeado hoje exporta conhecimento em obras de habitação, modelo que equilibra densidade e qualidade urbanística.
Lajeado hoje exporta conhecimento em obras de habitação, modelo que equilibra densidade e qualidade urbanística.”
Construtoras locais desenvolveram métodos próprios de pré-fabricação que reduzem prazos sem perder padrão – tecnologia já demandada por cidades como Santa Cruz do Sul e Passo Fundo.
Em termos de política pública, Minha Casa Minha Vida ampliado para imóveis de até R$ 500 mil, revelou outro fenômeno: a profissionalização do setor. Os números impressionam, mas é a mudança de mentalidade que transforma.
Lajeado torna-se referência em soluções urbanas. O desafio agora é consolidar esse ciclo. Isso exigirá manter o ambiente regulatório ágil, ampliar parcerias com instituições de ensino para formação técnica e, sobretudo, garantir que o capital gerado seja reinvestido.
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“É
a vida da escola que se renova e fortalece"
Prestesacompletar33 anos como funcionária do ColégioEstadualPresidente CasteloBranco,emLajeado, MárciaGasparotto,de63 anos,éhojeafuncionária maisantigadainstituição de ensino. Presente em momentos históricos e emblemáticos, ela acompanhoudepertoa evoluçãopedagógicae astransformaçõesfísicas doprédio.Testemunha degeraçõesdealunose professores,suadedicação setornoupartedaprópria identidade da escola
Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Você se recorda como foi o seu primeiro dia?
Foi em 10 de setembro de 1992 que cheguei e fui recepcionada pela diretora da época. Ela me mostrou todo o prédio e me disse que, além de mim, havia apenas outra funcionária responsável pelos serviços gerais. Apesar do tamanho da estrutura, em nenhum momento fiquei assustada ou cogitei desistir. Minha mãe também trabalhou na mesma função no Escola Estadual de Ensino Fundamental Fernandes Vieira, então me inspirei nela para continuar.
Ao analisar sua trajetória, qual momento considera mais marcante?
Tivemos vários, mas o que lembro com muita nitidez são os episódios de bullying nos quais conseguimos intervir. Um deles, em especial, foi quando um grupo de alunos estava cercando uma única estudante. De longe, percebi que havia maldade
na intenção e consegui resgatá-la antes que a situação se agravasse. Esse tipo de momento reforça a importância da atenção e do cuidado contínuo que temos com cada estudante, ainda que sejam vários.
Quais sentimentos surgem ao observar toda a evolução da instituição que você acompanhou e vivenciou?
Quando iniciei no Castelinho, ainda estudavam aqui os seminaristas dos Irmãos Maristas, não existia o prédio novo e o número de alunos era muito maior do que é agora. Quando penso em todas essas transformações, um filme passa na minha cabeça. Ao mesmo tempo que me provocam uma emoção e uma saudade muito grande, elas me alimentam com esperança para o futuro, mostrando a capacidade de renovação e adaptação da nossa escola.
Após quase dois anos fora da sede original do Castelinho, em consequência dos estragos causados pela enchente, o que você sente ao saber que em breve a normalidade será
restabelecida?
Aqui é o nosso local, é aqui que os alunos conseguem criar senso de pertencimento escolar. Estou ansiosa e animada para ver e sentir a energia dos alunos de novo, ver os corredores tomados deles, ouvir suas risadas e acompanhar suas descobertas. É a vida da escola que se renova e fortalece, e ter a casa cheia novamente é o que nos move e inspira a continuar.
Quais aprendizados mais significativos você leva dessa experiência tão longa?
O maior aprendizado, sem dúvida, são as amizades e os vínculos que construí ao longo de todos esses anos. Alguns desses laços me acompanham até hoje, o que torna essa jornada ainda mais especial. Profissionalmente, essa vivência me ensinou a importância da adaptabilidade, a ver cada desafio como uma oportunidade de crescimento e, principalmente, a valorizar o impacto que nosso trabalho diário tem na vida de cada aluno e colega. É a certeza de que a dedicação constrói não só um ambiente de trabalho, mas uma verdadeira comunidade.
Filiado à
Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
Neitzke
BALDE DE ÁGUA FRIA…
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Governo do Estado erra feio ao ignorar pedido por Batalhão do Corpo de Bombeiros
OVale do Taquari foi a região mais impactada pela pior catástrofe natural da história do Brasil. Não há precedentes que se sobressaiam às dificuldades vivenciadas pela nossa comunidade regional nos períodos mais críticos das enchentes de 2023 e 2024, quando estávamos vulneráveis diante da escassez de informações e de força humana para salvar vidas. A Defesa Civil foi reforçada após os desastres climáticos. E a promessa de um Centro Regional precisa ser elogiada e celebrada. Isso significa mais inteligência e estratégia. Mas ainda é pouco frente aos riscos de novos eventos e da necessidade urgente de reforçar nossa estrutura de resgate e salvamento. A região mais destruída pela maior tragédia natural do país não pode permitir que uma população com mais de 300 mil habitantes não tenha à disposição
um Batalhão do Corpo de Bombeiros, e assim garantir mais investimentos, mais força humana, mais equipamento e mais agilidade para momentos de crise, para aprovações de PPCI´s, às fiscalizações ambientais, entre outras funções. Não
Consisa lança Plano de Reestruturação Regional
Prefeitos e prefeitas de municípios associados ao Consisa se reuniram na quinta-feira para uma das mais importantes assembleias na história do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Taquari. Também participaram do encontro os representantes do Ministério Público, Sérgio Diefenbach, a presidente do Codevat, Cintia Agostini, e equipe de Planejamento e Engenharia da Univates. E todos
aprovaram por unanimidade a reestruturação da administração do consórcio, com reajustes e novos cargos, e com destaque à criação de um setor que irá tratar do planejamento e agrupamento dos projetos de reconstrução e resiliência do Vale. “O intuito é juntarmos força, e unificar as demandas de todos os municípios, para que possamos colocar todos nossas energias e foco em um projeto amplo e regional de gestão”, afirma o presidente do Consisa e prefeito de Vespasiano Corrêa, Tiago Michelon. “Agora vamos nos reunir com o governo estadual para ter como primeiro objetivo identificar os projetos que possam ser contemplados com os recursos do Funrigs”, finaliza. Em resumo, o Consisa foi provocado a ser um expoente na necessária governança regional, que anda um tanto fragmentada em nossos pagos.
podemos seguir vulneráveis e dependentes de outras regionais. Não é justo. Não é seguro. Não é inteligente. O governo estadual pode e deve repensar o pedido do Vale e dizer “sim” ao nosso Batalhão.
Caumo volta a ser cotado no Republicanos
Ex-prefeito de Lajeado e atual secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Marcelo Caumo trocou o PP pelo União Brasil. Mas não contava com a federação entre as siglas. Diante disso, voltou a ser “alvo” ou procurar “ninho” em outros partidos. Entre esses, o Republicanos, o partido do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, provável candidato à presidência em 2026.
TIRO
- O governo de Arroio do Meio convoca a comunidade para reunião comunitária na terça-feira, na sede da Acisam. O evento inicia Às 19h e servirá para o debate sobre o Plano de Contingência do município. O Executivo vai apresentar os avanços na definição de novas cotas, de atividades por secretaria, dos abrigos e a melhoria na comunicação com a população.
- O deputado Valdeci Oliveira será o novo presidente estadual do PT no Rio Grande do Sul. E os petistas da região gostaram.
- O governo de Lajeado estuda normativas municipais para o uso dos chamados autopropelidos, que são aquelas “motinhos” ou patinetes elétricos. Uso de capacete e limite de idade estão na lista.
- Os vereadores de Lajeado se posicionaram publicamente sobre os projetos de novas pontes no Rio Taquari. Por meio de uma Moção de Apoio, eles querem a travessia entre o bairro Carneiros, em Lajeado, e a área do Aeródromo Regional de Estrela. E os demais vereadores de Estrela, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio…?
- Uma perguntinha antes das férias deste colunista: a prisão foi o fim de Lula?
Dúvidas sobre o VDM
A CIC Vale do Taquari capitaneou – com auxílio financeiro de outras entidades – um novo estudo do Volume Diário Médio (VDM) de veículos que trafegam pelas rodovias estaduais do Bloco 2 das concessões rodoviárias. Em alguns pontos, o estudo apontou um fluxo próximo a 70% superior ao cálculo do Estado – o que, em tese, diminuiria o valor teto da tarifa por quilômetro rodado na concorrência pública. O número chamou muito a atenção. A partir disso, os líderes locais que-
rem compreender melhor os métodos e critérios do VDM disposto na modelagem do Estado. Querem saber se “calculam a mesma coisa”. É preciso avaliar o número total de veículos e, também, a contagem por eixo. São cálculos diferentes à tarifa final. Para melhor equacionar as contagens, o Secretário de Reconstrução do RS, Pedro Capeluppi, vai se reunir outra vez com lÍderes do Vale do Taquari na próxima semana. E, por ora, o Estado mantém a projeção de lançar o edital em julho.
O exemplo do MDB incomoda...
As minhas opiniões sobre os bastidores do MDB desagradam alguns líderes partidários, eu sei. Mas é esse mesmo o objetivo.
Afinal, o movimento regional dos emedebistas chama a atenção pela maturidade. Ao proporem uma dobradinha entre Mateus Trojan (MDB), pré-candidato a depu-
tado estadual, e Marcelo Caumo (União Brasil), pré-candidato a deputado federal, alguns “caciques” do MDB regional estão dispostos a “esquecer” o passado de Caumo no PP e apostar em uma ação “apartidária” e com chances mais reais de vitória nas urnas. E isso tudo incomoda outros parti-
dos, reforço. Tanto o movimento, como os meus elogios ao movimento. Mas uma coisa precisa ficar clara. O bom exemplo não está necessariamente no apoio a Caumo. Mas, sim, na opção de centralizar forças e flechas em menos alvos. E ainda há espaço, sim, para outros arqueiros!
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Nos seus 15 anos, C2B lança campanha “Virada de Chave”
AC2B Incorporadora celebra seus 15 anos com o lançamento da campanha “Virada de Chave C2B – Conquiste seu Primeiro Imóvel”, que reúne condições inéditas no mercado imobiliário de Lajeado. A iniciativa busca facilitar a conquista da casa própria, especialmente para jovens e famílias que desejam sair do aluguel.
O evento de abertura ocorre nesta terça-feira, 22, às 19h, no Espaço C2B. Além do lançamento da campanha, a empresa traz o show exclusivo da dupla Claus e Vanessa, para corretores parceiros.
A campanha vai até 22 de setembro e oferece vantagens como documentação grátis, parcelamento em até 100 vezes direto com a incorporadora, compra sem entrada ou 10% de desconto para
pagamento à vista. Quem fechar negócio durante o período poderá participar da roleta premiada, com brindes instantâneos.
A programação também inclui ações de rua, blitz em pontos estratégicos e experiências com o público, reforçando o propósito da empresa de promover a indepen-
dência de seus clientes. Com mais de 800 imóveis entregues em Lajeado, a C2B reafirma seu compromisso de tornar o sonho da moradia acessível. As informações estão disponíveis nas imobiliárias locais, na Central de Vendas da Av. Alberto Pasqualini, 3111, ou pelo site.
Schumacher Contabilidade debate reforma tributária
DIVULGAÇÃO
A Schumacher Contabilidade promoveu na quartafeira, 16, um encontro sobre a reforma tributária, com palestra do contador Gustavo Caletti. O especialista alertou para as profundas mudanças que o novo sistema trará à forma de fazer negócios, especialmente na relação entre fornecedores e clientes.
Mudanças significativas no cálculo de impostos e
na formação de preços são dois pontos destacados pelo palestrante. A reforma, iniciada em 2019, teve sua regulamentação aprovada em 2023 e deve se tornar lei até o fim deste ano.
O ano de 2026 será de transição, com impactos efetivos previstos para 2027. Caletti reforçou que a nota fiscal já sofrerá mudanças na virada de 2025 para 2026, com atenção especial ao prazo de 31 de março de 2026, primeiro trimestre do ano.
Destacou ainda três pontos principais: os novos impostos que formarão o IVA, o modo de acesso aos créditos tributários e a necessidade de uma gestão profissional de preços. Para ele, será essencial que empresas compreendam, no ato da operação, o quanto estão pagando de imposto.
Os convidados foram recepcionados por Cris Schumacher e equipe. A empresa segue focada na atualização constante de seus clientes. Além disso, na importância de trazer clareza aos assuntos tributários e contábeis relacionados ao mercado.
FRASE DO DIA
“Sobre a Reforma Tributária, sugiro que com todos os desafios no cenário nacional, as empresas podem deixar o ano de 2025 terminar. A partir do primeiro trimestre de 2026, 31 de março, é a data limite. A partir dali, são nove meses para olhar com toda a atenção para as novas regras da reforma. Porque a partir de 2027 ela será uma realidade”
• Renda Alta - A Costa Rica foi promovida pelo Banco Mundial ao grupo de países de renda alta, tornando-se o quinto da América Latina a alcançar esse status. A classificação considera uma renda per capita anual de US$ 14 mil em paridade de poder de compra. Com cerca de 5 milhões de habitantes, o país se destaca por ter carga tributária aproximadamente 10 pontos percentuais inferior à do Brasil.
• Porto de Rio Grande - O porto do Rio Grande movimentou 19,7 milhões de toneladas no primeiro semestre, alta de 6,42% em relação ao ano anterior. Segundo a Portos RS, é o melhor resultado desde 2021. O presidente Cristiano Klinger destacou a força logística e o papel na retomada econômica do Estado.
RESPOSTA DO COMANDO
Sem batalhão, mas com promessa de reforço
Comandante dos bombeiros, o coronel Julimar Fortes, afirma que transformar o quartel de Lajeado em batalhão “não pode ser só mudança de nome”. Vale do Taquari terá incremento no efetivo, afirma
Filipe Faleiro
filipe@grupoahora.net.br
LAJEADO
Oprojeto de criar um batalhão do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) em Lajeado foi arquivado. Pelo menos em 2025.
A avaliação é do comandante-geral da corporação, coronel Julimar Fortes Pinheiro. “Transformar a companhia em batalhão não pode ser apenas uma questão documental. Sem efetivo, só se muda o nome”, afirma.
De acordo com ele, a negativa não significa falta de atenção ao Vale. Ele diz que o comando está em processo de ampliação do quadro de servidores e que a região será contemplada ainda em 2025, com reforço de militares temporários e concursados.
“O quartel de Lajeado hoje tem
24 bombeiros. Apenas tornar em batalhão regional, sem ganho em serviços não adianta. Também pode ser que no futuro isso aconteça. O que precisamos é garantir estrutura real de atendimento, não apenas mudar a placa na fachada”, reforça o coronel Fortes.
A proposta de criação do batalhão surgiu ainda em 2024, com apoio da administração de Lajeado e de líderes locais. O objetivo era ampliar a autonomia e garantir respostas mais rápidas a ocorrências, em especial na análise dos Planos de Prevenção Contra Incêndio (PPCIs). Porém, o processo ficou estagnado.
Reforços e concursados
Segundo o comandante-geral, a corporação prepara a contratação de 544 bombeiros temporários, com curso de formação mais rápido, e que devem estar operando no início de 2026.
A primeira turma de novos soldados de carreira, de concurso público já em andamento, também deve começar a atuar no outro ano. O impacto previsto será sentido antes disso. “Ainda em 2025 vamos adotar medidas que aumentem o efetivo da região, mesmo que parcialmente.”
Na região, são cinco quartéis, com um efetivo total de 100 servidores. Em Lajeado, cinco bombeiros se revezam no atendimento de ocorrências e nas
vistorias de PPCIs. “O ideal seria termos, no mínimo, mais dois por guarnição. Assim conseguiríamos manter as viaturas disponíveis e resposta mais rápida à comunidade”, frisa Fortes. Hoje, a administração da unidade de Lajeado é subordinada ao batalhão de Santa Cruz do Sul.
Prazos reduzidos
A sobrecarga de trabalho e a baixa quantidade de servidores impactam diretamente a emissão de PPCIs. Em Lajeado, até março, o tempo de espera passava dos 60 dias. “Reduzimos pela metade a primeira análise. Ainda não é o ideal”, reconhece o coronel Fortes.
A meta é alcançar a média estadual, que varia entre 10 e 15 dias. “Assumi com prazos em descompasso com a realidade do Estado. Fizemos um diagnóstico dos principais problemas e ações de mitigação vêm sendo adotadas”, afirma. Segundo ele, a redução atual é resultado de reorganização interna, gestão de processos e uso do sistema online. Mesmo com os avanços, o comandante reconhece que ainda há desafios. “Não estamos conten-
Conforme o comando, Lajeado tem hoje 24 bombeiros militares, que cumprem escalas em forma de plantão. Unidade é responsável por atender 13 municípios
redução no prazo para primeira análise de PPCI. Média na região, em especial em Lajeado, é de 30 dias. Objetivo é trazer para entre dez a 15 dias
tes. Queremos reduzir ainda mais e alinhar com a política de comando em nível estadual”, afirma. A ideia é estender a melhoria a toda a região do Vale do Taquari. A análise técnica dos PPCIs precisa ser centralizada, acredita. Isso permite mais agilidade, diz Fortes. Já as vistorias seguem sendo feitas de forma presencial, o que depende de efetivo. “O que precisamos é de gestão e comando eficaz.”
Relatório da corporação aponta que houve
EMPREENDIMENTO VENDE 70%
DAS SALAS EM UMA SEMANA
Prédio da Lyall Construtora no “Novo Centro” terá 230 unidades comerciais, heliponto e mais de 200 vagas de estacionamento. Obra inicia neste ano e deve ser concluída até 2030
LAJEADO
Aproposta de um edifício pensado para empreendedores e profissionais de diferentes áreas, com foco na ocupação e integração entre serviços, se provou acertada. Em uma semana de pré-vendas, o Lyall Summit, novo projeto comercial da Lyall Construtora, teve mais de 160 das 230 salas reservadas — cerca de 70% do total.
O prédio será erguido na avenida Piraí, no chamado “Novo Centro de Lajeado”, no bairro São Cristóvão. O empreendimento fica a 100 metros de outros edifícios da construtora, como o Line, o Do. Tower e o 300. Segundo o sócio-diretor da empresa, Gustavo Lucchese, o Summit foi idealizado para atender profissionais liberais e pequenas empresas que buscam estrutura, localização e valor acessível.
“Projetamos o Summit com base no aprendizado de prédios anteriores. As salas menores, por exemplo, foram as que mais ocuparam – por isso, no Summit, elas estão em posições mais privilegiadas, com sol da manhã e viradas para a fachada principal”, destaca.
Ele menciona que o prédio vai conectar pessoas de diferentes áreas e gerar oportunidades entre os próprios ocupantes, como ocorreu nos prédios anteriores. “É voltado para quem está em movimento, crescendo, buscando o topo. A ideia é valorizar cada metro quadrado com inteligência e funcionalidade”.
O Lyall Summit contará com 25 pavimentos, heliponto e mais de 200 vagas de estacionamento — sendo 160 privativas e mais de 40 rotativas, com acesso separado. A construção do edifício inicia ainda neste ano e tem previsão de conclusão até 2030.
INTEGRAÇÃO
COM A CIDADE
Para além da arquitetura, o novo empreendimento da Lyall reafirma o papel da construtora na
transformação urbana da região. O terreno está de frente para a praça adotada pela empresa junto à administração pública. A proposta é repetir o modelo implementado na “Praça da Lyall”, que substituiu um espaço degradado por um novo ponto de convivência. “Nós não estamos aqui só para construir prédios. O sucesso de um projeto não se mede apenas pela estética, mas pela ocupação e sustentabilidade do entorno. Essa região já concentra mais de 2 mil pessoas trabalhando, e tende a crescer ainda mais”, afirma Lucchese.
Segundo o diretor, o projeto da Lyall é parte de um planejamento de longo prazo para a cidade, que deve considerar os próximos 5 anos. Ele aponta que Lajeado, que há uma década tinha pouco mais de 70 mil habitantes, hoje já se aproxima dos 100 mil, e pode chegar aos 150 mil nos próximos anos.
FICHA TÉCNICA
• Início da construção: 2025
• Projeção de entrega: 2030
• 230 salas comerciais (70% comercializadas)
• 25 pavimentos
• Mais de 200 vagas de estacionamento (40 delas rotativas)
• Heliponto no topo
“Precisamos de obras estruturantes, que conectem bairros, encurtem distâncias e façam de Lajeado uma cidade propositiva, não segregada. A mobilidade precisa acompanhar o ritmo da construção civil”, defende.
PARCERIAS E MERCADO LOCAL
Nós não estamos aqui só para construir prédios. O sucesso de um projeto não se mede apenas pela estética, mas pela ocupação e sustentabilidade do entorno. Essa região já concentra mais de 2 mil pessoas trabalhando, e tende a crescer ainda mais”.
A fachada 100% em pele de vidro do Summit, com padrão piso-teto, demandará mais de 50 mil metros quadrados em esquadrias nos próximos anos. Isso já atraiu a atenção de grandes fornecedores da indústria nacional. Ainda assim, a construtora pretende priorizar parceiros locais e regionais, como no projeto anterior com a empresa Lajeadense Vidros.
“Queremos movimentar a economia do Vale. E por isso seguimos trabalhando com imobiliárias que conhecem a empresa, os projetos e a nossa filosofia. Somos uma construtora para todos, mas não para qualquer um”.
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
LONGO PRAZO
Fachada 100% em pele de vidro demandará mais de 50 mil m² em esquadrias
pela Lyall no “Novo Centro”
INOVAÇÃO REGIONAL
Lajeado sedia evento da Nasa em outubro
Programação inédita na região está marcada para os dias 4 e 5 de outubro, no Tecnovates, vai mobilizar participantes em busca de soluções criativas para desafios ligados ao planeta e ao espaço
LAJEADO
Pela primeira vez, o município sediará uma edição oficial do NASA Space Apps Challenge, maior maratona de programação colaborativa do planeta. O evento ocorre nos dias 4 e 5 de outubro, no Tecnovates, e integra programação anual organizada desde 2012 pela Divisão de Ciências da Nasa.
A ação mobiliza milhares de participantes em todo o mundo em busca de soluções criativas para desafios ligados à Terra e ao espaço. Lajeado será o único ponto do evento no Vale do Taquari. No Rio Grande do Sul, ocorreram edições em Porto Alegre e Caxias do Sul em anos anteriores.
Segundo o local lead, Jeferson Scheibler, um dos responsáveis pela organização local, a oportunidade é inédita e promete movimentar o ecossistema de tecnologia e inovação regional. “É um momento histórico para Lajeado. Estamos conectando mentes criativas daqui com uma rede global de inovação. É uma chance real de impactar o mundo usando dados da Nasa”, afirma.
O NASA Space Apps Challenge é um evento gratuito e colabora-
tivo que reúne programadores, designers, cientistas e outros perfis criativos para desenvolver, em equipe, soluções para problemas reais. Os participantes utilizam dados abertos da Nasa e de outras agências espaciais como base para os projetos.
Desafios propostos
Nesta edição, serão aceitos até 120 participantes, organizados em cerca de 20 equipes. Cada grupo poderá escolher um dos desafios propostos pela Nasa, que serão divulgados em setembro. “Os três melhores projetos da etapa local serão enviados para a avaliação global da agência”, frisa. As inscrições individuais já estão abertas pelo site oficial do evento. O processo envolve três etapas principais: criar uma conta na plataforma do NASA Space Apps Challenge; inscrever-se no hackathon global – edição 2025; e Selecionar “Lajeado” como evento local para participar presencialmente no Tecnovates.
A formação das equipes começa em 21 de agosto, e a organização local divulgará orientações para essa etapa. Projetos com maior destaque a nível mundial podem receber um dos 10 prêmios concedidos pela Nasa e por especialistas de outras agências parceiras.
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Porto Alegre foi a primeira cidade gaúcha a sediar evento, que agora chega ao Vale de forma inédita
DIVULGAÇÃO
Por que 2025 vive “boom” na construção civil
Lista para análise de projetos zerada, investimento privado na reconfiguração urbana, programa federal com ampliação de renda, crescimento populacional aliado à reconstrução de moradias após as tragédias. Empresários do setor atribuem crescimento histórico a conjunção de fatores
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
LAJEADO
Recorde na liberação de alvarás para construção, mais de 284 mil metros quadrados de área em obras comerciais ou de habitação e crescimento de 172% em Habite-se emitidos. Nos seis primeiros meses de 2025, a construção civil reforça a importância econômica e nas dinâmicas produtivas de Lajeado.
“De forma geral, vemos a consolidação do setor como uma das principais atividades industriais da cidade”, frisa o presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Joni Zagonel. Diretor da Construtora Zagonel, mais do que otimismo ou “boom” de obras, esse movimento tem relação com uma conjunção de fatores, desde um esforço da administração pública em reduzir o tempo dos alvarás de obras, como na estruturação da cidade, em termos de mais aposta em prédios do que casas.
“Importante termos em mente, que muitas obras são liberadas para iniciarem e nem sempre começam de fato. O momento econômico é desafiador, mas
Verticalização e pavilhões
JONI ZAGONEL
Vemos a consolidação do setor como uma das principais atividades industriais da cidade.”
nossas empresas nunca deixaram de apostar na força da região e de Lajeado”, diz Zagonel. O presidente do sindicato das construtoras (Sinduscon-VT), Daniel Bergesch, cita como primeiro aspecto para crescimento nos números do setor o esforço do poder público. “Nos reunimos todas as semanas com o secretário Alex Schmitt (Planejamento, Urbanismo e Mobilidade). O governo reforçou a equipe de análise e conseguiram simplificar o processo. Isso acabou com a fila.” No início de 2025, eram cerca de 180 projetos entregues ao setor de fiscalização em busca do alvará para início de obra. “O mais antigo tinha mais de 70 dias. Conseguimos zerar a fila. Agora, foi feito o protocolo, pagou a taxa, e no outro dia entra em análise”, diz o secretário Alex Schmitt. Segundo dados do Executivo de Lajeado, foram liberados 957 alvarás de construção entre janeiro e junho, número que representa 92% do total emitido durante todo o ano de 2024. Faltam 79 novos alvarás para igualar todo o desempenho de 2024. A metragem quadrada segue a tendência de crescimento, com 284,1 mil m² (74,3% em relação aos seis primeiros meses do ano passado).
Lajeado está entre as cinco cidades gaúchas com maior crescimento populacional. Segundo o IBGE, de 2010 a 2022, o número de habitantes aumentou 30,1%. Como a área de Lajeado tem 91 metros quadrados, é preciso apostar em um melhor aproveitamento dos lotes.
Neste sentido, projetos de prédios, com mais densidade populacional (a chamada verticalização) une tecnologia em métodos de construção como forma de atender a demanda de moradias.
“Acompanhamos esse processo e adotamos um planejamento frente a essas necessidades. Hoje estamos com cinco prédios em obras e três loteamentos”, diz o diretor da Construtora Diamond, Gustavo Schmidt.
De acordo com ele, Lajeado tem sido a força indutora do crescimento e reorganização do Vale. “Temos um momento oportuno para a construção. Muita gente vindo de fora e até de cidades da região, as quais mais atingidas pelas inundações.”
Para ele, o futuro da cidade será mais parecido com grandes centros. “Lajeado está em processo de verticalização. Então, precisamos nos preparar para melhor uso dos espaços, com uma cidade mais prática, inteligente, próxima
79 alvarás de construção para atingir o número total de 2024. Neste ano, foram licenciados mais de 280 mil metros quadrados de área para construção
aos equipamentos urbanos, dos locais de trabalho com menos uso de veículos.”
No setor voltado ao uso comercial e com impacto sobre área construída estão os pavilhões. “Muitos investidores têm apostado nestes dispositivos. É um formato de análise de projeto fácil e com grande metragem. Esse tipo de investimento está em alta, ainda mais com empreendedores de outras cidades”, analisa o presidente do Sinduscom-VT, Daniel Bergesch.
Políticas governamentais
DANIEL BERGESCH
“O governo reforçou a equipe de análise e conseguiram simplificar o processo. Isso acabou com a fila.”
No primeiro semestre, o governo federal criou mais uma faixa para o Minha Casa Minha Vida, voltada para a classe média, com imóveis de até R$ 500 mil. “Foi uma medida que atende uma parcela que estava desassistida e também proporcionou adaptação de projetos de moradias”, diz a diretora da Artem Construtora e Incorporadora, Bruna Medina Finger Arnholdt.
Com três projetos de médio e alto padrão, residências, um prédio no São Cristóvão e loteamento em São Bento, a empresa atua para atender os requisitos do MCMV para faixas de R$ 350 mil
e R$ 500 mil. Essa adaptação nos tipos de produtos começou no pós-enchente de 2023. Tanto que a empresa passou a assumir moradias pagas pelo governo federal para famílias atingidas pelas inundações. “Nos especializamos para atender licitações públicas. Precisamos buscar formação e capacidade técnica. A demanda da reconstrução tem exigências, certificados e conhecimentos que iam além do que tínhamos. Buscamos essas qualificações e entramos neste mercado em janeiro de 2024.
Só em Lajeado, a construtora foi contratada para construir 226 moradias pelo formato MCMV Calamidades. “Nos especializamos em técnicas para dar mais agilidade à obra, sem perder em qualidade na construção. É um desafio, pois precisamos ser mais rápidos do que o modelo convencional.”
Localização e perfil empreendedor
Lajeado reúne empresas de construção com destaque estadual e até nacional. Reconhecidas pela qualidade dos projetos, as empresas locais passaram momentos de instabilidade, relembra Joni Zagonel.
Muito no pós-pandemia, com a alta dos custos de construção. Itens como o ferro tiveram aumentos históricos no preço no mercado internacional. A
Faltam
GUSTAVO SCHMIDT
DIRETOR DA CONSTRUTORA DIAMOND
Lajeado está em processo de verticalização. Então, precisamos nos preparar para melhor uso dos espaços, com uma cidade mais prática, inteligente, próxima aos equipamentos urbanos, dos locais de trabalho com menos uso de veículos.”
estabilização veio, mas ainda em patamares mais elevados.
“De 2020 para cá, em especial no pós-enchentes, Lajeado chamou a atenção das outras cidades. As áreas fora da inundação estão valorizadas. Com muito território sem alagamento, passou a atrair mais moradores”, realça o diretor da Lyall Construtora e Incorporadora, Roberto Lucchese.
Na avaliação dele, esse quadro de avanço em 2025 poderia ter sido diferente caso a ponte da BR386 tivesse ruído. “Estaríamos com muitas dificuldades se aquela
MOTIVOS DO CRESCIMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Desburocratização na liberação de projetos
• Fila de análise de projetos zerada
• Processos mais rápidos e eficientes, com primeira análise em 48 horas
Aumento expressivo de indicadores
• 957 alvarás emitidos em seis meses (92% do total de 2024)
• 284 mil m² em obras autorizadas
• Crescimento de 172% nos Habite-se
Verticalização urbana
• Expansão de prédios em vez de casas para otimizar o uso de espaço
• Tendência de urbanismo mais moderno, prático e inteligente
Crescimento populacional e migração interna
BAIRROS COM MAIS
LIBERAÇÕES DE OBRAS
JANEIRO A JUNHO/25
Conventos: 178
Igrejinha: 88
Santo Antonio: 57
Jardim do Cedro: 47
São Bento: 45
balsa tivesse derrubado a ligação com Estrela.”
Apesar das dificuldades logísticas, aos poucos a situação retorna à normalidade. “Estamos no coração do Rio Grande do Sul. Essa localização é uma vantagem, pois atraímos investidores de muitas regiões.”
Com lançamentos e obras consolidadas no bairro São Cristóvão, Lucchese também destaca a importância do setor privado atuar em conjunto com o público, para investir em praças e áreas de lazer. “Temos uma praça feita com o governo na Piraí e agora estamos preparando o monumento da Ponte de Ferro. São locais de convívio. Quando unimos estruturas para uso público com os produtos imobiliários, geramos valor. Valoriza o investimento e também traz melhoria na qualidade de vida da população.
• Aumento de 30,1% na população desde 2010
• Reforço da demanda por moradias devido às enchentes e deslocamento de moradores
Programas habitacionais e políticas públicas
• Expansão do Minha Casa Minha Vida para faixa de imóveis até R$ 500 mil
• Moradias financiadas pelo governo para famílias afetadas por enchentes
Valorização territorial e localização estratégica
• Regiões não alagadas passaram a ser mais valorizadas
• Lajeado atrai moradores e investidores pela posição central no Estado
Empreendedorismo local
• Construtoras de destaque estadual e nacional
• Negociações e vendas com imóveis na planta. Algo comum em capitais.
• Ponto positivo, garante capital de giro em curto prazo
• Ponto negativo, resultado final com percentual de lucro menor à empresa
Foi uma medida que atende uma parcela que estava desassistida e também proporcionou adaptação de projetos de moradias (sobre ampliação de renda no MCMV).”
Estamos no coração do Rio Grande do Sul. Essa localização é uma vantagem, pois atraímos investidores de muitas regiões.”
Frio impulsiona vendas
Conforme a Câmara de Dirigentes Lojistas, as baixas temperaturas registradas no início do inverno colaboraram para aumento de 15% nas vendas em relação ao ano passado
As ondas de frio registradas em junho e previstas para a virada de julho para agosto têm animado os lojistas. “O frio intenso e prolongado ajudou muito as vendas, especialmente de roupas e calçados mais quentes”, observa a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Lajeado), Giselda Hahn. “As vendas estão muito boas e dentro do esperado, sendo que algumas lojas tiveram aumento de 15% em comparação ao mesmo período do ano passado.”
Conforme Giselda, alguns lojistas já apostam nas promoções. Outros iniciarão as liquidações de artigos da temporada no fim de
julho e início de agosto. “Algumas lojas ainda têm bastante estoque e estão preparando promoções muito atrativas nos próximos dias.”
O tempo tem colaborado para as lojas atraírem consumidores. Historicamente, julho é o mês mais frio do ano. “É comum a ocorrência de temperaturas baixas pela manhã, amenas à tarde e até geadas em algumas regiões”,
destaca a meteorologista Maria Angélica Gonçalves Cardoso, do Núcleo de Informações Hidrometeorológicas da Univates. Nova onda de frio, como a que está acontecendo nestes últimos dias, é prevista para a virada de julho para agosto, com intensidade semelhante à atual. “E outra entre os dias 19 e 22 de agosto.”
Melhor do que 2024
Neste sábado, a loja de departamento Clip completa um ano. Conforme a gerente Suzete Rios Machado, há muitos motivos para celebrar. “As vendas neste inverno estão superando às do mesmo período do ano passado.”
A Clip iniciou as atividades dois meses depois da enchente, quando a região estava severamente impactada.
A gerente afirma que os produ-
Inverno ainda não acabou
A meteorologista Maria Angélica alerta que o inverno ainda não acabou. “Teremos mais algumas ondas de frio pela frente.” No entanto, a incidência de temperaturas extremamente baixas deve ser menor do que em junho e no início de julho.
Além disso, haverá maior frequência de dias agradáveis e até alguns um pouco quentes.
“Ainda assim, pode demorar para guardarmos as roupas de inverno, especialmente porque, com o padrão climático global atual, não se descarta a possibilidade de eventos tardios de frio no início da primavera.”
tos de inverno, como edredons, roupões e peças de vestuário térmicas registraram vendas acima do esperado. E, se a previsão de frio para este fim de semana e para virada do mês se confirmar, será a oportunidade para zerar estoques de alguns itens.
Promoções
As baixas temperaturas contribuíram para o crescimento nas vendas, segundo a subgerente da loja Dullius, Natália Luísa dos Santos. “Os casacos são um exemplo. Vendemos 30% a mais do que no ano passado.”
A campanha promocional leve 4 e pague 3 também tem impulsionado os negócios. Natália conta que os meses de janeiro e fevereiro ficaram aquém do esperado,
As vendas neste inverno estão superando às do mesmo período do ano passado.”
SUZETE RIOS MACHADO GERENTE DA CLIP
entretanto, as baixas temperaturas têm contribuído para compensar os resultados anteriores.
Segundo Natal
Para o supervisor da rede de lojas Don Juan, André Diedrich, mesmo com trabalho de marketing e campanha de vendas, os resultados desta estação ainda estão “um passo atrás do esperado.” Ele acredita que as incertezas no quadro econômico atual e o aumento no custo de vida tenham colaborado.
Com duas lojas em Lajeado, uma no centro e outra no shopping, a rede aposta em bons resultados de vendas na época que chama de “segundo Natal”. Diedrich refere-se ao Dia dos Pais, celebrado em 11 de agosto, ainda no inverno. Antes disso, já iniciou a temporada de liquidação de inverno na unidade do shopping.
Subgerente Natália Luísa dos Santos destaca a grande procura por casacos
Para André Diedrich, o frio aliado ao Dia do Pais resulta em boas vendas
Luciane
FOTOS: LUCIANE ESCHBERGER FERREIRA
Sistema de governança chinês é detalhado em reunião-almoço
Tradicional evento promovido pela Cacis Estrela teve Fernando Röhsig como palestrante. Após jornada técnica na China, empresário relata modelos de gestão e impactos globais acerca do país oriental
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
ESTRELA
Modelos de gestão e impactos no cenário global. Por meio do tema “Uma jornada de governança na China”, o conselheiro de administração e diretor-geral da Medical San, Fernando Röhsig, abordou as experiências empresariais no país oriental. O encontro ocorreu na reunião-almoço promovida pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela nessa sextafeira, 18, na Societá Italiana Fiori Dei Piani.
O consultor empresarial visitou sete cidades chinesas durante jornada técnica junto ao Instituto Brasileiro de Governança Corpora-
tiva (IBGC) e compartilhou análises sobre sistema político, modelo de negócios e ecossistema de inovação do país. Segundo ele, é preciso entender que existem “duas Chinas”: a interna, voltada ao próprio povo, e a externa, construída para apresentar ao mundo uma imagem controlada e estratégica.
O país adota um regime político comunista e, ao mesmo tempo, um sistema econômico capitalista. Na opinião dele, o modelo se torna um desafio perante ao cenário global. Ainda que muitas empresas sigam diretrizes estabelecidas pelo governo central, a grande maioria possui um ecossistema robusto de desenvolvimento e pesquisa.
O diretor-geral destaca que a China se mostra com um modelo de governança para a inovação. Na análise dele, existe um forte
sistema de pesquisa, desenvolvimento e logística, com transformações positivas em cadeias de valor. “Basta ver o mapa mundial que traz a China no centro. Metade das 500 maiores empresas do mundo são asiáticas”, comenta.
China interna Mesmo com forte presença
tecnológica, a inovação também é marcada pela criação de réplicas dentro do país, como forma de sobrevivência da população. Produtos e soluções são reproduzidos em larga escala, com métodos que levam, em média, 15 minutos para serem copiados.
Em outro aspecto, o empresário chama atenção para o alto custo de vida nas grandes
cidades chinesas aliado aos impactos do controle de natalidade. Segundo ele, a família não é vista como um valor central, o que gera um vazio social preocupante. Exemplo disso, ele diz, são os mais de 90 milhões de apartamentos vazios no país.
“A bolha imobiliária expõe fragilidades estruturais, embora não sejam reconhecidas oficialmente pelo governo. O partido diz que está tudo bem, e assim se estabelece a narrativa”, afirma.
Brasil carece de estratégia
Röhsig avalia que o Brasil ainda não desenvolveu uma estratégia consistente de governança. Segundo ele, o país carece de uma narrativa unificada. “Na China tudo converge para uma única história. No Brasil, o bom e o ruim mudam com frequência”, compara.
Evento reuniu centenas de pessoas na Societá Italiana Fiori Dei Piani
Família Eckhardt uniu amor e empreendedorismo
A trajetória da família
Sorvebom tem raízes em sala de aula, nas gincanas, nas amizades que se mantêm firmes e no pedido de casamento feito no pátio do colégio.
a família Eckhardt, a escola é muito mais que boletim e uniforme. É cenário de encontros, berço de sonhos e ponte entre gerações. Foi no CEAT que o fundador da empresa Sorvebom, Martin, aprendeu a sonhar com o empreendedorismo, que Lucas descobriu o amor e que Tassiana participou das Olimpíadas Matemáticas, dando vazão à sua habilidade com as ciências exatas.
O empresário Martin Eckhardt foi o primeiro da família a estudar em uma escola particular. Ingressou no CEAT no préescolar, com uma bolsa parcial que o levou até a oitava série da época. Apesar da enorme restrição financeira, os pais não mediram esforços para educar o filho. Martin lembra com nitidez da importância daquele gesto.
“Tenho certeza de que o CEAT me ajudou a me moldar na pessoa que sou hoje. Os meus colegas e professores me ajudaram no desenvolvimento. Eu tenho orgulho dos meus pais por terem me colocado lá.”
Participativo, inquieto e sonhador, Martin se envolveu nas feiras de ciências e nas atividades do colégio com entusiasmo. A jornada escolar ajudou a impulsionar as habilidades de empreendedorismo e liderança. Martin sonhava, e os professores o motivavam: “Sempre fui um grande sonhador e sempre comentava com o professor sobre meu sonho. E eles me incentivavam.”
Esse incentivo foi fundamental para adquirir autoconfiança na capacidade de ir adiante. “Sempre tive no DNA o sonho de ser empreendedor e fui lapidando isso desde o colégio.”
O sonho amadureceu e virou realidade: fundou a Sorvebom, sorveteria que se tornou referência no Vale do Taquari. No colégio, formou sua base de relacionamento, com amigos e parceiros, importantes para a jornada adulta. Para ele, a educação transforma, prepara e evolui a sociedade.
“O principal de tudo é entender a importância da qualidade do estudo e o engajamento dos professores em formar alunos motivados e preparados para os desafios da vida.”
Hoje, aos 64 anos, ele continua os estudos de um jeito diferente: faz cursos e treinamentos para melhorar sua performance como empresário. “Nunca parei de me preparar”. Os filhos Lucas e Tassiana vieram na sequência, mantendo a conexão com o colégio.
Pedido de casamento na escola
O CEAT marcou a história de vida de Lucas Eckhardt. Aos 37 anos, ele lembra do pedido de casamento, feito no pátio do colégio. Foi ali que encontrou sua parceira de vida, Natália Bertella Eckhardt, mãe dos seus três filhos. “Graças ao colégio, temos nossa família. Sem o CEAT, não teríamos nos conhecido.”
em 2012, depois de oito anos juntos. “Fiz o pedido à noite, no Dia dos Namorados, na praça do almoxarifado”, salienta. O cenário escolhido com cuidado ainda é cheio de significado para os dois. Hoje, os filhos Bento e Benjamin também estudam no CEAT.
“Meu maior desafio é educar meus filhos da forma como fui educado. E isso exige parceria entre família e escola. A parceria entre colégio e família é fundamental.”
O colégio pode trazer de bom: a matemática, o amor e a bondade.”
Bento Bertella Eckhardt
Lucas atribui ao colégio sua habilidade de liderança, lapidada nas gincanas, e o apreço pelo empreendedorismo, ao projeto Junior Achievement. Na escola, os participantes do Junior aprendiam lições importantes de
marketing, produtos e gestão de negócios.
Hoje, aos 37 anos, também empreende na Sorvebom, ressignificando a função do pai e atualizando a história da empresa. “O CEAT, como colégio, é um elemento agregador, da infância ao fim do Ensino Médio.”
A escola como mundo novo para Natália
Natália Bertella Eckhardt não esquece o pedido de casamento de Lucas, uma surpresa eternizada no álbum de fotos do casal. Na noite do Dia dos Namorados, Lucas a vendou, deu voltas pela cidade e a levou até a quadra do colégio.
Eles já estavam na faculdade. O namoro iniciou no colégio e perdurou oito anos. Na quadra, ele tirou a venda. Foi uma surpresa muito legal. Começamos a namorar aos 16 anos e, na faculdade, ele me pediu em casamento. Foi muito especial esse pedido de casamento.”
Para a cirurgiã-dentista, a escola se abriu como um mundo
O amor e o gosto pelos estudos foi o que uniu a família Eckhardt
FOTOS:
Bento
Benjamin
empreendedorismo na escola
novo, não apenas pelo fato de conhecer o marido, mas pelas possibilidades.
De Encantado, a jovem estudante se transferiu para Lajeado e foi morar com a avó a fim de cursar o colégio. “Meus pais optaram pelo Ceat para que tivesse preparada”.
Assim, mergulhou de cabeça nas atividades da escola. Criou autonomia e viveu as atividades com empenho: vôlei, teatro, dança e projetos. “Vivi muito intensamente e aproveitei muito do que o colégio oferecia.”
A garota que saiu de Encantado virou mãe de três filhos, mas as amizades da escola perduraram. Os padrinhos dos filhos são os ex-colegas do colégio. “Nossos amigos são do CEAT e a gente convive até hoje.”
Hoje, os filhos Bento e Benjamin seguem a trilha. Bento, com 7 anos, está no segundo ano e adora o que vive no colégio, desde o futebol até os amigos com quem conversa no pátio. “O colégio pode trazer de bom: a matemática, o amor e a bondade.”, diz ele com a pureza da resposta infantil.
Benjamin ainda explora o colégio de forma mais lúdica, mas já demonstra o mesmo entusiasmo do irmão mais velho. Enquanto espera pelas aulas de alfabetização, aproveita a préinfância: “Gosto de brincar de carrinho.”
Do colégio ao empreender em família
A história da família Eckhardt mostra que o colégio pode ser mais do que um espaço de ensino. Pode ser onde vidas se cruzam, sonhos se despertam e uma empresa de sucesso começa a tomar forma.
Tassiana Eckhardt se formou em engenharia de produção e hoje atua ao lado do pai e do irmão na Sorvebom, cuidando do setor financeiro. “Desde sempre estudei no CEAT, vivi o colégio, as amizades e os professores.” Para ela, a base do colégio fortaleceu o DNA empreendedor e a capacidade de lidar com as complexidades dos negócios. “Empreender em família é um privilégio, mas também tem desafios. Eu sempre falo que a história da família se mistura com a história da empresa”, salienta. Tassiana e Lucas cresceram em meio à sorveteria, ouvindo os pais lidarem com o cotidiano empresarial. O caminho para a empresa foi natural e foi
O CEAT marcou a história de vida de Lucas Eckhardt. Aos 37 anos, ele lembra do pedido de casamento, feito no pátio do colégio.
influenciado pelas atividades escolares. A Olimpíada Matemática a incentivou às Ciências Exatas. “Essa base que tive foi forte e eficiente.” Gostava também das aulas de línguas e jogava basquete, o que incentivou o trabalho em equipe. “Fazer parte da construção da nossa empresa nos orgulha. Já consigo imaginar minha filha tanto no CEAT quanto na Sorvebom”, revela.
Sempre tive no DNA o sonho de ser empreendedor e fui lapidando isso desde o colégio.”
Martin Eckhardt
Já consigo imaginar minha filha tanto no CEAT quanto na Sorvebom, e isso é incrível.”
Tassiana Eckhardt
A escola foi realmente muito especial. Foi lá que conheci a Natália.”
Lucas Eckhardt
Passei a morar com minha avó para poder aproveitar tudo o que o colégio oferecia.”
Natália Bertella Eckhardt
Brigada Militar faz treino da Força Tática no Vale do Taquari
Estágio reuniu policiais militares de toda região e promoveu simulações nas ruas de Lajeado. Capacitação somou 62 horas de instruções teóricas e práticas
LAJEADO
Com o objetivo de padronizar os procedimentos e garantir mais segurança a todos os envolvidos nas ações policiais, a Brigada Militar encerrou na sexta-feira, 18, o 41º Estágio Básico de Força Tática. A capacitação ocorreu ao longo da semana, de segunda a sexta-feira, com instruções concentradas no Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Taquari (CRPO-VT), em Lajeado. A formação reuniu policiais militares de diferentes municípios da região e somou 62 horas de conteúdo técnico e prático. O foco foi o aperfeiçoamento da resposta operacional diante de situações de maior complexidade, como
distúrbios civis, confronto armado, bloqueios, perseguições e crises em áreas urbanas. Entre as atividades, os militares participaram de aulas teóricas sobre legislação, protocolos e táticas de intervenção, além de treinamentos de campo voltados à contenção de ameaças. Técnicas de abordagem a veículos e pedestres, progressão tática em espaços confinados, uso de armamento de menor potencial ofensivo e simulações de confronto com uso de munição real fizeram parte da
programação.
Na quarta-feira, 16, os grupos atuaram em diferentes pontos de Lajeado, com destaque para o Parque do Imigrante, onde foram feitos exercícios simulados de cerco, incursão e posicionamento estratégico. O trabalho foi acompanhado por instrutores e observadores do comando regional, que avaliaram o desempenho dos policiais em diferentes cenários.
Segundo o soldado Lima, do 22º Batalhão de Polícia Militar, a capacitação é planejada de forma
ONDA DE HOMICÍDIOS
Parte do treinamento ocorreu no Parque do Imigrante, em Lajeado
cuidadosa e envolve uma estrutura específica para ser feita. “É um estágio básico que tem como objetivo nivelar o conhecimento entre os policiais que integram ou vão integrar as forças táticas”, afirma.
Capacitação
De acordo com Lima, o preparo técnico é fundamental para pro-
teger tanto os servidores quanto a população. “Queremos que todos estejam no mesmo nível de conhecimento, com segurança, preparo e condições reais de atuação nas ruas. O foco é salvar vidas e preservar a integridade dos envolvidos”, diz. Além do estágio, a corporação mantém, de forma anual, o Programa de Aperfeiçoamento e Capacitação (PAEC), que envolve todo o efetivo. Neste ano, a primeira edição ocorreu no final de junho e contemplou ações internas no 1º Batalhão de Polícia de Choque, em Porto Alegre. Para Lima, o estágio da Força Tática tem caráter ainda mais específico e reforça o compromisso com a qualificação de quem atua na linha de frente. “Treinamos para garantir operações mais técnicas e eficientes, com foco na proteção dos próprios policiais e da comunidade”, conclui. O encerramento ocorreu com uma solenidade simbólica no Comando Regional de Polícia Ostensiva, reunindo os participantes, instrutores e representantes da corporação. Esse tipo de formação representa uma etapa importante para a ampliação da capacidade tática da Brigada Militar no Vale do Taquari.
Polícia Civil suspeita que ordens de execuções em Estrela partiram do presídio de Lajeado
Segunda fase da operação Oberst resultou em oito prisões e apreensão de armas ligadas a homicídios
Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
ESTRELA
A Polícia Civil deflagrou nessa sexta-feira, 18, a segunda fase da Operação Oberst, que investiga a atuação de um grupo criminoso envolvido em homicídios ocorridos em Estrela.
Os mandados judiciais foram cumpridos com apoio da Polícia Penal, e os detalhes da ação foram apresentados durante coletiva de imprensa na sede da Delegacia de
Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em Lajeado. Conforme o delegado Márcio Moreno, há indícios de que as ordens para os crimes partiram de dentro do presídio estadual de Lajeado. “Estamos avançando na identificação dos mandantes e vamos reduzir a zero as ações deste grupo criminoso na região”, afirmou. Na manhã de ontem, celulares e drogas foram recolhidos da casa prisional.
Durante a operação foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e oito pessoas foram presas, entre elas foragidos ligados diretamente à facção investigada. Os suspeitos estariam envolvidos nos recentes homicídios registrados no município, além de participação no tráfico de drogas e incêndio doloso . Duas armas de fogo também
foram apreendidas. Uma delas é suspeita de ter sido usada diretamente em um assassinato ocorrido em 9 de julho, e foi encaminhada ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para análise balística. A polícia investiga se a mesma arma teria sido utilizada em outros crimes registrados em fevereiro e maio.
Atividade criminosa
O grupo investigado, segundo a Polícia Civil, tem origem na região metropolitana de Porto Alegre, mas atua em diversas cidades do interior, com ramificações em todo o Rio Grande do Sul. A Operação Oberst segue com mais cinco fases previstas nos próximos meses. Toda a operação será acompanhada pela Brigada Militar. Conforme o comandante da 40º BPM, Walesko do Val Baroni
Coletiva de imprensa na manhã dessa sexta-feira detalhou o andamento das investigações e da segunda fase da operação
Gomes, equipes da polícia seguirão atuando em Estrela na saturação de áreas. Desde o início das operações, duas armas foram apreendidas, um revólver e uma pistola, além de munições calibre 35. Outros números divulgados pelo comando mostram que 287
pessoas foram abordadas durante a operação, 192 veículos, seis prisões em flagrante e dois foragidos foram capturados. “Estamos com o apoio da tropa especializada. Nosso objetivo é de manter a segurança da população e conter o crime organizado”, destacou o comandante.
Daniély Schwambach daniely@grupoahora.net.br
GABRIEL SANTOS
Comunidade local celebra tradição do colono imigrante
Atrações culturais, desfiles, feiras e shows iniciaram nessa sexta-feira e seguem até domingo em Arroio Bonito
MATO LEITÃO
Uma das principais e mais tradicionais festividades de Mato Leitão, a 28ª Festa do Colono Imigrante, ocorre neste fim de semana na comunidade de Arroio Bonito. O evento ocorre no Ginásio Bonitão, com ampla programação cultural, artística, gastronômica e comercial. A programação iniciou nessa sextafeira, 18, e segue até domingo a noite. A entrada é gratuita. Promovida neste ano pela Associação São José, a festa volta
a ocorrer após a suspensão em 2024, devido ao desastre climático que atingiu o Estado. Conforme o presidente da entidade organizadora, Marino Schuster, a expectativa é de grande participação da comunidade local e regional.
“Teremos exposições, desfile temático, tratoraço, apresentações artísticas e três bandas animando os dias de festa.” A primeira atração e inédita nas programações da festividade é o torneiro chamado “Schafkopf” (cabeça de ovelha) disputado na noite dessa sexta. Um jogo de cartas para valorizar e manter viva a tradição alemã.
Com regras pontuais, o jogo é conhecido por sua característica de bater na mesa ao lançar uma carta, criando um som que deu origem ao nome. A disputa pode envolver quatro ou cinco jogadores e o principal objetivo é ganhar rodadas específicas (tricks) e acumular pontos. As inscrições serão feitas no local.
Tradição
A festividade iniciou em 1994, na Seubv, época em que a atual secretária da Educação, Eunice Heuser, era prefeita do município. “É uma festa de integração entre as comunidades e destaca, além das tradições, a cultura do povo que colonizou Mato Leitão”,
destaca Eunice. A Festa do Colono Imigrante é realizada anualmente em sistema de rodízio entre cinco entidades: Associação São José, Assoessa, Assocersa, União e Seubv. “É uma celebração que preserva nossas raízes, valoriza a agricultura familiar e fortalece os laços entre as comunidades de Mato Leitão”,
PROGRAMAÇÃO DESTE
FIM DE SEMANA
Sábado (19) – Durante a tarde haverá Feira Comercial e Agrícola 13h – Início das festividades e animação com Musical Energia 18h – Encontro das Soberanas da Festa do Colono Imigrante de Mato Leitão com Coquetel 20h30min – Flash Back com Áudio Som
Domingo (20) – Durante o dia haverá Feira Comercial e Agrícola 9h30min – Desfile Temático e Tratoraço 11h – Solenidade Oficial 11h30min – Almoço 12h30min – Apresentação da Invernada Artística (Mirim e Juvenil) do CTG Querência da Mata 13h – Apresentação dos grupos de Dança Alemã de Mato Leitão 13h30min – Banda Magia Musical 17h – Banda Nova Geração
reforça Schuster. As soberanas da 28ª edição foram eleitas em novembro de 2024. A Garota Imigrante é Larissa Scheibler, acompanhada pelas princesas Grazieli Picolli, Nicole Bianca Wickert, Rafaela Taís Nicolay e Sarah Eduarda Feix.
Estevão Heisler projetodoagro@grupoahora.com.br
Evento é uma das principais atrações anuais de Mato Leitão
DIVULGAÇÃO
Banco de Oportunidades amplia rede de voluntários e serviços gratuitos à comunidade
Projeto reafi rma o compromisso do Pacto Lajeado pela Paz com a promoção da justiça social, da solidariedade e da cultura de paz
LAJEADO
Criado em agosto de 2022, o Banco de Oportunidades do Pacto Lajeado pela Paz se consolidou como uma importante ferramenta de engajamento comunitário e inclusão social.
A iniciativa conecta voluntários – pessoas físicas e jurídicas – a ações já estruturadas de prevenção à violência promovidas pelo Pacto, e oferece serviços gratuitos à população.
Segundo a coordenadora do Pacto, Tânia Fröhlich Rodrigues, o projeto foi pensado para acolher quem deseja contribuir com seu tempo, saber e experiência. “O Banco de Oportunidades visa integrar voluntários que queiram ajudar a cidade por meio de ações organizadas. É uma forma de canalizar a expertise destes profissionais em benefício de todos”, explica.
Os voluntários apresentam suas habilidades e interesses e, junto à equipe do Pacto, cocriam formas de atuação dentro das comunidades. “Cada pessoa se identifica com o que pode e gostaria de fazer. Para quem recebe o atendimento, tudo é gratuito”, reforça Tânia. A proposta contempla áreas como saúde biopsicossocial, mercado de trabalho, cultura, esporte, oficinas e cursos.
Caminho de escuta e reconstrução
Entre os parceiros, está a mediadora judicial e engenheira civil
Regina Zanella, que se aproximou do projeto após as enchentes que atingiram o Vale do Taquari. “Diante dos conflitos gerados por esse cenário, ofereci minha contribuição como mediadora, com foco
em reconstruir diálogos e buscar soluções possíveis para as partes envolvidas”, relata.
Regina realiza mediação, arbitragem e negociação de conflitos na engenharia civil, arquitetura e serviços correlatos. Ela ressalta que a mediação é um mecanismo previsto em lei e que pode ser aplicado tanto judicialmente quanto de forma extrajudicial, como no caso do trabalho realizado em parceria com o Pacto. “É um caminho de escuta e de reconstrução, que busca resolver conflitos sem precisar recorrer ao Judiciário. Estarei disponível uma vez por mês no Labilá para auxiliar a comunidade”, afirma.
Ao ampliar sua rede de voluntários e serviços, o Banco de Oportunidades reafirma o compromisso do Pacto Lajeado pela Paz com a promoção da justiça social, da solidariedade e da cultura de paz. Hoje, o projeto disponibiliza voluntários de psicologia, yoga, educação financeira, justiça restaurativa, gestão de bem-estar, mediação e música.
Jéssica R Mallmann jessica@grupoahora.net.br
Regina (de azul) realiza mediação, arbitragem e negociação de con itos na engenharia civil, arquitetura e serviços correlatos
Publicações
Legais
UMAS & OUTRAS
CARLOS MARTINI Administrador
DE REGRAS E RÉGUAS
Toda a regra tem exceções, diz o ditado. E toda as réguas também, inclusive as estatísticas e econométricas.
Por exemplo: os registros oficiais de comércio exterior, aí incluídas exportações e importações, nos diferentes municípios e estados.
A estatística e a classificação oficial são determinadas pelos controles feitos pela Secretaria de Comércio Exterior, vinculada ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O padrão de referência é o local da emissão das guias de exportação/importação. O que muitas vezes tem pouco ou nada a ver com o local onde a mercadoria em si tem sua origem de produção, ou sua destinação final para processamento e comercialização.
Em função da necessária burocracia aduaneira, das logísticas de transportes, de espaços para estocagens temporárias, maiores agilidades e melhores serviços portuários, entre outros fatores, determinados municípios se
destacam nesse cenário, em detrimento de outros.
O exemplo mais claro é o município de Itajaí, que hoje detém a posição de maior Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina, superior a Joinville e Florianópolis. E a essa altura do campeonato já está entre os 25 maiores PIBs municipais do país, dentre os mais de cinco mil existentes.
Para lá vão produtos de todos os mais importantes pólos industriais catarinenses e também muitos riograndenses destinados à exportação.
Se examinarmos um pouco mais a fundo a realidade econômica específica, fica claro que a localidade não produz nem dez por cento do que “exporta” e não consome nem 10% do que “importa”. Mas tem muitos méritos por saber aprimorar sempre mais a sua principal alavanca econômica.
E uma régua de mediação tem que existir, mesmo com algumas reservas, afinal é sempre melhor estarmos aproximadamente certos do que exatamente errados.
Empate
Houve um tempo em que Lajeado emparelhava no taco a taco com a vizinha Santa Cruz do Sul nas estatísticas nacionais dos maiores municípios exportadores do estado e do Brasil.
Uma, principalmente em função do beneficiamento do fumo, e outra em função do beneficiamento de proteína animal, sem contar outros setores industriais também muito relevantes na balança comercial e cada vez mais pujantes em seus respectivos setores. Ambos os municípios estavam muito bem classificados entre os dez principais do estado e os cem maiores do país, onde Santa Cruz continua bem inserido. Claro que não dava para avaliar nessa estatística específica – e nem daria hoje – em quais localidades cada commoditie (produto) é plantado ou criado, muito menos as origens dos principais insumos necessários para essas respectivas produções. As cadeias produtivas costumam ser geograficamente bem extensas.
LIVRE PENSAR
A distribuição de riqueza não deve ser considerada mais importante do que a geração de riqueza, sem a segunda, a primeira não costuma ir muito longe”. (Autoria incerta)
Falando nisso
Há não muito tempo, quem pretendia cursar uma faculdade, ter acesso a serviços médico-hospitalares mais qualificados, assessorias profissionais especializadas, ou mesmo fazer apenas umas comprinhas mais sofisticadas, tinha que se deslocar até a capital. Isso mudou muito em tempos recentes, com a geração de diversos pólos regionais em diferentes quadrantes do estado, capilarizando cada vez mais o atendimento às demandas da sociedade. É claro que a capital continua com seus atrativos, tanto de mercado consumidor quanto de concentração de determinados serviços e do próprio aparato de governo. Mas a cada ano que passa o “interior” vai ampliando sua parcela no bolo.
SAIDEIRA
Nôno no bolicho do Cumpádi Belarmino:
- Quanto custa cada pastel desses bem bonitinhos?
- Dez reais.
- E esse aqui meio tostado?
- Cinco pilas.
- Então me tosta dois dos bonitinhos.
MARCOS FRANK
Médico Neurocirurgião
A Justiça como arma de guerra
““Livrai-me da justiça, que dos malfeitores me livro eu.” Millôr Fernandes
Essa crônica foi escrita no final de 2022, após uma disputa acirrada e ríspida entre Lula e Bolsonaro. Na época, eu manifestava minha descrença sobre o fim das disputas políticas nos tribunais. Quem viveu, está vendo... “Nos próximos anos ouviremos falar muito da palavra de origem inglesa “Lawfare”. A junção das palavras lei e guerra na mesma palavra significa uma nova forma de batalha política usando o direito como arma, ou seja, o uso estratégico de processos judiciais para criar impedimentos e dificuldades a adversários políticos. Essa palavra surgiu nos meios acadêmicos logo após os ataques terroristas de 11 de setembro. Como resposta aos atentados, o governo americano lança o “Patriot Act” que permite um afrouxamento da lei para defesa interna dos EUA. Não demorou muito para surgirem acusações de prisões ilegais, congelamento de bens e mesmo tortura. No princípio, “lawfare” tinha um sentido geopolítico. Antes disso, em 1985, o criminalista alemão Gunther Jakobs já advertia que, às vezes, o sistema judiciário trata réus locais não como cidadãos com direitos fundamentais, mas como inimigos da ordem social. Nas palavras de Jakobs: “O inimigo tem menos direitos.” No Brasil o termo foi recuperado e usado pelos advogados de Lula. O advogado Cristiano Zanin ( hoje ministro do STF) defendeu que a repetição de acusações da Lava Jato era uma forma de pressão contra o réu. “O excesso de acusações frívolas (overcharging) e a repetição de acusações são táticas de “lawfare”, com o objetivo de reter o inimigo em uma rede de imputações, objetivando retirar o seu tempo e macular sua reputação”, disse o advogado.
Por outro lado, a defesa do ex-presidente também soube colher frutos quando explorou politicamente o processo abrindo procedimentos para tentar demonstrar a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução dos processos da Lava Jato. Com isso, conseguiu colocar sob suspeição a conduta dos agentes públicos envolvidos, reforçando a ideia de que o ex-presidente teria sido vítima de uma perseguição política.
Depois disso, foi tão grande a preocupação com o “lawfare” que o senador Rogério Carvalho (PT-SE) criou um projeto de lei que prevê medidas de combate à prática da guerra judicial.
Na mesma direção, Zanin o advogado de Lula escreveu um livro sobre a sua tese no caso de Lula. Diz ele: “Do ponto de vista estratégico o lawfare requer a observação das dimensões da geografia (levar o conflito judicial para a jurisdição onde se tenha maior chance de vitória), do armamento (utilização e criação de normas que facilitem a perseguição do inimigo e o uso de medidas excepcionais contra ele) e da externalidade (o uso dos meios de comunicação para coletar, transportar ou deturpar informações produzidas fora do sistema processual)”.
Seus argumentos fazem sentido, mas ao observar a atuação de juízes do STF e do TSE agindo no presente momento com relação a “geografia, armamento e externalidade” é de se perguntar se o “lawfare” não veio para ficar e se o que se faz agora com Bolsonaro e seus aliados não é semelhante ao que se acusa de terem feito com Lula.”
Lente Social
Educação em pauta
A reitora da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Evania Schneider, e a vice-reitora da instituição, Cintia Agostini, foram as palestrantes da reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) nessa quinta-feira, 17. Na pauta, os desafios e oportunidades para a educa-
ção no Vale do Taquari. Entre os principais assuntos, estava o papel da universidade no relacionamento com o mercado, cultura da inovação e pesquisa aplicada, além dos novos formatos de ensino na formação de profissionais para os desafios do presente e do futuro. Confira quem participou do encontro.
As palestrantes
Evania Schneider e Cintia Agostini
Emoção entre os acordes
O Teatro Univates recebeu na sexta-feira, 11, mais uma edição do tradicional Concerto de Inverno da Orquestra Gustavo Adolfo Univates. Sob a regência do maestro Astor Jair Dalferth, a orquestra de 56 músicos apresentou um repertório inspirado nas obras-primas do Barroco, do Classicismo, do Romantismo e do Modernismo brasileiro. Com clássicos desde Vivaldi a Villa-Lobos, o espetáculo encantou e emocionou o público, explorando as transformações da música ao longo dos séculos. Nas fotos, registros de quem prestigiou a noite.
Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro
Cíntia Agostini e Edson Wiethölter Gilberto e Silvana Penz, Denise Schneider e Marisa Blau
Gelsi Santana, Judite Schmatz, Mara Heineck e Isabel Bussmann
Saxofonista da Orquestra, Luisa Fell Sieben, junto do irmão Artur Fell Sieben e dos pais Ana Paula Fell Sieben e Cristiano Sieben
Deise Werner e Clari Schneider
Josuel Blau, Marcelo Diedrich e Luiz Gustavo Kroth
Vice-presidente da feira destacou a importância da integração regional para o fortalecimento do turismo e da economia
Lançamento da 21ª Mostra Guaporé mobiliza público e autoridades
Evento marca retomada da feira após cancelamento da edição de 2024 e reforça convite ao público regional para prestigiar uma das maiores vitrines de joias folheadas e lingeries do Sul do Brasil
GUAPORÉ
A 21ª edição da Mostra Guaporé teve seu lançamento regional na noite dessa quinta-feira, 17, em evento realizado na sede social do Sicredi Região dos Vales, em Encantado. Com o objetivo de estreitar laços com os municípios vizinhos e atrair o público do Vale do Taquari, a apresentação reuniu autoridades, representantes de entidades, patrocinadores, imprensa e convidados. Promovida pela Associação Guaporé Pró-Eventos, a Mostra foi apresentada como uma das maiores vitrines de joias folheadas e lingeries do Sul do Brasil. Em edições anteriores, mais de 160 expositores participaram do evento, que também se destaca por sua programação musical, gastronômica e turística. Na última edição, em agosto de 2023, mais de 35 mil visitantes passaram pela feira, consolidando seu papel como uma importante vitrine comercial e cultural da região.
Durante a cerimônia, o vicepresidente da feira, Fernando Marcolin, destacou a importância da integração regional para o fortalecimento do turismo e da economia local.“A mostra faz a
conexão entre a região da Serra e o Vale, ela cria um fluxo de turismo que beneficia todos nós”, afirmou.
A 21ª Mostra Guaporé ocorrerá nos dias 8, 9, 10 e 15, 16 e 17 de agosto, no Autódromo Internacional Nelson Luiz Barro. Todos os espaços foram comercializados nos mais de oito mil metros quadrados de estrutura.
“É fundamental para o turista e visitantes conhecerem a Mostra Guaporé, é muito mais do que uma feira de expositores, é um evento com um propósito maravilhoso que é fomentar o turismo, um setor tão necessário para as nossas relações interpessoais e de negócios”, exaltou Vitória Eduarda Grando, guaporense e Soberana do Turismo do RS.
A expectativa para a edição deste ano é ainda maior, especialmente após o cancelamento da feira.
A decisão, na época, foi tomada em razão dos eventos climáticos extremos ocorridos em setembro de 2023, que afetaram drasticamente os acessos ao município.
Ao fim da apresentação, os convidados foram recepcionados com um coquetel assinado pela equipe do Restaurante do Clube União Guaporense, reforçando o clima de confraternização e entusiasmo em torno da retomada do evento.
CIC-VT celebra 20 anos com homenagens e resgate histórico
Evento festivo reuniu lideranças nessa quintafeira, em Encantado. Iniciativas como o Reconstrói RS foram destacados durante a programação
VALE DO TAQUARI
ACâmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CICVT) comemorou, na noite dessa quinta-feira, 17, os 20 anos de atuação regional. O evento festivo foi realizado na sede do Sicredi Região dos Vales, em Encantado, e reuniu lideranças empresariais, representantes de entidades e autoridades locais.
O presidente da CIC-VT, Ângelo Fontana, destacou a atuação dos
fundadores e dos demais dirigentes na consolidação da entidade ao longo de duas décadas. O empresário relembrou ainda o trabalho da CIC-VT nos últimos meses para auxiliar na reconstrução dos municípios afetados pelas enchentes com recursos do Reconstrói RS, em parceria com a Federasul, Amat, Avat e Amvat.
“Nós já movimentamos R$ 40 milhões em projetos. É uma grande satisfação poder servir a região. Vamos sair muito mais fortes. Temos que trabalhar unidos e aproveitar o potencial de todos os municípios”, disse Fontana.
A programação foi marcada por homenagens e resgate histórico. Um dos momentos foi o lançamento do livro “Vale do Taquari: o Vale do Associativismo”, que documenta a trajetória do movimento associativo no Vale do Taquari, com ênfase na atuação da CIC-VT ao longo das duas últimas décadas.
Centenas de pessoas prestigiaram o evento na noite dessa quinta-feira
Painel
Também foi realizado um painel com os fundadores da entidade, que compartilharam memórias e os principais marcos da criação da CIC-VT. Em seguida, foi lançada a cápsula do tempo com materiais enviados por entidades empresariais ligadas à câmara. A cápsula tem previsão de abertura em 2035. Outro destaque da noite foi a apresentação da segunda etapa do Programa Reconstrói-RS, com foco nas obras de reconstrução pós-enchentes no Vale do Taquari. As demandas elencadas foram compartilhadas com os participantes como parte do esforço coletivo das lideranças regionais para a recuperação econômica. Após a cerimônia, os convidados participaram de um jantar de confraternização.
Diogo Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br
Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
Três motivos para aproveitar a Teutofrangofest 365 VEZES NO VALE
Aquinta edição da Teutofrangofest está programada para os dias 15 a 17 de agosto, na Associação dos Funcionários da Cooperativa Languiru, em Teutônia. Organizado pela CIC Teutônia, se trata de um dos principais eventos gastronômicos do estado. Serão três oportunidades para o público degustar todas as delícias feitas, em sua maioria, com a carne de frango, além de curtir uma programação cultural completa com shows para todos os gostos. Os ingressos podem ser adquiridos no site oficial (teutofrangofest.com. br) ou nas lojas físicas. Ainda estão no lote promocional ao custo de R$ 179,00 na sexta ou domingo e R$ 189,00 no sábado. Os valores devem aumentar nos próximos dias.
Programação
15/8 – sexta-feira
19h – Abertura oficial
Delícias à base do frango
A Teutofrangofest terá mais de 50 tipos diferentes de opções de pratos e bebidas. Destaque para uma variedade de delícias feitas com a carne do frango: pastel, pizza, croquete, empadas, mini hambúrguer, entre outros. O cardápio conta ainda com opções doces como cucas e chocolates. Nas bebidas vai desde bebidas lácteas até vinhos, espumantes e uma carta de chopes. O público poderá saborear as delícias por cinco horas ininterruptas.
Clima de festa
Em todos os dias haverá duas apresentações musicais, totalizando seis shows durante a edição 2025. A programação é variada e vai desde DJ para reviver as baladas antigas, duplas sertanejas e bandas com cover de sucessos do passado.
20h – Banda Pandora 22h – DJ Maurinho 00h – Encerramento 16/8 – sábado 19h – Abertura do pavilhão 19h30 – Banda Portal da Serra 21h30 – Anderson e Duda 00h – Encerramento 17/8 – domingo 11h – Abertura do pavilhão 12h – Sétimo Sentido 14h30 – Matheus e Mathias 15h – Fechamento do pavilhão (permanecer até 16h) 16h – Encerramento
Retomada após três anos
A última edição da Teutofrangofest ocorreu em 2022. O hiato de três anos se deve a dificuldades passadas pela região devido às enchentes históricas de 2023/2024. É um evento que valoriza a culinária e a economia regional, além de simbolizar a retomada de todo o setor avícola.
A edição de 2025 conta com o patrocínio master da Cooperativa Sicredi da Prefeitura de Teutônia; patrocínio Ouro da Cooperativa Languiru; patrocínio prata da Cooperativa Certel, Prost Bier, Teutobier e Super Zart; patrocínio Bronze de Dorf Produtos Lácteos, Fruki Bebidas, Vinícola Aurora e Teutonet.
FÁBIO KUHN
DESENVOLVIMENTO
Emprega Venâncio oferece 543 vagas em feirão neste sábado
Evento responde ao fim da safra do tabaco e promove reinserção profissional com entrevistas, cursos e serviços gratuitos
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
V E nâncio Air E s
Ogoverno municipal promove neste sábado, 19, o maior feirão de empregos da história da cidade. Das 9h às 12h, a Travessa São Sebastião Mártir será transformada em um grande centro de oportunidades com a promoção do Emprega Venâncio, evento promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, por meio da agência Fgtas/Sine. A ação reunirá 21 empresas de diferentes segmentos e ofertará 543 vagas
com entrevistas realizadas diretamente no local. Além de promover a inter-
mediação entre empresas e trabalhadores, o evento integra outros serviços gratuitos para a
Atividade promovida pelo município conecta empresas e candidatos
comunidade, como inscrições para cursos profissionalizantes, emissão da Carteira de Trabalho Digital (CTPS), encaminhamento da Carteira de Artesão e uma feira de artesanato com expositores locais. Também haverá a presença da unidade móvel da Fgtas e de entidades parceiras.
“Será um espaço de conexão direta entre empregadores e candidatos, com possibilidade real de contratação imediata. O Emprega Venâncio é mais do que um feirão, é uma estratégia de desenvolvimento com impacto social”, destaca o secretário Marcos Hüttmann. Segundo ele, o evento atende a uma demanda crescente por mão de obra em diversos setores, sobretudo após o encerramento da safra do tabaco, período que costuma gerar demissões temporárias nas fumageiras. A primeira
edição do feirão ocorreu em março deste ano, com 14 empresas no Espaço Venâncio Empreendedor. O Emprega Venâncio contará com a participação das seguintes empresas: Docile Alimentos, Alliance One, BRF, Minuano Alimentos, Metalúrgica Venâncio, Super Lenz, Bom Frango, Frigorífico Kroth, Evaporsul, EVAPE, Beira Rio (SC e MT), Maval, Haas Madeiras, Schneider Estofados, Atelier Delsi Giehl, IMG Engenharia, HS Engenharia, Boi Gaúcho e Atlon Soluções Industriais.
Safra do tabaco
O evento chega em um momento estratégico, marcado pelo encerramento da safra do tabaco, atividade que representa uma das principais fontes de emprego temporário no município. Segundo ele, a iniciativa vai além de vagas, é uma política pública de enfrentamento ao desemprego sazonal e de estímulo à mobilidade profissional.
“As fumageiras contratam em massa no início do ano e, tradicionalmente, demitem entre julho e agosto. Neste ano, as demissões já começaram, então o Emprega Venâncio vem justamente como resposta a esse ciclo. Queremos reinserir essas pessoas no mercado o mais rápido possível”, destaca.
Divulgação
Sítio
Cruzadas
O rio que não seca no
Mãe
Mamífero da fauna brasileira (?) 31: a galáxia de Andrômeda (Astr.)
Cruel; perversa 500, em romanos 3/aim — doo — icá. 4/apar — erês — pale. 7/narcisa. 10/sindéticas. 16/ruínas de chanchan.
Foi infiel
Diálogo de Platão
Trombeta indígena Descerrei
Portão xintoísta "(?) Neon", filme do cineasta Gabriel Mascaro (2015) Observa Variante (abrev.) Genitor (?) abaixo: desabar
Multidão (pop.) Espáduas
C opo
ÁRIES: Com atitude e olhar atento, você pode organizar melhor a vida financeira, planejar ganhos ou investir em algo que valorize seus talentos.
TOURO: Você começará o dia mais confiante, com clareza sobre o que deseja manter e o que já pode ser deixado para trás.
GÊMEOS: . Velhos assuntos virão à tona e darão no que pensar. Discussões e deslocamentos serão cansativos.
CÂNCER: . Uma conversa com alguém confiável abrirá novos caminhos. Aproveite para dividir sonhos, ajustar planos e construir pontes duradouras.
LEÃO: O dia favorecerá decisões práticas e renegociações de contratos insatisfatórios. Finalize um longo ciclo. Novas amizades no radar!
VIRGEM: Viajar poderá ser uma boa opção para arejar a cabeça e ampliar perspectivas. Aposte em maior abertura social e brilhe publicamente.
LIBRA: O dia favorecerá acordos, renegociações e escolhas conscientes sobre algo que você vinha evitando.
ESCORPIÃO: Aprofunde o diálogo com parceiros e esclareça expectativas. A fase favorecerá viagens e acertos jurídicos.
SAGITÁRIO: Aproveite para impulsionar um empreendimento em parceria. Harmonia no amor!
CAPRICÓRNIO: A semana terminará com mais espaço para o prazer e reencontros significativos. Reúna pessoas queridas num evento cultural.
AQUÁRIO: Resolva assuntos domésticos e fortaleça suas bases afetivas. Uma solução simples poderá melhorar o clima em casa e facilitar sua rotina.
PEIXES: Momentos deliciosos no amor serão temperados com muito carinho, bom humor e conversas motivadoras.
RECONSTRUÇÃO DO MUNICÍPIO
Ponte reconecta comunidades no Vale do Arroio Grande
Primeira de seis estruturas do distrito foi entregue na manhã de hoje em Arroio do Meio com recursos da Defesa Civil Nacional
A rroio D o M eio
Foi entregue nessa sextafeira, 18, a primeira das seis pontes previstas para reconstrução no Vale do Arroio Grande, distrito atingido pela enchente histórica de maio de 2024.
A nova travessia, sobre o arroio Tico-Tico, devolve a conexão entre comunidades que estavam isoladas.
As obras começaram em março e foram concluídas no final de junho, com investimento de R$ 355 mil, provenientes da Defesa Civil Nacional. A estrutura substitui a antiga ponte levada pela força da água. Como alternativa, moradores haviam construído uma travessia de madeira.
Durante a entrega, o secretário da Reconstrução do governo Federal, Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, destacou o empenho conjunto entre as esferas de governo para garantir celeridade nas obras. “A reconstrução das pontes é fundamental para devolver dignidade às famílias”, afirma.
Além da ponte no arroio TicoTico, outras cinco estruturas estão previstas para reconstrução no distrito.
Horós
Obras iniciaram em março e foram concluídas no final de junho
CIRCUITO DOS VALES NOVO RECORDE
TRANSFORMA
WESTFÁLIA
Terceira etapa do maior circuito de corrida de rua do Vale do Taquari reúne mais de 2 mil atletas
Westfália recebe pela primeira vez uma etapa do Circuito dos Vales/Omega Construtora. Um dos maiores eventos de corrida de rua do interior do Rio Grande do Sul chega à cidade neste domingo, 20. A cidade se prepara para receber mais de 2 mil atletas de todas as idades em um percurso plano, ideal para recordes pessoais. Entre os corredores está Marisa Horst Wahlbrinck, 56 anos, empresária, que usa o esporte como uma chave para o bem-estar físico, emocional e social. Ao lado da irmã, Maristela Horst, 43 anos, corre “em casa” (em Westfália), e promete usar a energia para inspirar outros a começarem a correr. “Correr em casa é uma alegria
muito grande. Passar e gritar ‘bom dia’ aos conhecidos, incentivar quem ainda não teve coragem de dar o primeiro passo. Já estou ansiosa para esse momento”, diz.
Marisa entrou para o mundo da corrida por acaso. Foi durante as aulas de CrossFit que ela descobriu a paixão pelo esporte.
“Lá, a gente corria bastante. Foi onde me apaixonei pela corrida”, conta. A primeira experiência em uma prova foi em Poço das Antas.
“Cheguei em último, mas a sensação de cruzar a linha de chegada foi indescritível.
Ali, eu soube que era isso que eu queria.”
Desde então, a vida mudou radicalmente. “Perdi 23 quilos.
Tenho muito mais disposição e fôlego para encarar a rotina. Treino três vezes por semana, depois do trabalho. A corrida virou meu estilo de vida”, afirma.
Para ela, correr representa um conjunto de sentimentos. “É um momento só meu, mas também de conexão com quem compartilha da mesma paixão.”
Ponto de largada será na prefeitura.
NA ROTA DO ESPORTE E DO TURISMO
A etapa deste domingo será especial também para Westfália, cidade conhecida como a Terra do Biscoito. A largada será em frente à prefeitura municipal, com corridas de 3km, 5km e 10km, caminhada de 3km e 5km, e a corrida kids com trajetos de 500m e 1km. Para o prefeito César Juliano Bloemker, receber o evento é motivo de orgulho. “É com muita alegria que estamos recebendo pela primeira vez o Circuito dos Vales. Teremos corredores de todo o estado. Isso fortalece o nome de Westfália, que será cada vez mais conhecida pelos nossos pontos
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Mais de 2 mil pessoas participam do evento deste domingo, superando em mais de cem os participantes da última etapa, em Venâncio Aires
Irmãs terão a oportunidade de participar de uma prova do Circuito dos Vales, em Westfália. Evento ocorre neste domingo com concentração a partir das 6h
turísticos e pela hospitalidade”, afirma.
Ele destaca o empenho das secretarias e da população na preparação da cidade para acolher o evento. “Estamos muito entusiasmados. Este tipo de evento traz vida e mostra o potencial do município para sediar grandes encontros.”
CULTURA EM MOVIMENTO TRAZ SHOW MUSICAL
Além do aspecto esportivo, o Circuito dos Vales também valoriza a cultura local. A partir das 8h15min, logo após as largadas, o público poderá curtir a apresentação da Orquestra de Westfália.
O grupo, que existe desde 2007, é formado por músicos entre 11 e 45 anos e promete embalar o clima com repertório que vai do folclore alemão ao rock nacional e temas de filmes.
A atração faz parte do projeto “Cultura em Movimento”, que tem o objetivo de inserir manifestações artísticas nos eventos do circuito, ampliando a experiência dos participantes e do público.
SERVIÇO E PROGRAMAÇÃO
A entrega dos kits iniciou nessa sexta-feira, 18, das 18h às 20h, e no sábado, 19, das 9h às 15h, na Wallerius Seguros, no Bairro Americano. No domingo, a entrega inicia às 6h.
“A CORRIDA ME TIROU DA ZONA DE CONFORTO”
Maristela, por sua vez, está dando os primeiros passos na corrida. Depois de anos lutando contra a obesidade, encontrou na prática esportiva uma aliada poderosa para o emagrecimento e o autoconhecimento. “A corrida me tirou da zona de conforto. Já fazia CrossFit, mas a corrida te dá uma liberdade diferente. Se não corro um dia, já sinto falta”, revela.
Ela se inspira nas irmãs mais velhas e conta com o apoio fundamental de amigos e grupos locais como o Movimenta Teutônia.
“Tenho parceiros de treino incríveis que fazem toda a diferença.”
A primeira prova oficial será justamente a de
“Não tem palavras pra descrever o que estou sentindo. Vai ser muito emocionante.”
Westfália. “Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo. Vai ser muito emocionante. Quero aproveitar ao máximo esse momento com minha família e amigos.”
A ligação entre as irmãs vai além do sangue: elas encontraram na corrida uma forma de estreitar ainda mais os laços. “Corro com minha irmã gêmea Marlisa Kliks, uma incentivando a outra. Isso nos dá mais tempo juntas, é amor e união traduzidos em passos e fôlego”, destaca Marisa. Maristela completa: “Elas sempre me incentivaram. Demorei, mas hoje sou muito grata por não terem desistido de mim.”
“Perdi 23 quilos. Tenho muito mais disposição e fôlego para encarar a rotina.”
RECORDES PESSOAIS E SUPERAÇÕES EMOCIONAIS
Com um trajeto praticamente plano, a etapa de Westfália oferece as condições ideais para quem busca superar limites pessoais. Mais do que números no relógio, são conquistas internas que marcam a jornada de cada atleta. Para Marisa e Maristela, por exemplo, o que importa não é a colocação, mas o simbolismo de cada passo dado. “A corrida me ensinou que posso ir muito além do que imagino. Sair da zona de conforto não é fácil, mas vale a pena”, reflete Maristela. Marisa, por sua vez, vê na corrida uma terapia. “Faz bem para o corpo e para a mente. É onde me reencontro, onde me fortaleço.”
Trajeto plano passa pelas principais ruas da cidade
JOILSON PEREIRA
JOILSON PEREIRA
MARISTELA HORST
MARISA HORST WAHLBRINCK CORREDORA CORREDORA
Fim de semana tem duelos
decisivos no sub-17 e sub-15
Pinheiros e Lajeadense disputam a liderança nos grupos do Sub-17. Guarani tenta confirmar vaga nas quartas do Sub-15
Com promessas em campo e confrontos diretos pelas primeiras posições, os campeonatos estaduais das categorias de base terão mais uma rodada decisiva neste fim de semana. Pelo Sub-17 B, os destaques ficam para os jogos de Pinheiros e Lajeadense, que disputam a liderança em seus grupos. Já no Sub-15, o Guarani de Venâncio Aires está em vantagem nas oitavas de final e busca a classificação às quartas de final.
Sub-17 b
O Pinheiros entra em campo
neste sábado, 19, às 15h, no Estádio Pinheirão, em Taquari, para enfrentar o FC Santa Cruz. A equipe da casa lidera o grupo com
nove pontos conquistados em três jogos. O confronto é direto, já que o Santa Cruz aparece logo atrás, com sete pontos. Ainda comple-
tam a chave Novo Horizonte, Riograndense e Rio Grande (todos com três pontos) e Guarany, com um ponto.
Também no sábado, o Lajeadense recebe o SC Americano, no campo do Estudiantes, em Lajeado. O duelo é outro confronto de líderes: o Americano lidera o grupo com 100% de aproveitamento — três vitórias em três jogos. Já o Lajeadense ocupa a vice-liderança, com sete pontos em três partidas (duas vitórias e um empate). A tabela ainda conta com Ivoti (4), Brasil Farroupilha e Nova Prata (3 pontos cada) e o Glória, que ainda não pontuou.
Sub-15
Pelas oitavas de final do Campeonato Gaúcho Sub-15, a ALE enfrentou o Grêmio nessa sexta-feira, no CT Hélio Dourado, em Eldorado do Sul. A partida encerrou após o fechamento da edição. No jogo de ida, o time de Lajeado foi derrotado por 10 a 0. Já no sábado, 19, às 15h, o Guarani, de Venâncio Aires, recebe o Ser Panambi no Estádio Edmundo Feix. Com a vitória por 4 a 1 no jogo de ida, fora de casa, o time venâncio-airense joga com boa vantagem para avançar às quartas de final.
A expectativa é de bom público e jogos movimentados neste fim de semana que promete fortes emoções para os jovens atletas da região.
Guarani está muito perto da vaga para as quartas de final do sub-15
divulgação
FUTEBOL AMADOR
OS ÚLTIMOS CAMPEÕES DO PRIMEIRO SEMESTRE
Lajeado, Paverama e Taquari apontam os melhores times da temporada 2025
Com o Regional Aslivata previsto para iniciar no próximo domingo, 27, os últimos municipais de campo em andamento conhecem os campeões neste fim de semana. Lajeado, Paverama e Taquari apontam os melhores times da temporada 2025.
Em Taquari, jogo que o Grupo A Hora transmite em live no Youtube do A Hora Esportes, o São José pode até perder por um gol de diferença que mesmo assim conquista o inédito título.
Já para o Juventude levar a melhor e conquistar a oitava taça, necessita vencer por três gols de diferença. Vitória por dois gols leva a decisão aos pênaltis. Na partida de ida, na casa do Juventude, o São José venceu por 2 a 0. No aspirante, a situação do Furacão é a mesma do São José.
Após vencer por 2 a 0 o jogo de ida, o time pode até perder por um gol de diferença que conquista a taça.
PAVERAMA
A competição foi retomada após sete anos. A decisão será na comunidade de Morro Bonito. Os donos da casa, Amigos, jogam pelo empate para conquistar a taça, já para o Laranja Mecânica ficar com o troféu, o time tem que vencer no tempo normal e nos pênaltis.
LAJEADO
A decisão do municipal será neste domingo, 20, no campo do Estudiantes, de Conventos. No jogo de ida, o Projeto Guarani venceu por 3 a 1 e joga pelo empate para ficar com a inédita taça. Já o Internacional busca o tricampeonato. O time necessita vencer no
Agenda
Taquari – nal/jogo da volta
São José x Juventude (titular)
Colorado x Furacão (aspirante)
Paverama – nal/jogo de volta Amigos Morro Bonito x Laranja Mecânica (titular)
Lajeado – nal/jogo de volta Internacional x Projeto Guarani (titular)
Internacional x São José (titular)
tempo normal e nos pênaltis para dar a volta olímpica.
No aspirante, a situação do Internacional é a mesma da categoria titular. Como perdeu para o São José por 1 a 0 no jogo de ida, o time agora precisa vencer duas vezes. O Zequinha necessita apenas de um empate.
Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Cinco jogos fecham a temporada do primeiro semestre no Vale do Taquari
trabalho consolidado
UM ano DE ROGER NO COMANDO COLORADO
Inter recebe o Ceará neste domingo, em jogo com marca significativa para o treinador
Caetano Pretto caetano@jornalahora.inf.br
OInternacional volta a campo neste domingo, 20, em um horário festejado pela torci da e odiado por jogadores. Às 11h, recebe o Ceará, no Estádio Beira-Rio, em partida que precisa vencer para se afastar da zona de rebaixamento, mas que também marca o primeiro ano de Roger Machado. A Rádio A Hora transmite o confronto.
Implementado em 2015, o horário das 11 completa dez anos sendo um sucesso de público, em especial aos torcedores do interior. Pelos jogadores, a receptividade é negativa, pois altera muito o fluxo de preparação pré-partida. Quanto ao Inter, o retrospecto é bastante favorável, com uma longa série invicta. São 13 jogos disputados, sendo oito vitórias, dois empates e apenas três derrotas. A equipe marcou 22 gols e sofreu 15. Vale destacar que os três resultados negativos foram obtidos nos dois primeiros anos da nova medida. Sendo assim, o
Inter não perde jogos do Brasileirão às 11h há nove anos, tendo nove partidas de invencibilidade. O clube venceu os últimos seis confrontos ocorridos no horário da manhã.
365 dias
O jogo não é especial somente pelo horário. O confronto contra o Ceará marca o primeiro ano completo de Roger Machado no comando da equipe. Apresentado no dia 18 de julho de 2024, na sexta-feira, 18, Roger se tornou o sétimo técnico desde 2000 a concluir 365 dias ininterruptos no comando do Inter.
No período Roger, o Colorado soma 60 jogos. São 30 vitórias, 18 empates e 12 derrotas. Marcou 95 gols e sofreu 60, tendo 35 gols de saldo positivo. O aproveitamento é de 60%. O técnico também pôs fim à seca de títulos, tendo conquistado o Gauchão em 2025.
Em campo, o time do Inter deve ter apenas uma troca em relação à equipe que venceu o Vitória na semana passada. Bernabei está recuperado de lesão muscular e retorna à lateral. O provável Inter tem: Rochet; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Thiago Maia, Bruno Henrique e Alan Patrick; Wesley, Carbonero e Borré.
Ceará é 10º
Comandado por Léo Condé, o Ceará jogou no meio de semana e perdeu para o Corinthians por 1 a 0. Antes disso, na retomada do futebol pós-Copa do Mundo, eliminou o Sport na Copa do Nordeste e venceu o Fortaleza no clássico cearense na rodada do fim de semana.
O provável time tem: Bruno; Fabiano, Marllon, Willian Machado e Matheus Bahia; Diego, Fernando Sobral, Galeano, Lucas Mugni e Pedro Henrique; Pedro Raul.
O Rio de Janeiro é o terceiro destino do Grêmio em um período de sete dias. Depois de derrotas em Belo Horizonte e Lima, o Tricolor tem a missão de voltar a pontuar para não se complicar no Campeonato Brasileiro. O confronto da rodada é em São Januário, contra o Vasco da Gama, no sábado às 17h30min. A Rádio A Hora transmite o confronto.
Quando entrar em campo o Grêmio terá percorrido um trajeto de aproximadamente 12.702 km. A maratona gremista começou no último final de semana, quando a delegação deixou Porto Alegre rumo a Belo Horizonte. Depois da derrota para o Cruzeiro, a logística foi seguir direto para Lima já para o duelo contra o Alianza Lima, pela Sul-Americana. A delegação retornou para a capital gaúcha na quinta-feira e já na sexta embacrou novamente ao Rio de Janeiro. Diante do cenário, a comissão técnica e o elenco tiveram apenas um treinamento entre as partidas. Mesmo assim, Mano Menezes deve promover algumas modificações na equipe. É provável que todos os setores tenham alterações. Na defesa, as dúvidas são entre Igor Serrote e Gustavo Martins na lateral-direita e quem será o parceiro de Wagner Leonardo na
zaga. No meio-campo, o time deve ter Dodi, Villasanti e Alex Santana ou Edenilson. Na frente, Braithwaite retorna e está confirmado junto de Alysson. Aravena, Amuzu e Kike Oliveira disputam o outro lugar.
O provável Grêmio tem: Tiago Volpi; Gustavo Martins (Igor Serrote), Kannemann (Jemerson), Wagner Leonardo e Marlon; Dodi, Villasanti e Alex Santana (Edenilson); Alysson, Amuzu e Braithwaite.
Roger soma 30 vitórias em 60 jogos e tem aproveitamento de 60%
RicaRdo duaRte
DIVISÃO DE ACESSO
RODADA PODE CONFIRMAR
CLASSIFICAÇÃO MATEMÁTICA DO LAJEADENSE
Em busca da primeira vitória fora e na briga pelos primeiros lugares, Alviazul encara o já eliminado Glória, em Vacaria
Arodada do fim de semana pode sacramentar a classificação antecipada do Lajeadense na Divisão de Acesso. Neste domingo, 20, o Alviazul vai até Vacaria enfrentar o Glória, às 15h, no Altos da Glória. A partida pode ainda entregar a primeira vitória do Dense como visitante, além de colocá-lo de vez também na briga pelas quatro primeiras colocações e a vantagem de decidir em casa o primeiro mata-mata. A Rádio A Hora transmite o confronto. O cálculo para o Lajeadense avançar de forma matemática é simples. Na sétima colocação,
com 19 pontos, tem seis de vantagem para o primeiro time fora do G-8, o Brasil de Farroupilha. Se vencer o Glória, o clube do Vale do Taquari dependeria de uma derrota ou empate do Brasil para classificar com duas rodadas de antecedência. Se empatar, o Dense estará classificado com derrota do Brasil.
A chance de vencer a primeira fora é grande. Adversário da rodada, o Glória não tem mais chance de classificação. Assim, perde também motivação para a partida. Caso vença, o Lajeadense pode subir até o quarto lugar e com dois jogos pela frente, se credencia a levar a decisão das quartas de final para Lajeado. Em campo, Serginho Almeida deve ter o retorno à titularidade de Júlio César. Marco é a ausência certa enquanto se recupera de um corte que exigiu pontos na canela. O provável Dense tem: Igor Pavan; Jhuan, Josias, Selson e Christian; Júlio César, Nathan e Luca Giovanella; Cadinho, Rafinha e Mazia.
AGENDA
VOLEIBOL
CLASSIFICAÇÃO
JUVENTUS ANUNCIA REFORÇOS COM FOCO NA SUPERLIGA C
Quatro atletas chegaram à equipe de Teutônia, que tentará o acesso no campeonato nacional
na defesa e perigoso no ataque, zagueiro Josias é um dos
Com o objetivo de fortalecer ainda mais o elenco rumo à disputa da Superliga C, o Projeto Juventus Voleibol 2024/25 anuncia a chegada de quatro novas atletas, que trazem talento, juventude e experiência em competições nacionais e internacionais. A equipe segue em ritmo de preparação para o Estadual Adulto e a principal meta da temporada: o acesso à Superliga B.
A ponteira Bruna de Oliveira Ramos, de 21 anos e 1,77m, natural de Brasília (DF), é uma das novidades. Com passagens por Brasília Vôlei, Ascade (DF), Araraquara (SP) e Foz do Iguaçu (PR), Bruna enfrentou a Juventus na edição de 2024 da Superliga C, e agora chega para reforçar o lado ofensivo da equipe. Na armação das jogadas, quem chega é a levantadora Rafaela da Silva Oliveira, de 20 anos e
1,75m, também natural de Brasília (DF). Rafaela fez toda sua base no Brasília Vôlei, passou por clubes paulistas e teve uma importante experiência internacional em 2024, quando atuou em Israel. O grupo também ganha o reforço de duas jovens promessas do Minas Tênis Clube. A central Laura Rodrigues Barbosa, de apenas 17 anos e 1,82m, natural de Ouro Fino (MG), foi eleita Melhor Central do Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-18 em 2023 e 2025, integrando também o laboratório da Seleção Brasileira.
Já a oposta Lavinya Stefhany Severino Vieira, 17 anos e 1,80m, natural de Ravena/Sabará (MG), é mais uma revelação da base mineira. Ela disputa a Superliga C pela Juventus antes de embarcar para o Canadá, onde irá conciliar os estudos com a continuidade da carreira no voleibol.
O Projeto Juventus Voleibol 2024/25 é financiado pelo Pró-Esporte RS – Governo do Estado, com patrocínio de Certel, Super Zart, Sabores - Alimentos do Mar, American Nutrients e Girando Sol.
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Jogadoras vieram de Brasília e Minas Gerais para reforçar a equipe de Teutônia
CARLA BECKMAN/DIVULGAÇÃO
Radialista Nerlinho se tornava cidadão lajeadense
A câmara de vereadores de Lajeado concedia o título de Cidadão Lajeadense a Alfredo Lussani, de 73 anos. Nerlinho, como era conhecido, nasceu em Lajeadinho, localidade de Boqueirão do Leão. Por décadas trabalhou como radialista no Vale do Taquari. Sua estreia no rádio começou na antiga Rádio Alto Taquari, de Estrela, no programa Repontando a Saudade. Em sua trajetória, Nerlinho passou por Três Passos, na Rádio Difusora, e Horizontina, na Rádio Vera Cruz. Retornou a Lajeado em 1963, quando começou a apresentar o programa Rancho Alegre, na Rádio Independente. Mais tarde, consagrou o Encontro com Nerlinho, que apresentou até 2005. Além da carreira de radialista, também gravou 12 discos, reunindo parte das 200 músicas que compôs ao longo dos anos. Nerlinho faleceu em 2019, aos 86 anos.
Lajeado instalava lombadas na Miguel Tostes
Presidente do Legislativo, Lorival Silveira, prefeita Carmen Regina e Nerlinho
A administração municipal colocava mais quatro lombadas eletrônicas na cidade. Os equipamentos ficavam nas ruas Miguel Tostes, no bairro São Cristóvão, e na João Fernando Schneider, no Jardim do Cedro. O limite dos quatro aparelhos era de 50 km/h.
Na época, Lajeado tinha 35 pistas controladas por lombadas eletrônicas. A rua Miguel Tostes recebeu os equipamentos por conta do movimento e da velocidade dos motoristas, já que a vida era uma das principais ligações entre as avenidas Alberto Pasqualini e Alberto Müller.
Rejane Fleck era
Rainha da Juventude
Os Grupos de Juventude de Lajeado organizavam um baile para a escolha da Rainha da Juventude de Lajeado. O evento aconteceu no São Bento e 11 garotas disputaram o título. A vencedora foi Rejane Fleck, representante da Juventude Evangélica de São Bento. Ela recebeu a faixa da antecessora Maria Helena Franz.
Sábado é
Dia da Caridade
Dia Nacional do Futebol
Santo do dia 19
São Símaco
Domingo é
Dia do Amigo e Internacional da Amizade
Chegada do Homem à Lua
Dia Nacional do Biscoito
Dia Pan-americano do Engenheiro
Dia Internacional do Xadrez
Santo do dia 20
Santo Elias
por Raica Franz Weiss
Um banho de natureza e cultura em Foz do Iguaçu VIAGEM DAS NONAS
Ajornada começou ainda em Lajeado, com o coração acelerado de 77 alunos do Colégio Evangélico Alberto Torres, prontos para vivenciar a 55ª edição da tradicional “Viagem das 9ªs”. Mal sabíamos que já no primeiro dia seríamos recebidos por uma das mais impressionantes belezas do planeta: as Cataratas do Iguaçu, que integram a seleta lista das Sete Maravilhas Naturais do Mundo.
Chegamos ao estado do Paraná sob uma chuva leve, daquelas que não impedem a aventura, mas que molham o suficiente para dar um charme especial à paisagem. Ela nos acompanhou até por volta das 12h30, criando um clima quase
cinematográfico para o nosso primeiro grande passeio. Entre trilhas cercadas, os alunos se encantaram com a força da natureza e com a diversidade de vida ao redor. Mas foi na chegada à imponente Garganta do Diabo que a emoção realmente transbordou — literalmente. Ali, diante de uma das maiores quedas do conjunto, muitos tomaram um verdadeiro banho, tanto da chuva quanto das gotículas lançadas pela força da água.
Logo após essa imersão natural, atravessamos a rua e seguimos para o Parque das Aves, um santuário que abriga mais de 1.300 aves de cerca de 130 espécies diferentes, muitas delas resgatadas de situações de risco. O que torna
o lugar ainda mais especial é que algumas aves voam livremente entre os visitantes, proporcionando uma experiência de conexão única e respeitosa. Tudo no parque é pensado para o bem-estar dos animais, o que torna cada passo por lá ainda mais significativo. Para encerrar o dia, assistimos a um vibrante espetáculo cultural que celebra a história e a diversidade dos três países que dividem a região da tríplice fronteira: Brasil (Foz do Iguaçu), Argentina (Puerto Iguazú) e Paraguai (Ciudad del Este). Uma noite colorida por danças, músicas e tradições que reforçaram o quanto essa região é rica em identidade e união.
Ainda temos muitos quilômetros pela frente e uma bagagem que, com certeza, será preenchida com histórias inesquecíveis.
ARTIGO
ROGÉRIO WINK
Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9
O brasileiro quer empreender
Uma pesquisa recente realizada pelo Datafolha revela um dado poderoso: 59% dos brasileiros preferem trabalhar por conta própria. Outros 31% afirmam que aceitariam trabalhar até sem registro, caso isso significasse ganhar mais. São números que, por si só, indicam uma transformação profunda no perfil do brasileiro. O desejo de empreender e construir o próprio caminho não é um fenômeno marginal, mas sim uma tendência dominante. Com 90 milhões de empreendedores ou candidatos a empreender, segundo o Sebrae, o Brasil já é a oitava nação mais empreendedora do mundo. Quando se trata de intenção de empreender, ficamos atrás apenas da Índia: mais de 40 milhões de brasileiros desejam abrir o próprio negócio. Mesmo diante desses dados, parte dos “especialistas “ , tanto progressistas quanto conservadores, ainda insistem em olhar para o empreendedorismo com desconfiança. Muitos enxergam esse movimento como um reflexo apenas da precarização do trabalho. Para esses setores, o avanço de regimes como o MEI ou o Simples Nacional seria responsável por um suposto aprofundamento das desigualdades sociais e pelo desequilíbrio das contas públicas — especialmente da Previdência. Em alguns casos, chegam a defender um retorno à anacrônica Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ignorando o contexto atual. Essa crítica é limitada. Ela parte de uma visão tecno burocrática que, em vez de criar soluções modernas, prefere manter um modelo de Estado pesado e inflexível, que coloca obstáculos no caminho de quem quer crescer e gerar oportunidades. É evidente que há desafios. Mas é igualmente evidente que as pessoas querem empreender — e não porque foram só empurradas pela necessidade, mas porque veem nesse caminho uma oportunidade de melhorar de vida. O Brasil não pode continuar tratando esses milhões de empreendedores como cidadãos de segunda classe. Precisa, ao contrário, criar um ambiente mais simples e eficiente para apoiar esses brasileiros que movimentam a economia, sustentam suas famílias e dinamizam suas comunidades.
O brasileiro descobriu que empreender é um caminho possível. O papel do Estado é parar de atrapalhar”.
Para isso, é urgente modernizar ferramentas tributárias, com uma legislação mais inteligente, progressiva e acessível, que incentive quem está começando e estimule a evolução de quem já está na jornada empreendedora. É preciso também atualizar as regras previdenciárias, criando mecanismos que permitam aos empreendedores subirem gradualmente na escada de contribuições, acompanhando o crescimento do seu negócio. Se quisermos um Estado sustentável, precisamos que mais pessoas contribuam — mas, para isso acontecer, é essencial oferecer condições reais para que os pequenos possam crescer. Na largada, os pequenos negócios precisam de um olhar diferenciado. Quem não fizer essa leitura vai perder o trem da história — inclusive na política. Porque esse movimento não vem de cima, vem da base. É irreversível. As pessoas querem melhorar de vida. O brasileiro descobriu que empreender é um caminho possível. O papel do Estado é parar de atrapalhar.
Fim de semana, 19 e 20 julho 2025
Fechamento da edição: 18h MÍN: 6º | MÁX: 19º No sábado, uma massa de ar seco e frio atua sobre o estado e o sol predomina no Vale, e, nas primeiras horas do dia pode ocorrer a formação de nevoeiro isolado.
UMA PUBLICAÇÃO DO FIM DE SEMANA 19 E 20 JULHO 2025
Viver com fibromialgia
Considerada uma dor “invisível”, a condição desafia diagnósticos e exige empatia e informação para a qualidade de vida
Páginas 4 e 5
AGENDA
Vale recebe esporte, cultura e lazer
O Circuito dos Vales 2025 segue unindo saúde, cultura e bem-estar. Neste domingo, 20, os participantes e o público presente em Westfália serão recepcionados com música ao vivo antes da largada da corrida. A partir das 8h15min, a Orquestra de Westfália promove uma apresentação gratuita próxima ao ponto de largada, como parte do projeto Cultura em Movimento. A Orquestra de Westfália, fundada em 2007, é reconhecida na região por seu repertório eclético, que mescla músicas folclóricas alemãs, italianas e gaúchas, além de rock nacional e internacional e temas de filmes.
Linhas do sentir
A Casa de Cultura de Lajeado recebe a exposição cultural “Linhas do Sentir”, da artista Karina Hilgert Kaspary. A visitação segue aberta até o dia 31 de julho. A mostra é composta por sete obras sobre emoções humanas, traduzidas por meio de linhas, cores e símbolos. A exposição propõe uma reflexão sobre os sentimentos que ganham forma a partir da interação entre água, tinta, papel e sensibilidade. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a quinta-feira, das 8h às 11h30min, e das 13h30min às 16h45min. Nas sextas-feiras, o horário é das 8h às 14h, sem fechar ao meio-dia.
EXPEDIENTE
Textos: Bibiana Faleiro
Diagramação: Lautenir Junior
Coordenação: Felipe Neitzke
Circuito dos Vales
FOTOS DIVULGAÇÃO
Saúde dos rins começa com a hidratação
Médico urologista alerta para hábitos que ajudam a preservar a função renal e evitar doenças ao longo da vida
Órgãos vitais do corpo humano, os rins exigem hábitos saudáveis para se manterem em funcionamento ao longo da vida. Entre eles, boa hidratação e se alimentar de forma consciente são os principais.
Médico urologista, Diego Inácio Goergen destaca que os rins, além de filtrar e eliminar substâncias tóxicas do sangue pela urina, também ajudam a controlar a quantidade de água no corpo, mantêm o equilíbrio de sais e minerais, como sódio, potássio e cálcio, regulam a pressão arterial por meio de hormônios, estimulam a produção de hemácias (os glóbulos vermelhos do sangue que carregam oxigênio) e contribuem para manter a saúde dos ossos.
“Quando os rins não funcionam bem, todo o organismo sofre consequências, por isso eles são essenciais para
A hidratação adequada é uma das formas mais simples e eficazes de proteger os rins
Quando os rins não funcionam bem, todo o organismo sofre consequências, por isso eles são essenciais para nossa saúde geral”
Diego Inácio Goergen Médico urologista
Cuidados diários
O urologista ainda ressalta que a hidratação adequada é uma das formas mais simples e eficazes de proteger os rins, já que ajuda a eliminar toxinas e a prevenir cálculos renais (pedras nos rins).
A necessidade diária de água varia conforme o clima, nível de atividade física, idade e condições de saúde. Em geral, recomenda-se cerca de 2 litros de água por dia para adultos saudáveis, mas essa quantidade pode ser ajustada pelo médico, em especial, em casos de doenças cardíacas ou renais.
Sintomas
No início, muitas doenças renais são “silenciosas” e não causam sintomas. Quando aparecem sinais, eles podem incluir inchaço nos tornozelos e no rosto, cansaço, diminuição da quantidade de urina, alteração na cor ou presença de sangue na urina, aumento da pressão arterial, náuseas e perda de apetite.
Conforme explica Goer-
gen, entre as doenças mais frequentes, estão as infecções urinárias, a doença renal crônica, cálculos renais, cistos renais, tumores e cânceres, além das inflamações. Além disso, hipertensão e diabetes são causas muito comuns de comprometimento dos rins ao longo do tempo.
O médico ainda alerta que diversos medicamentos podem agredir os rins se usados em excesso.
nossa saúde geral”, reforça o profissional. Segundo Goergen, além de beber água regularmente, equilibrar a alimentação com pouco sal e poucos alimentos ultraprocessados são dicas importantes. Assim como praticar atividades físicas, evitar obesidade, não fumar, controlar a pressão arterial e diabetes, e fazer exames periódicos - de sangue, urina ou de imagem.
Ainda, uma dieta equilibrada com frutas, verduras, legumes, proteínas magras e grãos integrais é benéfica. “Também é importante moderar a ingestão de proteínas em pessoas com doença renal já diagnosticada. Em caso de dúvidas ou doenças específicas, é fundamental consultar um profissional de saúde ou nutricionista”, alerta.
Os desafios da fibromialgia
Doença crônica reumatológica, a condição exige que o paciente aprenda a lidar com a dor diária e respeite o próprio corpo para garantir qualidade de vida
“Muitas vezes a gente não consegue nem sair da cama”. É assim que Adriana Conceição Predebon (55) descreve a rotina de quem vive com fibromialgia.
Doença crônica ainda pouco compreendida, a condição transforma a vida dos pacientes em uma batalha diária contra a dor.
A trajetória da lajeadense com a doença começou de forma silenciosa. Em 2006, ela sobreviveu a uma dissecção da aorta, uma condição grave que a levou a uma cirurgia de emergência em Porto Alegre. O episódio acabou servindo de gatilho para uma série de novos problemas de saúde, entre eles, a fibromialgia.
“Em 2011, acordei de manhã com o corpo inteiro doendo. Uma dor insuportável”, lembra. Aquele, segundo Adriana, foi o começo de uma busca por respostas. Encaminhada ao reumatologista, foi diagnosticada. A partir de então, a rotina mudou em diferentes aspectos, incluindo o sono e o cuidado com a saúde mental.
“A gente toma antidepressivos, relaxante muscular, tudo para tentar
aliviar. Mas tem dias que nada resolve. A dor é no corpo todo, e também na cabeça.”
Adriana relata também o impacto da doença no mercado de trabalho e na vida social. “É difícil manter um emprego. A gente precisa sair para consultas frequentes, e tem dias que não consegue levantar. Não é falta de vontade, é a dor e o cansaço que vencem.”
Por viver com a condição, Adriana também busca auxiliar outros pacientes e participou da articulação para a criação de uma lei municipal, em Lajeado, que reconhece a fibromialgia como uma síndrome que dá direito a benefícios como vaga de estacionamento preferencial e atendimento prioritário em filas. “Foi uma conquista. Agora a gente tem uma carteirinha para essas situações. E estão tentando aprovar uma lei federal também”, conta.
O problema
“Sentir dor o tempo todo não é normal, mesmo que digam que é coisa da sua cabeça”, ressalta a fisioterapeuta Bárbara Moreira. A especialista, que estuda dor crônica, relata perceber no
A fibromialgia é considerada uma dor crônica primária. Não é consequência de outra doença: ela é a doença”
Bárbara Moreira Fisioterapeuta
consultório pacientes cada vez mais jovens com sintomas da síndrome, incluindo crianças. “A fibromialgia é considerada uma dor crônica primária. Não é consequência de outra doença: ela é a doença”, explica Bárbara. Ao contrário da dor comum, que atua como um sinal de alerta do organismo, a dor da fibromialgia se torna o próprio problema. “É como se o sistema nervoso central começasse a funcionar de forma desregulada, mantendo a dor ativada mesmo sem uma causa visível.”
Bárbara também destaca que muitas mulheres
O exercício físico é um dos pilares no tratamento da fibromialgia, mas é também um dos maiores desafios para os pacientes
diagnosticadas na fase adulta relatam já sentir dores desde a infância ou adolescência, muitas vezes ignoradas por familiares e profissionais de saúde. “Elas ouvem
que é frescura ou dor de crescimento. Mas a verdade é que essa dor persistente pode ser um primeiro sinal da fibromialgia. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante.”
Em movimento
O exercício físico é um dos pilares no tratamento da fibromialgia, mas é também
um dos maiores desafios para os pacientes. “A pessoa tem dor, sente medo de se mexer, e isso gera mais dor. Entramos num ciclo difícil de quebrar.”
É um diagnóstico clínico. Não tem exame que comprove, e por isso muitos pacientes sofrem até encontrar o profissional certo”
Jussara Bohn Médica reumatologista
Sintomas
- Dor crônica difusa (musculoesquelética), muitas vezes acompanhada de pontadas, queimação e rigidez
- Fadiga intensa e sensação de esgotamento mesmo após repouso
Números
- A fibromialgia afeta de 2% a 4% da população adulta mundial, cerca de 150 milhões de pessoas;
- Afeta de 75% a 90% mulheres, com forte impacto na qualidade de vida;
Adriana Conceição Predebon descreve a rotina de quem vive com fibromialgia
de glúten ou leite, e uso indiscriminado de vitaminas. “Não há comprovação de que tirar farinha ou leite melhore a fibromialgia, por exemplo”, afirma.
- Distúrbios do sono: insônia, sono não reparador e cansaço ao acordar
- Cefaleia recorrente ou enxaqueca
A recomendação, segundo Bárbara, é começar com exercícios aeróbicos leves e, quando a doença não estiver em fase aguda, incluir atividades de força.
A fibromialgia não tem cura, mas tem tratamento. Para Bárbara, o foco deve ser no funcional: “Talvez a dor não desapareça completamente, mas se a pessoa voltar a dirigir, passear com os filhos, trabalhar e viver com mais autonomia, isso já é um enorme avanço.”
Condição é caracterizada por dor crônica difusa, muitas vezes acompanhada de pontadas, queimação e rigidez
Sinais
A síndrome está em um grupo de mais de 100 condições diferentes que se configuram como doença reumatológica. Médica reumatologista, Jussara Bohn explica que a fibromialgia, uma das doenças mais conhecidas
- Alterações cognitivas (“fibro-neblina”): dificuldade de concentração e de memória
- Alodinia e hipersensibilidade a estímulos leves (toque, temperatura, barulho)
- Sintomas associados: ansiedade, depressão, irritabilidade e síndrome do intestino irritável
do grupo, é marcada por dor difusa, fadiga e distúrbios do sono. “É um diagnóstico clínico. Não tem exame que comprove, e por isso muitos pacientes sofrem até encontrar o profissional certo”, comenta. Segundo a especialista, o tratamento, além da atividade física regular, também envolve o sono de qualidade, acolhimento psicológico e, em alguns casos, medicamentos. “A gente cuida muito com o
- No Brasil, atinge cerca de 2% a 3% da população;
- Em estudos de dor crônica, a prevalência no país varia entre 23% e 76%, com média nacional de 45% entre adultos, afetando mais mulheres;
- Entre brasileiros com mais de 50 anos, 36,9% relatam dores crônicas e 30% utilizam opioides para alívio;
- Estima-se que até 75 % dos casos permanecem sem diagnóstico, por ausência de marcador objetivo e estigma médico-social.
uso de opioides. Eles não são indicados para uso contínuo por risco de dependência”, alerta Jussara. Entre os medicamentos, alguns estão disponíveis pelo SUS, mediante protocolos específicos. Jussara conta, ainda que nos consultórios, muitas dúvidas giram em torno de dietas milagrosas, exclusão
O uso de vitamina D e B12 também exige cautela. “As pessoas estão tomando por conta, influenciadas pela internet. Mas não são soluções mágicas. A suplementação deve ser indicada caso haja deficiência comprovada.”
Outras doenças
Além da fibromialgia, doenças como artrite reumatoide, osteoartrite (ou artrose), gota, osteoporose e espondilite anquilosante são frequentes na reumatologia. A artrite reumatoide, por exemplo, é uma doença autoimune que pode causar deformidades nas mãos e em outras articulações se não for tratada de forma precoce. Já a osteoartrite, popularmente chamada de artrose, é o conhecido “desgaste das articulações”. Mais comum em idosos, também pode acometer pessoas mais jovens, especialmente com histórico de sobrepeso ou esforço repetitivo. Jussara ainda reforça que a dor persistente não pode ser normalizada. “É muito importante que o paciente se sinta acolhido, que receba orientação e não se sinta culpado por não melhorar sozinho”.
Saúde respiratória em alerta
Casos de bronquiolite, asma e pneumonias se intensificam entre as crianças nos meses frios. Baixa vacinação agrava o cenário entre os pequenos
Tosse persistente, falta de ar, chiado no peito. Com a chegada do frio, doenças respiratórias como bronquiolite, asma e pneumonia ganham espaço entre as crianças. As variações bruscas de temperatura, a maior circulação de vírus e a queda na vacinação preocupam profissionais da saúde, em especial, no inverno.
A médica pneumopediatra
Valquíria Schroder confirma que a sazonalidade do clima é um gatilho importante para o aumento das doenças respiratórias. “Não é o frio em si que causa a doença, mas ele interfere na estabilidade da temperatura, aumenta a exposição a vírus e, em casos de crianças predispostas, favorece episódios de broncoespasmo e crises asmáticas”, explica. Segundo ela, as trocas bruscas de estação, como a passagem do outono para o inverno, são desafiadoras para os pequenos.
Mas os vírus não são os únicos vilões. A poluição, o uso inadequado de aquecedores e ar-condicionado também podem contribuir para os quadros respiratórios. “Ambientes fechados e mal ventilados facilitam a propagação dos vírus” alerta Valquíria. Além disso, ela cita o cuidado com cobertores há muito tempo guardados que podem acumular poeira ou outros microrganismos que causam alergias.
Não é o frio em si que causa a doença, mas ele interfere na estabilidade da temperatura, aumenta a exposição a vírus.”
Valquíria Schroder Médica pneumopediatra
Outro fator que preocupa é a queda nas taxas de vacinação. Doenças como a gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR), que pode levar a bronquiolite grave, podem ser prevenidas ou ter quadros atenuados com imunização. “Nos últimos anos, principalmente após a pandemia, houve uma redução significativa na adesão às campanhas de vacinação, o que aumentou a circulação de vírus entre as crianças”, afirma a médica.
Crianças com histórico familiar de asma, rinite ou outras alergias merecem atenção redobrada. A exposição à fumaça do cigarro, fogão a lenha ou poluentes do trânsito pode desencadear crises mais graves. “Aquelas que vivem em
Prevenção passa pela vacinação, cuidados ambientais e atenção aos sintomas.
regiões próximas a grandes avenidas ou áreas industriais têm maior risco de desenvolver sintomas respiratórios frequentes”, explica.
Tratamento
Entre os tratamentos, existem diferentes indicações dos profissionais da saúde. Para a especialista, os sprays inalatórios, quando bem administrados com espaçadores e máscaras adequadas, permitem reduzir a necessidade de medicamentos como a prednisolona, um corticoide oral que pode provocar efeitos colate-
rais a longo prazo. “O que observamos é o uso exagerado de xaropes com corticoide como se fossem inocentes, quando na verdade eles podem afetar o crescimento e a saúde da criança”, alerta. Já os corticoides inalatórios têm doses mínimas, localizadas, e são mais seguros.
Outro receio comum dos pais é que o uso da conhecida “bombinha”, para casos de asma, por exemplo, cause dependência ou problemas cardíacos. Valquíria esclarece: “Não vicia. E usamos por ciclos, geralmente de três meses. Se a criança melhora,
De olho na estação
Doenças comuns no inverno: bronquiolite, asma, rinite, pneumonia, sinusite, laringite, gripe e resfriado.
Grupos de risco: bebês menores de 2 anos, crianças com histórico de alergias, asma ou doenças pulmonares, e crianças não vacinadas.
Principais fatores de risco: variações bruscas de temperatura, baixa umidade do ar, poluição, tabagismo passivo, uso incorreto de ar-condicionado e ambientes pouco ventilados.
Prevenção: manter a vacinação em dia, evitar aglomerações, manter a casa arejada, lavar as mãos com frequência, e usar umidificadores no ambiente.
Sinais de alerta: tosse persistente, chiado no peito, dificuldade para respirar, febre alta, cansaço excessivo e recusa alimentar.
vamos reduzindo gradualmente. Sempre tentamos retirar, com segurança.”
Há também cuidados caseiros que podem funcionar. Entre eles, o consumo de mel, a partir de um ano de idade, para aliviar sintomas da tosse. E, como principal forma de prevenção, a vacinação continua em primeiro lugar.
ENVATO
Mariele Schmitz nutricionista CRN 11364
Intestino funcionando: corpo e mente saudáveis
Você já deve ter ouvido falar que o intestino é o nosso segundo cérebro, não é? Cada vez mais estudos mostram o quanto esse órgão influencia a saúde de modo geral, desde a absorção de nutrientes, a imunidade, até as emoções.
Segundo a nutricionista
Mariele Schmitz, o eixo intestino-cérebro faz com que esses órgãos se comuniquem o tempo todo, por meio de hormônios, neurotransmissores e até pelas bactérias da microbiota intestinal.
Mariele explica que microbiota intestinal é formada por trilhões de micro-organismos
que, quando entram em desequilíbrio (disbiose), podem ocasionar uma série de alterações no organismo, desencadeando doenças físicas e até mentais, como a ansiedade, já que cerca de 90% da serotonina –hormônio do bem estar, é produzido pelo intestino. “O nosso corpo dá sinais o tempo todo, com o intestino não é diferente”.
Entre os sintomas comuns da disbiose, Mariele cita a constipação, diarréia, gases, distensão abdominal, má digestão, dores, fadiga crônica, alergias, intolerâncias e sensibilidades alimentares, alterações no humor e memória ruim.
de banana funcional rico em fibras
Ingredientes
3 Bananas
2 ovos
1 xícara de farelo de aveia
1 colher de semente de chia
3 colheres de cacau em pó
1 colher de chá de fermento químico
Canela em pó a gosto
Modo de preparo
Amassar as bananas, acrescentar os ovos, o farelo de aveia, a chia, o cacau e a canela em pó. Misturar bem todos os ingredientes e acrescentar o fermento químico, mexer de forma leve, colocar em forminhas pequenas, acrescentar um quadradinho de chocolate 70% em cada bolinho (opcional). Levar ao forno a 180 ºC por 40 minutos.
A nutricionista ainda reforça que a saúde intestinal depende, em grande parte, da alimentação. “É por meio dela que alimentamos os microrganismos bons e ruins da nossa microbiota intestinal”.
Conforme a profissional, alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar, farinha refinada, aditivos alimentares e gordura saturada, favorecem bactérias ‘’ruins’’. Já uma dieta rica em fibras, vegetais e frutas variadas, gorduras boas e alimentos fermentados favorecem as bactérias ‘’boas’’ e o intestino de forma geral. “Cuidar do nosso intestino é cuidar da nossa saúde - física e mental”.
ARQUIVO PESSOAL
Cras para Nova Bréscia
APRESENTA
APRESENTA APRESENTA
AEducação e cultura para todos
FDaniela Bettio Biasibetti
Arquiteta e urbanista formada pela Univates em 2024/B
Ccom a comunidade e o ambiente externo é a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos.
Orientadores: Augusto Alves e Jauri dos Santos Sá
riência diferenciada aos usu ários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e frequenta o prédio, como a comunidade em geral”.
área externa.
De acordo com Daniela, o bloco horizontal de maior dimensão, contendo os ambientes de maior permanência, cou disposto ao Norte e paralelo às curvas de nível
Cultural e Educacio nal foi o objetivo do projeto desenvolvido pela arquiteta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso. A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno.
om base no conceito de um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que tem por intuito dar auxílio a situações de vulnerabilidade social por meio de programas, serviços e benefícios, a arquiteta e urbanista Daniela Bettio Biasibetti, desenvolveu o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC).
Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe-
Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.
Formada pela Univates em 2024/B, a proposta da profissional foi criar uma nova sede para o Cras no
Parcerias
Denise destaca que para a via-
Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.
escolas públicas. Além de proporcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.
A ideia é que o espaço também sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.
“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.
Materiais utilizados
Bairro São Cristóvão, em Nova Bréscia. Com orientação dos professores Augusto Alves e Jauri dos Santos Sá, o trabalho foi pensado pelas necessidades do espaço, hoje, em um local improvisado, com pagamento de aluguel. Somado a isso, segundo Daniela, a unidade não conta com alguns dos ambientes exigidos pela norma, apresenta falta de acessibilidade e o transporte público não
Quanto à estrutura, além do
A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utilizada tanto nos brises, como no mobiliário, busca proporcionar um ambiente acolhedor. Os demais espaços possuem uma paleta de cores semelhantes, porém mais claras, o que garante mais conforto
destre e trazer maior aconchego. Como estratégias bioclimáticas criou-se recuos proporcionais a cada incidência solar, bem como a perfuração da laje superior para se ter o efeito chaminé, possibilitando a refrigeração dos ambientes e a entrada de luz natural.
percorre seu entorno imediato. “Esses fatores objetivaram a escolha do tema, visando, acima de tudo, promover o bem-estar, equidade e maior acessibilidade às pessoas que frequentam este espaço”, reforça a arquiteta.
Implantação
Além disso, na fachada, foram utilizados painéis em concreto polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.
“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta.
A cobertura conta com a impermeabilização e colocação de argila expandida para uma melhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegetação para o resfriamento evaporativo.
também foram adotados carpetes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade. Segundo a profissional, a escolha dos materiais conside rou a disponibilidade no mer cado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.
O projeto foi criado com uma estrutura formal “Z”, e foi implantado no terreno de modo a minimizar movimentações de terra, em especial, por ser uma obra de caráter público, onde os recursos são, por vezes, limitados. De acordo com Daniela, o bloco horizontal de maior dimensão, contendo os ambientes de maior permanência, ficou disposto ao Norte e paralelo às curvas de nível. Já os outros dois blocos alocaram-se em frente à barra principal, tendo uma de suas faces voltadas a um térreo livre, sob pilotis, e a outra para a Avenida Bento Gonçalves, a principal da cidade. Dentro do programa de necessidades, buscouse atender não apenas os ambientes mínimos com suas respectivas dimensões em conformidade com a
cilidade, se necessário, mas com o devido cuidado, dura
norma, mas criou-se uma diversidade ampla de atividades para a edificação.
A arquiteta explica que o programa de atividades foi dividido em oito setores. Aquele voltado ao atendimento comporta salas como a do psicólogo, assistente social e atendimento à mulher.
Projeto desenvolvido para Trabalho de Conclusão de Curso, com possibilidade de ser executado.
REALIZAÇÃO
REALIZAÇÃO
O Cultural é constituído por uma brinquedoteca, biblioteca, além de uma sala multiuso, podendo ser utilizada não só pelos frequentadores do Cras, mas pela população em geral. Além disso, há ainda, os setores de Triagem, responsável pela entrega de cesta básica, recebimento de doações e recepção; o de Regularização, com ambiente para o cadastro das famílias
e acompanhamento da regularização, bem como o setor de Serviços, Técnico e Profissionalização, com atividades que englobam o ensino da música, informática, culinária, desenvolvimento pessoal e sala de idiomas. Ainda, em relação à materialidade, buscou-se, ao máximo, um padrão de elementos, tanto nas esquadrias, que conferem pouca variedade de modelos, quanto à proteção das fachadas e forros internos. Os brises, tanto os metálicos perfurados, quanto os de policarbonato translúcido para o controle solar foram distanciados do edifício, criando uma fachada ventilada.