A Hora – 26 e 27/04/25

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de

Menos de 10% das moradias entregues

PROMESSA DEMORADA

| 6 e 7

Do total de 5.707 moradias no Vale em programas federal, estadual e da iniciativa privada, cerca de 500 foram entregues. Maior parte foi pelo Compra Assistida. O governo federal promete a construção de 2 mil novas casas até 2027, enquanto o Estado iniciou obras nesta semana e estima 700 moradias.

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

O dilema do Vale do Taquari

Competitividade ou politicagem? Região não pode cair no conto do vigário.

OPINIÃO | VINI BILHAR Desempenho histórico

Sicredi Ouro Branco RS/MG registra crescimento de 13% em 2024 e chega a 105 mil associados.

JORNADA EM ENCANTADO

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI Logística e infraestrutura atrativas Fórum da Competitividade evidencia o que o Vale precisa para se manter na vitrine.

Programação no domingo aborda espiritualidade no processo de autoconhecimento e autocuidado

Jornada da Espiritualidade promove a reflexão sobre a saúde mental, inspira líderes e incentiva o associativismo para superar crises. Ainda assim, especialistas ressalvam que o fortalecimento da fé não substitui o tratamento psicológico ou médico.

Evento inicia aos pés do Cristo Protetor, com vivências e meditações, e segue para o auditório Sicredi Região dos Vales, onde haverá palestras e debates. Iniciativas de sucesso, como é o caso do Pacto Lajeado pela Paz compartilham experiências.

PÁGINAS | 10 e 11

PÁGINAS
GABRIEL SANTOS

“O que seria da música sem o público? Seria algo belo, mas vazio”

As tragédias que devastaram o Vale do Taquari deixaram lições suficientes sobre o que não pode ser tolerado na relação entre Estado e sociedade. A principal delas é que a reconstrução de vidas exige mais que discursos e anúncios. Requer execução. Entregar. Cumprir.

O que se vê hoje no que deveria ser o maior símbolo do esforço público — as moradias definitivas — é o retrato da lentidão e da burocracia. De setembro de 2023 até abril de 2025, o número de casas efetivamente entregues nos municípios afetados ainda não atinge sequer 10% da demanda.

Reconstruir precisa sair da discussão entre técnicos, prefeitos e ministros. Tem de ser compromisso executado no chão da cidade, com retroescavadeira, concreto e chave na mão”

Enquanto isso, famílias vivem o drama da espera. Estão sem perspectiva clara de quando poderá reconstruir a rotina. Não há dignidade possível nesse cenário.

Os obstáculos alegados vão da insegurança jurídica nos processos de desapropriação, demora na liberação de terrenos, falta de força operacional para execução das obras. Nenhuma delas resiste ao peso da realidade. O governo do Estado reconhece o problema e promete agilidade. A União anuncia recursos. Prefeitos pressionam por prazos. Mas o que importa, no fim, é o resultado. E ele ainda não chegou para milhares de desabrigados.

Cada semana perdida compromete o futuro de famílias inteiras. Cada obra parada prolonga o trauma coletivo. Reconstruir precisa sair da discussão entre técnicos, prefeitos e ministros. Tem de ser compromisso executado no chão da cidade, com retroescavadeira, concreto e chave na mão.

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Fundado em 1º de julho de 2002

Vale do Taquari - Lajeado - RS

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Regentedecoraishá mais de 25 anos, Martin Altevogt,48,énaturalde Mondaí/SC, mas vive em Teutônia desde 2004. No ValedoTaquari,oprofessor ajudouaexpandire fortalecer a cultura do cantocoralehojeestá àfrentedenovegrupos diferentes.

Raica Franz Weiss raica@grupoahora.net.br

Sempre gostou de música?

Sou filho de pastor da Igreja Luterana (IECLB) e desde a infância vi a minha mãe reger corais dentro das comunidades onde o meu pai atuava. Assim, o contato com a música foi algo natural: aprendi instrumentos em casa e, aos 9 anos, já tocava o harmônio nos cultos. Nasci num ambiente onde a música era interação. O que seria da música sem o público? O que seria da arte se ela não tocasse o coração e as memórias das pessoas? Seria algo belo, mas vazio.

Quando decidiu se dedicar ao canto coral?

Aos 18 anos, fui estudar Teologia e comecei um curso técnico de Música Sacra. Foi neste período que aprendi a tocar piano, passei a reger corais profissionalmente e a viver a música de uma forma muito mais intensa. Essa experiência foi balizadora para a decisão de prestar vestibular no Bacharelado em Regência Coral, na Ufrgs, em 1997. Hoje tenho pós-graduação na área.

Por quais corais já passou?

te em nove corais: os municipais de Arroio do Meio, Teutônia e Salvador do Sul, além do Coral Anos Dourados de Teutônia, do Grupo Vocal Univates e Coral da IECLB de Lajeado, do Grupo Vocal Tramavoz de Carlos Barbosa e dos coros feminino Elo de Vozes e masculino de Bom Princípio.

Você também é professor, certo?

Estou sempre buscando alternativas para a melhoria do canto coral. Já ministrei vários cursos nessa área e sempre levei corais para as escolas, com os Concertos Didáticos. Desde 2017, sou responsável técnico do Projeto Encantando Gerações, destinado para coralistas e estudantes de Teutônia. O projeto integra as gerações através de oficinas e apresentações.

Sempre tive a intenção de desmisti car a arte do canto coral e dar mais visibilidade para ela. A ideia é mostrar que o canto coral é música de qualidade, é legado cultural dos antepassados [...]”

Contatos eletrônicos: Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104

Foram muitos, inclusive, fundei alguns, como o Coral da Certel e o Vocal Languiru. Moro em Teutônia desde 2004 e ajudei na formulação do projeto que pleiteava, junto ao Congresso Nacional, o título de Capital Nacional do Canto Coral para Teutônia, conquistado em dezembro de 2017. Hoje, sou regen-

Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

Para você, o que o canto coral significa?

Sempre tive a intenção de desmistificar a arte do canto coral e dar mais visibilidade para ela. A ideia é mostrar que canto coral é música de qualidade, é legado cultural dos antepassados e, porque não dizer, um espaço de motivação, inclusão social e integração, é felicidade para quem pratica e para quem aprecia.

Qual o próximo espetáculo?

O Grupo Vocal Univates realiza seu IV Festival de Coros Universitários no dia 31 de maio, a partir das 19h. Estarão presentes grupos da UCS, Pucrs, Feevale, Unisc e Unijuí. O evento ocorre no Teatro Univates e é aberto à comunidade, estão todos convidados!

rodrigomartini@grupoahora.net.br

x Competitividade Politicagem

OVale do Taquari vive um grande dilema. Lutar de forma regional, madura e técnica pela melhoria da nossa competitividade frente aos avanços logísticos e estruturais de outras regiões e estados, ou cair no conto do vigário de quem vive de politicagem. É duro afirmar isso, pois tem muito agente público e privado bem-intencionado e contrário ao modelo de concessão das rodovias do Bloco 2. Há quem é contra e de fato quer ajudar o Vale a se desenvolver, mas talvez não tenha feito uma análise mais sensível. Ou não tenha conversado com líderes regionais que, faz mais de

quatro anos, debatem com muito profissionalismo e tecnicidade o melhor modelo de pedágio ao Vale. E ainda há tempo para tal. Mas o problema maior está em quem embarcou nessa trincheira para ganhar votos, satisfazer os barulhentos movimentos, e arrecadar likes e seguidores nas redes sociais. Eles querem cancelar a concessão e, sem um plano B exequível, condenar o Vale ao ostracismo. É temerário. Na sexta-feira pela manhã, durante o Fórum da Competitividade, em Lajeado, o recado compartilhado por uma respeitável banca de palestrantes com a força produtiva regional foi claro: a infraestrutura é o principal pilar para definir o ranking

de competitividade nacional. Há ciência por detrás dos índices, inclusive. E o Rio Grande do Sul, que já não ostenta uma posição agradável, não vai alcançar – ou tampouco acompanhar – os primeiros colocados se persistir com estradas da década de 70. É duro, mas é um fato: a ampliação da malha viária gaúcha não ocorrerá com um toque de mágica de um Estado quebrado. E se a única proposta de quem é contra os pedágios é simplesmente confiar as nossas rodovias ao Estado – ou à EGR –, eu temo pela perda de vidas, de novos investimentos e de esperança em um Vale já tão machucado pelas tragédias climáticas. Eis o dilema.

“Que nojo”, reclama o contribuinte

O recolhimento de lixo em Lajeado precisa ser normalizado nas próximas horas. Uma administração pública com orçamento anual acima de meio bilhão de reais não pode se dar ao luxo de receber esse tipo de feedback do pagador de impostos. O cidadão lajeadense não pode ficar com nojo de sair e entrar de casa, ou de caminhar pelas ruas do bairro e, até mesmo, de áreas mais centrais. Isso é inadmissível. Um erro com origem no passado recente e cuja missão de estagná-lo é da atual gestão municipal. E precisa ser rápido. Para isso, o governo pretende assinar nas próximas horas um contrato de R$ 95 mil com a engenheira ambiental Gabriela Ottmann, que já atuou como Diretora da Secretaria de Meio Ambiente de Santa Cruz do Sul, e também possui experiência nas administrações municipais de Glorinha, Cachoeirinha e Canoas. Ela será responsável pelo estudo do melhor modelo de recolhimento de lixo e coleta seletiva para Lajeado. É um contrato de 60 dias e que vai balizar, também, os termos e planilhas da necessária – e atrasada – licitação. Aguardemos!

Hidrelétrica de R$ 400 milhões

O maio investimento da história Cooperativa Certel avança na divisa entre Cruzeiro do Sul e Bom Retiro do Sul. A hidrelétrica junto à eclusa do Rio Taquari está devidamente licenciada e as análises de solo, de geração de energia e outras já iniciaram. E, ao passo em que a construção da estrutura em si se aproxima, também aumentam os custos do empreendimento. Anunciada em agosto de 2022, a hidrelétrica estava orçada inicialmente em R$ 250 milhões. E hoje está em R$ 400 milhões.

TIRO

- Na sexta-feira, antes do início do Fórum da Competitividade, a prefeita de Lajeado, Glaucia Schumacher, e o diretor de relações institucionais da Corsan/Aegea, Fabiano Dalazzen, conversaram por algum tempo em particular. Na pauta, claro, o contrato - e o aditivo - entre município e concessionária.

- Questionado sobre a federação nacional entre o novo partido, o União Brasil, e o antigo partido, o PP, o secretário estadual e pré-candidato a deputado federal Marcelo Caumo evita polêmicas. Segundo ele, o entendimento é que pessoas são mais importantes do que os partidos. E eu até concordo. Mas a política não é tão simples assim...

- O PT de Lajeado deverá mesmo ser presidido pela jovem Luiza Bassegio, que concorreu a vereadora em 2024. Já o MDB lajeadense deve passar ao comando do ex-vereador Carlos Ranzi.

- O ruído jurídico entre promotor e juiz eleitoral de Lajeado acerca da Cota de Gênero do partido Podemos tem sido muito comentado nos bastidores da política local. E as teses de ataque e defesa dos partidos envolvidos, também. E ao que tudo indica, ainda tem muita água pra rolar…

- Eu volto a perguntar: o que será feito com o antigo e abandonado prédio da Delegacia Regional de Polícia Civil, no centro de Lajeado? Afinal, o abandono gera insegurança à vizinhança.

- Prefeito de Encantado, Jonas Calvi (PSDB) contratou um experiente assessor de comunicação de Porto Alegre para tratar da imagem do governo.

“Todas as casas até o m de 2027”. É duro, mas é compreensível

Responsável pela Casa do Governo Federal no RS, Maneco Hassen (PT) não titubeou ao ser questionado sobre o prazo para entrega das mais de 20 mil residências que serão entregues às famílias atingidas pelas enchentes. Segundo ele, e mesmo diante das inúmeras e já divulgadas dificuldades burocráticas, a União quer finalizar essa importante etapa de remobilização do nosso Estado até o fim de

Aos

2027. Ou seja, em dois anos e meio, praticamente. É um recado duro para quem perdeu tudo. Mas é compreensível diante da magnitude do problema, e da quantidade de imbróglios técnicos, jurídicos e administrativos envolvidos na construção de casas e de novos loteamentos – ou de novos bairros inteiros. Aliás, tomara que consigam, de fato, entregar tudo até o fim de 2027…

idosos da Amat

A Associação dos Municípios do Alto Taquari realizou um interessante movimento em prol da chamada “melhor idade”. A 1ª Conferência Regional da Pessoa Idosa contou com um expressivo público na tarde da quinta-feira, no Auditório do Sicredi, em Encantado. E o tema “O Brasil envelheceu: é tempo de fortalecer as políticas públicas” não poderia ser mais contemporâneo.

vinibilhar@grupoahora.net.br

Sicredi Ouro Branco atinge resultado histórico

ASicredi Ouro Branco RS/MG registrou, pelo segundo ano consecutivo, o maior resultado de sua história: R$ 115,9 milhões em 2024, crescimento de 13% em relação ao ano anterior. A cooperativa alcançou 105 mil associados e soma R$ 7,2 bilhões em recursos administrados, alta de 29,7%.

Os dados foram apresentados na Assembleia Geral Ordinária virtual de quarta-feira, 23, quando também foram prestadas contas sobre ações sociais. A cooperativa destinará R$ 25,22 milhões para deliberação dos associados, com proposta de depósito em conta corrente. A votação segue aberta até 28 de abril pelo aplicativo ou site.

Os resultados apresentados pelas cooperativas do sistema Sicredi na região, demonstram a força

crescente do cooperativismo de crédito, em um momento de tantos desafios do cenário econômico e financeiro na macro-economia.

A solidez do sistema cooperativo atenua esse impacto entre seus associados e segue cooperando para o desenvolvimento da região.

Florestal lança confeitos drageados com casquinha crocante

A Florestal Alimentos acaba de apresentar ao mercado os novos Confeitos Drageados Florestal. A novidade traz balas super macias envoltas por uma fina casquinha crocante, que promete transformar cada mordida em uma explosão de sabor e textura. Os confeitos chegam em embalagens no formato stick de 32g, contendo 12 unidades cada, e serão comercializados em displays com dez unidades por sabor.

A linha estreia com seis sabores: menta, hortelã, cereja, iogurte morango, tutti-frutti e frutas vermelhas. A proposta é agradar diferentes paladares, combinando visual atrativo com uma experiência sensorial única. Segundo a gerente de marketing da Florestal, Clarí Schneider, o novo produto representa uma evolução na categoria de balas mastigáveis. Ela afirma que o lançamento tem como objetivo oferecer mais do que sabor, também alegria e diversão. O lançamento reforça o compromisso da Florestal com inovação, qualidade e variedade em seu portfólio.

Cacis lança campanha para o Dia das Mães em Estrela

A Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela lançou a campanha “Dia das Mães Premiado”, com o objetivo de incentivar as compras no comércio local. A promoção vai até 11 de maio e o sorteio ocorrerá no dia 13.

A cada R$ 50 em compras nas 63 lojas participantes, o consumidor recebe uma cartela para concorrer a um iPhone 16 e quatro vales-compras de R$ 500.

A campanha integra o calendário anual da Cacis, que já promoveu a “Páscoa Fantástica” e ainda contará com ações para o Dia dos Namorados, Pais, Crianças e Natal.

FRASE

DO DIA

“É bom ver que ambos os lados estão revisando as tarifas, e parece que estão começando a elaborar listas de exclusões para categorias específicas”.

• China - A China isentou parte das importações dos EUA das tarifas de 125% aplicadas neste mês. Entre os beneficiados estão produtos farmacêuticos, segundo a Reuters. A medida seria uma resposta parcial às taxas de 145% impostas por Trump a itens chineses. Extra-oficialmente, uma lista com 131 categorias em avaliação circula entre empresas.

• Inflação - O IPCA-15, prévia da inflação, ficou em 0,43% em abril, abaixo dos 0,64% de março. O resultado foi puxado pelos grupos Alimentação e bebidas (1,14%) e Saúde e cuidados pessoais (0,96%), que juntos representaram 88% do índice, segundo o IBGE.

MICHAEL HART, PRESIDENTE DA AMCHAM CHINA, SOBRE A RELAÇÃO CHINA/EUA.
ANDREIA RABAIOLLI

Nenhuma casa construída pelo Estado e União

Déficit habitacional em 39 cidades da região ultrapassa 5,7 mil moradias. Governo federal promete construir mais de 2 mil habitações até 2027. Executivo gaúcho estima terminar primeiras obras até o fim deste ano

de Aristides, há outro homem no ginásio do Conservas. “A administração ofereceu a inclusão no programa de aluguel social, mas ambos recusaram a proposta”, afirma.

Colaboração

Opescador aposentado José Ferreira, de 68 anos, morava há mais de 50 anos no bairro Navegantes, em Arroio do Meio. Desde setembro de 2023, aguarda uma nova moradia, após perder tudo. “Recebo aluguel social, mas não tenho previsão de quando vou receber uma casa. Parece que

esqueceram da gente”, desabafa. A situação dele é uma das histórias de famílias atingidas pelas catástrofes no Vale do Taquari. Desde as tragédias de 2023 e de maio do ano passado, nenhuma casa foi entregue pelos governos federal ou estadual na região. Até agora, apenas moradias da iniciativa privada chegaram às mãos das vítimas. Com base em dados oficiais das administrações municipais, da Defesa Civil, dos governos federal e estadual, o Vale do Taquari tem 5.707 moradias cadastradas para

reconstrução ou compra. São unidades previstas em diferentes programas – desde o Minha Casa Minha Vida Calamidade, Compra Assistida, até módulos temporários, da iniciativa privada, de ONGs, personalidades ou de movimentos sociais.

Do total de programas em andamento, são 219 moradias por projetos de doação da iniciativa privada, como os realizados pelo Movimento União BR, Grupo HUB, Ágil, do Capitão Dunga e de campanhas voluntárias. De ordem federal, são 300 casas repassadas aos moradores pelo programa Compra Assistida. Conforme dados oficiais, há 600 processos em liberação para as próximas semanas.

Em Lajeado, Aristildes Dias, 73, aposentado, vive há um ano no ginásio do bairro Conservas.

A casa dele foi arrastada pelo Rio Taquari. Em janeiro assinou o contrato para ganhar uma moradia pelo programa Compra Assistida, mas segue à espera.

“Situação péssima, não queria estar aqui, queria estar dentro de uma casa, mas nunca vi uma coisa tão enrolada como essa. Estou há quatro meses esperando receber a minha casa, já assinei tudo e não recebo”, afirma. Lajeado tem previsão de 395 casas. Conforme a diretora de Desenvolvimento Social, Laura Periolo Sudbrack, além

Pressão sobre os governos

Frente a lentidão burocrática para entrega das moradias, a semana foi de protesto. Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), fizeram uma passeata em Arroio do Meio nessa quinta-feira. Um dos participantes, Djeison Diedrich, cobra mais diálogo com os governos, como forma de destravar processos para compra de terrenos e construções. “São muitas informações, de programas, de andamento, de iniciativas, mas pouco avança.” Entre prefeitos da região, a cobrança se repete. “Sabemos que os trâmites são demorados, mas as pessoas têm pressa”, realça o prefeito Jonas Calvi. De acordo com ele, desde novembro do ano passado, quando foi assinado o contrato para 90 casas em Encantado, nenhuma foi iniciada. “Tivemos de manter a despesa com aluguel social e somos cobrados pela população por essas obras.”

Resposta do governo federal

Segundo o secretário nacional de Habitação, Augusto Rabelo, o RS

Sabemos que os trâmites são demorados, mas as pessoas têm pressa”
JONAS

tem prioridade para o Minha Casa Minha Vida, com orçamento de R$ 3,5 bilhões para 25 mil moradias. “O presidente Lula determinou que nenhuma família fique sem casa. E, se os 2,7 mil previstos para o Vale forem insuficientes, vamos ampliar”, garante.

Em muitos casos, as gestões das cidades enfrentam dificuldade para encontrar terrenos fora das áreas de risco, diz o secretário nacional da Reconstrução, Maneco Hassen. De acordo com ele, o governo federal prevê que a entrega das casas destinadas aos desabrigados pela catástrofe climática em 2027. Apesar do prazo, destaca que há avanços importantes no Compra Assistida. “Nesta semana, entregamos 1,5 mil chaves e já autorizamos a construção de 7,4 mil moradias no RS.”

Em relação às críticas pela demora, Maneco compara com o setor privado. “A legislação é igual

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Maira Schneider, Gabriel Santos e Diogo Fedrizzi
Em Arroio do Meio, o pescador José Ferreira está desde setembro de 2023 na espera por uma nova casa
Aristildes Dias, 73, mora no ginásio do Conservas faz quase um ano. Contemplado pelo Compra Assistida, do governo federal, ainda não conseguiu se mudar
MAIRA SCHNEIDER

para todos, mas um dos fatores que mais atrasam o andamento é a aprovação dos projetos nos municípios e a regulamentação das áreas. O início efetivo das obras de um condomínio particular dificilmente acontece em menos de um ano. Sabemos que esse processo precisa ser melhorado, mas essa é a realidade enfrentada.”

Resposta do governo do Estado

A construção das casas definitivas dos programas estaduais começaram nesta semana. O governador Eduardo Leite esteve no Vale do Taquari na quarta-feira. Serão mais de 700 casas definitivas, além das 264 temporárias entregues.

Conforme o Piratini, o investimento passa dos R$ 150 milhões. Dentro do Plano Rio Grande, a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab) executa o programa A Casa é Sua. São três frentes: disponibilização de casas temporárias, construção de casas definitivas e desapropriação de terrenos onde serão erguidas as moradias.

“Acompanhamos as necessidades das famílias que perderam as casas desde o primeiro momento da enchente. Ouvimos cada prefeito sobre o diagnóstico dos municípios e entregamos o levantamento ao governador”, destaca o secretário da Sehab, Carlos Gomes. A estimativa é que as primeiras moradias permanentes sejam entregues até o fim deste mês.

Raio X da região

Casas prometidas X entregues

Municípios com mais demanda por moradia

Muçum 320

Iniciativa privada: 63 (13 entregues; 42 terminam em maio e outras oito até o fim do ano)

Defesa Civil Nacional: 177 Estado: 80

Encantado 280

MCMV Calamidade: 80 apartamentos

MCMV: 100 casas

Programa Estadual (A Casa é Sua): 100 unidades (35 em construção)

Roca Sales 338

MCMV Calamidade: 50

Compra Assistida: 190 contemplados (11 com contratos assinados)

Estado (A Casa é Sua): 90

Iniciativa privada (Doação do Dunga): 8

Arroio do Meio 778

Casas temporárias (Estado): 68 (bairros Medianeira e Novo Horizonte)

Iniciativas privada: 71 (Grupo HUB, doação do Dunga e Grupo Front)

Compra Assistida: 32 (50 estão em espera passa assinar o contrato)

Programa do Estado (A Casa é Sua): 70 (em fase de projetos)

Fundo do Ministério Público: 43 (terrenos definidos, aguarda início das obras)

Defesa Civil Nacional: 294

MCMV Calamidade: 200 (assinada ordem de início das obras)

Estrela 1.377

Compra Assistida: 387 (67 contratos assinados e 163 com processo em andamento)

MCMV Calamidade: 800 (100 estão em construção)

MCMV Faixa 3: 22 famílias cadastradas

Defesa Civil Nacional: 50

Estado (A Casa é Sua): 108 (obras começam em 28 de abril)

Iniciativa privada (Convênio Ágil e MP): 10

Programa municipal: o governo de Estrela estrutura a compra de terrenos para que famílias construírem as casas (em fase de elaboração)

Lajeado 395

MCMV Calamidade: 87

MCMV Faixa 1: 124

Compra Assistida: 66 (25 com chaves entregas, oito em contratação, 66 em análise)

Defesa Civil Nacional: 56

Estado (A Casa é Sua): 30

Iniciativa privada: 16

Cruzeiro do Sul 1.105

Módulos temporários: 58 (bairros XV de Novembro e Cascata)

Iniciativa privada: 31 (em construção)

Programa do Estado: 173 (terreno comprado)

MCMV Calamidade: 500 (contrato assinado, aguardando início das obras)

Compra Assistida: 343 (65 receberam as chaves)

Taquari 364

MCMV: 182 unidades aprovadas (obras não iniciadas)

Compra Assistida: 182 (37 compras aprovadas)

Venâncio Aires 410

Estado (A Casa é Sua): 72 Compra assistida: 338

Relvado 28

MCMV: 6

Iniciativa privada: 10 Compra Assistida: 12

Doutor Ricardo 10

MCMV: 1

Defesa Civil Nacional: 2

MCMV Calamidade: 7 (em aprovação)

Putinga 21

MCMV: 6

MCMV Calamidade: 15

Vespasiano Corrêa 10

Iniciativa Privada: 10 casas em construção

Canudos do Vale 8

Cadastradas pelos governos do Estado e pela União. Nenhuma entregue

Casas temporárias: 2

Capitão 10

Cadastro nos governos do Estado e da União. Nenhuma entregue

Colinas 52

Cadastradas nos governos do Estado e da União. Nenhuma entregue.

Coqueiro Baixo 3

Processos em andamento nos governos

Casas temporárias: 4

Fazenda Vilanova 20

Todas do programa estadual. Nenhuma entregue

Guaporé 22

Todas aprovadas pelo programa de habitação da Defesa Civil Nacional. Nenhuma entregue.

Marques de Souza 61

Estado (A Casa é Sua): 50 autorizadas Compra Assistida: 11 em processo

Nova Bréscia 45

MCMV Calamidade: 20 Estado: 25

Temporária: 1

Poço das Antas 2

Cadastro nos governos. Nenhuma entregue

Pouso Novo 7

Cadastro nos governos. Nenhuma entregue

Teutônia 25

Todas encaminhadas pelo governo federal. Verba liberada e o município ajusta o projeto.

Travesseiro 16

Inscritas em programa do governo federal. Nenhuma entregue. Temporária: 1

GABRIEL SANTOS
ANDRÉIA RABAIOLLI

CRÉDITO ÀS EMPRESAS

Empresários marcam reunião com presidente do BNDES

Aloizio Mercadante recebe representantes do setor produtivo para tratar de notificações sobre nível de emprego dos contratos de financiamento pósinundações

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Frente ao risco de empresas atingidas pelas inundações perderem juros reduzidos nos empréstimos

autorizados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representantes do setor produtivo aproveitam a visita do presidente da instituição, Aloizio Mercadante, para solucionar o impasse.

Pelos contratos, as companhias precisam manter o número de trabalhadores por no mínimo dez meses para manter a taxa, que varia entre 0,5% até próximo de 1% ao mês. O encontro está previsto para segunda-feira, 28, em Porto Alegre.

Conforme diagnóstico da Secretaria Nacional da Reconstrução, cerca de 30% dos contratos firmados no RS, (1.213 dos 4.086), receberam notificações por descumprimento da cláusula que exige a manutenção ou aumento do número de funcionários.

O presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale

Presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, participa de eventos em Porto Alegre na segunda

(CIC-VT), Angelo Fontana, é um dos confirmados na reunião. De acordo com ele, a redução no número de funcionários em algumas empresas se deve a fatores diversos, como aumento nos pedidos de

demissão, dificuldade em preencher vagas em aberto, êxodo de famílias do Vale do Taquari, déficit de habitação e programas assistenciais dos governos.

Fontana ressalta que o setor produtivo busca diálogo com o BNDES para evitar penalizações aos negócios que enfrentam dificuldades para cumprir as contrapartidas dos financiamentos. A fiscalização do cumprimento das cláusulas dos contratos é realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que comunica os operadores de crédito, especialmente o BNDES, sobre eventuais descumprimentos.

Conforme o secretário nacional da Reconstrução, Maneco Hassen, o governo federal está aberto ao diálogo e que é possível apresentar justificativas baseadas em dados concretos para evitar a perda dos benefícios concedidos às empresas. O financiamento com juros redu-

zidos foi anunciado pelo presidente Lula no fim de maio do ano passado e começou a operar em 10 de julho. O aporte de R$ 15 bilhões foi feito ao Fundo Social do BNDES, com três linhas de crédito: compra de maquinário, capital de giro e reforma. Os negócios beneficiados tinham de estar dentro da mancha de inundação ou comprovar que houve deslizamentos que atingiram as áreas do empreendimento.

Exigência

A manutenção do quadro de funcionários em patamares iguais ou superiores aos registrados antes das calamidades é uma exigência detalhada na regulamentação do Programa BNDES Emergencial Automático.

O texto cobra que as empresas beneficiadas devem comprovar, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mantiveram ou ampliaram o número de vagas em relação ao período anterior ao reconhecimento oficial da calamidade pública.

O prazo para ajuste vai do quarto ao décimo mês após a contratação do financiamento. Se houver variação nesse intervalo, será considerado o período com o maior número de empregados registrados.

AGÊNCIA BRASIL/ DIVULGAÇÃO

JORNADA EM ENCANTADO

Espiritualidade se mostra como aliada à saúde mental

Conexão, processos de autocuidado e autoconhecimento podem trazer conforto e esperança diante das adversidades, mas não substitui o acompanhamento psicológico e médico, alertam especialistas

ENCANTADO

Aespiritualidade tem se mostrado uma aliada poderosa na promoção da saúde mental. A exemplo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já reconhece

Jéssica R Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br sua importância como um dos pilares para a qualidade de vida e a inseriu no conceito global. Isso porque, independente da crença ou prática religiosa, sentir-se conectado a algo maior e cultivar a esperança pode oferecer conforto em momentos difíceis. Ainda assim, especialistas ressalvam que a espiritualidade não substi-

Perdi duas irmãs

pela

mesma doença.

Não

tinha como

não

pensar que eu

também

partiria.

Foi

difícil, mas a fé me deu forças para continuar”
JAQUELINE

tui o tratamento psicológico ou médico.

Foi com esse equilíbrio que Jaqueline Vedoy enfrentou o diagnóstico de câncer de mama. A notícia veio em 2021. O que era para ser um exame de rotina revelou uma alteração na mama esquerda. No ano seguinte, o lado direito também foi afetado. Vieram as cirurgias, a quimioterapia e, junto com os efeitos físicos, o medo. “Perdi duas irmãs pela mesma doença. Não tinha como não pensar que eu também partiria. Foi difícil, mas a fé me deu forças para continuar”, conta.

A espiritualidade foi sua âncora, sem jamais substituir o tratamento médico e o apoio psicológico

Saber da existência de um poder superior, que nos reconecta a nós mesmos faz a diferença. Independente da religião, temos que acreditar em algo, afinal, a fé move montanhas”, afirma Valmor.

que também fizeram parte da jornada. “Teve momentos de revolta, de desespero, mas nunca perdi a fé”, relembra. “Ao buscar a Deus percebi que era isso que me fortalecia. Orando, encontrei forças que nem sabia que tinha”, conta Jaqueline.

Hoje, ainda em tratamento, ela reconhece o impacto da fé em sua recuperação emocional. Ao lado do marido, Valmor, que compartilha da mesma crença, Jaqueline acredita que ter esperança foi fundamental.

“O ser humano é movido pela fé e esperança, quem não as têm não tem força para continuar.

Espiritualidade e saúde emocional

Assistente Social e coordenadora do eixo da prevenção da violência do Pacto Lajeado Pela Paz, Tânia Rodrigues explica que a visão da espiritualidade ultrapassa os limites da religião. É uma prática constante para reconectar o ser humano. “Revela-se em atos cotidianos de gratidão, na escuta atenta ao outro, em diálogos marcados pela honestidade e compaixão, buscando um encontro genuíno com a vida

Encontro inicia com vivência e meditação no Cristo Protetor
Jaqueline e Valmor Vedoy acreditam que a fé foi aliada para cultivar a esperança e oferecer conforto nos momentos difíceis
JESSICA R MALLMANN

que habita o interior de cada pessoa”, afirma.

A espiritualidade está ligada aos processos de autocuidado e autoconhecimento, bem como a forma de encarar as situações existenciais. Por isso, cada vez mais

profissionais de saúde mental abordam a temática sob a perspectiva da integralidade do ser. “A ampliação dos estudos da relação entre a espiritualidade, saúde e comportamento humano podem aprimorar práticas de cuidado

em diferentes espaços”, ressalta a psicóloga e coordenadora do Programa do Cada Jovem Conta, Laura Kirchheim.

Ainda assim, Tânia e Laura reforçam que as crenças não devem substituir o tratamento médico

ou psicológico. Elas devem ser aliadas. “A busca pelo autoconhecimento é, em si mesma, uma jornada espiritual. É nesse sentido que vejo o movimento crescente em torno das práticas de autocuidado e autoconhecimento: uma busca profunda por compreensão e conexão com nosso ser”, acredita a assistente social.

Jornada da Espiritualidade

Neste domingo, 27, Encantado será palco de mais um momento de reconexão, gratidão e esperança. A partir das 6h45min, a comunidade é convidada a participar da Jornada da Espiritualidade, uma imersão de um dia para despertar o lado espiritual e alinhar o mental.

Em sua terceira edição, a Jornada promove a reflexão sobre a saúde espiritual, inspira pessoas e lideranças com alma, honra a espiritualidade presente nas relações, no voluntariado e no associativismo durante o período de crise, com potência para transformar vidas e comunidades.

As atividades iniciam aos pés do Cristo Protetor, com vivências e meditações, e seguem para o Auditório Sicredi Encantado, onde haverá palestras e debates sobre a temática do evento. O Pacto Lajeado Pela Paz, além de apoiador do evento, estará presente com

A busca pelo autoconhecimento é, em si mesma, uma jornada espiritual. É nesse sentido que vejo o movimento crescente em torno das práticas de autocuidado e autoconhecimento”

o debate sobre “Paz Interior, Paz Exterior”.

Conforme Tânia, a paz interior se refere a exercitar o equilíbrio emocional e mental, enquanto a paz exterior se relaciona à também praticar a harmonia nas relações e no ambiente. “Assim como olhar para a nossa natureza humana e a da Mãe Terra, como cuidamos desses aspectos no interior e no exterior do meio ambiente, seja ele de convívio ou biológico”.

A Jornada é promovida pela Associação Comercial Industrial de Encantado (Aci-E). Interessados devem adquirir o ingresso pelo site lumepass.com.br/evento/12. TÂNIA RODRIGUES

Fórum destaca infraestrutura e logística como pilares da competitividade

Evento inédito no interior do Estado reuniu lideranças para discutir soluções de longo prazo e reforçou a importância do saneamento e da integração regional.

Embora o Rio Grande do Sul possua um grande potencial de desenvolvimento, amplamente reconhecido pela classe empresarial, o Fórum da Competitividade, realizado pela primeira vez no interior do Estado, reforçou a importância da infraestrutura e da logística como bases fundamentais para tornar o RS mais competitivo. O evento ocorreu na sexta-feira, 25, no auditório da Unimed VTRP, em Lajeado, e reuniu empresários, gestores públicos e lideranças do empreendedorismo para debater caminhos rumo a um futuro mais sustentável e eficiente. Com o agravamento das cheias, os custos logísticos no Estado chegaram a triplicar. Para o presidente da Randoncorp, Daniel Randon, a infraestrutura de transportes tornou-se uma das principais preocupações ao se discutir negócios. Ele observa que a primeira pergunta sempre feita pelos investidores é sobre a situação das rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Randon defende a elaboração de projetos com metas de médio e longo prazo, de cinco a dez anos, com foco em obras estruturantes capazes de ampliar a produção e aumentar a competitividade. O embaixador do Centro de Liderança Pública (CLP), Eduardo Fernan-

dez, também destacou a logística como o principal vetor de competitividade, apontando que esse avanço exige conhecimento técnico e fiscalização qualificada.

Segundo Fernandez, as concessões são ferramentas estratégicas de gestão e não devem ser encaradas como entraves, mas como soluções. Para ele, o Estado deve se concentrar na regulação e fiscalização, deixando a execução das obras para quem possui expertise. Ele considera ilusório pensar que é possível crescer sem a participação da iniciativa privada.

Em relação ao Vale do Taquari, Randon afirma que a região é referência em produtividade e tem grande importância econômica para o Estado. Fernandez complementa dizendo que a competitividade precisa estar presente em todos os setores da sociedade e que é necessária a união entre

lideranças públicas e privadas para que o Rio Grande do Sul recupere seu protagonismo nacional. Ele finaliza dizendo que o interior é a grande força motriz do Estado e que a escuta ativa das regiões é essencial para construir um novo modelo de desenvolvimento.

Saneamento básico

Além da infraestrutura logística, o saneamento básico também foi apontado como essencial para o desenvolvimento. Presente em 317 municípios gaúchos, a Aegea/ Corsan defende que não há como pensar em cidades inteligentes sem oferecer o básico. O diretor de Relações Institucionais da empresa, Fabiano Dallazen, afirma que o tratamento de esgoto gera ganhos ambientais, valorização imobiliária e aumento da competitividade. Em Lajeado, segue em análise a

Uma das propostas é alcançar 90% de tratamento de esgoto em quatro anos"

Realizado pela primeira vez no interior do Estado, em Lajeado, fórum reforçou a importância da infraestrutura e da logística como bases fundamentais para tornar o RS mais competitivo

adesão ao aditivo contratual, que prevê a prestação dos serviços de água e esgoto até 2062. O novo contrato inclui as metas do Marco Legal do Saneamento, que determina acesso à água potável para 99% da população e tratamento de esgoto para 90% até 2033.

Dallazen explica que a proposta entregue à prefeita Gláucia Schumacher (PP) é customizada às particularidades do município. Uma das propostas é alcançar 90% de tratamento de esgoto em quatro anos, partindo dos atuais 1%, com continuidade das obras até atingir o índice completo em 2033.

A infraestrutura de transportes tornouse uma das principais preocupações ao se discutir negócios"

Segundo ele, 290 municípios gaúchos já assinaram o aditivo e iniciaram obras de regularização do esgoto. Dallazen ressalta que os investimentos são altos e podem impactar na tarifa cobrada dos usuários. Ele afirma que obras dessa magnitude custam milhões de reais, o que exige prazos maiores ou eleva o valor do serviço. Para Lajeado, segundo ele, o contrato já foi aprimorado e está pronto para ser assinado, o que permitirá a liberação de uma linha robusta de investimentos em saneamento.

VALE DO TAQUARI
Paulo Cardoso centraldejornalismo@grupoahora.net.br FABIANO
DANIEL RANDON RESIDENTE DA RANDONCORP
FOTOS: DANIÉLY SCHWAMBACH

Família Faleiro mostra como a escola

A educação eficiente incentiva alunos à busca do conhecimento e na tomada de decisões assertivas. A família Faleiro chama esse conjunto de habilidades de 'autonomia'

desenvolvimento da autonomia e do prazer em ler e escrever nas irmãs Pâmela Cristina, Dalana e Tábata Faleiro, cultivado no ambiente escolar, as capacitou para enfrentar a universidade.

Pâmela formou-se como publicitária, Dalana trilhou o caminho da biomedicina e Tábata conquistou espaço como advogada. Os pais, Silvana Rossetti Faleiro e Flávio Faleiro, consideram que a formação escolar foi importante para a trajetória das filhas.

A importância da educação

Com vários livros publicados, Silvana Rossetti Faleiro sempre gostou de leitura e se tornou professora. Ela sempre considerou a escola uma experiência muito positiva. “Estudando em escola pública, eu transitei por um espaço democrático e muito rico”, destaca.

Quando Pâmela nasceu, em 1989, ela e o marido, Flávio Faleiro, selecionaram um espaço instigante e interessante do ponto de vista pedagógico, para a filha poder ter experiências felizes. “Nós fomos conhecer o CEAT e a estrutura, do ponto de vista pedagógico, foi aquela que buscávamos no sentido de trabalhar a autonomia”, enfatiza ela.

Silvana Rossetti Faleiro acredita que a educação tem uma importância primordial em todas as frentes. “Quando há investimentos fortes em educação, temos uma estrutura societária muito mais organizada e muito mais cidadã.” Para ela, passo a passo, o Vale vem conquistando valor significativo na área da educação. “Dentro disso, o CEAT ocupa um espaço muito importante”, acentua.

Livro Memórias e História

Silvana Rossetti Faleiro fez doutorado em História e acentuou seu contato com o segmento da pesquisa. Nesse processo, constatou a forte presença do ensino evangélico luterano no Rio Grande do Sul. Uma presença que também permeia a pedagogia do CEAT. “Acabei escrevendo a história do CEAT, o que para mim significou muito. Uma história de superação e reinventação ao longo das décadas até os dias atuais”, revela. Assim, em 2005, convidada pela escola, lançou a obra Memórias e História, que relata a jornada da instituição. A obra está presente no acervo do colégio.

Filhas seguras

O empresário Flávio Faleiro sempre percebeu o apreço da esposa pela história e pela educação. Criado entre

” O basquete foi muito presente na minha vida durante toda a escola.”

Dalana Faleiro biomédica

mãe, irmãs e tias, entendeu, desde cedo, a escola como uma extensão do núcleo familiar. “Vim de uma família em que minhas tias foram

” Passei por fases de muitas mudanças, minhas e também do CEAT.”

Pâmela Faleiro publicitária

minhas professoras no interior de Progresso e a gente compreendeu que a escola é um prolongamento da família. Na construção da

consolidação dos valores dos filhos, a escola tem uma participação muito grande.” Na hora de matricular as crianças, Flávio e Silvana buscaram uma escola de referência, com os princípios de família. “Fomos felizes em escolher o CEAT. Sempre foi nossa prioridade a educação de nossas filhas”, salienta. Para o empresário, o corpo docente do CEAT, muito qualificado, foi importante para a segurança delas, para o futuro e a passagem pelo vestibular. “Tenho muito orgulho das minhas filhas. A trajetória delas nos deu alegria.”

A família ampliou. Flávio e Silvana possuem dois netos e aguardam o nascimento de outro casal de netos, de Pâmela Faleiro. “Família é tudo para gente. Hoje elas são mulheres formadas e seguras para o mundo”, salienta Flávio.

Lembranças marcantes

A publicitária Pâmela Faleiro, 35 anos, decidiu

Família Faleiro: formação escolar fortaleceu valores e treinou para o futuro

impulsiona autonomia e valores

sua profissão ao visitar universidades. Mas antes disso, percorreu uma longa e marcante jornada: ingressou no CEAT aos quatro anos e permaneceu até os 17. “Passei por fases de muitas mudanças minhas e também do CEAT, em termos de estrutura, tamanho e educação”, salienta. Entre as características que o CEAT soube manter estão os espaços abertos e pátios. Além disso, guarda lembranças de momentos inesquecíveis. “A gente teve viagens marcantes. Na viagem da quarta série, foi a primeira vez que dormimos fora. Na viagem das oitavas, dormíamos

em colégios. Levávamos colchonetes.”

Nas memórias, a presença de Maria Ema, que acompanhava alunos em viagem. “Ela também cuidava da biblioteca. À medida que crescemos, foi se tornando amiga”, completa.

Pâmela e as irmãs foram alfabetizadas pela mesma professora, criando um elo com o universo das letras. “A professora Lu é marcante, pois se repetiu na história da família”, revela.

Lembra do projeto Vivências, no qual a turma se aventurava em acampamentos. Dentre as atividades, participou do projeto Até Logo, quando conheceu universidades e, a partir disso, decidiu trilhar o segmento da comunicação. “Escolhi publicidade.”

Das quadras da escola ao hospital: a jornada de Dalana

Nas aulas de Biologia, Dalana Faleiro frequentava o laboratório do colégio e se identificou com o ambiente

de estudo e pesquisa. Ela acredita que esses momentos contribuíram para a escolha da profissão. Hoje, é biomédica, com especialização em reprodução humana. “Nas aulas de biologia, havia o laboratório e eu já sentia atração por essa área”, salienta.

Foram inúmeras as experiências no período escolar. No colégio, recorda a conexão com a natureza. “O pátio é uma questão muito presente. Mas também lembro da biblioteca e das aulas de informática.”

Com destaque, está o apreço pelo esporte. “O basquete foi muito presente na minha vida durante toda a escola. O esporte teve um papel fundamental no meu desenvolvimento e como pessoa.” As viagens e as oportunidades moldaram sua determinação, durante o tempo em que jogou no Clube Bira.

Com o basquete, assimilou como trabalhar em equipe e a se comunicar de forma afetiva. “Dentro do CEAT, o esporte era uma questão levada a

”sério.” Com a escola, aprendeu a entender sua jornada de futuro. Um futuro que a tornou doutora em Ciências da Saúde.

Praticando a escrita

Tábata Faleiro escolheu o Direito como profissão ao perceber que poderia aplicar seu talento com a escrita, desenvolvido ainda nos tempos de escola. “Eu queria uma profissão em que praticasse a escrita. Assim, acabei optando pelo Direito.”

Com colegas, professores e colaboradores da escola, construiu relações que perduram ainda hoje. Entre as memórias mais vivas da escola, está o segurança Artêmio Rodrigues, porteiro há 23 anos da instituição. “Por todo o contexto, pelas pessoas que nos abraçavam lá, nos sentíamos acolhidas e isso fez muita diferença.”

Para Tábata, o ensino forte capacita profissionais e molda seres humanos. “A educação acaba falando muito sobre autonomia, segurança e responsabilidade.”

”Tábata Faleiro advogada

A educação acaba falando muito sobre autonomia, segurança e responsabilidade.”

Silvana Rossetti Faleiro escritora e historiadora

“Quando há investimentos fortes em educação, temos uma estrutura societária muito mais organizada e muito mais cidadã.”

Sempre foi nossa prioridade a educação de nossas filhas.”

Flávio Faleiro empresário

FOTOS: ANDRÉIA RABAIOLLI
Silvana Rossetti Faleiro é autora do livro do Ceat, “Memórias e História”
Empresário

Lente Social

A Mobília de cara nova

A loja A Mobília, localizada na Avenida Alberto Pasqualini, em Lajeado, inaugurou seu espaço na quinta-feira, 24. Com um ambiente totalmente reformulado, a matriz da rede ganhou um novo layout, mais amplo e moderno, para melhor atender os clientes. Com 31 anos de atuação no mercado, a empresa se consolidou na região como referência em móveis, dormitórios, colchões, estofados, decoração e projetos personalizados. Hoje, a rede

conta com oito lojas distribuídas pelo Vale do Taquari, mantendo como marca registrada o atendimento próximo e personalizado.

Brasil Viagens celebra 25 anos

Para comemorar os 25 anos da Brasil Viagens, a empresa consolidada em Lajeado e região organizou um momento especial no restaurante Solar dos Lagos, na noite de quinta-feira, 24. Durante o evento, a proprietária Iedi Schnorr recebeu amigos, clientes e fornecedores para celebrar a data.

Mulheres com confiança e propósito

O Encontro edição Elevation Summit é um evento exclusivo para mulheres que desejam destravar seu potencial e viver com mais confiança e propósito. Um encontro transformador, com insights poderosos, conexões inspiradoras e experiências únicas. Assim foi o evento organizado pela empresária Leocádia Scheffer. O momento contou com talks inspiradores, desfile de moda outono-Inverno, coquetel e networking, na Villa Bosco, em Lajeado.

Fórum da Competitividade

Com o propósito de contribuir com os negócios da região para serem mais competitivos e resilientes diante dos desafios pós-inundações, Lajeado recebeu o Fórum da Competitividade do Vale do Taquari. O evento ocorreu na sexta-feira, 25, no auditório da Unimed Vales do Rio Pardo e Taquari, no bairro São Cristóvão, em Lajeado. A iniciativa contou com mais de 100 participantes, entre empresários, especialistas, gestores públicos e líderes dos setores produtivos.

Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro
Família Kunzel: Vitória, Vandro e Karla
Analu Barbieri, Jurema e Ivo Emer
Marcos e Lizete Sebastiany clientes vieram comemorar este momento especial com Iedi e Gerson Schnorr
Juliana Heineck, Isadora e Vera Riediger
Rute Oppliger, Gisele Herek, Daiana Borsuk e Maria Gabriela Oppliger
Leocádia Sche er idealizadora do encontro
Cíntia Agostini, Luciane Valentini e Vanessa Bazzanella
Jorge Dolgener, Joni Zagonel e Fábio Koefender
Raquel Cadore e Renata Casagrande Galiotto

LEITURA EM EVIDÊNCIA NO VALE

Escola SESI estimula o gosto pela leitura e recebe A Hora para interação com alunos

Escola aposta forte na leitura e percebeu aumento de retirada de livros. Ler aperfeiçoa o repertório

Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br

LAJEADO

AEscola de Referência

SESI Paulo Ignácio Heineck marcou o encerramento da Semana Literária com muita criatividade. Durante a tarde desta sexta-feira, 25, os alunos foram fantasiados com personagens de filmes e livros, mostrando o repertório literário ao qual tem acesso e

fazendo uma “Biblioteca Viva”. A Kamilly de Paula da Rosa, vestiuse a rigor e fez questão de destacar o apreço. “Pra mim, a leitura é meu momento de distração”, salienta ela.

A escola diferencia-se por apostar forte na leitura, empoderando o hábito. “Os alunos param para ler todos os dias, durante 15 minutos. Com isso, percebemos que a retirada de livros aumentou. As famílias observaram que os alunos passaram a ler mais em casa, optando por livros físicos e deixando o celular de lado, salienta a diretora Rosimeri Fuchina.

Grupo A Hora anuncia em primeira mão o Projeto Leia

Nesta sexta, a equipe do Grupo A Hora apresentou aos estudantes

da escola do Sesi, em primeira mão, o Projeto Leia. Interagiu com estudantes, reforçando a prática da leitura em papel, oferecendo jornais e marcadores de páginas.

Ao longo da semana, o grupo de comunicação distribuiu exemplares do encarte Educame, incentivando o uso do material impresso nas atividades escolares.

Ler melhora o vocabulário, a escrita, a capacidade de concentração e o desempenho escolar e profissional. O Projeto Leia será lançado oficialmente no dia 15 de maio, às 19h, no salão de eventos da ACIL, com o objetivo de ampliar o acesso à leitura e reforçar sua importância em todas as fases da vida.

Alunos do SESI acompanham em primeira mão o lançamento do Projeto Leia, do Grupo A Hora
Jornal A Hora faz ação de resgate à leitura, distribuindo jornais e marcadores
FOTOS ANDREIA RABAIOLLI

UMAS & OUTRAS

Mil, novecentos e lá me esqueço...

...É

coisa velha, mas foi muito bem lembrada por um prezado colunista lá das bandas de Pelotas, a respeito dos chamados ¨royalties¨ sobre a exploração de petróleo nesse Brasil Cor-de-Anil.

A coisa começou com a polêmica campanha do ¨Petróleo é Nosso!¨ nos tempos do finado Getúlio, lá por 1950 e uns quebrados. Na época não se conhecia fonte nenhuma de petróleo em território nacional, salvo uma mixaria descoberta no Recôncavo baiano, por obra e graça de Monteiro Lobato. O grosso do combustível de transportes (gasolina e diesel) eram importados, salvo uma parcela de petróleo bruto (também importado) que era processado nas quatro

pequenas refinarias já existentes, uma das quais era a RioGrandense, atual Ypiranga.

Petróleo prá valer mesmo foi prospectado e ¨descoberto¨ só quase no final da década de 1970, na plataforma continental, em alto-mar, a umas 200 ou 300 milhas mar adentro.

Foi nas duas chamadas Crises Mundiais de produção/distribuição de petróleo bruto, que levou o preço dos combustíveis a alturas nunca antes imaginadas, gerou inflações acentuadas até na Bossóroca, com a perspectiva dessa fonte energética acabar em menos de 15 anos (e lá vão 50 anos...).

A história é longa, mas resumindo: os municípios então existentes em todo o Brasil foram obrigados por lei federal a adquirirem (subscreverem) ações da Petrobrás,

AINDA NÃO ENTENDI

Eu sou meio burro, talvez por isso ainda não consegui entender. O que vai ser realmente implantado de melhorias em cada cidade para cumprir o chamado Marco do Saneamento? Quais obras significativas a serem implantadas em cada bacia pluvial urbana (ou rural)? Como e pra onde serão canalizados efluentes em áreas com elevado crescimento vertical e consequente alta

Nôno pra nona:

- Quero assistir um filme de terror hoje, tem algum pra indicar?

densidade populacional? Qual o percentual relativo de domicílios que vão continuar com o mesmo tradicional tratamento atual, embora pagando novas taxas extraordinárias?

O abastecimento de água potável já é eficiente (e rentável) há muitas décadas, mas com relação ao saneamento há muitas perguntas em aberto e poucas respostas concretas.

- Sim, um imperdível: O Reflexo!

- E onde assisto isso?

- No espelho...

embora apenas uma dúzia deles se beneficiarem dos respectivos royalties, com o argumento de uma projeção geográfica específica, a 300 milhas de distância.

É por isso que certos municípios, tipo Macaé ou Campo dos Goytacases são disputados a tapa até hoje em eleições municipais. Também por isso certos políticos e partidos são visceralmente contra a mudança dessa redistribuição de recursos.

Mas não é só na exploração de petróleo, legislações similares se aplicam a usinas hidroelétricas, refinarias, pólos petroquímicos, minerações em geral e por aí a fora.

A redistribuição mais equânime desses investimentos e receitas extraordinárias já foi tentada várias vezes tempos atrás. Por enquanto sem resultados concretos.

MEIO A MEIO

Segundo as estatísticas oficiais a divisão entre trabalho formal e informal já está chegando na base do meio a meio.

Na minha avaliação, não fosse a criação do instituto jurídico das MEIs (microempresário individual) e da chamada Pejotização a proporção seria ainda mais desfavorável ao ¨Celetismo¨ estatal.

Emprego, trabalho e renda não necessariamente convivem num mesmo estatus jurídico.

O buraco é mais embaixo, e está aumentando.

Um país sem futuro

“É muito mais facil corromper do que persuadir.”

Socrates (469 AC- 399 AC)

Essa semana que passou após a prisão de Fernando Collor, o show de horrores dentro de uma UTI e mais um esquema de corrupção dentro do INSS, lembrei de um artigo que escrevi em maio de 2018 quando ainda haviam ( como sempre) dúvidas sobre o futuro da nação.

Começava assim: “Há exatos 13 anos ( portanto em 2005) escrevi o que segue adiante: “O Brasil seguiu como sempre, quem era pobre, pobre ficou, quem paga impostos um pouco mais pagou. Os bancos faturaram como nunca e os costumes políticos, para tristeza de quem esperava menos “toma lá-dá cá”, não mudaram. O grande marco até o momento de um governante que tantas mudanças vendeu é um avião, um gigantesco avião, caro e grande como um elefante”. Desse ponto em diante entra o restante do texto escrito em 2018 : “De lá para cá muita coisa aconteceu. Lula, o principal politico da história recente do país está preso. Zé Dirceu está retornando a prisão e Palocci esforça-se para contar algo a justiça que o liberte das grades. Dilma segue como um daqueles fantasmas manjados que ninguém mais da importância ainda que de vez em quando tente arrastar alguma corrente.

Parceiro dos governos petistas, o PMDB está cada vez mais tendo expostas as suas falcatruas. E figuras nem tão periféricas como Eduardo Cunha, Cabral e Geddel há muito amargam o ostracismo de uma cela.

Entre os tucanos, Aécio há muito já é uma figura incomoda e Serra perdeu as penas após as denúncias de recebimento de verbas irregulares. Alckmin deixou Doria para trás, mas não se sabe se sobreviverá politicamente ao escrutínio de seus governos. Se sobreviver, talvez sua notória falta de carisma se encarregue de fazer o resto do serviço de afasta-lo da presidência.

Ciro continua o mesmo menino maluquinho e Marina tal qual um cometa estranhamente regular, aparece a cada quatro anos para pedir votos.

Boulos e Manuela irão se encarregar de manter o discurso de extrema esquerda e atacar os de direita enquanto Álvaro Dias é uma incógnita.

Lula mantém o discurso de quem irá concorrer ainda que a lei não permita. Mas todos nós sabemos como a interpretação da lei pode ser elástica no Brasil...

E temos ainda Bolsonaro, um politico com vários mandatos na Câmara de Deputados, mas com destaque muito mais pelo destempero verbal do que pelas suas habilidades administrativas ou de composição política. Ocorre que num país marcado pelo medo da violência e indignado com os políticos tradicionais, essa receita pode vingar e acabar dando num Jânio ou em um Collor e não na solução que tanto se deseja.

Para quem esta assustado com a trajetória do dólar ou preocupado com a recuperação econômica do país é bom deixar bem claro que o mundo politico não tem a solução. Ele é mais uma vez parte importante desse grande quebra-cabeças chamado Brasil.”

Na época eu achava que isso já era o fundo do poço, mas o tempo mostrou que eu estava redondamente enganado.

Após um ano, passageiros ainda enfrentam memórias da tragédia

Ônibus capotou nas proximidades do deserto do Atacama em 25 de abril de 2024. Duas pessoas morreram e 40 ficaram feridas. Encontro e missa em memória às vítimas marca a data

Vítimas do grave acidente no deserto do Atacama, no Chile, ainda lidam com as marcas deixadas na noite de 25 de abril de 2024. O ônibus de turismo, que transportava cerca de 25 passageiros do Vale do Taquari, capotou na região desértica, a poucos quilômetros do destino final. Duas pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas. A data é lembrada com dor pelos passageiros. Moradora de Estrela, Caren Polo foi ao país na companhia das irmãs. Além dos ferimentos causados pelo impacto, o acidente deixou o abalo psicológico e a sensação de insegurança no trânsito.

“Minhas irmãs ficaram muito machucadas e uma ficou internada mais de 50 dias em São Paulo. Inclusive, ambas ainda precisam de cirurgia. Após um ano, ainda lembramos do acidente, principalmente em casos como o acontecido em Imigrante. Mas temos gratidão porque saímos vivas e seguindo a vida”, conta Caren.

A viajante aponta a necessidade de fiscalização dos ônibus de turismo por parte dos órgãos competentes para evitar tragédias semelhantes. Em entrevista ao Arena Conexão, Ademir Fillmann, outro integrante do grupo, também relata que o veículo passou por revisão durante a viagem. Além disso, o roteiro atrasou após uma passagem pela Argentina, o que ocasionou parte da viagem no

período da noite. “No momento do acidente sentimentos movimentos bruscos e a saída da estrada. Chegaram várias ambulâncias e vans para socorrer”, relembra. Ele voltou ao local da tragédia em novembro do ano passado. “O veículo ainda está lá, incendiado. Penso que não será

retirado do deserto”, comenta. Os momentos de aflição também estiveram presentes após o impacto. Carmen Pretto fala sobre o frio que fazia no deserto. Além disso, o grupo buscou maneiras de comunicar sobre o estado das vítimas aos familiares que estavam no Brasil.

Encontro

Em memórias às vítimas, o grupo organizou a celebração de uma missa. O momento reuniu os integrantes também com objetivo de agradecer a recuperação das pessoas que ficaram feridas. Uma das vítimas era moradora de Poço das Antas. Nora Kunz viajava com uma amiga e teria morrido durante o atendimento médico. Ela era conhecida no município pelo engajamento junto à comunidade.

Relembre o caso

O fato no quilômetro 27 da rota internacional 27CH, rodovia que liga Paso de Jama, na fronteira com a Argentina, e San Pedro de Atacama. O passeio teve início no dia 23 de abril, com previsão de chegada na manhã do dia 26. Restando 20 minutos para chegar ao destino, o ônibus de turismo sofreu o acidente. A viagem era realizada pela empresa Vip Turismo, de Lajeado, em ônibus fretado pela DH Transportes, de Santa Maria.

Após acidente, passageiro relata que ônibus segue abandonado no deserto
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
ARQUIVO

365 VEZES NO VALE

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

Manos da Pesca organiza Desafio no Morro Gaúcho em maio

Está programado para o dia 24 de maio, sábado, a primeira edição do Desafio do Gaúcho.

Organizado pelo Manos da Pesca e 365 vezes no vale, a atividade

@gustatrips

O Gustavo Ribas percorreu os cerca de 50 quilômetros da Ferrovia do Trigo entre Guaporé a Muçum. A mata já começa a tomar conta dos trilhos por onde passava o Trem dos Vales. É imprescindível para o turismo (e para logística também) que esse trecho seja recuperado o quanto antes.

será gratuita e com vagas limitadas.

O percurso terá cerca de 10 quilômetros ida e volta com término no ponto conhecido como a antiga pedreira. Nessa altitude de 559 metros, o participante da caminhada poderá contemplar um dos cenários panorâmicos mais famosos do Vale do Taquari (foto). A organização ainda avalia se a caminhada será feita pela estrada geral do Morro Gaúcho ou numa trilha na mata que inicia no Morro da Ventania.

Com início às 7h, a previsão é finalizar o evento por volta do meio-dia. Além da caminhada contemplativa, haverá tempo para

os participantes aproveitarem as belas paisagens no cume e tomarem um café da manhã. O lanche será de responsabilidade de cada pessoa, enquanto a água será oferecida de graça numa parceria com a Fruki Bebidas. Conforme um dos organizadores, João Paulo Aires, o objetivo da ação é estimular o espírito aventureiro, promover o contato com a natureza e difundir um dos principais cartões-postais da região.

A ficha de inscrição com mais detalhes sobre o evento será divulgada nos próximos dias nas redes sociais do 365 vezes no vale e do Manos da Pesca.

@jaqueline.cantelli

A Jaqueline Cantelli nos apresenta o charmoso Salto do Pulador. Localizado na divisa entre Itapuca e União da Serra, o destino natural foi assim batizado pelo estreitamento do rio, sendo possível passar de um município a outro com apenas um pulo.

Use a #365_vezes_no_vale e compartilhe as belezas da região conosco!

Defesa Civil estrutura núcleos em bairros atingidos por inundações

Iniciativa pretende preparar líderes comunitários para atuarem em situações de emergência, com foco na prevenção e resposta rápida a desastres naturais

LAJEADO

Formação e preparação de pessoas nos bairros para atuação preventiva e resposta em eventuais episódios de enchentes. Estratégia encabeçada pela Defesa Civil de Lajeado a partir da implementação de núcleos comunitários. O trabalho está em execução e a projeção é de que as equipes estejam formadas até o fim do semestre. Num primeiro momento, serão contemplados os bairros margeados pelo rios Taquari e Forqueta, mais impactados pela inundação. Esses núcleos, segundo o coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Luís Marcelo Gonçalves Maya, servirão como braços do órgão de proteção dentro dessas localidades.

“Essas pessoas conhecem bem as comunidades, sabem quais são os vizinhos mais vulneráveis. Dentro disso, podem auxiliar em ações como retirada de famílias e resgates, quando necessário”, salienta Maya. Segundo ele, a eficiência do trabalho da coordenadoria também está ligada ao comportamento da população diante dos alertas emitidos. Nas reuniões nos bairros, segundo Maya, são identificadas lideranças locais que ficarão como referência para a Defesa Civil na intermediação com a comunidade. “Nem sempre o recado que damos é entendido por quem o recebe. Então, queremos contar com pessoas que tenham relação de confiança com os moradores, para ajudar a validar e repassar as mensagens de forma clara”. Após a formação dos núcleos, a

ideia é promover atividades de orientação com toda a comunidade dos bairros afetados por cheias. “Queremos estar ao lado das pessoas antes da emergência acontecer. Quando chegar o momento de uma enchente,

todos saberão o que fazer”.

Simulações práticas

Outra frente do trabalho executado da Defesa Civil é preparar

simulações práticas com os moradores, de como proceder em casos de cheias dos rios. Uma das ideias é verificar o funcionamento da sirene de alerta. Hoje, há uma instalada no prédio da Escola Municipal Risque e Rabisque, na região do Centro Histórico.

Vamos apresentar a sirene à comunidade, explicar que, quando ela tocar, é para parar tudo e prestar atenção. Após o som, será transmitida uma mensagem com instruções. Também vamos testar se o som é audível em todas as casas da área afetada”, detalha Maya. Posteriormente, outras três sirenes serão instaladas na cidade, em locais ainda a serem definidos.

Plano de contingência

Em paralelo, a Defesa Civil de Lajeado também atualiza o plano de contingência para situação de enchentes. As discussões envolvem diversas secretarias municipais e o material deve ficar pronto nos próximos meses.

Atualmente, são três pessoas que integram a coordenadoria municipal. Recentemente, o órgão recebeu novos equipamentos, como um barco e dois botes para utilização em resgates nas cheias. A sede hoje está dentro do Parque do Imigrante, um dos locais designados como abrigos para famílias ribeirinhas.

Ideia é capacitar e preparar pessoas para situações de calamidade
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
MATEUS SOUZA/ARQUIVO

SONHO DE INFÂNCIA

GÊMEOS DE ESTRELA FARÃO TESTES NO SÃO PAULO

Com apenas 12 anos, Anderson e Vinícius

Rocha Mattes se destacam no projeto Estrelas do Futuro e viajam com os pais em maio para período de avaliação no CT do clube paulista

Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Eles cresceram lado a lado, com a bola nos pés e a mesma paixão no olhar. Anderson e Vinícius Rocha Mattes, irmãos gêmeos de Estrela, têm apenas 12 anos, mas já carregam uma bagagem digna de quem sonha grande no futebol. Em maio, os dois embarcam para São Paulo, onde passarão por uma semana de testes no Centro de Treinamento do São Paulo FC, em Cotia.

O convite veio após a participação da dupla em um torneio em Santa Catarina, onde ambos chamaram atenção de olheiros. “Achei muito boa essa experiência. Graças a Deus, fomos vistos pelo São Paulo e agora vamos pra lá em maio”, comemora Anderson, que atua como meia-esquerda e atacante. No torneio, ele marcou cinco gols e distribuiu assistências. Já Vinícius, que joga mais recuado como meia-direita e volante, também teve participação destacada. “Acho que fiz dois gols, dei um monte de assistência e desarmei muito cara”, diz sorrindo.

Apesar da sintonia em campo, ambos dividem as brincadeiras em casa. “A bola é nosso principal brinquedo”, conta Anderson. Os irmãos sabem que o futebol, assim como a vida, nem sempre anda em duplas. E estão preparados para as possibilidades. “Se não der certo

para um, o outro vai ajudar. Tem vários clubes correndo atrás de nós também”, afirma Vinícius.

A mãe, Katiucia da Rocha Mattes, monitora de educação, reforça a maturidade dos filhos. “Sempre conversamos que pode ser que um se destaque mais que o outro. Mas essa viagem é, antes de tudo, pela experiência”.

NO MESMO TIME

A paixão pelo futebol é compartilhada em casa. Desde os quatro anos, os meninos treinam no projeto Estrelas do Futuro, sob o comando do professor Beto Gewehr. Eles estudam no sexto ano da Emef Cônego Sereno Hugo Wolkmer, no turno da tarde, e treinam três vezes por semana — em breve, passarão a treinar também nas quintas-feiras. Entre uma bola e outra, ajudam em casa lavando a louça e arrumando os cômodos.

A viagem está marcada para o dia 18 de maio. A apresentação no CT será no dia seguinte e os testes seguem até 23 de maio. Anderson e Vinícius terão a companhia do pai Leonardo e ficarão alojados com o apoio do olheiro Manu Correia. A mãe, que sempre acompanhou todas as viagens, irá junto, hospedan-

Anderson e Vinícius Rocha Mattes, irmãos gêmeos de Estrela, têm apenas 12 anos e já sonham com o futuro no futebol

do-se em uma pousada próxima. Mesmo com a estadia garantida dentro do CT, a família precisa custear as passagens e alimentação. O valor estimado para a viagem gira em torno de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil. Quem quiser colaborar pode entrar em contato pelo telefone (51) 99975-4897.

ORGULHO

Responsável por apresentar os primeiros fundamentos aos gêmeos, o professor Beto Gewehr destaca a trajetória dos meninos com orgulho. “Eles se destacam desde os cinco anos. São determinados, têm a essência que um jogador precisa. A gente fica feliz em poder proporcionar isso e ver que o trabalho está sendo bem feito.”

À frente do projeto Estrelas do Futuro, que atende crianças de 4 a 15 anos em modalidades como futebol e vôlei, Beto reforça que a formação vai além das quatro linhas. “O mais importante é a cabeça estar boa. A gente trabalha a parte humana também, porque tudo isso é avaliado”.

ZIQUE NEITZKE

BRASILEIRÃO

INTER DEVE DAR DESCANSO A TITULARES

Em meio a sequência dura na temporada, Colorado recebe o Juventude neste sábado, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Em meio a instabilidades na temporada, o Internacional tenta reaver o bom futebol e a sequência positiva que o transformou em um possível candidato a títulos no ano. Depois de um jogo extenuante contra o Nacional, Roger Machado deve poupar titulares na partida deste sábado, às 16h, contra o Juventude, no Beira-Rio. O jogo tem transmissão da Rádio

A Hora.

Depois de conquistar o Gauchão, o Inter teve uma nítida baixa de rendimento. Desde a vitória na ida da final são 9 jogos, com 2 vitórias, 6 empates e uma derrota. O baixo número de vitórias fez o time perder a liderança na Libertadores e entrar na sexta rodada ocupando a 12ª colocação no Brasileirão.

Ao mesmo tempo em que precisa voltar a vencer, Roger sabe que o ano é longo e o elenco está desgastado. A partida contra o Nacional exigiu muito do time na busca pelo empate e, por isso, alguns titulares devem ser preservados.

Na defesa, Vitão deve ser pou-

pado. No meio-campo, a tendência é que Bruno Henrique e Alan Patrick descansem.

Com isso, o time titular deve ter: Anthoni; Aguirre, Rogel, Victor Gabriel e Bernabei; Fernando, Ronaldo, Bruno Tabata, Romero e Wesley; Valencia.

Ju vai bem

Melhor gaúcho até agora no Brasileirão, o Juventude deixou escapar dois pontos diante do Mirassol, já que esteve duas vezes

à frente do placar. Fabio Mathias pode reforçar o meio-campo, incluindo Mandaca e Jean Carlos, tirando um dos atacantes, possivelmente Enio.

O time titular deve ter: Gustavo; Ewerthon, Abner, Adriano Martins e Alan Ruschel; Giraldo, Jadson, Mandaca e Jean Carlos; Batalla (Ênio) e Gilberto.

GRÊMIO TEM CONFRONTO DIRETO PARA DEIXAR O Z4

Passada a estreia de Mano Menezes, o Grêmio tem novo desafio longe de casa, agora pelo Campeonato Brasileiro. Na necessidade de pontos para deixar a zona de rebaixamento, o Tricolor vai até Salvador enfrentar o Vitória. A partida ocorre neste domingo, às 18h30min, no Estádio Barradão. A Rádio A Hora transmite o confronto.

O time não teve sequer tempo para assimilar o empate com o Godoy Cruz. Mal chegou a Porto Alegre e já precisou embarcar rumo à Bahia. Na delegação, notícias positivas com os retornos de Marlon e Wagner Leonardo.

O lateral-esquerdo não pode atuar na Sul-Americana e descansou no meio de semana. Agora, volta ao time titular no lugar de Lucas Esteves. Na zaga, Wagner Leonardo está recuperado e também volta ao time. O escolhido para sair é Kannemann, veterano

que recém voltou de lesão.

O time que busca a segunda vitória no Brasileirão para deixar o Z4 tem: Tiago Volpi; João Pedro, Jemerson, Wagner Leonardo e Marlon; Dodi, Villasanti e Edenilson; Monsalve (Cristaldo), Cristian Olivera e Braithwaite.

VITÓRIA NA

PORTA DO Z4

Com apenas um ponto a mais do que o Grêmio, o Vitória ocupa a 16ª posição, a primeira fora da zona de rebaixamento. O time baiano tem uma vitória, dois empates e duas derrotas. No meio de semana, também entrou em campo pela Sul-Americano e perdeu para o Cerro Largo, do Uruguai.

O provável time titular tem: Lucas Arcanjo; Claudinho, Lucas Halter, Edu e Jamerson; Ronald

Lopes, Baralhas e Matheuzinho; Erick, Janderson e Gustavo Mosquito.

NA BAHIA
Titulares como Alan Patrick, Vitão e Bruno Henrique podem ser preservados na partida deste sábado
RICARDO DUARTE /DIVULGAÇÃO

FIM DE SEMANA DE DECISÕES E INÍCIOS

Destaque fica para abertura do municipal de futebol de campo de Paverama

OCampeonato Municipal de Paverama retorna em 2025. Neste ano cinco times disputarão o título. A abertura será neste domingo, na sede do União, em Boa Esperança.

O título é disputado entre União, Amigos do Morro Bonito, Laranja Mecânica, Guaíba e Brasil. Neste ano cada equipe pode inscrever até 27 atletas, sendo 14 de idade livre, oito com 40 anos ou mais (nascidos em 1985 ou antes) e cinco com 18 anos ou menos (nascidos em 2007 ou depois). Durante as partidas, será obrigatória a presença mínima de três jogadores com 40 anos ou mais e um atleta com 18 anos ou menos, enquanto as sete posições restantes poderão ser ocupadas por jogadores de idade livre.

Para Anderson Nierich, coordenador de esportes de Paverama, é uma enorme satisfação o retorno do campeonato. “Tínhamos como objetivo retornar com o Municipal de Futebol, porque vemos como uma oportunidade de oportunizar para os mais jovens acompanhar um campeonato tradicional. Esperamos que seja a volta em definitivo da competição e que possamos manter por muitos anos”, cita.

DEFINIÇÃO DE FINALISTAS

As cidades de Arroio do Meio, Encantado, Progresso e Putinga conhecem os finalistas neste fim de semana. Em Arroio do Meio, o atual campeão União joga pelo empate para chegar em uma nova final. Já o Forquetense necessita vencer para levar a decisão da vaga aos pênaltis. A partida terá transmissão do Grupo A Hora em live no Youtube do A Hora Esportes

e no dial 102,9 FM, a partir das 14h30min.

Em Encantado, os jogos ocorrem no sábado, nas comunidades de

Palmas e Arroio Grande. Quem vencer nos confrontos se classifica para final. Em caso de empate a decisão irá para os pênaltis.

Clube do Rio de Janeiro (fut.) Região que engloba parte da América do Sul

CRUZADAS

texto Eliminar; suprimir O Sonic (Zool.) Moeda brasileira Lavra um auto (Jur.) Ar, em inglês

Pagar na mesma (?): retribuir da mesma maneira (pop.)

Sílaba de "sarna" Líquido usado como solvente de óleos e como anestésico

Independente

Título de nobreza turco

Invadir (terras) 500, em romanos (?) Aster, cineasta ONG brasileira Cicatriza

2/us. 3/air. 4/need. 6/cátion — efêndi.

HORÓSCOPO

ÁRIES: A mente estará a ada, conversas francas agilizarão soluções. Evite afobação. Valerá ouvir mais, antes de tomar decisões. 21/03 a

TOURO: O silêncio será mais valioso do que qualquer opinião hoje. Observe os sinais, re ita antes de agir e selecione melhor com quem dividir seus planos.

GÊMEOS: Responda mensagens, aceite convites e marque presença nas redes. A vida social cará mais gostosa. Finalize um longo ciclo.

CÂNCER: Uma meta antiga poderá nalmente se concretizar. Assuma um novo hábito de autocuidado. Valorize quem respeita seu tempo e sua profundidade.

LEÃO: Horizontes se ampliarão. Acerte a documentação, planeje uma viagem ao exterior ou desenhe um projeto inovador.

VIRGEM: Conversas íntimas trarão revelações e clareza. Um vínculo poderá se fortalecer com um gesto simples ou uma escuta sem julgamentos.

LIBRA: Os relacionamentos estão em destaque. Uma conversa honesta pode resolver o que vinha se arrastando.

ESCORPIÃO: Hora de organizar a rotina e escolher com mais critério onde colocar sua energia. Um compromisso assumido hoje trará frutos duradouros.

SAGITÁRIO: Uma conversa pode dar em romance ou um hobby se transformar numa atividade pro ssional.

CAPRICÓRNIO: A família pedirá atenção. Uma ligação ou visita rápida poderá iluminar o dia de alguém e o seu também.

AQUÁRIO: Um elogio sincero poderá amenizar con itos numa relação próxima. Estudos, negociações e transações comerciais ganharão agilidade.

PEIXES: Amor e dinheiro pedirão escolhas conscientes. Ouça um conselho sábio e renove seus conceitos. Família com apoio mútuo!

FUTEBOL AMADOR
Atual campeão, União joga pelo empate para se classi car à nal no municipal de Arroio do Meio
ZIQUE NEITZKE

GILBERTO FERREIRA ENCARA 24 HORAS DE CORRIDA ININTERRUPTA EM TOLEDO

Atleta busca índice internacional e destaca força mental, estratégia e apoio do time para completar o desafio

Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Correr sem parar por 24 horas pode parecer um desafio impossível para a maioria das pessoas. Mas para o barbeiro Gilberto Ferreira, essa é mais uma chance de se superar, ir além dos próprios limites e mostrar por que é um dos principais nomes do Brasil nas ultramaratonas. No próximo fim de semana, ele disputa a tradicional Ultramaratona 24 Horas de Toledo, no Paraná, e tem um objetivo bem claro: garantir índice para representar o país em competições internacionais.

O atleta já percorreu mais de 200 quilômetros em uma única prova e carrega consigo uma mentalidade forjada na disciplina, no autoconhecimento e na superação de dores, cansaços e adversidades.

No ano passado, o atleta percorreu 209,810 km e terminou na quarta colocação

PREPARAÇÃO

COMEÇA CEDO E EXIGE DISCIPLINA

EXTREMA

A jornada para encarar uma prova como essa começa meses antes. Desde janeiro, Gilberto tem se preparado de forma intensa, com uma rotina de treinos pesados e foco total. A Travessia

Torres-Tramandaí (TTT), prova de 84 quilômetros realizada no início do ano, foi um dos testes dentro da preparação.

“Desde lá, já rodei mais de 2 mil quilômetros. Foi bastante puxado. Agora, nas últimas semanas, estou apenas fazendo o polimento final, descansando o corpo. A preparação para uma 24 horas não é só física, ela exige muito da mente também”, conta.

CORRER

COM A MENTE

Em uma prova que exige que o corpo se mantenha em movimento durante um dia inteiro, o preparo psicológico ganha um papel central. Gilberto destaca que treina o controle mental com tanto afinco quanto os treinos físicos.

“Nunca escutei música treinando. Sempre preparo minha mente. Penso na prova, no que quero, em onde quero chegar. Tenho acompanhamento de uma psicóloga também. Se tua mente não estiver bem, dificilmente tu vai conseguir concluir.”

Durante as 24 horas, a fadiga extrema e a dor muscular aparecem com força, e é nesse momento que o foco mental e o equilíbrio emocional se tornam diferenciais.

“A cabeça comanda tudo. Já tive provas que pareciam impossíveis de terminar, e o que me salvou foi o emocional.”

EQUIPE QUE

CORRE JUNTO

Ao contrário do que parece, provas de ultramaratona exigem trabalho em equipe. Em Toledo, Gilberto contará com cinco pessoas ao seu lado: treinador, diretor esportivo, esposa, nutricionista

JÁ TENHO ÍNDICE PARA A GRÉCIA, MAS POR QUESTÕES FINANCEIRAS NÃO FUI AINDA. ENTÃO QUERO MELHORAR MEU ÍNDICE PARA ESTAR MELHOR RANQUEADO”

GILBERTO FERREIRA ULTRAMARATONISTA

e massoterapeuta. Cada um tem uma função específica para que ele consiga se concentrar apenas em correr.

“Eles cuidam de tudo. Eu só me preocupo em correr. Se eu não tivesse essa equipe, não conseguiria realizar essa prova.

São eles que me entregam alimentação, controle de tempo, ajustes de roupa e tênis, massagens... Tudo mesmo.”

Essa estrutura também contribui para que a estratégia traçada previamente seja cumprida com precisão. “A gente traça uma estratégia para as primeiras 12, 13 horas. Sabemos onde precisamos chegar em termos de quilômetros. As paradas são mínimas.”

FOCO NO ÍNDICE

INTERNACIONAL

Apesar da dificuldade e do

desafio em si, Gilberto tem um objetivo específico nesta edição da 24 Horas de Toledo: conquistar um novo índice internacional. Em 2022, ele já havia obtido a marca necessária para correr na Grécia, mas não pôde viajar por falta de apoio financeiro. Agora, quer fazer ainda mais.

“Já tenho índice para a Grécia, mas por questões financeiras não fui ainda. Então quero melhorar meu índice para estar ainda melhor ranqueado. Sei que tenho capacidade de ir além.”

HISTÓRIAS QUE SÓ

A CORRIDA CONTA

Além dos feitos esportivos, Gilberto também coleciona histórias curiosas. Uma delas viralizou este ano, durante a Travessia TorresTramandaí. “Um cachorro me atacou de novo. Eu estava alertando os outros corredores, e o bicho veio em mim. As fotos circularam nas redes e deram muitos likes. A TTT tá ficando famosa pelo cachorro”, brinca.

Apesar do susto, ele completou a prova normalmente. “O pessoal depois vinha me perguntar: ‘mas e o cachorro, tá bem?’ Eu só ria.”

BUSCA POR APOIO

Para continuar o Vale e o Brasil nas ultramaratonas, especialmente em provas fora do país, Gilberto conta com o apoio da comunidade e busca novos patrocinadores. “A hora que tu for fazer a matéria, pode dar uma forcinha pra mim aí no final. A gente está buscando patrocinadores. Ano que vem a gente quer voar mais alto. A ideia é viajar pra fora do Brasil. Pretendo ir pra Grécia. Então já estamos buscando apoio, e quem quiser nos ajudar é muito bem-vindo.”

DIVULGAÇÃO

REMADORAS ROSAS

EVENTO REÚNE SOBREVIVENTES DO CÂNCER DE MAMA

Rio Taquari será palco de encontro estadual da modalidade “Dragon Boat” neste fim de semana

Lajeado recebe um evento inédito no estado. O 1º

Encontro de Remadoras Sobreviventes do Câncer de Mama do Rio Grande do Sul, ocorre neste fim de semana. A iniciativa será comandada pela equipe “Tchê Rosa”, anfitriã do encontro.

A atividade reunirá três equipes gaúchas que praticam a remada no estilo Dragon Boat, uma modalidade coletiva que envolve um grande número de remadoras. Participam do encontro as equipes Tchê Rosa, de Lajeado, Panapaná, de Rio Grande, e Awa’pe, de Porto Alegre.

O evento, que é gratuito e aberto à comunidade, tem como objetivo divulgar o movimento Remadoras Rosas do Brasil, promover o bem-estar e inspirar outras mulheres que enfrentam ou enfrentaram o câncer de mama.

Representando o Movimento

Remadoras Rosa do Brasil, a experiente praticante de canoagem Deborah Vons, capitã da equipe Canoha, de Curitiba, será responsável por conduzir a Clínica de Dragon Boat e o curso Segurança na Água, ambos realizados em terra.

Além de coordenar essas atividades, Deborah também estará à frente da Roda de Conversa, proporcionando um espaço de escuta, troca e acolhimento. Ela contará com a colaboração da remadora Marta Leila dos Santos, também integrante da equipe Canoha.

O evento ocorre no SUP Clube

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

SÁBADO

8h15 – Credenciamento e entrega de documentos 9h – Abertura 10h – Roda de conversa: movimento de Remadoras Rosas, ser uma Remadora Rosa, programa Abrest in a Boat e Dúvidas/sugestões 12h – Almoço por adesão 13h30 – Retorno Clínica de Dragon Boat: noções básicas sobre a embarcação, posicionamento do corpo na embarcação, fundamento de remada, leme e comando de voz para navegação 17h30 – Encerramento.

DOMINGO

8h30 – Clínica: drummer, competição e segurança na água 10h – Cerimônia das flores (leitura de texto e lançamento de flores) 10h30 – Encerramento 12h – Almoço por adesão (R$40,00)

Lajeado, localizado na rua Pedro Ruschel Sobrinho, nº 1260, no bairro Carneiros.

Durante o evento, a equipe Tchê Rosa oferecerá passeios gratuitos de canoa para o público.

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Equipe Tchê Rosa, de Lajeado, é a an triã do primeiro encontro estadual
ARQUIVO A HORA

OColégio Estadual Presidente Castelo Branco (Castelinho) iniciou suas atividades em 26 de abril de 1965, com 70 alunos e oito professores. Na época, era chamado de Ginásio Estadual de Lajeado e funcionava nas dependências da Escola Estadual Fernandes Vieira, na rua João Abott. A criação oficial do Castelinho, no entanto, só aconteceu em agosto de 1965, pelo decreto de nº 17.435.

No ano de 1968, foi transformado em Ginásio Orientado para o Trabalho, com cursos profissionalizantes. Nesse período, já contava com 600 alunos e o espaço no Fernandes ficou pequeno. Assim, em 1969, a escola se mudou em definitivo para o prédio do antigo Colégio São José, ao lado da Igreja Matriz, e passou a receber 2,5 mil alunos.

Foi nesse ano também que o Castelinho passou a se chamar Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em homenagem ao primeiro presidente do Regime Militar, Humberto de Alencar Castelo Branco. Ele tinha morrido em 1967 em um acidente de avião. O apelido “Castelinho” surgiu depois, a partir do logotipo da escola, que representa um castelo.

No mesmo período em que o Castelinho passou a funcionar no prédio da rua Bento Gonçalves, no 3º piso, iniciou o curso de Letras da Associação Pró-Ensino Universitário no Alto Taquari (Apeuat). Essa instituição deu origem à Univates.

Entre os fundadores do Castelinho estavam: Ney Santos Arruda, Albano Wagner, Hedy Maria Rockenbach, Lília Suzana Müller Pinto, Sônia Kasper Faillace, Astrida Melânia Diesel, Leopoldo Pedro Feldens, Lúcia Fischer Klöckner e Maria Olemira Parisotto.

60 anos do Colégio Castelinho de Lajeado

O Castelinho está instalado ao lado da Igreja Matriz desde 1969

AABB Lajeado vencia campeonato

Pela primeira vez em sete anos, a Associação Atlética do Banco do Brasil de Lajeado conquistava o título do 8º Campeonato Abebeano de Futebol de Salão do Vale do Taquari (Cafsvat). Participavam entidades de Encantado, Estrela, Farroupilha, Rio Pardo, São Jerônimo, Taquari e Venâncio Aires.

Em 1975, o campeonato ocorreu em Taquari. Além do título de campeão, a AABB de Lajeado recebeu duas medalhas, de goleiro menos vazado, com Germano Gartner, e a de maior goleador, com Alvaro Sulzbach. Uma carreata tomou conta das ruas da cidade para comemorar.

A construção do prédio atual do Castelinho iniciou em 1959

O prédio da escola foi originalmente construído para o Colégio São José, dos Irmãos Maristas

Sábado é Domingo é

- Dia do Goleiro - Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão

- Dia Internacional de Lembrança do Desastre de Chernobyl

- Dia do Juiz Trabalhista

- Dia Mundial da Medicina Veterinária

Santo do dia: São Cleto

- Dia da Empregada Doméstica

- Dia Mundial do Design Gráfico

- Dia do Engraxate

- Dia do Código Morse

Santo do dia: São Simeão

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

A chave para seguirmos competitivos

Está posto: Manter Lajeado e o Vale do Taquari entre os principais centros econômicos do estado está associado a um modelo mais atrativo de logística e infraestrutura. Em síntese, ampliar a capacidade de fluxo e qualificar as condições estruturais das rodovias. As federais também, mas em especial as ERS-129, 130, 332 e a RSC-453.

O “Fórum da Competitividade” abordou o tema nesta sexta-feira, 25, em Lajeado. Muitos líderes de grandes organizações dedicaram, mais uma vez, precioso tempo para abordar estratégias capazes de incrementar a sempre mencionada pujança regional. Cobra-se

modais de transporte eficientes e com baixo custo. No momento, a grande incógnita está na concessão das rodovias estaduais. Sim, os pedágios.

Lajeado é considerada a segunda cidade mais competitiva do estado e a 25ª do país em um ranking com municípios acima dos 80 mil habitantes. E a receita está na força econômica sustentada pelas empresas e alicerçada pela característica mais marcante dos nossos líderes, o trabalho.

Justamente por isso...

O debate dos pedágios é tão

decisivo que permite uma cobrança enfática para quem desvirtua uma construção que passa por estudos técnicos, conhecimento prático dos desafios logísticos e compreensão real do que faz nosso Vale ser forte. No passado, confiamos que o Estado conseguisse realizas as necessárias obras sem cobranças de outros tributos e “deu no que deu”. Poucos investimentos! O movimento que circula entre deputados estaduais ou federais e ganhou até uma versão assinada por oito vereadores de Lajeado não condiz com toda a construção feita nos últimos meses.

O assunto dos pedágios é sério demais para misturá-lo com as eleições de 2026.

Rapidinho...

- Este repórter e mais pessoas sentem falta de assuntos mais estruturantes no debate da câmara de Lajeado. As pautas mais pontuais são importantes e merecem espaço, porém a representatividade exige que o Legislativo aborde

assuntos de grande impacto, como mobilidade, protagonismo regional, atração de empresas, infraestrutura e por aí vai.

- Assessoria de imprensa e marketing tem demandado atenção de

prefeitos do Vale. Muitos gestores aumentaram o fluxo de conteúdo em redes sociais como Facebook e Instagram. A iniciativa é importante no contexto de apresentar as ações do governo. Os últimos dias foram marcados por negociações de prefeitos com marqueteiros e jornalistas com especializações em mídias sociais.

- Eduardo Loureiro é o novo secretário estadual de Cultura. Ele é do PDT e deia a Assembleia Legislativa para atuar no governo de Eduardo Leite. Desta forma, Thiago Cadó, de São Borja, se torna deputado estadual e o ex-prefeito de Arvorezinha, José Scorsatto, passa para primeira suplência e deve ingressar em alguns momentos no parlamento gaúcho.

WINK

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa

Excelência notada

Um dia destes, me perguntaram: quem vence no mercado e nos negócios — o melhor ou o mais conhecido? Essa é uma pergunta intrigante e recorrente, especialmente para empreendedores e profissionais que buscam se destacar em um ambiente competitivo. Inspirada pela reflexão proposta por Bianca Ladeia em seu livro Marca Pessoal de Impacto, vamos explorar essa questão que ela tão bem levanta.

O “melhor” é aquele que oferece qualidade superior, seja em produtos, serviços ou habilidades. Ele conquista seus clientes por meio de experiências marcantes, resultados consistentes e ética profissional. No entanto, há um problema: se ninguém souber que ele existe, sua competência pode passar despercebida. Muitas vezes, o mercado é injusto com aqueles que são tecnicamente superiores, mas carecem de estratégias de visibilidade e marketing. Isso significa que ser o melhor não garante sucesso automaticamente. Quem não é visto, não é lembrado. Por outro lado, o “mais conhecido” se destaca por sua presença. Ele é notado, visto e considerado, mesmo que sua oferta não se destaque pela excelência. A visibilidade cria confiança e atrai clientes, porque as pessoas tendem a preferir o familiar ao desconhecido. Marcas, empresas e profissionais que investem em construção de marca pessoal ou empresarial conseguem ocupar a mente do consumidor. Entretanto, essa vantagem inicial pode ser efêmera se o “mais conhecido” não entregar o valor que promete. Produto e serviço ruins têm vida curta. Quantos exemplos existem por aí que confirmam isso? O excesso de fama sem substância pode resultar em críticas, insatisfação e, eventualmente, perda de mercado.

Quem ganha de fato? No curto prazo, o mais conhecido leva vantagem. A atenção é o recurso mais valioso no mundo de hoje”

Portanto, quem ganha de fato? No curto prazo, o mais conhecido leva vantagem. A atenção é o recurso mais valioso no mundo de hoje, e quem sabe atraí-la geralmente tem mais oportunidades. Com tanta ferramenta digital disponível, fica mais fácil e rápido tornar-se conhecido. Mas, no longo prazo, o melhor tende a prevalecer, desde que consiga tornar sua qualidade visível e reconhecida. A sustentabilidade nos negócios exige uma combinação entre entrega de valor e estratégias para manter a relevância.

A solução ideal é unir o melhor dos dois mundos: ser o “melhor” e também o “mais conhecido”. Isso implica não apenas desenvolver competências ou produtos excepcionais, mas também investir em marketing, branding, redes de relacionamento e um bom cardápio de comunicação. Construir uma reputação de qualidade visível requer consistência, eficácia, entrega autêntica, investimento e tempo. Portanto, seja você um profissional ou empreendedor, lembre-se de que não basta ser excelente naquilo que faz. Torne-se visível, tenha um posicionamento relevante e seja memorável. O mercado é competitivo, mas, com a estratégia certa, é possível se destacar como uma referência que é, ao mesmo tempo, admirada, amplamente reconhecida e gera oportunidades .

“O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9
HENRIQUE PEDERSINI

Fim de semana, 26 e 27 abril 2025

Fechamento da edição: 18h MÍN: 15º | MÁX: 30º O sábado fica parcialmente nublado e durante a tarde há chance de ocorrer alguma pancada de chuva e temporais isolados pelo Vale.

Novo olhar ao cuidado

Massagem, reiki, auriculoterapia, entre outras práticas das terapias integrativas, mostram que saúde é também pausa, escuta e reconexão

Páginas 4 e 5

Integrar para evoluir na saúde

Vivemos um tempo em que a medicina se reinventa diariamente e, nesse cenário, as terapias integrativas ganham espaço como aliadas na promoção da saúde e do bemestar. Muito além de uma tendência, essas práticas, que incluem acupuntura, meditação, aromaterapia, reiki, entre outras, vêm sendo cada vez mais reconhecidas pela ciência e incorporadas aos sistemas públicos e privados de saúde.

A evolução tecnológica impulsiona esse movimento. Hoje, é possível encontrar desde aplicativos que auxiliam na meditação guiada até dispositivos que monitoram em tempo real os efeitos da acupuntura ou da musicoterapia no organismo.

A integração entre saberes tradicionais e ferramentas digitais amplia o alcance e a eficácia dessas terapias, promovendo cuidado mais humanizado e centrado no paciente.

Estudos também reforçam a relevância dessas práticas. Reduzem o estresse, fortalecem o sistema imunológico e contribuem para o equilíbrio emocional — fatores essenciais na prevenção e no tratamento de doenças crônicas. As terapias integrativas representam uma mudança de paradigma: tratam o indivíduo como um todo, e não apenas a doença. O desafio atual é ampliar o acesso, qualificar profissionais e desmistificar as práticas. O futuro da saúde não tem apenas um caminho. Mas a prevenção é sempre o principal.

Boa leitura!

Confira a agenda esportiva e cultural das próximas semanas

Para celebrar a vida feminina

Nos dias 26 e 27 de abril, Lajeado sediará o 1º Encontro de Equipes de Remadoras Sobreviventes de Câncer de Mama do Rio Grande do Sul. Promovido pela equipe Tchê Rosa, o evento ocorre no Clube SUP, de Lajeado, e reunirá três equipes gaúchas para promover conhecimento, troca de experiências e celebrar a vida. A programação conta com rodas de conversa e uma clínica de Dragon Boat, conduzidas por Déborah Vons, que representa o Movimento Remadoras Rosa do Brasil.

Pratas da Casa 2025

Para dar continuidade à temporada de shows do Pratas da Casa 2025, o palco do auditório do Tecnovates recebe a banda Banda Morrison Hotel, com tributo a The Doors. O evento ocorre no dia 13 de maio, às 19h, com entrada gratuita. O Pratas da Casa é um projeto do Grupo A Hora, que busca valorizar os artistas regionais.

Festival do Chucrute

Uma das festas mais tradicionais de Estrela, o Festival do Chucrute está de volta após um ano de pausa em razão das enchentes. A programação oficial da 57ª edição foi divulgada pela comissão organizadora, trazendo eventos típicos que

2ª etapa Circuito dos Vales

Depois de uma edição recorde na primeira etapa do Circuito dos Vales/Omega Construtora de 2025, atletas se preparam para a segunda etapa da competição, o maior circuito de corrida de rua do interior do estado. A próxima edição ocorre no dia 4 de maio, em Venâncio Aires.

valorizam a cultura germânica. A celebração começa no dia 3 de maio com o Desfile Típico dos Grupos Folclóricos de Danças Alemãs. Os tradicionais bailes típicos ocorrerão nos dias 17 e 24 de maio, no Centro Comunitário Cristo Rei.

EXPEDIENTE

Textos: Bibiana Faleiro Diagramação: Lautenir Azevedo Junior Coordenação e edição: Felipe Neitzke

Nas entrelinhas

DNA do

Especialista explica os benefícios do sequenciamento genético para entender a presença de genes positivos ou não, além da adoção de hábitos para a prevenção

É como se cada pessoa tivesse um ponto fraco genético, e a epigenética nos permite trabalhar exatamente ali.”

Lívia Gravina médica oncologista

Para além da herança genética recebida ao nascer, entender o DNA tem o poder de melhorar a ciência, os tratamentos médicos e de entender o próprio corpo. Nesse campo, se destaca a epigenética, uma área da biologia molecular que estuda como fatores externos, como alimentação, estresse e ambiente, podem ativar ou não determinados genes, sem alterar a sequência do DNA. Para a médica oncologista Lívia Gravina, que atua também com mapeamento genético, esse campo representa uma revolução silenciosa na medicina preventiva e de precisão. “A epigenética conecta a biologia molecular à prática clínica, tanto na oncologia quanto na prevenção de doenças. Estamos aprendendo a ler e interpretar os sinais do nosso DNA com cada vez mais precisão”, avalia a especialista.

O mapeamento genético, conforme explica Lívia, é popularmente conhecido assim, mas no universo científico ele se refere ao sequenciamento genético. Trata-se de técnicas modernas

O sequenciamento genético trata-se de técnicas modernas que leem grandes porções do DNA

que leem grandes porções do DNA. “Nos anos 90, isso era impossível de fazer com a rapidez que temos hoje. O Projeto Genoma foi o primeiro passo para decifrarmos a ordem dos nossos genes. Hoje, conseguimos sequenciar centenas de genes com precisão, o que abre um leque enorme para prevenção e tratamento”, explica.

Benefícios

A oncologista aponta que, ao mapear o DNA de um paciente, é possível identificar alterações hereditárias, como genes associados ao câncer de mama, por exemplo, mas também polimorfismos genéticos, pequenas variações que podem aumentar a predisposição a doenças como diabetes, obesidade e Alzheimer.

“Esses polimorfismos são alterações pequenas, mas frequentes na população. Quando olhamos para elas em conjunto, conseguimos

identificar riscos aumentados. É como montar um quebracabeça”, explica. Uma das descobertas mais promissoras da genética moderna é que o estilo de vida pode modular esses genes, tornando-os mais ou menos ativos.

“É como se cada pessoa tivesse um ponto fraco genético, e a epigenética nos permite trabalhar exatamente ali. Com bons hábitos de vida, suplementações e mudanças na rotina, conseguimos ‘silenciar’ genes prejudiciais ou ‘ativar’ os protetores”, afirma Lívia.

Essa abordagem é especialmente poderosa na nutrigenética, que analisa como os genes influenciam a forma como o corpo processa nutrientes, vitaminas e minerais. A profissional ainda destaca a importância desse estudo para a prevenção.

“Quando mostramos para o paciente que ele tem um risco maior para Alzheimer, por exemplo, ele entende que precisa cuidar mais do sono, fazer exercícios, evitar metais pesados, manter estímulos cognitivos. Não é sobre alarmar, é sobre dar ferramentas”, destaca Lívia.

Segundo ela, a genética também transformou a oncologia. Com o sequenciamento genético de tumores, médicos podem personalizar tratamentos de forma mais eficaz e com menos efeitos colaterais.

Tipos de mapeamentos genéticos: entenda as diferenças

HEREDITARIEDADE

Foco: câncer e histórico familiar

- Investiga mutações hereditárias com alto impacto, apesar de raras.

- Avalia o risco de síndromes genéticas associadas ao câncer.

- Indica estratégias de prevenção, rastreamento e intervenção precoce.

Quando fazer: histórico familiar com múltiplos casos de câncer ou síndromes hereditárias.

NUTRIGENÉTICO

Foco: estilo de vida e predisposição a doenças crônicas

- Avalia polimorfismos genéticos comuns que influenciam hábitos, metabolismo e bem-estar.

- Indica predisposição à intolerância à lactose, doenças intestinais, obesidade, diabetes, metabolismo de vitaminas e minerais, alterações de humor e hormonais.

- Foco total na prevenção e personalização da rotina alimentar e de cuidados.

Quando fazer: para quem busca mudanças de estilo de vida baseadas na genética.

FARMACOGENÉTICO

Foco: resposta a medicamentos

- Analisa como o corpo processa medicamentos, com destaque para antidepressivos, analgésicos e drogas oncológicas.

- Pode evitar falhas terapêuticas e efeitos colaterais indesejados.

- Permite a escolha personalizada de fármacos, especialmente útil em psiquiatria e oncologia.

Quando fazer: em casos de múltiplas tentativas sem sucesso com medicamentos ou antes de iniciar tratamentos complexos.

ENVATO/DIVULGAÇÃO

Quando o corpo fala, é hora de escutar

Terapias integrativas ganham cada vez mais espaço como aliadas da medicina tradicional e ajudam a tratar o que os remédios, por vezes, não alcançam, como equilíbrio físico e emocional

Unir técnicas naturais e humanizadas aos tratamentos medicinais é o objetivo das chamadas terapias integrativas. Ainda pouco conhecidas, elas incluem o toque, a energia e a saúde mental. Hoje, ganham mais espaço e buscam ser desmistificadas.

Um dos desafios da inclusão dessas terapias no dia a dia é o tempo em meio à rotina corrida, para um momento de pausa, de silêncio e autocuidado. É nesse contexto que a massoterapeuta Juliana Thomas trabalha. Com uma abordagem que vai além do alívio físico, a profissional defende a massagem como um recurso ao cuidado integral e complementar à medicina

tradicional.

Juliana observa que a maioria das queixas dos clientes está relacionada à dor física, que, muitas vezes, tem raízes emocionais e mentais. “O cansaço mental, o estresse, a sobrecarga, tudo isso se manifesta no corpo.”

As técnicas utilizadas por ela são escolhidas conforme a necessidade individual de cada pessoa. Pode ser uma massagem terapêutica, voltada para aliviar dores específicas. Ou uma drenagem linfática, que ajuda a reduzir edemas e melhorar a circulação.

“É muito comum pacientes que relatam dormir melhor, ter mais disposição, menos dor”, relata. Além disso, em casos de pós-operatório, ela

A massagem também permite o cuidado e é essencial à prevenção

Às vezes, a dor no corpo não é só física. A mente está sobrecarregada, e o corpo responde.”

Adriele Maders, terapeuta integrativa

explica que a massagem pode acelerar a cicatrização ao favorecer a oxigenação dos tecidos, além da eliminação de toxinas.

Nas energias

As terapias integrativas são muitas e podem auxiliar em diferentes momentos da vida de uma pessoa. No consultório da terapeuta Adriele Maders, da Meraki saúde integrativa, de Lajeado, entre o aroma dos óleos essenciais e o convite para um chá antes da sessão, muitos pacientes encontram um momento de pausa. “Hoje o que mais chega até mim é a ansiedade, o excesso de trabalho, a dificuldade de parar no meio da rotina”, afirma. Segundo a profissional, sua principal ferramenta é o reiki, técnica de canalização energética. O objetivo é alinhar os chakras, desbloquear energias estagnadas e proporcionar relaxamento profundo. Dores nas costas, nos ombros, problemas de pele ou na bexiga. Para Adriele, muitos desses sintomas são manifestações psicossomáticas. “A pele está ligada ao pulmão, que por sua vez se relaciona com a tristeza. O rim e a bexiga com o medo. Tudo isso a

As terapias integrativas não substituem a medicina tradicional, mas complementam.”

Graziela dos Santos, terapeuta integrativa

gente investiga junto com o paciente.”

Com esse olhar integrativo, a terapeuta busca a raiz emocional de cada problema.

“Às vezes, a dor no corpo não é só física. A mente está sobrecarregada, e o corpo responde.”

Barras de Access

Outra técnica bastante procurada no espaço são as Barras de Access, que atuam diretamente em pontos energéticos da cabeça. A proposta é dissolver crenças limitantes e desbloquear a consciência.

Apesar de também ser energética, a sessão de barras é diferente do reiki: “é mais ativa, às vezes tem conversa, e pode mexer com crenças profundas. A pessoa pode sair bem mexida, mas também muito mais leve.”

“A cura vem de dentro”

Por trás de uma dor no corpo, muitas vezes há um silêncio emocional antigo. É o que afirma a terapeuta Graci Mayer, que também atua na Meraki saúde integrativa. O trabalho dela se baseia na mentoria sistêmica,

O reiki é uma das terapias integrativas mais conhecidas, que tem função de alinhamento energético

abordagem que une elementos das constelações familiares, espiritualidade e até florais para reorganizar o que está em desordem, seja no corpo, na mente ou nas relações. “Hoje, vejo que as pessoas buscam entender mais profundamente por que os sintomas aparecem. Muitas vezes, há padrões familiares por trás, traumas da infância ou situações mal resolvidas no trabalho e nos relacionamentos”, explica. Graci relata que muitos dos sintomas que chegam até ela são resultados de uma somatização, quando o corpo acumula o que a mente não processa. A escuta terapêutica, nesses casos, é essencial para identificar a origem de cada questão. “Quando a pessoa reconhece que está carregando uma dor que nem é dela, muitas vezes herdada da mãe ou da avó, essa consciência, por si só, já pode aliviar o sintoma.”

Um dos recursos utilizados por Graci é a auriculoterapia, técnica baseada na ideia de que o corpo inteiro está refletido na orelha, como um

É muito comum pacientes que relatam dormir melhor, ter mais disposição, menos dor.”

Juliana Thomas, massoterapeuta

Muitas vezes, há padrões familiares por trás, situações mal resolvidas no trabalho e nos relacionamentos.”

Graci Mayer, terapueta integrativa

mapa. Ao observar pontos de coloração alterada, avermelhados, esbranquiçados, ela identifica desequilíbrios e aplica cristais ou agulhas em pontos específicos.

“Cada vez que aplico um estímulo na orelha, o cérebro recebe essa informação e começa a ajustar aquilo que está em desordem. Pode ser

falta de energia, ansiedade ou até efeitos colaterais de um tratamento”, afirma.

Já a constelação familiar, segundo ela, ainda é muito procurada por quem deseja respostas imediatas para questões específicas. Porém, alerta que o verdadeiro movimento de transformação ocorre quando o paciente

Saiba mais

• O que são terapias integrativas?

- Abordagens terapêuticas que complementam os tratamentos da medicina convencional.

- Visam o equilíbrio do corpo, mente, emoções e espírito.

- São reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, no Brasil, pelo SUS.

• Para que servem?

- Alívio de sintomas físicos e emocionais.

- Melhoria da qualidade de vida durante tratamentos como quimioterapia.

- Prevenção de doenças, por atuar em desequilíbrios antes que se manifestem no corpo.

- Redução de estresse, ansiedade, insônia e dores crônicas.

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muda a postura interna.

Graci destaca que vivemos em uma cultura que valoriza excessivamente a produtividade, e que parar para cuidar de si ainda é visto como luxo. “As pessoas trabalham tanto que se sentem culpadas por parar. Mas é justamente quando se permitem esse cuidado que elas começam a perceber mudanças profundas.”

Dor como sinal

Graziela dos Santos também atua com terapias integrativas dentro da clínica Avalon, de Lajeado. Ela percebe que esse olhar integral tem ganhado força, inclusive, entre pacientes oncológicos.

“As terapias integrativas

não substituem a medicina tradicional, mas complementam. Em casos de câncer, por exemplo, elas ajudam o paciente a atravessar a quimioterapia com mais energia, alívio emocional e fortalecimento mental.”

Na clínica, uma das inovações é a chamada “câmara de energização”, que combina cinco terapias reconhecidas pelo SUS: cromoterapia, geoterapia, bioenergia, musicoterapia e ametistação. Automatizadas por meio de frequências vibracionais, elas atuam no campo energético do paciente.

• Princípios centrais

- O corpo manifesta desequilíbrios não resolvidos no emocional, mental e espiritual.

- A dor é vista como um sinal do corpo de que algo precisa ser olhado.

- A cura começa no autoconhecimento e reconexão com si mesmo.

• No SUS

- As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), ou terapias integrativas, são reconhecidas e oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

- Elas abrangem diversas abordagens terapêuticas para promoção, prevenção e recuperação da saúde.

- O SUS oferece atualmente 29 práticas, incluindo acupuntura, homeopatia, fitoterapia, arteterapia, entre outras, buscando uma abordagem mais abrangente e individualizada.

Outra técnica é a constelação familiar

O diferencial, segundo a terapeuta, está na forma como a energia atua. “Ela é inteligente. Vai direto onde mais precisa, na raiz do problema, antes mesmo que ele se manifeste no físico.”

Graziela explica que, mesmo pessoas sem sintomas podem se beneficiar, como forma de prevenção.

Ela destaca, ainda, que o cenário das terapias integrativas vem se profissionalizando. “Antes, era tudo muito informal, até um tabu. Hoje, temos profissionais formados, com protocolos, normas e responsabilidade técnica”, destaca.

YOGA PARA CRIANÇAS

Equilíbrio entre o corpo, a mente e o brincar

A prática milenar, adaptada ao universo infantil, contribui para o desenvolvimento físico, emocional e social desde os primeiros meses de vida

Respiração profunda, movimentos que imitam animais e uma boa dose de brincadeira. Essa é a receita que a instrutora Letícia Mury Girardi aplica há mais de 15 anos para ensinar yoga a crianças, incluindo bebês até adolescentes. Com formação em pedagogia, psicopedagogia e yoga infantil, Letícia encontrou na união dessas áreas uma forma lúdica e eficaz de promover bem-estar e autoconhecimento desde a

Quanto antes, melhor

infância.

“A criança precisa da brincadeira, do lúdico. A aula tem que levá-la à alegria extrema, ao movimento intenso, e só depois ao relaxamento”, explica. Ao contrário da prática para adultos, que costuma seguir um ritmo mais constante, a aula infantil ocorre de forma mais leve, divertida e envolvente.

Letícia começou a atuar como professora de yoga em 2009, mas seu envolvimento com o universo infantil vem de muito antes: “Desde a adolescência eu sentia essa conexão com as crianças”, conta.

Depois de atuar como educadora em escolas e creches, percebeu que queria algo mais. Foi então que uniu a experiência com crianças à paixão pelo yoga e, em 2008, defendeu um trabalho de conclusão de curso sobre o uso do yoga como recurso

psicopedagógico. “Nunca tinha ouvido falar disso, mas foi muito bem aceito. A

A instrutora conduz prática de yoga com crianças, de forma lúdica e com movimento que ajudam no desenvolvimento integral dos pequenos

partir daí, decidi me dedicar totalmente ao yoga para crianças”, reforça.

Para Letícia, quanto mais cedo a criança tem contato com o yoga, melhor. Ela oferece aulas desde a gestação, acompanhando mães e bebês desde os primeiros momentos de vida. “O bebê percebe o tom de voz, a respiração da mãe, os batimentos cardíacos. Tudo isso já influencia o estado mental da criança ainda no ventre”, explica. Com 40 dias, se estiverem bem, mães e bebês já podem retornar à prática juntos, estabelecendo uma conexão ainda mais profunda e saudável. Conforme o crescimento, a criança ganha autonomia na prática. Ao começar a engatinhar e caminhar, ela passa a explorar os movimentos com o próprio corpo, inspirada por posturas com nomes lúdicos, como “jacaré”, “lobo” e “cobra”. Mais do que alongamento e flexibilidade, o yoga na infância promove benefícios em diversas áreas do desenvolvimento. Entre eles, estão a melhora da coordenação motora, do equilíbrio e da postura, a redução da ansiedade e o aumento da concentração. “Tem crianças que não falam bem e melhoram com a prática por causa da respiração e do uso de sons. Outras, que ainda não caminham direito, adquirem equilíbrio mais rápido”, afirma a instrutora. Além disso, o yoga estimula o autoconhecimento e a inteligência emocional, ajudando as crianças a lidarem melhor com emoções difíceis. Ainda, promove habilidades sociais importantes, como empatia e trabalho em equipe. Tudo de forma leve, respeitosa e divertida.

Para Letícia, ensinar yoga para crianças exige mais do que técnica. “É preciso ter essa vontade de olhar para a criança com um olhar diferenciado. Tem que ser quase um palhaço, no melhor sentido da palavra, para entrar no mundo delas”.

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Michele Fleck, nutricionista especialista em obesidade e cirurgia bariátrica

Cirurgia bariátrica e o acompanhamento nutricional

Acirurgia bariátrica desempenha um papel fundamental no tratamento da obesidade, especialmente em casos mais severos ou quando outros métodos, como dieta, exercícios e uso de fármacos, não tiveram sucesso.

Segundo a nutricionista Michele Fleck, o procedimento ajuda na redução do peso de forma significativa, promovendo melhorias na

saúde geral, na qualidade de vida e na prevenção de doenças relacionadas à obesidade. No entanto, exige um cuidado contínuo e especializado para garantir o sucesso a longo prazo.

“O acompanhamento nutricional desempenha um papel fundamental em todas as etapas do processo e não apenas após a cirurgia. Segundo Michele, pessoas submetidas ao

procedimento devem estar atentas às suplementações de micronutrientes (vitaminas e minerais) em função de todas as mudanças na forma como o corpo absorve os nutrientes, o que pode levar a deficiências se não houver uma atenção especial.

“Buscar uma suplementação personalizada e individualizada conforme as suas necessidades vão garantir saúde e bem-estar para desfrutar da vida com qualidade”.

A nutricionista ainda afirma que, em função da redução do volume gástrico, a ingestão das proteínas se torna uma tarefa difícil, mas essencial para prevenir e minimizar a perda de massa muscular, promover a cicatrização, fortalecer o sistema imunológico e contribuir na sensação de saciedade.

Por isso, se faz necessário complementar a dieta com suplementos de proteína, que vão auxiliar na meta diária.

Mousse de chocolate proteico

- 1 Iogurte natural integral (200 ml);

- 2 colheres de sopa de leite em pó desnatado (20 gramas);

- 90 gramas de chocolate 70/80% cacau (1 barra);

- 30 gramas de Whey protein sabor chocolate ou neutro.

Modo de preparo:

- Derreta o chocolate em banho maria ou no microondas a cada 30 segundos, mexendo e, se necessário, mais 30 segundos;

- Misture o iogurte e o leite em pó e o whey até ficar uma mistura homogênea;

- Adicione o chocolate derretido;

- Leve para geladeira até ficar em uma consistência firme

Rendimento: 3 porções, cada porção 290 calorias, 15 g de proteína, 22 g de carboidrato e 15 g de gordura. Sugestão de consumo: sobremesa ou lanche da tarde.

APRESENTA

Arquitetura para acolher e inspirar

Camila Laste e

Laura Costa Fraporti

Laura Costa Arquitetura

(55) 9 9703-1536

contato@lauracostaarquitetura.com.br

@lauracostaarquitetura

Projetada para um jovem casal com um filho pequeno, a “Casa M” é a tradução da busca por liberdade e funcionalidade em um lar contemporâneo. É assim que as arquitetas Laura Costa Fraporti e Camila Laste, da Laura Costa Arquitetura, descrevem a residência construída em

Lajeado.

Segundo as profissionais, a integração total do pavimento social é o grande destaque do trabalho, promovendo uma relação fluida entre sala de estar, cozinha, espaço gourmet e varanda.

“Essa união de ambientes foi idealizada para concentrar as atividades da família, permitindo que os moradores

aproveitem ao máximo os momentos juntos, enquanto mantêm o controle das interações e eventos que ocorrem na casa”, destaca Laura.

As arquitetas ainda afirmam que o conceito de integração do projeto é exaltado por um design limpo e materiais cuidadosamente selecionados, que reforçam a sensação de continuidade entre os espaços.

A relação entre interior e exterior também é natural,

transformando a varanda em uma extensão do living e criando um ambiente perfeito para receber ou simplesmente contemplar o dia a dia em família.

Com sofisticação e atenção às necessidades da infância, a “Casa M”, conforme explicam as arquitetas, é um espaço onde a liberdade e o conforto se encontram, refletindo uma arquitetura pensada para acolher e inspirar.

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