543 - Edição do Jornal Agora News

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A N O XI - # 543

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W W W. J O R N A L A G O R A N E W S . C O M . B R

SÁBADO, 18 DE JULHO DE 2020

Pesquisa aponta índices de vulnerabilidade das cidades REGIÃO

Três fuzis de uso militar são apreendidos pela PRF PÁG. 05

Policiais rodoviários encontraram dois fuzis tipo AR-15, de calibre 556, fabricados pela Colt (empresa americana), e o terceiro AK-47 (fabricante russa), todos estavam sem munições e portavam os carregadores.

Arujá é a cidade menos vulnerável do Alto Tietê em relação aos impactos da Covid-19, o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), do Instituto Votorantim, mostra o quanto as cidades são suscetíveis à pandemia. Em seguida vem Guararema e Santa Isabel. A cidade de Biritiba Mirim é a mais vulnerável ao coronavírus entre as cidades de toda região metropolitana, enquanto que São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, é a menos vulnerável, segundo estudo.

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Volta às aulas exigirá cuidados com professores EDITORIAL A discussão sobre a volta às aulas vem mobilizando a todos sobre o impacto que esta decisão poderá trazer em meio a uma pandemia que não dá trégua. Além das questões relativas aos protocolos de higienização e distanciamento será preciso maior atenção aos aspectos emocionais, tanto de alunos quanto de professores. Para um ambiente já conturbado que vivíamos antes da pandemia, a nova realidade nas escolas será um grande desafio e vão desde aspectos estruturais e organizacionais da escola, que deverá atender aos protocolos e aos aspectos que envolvem não só o acolhimento dos alunos como também o das famílias. Todos estaremos, em alguma medida, sensíveis a tudo que vem acontecendo e, de certa forma, inseguros, ansiosos e um tanto esperançosos com o que está por vir. E, embora o professor seja parte desse coletivo, no momento em que a escola abre, é ele o catalisador de todos esses vetores, portanto o desafio será grande e seu papel ainda mais fundamental. Para a psicóloga Carla Jarlicht, no retorno ao ensino presencial e esse novo encontro, apesar de muito esperado por todos, demandará do professor novas estratégias para a reinvenção tanto das relações afetivas quanto do trabalho pedagógico em si. Essa nova realidade, repito, será um grande desafio, sobretudo para os educadores que são o porto seguro dos alunos, suas famílias e coordenação.

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Portanto, o acolhimento deve também se estender a eles. Gestores e coordenadores precisam estar abertos para ouvir esses profissionais nas suas demandas e trabalhar em parceria. Por mais que os professores se dediquem, se empenhem, criem as mais criativas estratégias para colocar em prática tais protocolos seria mais saudável e realista termos clareza de que não há como garantir o rigor, porque escola não é apenas a sala de aula, não é relação um para um, inúmeras podem ser as intercorrências quando há pessoas envolvidas e a situação em que vivemos, atualmente, ainda é frágil e ponto. Lidar com esse fato é fundamental para evitarmos expectativas irreais. Seria extremamente injusto colocarmos todo o peso dessa responsabilidade no colo do professor. Discutir, ponderar, acalmar as angústias, alinhar as expectativas e planejar soluções possíveis. Mais do que nunca, num contexto como a de uma pandemia, precisamos pensar coletivamente, compartilhando a responsabilidade entre todos os envolvidos. Esta situação não cabe apenas as escolas públicas, mesmo sabendo do abismo que existe em comparação a rede particular, abismo esse que, com a pandemia, foi escancarado e aprofundado. Os professores de ambas as redes foram pegos de surpresa e alguns tiveram apoio de suas escolas, colegas e secretarias de Educação, uma

boa parte, nada disso. Hoje ainda estamos em meio a uma pandemia e existe uma pressão para que se volte ao estado de normalidade. Não podemos generalizar porque há diferenças entre as redes e dentro das mesmas, mas se os professores não estavam preparados antes, quando precisaram migrar do ensino presencial para o ensino remoto, também podem não estar sendo preparados agora, diante da possibilidade de retorno. Especialistas já começam a se posicionar sobre este retorno, que para muitos, seria um equívoco, porque geraria ainda mais ansiedade e insegurança em um momento de fragilidade através de um formato cheio de dúvidas. A experiência da escola é insubstituível. É lá que as crianças convivem, socializam e aprendem umas com as outras, com os professores e educadores. Portanto, pensar um cenário de aprendizagem onde parte da turma esteja em sala e outra parte online é pensar numa exceção, onde haverá perdas de diferentes formas para todos. Caberá a cada escola decidir como proceder de acordo com o que estiver determinado por Lei, que defende o direito à educação plena da criança e do adolescente. Sendo assim, o mais interessante e produtivo seria investir em soluções que possam atender ao coletivo, a um retorno às escolas a seu tempo, de forma saudável, segura e cheia de afeto.

Estado de São Paulo intensifica vacinação contra sarampo SAÚDE A Secretaria de Estado da Saúde iniciou uma intensificação da vacinação contra o sarampo, visando atualizar a carteira de crianças e jovens que ainda não estão imunizados. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba. Até o dia 31 de agosto, doses estarão disponíveis em todos os postos de vacinação do Estado de São Paulo, e serão aplicadas em pessoas com idade entre 1 a 29 anos que ainda não tomaram as duas doses prevista no calendário nacional de imunização. Os bebês com seis meses ou mais também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário, mas é recomendada devido à circulação do vírus no território. Pessoas de 30 a 49 anos também podem se vacinar, caso haja necessidade. Por isso, é importante apresentar a carteira para um que um profissional de saúde avalie se é o caso de aplicar a dose. “Seguindo todas as recomendações de prevenção à COVID-19, é de extrema importância o comparecimento nos postos para atualização da carteira vacinal. A vacina é a maior prevenção contra diversas doenças, inclusive o sarampo”, afirma a diretora de imunização, Nubia Araujo. É fundamental que as pessoas lembrem-se de evitar aglomerações e respeitar a organização dos serviços. O calendário nacional

de vacinação prevê a aplicação da tríplice aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da imunização com a tetraviral, que protege também contra varicela. Além disso, há a “dose zero” para os bebês com seis meses ou mais. As salas de vacinação estão orientadas a fazer triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a dose feita sem esse componente. O Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idade entre um ano a 29 anos, devem ter duas doses da vacina contra o sarampo no calendário. Acima desta faixa, até 60 anos, é preciso ter uma dose. Não há indicação para pessoas com mais de 61 anos, pois esse público potencialmente teve contato com o vírus no passado, possuindo imunidade por toda a vida. Portanto, não há recomendação para este público na diretriz do Ministério da Saúde. A vacina é contraindicada para bebês com menos de 6 meses, bem como

para pessoas imunodeprimidas e gestantes. As pessoas que tiverem dúvidas quanto à imunização adequada devem procurar um posto, com a carteira vacinal em mãos, para que um profissional de saúde verifique a necessidade de atualização. BALANÇOS: O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual realiza monitoramento contínuo da circulação de doenças. Em 2020, até 13 de julho, 83 cidades registraram casos de sarampo, totalizando 711 casos confirmados e um óbito, de uma criança na cidade de São Paulo. Em 2019, foram 17.676 casos e 14 mortes. A imunização contra o sarampo faz parte da rotina dos postos. De janeiro até o momento, foram aplicadas 1 milhão de doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). A cobertura foi superior a 90% na última campanha. A disponibilização de doses contra doenças, incluindo o sarampo, que circulam no território, é fundamental para garantir a imunização.


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Analfabetismo cai, mas Brasil ainda tem 11 milhões sem ler e escrever PESQUISA NACIONAL

A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação, divulgada na última quarta-feira (15). Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples. “É uma taxa que vem baixando ao longo do tempo”, diz a analista da pesquisa Adriana Beringuy. Em 2016, era 7,2%. “O analfabetismo está mais concentrado entre as pessoas mais velhas, uma vez que os jovens são mais escolarizados e, portanto, vão registrar indicador menor”, acrescenta. Apesar de ter registrado queda, os dados mostram que 18% daqueles com 60 anos ou mais são analfabetos. Em 2018, eram 18,6% e, em 2016, 20,4%. Reduzir a taxa de analfabetismo no Brasil está entre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil, até a pós-graduação. Pela lei, em 2015, o Brasil deveria ter atingido a marca de

6,5% de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais. Em 2024, essa taxa deverá chegar a zero. “A gente percebe que chegou em 2019 com a taxa nacional próxima à meta de 2015, é como se estivéssemos quatro anos atrasados nesse atendimento”, diz Adriana. DESIGUALDADES: Além das diferenças entre as idades, o levantamento mostra que existem desigualdades raciais e regionais na alfabetização no Brasil. Em relação aos brancos, a taxa de analfabetismo é 3,6% entre aqueles com 15 anos ou mais. No que se refere à população preta e parda, segundo os critérios do IBGE, essa taxa é 8,9%.

A diferença aumenta entre aqueles com 60 anos ou mais. Enquanto 9,5% dos brancos não sabem ler ou escrever, entre os pretos e pardos, esse percentual é cerca de três vezes maior: 27,1%. As regiões Sul e Sudeste têm as menores taxa de analfabetismo, 3,3% entre os que têm 15 anos ou mais. Na Região Centro-Oeste a taxa é 4,9% e na Região Norte, 7,6%. O Nordeste tem o maior percentual de analfabetos, 13,9%. Entre os que têm 60 anos ou mais, as taxas são 9,5% na Região Sul; 9,7% no Sudeste; 16,6% no Centro-Oeste; 25,5% no Norte; e 37,2% no Nordeste. A Região Nordeste foi a única a apresentar

leve aumento da taxa de analfabetismo entre 2018 e 2019. Entre os mais jovens, a taxa praticamente se manteve, variando 0,03 ponto percentual. Entre os mais velhos, a variação foi de 0,33 ponto percentual. Segundo o IBGE, a maior parte do total de analfabetos com 15 anos ou mais, 56,2% - o que corresponde a 6,2 milhões de pessoas - vive na Região Nordeste e 21,7%, o equivalente a 2,4 milhões de pessoas, no Sudeste. ANOS DE ESTUDO: A Pnad Contínua Educação mostra que, em média, o brasileiro estuda 9,4 anos. O dado é coletado entre as pessoas com 25 anos ou mais. Esse número aumentou em relação a 2018, quando, em

média, o tempo de estudo no Brasil era de 9,3 anos. Em 2016, de 8,9. Com relação à cor ou raça, segundo o IBGE, “a diferença foi considerável”, mostra o estudo. As pessoas brancas estudam, em média, 10,4 anos, enquanto as pessoas pretas e pardas estudam, em média, 8,6 anos, ou seja, uma diferença de quase dois anos entre esses grupos, que se mantém desde 2016. As regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste têm médias de anos de estudo acima da nacional, com 10,1; 9,7; e 9,8 anos respectivamente. As regiões Nordeste e Norte ficaram abaixo da média do país, com 8,1 anos e 8,9 anos, respectivamente. A proporção daqueles

com 25 anos ou mais que concluíram o ensino médio passou de 47,4% em 2018 para 48,8% em 2019. Entre os brancos, esse índice é maior, 57%. Entre os pretos e pardos, 41,8%. De 2016 para 2019, essa diferença, de acordo com o IBGE, caiu um pouco, “porém se manteve em patamar elevado, indicando que as oportunidades educacionais eram distintas para esses grupos”. O IBGE pondera que, apesar dos avanços, mais da metade, o equivalente a 51,2%, da população de 25 anos ou mais no Brasil não completaram a educação escolar básica. Os dados da Pnad Contínua Educação do IBGE são referentes ao segundo trimestre de 2019.


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18 de Julho de 2020

Pesquisa aponta índices de vulnerabilidade das cidades ALTO TIETÊ

Na região do Alto Tietê, Arujá é o município menos vulnerável aos impactos da pandemia de coronavírus. É o que aponta o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), do Instituto Votorantim, elaborado para mapear a situação das cidades brasileiras em relação às consequências provocadas pela Covid-19. De acordo com o IVM, que calcula a média de vulnerabilidade a partir de 18 indicadores, o município arujaense lidera o ranking da região com a melhor média: 46,42 pontos. Para o prefeito José Luiz Monteiro (foto), o dado aferido por um instituto independente demonstra que a gestão está no caminho certo no combate ao covid-19. “Nossa cidade, como todo o país, está sofrendo com os efeitos da crise sanitária que, infelizmente, tem vitimado muitas pessoas e atingido a economia de uma forma bastante agressiva. Porém, a pontuação do município aferida pelo Instituto Votorantim só mostra que a administração trabalha com eficiência, seriedade e responsabilidade”, afirma. Na prática, o IVM varia de 0 a 100 e, quanto maior é o valor da cidade, indica que mais vulnerável ela está com relação aos impactos da pandemia. Nessa lógica, entretanto, quanto menor o grau do município, menos suscetível ele está quanto aos efeitos da crise. Os indicadores são divididos em cinco pilares temáticos, nos quais Arujá atingiu as seguintes pontuações: 33,37 em População vulnerável; 43,28 no quesito Economia local, 61,19 no que se refere à Estrutura do sistema de saúde; 46,10 em relação à Organização do sistema saúde; e por fim, 56,51 no que tange à Capacidade fiscal da

administração municipal. Segundo o site do Instituto Votorantim, o IVM é baseado em dados disponíveis em diversas bases oficiais e considera o cenário mais recente anterior ao início da pandemia. SANTA ISABEL: É a terceira menos vulnerável do Alto Tietê com média de 50,12 pontos, atrás apenas de Arujá e Guararema. A pesquisa traz algumas informações importantes sobre o município que já conta com 57.376 habitantes e sua população idosa é de 13,98%.

Os isabelense inscritos do Cadastro Único alcança 22,33%. No índice de emprego, mostra que no município a proporção da população ocupada 20,59% e a taxa de urbanização é de 78,47%. Quanto a área da saúde, a proporção da população que dependente do sistema público de saúde é de 84,72% e a proporção da população coberta pela Atenção Básica é 69,70%. REGIÃO: De acordo com Rafael Gioielli, gerente-geral do Instituto Votorantim, na região me-

tropolitana de São Paulo, apesar da proximidade entre os municípios os dados mostraram realidades muito diferentes em diversas questões, entre elas densidade populacional, crescimento econômico e infraestrutura hospitalar. “Na Grande São Paulo você tem o fato dos municípios estarem muito próximos, na mesma região metropolitana, mas você tem desigualdades muito acentuadas entre municípios. Tanto em porte, como, por exemplo você tem municípios com população

pequena, com população grande, como municípios com níveis de atividades econômicas muito distintos. Então, é uma questão clássica, tem uma questão pública do desafio das regiões metropolitanas”, afirma. De acordo com os dados, a cidade que possui o índice mais alto de vulnerabilidade é o município de Biritiba-Mirim seguido por Poá e Itaquaquecetuba. Já a cidade com índice mais baixo é São Bernardo do Campo, seguida por São Caetano do Sul e depois por Cajamar. A cidade de

São Paulo aparece com o quarto menor IVM. Dez cidades da Grande São Paulo com maior índice de vulnerabilidade, cinco estão na região do Alto Tietê: 1)Biritiba Mirim: 63,79 2)Poá:60,37 3)Itaquaquecetuba: 58,93 4)São Lourenço da Serra: 58,73 5)Itapecerica da Serra: 58,72 6)Embu das Artes: 57,66 7)Embu-Guaçu: 57,63 8)Pirapora do Bom Jesus: 57,36 9)Salesópolis: 57,33 10)Ferraz de Vasconcelos: 57,33 O ÍNDICE: A consulta e utilização do IVM é disponibilizada gratuitamente para apoiar a tomada de decisão de gestores públicos e privados envolvidos em ações de combate à pandemia. O sistema do IVM permite a realização de buscas por regiões geográficas, pilares temáticos, níveis de criticidade e o cruzamento com o número de casos confirmados e óbitos por município, que são atualizados diariamente. O Instituto Votorantim acredita que o acesso a informação e a instrumentalização de todos que estão atuando de alguma maneira no combate à pandemia é fundamental para superarmos a crise. Para acessar na íntegra a pesquisa basta acessar o site do Instituto Votorantim http://institutovotorantim.org.br/municipioscontraocorona/ivm/)


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Três fuzis de uso militar são apreendidos pela PRF POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

Três fuzis de uso militar foram apreendidos na noite da última quarta-feira (15), pela Polícia Rodoviária Federal, na rodovia Presidente Dutra, em Arujá. A ação resultou na prisão de Rafael David Pinheiro de Macedo, de 33 anos, morador em Itaquera, na zona leste de São Paulo, que transportava as armas ilegalmente num VW/Gol, que ficou retido na Delegacia de Arujá. O criminoso foi autuado em flagrante. A equipe da Rodoviária Federal realizava patrulhamento na região do pedágio em Arujá, na pista São Paulo-Rio de Janeiro, quando avistou o veículo no momento que o condu-

tor aumentou a velocidade e empreendeu fuga. Em seguida o veículo foi perseguido e capturado depois de perder o controle e cair com o carro numa valeta ao lado da estrada. Ele foi dominado e durante a revista no Gol, os policiais rodoviários encontraram dois fuzis tipo AR-15, de

calibre 556, fabricados pela Colt (empresa americana), e o terceiro AK-47 (fabricante russa), todos estavam sem munições, porém portavam os carregadores. Com o suspeito, havia ainda um celular e R$ 1042 em espécie. Na delegacia, Rafael David não mencionou a procedência dos fuzis e nem o local onde iria entregá-los. A Polícia apurou que Rafael já tinha antecedentes por tráfico de drogas e associação criminosa. Ele negou, mas a Polícia Rodoviária Federal acredita que durante a fuga o criminoso jogou para fora do carro uma pistola automática ainda não localizada.


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18 de Julho de 2020

Para evitar contágio, TSE excluirá biometria nas eleições municipais DECISÃO

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, decidiu excluir a necessidade de identificação biométrica, por meio de impressão digital, nas eleições municipais deste ano, tendo em vista o risco de contágio por covid-19. A decisão foi tomada após uma primeira reunião de técnicos do tribunal com os médicos David Uip, do Hospital Sírio Libanês, Marília Santini, da Fundação Fiocruz, e Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein. As três instituições firmaram par-

ceria com o TSE para a elaboração de um protocolo de segurança que reduza o risco de contágio durante a votação. Segundo o tribunal, a consultoria sanitária é prestada sem custos. Dois fatores pesaram para excluir a biometria. Primeiro, o leitor de impressões digitais não pode ser higienizado com frequência, como a cada utilização. Também pesou o fato de que a identificação biométrica tende a causar filas maiores, favorecendo aglomerações, já que o processo é mais demorado do que a simples coleta

de assinatura. RECESSO JUDICIÁRIO: A exclusão da biometria será incluída em resoluções para as eleições deste ano que devem ser apreciadas pelo plenário do TSE a partir de agosto, após a volta do recesso judiciário. A Justiça Eleitoral iniciou o cadastramento biométrico em 2008, e já colheu as impressões digitais de quase 119 milhões de eleitores, que estariam aptos a votar pelo novo sistema. O TSE planeja cadastrar todos o eleitorado de mais de 150,5 milhões de pessoas até 2022. O cadastramento

biométrico é obrigatório. O eleitor que não comparecer ao cartório eleitoral para a revisão cadastral pode ter o título cancelado e ficará inapto a votar, caso perca o prazo estipulado pela Justiça Eleitoral para

cada município. Neste ano, porém, devido à pandemia, o TSE suspendeu o cancelamento de 2,5 milhões de documentos. Ainda em virtude da pandemia, o Congresso Nacional promulgou há duas

semanas uma emenda à Constituição que adiou o primeiro turno das eleições municipais de 4 de outubro para 15 de novembro. O segundo turno foi alterado de 25 de outubro para 29 de novembro.

Covid-19: Cartórios apontam que óbitos atingem mais pretos e indígenas EM SÃO PAULO

As populações de pessoas declaradas como pretas e indígenas foram as que mais tiveram óbitos por causas naturais em São Paulo, desde o início da pandemia causada pelo novo coronavírus. Entre 16 de março e 30 de junho deste ano, o estado registrou um aumento de 12,8% no total geral de mortes em comparação com 2019, mas a distribuição foi desigual entre sua população. Enquanto a população branca registrou um aumento de 7,2% no número de mortes, os óbitos dos declarados pretos cresceram 33,1%; entre a população indígena, houve aumento de 43,3%. Para os pardos e os amarelos,

o crescimento foi de 28,9% em ambas as populações. As informações estão no novo módulo do Portal da Transparência, plataforma desenvolvida pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os registros de óbitos feitos pelos Cartórios brasileiros. Os dados utilizam como base as informações contidas nas Declarações de Óbitos (DOs), emitidas pelos médicos no ato de falecimento, e que são a base da certidão de óbito. Em números absolutos, as mortes registradas em Cartórios do estado neste período totalizaram 103.475, sendo 70.958 óbitos de pessoas declaradas

brancas, 21.540 de pardos e 7.167 de pretos. Os indígenas representaram 43 falecimentos e a população declarada amarela 2.606. Constam, ainda, 1.161 óbitos cuja raça/cor não foi declarada pelo médico e/ou o declarante no momento do registro de óbito. RESPIRATÓRIA: Considerando-se apenas as doenças respiratórias disponíveis no Portal - COVID, Insuficiência Respiratória, Pneumonia, Septicemia e Síndrome Respiratória Grave (SRAG) - o estado de São Paulo registrou aumento de 30% no número de óbitos no período de 16 de março a 30 de junho de 2020 em relação a 2019. Os pardos e pretos são os mais

atingidos, com crescimentos de 60,9% 64,8, respectivamente, no número de óbitos por estes tipos de doença. Em seguida, os amarelos tiveram acréscimo de 50,3% nos casos de mortes desse tipo. Entre os brancos o aumento ficou em 20,5%. Indígenas tiveram alta de 31,6%. Em âmbito nacional, o aumento de óbitos por essas enfermidades foi de 34,5%. Os demais números, segmentados por raça, são: 72,8% entre pardos; 70,2% na população preta; 45,5% na população indígena, 40,4% entre amarelos e 24,5% com relação aos brancos. CARDÍACA: Os dados de óbitos por doenças cardíacas, disponíveis no

Portal - AVC, Infarto, Demais Doenças Cardiológicas (que correspondem a morte súbita, parada cardiorrespiratória e choque cardiogênico) -, registraram um pequeno aumento, em São Paulo, no mesmo período analisado: 4,4%. Nos falecimentos por estas doenças, as populações que registraram maior aumento foram os indígenas (66,7%), os pretos (22,2%) e os pardos (15,7%). Já as populações amarela e branca registraram crescimento de 10,5% e 0,1%, respectivamente. Quando analisados os óbitos por essas mesmas enfermidades no Brasil, nota-se o pequeno aumento de 0,7%. Foram 13,7% entre pretos; 8,4% entre

pardos; e 2,2% na população indígena. Já entre brancos e amarelos, registrou-se diminuição de -0,5% e -0,3% no período, respectivamente. REGISTRO: A Lei Federal 6.015/73 prevê um prazo para registro de até 24 horas do falecimento, podendo ser expandido para até 15 dias em alguns casos. Na pandemia, alguns Estados abriram a possibilidade um prazo ainda maior, chegando a até 60 dias. A Lei 6.015/73 prevê um prazo de até cinco dias para a lavratura do registro de óbito, enquanto a norma do CNJ prevê que os cartórios devam enviar seus registros à Central Nacional em até oito dias após a efetuação do óbito.


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Governo mantém previsão de retorno das aulas para o dia 08/09 ESTADO DE SÃO PAULO

O Governador João Doria e o Secretário de Educação Rossieli Soares confirmaram ontem, sexta-feira (17) que a previsão para o retorno das aulas presenciais segue mantida para o dia 8 de setembro. A retomada, entretanto, está condicionada se todas as regiões do estado permanecerem na etapa amarela do Plano São Paulo - a terceira menos restritiva segundo critérios de capacidade hospitalar e progressão da pandemia - por 28 dias consecutivos. “O retorno às aulas só vai ocorrer a partir de critérios estabelecidos pelo Centro de Contingência, garantindo a segurança aos alunos, professores e servidores da rede pública de ensino”, afirma Doria. A confirmação foi fei-

ta em coletiva no Palácio dos Bandeirantes com o esclarecimento sobre um equívoco na divulgação de um estudo realizado pelo professor Eduardo Massad, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nesta semana. Ao contrário do que foi divulgado, de que poderia haver 17 mil mortos, o correto é uma estimativa dez vezes menor: 1.557. O indicador não se refere somente ao estado de São Paulo, e sim ao Brasil todo. Segundo o Governo do Estado, os dados engloba todos os níveis da educação, com alunos de 1 a 19 anos, e não é exclusivo à educação infantil. Além disso, os resultados são apenas uma estimativa do que poderia ocorrer no Brasil. Estimativas locais poderiam ser feitas

com resultados que poderiam diferir bastante dos relativos ao país. A correção foi feita pelo próprio Eduardo Massad, em comunicado à Secretaria Estadual da Educação. “Muito mais importante que a data é termos as condições obrigatórias sendo cumpridas. Ou seja, só voltaremos em 8 de setembro se as condicionalidades determinadas pelo Centro de Contingências forem cumpridas”, afirma Rossieli Soares. O secretário ainda alertou que a análise foi feita com base nos dados epidemiológicos registrados no dia e não na data da eventual abertura, no mês de setembro. “Isso é muito importante. Se a condição fosse hoje em 8

Polícia Militar intercepta carro e impede possível execução em Arujá APÓS DENÚNCIA

Policiais interceptaram um Hyundai/HB20 branco e impediram que um “tribunal do crime” fosse realizado em Arujá na última terça-feira (14), segundo a PM. Os policiais pararam o carro depois que uma testemunha viu um homem sendo sequestrado no bairro Mirante e passou as características do veículo. De acordo com a polícia, os quatro suspeitos de sequestro e a vítima, tinham passagens pela polícia por crimes diferentes, como roubo, tráfico e receptação. No momento da abordagem, um homem já desceu do veículo dizendo que seria morto, segundo a PM, e a mulher confessou que faz parte de uma facção criminosa e que

levaria a vítima para um “julgamento” no bairro Parque Rodrigo Barreto. De acordo com a suspeita, o homem teria feito algo imoral no bairro e, neste tipo de situação, um julgamento é feito e a sentença pode ser a morte.

Segundo a Polícia Militar, os suspeitos não disseram o que o homem fez. A vítima, que já tinha sido agredida fisicamente quando os policiais chegaram, já havia respondido por tráfico e foi liberada. Os outros quatro ficaram presos.

de setembro, nós não voltaríamos”, explica Soares. Para o secretário, 1.557 é um número “considerável”. “Por isso que estamos alertando, nós não aceitamos e vamos trabalhar com absoluta segurança nesse processo. Só volta-

remos com a área da saúde falando que é possível retornar dadas as condições que teremos lá na frente. Nossos protocolos estão mantidos.” Um deles, por exemplo, é não permitir que as pessoas que compõem o

grupo de risco retomem as atividades presencias, sejam funcionários ou alunos. Segundo Rossieli, nos dias 24 de julho e 7 de agosto haverá novos boletins epidemiológicos que vão nortear a decisão da retomada em setembro.


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18 de Julho de 2020

Arujá supera Santa Isabel pela primeira vez no número óbitos por Covid-19 49 CASOS FATAIS

Dados atualizados pela Secretaria de Saúde de Arujá desta sexta-feira, 17 de julho, indicam que o município soma 49 óbitos por Covid-19. A vítima mais recente refere-se a uma mulher, de 87 anos, com comorbidades, internada na rede pública. Segundo o balanço, a cidade contabiliza 2.333 notificações de coronavírus, entre as quais há 876 casos confirmados e 1.393 descartados. De acordo com a Pasta, 64 pessoas aguardam resultado de exame. O boletim epidemiológico também registra 714 arujaenses que se encontram recuperados. Nas últimas 24 horas, 34 novos casos foram confirmados.

Os dados sobre os casos da doença são apurados e tabulados diariamente conforme os protocolos da Secretaria Estadual de Saúde

e do Ministério da Saúde. Portanto, todos os dados envolvendo a pandemia no município devem ser acompanhados nos canais

oficiais da Prefeitura. As autoridades da região reforçam que é fundamental que a população siga praticando os cuida-

dos preventivos para conter a disseminação da pandemia, como usar máscara de proteção, lavar constantemente as mãos, proteger

a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações e ficar atento aos sintomas de gripe como febre, tosse, dificuldade respiratória aguda, dores no corpo e na cabeça, entre outros. SANTA ISABEL: O município isabelense encerrou a semana registrando 541 casos confirmados e 48 óbitos. O número de cidadãos curados já somam 335. Na região do Alto Tietê os casos descartados representam 47% das notificações, ou seja, 36.634 pessoas tiveram exames negativados para Covid-19. As confirmações até esta sexta-feira (17) somam 23.842 casos, o que corresponde a 30,5% das notificações. Entre as pessoas que tiveram o diagnóstico confirmado de coronavírus, 17.463 (73,2%) estão recuperadas, enquanto outras 1.744 (7,3%) vieram a óbito.



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23 de Maio de 2020

Fábia Porto leva 60 dias para realizar barreiras mais rigorosas nos portais AÇÃO TARDIA CONTRA O COVID-19

Desde o dia 24 de março, a cidade de Igaratá, através de seu Prefeito decidiu fechar suas entradas e bloqueou o acesso para visitantes e turistas no perímetro urbano da cidade. O bloqueio é realizado em quatro entradas e retém ônibus e vans de turismo além de carros com placas de outros municípios, mas é permitida a passagem de caminhões e veículos de entrega de mercadoria para o abastecimento de comércios e indústrias. Já em Santa Isabel foi preciso mais uma ação do Governo do Estado, que antecipou o feriado de Corpus Christi (11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro), para que a Prefeita Fábia Porto se movimentasse e realizasse barreiras sanitárias, desta vez, mais rigorosas nos portais para controlar a circulação na cidade. Desde a última quarta-feira (20), até os acessos secundários do município foram fechados com tubos de concreto, em diferentes pontos da zona rural, o que impediu a circulação de alguns moradores locais. Até então os servidores isabelenses estavam atuando nos portais aos finais de semana, mas sem impedir o acesso dos veículos de outros municípios, o que gerou amplo questionamento dos munícipes que diariamente se deparam com a Prefeita de Santa Isabel clamando por isolamento social, mas na região central da cidade estava sendo cada vez maior a circulação de pessoas e de veículos, com até reboques com jet skis, rumo a zona rural do município. Conversando com alguns empresários, além

da frustração causada pela situação sanitária no Brasil, fomos informados que estão observando que medidas importantes não foram aplicadas para o controle do vírus no município, que conta com um crescente número de contaminados e de mortos. “Praticamente completamos dois meses de paralisação e Santa Isabel fez poucas ações ‘na sombra’

do Governo do Estado. Nossa realidade é outra e passados 60 dias não temos nada de informação para planejar a saúde e muito menos uma possível retomada da atividade econômica”, disse um empresário. Outro comerciante relata que nesta altura da pandemia os isabelenses já deveriam contar com as barreiras logo no início da quarentena e mais, “não

foram feitas testagens em massa e, o mais óbvio, a utilização de termômetros digitais para avaliação da temperatura das pessoas que passarem pelas barreiras e nas ruas. O cidadão está circulando no centro com as lojas fechadas sem receber uma abordagem, como controlar?” Para outro empresário, o investimento na estrutura com leitos de UTI das uni-

dades de saúde era previsível, mas está decepcionado com outras medidas adicionais que deveriam ser tomadas para evitar o colapso econômico. “Outras cidades já discutem como irão reabrir os comércios. Vamos conviver com o vírus por mais tempo. Não existe a possibilidade de aguardar seu desaparecimento para nós retornarmos. Isso vai levar tempo.

Em Santa Isabel se fechou quase tudo e ponto final. Como vamos baixar os índices se o poder público não agiu com firmeza e inteligência no começo?”. Sobre as barreiras sanitárias, que segundo a Prefeitura de Santa Isabel, deve estender até segunda-feira (25), os empresários acreditam que a medida tem que ser permanente como Igaratá e que esperam uma maior transparência das próximas ações que serão realizadas na saúde e na economia pois, até o momento, o nível de confiança da liderança de Fábia Porto está abaixo das expectativas. BARREIRAS: Segundo a Prefeitura de Santa Isabel, durante as abordagens as pessoas que estão nos veículos passam uma entrevista e é identificado se estão com febre. Também é verificado se tiveram contato com pacientes diagnosticados com a doença ou se apresentam sintomas. Logo nas primeiras horas do bloqueio, dezenas de carros foram impedidos de acessarem a cidade. NÚMEROS: Nesta semana a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Isabel ganhou reforço de três novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), agora, o local conta com nove leitos para receber casos de Covid-19, a doença causada pelo novo Coronavírus. Os novos leitos são voltados exclusivamente para atendimento aos pacientes graves ou críticos, com casos suspeitos ou confirmados da doença. Atualmente, Santa Isabel tem 404 casos notificados, 89 casos confirmados, 112 casos descartados, 60 curados e 15 mortes.


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