541 - Edição do Jornal Agora News

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A N O XI - # 541

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W W W. J O R N A L A G O R A N E W S . C O M . B R

SÁBADO, 04 DE JULHO DE 2020

Clebão do Posto conquista três novos respiradores

Clebão do Posto ao lado dos deputados Marcio Alvino e André do Prado

A Santa Casa de Santa Isabel receberá na próxima semana, três novos respiradores para serem usados no tratamento do novo coronavírus. Os equipamentos vão permitir o reforço na estrutura dos leitos de UTI na cidade. A conquista dos novos equipamentos foi intermediada pelo vereador Clebão do Posto que no último mês já havia conquistado junto ao deputado estadual André do Prado, R$ 500 mil

Foto: Ilustrativa

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de recursos que foram aplicados no custeio ao combate do Covid-19. Nesta semana foi a vez do deputado federal, Marcio Al-

vino atender ao pedido de Clebão do Posto que disponibilizou o equipamento de acordo com o Ministério da Saúde.


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Vale a pena o Pronampe? Cidades de SP multarão EDITORIAL

A nova linha de crédito Pronampe promete aliviar as despesas de MEI’s, micro, pequenas e médias empresas nos próximos meses. Válido para empreendimentos com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, o programa chama a atenção por sua taxa de juros baixa (Selic + 1,25% ao ano), pelo direcionamento aos bancos de limite de crédito em até 30% do faturamento do ano anterior com carta emitida pelo governo e, principalmente, pela pouca burocracia exigida. Por outro lado, uma das regras para distribuição do empréstimo pode acabar deixando boa parte das empresas de fora ou atrasar o processo de liberação de crédito. Isso porque o regulamento do FGO (Fundo de Garantia de Operações) estabelece que as primeiras a terem acesso ao benefício serão as ME, com faturamento anual de até R$ 360 mil, uma parcela mínima no oceano de micro e pequenas empresas. Um ponto de atenção para quem pretende utilizar esse crédito é a exigência, como contrapartida, da manutenção do número de empregos por até 60 dias após o pagamento da última parcela. Então fica a pergunta: vale a pena esse financiamento? A princípio, a resposta é sim. No entanto, além de discutir qual linha de crédito é mais vantajosa para as empresas, o mais importante é avaliar em

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como esse dinheiro será aplicado. Em momentos de crise, é preciso dar atenção por quanto tempo você consegue pagar contas sem novas receitas. A maioria das empresas possui apenas um mês de fôlego de caixa, quando o ideal seria pelo menos seis meses. O crédito disponibilizado pelo Pronampe tende a acrescentar pelo menos quatro meses de caixa. Então, colocar os prós e os contras antes de solicitar o empréstimo é o que vai dar tranquilidade para a empresa tomar decisões que realmente façam a diferença. É extremamente importante repensar os negócios neste momento e buscar orientações junto a um contador para analisar os números da empresa. Além disso, conhecer as etapas da crise e identificar em que etapa a sua empresa está irá facilitar esse processo. E, se a decisão for de aderir ao Pronampe, vale a pena levar em consideração o que fazer ou não com esse dinheiro. Mas uma coisa é fato, com dinheiro em caixa, você terá mais segurança para investir em outros aspectos que influenciam o fôlego financeiro e sucesso de sua empresa. O que fazer com o dinheiro do Pronampe? Segundo a perita contábil e trainer em gestão, Regina Fernandes, investir em produtos de maior margem de lucro ou que são vendidos mais rapidamente

pode ser uma ótima opção em um primeiro momento, mas existem outras alternativas interessantes. Investir em sistemas integrados às vendas, via e-commerce, assim como novos canais de vendas e distribuição permitem atingir um público-consumidor maior. A transformação digital e modernização da linha de produção, com automação de processos, garantem eficiência operacional. Por outro lado, renegociar dívidas com perfis mais caros, negociar prazos de pagamento maiores e liquidar estoques antigos pode tirar um enorme peso das costas dos empresários. Pode-se ainda pensar em vender ativos físicos ou terceirizar operações que envolvem alta imobilização de capital. O que não fazer com o Pronampe? Utilizar para investimentos que não tragam retorno futuro ou ainda em gastos pessoais que não alterem a situação de negócios da empresa. Como qualquer financiamento, esse dinheiro tem um custo. Portanto, é preciso avaliar se o retorno é superior à taxa de juros envolvida. Essas são somente algumas sugestões, mas tudo aquilo que trouxer caixa futuro é bem-vindo. Você também pode apenas deixar o dinheiro em caixa, mas movimentar a empresa será muito melhor, sempre visando o retorno do investimento.

em R$ 500 quem estiver nas ruas sem máscara JÁ ESTÁ EM VIGOR

O Governador João Doria anunciou na última segunda-feira (29) mais uma medida para reforçar a prevenção contra o coronavírus que está valendo desde quarta, dia 1º de julho, agora a Vigilância Sanitária vai multar pessoas ou estabelecimentos comerciais que desrespeitarem o uso de máscaras em espaços comuns. Os valores serão integralmente repassados ao programa Alimento Solidário, que distribui cestas de alimentos para famílias carentes. “Queremos atingir 100% das pessoas usando máscaras, pois isso reduz sensivelmente a possibilidade de transmissão do coronavírus”, afirmou Doria. “O objetivo do Estado e das Prefeituras não é punir, mas orientar, alertar as pessoas sobre a importância de proteger vidas. Não há nenhum sentido arrecadatório e nem punitivo, mas de alertar a população para que use máscaras”, acrescentou. Em estabelecimentos comerciais, a multa prevista é de R$ 5 mil por pessoa sem máscara a cada fiscalização. Já em espaços públicos, como ruas e praças, a pessoa que não estiver usando a proteção será multada em R$ 500. “O valor das multas, quando aplicadas, será automaticamente revertido para o programa Alimento Solidário, para aquisição de cestas e distribuição às pessoas em

estado de pobreza”, ressaltou o Governador. Juntas, as Vigilâncias Sanitária do Estado e das Prefeituras somam cerca de 5,5 mil profissionais que fiscalizam o cumprimento de leis de proteção e promoção da saúde pública. A definição da multa pela ausência de máscaras tem como mote a conscientização da importância da proteção facial individual em favor de toda a sociedade. “Desde 5 de maio, estamos fazendo fiscalizações educativas. Fizemos cerca de 18 mil fiscalizações orientando estabelecimentos e pessoas. Em julho as ações educativas continuam, pois esse é o nosso mote, o entendimento da população da importância do uso de máscaras. Nós vamos intensificar junto com os

municípios”, disse Maria Cristina Megid, Diretora do Centro de Vigilância Sanitária do Estado. As equipes da Vigilância Sanitária já trabalham com ações educativas com base no Decreto Estadual 64.959, que definiu o uso geral e obrigatório de máscaras de proteção facial no contexto da pandemia da COVID-19. As abordagens orientam sobre a importância do uso de máscaras e o distanciamento social seguro. As novas foram publicadas no Diário Oficial do Estado. As denúncias sobre locais com pessoas sem máscara poderão ser feitas pelo telefone 0800 771 3541, disque-denúncia da Vigilância. A ligação é gratuita e permite também registro de denúncias relacionadas às Leis Antifumo e Antiálcool para menores.


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Eleições ocorrerão no dia 15 de novembro POLÍTICA

Aprovada pela Câmara dos Deputados, a mudança determina que os dois turnos eleitorais, inicialmente previstos para os dias 04 e 25 de outubro, serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro. A mudança define ainda que caberá ao Congresso decidir sobre o adiamento das eleições por um período ainda maior nas cidades com muitos casos da doença. A emenda também estabelece novas datas para outras etapas do processo eleitoral de 2020, como registro de candidaturas e início da propaganda eleitoral gratuita. Não haverá, porém, prorrogação dos atuais mandatos. A data da posse dos eleitos permanece inalterada, 1º de janeiro de 2021. Ao participar presencialmente da sessão o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, exaltou a união de esforços do Legislativo e do Judiciário em torno de uma solução pela segurança do pleito e pela democracia. Barroso destacou que a promulgação da emenda constitucional, por causa da pandemia do novo coronavírus é algo que ninguém desejava que tivesse acontecido e se associou às manifestações de solidariedade às mais de 60 mil famílias de pessoas que perderam a vida em decorrência da covid-19. O ministro que mesmo antes de assumir a presidência da corte no mês passado, já trabalhava para um entendimento sobre

o adiamento das eleições municipais com base em pareceres de especialistas médicos, biólogos e físicos, agradeceu a ajuda desses profissionais. Barroso também elogiou muito os parlamentares que, segundo ele, deliberaram com ênfase no interesse público. Barroso avaliou ainda que a democracia não é regime de consenso, mas de dissenso e lembrou que o Congresso fez sua parte, caberá à Justiça Eleitoral realizar a eleição com segurança em meio a uma pandemia, o que segundo ele, será possível. O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), destacou que prevaleceu o entendimento no Congresso, “dialogando com o TSE, a comunidade científica, prefeitos e vereadores”. “Sem dúvida a decisão de Vossa Excelência de buscar essa conciliação respeitosa foi o grande passo para que

estivéssemos aqui hoje”, acrescentou. Para ele, os 42 dias de adiamento das eleições municipais este ano serão fundamentais para que o TSE , o governo e o Congresso possam organizar os procedimentos para o dia do pleito. Nesse sentido, ele lembrou que os Poderes estão em contato com a iniciativa privada para conseguir doação de equipamentos de proteção individual (EPis) “aos brasileiros que vão servir a pátria”. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO: Os prazos de desincompatibilização se referem às datas em que possíveis candidatos devem se afastar de determinado cargo ou função que ocupem. A depender do cargo, os prazos variam. O advogado especialista em direito eleitoral Ricardo Stella exemplifica: no caso de funcionário público comissionado, como assessores parla-

mentares, o afastamento do cargo deve ocorrer com três meses de antecedência da data da votação. Esse prazo, que portanto se encerraria em julho, fica prorrogado com o adiamento das eleições. Por outro lado, prazos de desincompatibilização que já se encerraram antes da aprovação da proposta ficam mantidos. PRAZOS: A escolha dos candidatos pelas siglas ocorre de 31 de agosto a 16 de setembro. 26 de setembro é o prazo para os partidos e coligações solicitarem à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos. A propaganda eleitoral passa para o período de 27 de setembro a 12 de novembro. A de rádio e TV deve começar 35 dias antes da antevéspera da eleição. Candidatos e o próprio comitê devem entregar as prestações de contas à Justiça até 15 de dezembro.

ELEITORES: Com o adiamento das eleições, possivelmente não haverá nova abertura de prazo para regularização de título de eleitor. O texto aprovado prevê que os prazos do calendário eleitoral que já foram ultrapassados e que têm como referência a data da eleição não devem sofrer alterações. Este é o caso do prazo para regularização do título de eleitor, que se encerrou em 6 de maio e inclui a emissão, transferência e alteração do título. Isso acontece porque a legislação eleitoral determina que não pode haver alterações na base de dados dos eleitores seis meses antes da data das eleições. Ainda não foi definido se a biometria será utilizada nas eleições de 2020. Segundo o TSE, recomendações médicas e técnicas estão sendo ouvidas para determinar o formato mais seguro para

eleitores e mesários. Mesmo que não seja utilizada a biometria nessas eleições, os cancelamentos de títulos de eleitor que ocorreram por desrespeito ao cadastro obrigatório da biometria continuam valendo. A exceção são os estados que tiveram cadastro obrigatório em 2019 —nesses casos, o cancelamento dos títulos foi suspenso temporariamente. Quem não compareceu ao cadastramento de biometria obrigatório em 2019 poderá votar, pois em abril deste ano o TSE suspendeu o cancelamento dos títulos de eleitor nos municípios em que o cadastramento biométrico foi obrigatório em 2019. Contudo, após as eleições de 2020, esses eleitores deverão procurar o cartório eleitoral para regularizar sua situação, pois o título estará cancelado novamente.


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04 de Julho de 2020

Itaquaquecetuba voltará para fase vermelha do Plano SP NOVO CORONAVÍRUS

A região do Alto Tietê permaneceu na fase laranja do Plano São Paulo de Retomada Econômica, pela segunda semana seguida, na atualização divulgada pelo Governo do Estado de São Paulo nesta sexta-feira (03). A fase laranja, considerada a etapa de “controle”, permite que o comércio, shoppings centers e serviços como imobiliárias, concessionárias e escritórios funcionem com 20% da capacidade, horário reduzido e adoção de protocolos padrões e setoriais específicas. Um possível avanço à fase amarela, que não aconteceu nesta semana, permitiria maior flexibilização no funcionamento desses setores, além de prever a abertura de bares e restaurantes para consumo local, de salões de beleza e barbearia, todos com restrições de capacidade e horário e adotando protocolos de segurança. Nesta semana o Centro de Contingência do Coronavírus recomendou ao governo estadual que Itaquaquecetuba retroceda no avanço da flexibilização do Plano São Paulo. Atualmente a cidade e todos os outros municípios do Alto Tietê estão na fase laranja. A recomendação do centro é que Itaquaquecetuba volte para a fase vermelha, a mais restritiva, onde é permitido o funcionamento apenas

dos serviços essenciais. Itaquaquecetuba tinha recebido em abril mais de R$ 4 milhões em verbas dos governos federal e estadual para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. “O Centro de Contingência avaliou os indicadores utilizados no Plano São Paulo para esse município que mostra uma taxa de ocupação muito alta de leitos de UTI bem acima de 80%, e taxas de epidemia, de aumento de internações muito elevadas, de forma que o Centro de Contingência recomenda que esse município institua a fase de quarentena no nível vermelho”, afirmou Paulo Menezes, co-

ordenador do centro. Na última quarta-feira, 01 de julho, o Hospital Santa Marcelina de Itaquaquecetuba (foto) tinha uma taxa de ocupação da UTI de 95%. A unidade conta com 62 leitos para casos de Covid-19, somando 22 de UTI e 40 de enfermaria. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico respondeu que as regiões só avançam caso haja melhora nos indicadores de saúde e contágio e, ainda assim, precisam seguir os protocolos definidos para cada fase, que necessitam de duas semanas para avançar. Na última avaliação feita no dia 26 de junho,

o Alto Tietê não avançou no Plano SP. A região continua na fase laranja para onde avançou no dia 10 de junho. O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) afirma que espera transparência e um detalhamento do Estado sobre os indicadores para que a região não seja prejudicada nas etapas do Plano SP. MUNICÍPIO: A Prefeitura de Itaquaquecetuba destaca que a recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus para o retorno da cidade a fase vermelha é baseada no número de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) no mu-

nicípio. “Mas ressaltamos que todos os leitos de UTI existentes na cidade são de responsabilidade do Governo do Estado através do Hospital Santa Marcelina.” A cidade tem um hospital de campanha que funciona na UPA da cidade. Ele começou a funcionar em 16 de junho. Mas em abril, o município já tinha recebido mais

de R$ 4 milhões, dos governos federal estadual, para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Segundo a Prefeitura, a ocupação do hospital de campanha está em 15%, com cinco respiradores disponíveis. “Além disso, foi solicitado no mês de abril mais 10 respiradores ao Governo do Estado e estes não foram enviados. Em relação à abertura de leitos de UTI é de responsabilidade do Estado fazer essa ampliação, já que o Hospital Santa Marcelina tem atendido pacientes de quatro munícipios da região e não somente de Itaquaquecetuba.” Na coletiva desta sexta-feira, o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, citou que o Governo ampliará a capacidade hospitalar em Itaquaquecetuba, sem especificar, porém, a quantidade de novos leitos: “Vamos ampliar a capacidade hospitalar da região de Campinas, da região de Ribeirão Preto e no município de Itaquaquecetuba, que foi recomendado para vir para a fase vermelha”.


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Covid-19: Região apresenta evolução em quatro dos cinco indicadores ALTO TIETÊ

A prévia apresentada ontem, sexta-feira 03 de julho, pelo Governo do Estado aponta a evolução positiva do Alto Tietê na maioria dos indicadores do Plano SP, que tem as mudanças de fases realizadas a cada 15 dias. A próxima classificação será no dia 10 e atualmente a Região está na etapa laranja (controle). Na comparação dos dados desta semana (02.07) e os de sete dias anteriores (25/06), o Alto Tietê registrou melhora na capacidade hospitalar com o aumento de 1,26% na oferta de leitos Covid-19 e redução de 9,75% na taxa de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Na evolução da doença, o Alto Tietê apresentou redução de 3,57% em novos casos confirmados e de 52,17% no número de óbitos. Já as internações tiveram um aumento de 10,63%. “A atualização de hoje mostra uma redução de mais de 50% nos óbitos, indicador que puxou a permanência do Alto Tietê na fase laranja pela classificação do último dia 26. Nesta semana, o único critério com regressão é o de internação. Estamos com uma variação de 1,04, quando o necessário para a etapa amarela é inferior a 1,00”, avalia o presidente do CONDEMAT, Adriano Leite (foto). “Frente a outras regiões que regrediram, nossa situação é estável e as cidades estão empenhadas nas ações para controle da transmissão do coronavírus o que, consequentemente, induz a redução no número de infectados e de internações. O apoio da população em manter o isolamento social e as medidas preventivas é essencial para a doença entrar numa curva decrescente no Alto Tietê”, reforça o presidente. Na atualização apresentada hoje, o Governo

usou como referência as estatísticas da base estadual do dia 02 de julho, a qual aponta para o Alto Tietê a existência de 15.438 casos confirmados de Covid-19, com 1.355 óbitos – taxa de letalidade de 8,7%. RECOMENDAÇÃO: A direção do CONDEMAT reforça sua solidariedade ao município de Itaquaquecetuba, que recebeu a recomendação do Governo do Estado para retroagir à fase vermelha do Plano SP devido ao aumento da taxa de internação. E ressalta que todas as cidades atuam juntas no enfrentamento ao coronavírus até porque o

Plano SP tem como princípio a classificação regional. “Itaquaquecetuba tem autonomia para adotar medidas mais restritivas se assim achar necessário. A princípio, o problema está na taxa de internação, sendo que a principal referência da cidade é o Hospital Santa Marcelina, que é de gestão estadual e atende a outros municípios também. Além disso, a ocupação dos leitos nos hospitais estaduais é coordenada pela Central de Regulação do Estado e, no geral, os números da Região estão sob controle”, avalia o presidente. A Região apresenta, se-

gundo indicador do Estado do último dia0 2, uma taxa de ocupação de 51,1% nos leitos de enfermaria e de 58,3% nos leitos de UTI. Segundo o presidente, a capacidade hospitalar do Alto Tietê pode ser ampliada com os leitos (UTI e enfermaria) prometidos pelo Governo do Estado e que ainda não foram implantados no Hospital das Clínicas de Suzano e no Hospital

Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, em Mogi das Cruzes. Conforme anúncio feito em maio pelo secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, o prazo para essas unidades era junho, sendo 40 leitos de UTI (10 no HC e 30 no Dr. Arnaldo) e 110 de enfermaria (80 no hospital de Suzano e 30 no de Mogi). NUMEROS: Nesta sexta-feira (03), as 12 cidades

do CONDEMAT – Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê registram 57.568 notificações de suspeitas de Covid-19. Dessas, 26.403 foram descartadas, enquanto 18.062 foram confirmadas. Entre os infectados, 12.662 já estão recuperados e os óbitos somam 1.430 casos. Santa Isabel encerrou a semana registrando 428 casos confirmados com 41 mortes.


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04 de Julho de 2020

Estado de São Paulo muda plano e academias poderão abrir mais cedo ATIVIDADE FÍSICA

O governo de São Paulo atualizou seu plano de reabertura da economia e antecipou a volta de academias para a fase amarela do plano de retomada gradual. Ainda não existe data definida para o funcionamento e antes de reabrirem as portas, o setor precisa firmar protocolos sanitários com os municípios. As academias estavam na fase verde (4) antes da antecipação. “Lembrando que pra essa fase, esse setor, o funcionamento está previsto depois que a região tiver uma estabilidade de 4 semanas nessa fase amarela. Então não é funcionamento imediato a partir de segunda-feira, tem essa previsibilidade de 4 semanas”, disse a secretária de desenvolvimento econômico Patrícia Ellen em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (03). O funcionamento tradicional do setor de academias só será permitido na fase 4 (verde). Na amarela, os treinos terão que ser individuais. “Na fase verde, o que elas podem ter de funcionamento validado pelo centro de contingência, é uma ocupação máxima de 30% da capacidade total, funcionamento máximo de 6 horas, e as atividades individuais são permitidas, somente as individuais, permitidas através também de agendamento, adoção dos protocolos específicos, uso de másca-

ras, agendamento prévio, e também seguimento dos protocolos definidos, com destaque pra limpeza intensificada dos equipamentos, 3 vezes ao dia, e restrição do uso dos vestiários”, disse Patrícia Ellen. A secretária de Desenvolvimento Econômico disse que entidades representativas de academias, setor cultural e de eventos procuraram o governo do Estado para informar que aceitariam se submeter a regras restritivas impostas a outros segmentos para poder abrir mais cedo. A solicitação foi encaminhada ao

comitê de saúde que analisou o impacto epidemiológico e definiu as normas. O secretário-executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo, falou que as pessoas em grupos de risco devem permanecer em casa o máximo de tempo possível. Ele sugeriu ir às ruas somente quando necessário e tomando todo o cuidado possível. TREINO COM MÁSCARA: Com o relaxamento da quarentena em diversas cidades, muitas pessoas comemoraram poder voltar a fazer seus treinos ao ar livre. Porém,

a obrigatoriedade do uso de máscara para se proteger do coronavírus trouxe um complicador: a dificuldade de respirar deixa as atividades mais difíceis do que eram antes da pandemia. Muitos praticamente de exercício físico estão se queixando de “falta oxigênio quando corro ou pedalo de máscara” mesmo estando habituado há anos na prática exercícios ao ar livre. De acordo com Franco Martins, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, isso ocorre pois a máscara é uma barreira física e diminui a

oferta de oxigênio —que é um “combustível” dos músculos durante a atividade física — para o organismo, exigindo maior esforço do sistema respiratório para captar o ar, o que dificulta o exercício e pode antecipar a fadiga. Segundo especialistas, o ideal é manter um ritmo leve a moderado em atividades aeróbicas como corrida, ciclismo e caminhada. “Sugiro que nesse momento o atleta use a percepção de esforço em vez do monitor cardíaco para controlar a intensidade do treino, já que a máscara é um

fator limitante e pode alterar os batimentos cardíacos”, orientam. Em exercícios predominantemente anaeróbicos (como musculação), uma boa opção para dosar a intensidade sem precisar diminuir tanto a carga é aumentar o tempo de descanso entre as séries dos exercícios. Independentemente da atividade, é muito importante prestar atenção aos sinais do corpo durante o exercício. “Se o atleta começar a sentir sonolência, redução da concentração ou fadiga e falta de ar excessiva, deve interromper o treino.”


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Crise causa impacto na indústria, diz CNI CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA

Pesquisa contratada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 402 executivos de indústrias de médio (50 a 249 empregados) e grande porte (250 ou mais empregados), em todos os estados, mostra que cerca de sete (69%) em cada dez empresas perderam faturamento recentemente por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Dos executivos que responderam à pesquisa, feita por telefone entre 18 e 26 de junho, 16% disseram que o faturamento ficou igual, e 14% afirmaram que aumentou. Não é apresentado cruzamento sobre a situação do faturamento das empresas e os subsetores da indústria. Conforme o levantamento, a queda do faturamento foi indicada proporcionalmente mais entre executivos de grandes empresas (76%) do que entre entrevistados das médias empresas (68%). A maior queda de faturamento bruto se deu no Sudeste (73%). No Sul e no

Nordeste a diminuição foi de 69%. Menos da metade (49%) das respostas obtidas nas regiões Norte e Centro-Oeste indicou impacto negativo no faturamento. Os dados apurados mostram ainda que 65% das médias e grandes empresas tiveram sua produção reduzida ou paralisada. AFETADOS: Ainda de acordo com as informações levantadas, cerca de nove em cada dez empresas foram afetadas de alguma forma pela pandemia de covid-19 - 40% dos executivos disseram que as empresas foram “muito afetadas” pela pandemia. Dezesseis por cento afirmaram que seus negócios foram “afetados”; 14%, “mais ou menos afetados”; 16%, “pouco afetados” e 7% “muito pouco afetados”. Cinco por cento responderam “nada afetados”, 2% não souberam ou não quiseram responder. A situação apontada pelos entrevistados foi pior entre as grandes do que entre as médias indústrias.

Sessenta e dois por cento das grandes empresas declararam ter sido “muito afetadas” ou “afetadas”, enquanto esse percentual foi de 55% entre os executivos das empresas de porte médio. No corte regional, a melhor situação foi apresentada pelos executivos das regiões Norte e Centro-Oeste: 42% dos entrevistados disseram que o negócio foi “muito afetado” ou “afetado”. No Sul, a proporção é de 60%, no Sudeste, de 58%

e no Nordeste, de 56%. Para os executivos entrevistados, as vendas formam as áreas mais afetadas pela crise: 62% entre as grandes empresas e 56% entre as médias empresas. MUDANÇAS: A pesquisa verificou com 68% dos executivos que a atual situação de pandemia e de crise econômica provocou mudança de algum aspecto importante para a empresa, seja na relação com os trabalhadores, linha de produ-

ção, vendas, gestão logística, cadeia de fornecedores ou controle de estoques. O levantamento feito para a CNI também revela que 66% dos entrevistados atribuíram à inovação no processo produtivo um grau de importância “alto” (43%) ou “muito alto” (23%). Não há, no entanto, um entendimento único do que seja inovação. Entre as respostas colhidas anotou-se: “fazer diferen-

te”, “fazer melhor”, “criar algo novo a partir de uma necessidade de mercado”, “buscar novas tecnologias” ou criar “novas formas de agregar valor”. A maioria dos executivos entrevistados (83%) acredita que o momento pós-covid exigirá inovação da indústria para crescer ou, ao menos, sobreviver no mercado. Segundo eles, a linha de produção deve ser a área prioritária para receber inovações (58%). “Essa crise está nos mostrando a importância de investir em inovação. A superação da crise passa por investimentos em inovação. O mundo pós-pandemia reconhece ainda mais o valor da inovação”, destaca Gianna Sagázio, diretora de Inovação da CNI. “A inovação fortalece a indústria e a indústria cria mais empregos de qualidade, e qualidade de vida para as pessoas. Não existe país desenvolvido sem indústria forte”, finaliza.

Vacinação é estendida para todas faixas etárias SAÚDE

O Governo do Estado de São Paulo decidiu liberar a vacinação contra a gripe para pessoas de todas as faixas etárias. A medida foi definida após reunião do Governador João Doria com especialistas e visa à proteção da população contra o vírus Influenza, reduzindo o número de pacientes com sintomas respiratórios na rede de saúde de SP. A campanha também foi prorrogada oficialmente até 24 de julho e a população poderá ser vacinada enquanto houver doses disponíveis nos postos. A vacina é segura, eficaz e protege contra as complicações da gripe, como pneumonias. Embora a imunização não esteja mais restrita aos grupos prioritários, a Secretaria de Estado da Saúde faz um apelo especial para a importância de ampliar a cobertura vacinal entre crianças com idade de 6

meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas, pois os índices nestes públicos ainda são inferiores a 60%. “É muito importante que pessoas que se enquadram nestes grupos vulneráveis busquem a unidade de saúde mais próxima de sua residência. A vacina protege contra as complicações da gripe e não causa a doença”, aponta a Diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araújo. Até a última semana, mais de 14,2 milhões de doses da vacina contra o vírus Influenza foram aplicadas em SP, com 86,1% de cobertura entre os grupos prioritários. A meta de alcançar 90% da população-alvo foi atingida entre alguns públicos, alcançando 5,8 milhões de idosos (100%); 1,5 milhão de profissionais da saúde (100%) e 6,7 mil indígenas (100%). O total de imunizados contabiliza 1,65 milhões de

doses aplicadas em crianças de 6 meses a >6 anos (54,1%), 227,7 mil em gestantes (50,5%) e 43,8 mil em puérperas (59,2%). De modo similar, o grupo das pessoas com idade entre 55 e 59 anos registra menor procura, com apenas 863,3 mil vacinados (42,8%). Também estão protegidas 219,7 mil pessoas do sistema prisional, 171 mil profissionais das forças de segurança e salvamento; 134,9 mil caminhoneiros; 83,1 mil motoristas de transporte coletivo; e 8,4 mil trabalhadores portuários. Mais de 2,5 milhões de pessoas com doenças crônicas, 287,2 mil professores do ensino básico e superior; e 19,6 mil pessoas com deficiência. Funcionários do Metrô, CPTM, Correios, agentes de limpeza urbana e pessoas em situação de rua também foram inseridos na campanha desde 15 de junho.


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04 de Julho de 2020

Clebão do Posto conquista três novos respiradores SEM HABILITAÇÃO

Foto: Ilustrativa

O vereador Clebão do Posto reportou um vídeo nas redes sociais apresentando um ofício do deputado federal Marcio Alvino ao qual comunicava o envio de mais 03 respiradores conforme solicitação já realizada junto ao parlamentar. Os equipamentos que devem chegar na próxima semana na Santa Casa de Santa Isabel é o segundo

grande recurso no combate ao Covid-19 de Clebão do Posto que no mês de junho já havia pleiteado e obteve a quantia de R$ 500 mil do deputado estadual André do Prado, que já estão sendo aplicados no custeio na área da Saúde do município, também em combate ao novo coronavírus. Em entrevista o vereador reforçou que diante das difi-

culdades que todas as cidades estão enfrentando, os deputados mais votados de Santa Isabel corresponderam a seus pedidos e foram mais uma vez fundamentais para área da Saúde da cidade. “São duas conquistas importantes no combate ao Covid-19 e que representa muito para nossos profissionais de saúde que realmente estão na linha de frente

desta pandemia. Vamos ter um reforço significativo nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa”, disse Clebão do Posto. Cada respirador corresponde a um novo leito na rede pública e reforçará a estrutura não só de Santa Isa-

bel, mas também da região. Já a Santa Casa, que vem se estruturando para atender com qualidade os isabelenses infectados, possui toda estrutura para receber os novos equipamentos e, se for o caso, ampliar sua capacidade com novos leitos.

Assim como no vídeo, o vereador agradeceu aos deputados Marcio Alvino e André do Prado por terem atendido seus pedidos. “Reforço mais uma vez, que continuaremos atuando e defendendo a Saúde nesta pandemia”, finalizou.



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23 de Maio de 2020

Fábia Porto leva 60 dias para realizar barreiras mais rigorosas nos portais AÇÃO TARDIA CONTRA O COVID-19

Desde o dia 24 de março, a cidade de Igaratá, através de seu Prefeito decidiu fechar suas entradas e bloqueou o acesso para visitantes e turistas no perímetro urbano da cidade. O bloqueio é realizado em quatro entradas e retém ônibus e vans de turismo além de carros com placas de outros municípios, mas é permitida a passagem de caminhões e veículos de entrega de mercadoria para o abastecimento de comércios e indústrias. Já em Santa Isabel foi preciso mais uma ação do Governo do Estado, que antecipou o feriado de Corpus Christi (11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro), para que a Prefeita Fábia Porto se movimentasse e realizasse barreiras sanitárias, desta vez, mais rigorosas nos portais para controlar a circulação na cidade. Desde a última quarta-feira (20), até os acessos secundários do município foram fechados com tubos de concreto, em diferentes pontos da zona rural, o que impediu a circulação de alguns moradores locais. Até então os servidores isabelenses estavam atuando nos portais aos finais de semana, mas sem impedir o acesso dos veículos de outros municípios, o que gerou amplo questionamento dos munícipes que diariamente se deparam com a Prefeita de Santa Isabel clamando por isolamento social, mas na região central da cidade estava sendo cada vez maior a circulação de pessoas e de veículos, com até reboques com jet skis, rumo a zona rural do município. Conversando com alguns empresários, além

da frustração causada pela situação sanitária no Brasil, fomos informados que estão observando que medidas importantes não foram aplicadas para o controle do vírus no município, que conta com um crescente número de contaminados e de mortos. “Praticamente completamos dois meses de paralisação e Santa Isabel fez poucas ações ‘na sombra’

do Governo do Estado. Nossa realidade é outra e passados 60 dias não temos nada de informação para planejar a saúde e muito menos uma possível retomada da atividade econômica”, disse um empresário. Outro comerciante relata que nesta altura da pandemia os isabelenses já deveriam contar com as barreiras logo no início da quarentena e mais, “não

foram feitas testagens em massa e, o mais óbvio, a utilização de termômetros digitais para avaliação da temperatura das pessoas que passarem pelas barreiras e nas ruas. O cidadão está circulando no centro com as lojas fechadas sem receber uma abordagem, como controlar?” Para outro empresário, o investimento na estrutura com leitos de UTI das uni-

dades de saúde era previsível, mas está decepcionado com outras medidas adicionais que deveriam ser tomadas para evitar o colapso econômico. “Outras cidades já discutem como irão reabrir os comércios. Vamos conviver com o vírus por mais tempo. Não existe a possibilidade de aguardar seu desaparecimento para nós retornarmos. Isso vai levar tempo.

Em Santa Isabel se fechou quase tudo e ponto final. Como vamos baixar os índices se o poder público não agiu com firmeza e inteligência no começo?”. Sobre as barreiras sanitárias, que segundo a Prefeitura de Santa Isabel, deve estender até segunda-feira (25), os empresários acreditam que a medida tem que ser permanente como Igaratá e que esperam uma maior transparência das próximas ações que serão realizadas na saúde e na economia pois, até o momento, o nível de confiança da liderança de Fábia Porto está abaixo das expectativas. BARREIRAS: Segundo a Prefeitura de Santa Isabel, durante as abordagens as pessoas que estão nos veículos passam uma entrevista e é identificado se estão com febre. Também é verificado se tiveram contato com pacientes diagnosticados com a doença ou se apresentam sintomas. Logo nas primeiras horas do bloqueio, dezenas de carros foram impedidos de acessarem a cidade. NÚMEROS: Nesta semana a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Isabel ganhou reforço de três novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), agora, o local conta com nove leitos para receber casos de Covid-19, a doença causada pelo novo Coronavírus. Os novos leitos são voltados exclusivamente para atendimento aos pacientes graves ou críticos, com casos suspeitos ou confirmados da doença. Atualmente, Santa Isabel tem 404 casos notificados, 89 casos confirmados, 112 casos descartados, 60 curados e 15 mortes.


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