522 - Edição do Jornal Agora News

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A N O XI - # 522

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W W W. J O R N A L A G O R A N E W S . C O M . B R

SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2020

Santa Isabel e Guararema têm programação para o carnaval Fotos: Arquivo

Para os foliões que curtem diferentes estilos de músicas, a edição deste ano do Carnaval de Santa Isabel está com uma programação eclética, composta por atrações que prometem agradar a todo o público. Nos dias de festa, a Prefeitura promete trazer muita música e animação em cada atração. Pág. 08

Blocos Fiel Santa Isabel e Conde de Matutóia de Guararema devem arrastar uma multidão novamente no carnaval de 2020


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Enchentes: De quem é a culpa? EDITORIAL

Até o início do segundo semestre, quando encerra o período de chuvas, você, que não teve nenhum prejuízo neste início de ano com inundações e alagamentos não irá mais falar sobre enchentes e sequer lembrará as inúmeras pessoas que conviveram com a angústia de ver o céu ficando carregado. A cada período de chuvas e consequentemente de alagamentos perguntamos: De quem é a culpa? Do cidadão que construiu as margens dos ribeirões ou da Prefeitura que deixou obras avançarem praticamente sobre os afluentes da cidade? Como um polvo gigante, Santa Isabel foi crescendo e avançando para todo lado desordenadamente, com loteamentos e construções irregulares. Com o passar das décadas vimos de forma pacata os ribeirões sendo praticamente engolidos, e hoje, independente de quem foi o responsável no passado, a situação a qual nos deparamos com cada chuva mais forte comprova o quão pouco foi feito para mudar essa realidade. Como combater as enchentes que a cada ano envergonha nossos governantes e revoltam os munícipes? Política pública e planejamento é um começo. Fazer pouco ou nada é compactuar com os erros do passado e hoje Santa Isabel precisa da tão aguardada intervenção efetiva de nossos gestores para encontrarem formas de acabar ou amenizar esse problema que se estende a cada gestão. Na história recente de Santa Isabel, somente o ex-

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-prefeito Helio Buscarioli investiu em obras de combate às enchentes. Pelo jeito não funcionou muito, mas, nos últimos 30 anos foi um dos poucos que tiveram coragem de agir. Fora Buscarioli, outros prefeitos fizeram apenas o que consideramos paliativo, que foi a limpeza e o desassoreamento do principal ribeirão da cidade, o Araraquara. O que nos deixa mais consternados é que além da ausência de um planejamento real do Poder Público vemos ao longo de todo ano – não somente nos períodos chuvosos – que os moradores também não ajudam. Córregos viram depósitos de lixo, onde podem ser encontrados sofás, cadeiras, colchões e carcaças de móveis e de animais. Sobre este tema nós conversamos com um político e iniciamos um debate sobre como amenizar os prejuízos dos moradores que a cada ano registram prejuízos com enchentes. Levantamos a questão de uma possível Lei para isentar o IPTU em casos de prejuízos decorrentes à chuva, como a lei praticada em várias cidades e também na capital paulista. Por lá a isenção é concedida em relação ao crédito tributário e os benefícios podem chegar a R$ 20 mil. Para Santa Isabel, foi abordado que tal Lei traria uma grande perda de receita aos cofres públicos e “premiaria” aqueles que construíram irregularmente seus imóveis em áreas muito próximas aos afluentes. Essas construções foram permitidas através da omissão de sucessivos

gestores irresponsáveis que “facilitaram” as construções e não previram - a longo prazo - o quão seria prejudicial a “vista grossa”. Quanto à Prefeitura de Santa Isabel, essa sim, é a mesma hoje e de décadas atrás - por isso é legítimo cobrarmos quem está atualmente à frente do Executivo. Ou seja, não podemos isentar a Prefeitura da responsabilidade de “corrigir” ações pontuais do passado e fazer justiça àqueles que construíram suas edificações legalmente e mesmo assim são afetados com as enchentes. Neste atual governo, três anos se passaram praticamente sem registros de enchentes, e 2020 o volume de água veio para chamar atenção dos candidatos a prefeito e puxar a orelha da nossa Prefeita Fábia Porto, que dentre inúmeros problemas a serem sanados na infraestrutura da cidade priorizou sustentar sua alta folha de pagamento com cargos comissionados e deixou de lado, por exemplo, as necessárias obras anti-enchentes. Felizmente, mais uma gestão que não se atentou de forma eficaz para o combate às enchentes está se findando e que as águas deste verão sirvam para iniciar a limpeza que o Executivo de Santa Isabel necessita. Precisamos cobrar dos futuros candidatos que se comprometam através de seus Planos de Governo, propostas que coloquem como prioridade os anseios da população como um todo e não de cerca de 200 cargos comissionados, como fez a “Rainha Santa”.

Igreja Católica lança Campanha da Fraternidade RELIGIÃO

A Campanha da Fraternidade (CF) é uma forma que a Igreja Católica no Brasil encontrou de vivenciar a Quaresma. Há cinco décadas a Campanha (CF), coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe temas que apontam para a necessidade de compromisso do cristão. Também propõe discussões e enfrentamento dos problemas que afetam os pobres: precariedade da saúde, do trabalho, educação, moradia, políticas públicas, entre outros já foram foco da CF. O tema proposto em 2020 é Fraternidade e vida: dom e compromisso! Quatro palavras de profundo significado segundo a Igreja Católica. Fraternidade: parentesco, solidariedade entre irmãos, harmonia entre humanos. Vida: tem conceito bem amplo, mas aqui interessa vida como existência. Dom: significa dádiva, presente. Compromisso: é responsabilidade. Assim a Campanha convida os cristãos para cuidar da vida! Vida nas suas diversas dimensões: pessoal, comunitária, social, ecológica, política. A CF 2020 toma

como referência a parábola do bom samaritano (Lucas 10, 25-37). Em 2020, ela convida não apenas os cristãos, mas toda a população, a olhar de modo mais atento e detalhado para a vida, por meio de relações de mútuo cuidado entre as pessoas, dentro de casa, na comunidade próxima e no mundo. O cartaz da Campanha da Fraternidade de 2020, remete à figura

de Irmã Dulce, que será canonizada no próximo mês de outubro. A Campanha da Fraternidade segue até a última semana de novembro, em que os cristãos são convidados a colocar em prática o tema proposto em 2020. Ao longo do ano, as paróquias também recebem doações dos fiéis, que são destinadas ao apoio de projetos sociais da comunidade diocesana.


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Árvore cai e derruba poste de energia elétrica no bairro Geremuniz SANTA ISABEL

No último domingo, 16 de fevereiro, com a passagem de mais uma forte chuva em Santa Isabel, uma moradora da Rua José Rodrigues de Camargo - paralela à Estrada do Santíssimo - no bairro Geremuniz percebeu as consequências causadas pelos fortes ventos e solicitou ajuda ao Corpo de Bombeiros. No local, a queda de uma árvore de grande porte derrubou um poste da linha de transmissão elétrica e deixou várias casas sem acesso, devido ao bloqueio total da via, e sem comunicação. Já com o acionamento do Corpo de Bombeiros, uma equipe da distribuidora de energia Elektro também compareceu ao local por volta das 21 horas, a equipe inspecionou a rua para comprovar que a rede estava totalmente desligada e não colocar a vida de ninguém em risco. A partir de então, foi a vez dos homens do Corpo de Bombeiros trabalharem até as 3 da manhã para desobstruir a rua. A moradora informou

que mesmo estando molhados e cansados - pois já estavam em serviço a quase 24hs - a equipe do Corpo de Bombeiros trabalhou até a retirada de todas as árvores, e que nesses dias de chuva muitas intercorrências aconteceram na cidade e foi assídua a presença dos Bombeiros e Elektro para reparar danos. Já no dia seguinte, uma nova equipe da Elektro esteve no local para reparar os fios e reestabelecer a energia da rua. “Era uma árvore que já havia pedido de corte à Prefeitura de Santa Isabel, mas não deram a mínima atenção, e existem outras no mesmo local, que se ventar mais forte irá acontecer a mesma coisa”, relatou a moradora. ELEKTRO: Nossa reportagem recebeu uma nota da empresa responsável pela distribuição de energia na cidade de Santa Isabel reforçando dicas de segurança para evitar acidentes com a rede elétrica durante temporais: Esta é uma época do ano marcada por ventos,

chuvas fortes e descargas atmosféricas. Devido aos temporais, as quedas de árvores são mais frequentes, aumentando o risco de acidentes com a rede elétrica. A Elektro, alerta à população sobre os cuidados para prevenção dos acidentes. A queda de árvores e outros objetos na rede elétrica, por exemplo, podem levar ao rompimento dos cabos de energia e a queda de postes. Além de provocar a interrupção no fornecimento de energia, a fiação solta pode ocasionar graves acidentes. A Elektro recomenda que, em caso de identificação de algum cabo rompido ou caído no chão, é essencial que a distribuidora seja acionada imediatamente pelos canais de atendimento, como o 0800 701 01 02. Em situações de fios caídos, a população deve ficar o mais longe possível do local. Além de entrar em contato com a distribuidora, é recomendável acionar o Corpo de Bombeiros para que estes isolem a área e prestem os primeiros socorros, em

caso de acidente com a população. A Elektro também recomenda que os moradores não utilizem nenhum objeto, como cabo de madeira ou haste metálica, para afastar o fio partido, devido ao risco de choque elétrico. Outra dica importante de segurança durante chuvas com descargas atmosféricas é não realizar nenhum tipo de obra em fachada externa. Além do risco de acidente pelo contato de hastes metálicas com a rede elétrica, ocasionando graves acidentes, como a morte, também existe a chance desses equipamentos serem atingidos por raios, já que são condutores de energia. A Elektro orienta ainda que, dentro de casa, durante picos de temporais, o ideal é não utilizar aparelhos elétricos e eletrodomésticos, incluindo telefones celulares. Recomenda-se evitar contatos com objetos que possuam estrutura metálica, como chuveiro elétrico, geladeira e torneiras. O uso desses aparelhos é desaconselhável, principalmente, em locais com água, ou com as mãos ou pés molhados.


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Joãozinho e sua contribuição para a história do Carnaval isabelense ARTISTA

“Estação Primeira de Mangueira, nota… 10!”. “Nenê de Vila Matilde, nota… 9 ponto 9”. Na terça de Carnaval ou na Quarta de Cinzas, frases como essas são comuns na apuração dos desfiles, transmitida pela televisão a cada ano. Para quem acompanha o Carnaval das grandes escolas de samba, há grande expectativa para saber qual foi a campeã, quem subiu para o grupo de elite, quem foi rebaixado. E o resultado vai para as manchetes dos principais jornais do Brasil. Para cidades pequenas como Santa Isabel a expectativa com a chegada do Carnaval girava principalmente em torno da apresentação, ou seja, do desfile que contagiava os foliões na principal avenida da cidade. Mesmo com modestos recursos, muitos isabelenses saudosistas relembrarem como foram “outros carnavais” e para poucos ficou na memória como era a montagem de fantasias, alegorias e os ensaios da bateria. Para que os isabelenses caiam na folia, a Prefeitura dispõe de um calendário de festas diversificado, com shows de artistas locais e muita música, nas duas principais praças da cidade. Com o passar dos anos, desfiles comandados por blocos foram tomando lugar dos desfiles que tiveram seu auge nos anos 80 e 90, onde a cidade contava com desfiles com carros alegóricos e alas das baianas, conduzidos por grupos de pessoas engajadas com o Carnaval. COSTUREIRO: E para celebrar um pouco de como

já foi o Carnaval em Santa Isabel, o Jornal Agora News traz um pouco da história de João Batista de Oliveira Neto, 50 anos, costureiro profissional, responsável pelas fantasias de dezenas de desfiles de Carnavais da cidade no passado. “Eram anos incríveis! Meus amigos me auxiliavam na criação e confecção dos modelos, além de desfilá-los. Havia muito preconceito e pouca abertura, mas fomos insistentes e fazíamos tudo com muito amor e alegria”, lembra o artista. João trabalha com moda desde seu oitavo ano de vida. Herdou o dom de sua mãe, apesar da sua autodidática. “Desenho desde os meus quatro anos, observando a minha mãe e estudando o seu material de trabalho comecei a desenvolver as minhas primeiras peças. Aos 16 anos iniciei os trabalhos no Carnaval, a equipe do grupo de jovens da Igreja EJC cedia o carro, onde um grupo de amigos e eu desfilávamos. Era uma atração diferente para uma cidade pequena como Santa Isabel, algumas pessoas não aceitavam e chegamos a levar pedradas, até que conseguimos impor certo respeito e as agressões cessaram”, recorda. O costureiro conta que ele e os amigos usavam o corpo como escultura, uma espécie de manequim para as fantasias, assim como faziam outros foliões das grandes escolas do Rio de Janeiro e São Paulo. “Mas estamos falando dos anos 80, nossas performances eram artísticas, mesmo algumas pessoas achando vulgar e sem senti-

do, nos inspirávamos em temas e transmitíamos nossas ideias na Avenida. Marcos Ramanssote era professor de Jazz e tinha muitas ideias que conseguíamos passar para o papel e confeccionar.” Wilson Galvão Filho, cabeleireiro, 53 anos, figura conhecida na cidade, fazia parte deste grupo de amigos, e acrescenta que naquela época ele e os amigos

viviam o Carnaval a todo vapor. “O Carnaval era mais leve e nostálgico, as pessoas saíam fantasiadas para curtir os bailes, matinês e blocos... o tema quase sempre era livre entre confetes, serpentinas e muita animação. Eram quatro dias intensos e felizes.” O cabeleireiro completa lamentando a falta de incentivo para continuidade da realização dos desfiles.

“Os Governantes acham que Carnaval se faz com alto custo, antigamente a população participava muito mais, o comércio patrocinava e a Prefeitura fornecia o mínimo para segurança do evento, mas eram outros tempos”, lamentou Wilson. Uma das figuras que João destaca na entrevista é o amigo Homero Vallone, responsável por abrir as portas

para o costureiro. “Graças a ele, além das fantasias, criei vestidos e fantasias para os desfiles de Miss Santa Isabel, onde podia demonstrar o meu trabalho. Nesse período conquistei clientes que estão comigo até hoje. Não tem como desassociar o nome do Homero da minha história”, emociona-se. Anos se passaram e João se ausentou do mundo dos desfiles para se dedicar à sua profissão, já que as encomendas entre vestidos de noivas e ternos com corte italianos eram a sua prioridade. Por problemas de saúde se afastou um pouco das máquinas overloques, mas parar totalmente nunca foi uma opção. “Sinto falta daqueles tempos, ainda personalizo abadás, crio fantasias, mas tudo bem limitado. Até hoje recebo mensagens de clientes que me animam a aumentar a demanda e reforçam que o meu talento não pode ser desperdiçado. Aos poucos estou voltando, eu mereço me dar uma nova chance. É gratificante ajudar na melhoria da autoestima das pessoas”, encerra.


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Enchentes e chuva intensa aumentam risco de contrair leptospirose SANTA ISABEL

Santa Isabel, assim como outras cidades, enfrenta sérios problemas decorrentes das enchentes e alagamentos. Na tarde deste último domingo (16), após a forte chuva, o centro da cidade virou um grande rio de água e lama, impossibilitando o acesso geral. Muitas pessoas tiveram que esperar a água baixar para chegar a seu destino, outras, buscaram alternativas em bairros nos arredores. A Defesa Civil Municipal informou que choveu na cidade 50,2 milímetros, em um período de uma hora. Essa quantidade era a esperada para três dias. Alagamentos, queda de árvores, problemas estruturais nas residências são fa-

tos que infelizmente viraram rotina para o isabelense neste início de 2020, no entanto um episódio inédito ocorreu: Com a água, peixes de diversas espécies desceram Avenida Coronel Bertoldo (Variante) abaixo. Moradores locais começaram a capturar os peixes e divulgaram as fotos nas redes sociais, fato que despertou curiosidade e um alerta sobre os riscos de doenças para quem possivelmente consumiu esses peixes. “Era tanto peixe, de tamanhos diversos que até carpa tinha”, afirmou um comerciante que observou de longe a “pescaria”. DEFESA CIVIL: Após realizar diversas vistorias naquela região, o coordenador da defesa Civil Antônio

Carlos Porto e sua equipe apontaram a origem dos peixes, sendo de um tanque em uma Chácara, propriedade particular, localizada ao lado da Casa de Ração Santa Rita, na Rodovia Arthur Matheus, que transbordou após a forte chuva. “Muitos disseram que os peixes eram do tanque da Karibê, fomos até lá e verificamos que essa informação não procede. Os peixes vieram dessa Chácara mesmo”, afirmou o coordenador. LEPTOSPIROSE: Segundo especialistas, os sinais da leptospirose podem aparecer de 10 a 30 dias após a contaminação com sintomas, como: febre alta, dores musculares e de cabeça, náuseas

e diarreia. Além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves, a doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas. Segundo informações do Ministério da Saúde há registros de leptospirose em todo o País, com a maior ocorrência em áreas urbanas e em ambientes domiciliares, como as regiões Sul e Sudeste - apenas em 2019, o Brasil registrou 3.368 casos. Este cenário é agravado pela grande proliferação de roedores nas cidades, principais responsáveis pela transmissão da doença, por meio da urina contaminada pela bactéria leptospira. Os ratos são uma das pragas urbanas mais comuns e

qualquer casa é suscetível à visita indesejada desses animais. Munícipes devem evitar o contato com água ou lama de enchentes - pessoas que trabalham na limpeza da cidade, por exemplo, precisam, sempre, usar botas e luvas de borracha (ou sacos plásticos duplos amarrados

nas mãos e nos pés) para não ter contato com a doença. Para a desinfecção de locais e objetos que já entraram em contato com a lama contaminada, a orientação é diluir água sanitária com em água - 400ml para um balde de 20 litros deixando agir por 15 minutos.


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Associação alerta motoristas sobre riscos no trânsito durante carnaval SEGURANÇA

Quem vai pegar a estrada para aproveitar a folia deve manter a atenção redobrada no trânsito durante o período de carnaval. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). Um levantamento feito pela instituição mostra que, em dez anos, mais de 58 mil pessoas se envolveram em acidentes de trânsito nas rodovias do país. Entre 2010 e 2019, ocorreram 26.438 acidentes, com o envolvimento de 58.706 pessoas, uma média de 2,2 vítimas por registro. Segundo a Abramet, o levantamento, feito a partir do cruzamento de registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), visa a alertar os motoristas a respeito dos riscos da falta de atenção e desobediência às normas de trânsito. Em 2010, foram feitas 3.338 ocorrências desse tipo. Nove anos depois, o número baixou para 1.181. De acordo com a associação, apesar de o número de acidentes no período ter diminuído quase três vezes, os registros ainda são altos no carnaval. “Do total de casos, a série histórica – de 2010 a 2019 – revela que 19.117

pessoas sofreram ferimentos leves ou graves e 1.411 morreram em decorrência da imprudência no trânsito. Somente em 2019, os dias de folia – de 1 a 6 de fevereiro – registraram 2.945 pessoas acidentadas. Desse grupo, 1.567 vítimas sofreram danos físicos ou perderam a vida”, informou a Abramet. Para a associação, durante o período de carnaval, a atenção tem que ser redobrada devido aos riscos de acidentes envolvendo pessoas que consumiram álcool. A mistura de álcool e direção é um dos temas prioritários da associação, que auxiliou com estudos na implementação da Lei Seca para os motoristas brasileiros. “Ao longo dos últimos dez anos, aconteceram 1.506 episódios envolvendo motoristas sob efeito de álcool, que – como consequência – repercutiram em 3.292 vítimas. Desse total, 1.445 sofreram lesões corporais, em diferentes níveis, e 92 morreram. Em 2019, foram 149 vítimas com ferimentos e cinco mortes”, informou a Abramet. Nos casos em que o motorista é pego por dirigir

alcoolizado, a legislação de trânsito determina a aplicação de multa de R$ 2.934,70. Além disso, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) será recolhida, e outro condutor habilitado terá que retirar o carro do local. Se o teor de álcool ficar entre 0,05 mg/l e 0,33 mg/l, o motorista responderá administrativamente. Se for maior do que 0,34 mg/l, ele deve ser levado imediatamente a uma delegacia e responderá também por crime de trânsito, cuja pena é de seis meses a três anos. RECOMENDAÇÕES: Além do alerta, a associação recomenda que os condutores estejam em boas condições físicas e mentais antes de pegar a estrada e façam uma revisão do veículo. O planejamento da viagem também é um fator importante para tornar o deslocamento mais seguro, evitando riscos. Para auxiliar os motoristas, a Abramet elaborou uma lista com dez itens essenciais para condutores, passageiros e pedestres: 1. Confira se está tudo em ordem com a Carteira Nacional de Habilitação

(CNH) e cumpra sempre as restrições e observações descritas no seu documento; 2. Verifique se não há objetos soltos no interior do veículo e se tudo está devidamente acomodado, sem excesso de pessoas ou bagagens; 3. As bagagens deverão sempre ser acomodadas no porta-malas; 4. É fundamental que as crianças com até 10 anos de idade estejam acomodadas no banco traseiro do veículo e utilizando equipamentos de segurança apropriados para cada fase do seu desenvolvimento; 5. O motorista e os passageiros devem sempre estar usando o cinto tipo três pontos, inclusive no banco de trás; 6. Se for dirigir, não pegue a estrada com sono. Procure descansar antes da viagem dormindo pelo menos oito horas; 7. Interrompa a viagem periodicamente para descanso e exercícios, sobretudo em grandes deslocamentos. Longos períodos ao volante reduzem a eficiência do motorista e representam risco de acidentes devido à fadiga. O cansaço predispõe o motorista ao acidente; 8. Alguns medicamen-

tos são capazes de apresentar efeitos colaterais, produzindo sono, torpor e reduzindo reflexos. Durante a condução de um veículo, ao usar um medicamento, tenha pleno conhecimento dos possíveis efeitos colaterais e efeitos adversos. 9. O uso do álcool é absolutamente condenado para quem vai dirigir. É necessário estar em pleno gozo das capacidades físicas e mentais. Mesmo uma dose pode comprometer esse estado de lucidez. 10. O uso de celular na direção de um veículo é proibido. A distração ocasionada pela utilização de aparelhos celulares é uma das principais causas de mortes no Brasil. PRF: A Operação Carnaval deste ano, que começou nas primeiras horas de ontem, sexta-feira (21), fiscalizará 66 mil quilômetros de rodovias federais em todo o país. Segundo a Policia Rodoviária Federal (PRF), a fiscalização vai até a meia-

-noite da Quarta-feira de Cinzas (26), com reforço no número de viaturas e de agentes em ação, além de equipamentos eletrônicos, para reduzir o número de acidentes de trânsito. Nos trechos em que, estatisticamente, é maior a frequência de acidentes graves, e em que o fluxo de veículos aumenta em feriados prolongados como o carnaval, a PRF atua em esquema especial, com equipes reforçadas na fiscalização, orientação e atendimento de ocorrências. De acordo com a Polícia Rodoviária, a garantia de uma viagem segura requer, necessariamente, o compromisso do condutor e dos passageiros dos veículos com sua própria segurança. É necessário que todos mantenham atenção durante a viagem e tenham responsabilidade com seus atos, avaliando se a conduta é segura ou se traz algum risco de envolvimento em acidente.

Bancos fecham na segunda e terça-feira de Carnaval PROGRAME-SE

Os bancos vão ficar fechados na próxima segunda e terça-feira de carnaval. Na Quarta-feira de Cinzas (26/02) o início do expediente será às 12h, com encerramento em horário normal de fechamento das agências, segundo informações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Nas localidades em que as agências fecham normalmente antes das 15h, o início do atendimento ao público será antecipado, de modo a garantir o mínimo de 3

horas de funcionamento. A Febraban orienta os clientes a utilizarem os canais digitais, como sites e aplicativo dos bancos, para a realização de transferências e pagamento de contas nos dias em que não houver expediente bancário nas agências. As contas de consumo (água, energia, telefone etc.) e carnês com vencimento em 24 ou 25 de fevereiro poderão ser pagos, sem acréscimo, na quarta-feira (26). Normalmente, os tributos já vêm com datas ajustadas

ao calendário de feriados nacionais, estaduais e municipais. Caso isso não tenha ocorrido no documento de arrecadação, a sugestão da Febraban é antecipar o pagamento ou, no caso dos títulos que têm código de barras, agendar o pagamento nos caixas eletrônicos, internet banking e pelo atendimento telefônico dos bancos. Os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser pagos via DDA (Débito Direto Autorizado).


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Violência obstétrica e a visão do maior obstetra da cidade Foto: Ilustrativa

ENTREVISTA COM DR. VICENTE JOSÉ RESTANHO

Em pleno século XXI, milhares de mulheres gestantes sem condições de pagar convênio médico sofrem, vez ou outra, com o Sistema Único de Saúde (SUS) no país. Muito se fala sobre violência obstétrica, inclusive programas televisivos e documentários abordam esse assunto com o intuito de alertar vítimas de que aquele atendimento violento e antiético durante um parto não faz parte do protocolo médico. Violência obstétrica é aquela que acontece no momento da gestação, parto, nascimento e/ou pós-parto, inclusive no atendimento ao abortamento. Segundo especialistas, ela pode ser física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, além de negligência, discriminação e/ou condutas excessivas ou desnecessárias, muitas vezes prejudiciais e sem embasamento em evidências científicas. Práticas como esta, submetem mulheres a normas e rotinas grosseiras e muitas vezes desnecessárias, que não respeitam os seus corpos, seus ritmos naturais e as impedem de exercer a sua vontade. CASO REAL: Nossa reportagem conversou com uma isabelense de 37 anos, que no ano de 2015 sofreu a maior perda da sua vida: a morte de sua filha recém nascida. A dona de casa A.P.O. contou que no dia quatro de junho de 2014 recebeu a confirmação através de um exame de sangue que seria mãe. “Confesso que naquele momento, recordei das vezes em que acompanhei minhas amigas que abriram o mesmo exame que eu, no entanto nunca tinha visto um ‘P’ tão grande de positivo como foi no meu caso. Chorei de preocupação e felicidade, pois sabia que teria um longo caminho pela frente”, lembra. A.P.O. havia terminado o relacionamento com seu parceiro e recebeu o apoio de seus familiares e amigos durante os meses de gestação. “Aquela criança me preencheu de felicidade. Assim que descobri a gestação iniciei o pré-natal pelo SUS, nunca faltei às consultas,

tomava minhas vitaminas diariamente, me alimentava saudavelmente – queria meu filho com muita saúde.” A então futura mamãe descobriu o sexo do bebê no quarto mês, seria uma menina, Laura. “Logo vieram os presentes. O guarda-roupa da minha menina foi tomado por roupinhas cor de rosa, estava tudo preparado para a sua chegada”, recorda. O PARTO: No dia 31 de dezembro de 2014, a dona de casa sentiu uma forte dor na barriga e correu até o hospital. Ao ser submetida ao exame de toque, foi informada pelo médico que não estava em trabalho de parto e não havia dilatação. “Voltei para a casa e retornei ao hospital no mesmo dia. Estava perdendo muito líquido. O médico disse que era urina e relutei que não era. Me aplicaram buscopan na veia e me liberaram em seguida. As dores continuaram, mas estava constrangida de ir até o hospital. No dia 02 de janeiro, de madrugada, a dor voltou bem mais forte e já não aguentava mais. Corri até o hospital e finalmente me internaram”, disse. A parturiente ficou por horas no quarto, quando finalmente veio uma enfermeira obstétrica fazer o exame de toque e confirmou que ela estaria em trabalho de parto. “Aplicaram medicação para auxiliar na dilatação, mas já não tinha forças o suficiente para ter minha filha via parto normal. Mesmo assim, insistiram, quando viram que a Laura não nascia, a enfer-

meira foi por trás de mim e apertou minha barriga bem forte – assim a minha menina nasceu. Foi um parto horroroso, mas ver o rostinho da minha filha tão linda e aquele olhar penetrante aliviaram minhas dores por alguns instantes”, conta. Logo em seguida encaminharam a recém-nascida até o berçário, e a humilhação não parou por aí. “Tive o desprazer de ouvir da enfermeira ao me dar os pontos que eu parecia uma ‘vaca’, foi péssimo. Eu imagino que as novas e futuras mamães devam ser acolhidas pelos profissionais de saúde, o que não foi o meu caso”, relata. A nova mamãe foi para o quarto e após algumas horas recebeu a notícia de que a bebê veio a óbito. “A justificativa deles foi que minha filha entrou em sofrimento fetal. Infelizmente isso ocorreu porque o hospital não oferecia suporte para criança recém-nascida, segundo os profissionais, tentaram transferi-la para outro hospital, mas ela não resistiu”, lamenta. A nossa entrevistada foi do dia mais feliz da sua vida para o mais triste. “O meu trauma foi tão forte que aconselho às futuras mamães que paguem por seus partos, parcelem ou peçam ajuda. Busquem uma maternidade com recursos. A minha filha viveu fora da minha barriga por quatro horas, se tivesse o suporte necessário talvez estivesse aqui comigo completando seus cinco anos de idade. Graças a Deus consegui realizar o sonho de ser mãe no-

vamente, meu bebê arco-íris está com dois meses, porém o vazio que a morte da Laura deixou será eterno”, encerra. MÉDICO: Nossa reportagem conversou com Dr. Vicente José Restanho, ginecologista obstetra da cidade de Santa Isabel. Em seus 28 anos de medicina, Dr. Vicente já trouxe ao mundo mais de cinco mil crianças. Indagado sobre o tema desta reportagem, o médico discorreu que a violência obstétrica pode ocorrer durante o pré-natal, no pós-parto, ou até em atendimentos pós-abortamento. “A paciente necessita de um suporte físico e emocional durante o processo de gestação até o pós-parto, se isso é quebrado, é considerado um ato de violência.” Em contrapartida, o especialista afirma ser necessário muita cautela para determinar se a paciente sofreu violência obstétrica. “É importante que seja feita uma investigação precisa sobre cada caso. Quando o relacionamento do médico e paciente é conflituoso, e começa a haver uma divergência entre ambos, pode acontecer da paciente ficar relutante às orientações do profissional. O médico também pode ficar reativo a alguma questão levantada pela paciente. O ideal é que, a partir do momento que essa relação comece a ficar difícil, ambos, tanto médico quanto paciente sejam acompanhados em todos os procedimentos por pessoas de sua confiança”, alertou. O profissional considera que hoje em dia a huma-

nização nos atendimentos é essencial para acolher os pacientes. “Infelizmente o quadro da paciente grávida pode ser positivo, no entanto intercorrências podem ocorrer, já que a gestação por si só é uma situação de risco. O aborto ou morte do bebê pós-parto é extremamente traumatizante para a mãe, em muitos casos a equipe médica fez tudo o que estava ao seu alcance, mas o pior pode vir a ocorrer.” Restanho e sua equipe orientam as pacientes sobre todas as etapas dos procedimentos a serem adotados. “Eu converso muito com as minhas futuras mamães, tento esclarecer todas as dúvidas. Procuro dar a mesma atenção para todas, mas no caso de pacientes que sofrem um aborto ou a perda de um filho, o peso é diferente. Tanto ela quanto eu estamos na expectativa que tudo dê certo”, afirma. Existem casos de mulheres que ficaram horas em trabalho de parto e recorreram à cesariana, outras que o parto já estava evoluído e a cirurgia seria impossível. “No caso de limite de horas no trabalho de parto, considero difícil calcular. Uma mulher pode atingir 36 horas de trabalho de parto, tudo depende da sua evolução. Cada centímetro de dilatação equivale à uma hora de trabalho de parto. Na maioria dos casos, o obstetra sabe quando recorrer a uma cesariana. O único ponto irreversível para a cirurgia de emergência é quando a criança está ‘coroada’ - sua cabeça já está encaixada. A partir daí são adotados outros procedimentos para auxiliar o parto normal”, diz. Para encerrar, Dr. Vicente orienta às futuras mamães e aos profissionais de saúde que a situação desde o pré-natal até o pós-parto tem que estar favorável para a paciente. “Esse período será uma recordação que ela levará para o resto da vida, é preciso profissionalismo, cuidado e cautela. A minha conduta é orientar a paciente o que é melhor para ela, sempre”, finaliza.

VISÃO JURÍDICA: Consultamos o Presidente da OAB de Santa Isabel, Dr. Vagner Lobo sobre os amparos legais para quem sofre violência Obstétrica. Segundo o advogado, no sistema jurídico brasileiro já possui legislação genérica estadual a respeito, embora não haja lei federal específica. “O estado de Santa Catarina editou a Lei 17.097, de 17 de janeiro de 2017. O estado de São Paulo tem o Projeto de Lei 1.130, de 2017, de autoria da deputada Leci Brandão, que trata do tema. Todavia, os atos de violência obstétrica, independentemente de edição de lei específica, podem caracterizar fatos típicos e antijurídicos, já previstos no Código Penal, como os crimes de homicídio, de lesão corporal, de omissão de socorro e contra a honra”, informou. Os projetos de lei 7.633/2014 (de autoria do deputado Jean Wyllys), 8.219/17 (de autoria do deputado Francisco Floriano) e 7.867/17 (de autoria da deputada Jô Moraes), em trâmite no Congresso Nacional, também dispõem sobre as diretrizes e os princípios inerentes aos direitos da mulher durante a gestação, pré-parto e puerpério e a erradicação da violência obstétrica. Dr. Vagner Lobo destaca que na Constituição Federal de 1998 contém o princípio da igualdade e dispõe sobre o direito à plena assistência à saúde. “A Carta Magna enuncia de forma original o dever do Estado de coibir a violência contra as mulheres, que inclui, portanto, o dever de prevenir e punir a violência obstétrica. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Assim, as mulheres são iguais aos homens, tanto em direitos como em deveres”, conclui o presidente da Ordem.


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22 de Fevereiro de 2020

Santa Isabel e Guararema têm programação para o carnaval EM IGARATÁ NÃO TERÁ FOLIA ESTE ANO

Ontem, sexta-feira (21), a Bateria da Igreja Bola de Neve entrou na Avenida da República, levando ao público muita batucada e animação. A galera do pagode já pode marcar encontro na Praça Fernando Lopes, a música fica por conta da Banda Kurtindo +, que se apresentará em todas as noites da festa. Já o DJ Eduardo Nunes, comanda a madrugada, agitando a galera que curte música eletrônica. Aos amantes do rock clássico e da boa e velha MPB, a Banda Cocadas e Beijos e os meninos do Grupo Fanfarrões darão o tom na Praça Fernando Lopes, se apresentando todas as noites, a partir das 20h. Na terça-feira, dia 24, o Trio Elétrico do Boi Olá marcará presença no Carnaval mais animado da região. As crianças também têm o seu espaço na programação de Carnaval. No domingo, dia 23 e na terça-

-feira, dia 25, a partir das 14h, brinquedos e brincadeiras vão fazer a alegria dos pequenos na Matinê da Praça da Bandeira. Para a galera fitness, o aulão de Zumba e outros ritmos também está programado. A atividade prevista este sábado, segunda e terça-feira, acontecerá sobre o comando de professores da Secretaria de Es-

portes, com a participação das academias locais. Para completar a alegria dos foliões, os bloquinhos carnavalescos desfilarão na Avenida. No domingo, dia 22, têm os blocos dos Fanfarrões, Vila de Pedrina, Maria Baiana e Chope do Leopoldo. Na segunda-feira, dia 24, é a vez do desfile da Fiel Santa Isabel e no dia 25, fechando a fes-

ta, a alegria contagiante dos blocos Festa Boom, Chope do Leopoldo, Maria Baiana e Boi Olá. A concentração acontece a partir das 20h. Segundo a Assessoria de imprensa, o cronograma do evento também busca agradar a foliões de todas as idades, levando alegria para ainda mais gente. GUARAREMA: Tendo como referência dos car-

navais já realizados, a cidade de Guararema investiu neste ano no Carnaval de Rua que também promete muita animação. A concentração será no Parque de Lazer “Profª Deoclésia de Almeida Mello” - Rua Padre Cornélio – Centro, das 15h às 21h, com a seguinte programação: Dia 22 - Bloco Arueira e O Lindo Bloco do Amor; Dia 23 - Bloco O Conde de Matutóia (foto); Dia 24 - Bloco Nóis Sofre, Mais Nóis Goza e Dia 25 - Bloco do Cride. ARUJÁ: Pelo quinto ano seguido, a cidade de Arujá mantém uma programação voltada somente às crianças onde serão realizadas as tradicionais matinês de carnaval. Este ano, os dias de folia ocorrerão no domingo (23) e terça-feira (25) das 14 as 18 horas, no Ginásio Municipal Habib Tannuri. Segundo a Prefeitura,

as “crianças e adolescentes poderão aproveitar gratuitamente a festa e desfilar as sempre bem-vindas fantasias e máscaras, além dos confetes e serpentinas”. O Ginásio fica na Rua Maranhão, 385, no centro da cidade. IGARATÁ: Já na cidade de Igaratá, a Prefeitura Municipal definiu que não haverá programação de folia neste ano. Segundo a assessoria de imprensa local, há um precatório de quase R$ 5 milhões que deverá ser pago esse ano. Ele corresponde a quase 10% do orçamento do município para 2020. A dívida foi gerada na gestão passada numa ação trabalhista de um médico contra o Município. O valor pode deixar os servidores municipais por três meses sem salário. O prefeito Palau optou por economizar recursos ao invés de investir no carnaval.


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15 de Fevereiro 2020

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Justiça Eleitoral encerra prazo para cadastro da biometria QUEM NÃO FEZ DEVE PROCURAR CARTÓRIO EM JANEIRO

A Justiça Eleitoral encerrou na última quinta-feira (19) o prazo para que eleitores de Santa Isabel façam o cadastro da biometria. O município estava entre as cidades paulistas que iniciaram o processo nos Cartórios Eleitorais em fevereiro de 2019. A ideia da biometria não é agilizar a votação, e sim oferecer mais segurança ao processo. Ela se soma aos outros dispositivos de identificação do eleitor - como o caderno de votação e a exigência de apresentação de documento oficial - para aumentar a confiabilidade do sistema de votação. Filas tomaram conta dos arredores do Cartório Eleitoral de Santa Isabel nos últimos dias do prazo final. A enfermeira Cristiane Miranda foi uma das pessoas que não fizeram o cadastro. “Trabalho em São Paulo,

minha rotina é bem intensa. Todas as vezes que fui até o Cartório me deparava com uma longa fila, impossibilitando meu cadastro. Meu tempo é muito curto para atender as demandas do dia”, explica. Sem a realização da

biometria, o cidadão corre o risco de ficar sem o Título de Eleitor por definitivo. Com isto, a pessoa fica impedida de votar, solicitar passaporte, se inscrever em concursos públicos, pedir empréstimo em banco público ou

renovar/fazer matrícula em instituições públicas de ensino e obter CPF, que pode trazer transtornos para receber a aposentadoria. “Não sabia dessas informações, acho que esse tipo de impedimento teria que ser mais divulga-

do, pois muitas pessoas como eu não conseguiram realizar a biometria. Espero que o Governo dê um prazo maior para eu resolver essa questão”, lamentou Cristiane. Flávia Domingas, 33 anos, auxiliar administrativo da OAB, destacou a importância em atualizar processos como o da biometria logo no início, justamente para não correr o risco de esquecer ou perder o prazo. “Realizei meu cadastro no ano de 2017, como o cadastro é realizado em horário comercial, o nosso Gestor nos deu a oportunidade de agendar e realizar a biometria em grupos, para que a subseção não ficasse vazia. É muito importante manter toda a documentação atualizada, o não cadastramento da biometria gera entraves futuros, não dá para correr esse risco”, avisa. Nossa reportagem

conversou com a chefe do Cartório Eleitoral, Akemi Yamasaki, sobre a porcentagem de pessoas que não cadastraram a biometria. Ela nos informou que os números relativos aos eleitores que não compareceram serão disponibilizados somente em janeiro, após o recesso. Sobre a prorrogação da biometria, Akemi destaca que a partir desta última sexta-feira, os munícipes que não compareceram já estarão com os títulos em processo de cancelamento, portanto, o eleitor deve procurar regularizar o quanto antes, isso a partir de 7 de janeiro, sendo necessário o agendamento. A Chefe do Cartório alerta que haverá plantão para atendimento somente para alistamento do primeiro título nas seguintes datas: 02, 03 e 06/01/2020, das 12 às 17 horas.

R$ 395 mil do MIT garantirá o início da revitalização do Monte Serrat MUNICÍPIO DE INTERESSE TURÍSTICO

Foi em janeiro deste ano que o governador João Dória divulgou a triste notícia sobre o cancelamento de diversos convênios celebrados do (Município de Interesse Turístico) e entre as cidades estava a cidade de Santa Isabel. Após quase um ano de articulação política das cidades que tiveram os convênios eliminados, o setor de Turismo de 203 cidades encerrou o ano de 2019 com a boa notícia envolvendo a assinatura de 269 convênios no valor de R$ 128,6 milhões para financiar obras no estado. Os recursos são do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur). Os municípios contemplados estão 67 Estâncias e 135 Municípios de Interesse Turístico (MIT’s), dentre eles está a cidade de Santa Isabel que utilizará a verba de

e prefeitas também pudessem atender demandas municipais. Prometemos e cumprimos o objetivo de ser um governo municipalista. Não fazemos gestão partidária ou ideológica, todos os municípios são iguais. Temos uma única nação, a dos brasileiros de São Paulo”, disse Doria a uma plateia de cerca de 1,5 mil pessoas. Os convênios da Secre-

R$ 395.930,91 para iniciar a primeira fase das obras de reforma e revitalização do Mirante do Monte Serrat. Segundo a Prefeitura de Santa Isabel, para 2020 serão mais R$ 665 mil com previsão de repasse já para o início do ano. A assinatura dos con-

vênios foi durante a realização do 2º Seminário de Gestão Pública, no Expo SP. Na ocasião, o Governador João Doria anunciou investimentos de R$ 494 milhões em obras e serviços para municípios nas áreas de Habitação, Educação,

Saneamento, Turismo, Segurança no Trânsito, Justiça, Desenvolvimento Regional e Infraestrutura. “São Paulo termina seu primeiro ano de governo sem dívidas, pagando seus fornecedores em dia e antecipando R$ 1,1 bi em ICMS para que prefeitos

taria Estadual de Turismo por meio do Dadetur são voltados para obras de infraestrutura turística. De janeiro até dezembro de 2019, a Secretaria repassou recursos para obras em andamento, reativou convênios cancelados no início do ano e firmou novos convênios, que totalizaram R$ 418,8 milhões para obras em estâncias e municípios de interesse turístico.



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