Comunicare 321

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Política

Cultura

Público geek gasta cerca de 40% a mais que a média nacional

Fotografia Ensaio registra festa de militantes pela libertação do ex-presidente Lula

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Número de eleitores jovens cai no Paraná e indica desinteresse crescente

Curitiba, 13 de Novembro de 2019- Ano 22 - Número 321 - Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Mais um abandono Another Abandonment Devolução de crianças adotadas corresponde a cerca de 10% dos casos, segundo a Vara da Infância e da Juventude. A anulação causa grande impacto emocional nos órfãos e, por não ter amparo em Lei, é comparada ao abandono de um filho biológico.

Paraná tem 925 criancas disponíveis para adocao e 8% dos pais pretendentes, segundo dados do Cadastro Nacional de Adocao (CNJ)

CIDADES | pag.6.

Mariana Geiger

Mamografias em risco No ano passado, o número de mulheres entre 50 e 69 anos que fizeram mamografias pelo SUS foi o menor dos últimos cinco anos, mostra um estudo da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Os principais fatores para o problema são a carência de técnicos e médicos radiologistas, a falta de qualidade e subutilização de mamógrafos e a desinformação a respeito do exame. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa é de que o Brasil tenha cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama neste ano, o que representa 56 casos em cada 100 mil mulheres. Este é o segundo tipo de câncer mais recorrente entre mu-

Pelo fim do assédio

lheres, atrás apenas do câncer de pele. Apesar do panorama nacional complicado, o Paraná se destaca na prevenção à doença, com volume adequado de equipamentos e boa cobertura de exames: o estado ocupa a segunda colocação em um ranking de mamografias realizado pela SMB, com 30,4% de cobertura dos exames. Toda mulher com mais de 35 anos tem, no Paraná, direito de realizar uma mamografia por ano na rede pública. No Brasil, o direito é restrito a mulheres com 50 anos e permite exames a cada dois anos.

CIDADES | pag.5.

Mamógrafo do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.

O volume de denúncias de importunação sexual em ônibus cresceu 156% em Curitiba, chegando a 59 casos. A prática é considerada crime desde o ano passado e prevê pena de um a cinco anos de prisão em regime fe-

chado. As denúncias devem ser feitas junto à Guarda Municipal, pelo número telefonico 153. CIDADES | pag.3.


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Opinião

Cadê a capa do Bolsonaro? Beatriz Bleyer 2ºPeríodo

O

presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL) gravou uma live nas redes sociais nesta terça-feira (29) para se proteger da reportagem exibida pelo Jornal Nacional, que o associa ao assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018. Aos berros, utilizando de palavrões, o presidente se mostrou abalado, e em total descontrole emocional. Essa cena chocou a muitos telespectadores, no entanto não houve a mídia tradicional explorando o surto do presidente, o que ocorreu com diversas políticas mulheres. Figuras como Dilma Rousseff e Gleisi Hoffmann foram atingidas inúmeras vezes por manchetes de revistas, como a Veja e IstoÉ, contendo termos como: despudoradas, agressivas, fora de controle, explosões nervosas e descontroladas

demais para cargos que exigem “racionalidade”. A verdade é que essas matérias nunca estavam interessadas em trazer informações concretas sobre a saúde dessas mulheres, mas sim fontes de pouca credibilidade, que se uniam para deslegitimar o trabalho de mulheres em meios que não são maioria. Apesar dos escândalos causados por Bolsonaro, as frases agressivas, machistas, preconceituosas, e que ferem os direitos humanos, ditas diariamente em meio público, o presidente ainda não teve a honra de ser capa dessas revistas e jornais, e nem de ser chamado de “desequilibrado” ou “surtado”. Por isso eu questiono: cadê a capa do Bolsonaro? Esse comportamento da imprensa apenas serve para evidenciar como mulheres que

Opinião

Mais um 7x1 na conta Gabrielly Dering 2ºPeríodo

H

á uma tendência alarmante que visa desmoralizar os estudantes no Brasil. Principalmente no que diz respeito aos cotistas, bolsistas e alunos de Universidades Federais. Com todo o estigma criado, quem está incluso em políticas públicas deixa de ser alguém que conquistou seu espaço na educação para tornar-se o que o presidente Jair Bolsonaro chama de “idiotas úteis” que “mamam nas tetas do governo”.

governantes está se instaurando sobre os estudantes. Segundo Jurandir Freire Costa, “O alheamento consiste numa atitude de distanciamento, na qual a hostilidade ou o vivido persecutório são substituídos pela desqualificação do sujeito como ser moral”. Não seria, então, os constantes cortes nas verbas, ofensas e ameaças uma prática do alheamento que, por fim, se caracteriza como forma de violência?

Ao mesmo passo que vários cortes são feitos, a demanda aumenta. A Direção-Geral de Ensino Superior (DGES) publicou estatísticas que confirmam o aumento de novos requerimentos de bolsas de estudo para o ano letivo de 2019-2020. Já a PEC Paralela à Reforma da Previdência, esperando para em breve ser aprovada, põe em risco milhares de bolsas de estudos já implementadas. Só no Rio Grande do Sul, cerca de 100 mil alunos podem perder seus direitos.

Seria este um problema de relação de poder, em que a ideia de meritocracia e o tão incômodo “eu tenho, você não tem” ecoa na mente da classe média alta brasileira? Como diz Lucas Afonso em seus versos, será “medo de encontrar favela na lista de aprovados no vestibular”?

Esses são exemplos de que um estado de alheamento dos

Expediente REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO Suyanne Tolentino De Souza

cabem aqui. Nenhum homem passa por essa situação, eles são no máximo criticados, mas nunca há uma desconfiança de que um ser do sexo masculino não possa assumir um cargo de poder. Essa violência e ódio se justificam pelo machismo, o sexismo, e a misoginia. O medo de uma mulher assumir os espaços classificados como espaços do masculino. Por isso o preço pago pela Dilma foi tão alto. Foi muita audácia por parte de uma mulher querer ocupar o principal cargo político do Brasil: presidência da república. Pois quem imagina, e aceita que alguém do sexo feminino pode ostentar o título de eleita e reeleita para governar?

Outras situações contribuíram para a construção de uma imagem pública altamente negativa da mulher na política, a exemplo a ex presidente Dilma. Houve situações em que a ex presidente se mostrou despreparada e incompetente ao cargo, porém o que a mídia fez foi estender as críticas a ponto de classificá-la como: louca, pato manco, zumbi, arrogante, e outros adjetivos esdrúxulos que não

Comunitiras Sarah Guilhermo

É clara e inteligente a tática de desmoralização ao acesso à educação e aos estudantes em si. Afinal, quanto mais detemos de informação e somos incentivados a pensar, criticar e discutir, mais perigosos podemos ser para as estratégias governamentais.

Edição 321 - 2019 | O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com | http://www.portalcomunicare.com.br

Pontifícia Universidade Católica do Paraná | R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL Renan Colombo (DRT-PR 5818) Lenise Klenk (DRT-PR 3909) COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade

MONITORIA COORDENADORA EDITORIAL Julianne Trevisani Suyanne Tolentino De Souza FOTO DA CAPA Sarah Guilhermo (2º Período)

ocupam posições de poder são vulneráveis a ataques misóginos, e por refletir em todas as mulheres, que acabam sendo diminuídas na capacidade intelectual, potências ativas, éticas e políticas. Desembocam numa generalização grosseira para o gênero feminino, isto é, à construção estereotipada de que a mulher não tem condições de manter um diálogo.

REPÓRTERES Hellena César 2º Período

Sthefanny Gazarra 2º Período

Letícia Simao

Carolina Sabatini

2º Período

2º Período

Mariana Scavassin

Daniela Cintra

2º Período

2º Período

Brunna Gabardo

Diogo Santos

2º Período

2º Período

Nathalia Brum

Lucca Marreiros

2º Período Sabrina de Ramos 2º Período

2º Período

Bruna Colmann 2º Período

Sophia Gama 2º Período Giovanna Kucharski 2º Período

Juan Camilo 2º Período Camila Acordi 2º Período Laura Luzzi 2º Período Maria Victória Bruzamolin 2º Período Amanda Gabrielle 2º Período Bruna Cominetti 2º Período Isabelle Almeida 2º Período Beatriz Tsutsumi 2º Período

Sarah Guilhermo 2º Período Carolina Nassar 2º Período Beatriz Bleyer 2º Período Lorena Rohrich 2º Período Marina Geiger 2º Período Isadora Deip 2º Período Gabriel Malucelli 2º Período


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Cidades

Cresce denúncias de importunação sexual em ônibus de Curitiba Transporte coletivo é o cenário em que mais ocorrem os casos registrados pela Guarda Municipal, que recebe denúncias pelo telefone 153 Eduarda Fiori Marcelo Makhoul Ricardo Luiz da Silva 2ºPeríodo

A

s denúncias de importunação sexual no transporte público de Curitiba mais que dobraram neste ano em relação ao ano anterior. De janeiro a setembro de 2019, foram registrados 59 casos, 36 a mais que os 23 casos registrados pela Guarda Municipal em 2018, no mesmo período. O aumento das denúncias se deve ao incentivo à campanhas como a “Busão Sem Abuso”, lançada em 2014. Também é importante ressaltar que a importunação sexual passou a ser crime no Brasil no dia 24 de setembro de 2018. O crime possui uma pena estipulada entre 1 e 5 anos em regime fechado. O transporte coletivo se sobrepõe pelo número de casos e, por isso, se tornou o foco da Guarda Municipal, que recebe ocorrências através número de emergência 153. Apesar de o número de denúncias ter aumentado em relação a 2018, muitas vítimas permanecem em silêncio. A delegada e coordenadora da Delegacia da Mulher (Codem), Márcia Marcondes, explica o receio das vítimas. “É uma situação que não se espera que aconteça com a gente. É paralisante,” diz a delegada. “As mulheres sempre têm medo de que, através da denúncia, o quadro se reverta contra elas. Isso é uma coisa cultural, que temos que mudar”. Esse é o caso da estudante de marketing Júlia Mattos, 18 anos, que sofreu importunação sexual no Ligeirão Santa Cândida, porém não fez a denúncia. A jovem conta detalhes da experiência. “Eu voltava do meu trabalho à noite, e me sentei em um banco do vermelhão”. Tinha um homem que me encarava com um olhar fixo, isso estava me incomodando muito.”

Ricardo Luiz

Ônibus Ligeirão Boqueirão no Terminal do Hauer Apesar de a estudante demonstrar não se sentir confortável com a situação, o importunador continuou. “Ele ficou do meu lado e começou a roçar o corpo no meu braço, ficava pressionando.” Júlia relata que ficou assustada: “Não acreditei

tunação sexual são de extrema importância: “Além do fato de que o importunador tem que ser punido por estar cometendo um crime, é importante para, assim, evitar que mais pessoas passem por essa situação.” diz Márcia Marcondes. Para realizar

o caso), e também descrever a aparência do importunador.

que ele estava gostando de se esfregar na parte lateral do meu corpo. Eu não esbocei reação porque não sabia como reagir.” Apesar da falta de denúncia, ela toma precauções nos transportes coletivos, e completa: “Não me sinto segura, principalmente em ônibus maiores e com linhas grandes. Eles vão mais lotados e têm mais chances de isso acontecer.”

a denúncia, a coordenadora orienta a utilização do número de emergência 153 da Guarda Municipal, e explica o processo de abordagem após a denúncia. “Temos um esquema prévio, que é fazer a abordagem ao ônibus e, do próprio ônibus, encaminhar tanto a vítima quanto agressor e testemunhas para uma unidade policial”. Entre as informações mais importantes ao se fazer a denúncia estão o horário, o trajeto (se não ocorreu em um ônibus, é preciso relatar em que terminal ou via pública ocorreu

existe desde 2014 e incentiva a denúncia por meio de cartazes e informativos além de manter equipes treinadas para trabalhar no transporte público da capital.

A campanha A “Busão Sem Abuso”, lançada pela Prefeitura de Curitiba, URBS e Secretaria da Mulher,

“O crime tem pena estipulada entre 1 e 5 anos em regime fechado”

Para que haja mais segurança durante o percurso de passageiros, as denúncias de impor-

Veja mais Saiba como denunciar uma impotunação ou assédio. portalcomunicare.com.br

Depoimentos de vítimas:

Mulheres relatam assédio e importunacáo presentes em vários ambientes Importunação e assédio

evento ocorreu no seu perí-

do por uma designer de 22

“Ele começou a me segurar

sexual possuem diferenças,

odo da faculdade, enquanto

anos, que também preferiu

quando eu disse que estava

enquanto a importunação

ela esperava o horário da

o anonimato. Ela começou

indo embora, o empurrei e fui

ocorre em lugares públicos

aula. “Entrou um rapaz na

descrevendo o momento

em direção a porta, então ele

ou de acesso público como

minha sala enquanto vazia,

que estava em uma festa

tentou me enforcar, mas na

o toque sem autorização, o

perguntando se haveria aula,

com amigos em comum

hora de abrir a porta da sala,

assédio é hierárquico, uma

e eu não sabia dizer. Então

do assediador que bebeu

ele simplesmente arrancou o

situação de vantagem sobre

ele balbuciou algo, veio em

demais, por esse motivo ela

trinco, e ficou esfregando seu

a vítima, na qual normal-

minha direção, e tentou me

não teve problemas para o

corpo em mim com o trinco

mente a vítima já conhece o

beijar. Eu me esquivei e per-

levar embora com seu carro.

que ele pressionava na minha

agressor.

cebi que ele estava alterado.”

Depois de chegar no local, ela

costela.” A vítima contou

Sobre a denúncia, a vítima

precisou ir ao banheiro, mas

que seus amigos acabaram

conta que optou não fazer.

o assediador tentou abrir

apoiando o assediador, e ela

a porta, após isso a desig-

não fez a denúncia.

Uma analista financeira, de 24 anos, que preferiu não se identificar relatou que o

O segundo relato é conta-

ner preferiu deixar a casa:


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Cidades

Linha Turismo oferece desconto para os curitibanos Até dezembro, os moradores que têm cartão transporte pagarão o preço da tarifa comum na linha turismo Hellena César Letícia Simão Mariana Scavassin 2º Período

O

projeto Primavera oferece passagens no ônibus panorâmico de turismo, a famosa Jardineira, por R$4,50 a moradores de Curitiba. O preço promocional é uma iniciativa da Prefeitura juntamente com a Urbanização de Curitiba (Urbs). A tarifa promocional é válida nas terças, quartas e quintas-feiras até o dia 20 de dezembro e deve ser paga a cada embarque. Atualmente, o preço da tabela da Linha Turismo é R$ 50. A promoção é direcionada aos moradores da cidade que possuem o cartão usuário da linha comum de ônibus, a fim de incentivar o uso do ônibus turístico em dias de menor fluxo. Os turistas continuarão pagando o valor tabelado da linha especial, que dá direito a embarques ilimitados por 24 horas. A iniciativa foca os curitibanos como uma forma de estimular o fluxo turístico da cidade no período de baixa temporada, pois os índices de maior movimento se dão nas férias. Além disso, a adesão dos moradores é recente, uma vez que, em 2018, eles compunham apenas 10,45% dos usuários da Linha Turismo. Conforme previsões da Urbs, é esperado um aumento de 12 mil passageiros por mês com a implantação da medida.

Apesar de a iniciativa ser direcionada ao público curitibano no geral, o fato de apenas o cartão transporte no nome do usuário ser aceito dificulta a adesão da promoção por crianças e idosos, uma vez que esses grupos não possuem o cartão usuário, ou são isentos de tarifa. A nutricionista Juliana Figueiredo, que mora em São José dos Pinhais e trabalha em Curitiba, estava com o filho Lucas, 7 anos, na fila de embarque do ônibus na Praça Tiradentes. Ela soube da promoção através da divulgação na televisão e quis levar o filho pela primeira vez para realizar o passeio. Porém, ao chegar no ponto, descobriu que Lucas não poderia desfrutar da tarifa especial: “Achei que ele pagaria junto uma passagem também no meu cartão: mas, não, paga integral”, conta Juliana.

Aumento de embarques Até setembro de 2019, já são contabilizados mais de 400 mil embarques totais na Linha

Catedral Basílica de Curitiba localizada na Praça Tiradentes. os tíquetes de papel em março e permite embarques ilimitados nos ônibus em um período de 24 horas. No mês da mudança, a quantidade de usos nos ônibus cresceu 39% em relação a março de 2018. Paralelamente à mudança no modelo de embarque, em maio, foi colocado em pauta na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) um projeto que prevê a gratuidade da Linha Turismo no dia 29 de cada mês como forma de incentivo à cultura do curitibano. A data foi escolhida como uma homenagem ao aniversário da capital. O projeto está em processo na Câmara e aguar-

“Achei que ele pagaria junto uma

passagem também no meu cartão: mas não, paga integral” Condições

A tarifa Primavera tem algumas condições para uso. A utilização do cartão usuário na linha especial só é válida para os créditos adquiridos por pessoa física a partir da publicação do decreto, no dia 30 de setembro. O morador pode desembarcar em qualquer ponto turístico per-

Letícia Simão

corrido pela linha, porém só poderá embarcar em outro veículo turístico após o intervalo de 30 minutos. O valor de R$ 4,50 será debitado a cada embarque no ônibus. Cartões de estudante, avulsos ou com isenção tarifária não serão aceitos na promoção.

Turismo, segundo dados do Instituto Municipal de Turismo de Curitiba. O índice corresponde a um aumento de 7,8% em comparação ao ano anterior. A Secretaria Municipal de Turismo constata que o aumento se dá devido à implementação do cartão próprio para embarque no ônibus. O cartão substituiu

da instrução da Procuradoria Jurídica. A Linha Turismo percorre 26 pontos turísticos de Curitiba em um trajeto de 45 quilômetros. O passeio dura em torno de três horas e começa na Praça Tiradentes, porém é possível embarcar no ônibus em qualquer um dos pontos do roteiro. Isadora Mendes

Os horários de operação da linha são das 9 da manhã até as 17h30 da tarde e os veículos circulam a cada 30 minutos. A linha especial não funciona nas segundas-feiras, exceto no período das férias e em feriados.

Serviço Para pagar R$4,50 na Linha Turismo:

• • •

Possuir cartão transporte USUÁRIO titular de pessoa física Para cada embarque será cobrado o valor de R$4,50 Os dias da semana permitidos para o uso do cartão usuário sâo terça, quarta e quinta-feira, exceto

• • •

feriados Vale transporte isento de tarifa não será aceito O cartão só poderá ser usado novamente em outra ônibus da linha apoós 30 minutos As regras são válidas até o dia 20/12/2019

Leia mais Linha Turismo: Tudo que você precisa saber antes do passeio portalcomunicare.com.br

Ônibus de Turismo chegando ao ponto inicial na Praça Tiradentes


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Número de mamografias pelo SUS é o menor em cinco anos

Cidades

Beatriz Bleyer

Na contramão do índice nacional, o Paraná se encontra entre os cinco estados que mais realizam o exame Beatriz Bleyer Lorena Rohrich Marina Geiger 2º Período

Eliane Jaque, 47 anos, diagnosticada com câncer de mama. Associação Amigas da Mama

O

número de mulheres entre 50 e 69 anos que fizeram exames mamográficos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2018, é o menor dos últimos cinco anos, segundo um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia. Essa queda decorre principalmente da subutilização dos equipamentos, desinformação das mulheres e da má qualidade dos mamógrafos. Apesar de o cenário nacional ser negativo, o Paraná se destaca, ficando em segundo lugar dentre os estados que mais realizam o exame.

da disponibilidade, mas mais essa questão da informação, para pessoa entender que ela pode e deve buscar o exame”. Segundo ela, poucas pessoas tem conhecimento da existência da Lei Ordinária 11.664/2008 que garante o direito ao rastreamento do câncer de mama com 50 anos de idade, a cada dois anos, e muito menos a Lei paranaense (Lei 16.600 de 09/11/2010), que declara direito às mulheres a partir dos 35 anos de realizarem a mamografia nas redes públicas de saúde uma vez ao ano. A médica destaca que muitas notícias falsas são transmitidas pelas

e que “não é só no outubro que precisamos nos cuidar, porque o câncer é de janeiro a janeiro”.

O baixo número de exames foi atribuído a alguns fatores pela SBM, entre eles a falta de técnicos e médicos radiologistas suficientes. Também há carência de profissionais, que priorizam as emergências com tomografias e ressonâncias e cortam a agenda de mamografias durante o ano, ou seja, os mamógrafos ficaram praticamente parados em 2015. Além disso, há uma situação caótica enfrentada pelas pacientes que já apresentam algum tipo de patologia. Não tem radioterapia e a fila da quimioterapia é enorme. Para o diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia, Ruffo de Freitas Júnior, os mamógrafos estão mal distribuídos pelas regiões do país e, apesar do número de equipamentos ser suficiente, apenas 40% dessa capacidade é utilizada.

pessoas, como a informação de que a pressão realizada ao fazer o exame de mamografia piora o tumor do câncer de mama. Outra questão que influenciaria esse resultado, segundo a doutora, é a qualidade dos mamógrafos, pois existem aparelhos que não conseguem fornecer resultados precisos. Dessa forma, os pacientes replicam a informação de que o tumor foi descoberto pelo auto-exame e não pela mamografia.

que têm um apoio”. Fonseca, 50 anos, acredita que o Outubro Rosa é o momento certo para incentivar e estimular as pessoas a conversarem sobre o assunto naturalmente, pois “todas as pessoas estão sujeitas a terem câncer.”

Já faz 15 anos que a bibliotecária e mãe de três filhos, Yarusya da Fonseca, combateu o câncer de mama. Para ela, é imprescindível estar sempre alerta ao próprio corpo e é necessário conhecê-lo, pois fica mais fácil de reconhecer quando algo de errado aparece. Além disso, relembra que, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais rápido o tratamento. “É importante ter uma rede de pessoas para ajudar as mulheres nessa situação, porque elas sentem

apenas 1,1 % de cobertura dos exames mamográficos. O Paraná conta com 179 mamógrafos SUS distribuídos nas 22 Regionais de Saúde, o que corresponde a um mamógrafo para cada 50.700 habitantes. Tem ainda um mamógrafo disponível para cada 7.341 mulheres entre a faixa etária de 50 a 69 anos. O número de mamógrafos disponíveis e em uso na rede pública no estado do Paraná está adequado de acordo com o estabelecido pelo Ministério da Saúde, o qual preconiza um mamógrafo para cada 240 mil habitantes.

“Não é só no outubro que precisamos nos cuidar, porque o câncer é de janeiro a janeiro”

A médica e professora de Medicina da PUCPR Maria Cristina Tanana afirma: “Eu acredito que o maior problema do Brasil não é tanto a questão

Em janeiro deste ano, a assistente comercial, Eliane Jaque, 47 anos, descobriu ter câncer de mama. “No começo foi bem complicado, porque a gente fica sem chão”. Ela conta que o atraso nos exames fez com que ela descobrisse o tumor em uma fase mais avançada e que, por isso, o tratamento é intenso e terá duração de 5 anos. “Tudo que é no começo é mais fácil”, complementa. A assistente insiste que o cuidado da mulher com seu corpo é crucial

Paraná se destaca

Apesar da queda desses exames radiológicos no cenário nacional, o Paraná está bem posicionado. O estado ocupava em 2015 a quinta posição em um ranking de cobertura de mamografias realizado pela SBM, somando 29,0% do alcance dos exames na região. Em 2017, a SBM publicou novamente um ranking e, dessa vez, o Paraná aparecia em segundo lugar, com 30,4% de cobertura dos exames mamográficos. Nesse mesmo ano, o estado que ocupava o primeiro lugar era a Bahia que realizou 255.417 exames, cerca de 34%, na última posição se encontrava o Amapá, com

A análise desse parâmetro por regional de saúde mostra que a suficiência é real em todas as macrorregiões do estado. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelou que são estimados para o Brasil cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama em 2019, o que soma 56 casos a cada 100 mil mulheres. Esse número corresponde a 28% de todos os diagnósticos da doença registrados no país. O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras depois do câncer de pele, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino.

Leia mais Conheça a história da Eliane e da Associação Amigas da Mama portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Cidades

Devolução de crianças adotadas atinge 10% dos casos no Paraná De acordo com a Vara da Infância e Juventude, cerca de 10% das crianças adotadas foram devolvidas pelos pais adotivos para seus abrigos iniciais Beatriz Tsutsumi Sarah Guilhermo Carolina Nassar 2º Período

Sarah Guilhermo

E

m sua grande maioria, não existe felicidade no passado de uma criança à espera da adoção. Em suas histórias, carregam a perda pessoal: são vítimas de maus-tratos, miséria, ou são órfãs dos pais. Muitas delas vivem em abrigos tendo uma rasa ou amarga ideia de família – outras chegaram tão novas que nem sequer se lembram da vida fora dos abrigos. Para as crianças esperançosas por uma segunda chance em um novo lar familiar, o segundo abandono se torna o pior pesadelo. Em 2018, 10% das crianças adotadas no Paraná foram devolvidas para seus abrigos, de acordo com a Vara da Infância e Juventude. Na condição de anulação do termo de guarda, inúmeros são os motivos para a desistência. Um exemplo é a família que busca na adoção, muitas vezes, uma forma de substituir a impossibilidade de gerar um filho fertilmente. Conforme a criança adotada começa a mostrar a personalidade, os pais ficam desiludidos com traços não semelhantes aos deles. A transição, antes da habilitação da guarda para os adotantes, possui certa relatividade de tempo de caso para caso e deve possuir acompanhamento psicológico. É mais comum que as crianças voltem aos seus abrigos iniciais nessa fase, quando ainda não são consideradas juridicamente “filhas de alguém”. Mas é importante não generalizar a devolução de uma forma criminosa, informa a coordenadora e psicóloga da ONG Recriar, Ana Lucia Cavalcante. “Deve-se ressaltar que é uma via de mão dupla. Muitas vezes, o adulto não dá conta da experiência da adoção por falta de preparo psicológico”, conta. “Às vezes, a criança não se permite ser adotada. Ela cria um sentimento de lealdade aos pais biológicos e não consegue se adaptar em uma família nova”. O processo de devolução de

O que seria algo esperançoso torna-se um pesadelo.

“Eles pensam que seus novos pais

não os querem, assim como seus pais biológicos. É um trauma sem volta.” crianças adotadas não é reconhecido pela Justiça brasileira e é comparado ao abandono de um filho biológico. Tendo isso como base, quando ocorre o cancelamento da guarda, abre-se um processo judicial que prevê algumas formas de indenização, como pagamento de pensão alimentícia e tratamentos psicológicos da criança ou adolescente devolvido. Segundo a psicóloga e coordenadora do Núcleo Psicossocial das Varas da Infância e Juventude, Tathiane França, após a devolução são várias as consequências que atingem as crianças. Dependendo da idade, tornam-se mais resistentes à adaptação numa nova família. Adolescentes, por exemplo, ficam reclusos e relutantes. Um padrão geral que é visto em quadros como esses é o sentimento de culpa. “Eles acabam se culpabilizando por essa devolução, tendo casos de depressão e baixa auto-estima”, diz. “É um trauma sem volta.”

Uma alternativa, além da adoção, principalmente para as crianças mais velhas, entre 12 e 18 anos, que são improváveis de serem procuradas para adoção, é o apadrinhamento afetivo. “As crianças precisam ter convivência familiar e comunitária. O apadrinhamento afetivo dá isso a elas, porque elas têm contato frequente com seus padrinhos nos finais de semana, podem fazer viagens curtas, passar períodos das férias com a família do padrinho”, conta a psicóloga da Recriar, Ana Lucia Cavalcante. Ela ainda afirma que todos os meses, acontece na ONG uma palestra de esclarecimento sobre o processo de apadrinhamento, e que é o momento em que ele se inicia. O projeto Recriar, fundado em 1998 foi a primeira ONG de Curitiba voltada para adoção e trabalhos de apadrinhamento e a quarta com essa iniciativa.

A adoção no Paraná

Estão cadastradas no CNJ (Cadastro Nacional de Adoção) no Paraná 925 das 2762 crianças disponíveis para adoção

na região Sul; 56,8% são crianças brancas, enquanto 32,51% são pardas, 10,3% são negras, 0,4% amarelas e 0,25% são

indígenas; Embora a busca por meninas de até 7 anos seja maior, 53% das crianças que vivem em abrigos são meninos, e ambos os gêneros são predominantes na

idade de 15 anos; O estado do Paraná possui aproximadamente 8% dos pretendentes para adoção no

Carolina Nassar

Brasil. Recentemente, a busca de famílias de casais homafetivos ou de solteiros teve um notável aumento.

Leia mais O drama da devolução de crianças adotadas. portalcomunicare.com.br

Ana Lucia Cavalcante na palestra mensal do projeto Recriar.


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Cities

Return of adopted children reaches 10% of cases in Paraná According to the Children and Juvenile Courts, about 10% of adopted children were returned to their initial shelters by their foster parents. Beatriz Tsutsumi Sarah Guilhermo Carolina Nassar 2nd Term Translation by Stephanie Friesen

Sarah Guilhermo

F

or the most part, there is no happiness in a child’s past waiting for adoption. Their stories are filled with personal loss: they were victims of mistreatment, misery or are orphans. Many live in shelters with a shallow or bitter idea of family - others have come in so young that they do not even remember their lives outside the shelter. For the children hoping for a second chance at a new home, the second abandonment becomes their worst nightmare. In 2018, 10% of adopted children in Paraná were returned to their shelters, according to the Children and Juvenile Courts. In case of a custody term cancellation, there are numerous reasons for withdrawal. An example are families in search of adoption, in order to replace the impossibility of bearing a child. As the adopted child starts to show their own personality, parents are disillusioned with traits different to theirs. The transition, prior to enabling guard for adopters, has some relativity of time from case to case and must have psychological accompaniment. It is more common that children return to their original shelters in this phase, in which they are not legally considered “someone’s child”. It is important however, not to generalize the return in a criminal way, says the coordinator and psychologist of the NGO Recriar, Ana Lucia Cavalcante. “It should be emphasized that it is a two-lane road. It is common that adults can not handle the adoption experience due to a lack of psychological preparation“, says she. “Sometimes, the child does not allow herself to be adopted. She creates a bond of loyalty with her biological parents and can not adapt to a new family”. The process of returning an adopted child is not recognized by brazilian justice and is compared to the abandonment

What should be hopeful becomes a nightmare.

“They think their new parents

do not want them, just like their biological parents. It is a trauma.” of a biological child. Having this as a base, when guard cancellation occurs, a lawsuit is opened which provides for a sort of compensation, such as child support, alimony and psychological treatment of the returned child or adolescent. According to the psychologist and coordinator of the Psychosocial Core of the Children and Juvenile Courts Tathiane França, after the return several consequences hit the child. Depending on the child’s age, they become more resistant to adaptation in a new family. Adolescents, for example, get reclusive and reluctant. A general pattern that is seen in cases like these is the feeling of guilt. “They end up blaming themselves for being returned, and develop cases of depression and low self-esteem,’’ comments França. “It is a trauma with no return”.

dren, between 12 and 18 years, who are unlikely to be adopted, is a sponsorship. “Children need to have a familiar and communal living experience. Sponsorship gives this to them, because they have frequent contact with their godparents on weekends, allowing them to make short trips, spend the holidays with their godfather families”, comments Ana Lucia Cavalcante. She states that every month, there are enlightenment lectures about the process of sponsoring, which indicates the start of the process. The Recriar project, founded in 1998 was Curitibas first NGO focused on adoption and sponsorship and the countries forth.

Adoption in Paraná

925 of Paranás 2762 children available for adoption in the South region are registered at CNJ (Cadastro Nacional de Adoção - National

Adoption Record); 56,8% are white children, while 32,51% are brown, 10,3% are black, 0,4% asians and 0,25%

are indigeous; Although the demand for girls up to 7 years is higher, 53% of children living in shelters are boys and both genders are predominant at the

age of 15; The state of Paraná has approximately 8% of the applicants for

An alternative, besides adoption, especially for older chil-

adoption in Brazil. Homosexual couples and Carolina Nassar

single people’s search for adoption increased significantly.

Read more The drama of returned adoptive children portalcomunicare.com.br

Ana Lucia Cavalcante on the monthly lecture of the “Recriar” project


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Economia

Brechós apostam em e-commerce para ganhar novo espaço no mercado Alinhado a ideia de consumo consciente, modelo de negócio vem se fortalecendo em Curitiba Amanda Gabrielle Bruna Cominetti Isabelle Almeida 2º Período

O

desejo em economizar e a busca por um consumo sustentável têm fomentado o comércio de roupas usadas. Essa prática que está se popularizando em território nacional vem movimentando uma economia crescente que se reinventou graças aos e-commerces, como o caso da TROC, empresa curitibana que é a maior de todo segmento no país. Comercializando cerca de 6 mil produtos por mês em todo o território nacional, a empresa se popularizou entre os jovens, que buscam praticidade, comodidade e rapidez em suas compras. Por um lado impulsionados por uma sociedade imediatista e de outro uma necessidade por práticas de consumo consciente, o setor dos desapegos movimentou cerca de US$ 24 milhões de dólares em 2018, segundo pesquisa recente feita pela THREDUP (maior loja de revenda do mercado internacional). A exemplo disso, em território nacional a TROC vendeu mais de 80 mil peças em dois anos de trajetória e movimenta cerca de 4 mil artigos por semana pela plataforma. Ao comprar em brechós, é possível uma economia de até 80% no valor com relação às etiquetas novas, segundo o relatório de inteligência de 2019 do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); A pesquisa também aponta um crescimento de 210% em empresas do segmento no país em apenas cinco anos.

Bruna Cominetti

Mesmo quem compra nos espaços físicos vê a facilidade que a internet e as novas plataformas trazem. “Compro direto e até o momento não tive problemas” conta Lilian Menegazzi, que diz se interessar pelo processo de curadoria deles. Além disso, a confiabilidade proporcionada por mecanismos como espaços para compartilhamento da experiência na compra faz com que o serviço tenha credibilidade e o público não tenha receios. Além das empresas que apostam totalmente no mundo digital, a internet aparece como impulsionadora de espaços físicos. A assistente de curadoria da loja Lavô Tá Novo, Killary Dreher,diz que a facilidade na extensão da loja para consumidores de qualquer canto do país. Killary diz que as redes sociais também facilitam a difusão e conhecimento da marca. A loja tem cerca de 30 mil seguidores na plataforma Instagram. “Muitos clientes que vem até a loja são pessoas que já nos seguiam a algum tempo.” Complementa que a visibilidade facilita na concretização de vendas: “Postamos peças através delas (redes sociais) e em questão de minutos vendemos tudo”. Na Lavô existe uma curadoria voltada para artigos de marcas famosas, nacionais e internacionais. Enquanto na etiqueta original o produto que custou em torno de R$ 1 mil, no brechó o desapego pode ser encontrado por R$ 200.

Interior do brechó Lavô tá limpo O economista Alexandre dos Santos comenta que a popularização do e-commerce de brechós, especificamente, se dá ao alto nível de desemprego no país que fez com que mais pessoas buscassem economizar com o vestuário e então encontraram alternativa nos artigos second hand (termo em inglês para roupa usada). “A busca por uma economia consciente e maior preocupação com questões ambientais também facilitaram essa popularização” completa. Esse movimento não existe só no Brasil. É um novo padrão de consumo global, sendo assim, preveem que é preciso se adaptar às necessidade do novo mercado, que além de tecnologia busca uma postura de responsabilidade ambiental e social por parte das empresas. Dessa forma, sugere que os usados

devem ultrapassar o consumo do fast fashion em até 10 anos. É possível encontrar marcas com bons preços, mas a incerteza sobre a procedência do produto. Foi o que aconteceu com Ariane Cassoli, que com 30 anos é frequentadora dessas lojas desde os 15. Depois de morar em Berlim e adquirir o costume de compra consciente, diz ser apaixonada por garimpar em brechós: “Reutilizar é uma forma de ajudar o meio ambiente”.

Leia mais Confira uma seleção de filmes, séries e docs sobre moda portalcomunicare.com.br

Cultura

Cenário geek influência consumo Sophia Gama

Capital paranaense está entre as dez cidades que mais consomem produtos de filmes, séries e HQ’s Sophia Gama Giovana Kucharski Gabriel Malucelli Juan Camilo 2º Período

Estantes de jogos no VIla Celta

C

om sucesso após sucesso no cinema, o comércio relacionado ao mundo geek cresceu de forma que se tornou um dos mais lucrativos no Brasil. Em Curitiba não foi diferente, uma vez que a cidade é considerada

uma das mais geeks do país. De acordo com um ranking feito pela Amazon, Curitiba é a oitava entre as 10 cidades mais geeks do país, se for considerado o consumo de produtos, filmes e séries. Uma pesquisa realizada

pela Rakuten Digital Commerce mostra que o público geek gasta cerca de 40% a mais que a média nacional. Além disso, é provado que o mês mais lucrativo do ano, para o universo geek, é maio, por conta de datas como o Star Wars Day e o Dia do Orgulho Nerd, mais conhecido como Dia da Toalha. As lojas de presentes ficam cheias de produtos temáticos, as de roupas têm todas as estampas e até bares e restaurantes entram na onda. O estudante Enzo Freire Donegá, de 19 anos, conta que se interessou por esse universo ainda criança, com os desenhos animados, como o do Homem-Aranha. “Eu tinha fitas cassetes com os desenhos e sabia as falas, porque eu assistia o tempo inteiro”. Seu avô começou a comprar quadrinhos em sebos e assim foi o início dessa paixão. “Foi amor à primeira leitura. Comecei a ler um monte de quadrinhos, um monte de coisa, sempre ligado

a heróis e também tinha meu bonequinhos”. Ele também comenta que a melhor coisa disso tudo é poder se identificar com um ser totalmente fantástico e conseguir usá-lo de espelho para algumas coisas. “Prefiro os heróis que não são deuses, que encaram os problemas que nós, pessoas normais, encaramos também”. Freire coleciona quadrinhos e action figures, compradas tanto pela internet quanto em lojas físicas, como os sebos que seu avô frequentava.

Leia mais Lugares Geek imperdíveis para visitar em Curitiba portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Esportes

Esportes de areia ganham espaço em Curitiba Mesmo sem praia, curitibanos estão procurando cada vez mais os esportes de areia como forma de fugir das atividades físicas tradicionais Camila Acordi Laura Luzzi Maria Vitória Bruzamolin 2º Período

A

o menos oito novos espaços especializados em esportes de areia foram inaugurados neste ano em Curitiba e região. A prática dessas modalidades vem ganhando visibilidade em meio à população tanto masculina quanto feminina. No início de outubro, foi formada, pela primeira vez na história, a seleção feminina de beach soccer, que conquistou medalha de bronze nos Jogos Mundiais de Praia, em Doha. A seleção masculina também obteve bons resultados, conquistando o título. Os principais esportes oferecidos nas escolas e centros de treinamento são futevôlei, beach tennis, vôlei de areia e funcional na areia. A faixa de preço varia de R$60 a R$350, conforme a modalidade e o número de aulas na semana. Existe, ainda, a possibilidade de ter a aula chamada personal, quando é só o aluno e o professor. Nesse caso, o valor é, em média, R$60 a hora aula. Confira os detalhes acessando o QR Code ao lado. A prática dos esportes na areia não é prejudicada pela chuva, já que a maioria das novas instalações foi pensada com quadras cobertas. O frio também não é empecilho para os praticantes, “Temos turmas das 6h às 23h.

Valeska Teixeira

No período de inverno, o número de alunos nunca cai”, afirma o sócio proprietário do Centro de Treinamento Pé na Areia, Deco Pestana. Os esportes de areia podem ser praticados por qualquer pessoa, desde aqueles que desejam aumentar o condicionamento físico até os que pensam em chegar em um alto nível competitivo. Apesar de serem esportes predominantemente masculinos, o número de mulheres que praticam também tem aumentado nos últimos anos. Deco destaca que alunos que começam com 5 anos, como no funcional kids, e outros com 60 anos de idade. Segundo o educador físico Carlos Henrique Pereira, 33 anos, os esportes na areia podem trazer alguns benefícios para o corpo e já existe estudos que os comprovam. “Em relação ao condicionamento físico, é muito bom, porque você está colocando uma carga a mais, só que sem adicionar peso”, completa o especialista em fisiologia do exercício. Matheus de Souza, 21 anos, praticante e competidor de futevôlei, acredita que o sucesso dos esportes que costumavam ser vistos só no litoral deve-se ao fato de que as competições

Lapiseira, tri-campeão paranaense de futevôlei, realizando o “shark ataque” deixaram de ser exclusividade da praia. Os organizadores começaram a realizar campeonatos em cidades urbanas, o que trouxe maior visibilidade e, consequentemente, aumento do interesse em praticar tais modalidades.

Leia mais Mais informaçôes sobre as escolas de esportes de areia em Curitiba. portalcomunicare.com.br

Esportes

Esgrima aumenta no Paraná Curitiba sedia Campeonato Brasileiro de Esgrima no mês de Outubro e conta com a participação de cerca de 300 atletas Carolina Sabatini Daniela Cintra Diogo Santos Lucca Marreiros 2º Período

E

ntre os dias 4 e 13 de Outubro, a Capital Paranaense foi sede do Campeonato Brasileiro de Esgrima. Entre os participantes, se destacaram a presença da campeã mundial da modalidade Nathalie Moellhausen, além do curitibano Athos Schwantes, ex-participante dos Jogos Olímpicos de Londres e Rio de Janeiro, que atualmente divide as funções de atleta e treinador de esgrima. Segundo Idelfonso Petrich, presidente da Federação Paranaense de Esgrima, existem cerca de 99 atletas cadastrados na Federação, 21 a mais do que o primeiro levantamento realizado pela entidade em 2015. O aumento ainda tímido, pode se tornar mais significativo em 2020, já que, com o sucesso da realização do campeonato, o número de cadastrados deve chegar a 150. O presidente da Federação de esgrima do Paraná, Idelfonso Petrich, afirma que o número de participantes de esgrima no estado vem se expandindo. “Atualmente contamos com cerca de 100 atletas cadastrados na federação. E isto só aumenta a cada ano”. Em relação ao número de atletas cadastrados na federação os números vêm

evoluindo de modo anual. Ainda segundo o presidente, devido ao sucesso da realização do Campeonato Brasileiro de Esgrima, em 2020, o número de atletas cadastrados deve chegar a aproximadamente 150. Petrich expôs, ainda, a satisfação da cidade de Curitiba ser a sede do campeonato nacional. “A felicidade é imensa, ainda será realizado, a partir do dia 22

de outubro, o segundo estágio de aperfeiçoamento para técnicos e atletas de esgrima, organizado por Fillipo Lombardo, treinador da seleção brasileira em 2012 e 2016” complementa. Hoje, existem em Curitiba cinco clubes e associações para a prática da esgrima. São elas: Academia Graciosa, Círculo Militar, Clube Curitibano, Sociedade Thalia e Academia Mestre Kato. Além dessas instituições, há ainda as aulas gratuitas para a população

na praça Afonso Botelho, ao lado da Arena da Baixada.

Leia mais Conheça os principais movimentos da Esgrima portalcomunicare.com.br

Carolina Sabatini

Athos Shwantes, ex atleta olímpico, demonstra um movimento da esgrima.


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Política

Número de eleitores de até 17 anos no Paraná cai mais de 50% desde 2012 Participação de jovens paranaenses nas últimas eleições indica curva de desinteresse Bruna Colmann Isadora Deip Sthefanny Gazarra 2º Período

H

á um ano das próximas eleições, a participação política de jovens entre 16 e 17 anos no Paraná indica uma tendência de queda. Entre os anos de 2012 e 2014, o número de eleitores nessa faixa etária diminuiu cerca de 45,4%. Esse índice continuou caindo, sendo aproximadamente 10% a diferença entre jovens eleitores entre 2014 e 2018. A redução de 2012 a 2018 foi maior totalizando 73.432 jovens. O envolvimento nas eleições municipais de 2016 foi muito maior, com 109.200 jovens (nessa faixa etária) indo às urnas. Ainda assim, alguns analistas percebem um desinteresse crescente de jovens pela política. O professor de Ciência Política e servidor da Justiça Eleitoral Rogério Born explica que a política paranaense é marcada por um tradicionalismo, mas a geração jovem da década de 90 lutou pelo direito do voto, existindo uma supervalorização da participação política do jovem na sociedade. “Esse sentimento não continuou tão presente nas gerações seguintes, e está cada vez mais reduzido.” O professor diz que o jovem de 16 anos já possui maturidade para votar no sentido de fazer a escolha do candidato, mas ainda

O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Lucas Miguel Bugalski, acredita que a internet possui grande potencial de mudança. “A dinâmica anterior era focada muito em partidos e muito nas ruas, mas hoje existem outras maneiras de exercer a cidadania”. Ele também conta que a falta de representatividade dessa geração, marcada pela falta de políticas voltadas à juventude em um âmbito paranaense, pode ser um dos motivos do desinteresse.

resume a fazer parte de um coletivo ou de um núcleo partidário ideológico. “Ser engajado é ter noção do seu ser cidadão, se apropriar disso e praticar no seu cotidiano, tentar debater e pensar criticamente as coisas que acontecem em seu redor, na sua cidade”, explica. Leonardo acredita que, como jovem, sua participação na política é fundamental, pois é justamente a ideia de ser jovem, a vontade de mudança, que pode colaborar para uma sociedade mais crítica e plural.

Apesar de o foco da gestão atual do diretório ser resolver problemáticas internas da universidade, existe, sim, uma preocupação em relação às próximas eleições e à formação de consciência crítica e política nos estudantes, comenta Lucas. De acordo com ele, o DCE tem projetos como a realização de uma sabatina (espécie de debate) com os pré-candidatos aos cargos políticos e a intensificação de seu protagonismo na política curitibana, expandindo sua importância para os níveis estadual e nacional.

A estudante Sharline Freire tem 17 anos e ainda não emitiu seu título de eleitor. “Meus pais nunca se interessaram em fazer meu título e sinceramente eu também nunca me interessei. Só vou tirá-lo quando completar 18 anos e se tornar algo obrigatório.” Sharline acredita que o principal sentimento causado pela situação política atual é desesperança. “Existem tantas pessoas antiéticas na política brasileira que às vezes fica difícil acreditar que a nossa situação pode melhorar, que podemos consertar isso para evoluir como país.

O presidente do Parlamento Jovem de São Mateus do Sul PR, Matheus Oliva, lamenta a redução do número de jovens

“O voto é sim muito necessário, é uma forma de poder que a população tem,” afirma Sharline. “Mas acredito também que é

“Ás vezes fica difícil acreditar que a nossa situação pode melhorar” não entende a importância do voto. Segundo Born, é comum que adolescentes se alistem como eleitores para cumprirem outras finalidades como a exigência do título para um emprego ou estágio, mas não há o incentivo para comparecerem às urnas. “Hoje a atuação dos eleitores jovens se dá, muitas vezes, por algumas lideranças ou focos como âmbito interno de partidos e diretórios e centros acadêmicos de universidade públicas. A atuação da maioria está restrita ao uso das redes sociais”, conta.

eleitores entre 16 e 17 anos no Paraná, sendo esse o resultado de um pensamento em que o voto é visto como uma obrigação e não como um dever. Para Matheus, os debates em plenário, principalmente sobre temas polêmicos, são alguns dos momentos mais atraentes para os jovens que participam do projeto. Para o estudante de 19 anos Leonardo Henrique Piccoli, que participa do Centro Acadêmico de Química da UFPR (CAQui), ser politicamente ativo não se

fundamental termos candidatos certos e honestos nas eleições. De nada adianta só termos como opção políticos corruptos: ganhando x candidato e perdendo y não vai mudar em nada, e querendo ou não nosso voto não vai importar também.” Kauã Otani, estudante de 16 anos, optou pela emissão do título na idade mínima. Ele acredita que, além do voto, consumir notícias e estar atualizado sobre assuntos políticos e sociais é uma forma de causar mudanças efetivas na sociedade.

Projeto jovem Os estudantes Alberto Nakakogue Neto, Augusto Dezoti Doreto e Felipe Angelo Denis, do colégio Positivo, desenvolveram em 2018 o projeto Mobilizar para Mudar, investigando a relação da juventude curitibana com a política nacional. A ideia da realização surgiu após a percepção de que a interação dos jovens com o tema era polarizada em 2 comportamentos: o apático e o extremista. A partir daí, convidaram alunos do colégio à debaterem assuntos relacionados à temática. Segundo Alberto, um dos outros objetivos do projeto, era o de capacitar os participantes para debaterem evitando falácias argumentativas e pontos de vista mal embasados, contribuindo para um indivíduo com senso crítico apurado e capaz de defender seus ideais. Em relação às eleições municipais de 2020, o estudante acredita que o projeto irá ter bastante impacto: “Os participantes agora mostram um interesse ainda maior pelo tema, e a maioria já tirará o título de eleitor até o fim do ano.

Leia mais Confira aqui,influenciadores digitais que inspiram o engajamento político de jovens. portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Política

Fraudes comprometem credibilidade feminina na política Discurso de deputada federal reacende discussão sobre candidaturas laranjas (nas eleições de 2018) Brunna Gabardo Nathalia Brum Sabrina de Ramos 2º Período

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om 22 anos da lei de Cotas de Gênero, que regulamenta a participação feminina na política, as mulheres ainda representam um número muito baixo no Parlamento. Além disso, sofrem com fraudes que afetam sua credibilidade. A recente declaração da deputada federal Soraya Manato (PSL-ES), confirma o uso de candidaturas laranjas de mulheres e provoca novos debates sobre a participação feminina na política. No Paraná, cerca de 35% das candidatas aos cargos de deputada estadual e federal, receberam menos de 320 votos durante as eleições de 2018, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que sugere que foram usadas apenas para cumprir formalmente a lei de cotas. Segundo a especialista em Direito Eleitoral Tailaine Costa, o baixo número de votos pode ser um indicativo de candidatu-

votos. Tailaine também aponta o uso desse esquema para burlar a lei de cotas do Fundo Partidário, que prevê a destinação de 30% dos recursos dos partidos a campanhas de candidaturas femininas. Em 2016, cerca de 16 mil candi-

“O que faz a mulher

se empoderar é ela se ver representada no parlamento.” datos terminaram a eleição sem ter recebido sequer um voto, segundo o TSE. Desse total, 14.417 eram mulheres e apenas 1.714 eram homens, o que levou

Estimativa de candidatas laranjas por partido (Deputadas Federais e Estaduais) 29%

16,8% 11,2% 10,3%

Outros PRTB PV

7,5% 6,5%

4,7% 4,7% 4,7% 4,7%

PRB PROS PSC PODE PPS

PRP

PP

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - Eleições 2018, Paraná. ras laranjas que, por definição, seriam de fachada. São pessoas registradas nas eleições sem a intenção de concorrer ou, às vezes, que nem estão cientes da candidatura. Nesses casos, os candidatos servem a outros interesses. Entretanto, o processo requer intensa investigação e análise de diversos fatores de identificação dos casos, incluindo dinheiro investido durante as campanhas, divulgação da candidatura e a quantidade de

ver representada no parlamento. Os homens não representam as mulheres, mas as mulheres representam os homens, porque os direitos para eles já existem, para nós não”. Segundo ela, algumas legendas até igualam tempo em propaganda eleitoral e defendem a equidade, mas, na

o Ministério Público Eleitoral a orientar os procuradores eleitorais a apurar a autenticidade das candidaturas. A advogada e candidata pelo PSOL Giana De Marco reclama do quanto é difícil ser levada a sério durante a campanha eleitoral, e também da falta de mulheres nas posições de comando nos partidos políticos. “É paradoxal, o que faz a mulher se empoderar é ela se

prática, promovem desigualdade. “Eu sinto que tem diferença, das pessoas não levarem a sério, é mais uma ‘vulnerabilidade política’.” Segundo a socióloga Darli Sampaio, subjugar mulheres no âmbito da política mostra que elas ainda são marcadas por relações de poder e domínio. Ela diz que não é possível tolerar grande parte das mulheres estar numa relação de tutela e sendo considerada como cidadãs de segunda categoria. “Se for inclusivo, vai propiciar a participação dos setores. Alguém vai perder. E quem vai perder é quem está tradicionalmente na política: os homens. É uma estrutura pensada na exclusão.” Sobre a ínfima participação feminina na política, Darli aponta que alguns setores da sociedade ainda são restritivos e impedem seu envolvimento. “A política é uma delas, mas não é a única. Embora estejam na base, ou sendo laranjas, temos um grande número de mulheres, mas não em suas direções”. Para Darli, política prevê negociação e diálogo. “Ela não pode ser excludente, mas tem sido, com as mulheres, os negros, os homossexuais. São setores fragilizados e poucos representados Carlos Costa

na política. Há microviolências, nos gestos, nas atitudes”. Para ela sugere uma discussão sobre moralidade, que possa ter outra perspectiva e digna de crédito entre as pessoas.

Cota de gênero Em 1995, houve a primeira tentativa de reserva de vagas para as mulheres pelos partidos. Entretanto, bastava cumprir com o mínimo de nomeações femininas, e não necessariamente preencher os cargos parlamentares. Em setembro de 1997, foi sancionada a Lei n° 9504, que regulamenta as eleições municipais, estaduais e federais, e está em vigor até hoje. O terceiro parágrafo do Art.10 determina o preenchimento obrigatório de no mínimo 30% e no máximo 70% para as candidaturas de cada gênero por partido. A lei também estabelece a redução de candidatos do sexo masculino, cujo partido não consiga cumprir com a determinação das candidaturas femininas, a fim de adequar-se ao valor mínimo instituído. Sendo afetadas não apenas dentro do parlamento, mas também em seus próprios partidos, foi instituída uma cota do Fundo Partidário para as mulheres. A Ação Cautelar do Supremo Tribunal Federal de 15 de março de 2018 (Ac.-STF, de 15.3.2018), decreta que o valor do Fundo destinado às mulheres, seja equivalente ao valor mínimo das candidaturas femininas.

Leia mais 8 momentos marcantes das mulheres na política. Vereadoras na Câmara Municipal de Curitiba.

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Curitiba, 13 de Novembro de 2019

Ensaio

Militantes festejam libertação de Lula Apoiadores do expresidente Luis Inácio Lula da Silva acompanharam, em 8 de novembro, a libertação do político, após um ano e sete meses preso, em Curitiba. A equipe do Comunicare fez uma cobertura especial, acompanhando e registrando a celebração do político e dos militantes Carlos Mazetto 2° Período

Militantes mantinham um acampamento em frente a Polícia Federal

Apoiadores do ex-presidente passaram o dia à espera da soltura de Lula

O ex-presidente saiu da sala onde estava detido pouco antes das 18h

Grande parte das pessoas vestia roupas vermelhas, em alusão a cor do PT

O candidato derrotado a Presidencia pelo PT, Fernando Haddad, acompanhou a libertação do ex-presidente, que segue respondendo a outros processos da Justiça


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