Comunicare 323

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Regulamentação

Direitos humanos

Período eleitoral

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Projeto que anula registro profissional de artistas ameaça direitos trabalhistas de atores paranaenses

Cadeia de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana, cria ala própria para receber presos LGBTs

Grande volume de notícias falsas durante as eleições municipais previstas para outubro preocupa especialistas

Curitiba, 15 de Março de 2020 - Ano 23 - Número 323- Curso de Jornalismo da PUCPR

O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Curitiba em crise Curitiba in crisis

Os casos de coronavírus em Curitiba vêm crescendo e, com eles, as medidas de prevenção aumentando. De proibição de visitas hospitalares até suspensão de aulas presenciais e redução na frota de ônibus, os residentes da capital paranaense vivenciam uma mudança acentuada em suas rotinas.

Pandemia de coronavírus muda rotina de curitibanos, que precisam adotar o isolamento social.

cidades | pag.06

Adequação à LGPD E

m agosto, deste ano, encerra o prazo para as empresas se adequarem à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A lei se aplica a todas as entidades, públicas ou privadas, que coletem e/ou armazenem dados pessoais, mas pesquisa aponta que 70% das corporações não conseguirão atender os dispositivos até esse prazo. Quem não estiver de acordo sofrerá penalidades que podem chegar a R$ 50 milhões. Em Curitiba, a corrida para adequação à lei está movimento o mercado da capital, estimulando investimentos

EstaR eletrônico

Pedro Luiz de Almeida

e atraindo empresas especializadas em cibersegurança. Nesta matéria, especialistas comentam sobre a importância da lei para a economia digital brasileira e as principais dificuldades encontradas pelas corporações para atender todos os dispositivos da regulamentação. Além disso, explicam o que deve mudar tanto para o setor privado quanto para o consumidor com a entrada em vigor da lei.

economia | pag.03

Com a LGPD, consumidores terão mais segurança nas transações digitais.

As vagas de estacionamento rotativo da capital paranaense estão funcionando com um sistema eletrônico. A partir de agora, os motoristas devem baixar um dos aplicativos homologados no celular e comprar crédi-

tos. O processo necessita do cadastro do veículo com a placa, localização da vaga e o período de permanência. O EstaR deverá ser renovado a cada 15 minutos. cidades | pag.04


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Curitiba, 15 de Março de 2020

Editorial

O compromisso com a aprendizagem e a informação E

stamos vivendo um tempo de transformação no jornalismo. A interatividade que o avanço do consumo de mídias e redes sociais proporciona, nos abre portas e apresenta infinitas novas e positivas possibilidades, mas também nos deixa à mercê de uma maré de informações duvidosas que chegam a todo momento, através das fakes news tão rapidamente multiplicadas e assimiladas pelos consumidores de notícias.O trabalho do jornalista se multiplica em um ritmo intenso e a postura desse profissional deve sempre se manter a mesma: informar com qualidade e responsabilidade, independentemente se a forma seja a mais tradicional ou a mais contemporânea de comunicar. É preciso ter compromisso com a comunidade a qual a imprensa dialoga. Há 22 anos o Jornal Comunicare oferece aos graduandos do curso

de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC PR) a prática profissional por meio da experiência laboratorial, que resulta no conteúdo desse jornal impresso. A ideia é que o conteúdo deste veículo seja construído com proximidade à realidade de uma redação jornalística, oportunizando uma experiência muito próxima do que será a sua realidade dentro de uma redação. “Mas por que seguir produzindo um jornal impresso em tempos de mídias sociais?” É fato que o formato impresso perdeu a popularidade com o passar dos tempos, mas é importante que possamos rever a nossa relação com ele, afinal nem sempre tivemos smartphones em nossas mãos. É preciso que exista uma reconexão que nos faça entender, como comunicadores ou como público leitor, de onde partimos e como chegamos até

Opinião

Bolsonaro afronta o novo coronavírus

aqui. Esse reencontro com as formas mais tradicionais de comunicar nos faz entender o processo histórico da imprensa, nos conectando com a essência da atuação do Jornalista através do tempos. Em busca de instrumentalizar futuros comunicadores com qualidade e convergência entre diversas narrativas, a coordenação do curso de jornalismo da PUC PR criou no ano de 2013 a Rede comunicare de Comunicação, que apresenta aos estudantes da graduação uma possibilidade de aprendizagem convergente. O grupo conta com um conjunto de veículos laboratoriais do curso, formado pela revista CDM impressa e digital, webRádio e webTV além do jornal impresso Comunicare. A criação do Portal Comunicare nos possibilita uma nova relação entre o impresso e o virtual.

Nas páginas deste impresso você pode encontrar QR codes que levam ao portal online, apresentando conteúdos, como infográficos, mapas e uma variedade conteúdo audiovisual. Acessando o site, o leitor encontra também o link para as redes sociais que também contam com conteúdos diversos e exclusivos que complementam as reportagens do jornal. O Jornal Comunicare busca informar e formar opinião de membros da comunidade interna, externa e no entorno da PUC-PR sobre fatos da Grande Curitiba. O objetivo é criar um senso de comunidade, experimentando a prática jornalística com equilíbrio entre inovação e manutenção de tradições da imprensa – com precisão, qualidade e respeito à diversidade e autonomia do cidadão.

Comunitiras

Rafael Coelho

Guilherme Kruklis, Laura Luzzi e Sophia Gama

E

m discurso oficial no dia 24 de março, Jair Bolsonaro se referiu à preocupação com a expansão do novo coronavírus como “histeria coletiva”, apesar de o número de infectados pela COVID-19 ao redor do mundo já estar próximo de 2 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pelo Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade John Hopkins. Diversos países estão enfrentando total isolamento, e a maior parte do Brasil já se encontra em estado de quarentena a fim de evitar a propagação do vírus. Os maiores campeonatos de todos os esportes estão sendo cancelados, algo só visto antes nos anos das duas grandes guerras. Contudo, apesar de todo movimento internacional de incentivo para que as pessoas fiquem em casa, o presidente discursou a favor da reabertura de escolas e da volta da vida cotidiana comum, por se tratar apenas de uma “gripezinha e um resfriadinho”, e ele mesmo saiu às ruas, gerando aglomerações

Expediente REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE BELAS ARTES

Declarações como esta, polêmicas e contraditórias, tornam fácil o questionamento quanto a liderança de Bolsonaro, que trata um momento global delicado com indiferença, e deixa claro que sua maior preocupação é o impacto econômico que pode gerar no país em detrimento da saúde da população. Além da instabilidade política que Bolsonaro cria com a demissão ou não demissão do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, que se posiciona a favor do isolamento horizontal, ao contrário do presidente. Após a fala de Jair Bolsonaro, o número de pessoas circulando nas ruas já sofreu um visível aumento. Será que o Brasil precisará ter um número exorbitante de mortos e viver o que a cidade de Milão viveu para que Bolsonaro reconheça seu erro, como fez o prefeito de Milão, Giuseppe Sala?

Edição 323 - 2020 | O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com | http://www.portalcomunicare.com.br

Pontifícia Universidade Católica do Paraná | R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR

COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL Rodolfo Stancki (DRT-8007-PR) COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO

Ângela Leitão

Rafael Andrade

COORDENADORA DO CURSO DE JORNALISMO

TRADUÇÃO

Suyanne Tolentino De Souza

desnecessárias, negligenciando todas as orientações do Ministério da Saúde.

Sarah Guilhermo

FOTO DA CAPA COORDENADORA EDITORIAL Stephanie Friesen (3º Período) Suyanne Tolentino De Souza

Estudantes 3º Período de Jornalismo Amanda Gabrielle dos Santos, Andre Luiz Festa de Quadros, Arthur Henrique Marçal Gomes, Beatriz Bleyer de Almeida Martins, Beatriz Garcia Artigas, Beatriz Tsutsumi de Almeida, Bernardo Nadaleti Gonzalez, Brianda Renata da Silva Prestes, Bruna Eugenia de Cassia Quaglia Colmann, Bruna Luiza Cominetti, Brunna Gabardo Roth, Bruno Felipe Previdi Sant’Ana, Camila Mengarda Acordi,

Carlos Vinicius Mazetto Illipronte, Carolina de Paiva Nassar, Daniela Balieiro Cintra Silva, Diego Diogo dos Santos, Eduarda Fiori Silva Fernandes, Flavio Augusto da Luz, Gabriel Miranda Malucelli, Gabrielly Dering Batista Ferreira, Guilherme André Pesch Kruklis, Gustavo Silva Barossi, Hellena Cesar Oliveira, Herick Pires Lopes, Isabella Serena Demski Casagrande, Isabelle da Silva de Almeida, Isadora Guimarães Mendes Vesguerber, Isadora Picasky Deip, Jessica Pretto Varella, Laura Luzzi Siqueira Campos, Leticia de Moura Simão,

Lorena Rohrich Ferreira, Lucca Smarrito Marreiros, Luiza Maria Hauer Ruppel, Maria Vitoria Bruzamolin Rodrigues de Oliveira, Mariana Scavassin Vaz Mattos, Marina Jorge Geiger, Nathalia Miguel Brum, Pedro Luiz de Almeida, Rafael Wolf Teixeira Coelho, Raissa Micheluzzi Ferreira, Rebeca Trevizani de Castro, Ricardo Luiz da Silva, Rodrigo Pires de Angelucci, Romano Zanlorenzi, Sabrina de Ramos, Sarah da Silva Guilhermo Galvão, Sophia Becker da Gama, Stephanie Spredemann Friesen, Sthefanny Gabryella Gazarra Borges Pereira


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Curitiba, 15 de Março de 2018

Cidades

Cadeia de Rio Branco do Sul é capacitada para presos LGBTs Área de penitenciária de Rio Branco do Sul ajuda a evitar casos de violência sexual, mas é preciso acompanhamento psicológico Isadora Deip Nathalia Brum Sthefanny Gazarra 3º Período

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pós uma série de reivindicações de grupos que atuam na luta por direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, o governo paranaense passou a transferir presidiários membros da comunidade LGBT para uma ala própria na cadeia pública feminina de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A realocação teve início em junho de 2019. Até então, a única cela do estado para detentos LGBTs era na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, como apontou um levantamento divulgado pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos no dia 5 de fevereiro. A militante Rafaelly Wiest, diretora de informação do Grupo Dignidade - entidade que luta pelos direitos de pessoas fora dos padrões da cis-heteronormatividade -, explica que a cela de São José dos Pinhais não era exclusiva. “As detentas

re, garantir o direito de pessoas LGBTs de permanecerem em alas específicas é um meio para promoção de expressão de sua sexualidade e identidade de gênero, da forma como cada indivíduo se sente confortável. “Essas alas específicas contribuem também para a redução dos casos de violência física e sexual, comum aos ambientes penitenciários.

“Eles já odeiam presos. Se for homossexual, pior ainda. É o lixo do lixo.” No entanto, Luciano diz que apesar da ala específica ser uma medida que pode contribuir para a saúde mental, o cuidado e atenção integral às demandas

Rafaelly Wiest na sede do Dignidade, um dos grupos que lutou pela ala exclusiva trans, por exemplo, ficavam em um dos quatro pavilhões, em um que o diretor do presídio conseguiu negociar com os detentos para que elas pudessem ficar”. Com a gestão do governador Ratinho, a casa de custódia em Rio Branco foi reformada e uma das alas ficou para pessoas gays, lésbicas e trans. Para serem encaminhados para a ala exclusiva, os presos precisam se auto declarar como LGBTs. Rafaelly conta que essas pessoas, quando detidas, passam por uma triagem e após interrogatório decidem se preferem ser encaminhadas. Entretanto, a falta de informação e conhecimento sobre essa possibilidade dificulta a decisão. “Por falta de informação elas ficam confusas, é aí que entra o papel do Dignidade e do Transgrupo.” Esses grupos auxiliam ao mostrar a importância desses espaços por questão, principalmente, de segurança. Isso porque os relatos de extorsão e abuso sexual são muito grandes no sistema do Paraná. O psicólogo clínico Luciano Trindade acredita que, dado o ambiente violento que é o cárce-

tificar, a existência de celas específicas e condições para pessoas LGBTs é fundamental. “Dentro do presídio, o pessoal LGBT é considerado um lixo da margem da sociedade”. Quando questionado sobre as agressões sofridas dentro do cárcere, ele revela que o olhar dos agentes penitenciários com relação aos presos dessa comunidade é tão preconceituoso e violento

de saúde e seguridade são indissociáveis para o bem-estar biopsicossocial. Ele também explica que ao passarem por situações de violência física e psicológica, seja por parte de outras pessoas em privação ou pelos agentes do Estado, os LGBTs poderão ter maiores dificuldades para a ressocialização. “Durante o processo de privação de liberdade, essas pessoas não possuem o acompanhamento psicossocial adequado.”

Experiência

De acordo com um ex-presidiário que optou por não se iden-

quanto o dos próprios agressores. “Eles já odeiam presos. Se for homossexual, pior ainda. É o lixo do lixo”. O ex-presidiário conta que não havia no presídio nenhum tipo de contenção da violência de cunho homofóbico. “Quando estamos lá dentro, os advogados, promotores, juízes, não estão nem aí. Eles simplesmente julgam, colocam você lá dentro, mas a vida deles está lá fora.”, explica. Ele alega que só quem está dentro sabe como é o sofrimento. Às vezes não é somente questão de agressão física, é um conjunto de agressões que podem levar até a morte, porque não há respeito algum.

Luta de grupos Rafaelly Wiest relata que é impensável em qualquer lugar do Brasil regalias como roupas femininas em um presídio masculino. No entanto, o grupo Dignidade conversou com o diretor do presídio e com a administração penitenciária e foi liberado, na Casa de Custódia de São José dos Pinhais, o uso dessas roupas com algumas ressalvas. Eram preciso que as vestes fossem de cores neutras e claras, evitando decotes e saltos. Itens como pinças, maquiagem e perfume também devem seguir um padrão e serem portados em quantidades pequenas, para não virarem moeda de troca para drogas ou outras regalias. De acordo com Rafaelly, o foco principal da luta do grupo Dignidade tem sido o atendimento clínico,

Outro lado

Segundo a agente penitenciária Renata Torres, a realocação teve início em junho de 2019 e já no decorrer do ano foram observadas por ela questões que precarizam o atendimento e cuidado técnico com as presidiárias LGBTs. A falta de equipe técnica, de assistência social, pedagógica, de segurança e principalmente médica em Rio Branco do Sul é uma barreira para que seja assegurado o bem-estar de suas componentes. “Essa questão de equipes técnicas, principalmente a área da saúde é muito importante pra elas, e é muito complicado fazer o gerenciamento delas sem essas equipes, como era o caso em São José”, comenta. Nathalia Brum

psicológico e psiquiátrico nas cadeias. Segundo ela, além de serem tratadas pelo pronome errado e pelo nome civil, as presas trans sofrem com a questão da hormonoterapia que, por ser um tratamento contínuo, precisa de acompanhamento médico. “Mesmo havendo um protocolo simples a ser seguido por esses profissionais, muitos alegam não serem habilitados ao processo por não ser a especialidade deles, mas na realidade, é falta de vontade”, explica.

Leia mais Confira vídeo sobre LGBTs no cárcere.

Painel de informações sobre a comunidade LGBT no Grupo Dignidade

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Curitiba, 15 de Março de 2020

Cidades

Curitiba implementa novo sistema de EstaR eletrônico Vagas de EstaR foram substituídas por sistema eletrônico no dia 16 de março e motoristas terão até 10 de junho para trocar cartões por recargas digitais Eduarda Fiori Isabella Serena Ricardo Luiz 3° Período

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Ricardo Luiz

EstaR eletrônico é o atual sistema de estacionamento regulamentado na capital paranaense, o novo modelo entrou em vigor no dia 16 de março. Os antigos cartões deixam de ser aceitos após o dia 10 de maio, a Prefeitura informa que existe um prazo estipulado para a troca por créditos nos aplicativos homologados. Esse sistema também é utilizado em outras capitais e promete modernizar e facilitar o acesso de todas as 12.088 vagas disponíveis em Curitiba. A cidade também pretende implantar cerca de 3 mil novas paradas de EstaR. A Urbanização de Curitiba (Urbs), empresa responsável pelo sistema, explica que para utilizar a nova ferramenta, o motorista deve baixar um dos aplicativos no celular e comprar créditos. O processo também necessita da placa do veículo, a localização da vaga e o período de permanência. O limite de tempo ainda será de duas horas. Entre as mudanças do sistema, está o fato de que não é mais necessário pagar uma hora cheia por um período menor de permanência. Os motoristas que utilizam o EstaR tem a tarifa dos créditos fracionada com o valor de R$ 0,75 a cada 15 minutos. Além dos aplicativos, o usuário pode recarregar os créditos em um dos 400 pontos de venda credenciados ou em totens de empresas de aplicativos que foram instalados na cidade.

Renato Medeiros, vendedor ambulante de cartões de EstaR

“As pessoas de idade não tem muito conhecimento dessas tecnologias.” Ricardo Luiz

O empresário Fernando Alencar, proprietário da Banca Martine da Praça Generoso Marques, optou por comercializar créditos da nova ferramenta. “Escolhi continuar trabalhando com EstaR. Porém, acho que é um pouco complicado. As pessoas de idade não tem muito conhecimento dessas tecnologias”, afirma sobre a mudança. Alguns estabelecimentos que Novo modelo da placa de EstaR vendiam os cartões do antigo sistema não migraram para o terão mais renda”. O vendedor sistema eletrônico. O dono da também alega que o novo recurBanca Marco Zero, Francisco so digital pode abrir espaço para Verissimo, na Praça Tiradentes, fraudes e acredita que a falta de alega que o processo de venda acesso à tecnologia pode levar dos créditos para o novo sistema alguns condutores a deixar de é muito trabalhoso. Devido pagar a tarifa. ao grande fluxo de pessoas no local, o serviço atrapalha o A fiscalização de veículos com funcionamento do seu estabelepermanência irregular ou falta cimento. “Eu teria que contratar de pagamento por créditos conuma pessoa só para isso.” tinua sendo responsabilidade de agentes da Superintendência Pelo centro da cidade, também de Trânsito (Setran). Além do era comum a presença de vencontrole por meio das placas dos dedores ambulantes de cartões veículos, os fiscais possuem um de EstaR, como o caso de Renato dispositivo com a geolocalização Medeiros, que se preocupou de todos os carros estacionados. com o seu trabalho após a imA alerta para condutores que plementação da nova tecnoloprecisam renovar o tempo de gia. “Afetou tanto eu quanto os uso da vaga é por meio de uma cuidadores de carro, que não notificação do aplicativo.

Apesar de o novo sistema de EstaR prometer uma facilidade maior para o pagamento de estacionamento regulamentado, o mecânico Osvaldemir Fiorati comenta que é uma dificuldade para quem não sabe como utilizar novas tecnologias do gênero, “Eu sei muito pouco e tenho dificuldade em usar”, confessa. Por outro lado, a mudança é bem recebida entre os usuários mais jovens, que possuem mais facilidade em operar com os novos recursos. “Acho bom porque me ajuda muito”, diz o auxiliar administrativo Carlos Hoffman, 18 anos, que recentemente tirou sua carteira de motorista. Segundo o engenheiro Celso Alves Mariano, especialista mul-

tidisciplinar em trânsito, a nova implementação pode limitar o acesso de algumas pessoas que tenham dificuldade com a tecnologia, apesar de já termos passado por coisas parecidas como a informatização dos bancos, cartórios e telefonia, por exemplo. “Cabe ao órgão público oferecer todas as condições para que os usuários tenham acesso a informações claras e de fácil acesso. E aos usuários, um certo empenho em aprender a utilizar os novos recursos”, comenta o especialista. O EstaR, em seu modelo atual, demanda muita mão de obra. Com a implementação da nova tecnologia, espera-se a liberação de mais agentes, “O modelo escolhido é uma evolução tecnológica tímida. Vai facilitar a atividade do agente e permitir a coleta de dados de boa qualidade de forma automatizada, tudo isso é positivo, porém um nível tecnológico um pouco mais avançado permitirá também liberar agentes a cuidar do EstaR para atuarem em áreas carentes de mão de obra, como a fiscalização nas ruas”, completa Mariano.

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Curitiba, 15 de Março de 2018

Economia

Aumento na venda de ovos de Páscoa é previsto no Paraná No Brasil, cerca de 76% das compras devem ocorrer em supermercados, que disputam espaço com produtores artesanais e microempreendedores individuais Camila Acordi Carolina Nassar Maria Vitória Bruzamolin 3º Período

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Páscoa, segunda maior data do varejo alimentar no Brasil, está chegando e, com isso, a busca pelos almejados ovos de chocolate movimentam a economia do país. Neste ano, o Paraná deve ter um aumento de 8% nas vendas, de acordo com a Associação Paranaense de Supermercados (APRAS). Além disso, os ovos artesanais vêm sendo uma alternativa para quem busca preços mais acessíveis e produtos personalizados. Em 2020, segundo Associação Paulista de Supermercados (Apas), os ovos, no Brasil, devem sofrer uma alta de 2% em cima do valor de 2019. Isso se dá graças a alta do dólar, que acabou influenciando no preço do corante e do leite, afirma o economista da APAS, Thiago Berka, em entrevista ao portal Giro News. O aumento do valor, apesar da expectativa de aumento das vendas, faz pessoas como Isabella Soares, 18 anos, que tinham a tradição de comprar os ovos em grande quantidade, pensarem duas vezes, “Eu costumava comprar de 5 à 8 ovos, atualmente no máximo 3.”

Cerca de 14 mil empregos temporários - diretos e indiretos - foram originados pela indústria brasileira de chocolates, para o período pascoal de 2020, aumentando em média 16% a mão de obra nas fábricas, afirma a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). Segundo ela, a maior parte das vendas (76%) deve acontecer em supermercados, já o restante se dá por microempreendedores individuais e produtores artesanais. Camila de Souza, 27 anos, produz ovos desde 2015. Ela usa esse dinheiro extra para ajudar na renda anual. “Com salário que eu ganhava, eu só conseguia pagar a mensalidade da faculdade e umas contas básicas então a minha ideia foi começar a produzir os ovos para que eu conseguisse pagar minha formatura”, disse a produtora artesanal. Com a renda do ano passado, ela conseguiu abrir sua própria loja de roupa. Apesar da expectativa de uma alta nas vendas de ovos, Heloísa Helena, 27 anos, estudante de Design, que sempre consumiu

SECS

Ovos de Páscoa dispostos em supermercado ovos de Páscoa, afirma que sua família diminuiu a quantidade comprada. “Eu e meus três irmãos ganhamos um só para dividirmos”, diz ela. “Antigamente eu escolhia (os ovos) pela embalagem e brinde, hoje em dia escolho mais pelo sabor e pelo preço também”, afirma Heloísa, que tem intolerância a lactose e prefere personalizar seus ovos com um produtor artesanal local.

Leia mais Dicas para economizar nas compras de Páscoa. portalcomunicare.com.br

Preço dos ovos é alvo de crítica Preços elevados em supermercados faz com que aumente a procura por produtos artesanais, defende especialista Bernardo Gonzalez Carlos Mazetto Diego Diogo Santos 3º período

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rodutores artesanais de Curitiba questionam os preços elevados dos ovos de páscoa e demais chocolates industriais vendidos nos mercados da cidade. Segundo as empresárias ouvidas pela reportagem, os supermercados adotam uma conduta “abusiva” ao cobrar expressivamente a mais por barras de chocolate em formato de ovos. Para a sócia-proprietária da Fábrica Cafeteira, Bruna Gonçalvez, existe uma falta de equilíbrio entre a qualidade e o preço dos ovos de chocolate na indústria. “Eles perderam a noção, estão cobrando R$ 60 no peso de uma barra de chocolate, só porque está no formato de um ovo”, critica. A empresa de Bruna produz ovos artesanais no período de Páscoa há três anos e conta que a procura tem crescido gradativamente. “Ano passado vendemos mais de 400 ovos e esse ano com um cardápio maior a expectativa é ainda maior que no ano anterior”, explica. A proprietária de loja especializada em chocolates, Rose Petenucci, conta que a páscoa representa 30% do faturamento anual

de sua loja. Os preparativos para esta época do ano começam em agosto do ano anterior, com acompra de embalagens e utensícilos e a produção é iniciada logo após o natal. Ela explica ainda que percebe por parte do consumidor uma valorização maior dos produtos caseiros e artesanais de produção local. A empresária atribui o aumento da procura a algumas questões como o avançao da indústria de embalagens e a produção nacional de chocolates de qualidade. “ Há alguns anos atrás você tinha um único fornecedor de chocolate para um único fornecedor de formas, o restante era de baixa qualidade”, diz. Ela explica que atualmente há uma variedade de chocolates nacionais e importados que facilitam na produção e diminuem os custos. Segundo a analista do Sebrae-PR, Rosana Vargas a elevação no preço dos chocolates tradicionais nesse período do ano é um dos fatores que favorecem a procura dos consumidores por ovos artesanais. “Percebemos que a procura pelos artesanais vêm aumentando a cada ano, isso se deve a grande variedade de preços e possibilidades de sabores que encontramos nestes

produtos. A s pessoas estão buscando por produtos únicos, que não encontram em qualquer loja”. A professora de inglês Camila Conque relata que no ano passado começou a produzir ovos de páscoa em casa para complementar a renda. “Comecei vendendo para os conhecidos, eles gostaram tanto que indicavam e presentevam outras pessoas que, depois, vieram me procurar para comprar mais”. Para Conque, a procura por produtos artesanais tem aumentado por conta dos preços altos

dos supermercados, comparado com a produção artesanal. “Eu cobro o preço justo, claro que tiro meu lucro, mas não é abusivo como temos visto nas gôndolas e parreiras dos supermercados”, explica.

Leia mais Onde comprar ovos artesanais.

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Ovos de páscoa industriais versus ovos artesanais

Carlos Mazetto


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Curitiba, 15 de Março de 2020

Cidades

Curitiba enfrenta pandemia de Coronavírus Cresce número de casos confirmados na capital, passando ao estágio de transmissão coletiva Gabrielly Dering Sarah Guilhermo Stephanie Friesen 3º Período

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Stephanie Friesen

nquanto cresce o número de casos suspeitos do novo coronavírus na grande Curitiba, a cidade se prepara para enfrentar a pandemia. Até o dia primeiro de abril, data de fechamento desta edição, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) havia confirmado 90 casos e investigava quase 300 casos suspeitos de infecção humana da doença na capital. Dos casos divulgados, mais de 500 foram descartados por exames laboratoriais e os demais aguardam pelos resultados. O Covid-19 é causador de uma infecção respiratória que pode ir de sintomas leves até quadros de maior gravidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora o coronavírus desde o início do ano, quando foram divulgados os casos de pneumonia de causa desconhecida em Wuhan, na China. A partir do sequenciamento genético, pesquisadores

O uso do álcool gel é indispensável para a prevenção do Covid-19

“O vírus tem tendência de rápida

replicação em organismos frágeis.” concluíram que trata-se de um novo coronavírus, presente em todos os continentes. O Brasil possui quase 23 mil suspeitos de coronavírus, quase 6 mil casos confirmados e mais de 200 mortes. Curitiba adotou diversas medidas contra o Covid-19, como isolamento domiciliar de sete dias para todos que retornarem de viagem do exterior sem sintomas e 14 dias para quem apresenta sintomas respiratórios, proibição de visitas hospitalares, suspensão de eventos de massa até 12 de abril. O Governo do Estado do Paraná decreta que as aulas em escolas e universidades públicas estaduais ficam suspensas a partir de 20 de março. A UTFPR suspendeu

todas as atividades, até mesmo a distância, até o dia 02 de maio. Universidades privadas como a PUCPR, FAE, Tuiuti e Positivo suspenderam aulas presenciais a partir do dia 18 de março, continuando suas aulas através de plataformas online. Segundo o médico Alcides Oliveira, Diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, entre o coronavírus e uma gripe comum, as diferenças estão apenas no ponto de vista clínico. “São vírus diferentes, mas os sintomas são os mesmos. Para a influenza, porém, nós já temos vacina.” A grande preocupação que a doença está gerando, ainda segundo ele, provém de sua alta transmissibilidade. Dados

publicados pelas autoridades internacionais de saúde que monitoram os casos pelo mundo indicam que a letalidade esteja entre 2% e 3%. “O Coronavírus mata menos que as outras gripes”, relata a médica Marise da Silva Mattos, infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES-SC. Para ela, o risco maior é aos idosos e pessoas imunodeprimidas. “O vírus tem tendência de rápida replicação em organismos frágeis, provocando infecções mais graves em pessoas que estão inseridas nos grupos de risco”, explica.

Onde buscar atendimento Para que exista uma suspeita

de infecção, é necessário haver suspeita de contágio. “Se você teve possibilidade de contágio e tiver sintomas do tipo dor de garganta, febre, dor de cabeça, dor no corpo, espirro, tosse e coriza, o mais indicado é telefonar uma unidade de saúde, seja da rede pública ou privada. Os profissionais vão te encaminhar e atender da maneira mais adequada. É importante também utilizar máscara”, orienta Marise. A recomendação é que as máscaras sejam utilizadas por pessoas infectadas, por pessoas com sintomas ou por aqueles que trabalham na área da saúde. Essa matéria foi fechada no dia 01/04/2020.

Mapa Confira um mapa com a localização das UPAs de Curitiba portalcomunicare.com.br

Gabrielly Dering

Prevenção • Lave as mãos com frequência e utilize álcool 70%; • Fique em casa no período de pandemia; • Utilize lenço descartável para higiene nasal; • Cubra nariz e boca quando espirrar ou tossir e higienize as mãos logo após; • Não compartilhe objetos de uso pessoal; • Evite contato próximo com pessoas com sintomas da doença; • Mantenha ambientes bem ventilados. É importante manter todos os ambientes e superfícies bem higienizadas


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Curitiba, 15 de Março de 2018

Cities

Curitiba faces Coronavirus pandemic The number of confirmed cases grows in the capital, overtaking collective transmission Gabrielly Dering Sarah Guilhermo Stephanie Friesen 3rd Term Translation by Sarah Guilhermo

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Stephanie Friesen

While the number of suspect cases of the new coronavirus grows in the metropolitan region of Curitiba, the city gets ready to face the pandemic. Until April 1st, the closing date of this edition, the Municipal Health Secretariat (SMS) had confirmed 90 cases and investigated almost 300 suspicious cases of human infection in the capital. Over 500 reported cases were discarded by laboratory tests and others are waiting for results. Covid-19 causes respiratory infection, which might evolve from mild symptoms to more serious cases. The World Health Organization has monitored the coronavirus since the beginning of the year, when cases of an unknown type of pneumonia were registered in Wuhan, China. From the genetic sequencing, researchers concluded that it is a new coronavirus, present in

The use of hand sanitizer is essential to prevent Covid-19

“The virus tends to replicate

quicker in fragile organisms.” all continents. Brazil has almost 23,000 suspicious cases, 6.000 confirmed cases and over 200 deaths. Curitiba has adopted various preventive measures against Covid-19, such as a seven days home isolation for everyone returning from a foreign trip, who show no symptoms; prohibition on hospital visits, and suspension of mass events until April 16th. UTFPR suspended all activities, even at a distance, until May 2nd. Private universities such as PUCPR, FAE, Tuiuti and Positivo have suspended classes from March 18th. According to the doctor Alcides Oliveira, Director of the Epidemiology Center of the Municipal

Health Department of Curitiba, between Coronavirus and a common flu, the differences are only in the point of view from clinical manifestation. “Both are viruses from different families and species, but the symptoms are the same. However, there is a vaccine for influenza.” The major concern the disease is creating, according to him, results from it’s high transmissibility. Data published by international health authorities monitoring cases around the world, indicate that the lethality is between 3% and 4%. “Covid-19 kills less than other flus,” reports the doctor Marise da Silva Mattos, an infectious disease specialist from the Directorate of Epidemiologi-

cal Surveillance at SES-SC. To her, the greatest risk is for the elderly and immunosuppressed people. “The virus tends to replicate quicker in fragile organisms, causing more serious infections”, she explains.

Where to look for care For a viral infection to be suspected, there must have been a suspect of contagion. “If you might have had the possibility of contagion and have symptoms like sore throat, fever, headache, body pain, sneezing, coughing and runny nose; it is best to contact a health unit, whether it is in the public or private network. The professionals will refer and assist you in the most appropriate way. It is also important

to use a mask”, guides Marise. The recommendation is that the masks are used by infected people, by people with symptoms or by those who work in health services. The verification of the article closed on April 1st.

Map Check out a map with UPA’s locations in Curitiba portalcomunicare.com.br

Gabrielly Dering

Prevention • Wash your hands frequently and use alcohol 70%; • Stay in home during the pandemic period; • Use disposable handkerchief for nasal health caring; • Cover your nose and mouth every time you cough or sneeze; • Do not share personal items; • Keep environments well ventilated; • Avoid close contact with people who present symptoms of the disease.

It is important to keep all environments and surfaces well sanitized


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Curitiba, 15 de Março de 2020

Cultura

Projeto anula obrigatoriedade de registro profissional para artistas Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado do Paraná (SATED) afirma que o registro profissional de artistas garante os direitos trabalhistas Bruna Colmann Brunna Gabardo Sabrina Ramos 3º Período

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Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) recebeu em agosto de 2019 o Projeto de Lei 4356/2019, que anula a obrigatoriedade do registro do artista na Delegacia Regional do Trabalho. A medida acaba com a necessidade de diploma para exercer a profissão e cria insegurança entre artistas. A mudança foi apresentada na Câmara dos Deputados com o entendimento de que a Constituição garante a liberdade de expressão, e segue em andamento no Plenário. De acordo com o professor Robson Rosseto, Coordenador do Curso de Licenciatura em Teatro da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), o projeto de lei é um retrocesso. Ele diz que apesar de ser anunciada como uma medida de incentivos à criação de empregos para jovens, a propaganda esconde alterações de regras trabalhistas. Segundo o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado do Paraná (SATED), o registro profissional vai além da questão de atuação, pois é o que assegura os direitos trabalhistas.

Sabrina Ramos

Curitiba Para Rosseto, Curitiba conta com vários segmentos em torno das artes cênicas. “É um pólo efervescente de arte e cultura, não somente na época em que acontece o Festival de Teatro”. A diretora e produtora teatral Marianna Holtz, avalia que faltam muitos incentivos para jovens artistas em Curitiba. A cidade possui um espaço artístico amplo, porém é deficitária na criação de pontes entre o mercado de trabalho e a formação do jovem. “Acho que Curitiba é muito provinciana, no sentido de você ter que conhecer uma pessoa que conhece outra pessoa, excluindo nesse processo, seu mérito e talento.” Além do mercado de trabalho ser fechado e elitizado, o profissional da área deve ser flexível. O fundador do grupo de teatro Antropofocus, Andrei Moscheto, observa que quem procura manter a profissão, precisa encontrar alternativas. “O artista acaba tendo que procurar trabalhos, que podem ser baseadas em sua área de formação, como voz e vídeo.”

Peça “No Dia Seguinte - A Quase História da Tevê Brasileira” O estudante do curso de Teatro Pedro Casimiro diz que tornar facultativo o registro abre um leque de profissionais que poderão atuar no mercado, e a dificuldade dos artistas para concursos em projetos diminuirá em consequência disso. Por outro lado, muitos empregadores podem sonegar direitos trabalhistas diante deste projeto de lei. “Tem muita gente que acredita nisso, supressão dos direitos trabalhistas, é algo que só poderemos ver com o

tempo, e espero que não ocorra”. Diante do cenário atual o estudante considera isso um sério problema.

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Confira os ensaios da peça Deste sangue não beberei, Teatro Barracão EnCena portalcomunicare.com.br

Cidades

COVID-19: Casamento Coletivo é adiado

Cerimônia na Arena da Baixada que aconteceria no dia 28 de março, que pela primeira vez contaria com casais de todo estado, é adiada e TJPR já pensa em nova data Herick Pires Isadora Mendes Raissa Micheluzzi 3º Período

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quarta edição do Casamento Coletivo seria realizado no dia 28 de março na Arena da Baixada, em Curitiba, mas precisou ser adiado por conta do alerta em relação ao coronavírus, assim como diversos eventos que contariam com a presença de mais de 50 pessoas. A cerimônia foi reagendada e está prevista para acontecer no mês de julho, mas ainda sem data exata informada pela Secretaria de Justiça no Bairro, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Segundo os organizadores do evento, novos casais poderão ser inscritos para participar do casamento. Anteriormente ao adiamento, as inscrições para o evento chegaram a ser prorrogadas até o dia seis de março, e segundo a assessoria do Sesc, o motivo foi a apresentação e solicitação de documentos que demoravam para ser entregues aos noivos, e a decisão de adiamento foi tomada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Além disso, a definição de casais de fora de Curitiba e Região Metropolitana poderem fazer parte da cerimônia, pela primeira vez desde o início do Casamento Coletivo, foi feita para que hou-

vesse maior representatividade de todo o estado. A cerimônia coletiva é uma opção para aqueles cidadãos que não tem condições de realizar um casamento, mas fazem questão da celebração. Podem se inscrever casais, independente de orientação sexual, com renda de até três salários mínimos (o equivalente a R$ 3.117,00). A vendedora Chrislaine Fabielle, conta que soube do casamento através das redes sociais. “Fiquei sabendo do casamento coletivo pelo Facebook, decidi fazer minha inscrição porque não temos condições de pagar para casar. Eu e minha irmã vamos nos casar no mesmo dia e todos os conhecidos e família gostaram muito da ideia”. Além da comprovação de renda, os casais devem apresentar uma documentação exigida em algum cartório de registro civil, nas unidades do CRAS ou em sedes do Sesc espalhadas pela cidade. Na região metropolitana, os responsáveis pelo recebimento de documentos foram cartórios e, assim como em Curitiba, o CRAS. Uma vez inscritos, os noivos deverão comparecer ao cartório que for indicado, acompanhados de duas testemunhas

(que não podem ser os pais do casal), levando o formulário de encaminhamento do CRAS e toda a documentação apresentada no ato de inscrição. A cerimônia é ecumenica e tenta abranger a todas as manifestações religiosas, e é direcionada à casais de baixa renda. Alguns projetos de arrecadação de roupas foram realizados, como o do advogado Diogo Busse, que mobilizou colegas de profissão que doaram desde roupas e sapatos sociais até mesmo vestidos de noiva. O recolhimento de doações foi feito de maneira rápida e com grande ajuda de redes sociais segundo o advogado, e interessou a equipe do Sesc, um

dos parceiros do Casamento Coletivo, a ser repetido em outros eventos, “comprometi para que a gente faça e desenvolva essa parceria para as próximas porque a gente quer continuar contribuindo”, declarou Busse. As roupas arrecadadas foram sorteadas para casais que estiveram presentes na reunião de preparação do evento.

Leia mais Saiba mais sobre a arrecadação de roupas para o Casamento coletivo

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Herick Pires

Casal em frente à Arena da Baixada, local onde irá acontecer a cerimônia.


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Curitiba, 15 de Março de 2018

Economia

Necessidade de adequação à LGPD movimenta mercado curitibano Segundo especialistas, empresas que se adequarem primeiro terão vantagem competitiva Flávio Luz Pedro Almeida Rafael Coelho 3º Período

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ncerra, em agosto, o prazo para as empresas nacionais se adequarem à lei 13.709/18, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que dispõem sobre dados pessoais e altera o Marco Civil da Internet. Todas as entidades, públicas ou privadas, que coletem e/ou armazenem dados pessoais precisarão estar em conformidade com os dispositivos legais. Entretanto, uma pesquisa do Serasa Experian aponta que menos de 30% das companhias conseguirão atender as exigências no tempo devido. A partir de agosto, quem não estiver

Rafael Coelho

De acordo com o professor Altair Olivo Santin, doutor na área de cibersegurança e coordenador da pós-graduação em informática da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), são diversos os motivos que dificultam a adaptação a tempo. Entre eles: falta de profissionais qualificados na área; soluções tecnológicas específicas e, principalmente, mudança cultural que a nova lei traz para as organizações. “Quanto à privacidade, é preciso treinar todos os funcionários que têm contato com dados para se adequar à lei. Hoje, as empre-

Professor Altair Santos, doutor em cibersegurança

“Hoje, as empresas têm dados espalhados por vários setores, mas precisarão repensar o uso dessas informações, de forma que possam ser usados sem infringir a lei.” de acordo sofrerá penalidades que podem chegar até 2% do faturamento, limitado a R$ 50 milhões.

sas têm dados espalhados por vários setores, mas precisarão repensar esse uso das informações de forma que os setores Flávio Luz

consigam trabalhar, mas sem infringir a lei”, comenta Santin. Mercado curitibano A necessidade de adequação à LGPD está impulsionando as empresas que atuam em Curitiba ou enxergaram potencial aqui. Como é o caso da ISH Tecnologia, organização de segurança, infraestrutura e nuvem do Espírito Santo, que inaugurou, em março, uma filial na capital paranaense. O objetivo é ampliar negócios na região e a expectativa é faturar mais de R$ 30 milhões até o final de 2020. Outra empresa que se preparou para atender a demanda foi a Winov, startup curitibana de cloud corporativa, que buscou se adequar às exigências da legislação ainda em 2019. Além de alocar dados em um Data Center no Brasil, cumprindo as imposições de armazenar os dados no país, a Winov usa hardwares dedicados de marca especializada em cibersegurança. Vantagens competitivas Segundo o gerente de negócios de governança, risco e conformidade da ISH Tecnologia, Cristiano Gouveia Silverio, mais do que cumprir a legislação, a regulamentação de privacidade traz benefícios financeiros “Investir em privacidade reduz custos com respostas de vazamento de informações pessoais, além do próprio conhecimento que vem da melhor governança de dados que agiliza processos e possibilita novos modelos de negócios”, defende. De acordo com a pesquisa Data Privacy Benchmark Study 2020,

70% das organizações afirmam ter obtido vantagens comerciais significativas por causa da privacidade de dados. Além disso, essas empresas recebem, em média, benefícios equivalentes a 2,7 vezes o investimento que fizeram. O advogado Paulo Vinícius de Carvalho Soares, do escritório Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA), acrescenta que as corporações que se adaptarem primeiro à LGPD terão um diferencial competitivo, porque conquistarão um mercado sedento por empresas em conformidade. Soares, que também é membro da International Association of Privacy Professionals (IAPP), explica que “grande parte das legislações estrangeiras coloca uma barreira econômica para as empresas e países que não se adaptarem, ou não tiverem, em conformidade com a lei geral de proteção de dados nacional.” No final de 2019, o deputado Carlos Bezerra (MDB-MT) propôs um projeto de lei para prorrogar para 2022 a vigência da maior parte da LGPD. Como a PL ainda aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), a data válida ainda é agosto de 2020.

Leia mais Ebitas voluptaes dolut ipienia evelibus ipsandi unt, ium rem con. portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 15 de Março de 2020

Política

Vereadores de Curitiba correm para aproveitar janela partidária Período em que vereadores podem trocar de partido se estenderá até a primeira semana de abril e promete agitar o cenário político de Curitiba Gabriel Malucelli Lucca Marreiros Romano Zanlorenzi 3º Período

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oi aberto no início de março o período conhecido como janela partidária, que permite que os vereadores mudem de partido para as próximas eleições sem correr o risco de perder a legenda. A troca é autorizada pela legislação em vigor desde 2015 e o ciclo dura praticamente um mês. O prazo para a alteração partidária se estende até o dia 3 de abril, aproximadamente seis meses antes das eleições. Na Câmara Municipal de Curitiba, as movimentações já estão intensas. É possível que, dos 38 vereadores com mandatos em vigor, oito estariam se movimentando para trocar de sigla. Um dos vereadores que articula sua troca é Geovane Fernandes, atualmente filiado ao PTB. Após receber um convite do deputado Ewandro Roman, Geovane irá se juntar ao Patriota e terá a missão de organizar o partido dentro da capital paranaense. “Estou saindo do PTB justamente pelo interesse em assumir uma nova cadeira na Câmara. O Patriota buscar conseguir de 3 a 4 vereadores”.

Gabriel Malucelli

Eleito pela primeira vez em 2012, o vereador está confiante no processo para registrar sua troca. “Já garanti 41 das 57 assinaturas necessárias e ainda há outras pessoas que também estão muito interessadas em entrar. Estou muito confiante que faremos um grande trabalho”. Bruno Pessuti (PSD) não deve trocar de sigla durante a janela. Porém, ele defende o direito dos políticos em “buscar novos ares”. “O Brasil tem muitos partidos, sendo que vários não possuem conteúdo ideológico. A mudança é necessária, para que você mantenha a liberdade para trabalhar. Nada na vida é para sempre, incluindo as suas ideias”. Na opinião da eleitora Viviane Barbosa de 42 anos, a Janela Partidária é interessante para ver os movimentos dos partidos na próxima eleição, mas diz que seu voto é no candidato que mais lhe agrada e não no partido em que ele se encontra. Para as eleições municipais, há uma diferença importante. Estes processos eleitorais em específico são conhecidos como proporcionais, em que o eleitor

Vereador Geovane Fernandes buscará candidatura na Câmara via Patriota pode votar tanto no candidato, quanto no partido e/ou coligação. As vagas são distribuídas de acordo com o número de votos recebidos por cada partido. De acordo com Marcos Zablonsky, essa medida faz parte da última alteração do sistema político, mais precisamente, a lei de número 9504, em vigor desde 1997. De acordo com os dados atuais da Câmara Municipal de Curitiba, os 38 vereadores estão distribuídos em cerca de 19 siglas partidárias. O partido que possui o maior número de cadeiras no Plenário é o PDT, com cinco vereadores. Em seguida,

aparecem PSD, com quatro vereadores. O PSDB e PSC possuem três representantes. Em outro extremo, há oito partidos com apenas um representante na Câmara. É o caso do PT, PP, Patriota e Partido Liberal.

Leia mais Sonora com o vereador Bruno Pessuti (PSC). portalcomunicare.com.br

Disseminação de notícias falsas pode atrapalhar eleições municipais Eleitor precisa estar atento à fontes quando procurar informações sobre candidatos Bruna Cominetti Luiza Ruppel 3º Período

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om pouco menos seis meses para as eleições municipais de 2020, cujo primeiro turno está marcado para o dia 4 de outubro, especialistas do cenário político apontam que a maior preocupação é com relação ao volume e a velocidade com que as informações circulam, dificultando o apuramento antes de sua divulgação.

volveu uma página que esclarece sobre informações falsas, contando com links de direcionamento à portais de agência de checagem de conteúdo, além de toda uma campanha com vídeos explicativos e acessíveis à população. Porém, em estudo divulgado pela Organização Avaaz, nas

fenômeno das fake news, que é relativamente novo e ainda pouco estudado. “É direito do eleitor ser informado sem a mácula das fake news, assegurando que sua decisão seja qualificada”. Aparenta ser a mesma preocupação do TSE, que em maio de 2019 realizou com o apoio da União Europeia, o Seminário

“É direito do eleitor ser informado sem a mácula das fake news.” Apesar das campanhas eleitorais só iniciarem 45 dias antes das eleições, a pré-campanha é um momento muito importante para os candidatos começarem a divulgação de suas intenções com a pretendida candidatura. E é desde agora que o eleitor pode começar a fiscalizar as informações que recebe. Em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), visando auxiliar o eleitorado brasileiro, desen-

eleições de 2018, cerca de 98% dos eleitores que elegeram o atual presidente receberam ao menos uma notícia falsa durante a campanha, e 89% acreditaram que fosse verídica. Para o professor do curso do curso de Filosofia Clodomiro José Bannwart Junior, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o principal desafio dessa nova campanha eleitoral é a necessidade de lidar com o

Internacional Fake News e Eleições. A intenção era justamente juntar especialistas brasileiros e estrangeiros, e a partir da troca de conhecimentos sobre o assunto, traçar novas estratégias para as eleições municipais de 2020. O professor Clodomiro Junior ressalta que desde 2009 os candidatos devem apresentar junto ao registro de candidatura as propostas que pretendem

defender. Assim é possível que o eleitor consiga acompanhar e fiscalizar sua trajetória eleitoral. No cenário político curitibano, o atual prefeito Rafael Greca tentará a reeleição, e apesar de contar com uma aprovação de 57% em seu mandato, está numa corrida contra o tempo para cumprir promessas de campanha. Além de Greca, que agora concorre pelo partido Democratas (DEM), os possíveis candidatos à prefeito de Curitiba são Gustavo Fruet ( PDT), Ney Leprevost (PSD), Luciano Ducci (PSB), Christiane Yared (PL), Delegado Francischini (PSL), Angelo Vanhoni (PT) e o ex-governador do estado, Roberto Requião (MDB).

Leia mais Confira como reconhecer as fake news. portalcomunicare.com.br


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Curitiba, 15 de Março de 2018

Política

URBS fiscaliza motoristas de aplicativo Motoristas que atuam em Curitiba devem estar cadastrados no site da Prefeitura Hellena César Letícia Simão Mariana Scavassin 3º Período

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Hellena César

otoristas de aplicativos como Uber, 99 e Cabify que atuam em Curitiba estarão sujeitos a fiscalização da prefeitura para exercer o serviço. O projeto é uma ação da Urbanização de Curitiba (Urbs) e da Superintendência de Trânsito (Setran) e visa aumentar a qualidade e segurança do transporte para motoristas e usuários. Ao todo, 27 mil motoristas realizaram o cadastro até o início das fiscalizações no dia 2 de março. Caso o condutor não tenha o veículo cadastrado, será considerado como transporte irregular e terá o carro apreendido pelo Setran até que a regularização seja feita. O registro é uma exigência legal e pode ser realizado a qualquer momento pelo site da Urbs. Os documentos necessários para o cadastro incluem a CNH do motorista, DPVAT, seguro, certidão negativa e uma foto do condutor. Além disso, há exigências para que o dono do veículo possa atuar, como a fabricação do carro até 2013 e o seguro deve ser nomeado pelo condutor. Após o encaminhamento dos documentos, será disponibilizada uma carteirinha virtual contendo os dados do motorista e os aplicativos em que trabalha. De acordo com a URBS, a medida foi tomada com o intuito de dar ao passageiro e ao motorista mais segurança, aumentando

O número de motoristas de aplicativo em Curitiba cresce a cada ano o controle sobre os usuários e protegendo-os de pessoas mal-intencionadas. Na prática, nenhuma mudança drástica ocorrerá para os condutores. A intenção do cadastro é assegurar que os motoristas não corram riscos perante as legislações trabalhistas e que os passageiros façam suas viagens com pessoas capacitadas e regularizadas. A Urbs não comentou como o passageiro poderá identificar se o motorista é ou não cadastrado. Eduardo Pedralli, motorista de Uber desde agosto de 2019, conta que fez o cadastro mas que o sistema falha muito e não dá feedback sobre o status do processo. A Urbs diz que o usuário deve esperar um email de confirmação. Eduardo não

recebeu e teve que ligar para saber se havia sido recusado ou ao menos analisado. O motorista também conta que teve que desembolsar R$ 100,00 para fazer a consulta dos antecedentes criminais pedido no cadastro. Ele diz que a única segurança que sente com o novo decreto é a de não ser multado pela prefeitura, mas que o mesmo não oferece nenhum sistema de segurança ou benefício para o motorista. Conta que nunca foi parado em uma blitz mas já teve colegas que tiveram a carteirinha e o aplicativo verificados. Em janeiro, motoristas organizaram protestos pela capital pedindo mudanças no sistema de cadastro após dificuldades no processo. As principais reclamações eram a lentidão para a

aprovação do cadastro, idade requerida do veículo e falta de clareza sobre os documentos necessários. Segundo a Prefeitura, um convênio deve ser assinado em breve com São José dos Pinhais para que os motoristas cadastrados possam trabalhar nas duas cidades. A ideia é que, no futuro, outros muncípios da região metropolitana sejam integrados.

Leia mais Dados sobre motoristas de aplicativos e trabalho informal

Governo constrói cadeia pública Número de vagas no sistema prisional aumentou três vezes nos últimos 16 anos, mas o total não foi suficiente para superar a superlotação Beatriz Bleyer Lorena Rohrich Marina Geiger 3º Período

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Estudo do Monitor da Violência, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2019, afirma que o Paraná tem atualmente 11 mil presos nas delegacias, apesar da capacidade do estado ser de aproximadamente 7 mil pessoas encarceradas. Diante dessa circunstância, o governo está construindo uma nova cadeia pública. Além do cenário descrito acima, há uma superlotação de 15,4% do sistema carcerário paranaense, com mais de 23 mil detentos, para aproximadamente 18 mil vagas. A capacidade atual do sistema penal estadual é de aproximadamente 21 mil, mas no momento se tem 28 mil e 400 presos. A superlotação é uma realidade, com mais de 7 mil presos acima do limite da capacidade, de acordo com o Mapa Carcerário, CELEPAR. Ao todo Curitiba possui 12 estabelecimentos carcerários. O governo do Ratinho Júnior prometeu inaugurar uma nova

cadeia nos próximos meses, que deverá receber entre 400 e 500 detentos. A ação originalmente fazia parte de um plano de políticas públicas da gestão de Beto Richa, lançado em 2011, mas o programa deixou uma dívida estimada em R$ 33 milhões ao estado e nada saiu do papel, segundo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). A Secretaria da Segurança Pública do Paraná tem investido na transferência de gestão das carceragens das delegacias da Polícia Civil para o Departamento Penitenciário do estado (Depen), o que acarreta, também, a troca de nomenclatura para Cadeia Pública. Dentro do projeto, o Depen já assumiu 37 carceragens de todo o Paraná e compartilha a gestão junto à Polícia Civil e em modo de transição, de mais de 100 unidades do estado. O deputado estadual, Tadeu Veneri, afirma que o problema da superlotação nos estados do Brasil não é o número de presídios, mas a falta de alternativas que possam contornar o

cenário carcerário atual. “É você ter uma onda de prisões muito mais forte do que um processo de ressocialização (dos presos), de penas alternativas”, declarou. Para ele, o sistema judiciário do Paraná prioriza a construção de novas prisões ao invés de criar novas formas de comprimento penal. “Seja o comprimento por trabalhos”, uma pena que possa restringir a liberdade do preso, mas em prisão domiciliar ou ainda de você poder fazer trabalhos com a ressocialização.” A assessoria de imprensa do Depen-PR afirma que o órgão gera projetos de reintegração dos presos no Paraná, como a profissionalização deles, por meio de estudo e trabalho. O departamento busca fazer convênios com a iniciativa privada para a geração de novas vagas de trabalho, além de contar com o apoio de profissionais no oferecimento de cursos, serviços e demais formas de apoio a que em possíveis. De acordo com o TCE-PR, a auditoria constatou que a estrutura técnica da Sesp é quanti-

tativamente incapaz de atender as demandas do programa, bem como que o setor de arquitetura de engenharia do órgão não organiza adequadamente a documentação das obras. Também foi exposto que os responsáveis pela secretaria deixaram de prestar informações pertinentes aos analistas do tribunal durante a fiscalização. O projeto de construção de novas cadeias, do Ratinho Jr. levou a reforma do 11° Distrito Policial na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) em Cadeia Pública. De acordo com o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen-PR), o investimento por parte do Tesouro Estadual foi estimado em R$ 1 milhão.

Leia mais Tenha acesso à gráficos sobre o sistema carcerário e à explicação de Tadeu Veneri sobre a superlotação dos presídios


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Curitiba, 15 de Março de 2020

Ensaio

Gurias no Skate Fotos tiradas na Primeira etapa do Rainhas do Pico que aconteceu no dia 8 de março na cidade de Curitiba na quadra Wenceslau Braz Isabelle Almeida

Bianca Godoi, 7 anos, treinando antes da competição.

Bianca Godoi, 7 anos, e ao fundo outros competidores.

Barbara Brixel, 21, terinandoo.

Participantes da competição Rainhas do Pico antes de começar o campeonato.

Barbara Brixel, 21, fazendo uma manobra.


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